2. Influência histórica
O fogo tem fascinado a humanidade durante milhares de anos. Ao seu
redor, e graças ao seu calor. Tem vivido centenas de gerações. Foi a maior
conquista do homem pré-histórico. A partir desta conquista o homem
aprendeu a utilizar a força do fogo em seu proveito, extraindo a energia dos
materiais da natureza ou moldando a natureza em seu benefício.
Entre muitos fatores, o fogo foi um dos maiores responsáveis pelo grau de
desenvolvimento que a humanidade atingiu, apesar de que , durante muitos
períodos da história, foi utilizado como força destrutiva para a produção de
armas.
3. Definições e Conceitos
Bens de patrimônio: Conjunto dos recursos operacionais, abrangendo o
capital, reservas, lucros, maquinários instalações e edificações.
Emergência: Termo que indica uma condição em que há necessidade de
intervenção imediata para atender vítima: é aqui e agora, “já”. Pode também
descrever um desvio do planejado ou projetado, ou uma mudança súbita no
curso de eventos que coloca em perigo ou afeta adversamente as pessoas,
propriedades ou o meio ambiente.
Socorrista: Pessoa profissionalmente habilitada a prestar socorros ou
atendimento em casos de acidentes ou de mal súbito.
4. Definições e Conceitos
Tempo de resposta: O tempo entre a chamada de emergência e a chegada
dos recursos adequados ao local da ocorrência, sejam de combate a
incêndio ou de operações especiais de resgate.
Vítima: É a pessoa que sofre os resultados infelizes dos próprios atos, dos
de outrem ou do acaso. Pessoa ferida ou assassinada, ou que morre por
trauma, mal súbito, epidemia, catástrofe, guerra...
5. Fogo é um processo químico de transformação. Podemos também defini-lo
como o resultado de uma reação química que desprende luz e calor devido
a combustão de materiais diversos.
6. DINÂMICA DO FOGO
Para compreender a dinâmica do fogo será necessário, em primeiro lugar,
entender quais as condições básicas que devem estar presentes para que o
fogo possa ocorrer, ou seja, para que ocorra a combustão.
A combustão (ou oxidação rápida) pode ocorrer de duas formas básicas:
lenta (ou incompleta) e rápida (ou completa). O exemplo mais comum de
combustão lenta é a churrasqueira: a queima do carvão produz pouca chama
ou chama invisível, ou fumaça. Combustão rápida (contínua) produz uma
chama visível e uma quantidade variável de fumaça.
7. Então, para que o fogo possa ocorrer, serão necessários quatro componentes
básicos:
Quando esses quatro componentes essenciais se unem então teremos a
condição de combustão que se define como tetraedro do fogo.
Combustível
Comburente (oxigênio)
Calor
Reação em cadeia
9. É todo material que queima.
São sólidos, líquidos e gasosos, sendo
que os sólidos e os líquidos se
transformam primeiramente em gás pelo
calor e depois inflamam.
Sólidos
Madeira, papel, tecido, algodão, etc.
10. Líquidos
Voláteis – São os que desprendem gases
inflamáveis à temperatura ambiente.
Ex.:álcool, éter, benzina, etc.
Não Voláteis – São os que desprendem
gases inflamáveis à temperaturas
maiores do que a do ambiente.
Ex.: óleo, graxa, etc.
11. O combustível gasoso pode ser o mais perigoso, uma vez que já se
encontra no estado natural propício para ignição.
Além disso, os gases se movem com mais liberdade com as correntes de
ar, tornando muito mais difícil o controle e o confinamento.
Exemplo de combustíveis gasoso: Butano, propano, etano, etc.
Gasosos
12. O AR
21%
78%
1%
OXIGENIO NITROGENIO OUTROS GASES
É o elemento ativador do fogo, que se combina com os vapores inflamáveis
dos combustíveis, dando vida às chamas e possibilitando a expansão do
fogo.
Compõe o ar atmosférico na porcentagem de 21%, sendo que o mínimo
exigível para sustentar a combustão é de 16%.
13. É uma forma de energia. É o elemento que dá início ao fogo, é ele que faz o
fogo se propagar.
Pode ser uma faísca, uma chama ou até um super aquecimento em
máquinas e aparelhos energizados.
14. Os combustíveis, após iniciarem a combustão, geram mais calor. Esse calor
provocará o desprendimento de mais gases ou vapores combustíveis,
desenvolvendo uma transformação em cadeia ou reação em cadeia, que, em
resumo, é o produto de uma transformação gerando outra transformação.
15. O fogo pode se propagar
Pelo contato da chama em outros combustíveis;
Através do deslocamento de partículas incandescentes;
Pela ação do calor.
O calor é uma forma de energia produzida pela combustão ou originada do
atrito dos corpos. Ele se propaga por três processos de transmissão:
16. É a forma pela qual se transmite o calor através do próprio material, de
molécula a molécula ou de corpo a corpo.
17. É quando o calor se transmite através de uma
massa de ar aquecida, que se desloca do local
em chamas, levando para outros locais
quantidade de calor suficiente para que os
materiais combustíveis aí existentes atinjam
seu ponto de combustão, originando outro
foco de fogo.
18. Sol
É quando o calor se transmite por ondas
caloríficas através do espaço, sem
utilizar qualquer meio material.
19. PONTO DE FULGOR
É a temperatura (uma para cada combustível), na qual um combustível
desprende vapores suficientes para serem inflamados por uma fonte externa
de calor, mas não em quantidade suficiente para manter a combustão.
É a temperatura do combustível acima da qual ele desprende gases e
vapores em quantidade suficiente para serem inflamados por uma fonte
extrema de calor, e continuarem queimando, mesmo quando retirada esta
fonte de calor.
20. Principais pontos e temperaturas de alguns
combustíveis ou inflamáveis
Combustíveis
Inflamáveis
Ponto de Fulgor
Temperatura
de Ignição
Álcool etílico
Gasolina
Querosene
Parafina
12,6°C
-42,0°C
38,0°C a 73,5°C
199,0°C
371,0°C
257,0°C
254,0°C
245,0°C
TEMPERATURA DE IGNIÇÃO
É aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis entram em
combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente de
qualquer fonte de calor.
21. PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCÊNDIO
Para combater de imediato o fogo o que devemos fazer?
Transmita o alarme de incêndio;
Desligar a energia elétrica;
Acionar os bombeiros;
Saber avaliar o incêndio.
23. D - ELEMENTOS PIROFÓRICOS COMO MAGNÉSIO
Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus
combustíveis.
Somente com o conhecimento da natureza do material que está se
queimando, pode-se descobrir o melhor método para uma extinção rápida e
segura.
A - MADEIRA, PAPEL E ALGODÃO
B - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
C - EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ENERGIZADOS
24. Classe A
Caracteriza-se por fogo em materiais
sólidos;
Queimam em superfície e profundidade;
Após a queima deixam resíduos, brasas e
cinzas;
Esse tipo de incêndio é extinto
principalmente pelo método de
resfriamento, e as vezes por abafamento
através de jato pulverizado.
25. Classe B
Caracteriza-se por fogo em
combustíveis líquidos inflamáveis;
Queimam em superfície;
Após a queima, não deixam
resíduos;
Esse tipo de incêndio é extinto pelo
método de abafamento.
CLASSES DE INCÊNDIO
26. Classe C
É a classe de incêndio em
equipamentos elétricos energizados;
A extinção só pode ser realizada com
agente extintor não-condutor de
eletricidade, nunca com extintores de
água ou espuma;
O primeiro passo num incêndio de
classe C, é desligar o quadro de força
e checar a energia zero, pois assim ele
se tornará um incêndio de classe A ou
B.
CLASSES DE INCÊNDIO
27. Classe D
Caracteriza-se por fogo em metais
pirofóricos (alumínio, antimônio,
magnésio, etc);
São difíceis de serem apagados;
Esse tipo de incêndio é extinto pelo
método de abafamento;
Nunca utilizar extintores de água ou
espuma para extinção do fogo.
CLASSES DE INCÊNDIO
28. Classe K
Classificação do fogo em óleo e gordura em cozinhas;
Os agentes extintores da classe K controlam rapidamente o fogo,
formando uma camada protetora na superfície em chamas;
Possuem efeito de resfriamento
CLASSES DE INCÊNDIO
29. Partindo do princípio de que, para haver fogo, são necessários o
combustível, comburente e o calor, formando o triângulo do fogo ou, mais
modernamente, o quadrado ou tetraedro do fogo, quando já se admite a
ocorrência de uma reação em cadeia, para nós extinguirmos o fogo, basta
retirar um desses elementos.
Com a retirada de um dos elementos do fogo, temos os seguintes métodos
de extinção: extinção por retirada do material, por abafamento, por
resfriamento.
30. Os métodos de extinção do incêndio visam eliminar um ou mais
componentes do triângulo ou tetraedro do fogo.
Na ausência de qualquer um desses três componentes, o fogo se extinguirá.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
31. Separando o combustível dos demais componentes do fogo, isolando-o,
como na abertura de uma trilha na mata, por exemplo, o fogo não passa,
impedindo que se forme o triângulo ou tetraedro.
ISOLAMENTO
32. combustível
EXTINÇÃO POR RETIRADA DO MATERIAL ( ISOLAMENTO)
Esse método consiste em duas técnicas:
Retirada do material que está queimando;
Retirada do material que está próximo ao fogo.
34. combustível
Extinção por retirada do comburente (Abafamento)
Este método consiste na diminuição ou impedimento do contato de oxigênio
com o combustível.
35. RESFRIAMENTO
Este método consiste em jogarmos água no local em chamas provocando seu
resfriamento e consequentemente eliminando o componente “calor” do
triângulo ou tetraedro do fogo.
36. combustível
Extinção por retirada do calor (Resfriamento).
Este método consiste na diminuição da temperatura e eliminação do calor,
até que o combustível não gere mais gases ou vapores e se apague.
37. Extinção Química
Ocorre quando interrompemos a reação em cadeia.
Este método consiste no seguinte: o combustível, sob ação do calor, gera
gases ou vapores que, ao se combinarem com o comburente, formam uma
mistura inflamável. Quando lançamos determinados agentes extintores ao
fogo, suas moléculas se dissociam pela ação do calor e se combinam com
a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra
mistura não-inflamável.
38. Destinam-se ao combate imediato e rápido de pequenos focos de incêndios,
não devendo ser considerados como substitutos aos sistemas de extinção
mais complexos, mas sim como equipamentos adicionais.
Recomendações:
Instalar o extintor em local visível e sinalizado;
O extintor não deverá ser instalado em escadas,
portas e rotas de fuga;
Os locais onde estão instalados os extintores, não
devem ser obstruídos;
O extintor deverá ser instalado na parede ou
colocado em suportes de piso;
O lacre não poderá estar rompido.
39. *Pressurizado
Água Pressurizada
É o agente extintor indicado para incêndios de
classe A;
Age por resfriamento e/ou abafamento;
Podem ser aplicado na forma de jato compacto,
chuveiro e neblina. Para os dois primeiros
casos, a ação é por resfriamento. Na forma de
neblina, sua ação é de resfriamento e
abafamento.
Tem grande poder de infiltração;
Ataca o fogo dirigindo o jato para sua base.
40. ATENÇÃO!
Nunca use água em fogo das classes C e D.
Nunca use jato direto na classe B.
41. Gás Carbônico
Também chamado de (CO2)
É o agente extintor indicado para incêndios
de classe B e C;
Forma de gelo seco que queima;
Age por abafamento e por resfriamento, em
ação secundária;
É um gás sem cheiro, sem cor e não conduz
eletricidade;
É asfixiante e por isso deve-se evitar e seu
uso em ambientes pequenos.
AGENTES EXTINTORES
*Pressurizado
42. Pó Químico
Há várias composições de pós que, quando
aplicadas sobre o fogo, extinguem-no,
principalmente por quebra da reação em cadeia.
É o agente extintor indicado para combater
incêndios da classe B;
Age por abafamento, podendo ser também
utilizados nas classes A e C, podendo nesta
última danificar o equipamento.
Não se utiliza na base do fogo, usar formando
nuvem por cima das chamas.
AGENTES EXTINTORES
*Pressurizado
43. Espuma
É um agente extintor indicado para
incêndios das classe A e B.
Age por abafamento e secundariamente
por resfriamento.
Por ter água na sua composição, não se
pode utilizá-lo em incêndio de classe C,
pois conduz corrente elétrica.
AGENTES EXTINTORES
44. Compostos Halogenados
Compostos químicos formados por um destes quatro elementos
halogenados: bromo, cloro, flúor e iodo.
Provocam a quebra da reação em cadeia, mas também agem por
abafamento.
Não danificam equipamentos
eletrônicos sensíveis.
Atualmente, para proteger a
camada de ozônio, os compostos
halogenados mais utilizados são os
chamados HCFCs.
AGENTES EXTINTORES
45. Classe K
Classificação do fogo em óleo e gordura em
cozinhas. Os agentes extintores da classe K
controlam rapidamente o fogo, formando uma
camada protetora na superfície em chamas.
Possuem efeito de resfriamento por vapor
d'água e de inertização resultante da formação
do vapor.
Extinguem o fogo interrompendo a reação
química de combustão através de seu composto
acetato de potássio.
AGENTES EXTINTORES
46. Agentes extintores portáteis.
De fácil manuseio, geralmente possuem capacidade de carga até 12 Kg ou
10 litros de agente extintor.
Indicados para combater princípios de incêndio, estão disponíveis com os
diversos agentes extintores.
AGENTES EXTINTORES
47. Com capacidade para até 150 litros, estes equipamentos são maiores e por
isso montados sobre as rodas.
Normalmente são pesados para transportar e utilizam mangueira longa para
descarga do agente extintor.
AGENTES EXTINTORES
48. LAMMPADA
L – LACRE
A – ALÇA
M – MANGOTE
M – MANÔMETRO
P – PINO
A – ASPECTO
D – DEFORMIDADES
A – AUTORIZAÇÕES
51. O Corpo de Bombeiro aplica poucas exigências às pequenas edificações.
Dentre elas, obriga a presença de extintores de incêndio com a finalidade de
conter os incêndios em seu início. Para que isso possa ocorrer, eles
necessitam:
Estar com sua carga de agente extintor e pressurização em ordem;
Estar bem instalados e bem distribuídos;
Ser adequados ao risco cujo incêndio pretende conter e,
Ser, obviamente, operados adequadamente quando o incêndio se iniciar.
EXTINTORES
52. Os extintores de incêndio, em seu rótulo, possuem indicação sobre as classes
de incêndio para as quais são adequados.
Exemplo de rótulo de extintor
adequado às classes de incêndio
“B” e “C”.
Em alguns casos o rótulo informa também as
classes de incêndio para as quais o extintor não se
presta, conforme exemplo abaixo:
EXTINTORES
53. Hidrantes Sprinklers
Trata-se de certas substâncias
químicas sólidas, líquidas ou
gasosas que são utilizadas na
extinção de um incêndio,
dispostas conjuntos
hidráulicos (hidrantes e
dispositivos especiais
(sprinklers e sistemas fixos de
CO2).
SISTEMAS DE EXTINÇÃO MAIS COMPLEXOS