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Lundu
Gênero Musical Afro-Brasileiro
Introdução
• Também conhecido por outros nome de: Landum, Lundum e Londo.
• É uma dança e canto com descendência Africana que foi trazida ao Brasil provavelmente
por escravos de Angola.
• Teve seu surgimento da fusão dos elementos musicais com origens branca e negra, se
tornando o primeiro gênero afro-brasileiro da canção popular.
• Composta com o compasso binário e na maioria das vezes no modo maior, o lundu é
uma música alegre e buliçosa, de versos ironicos, maliciosos, variando bastante dos
esquemas mais formais
Capa do lundu "O Mugunzá", de Francisco
Carvalho, séc. XIX.
Capa da partitura de lundu, de Francisco
Libânio Colás, séc. XIX.
Lundu instrumental recolhido por Von
Martius em sua viagem ao Brasil entre
1817 e 1820, publicado como anexo do
livro "Viagem pelo Brasil", de Spix e
Martius. É o registro musical mais antigo
que se conhece do lundu.
Iniciação da dança
• Os músicos iniciam o ritmo Lundu e a partir deste momento pessoas que querem dançar
aproximam-se, já entrando na dança.
• Um sinal da viola é emitido e a primeira dançarina abre espaço no centro da roda que
logo se forma com o grupo.
• Forma-se a roda e ela fica no centro dançando até convidar alguém para substituí-la. O
convite pode ser uma batida de pé diante da pessoa, palmas diante da pessoa, uma
umbigada ou um toque de ombros à esquerda e em seguida outro à direita.
• A dançadora convidada vai para o centro dançar. Dança no centro até escolher quem vai
substituí-la. Pode ser uma mulher ou um homem.
• E as substituições continuam por várias vezes.
• Uma modalidade do lundu ainda é praticada na Ilha de Marajó, no estado do Pará,
• O lundu na suas origens tinha sistemática simples, a qual ainda podemos observar na
dança de roda, sua familiaridade.
• Umbigada (Lundu de Roda)
• (Autor desconhecido)
• Uê, uê... uê, uá..Uê, uê... uê, uá...
• A lua vai saí e eu vô girá. A lua vai saí e eu vô girá.
• Vou caçá meu tatu, meu tamanduá.
• Vou caçá meu tatu, meu tamanduá.
• Uê, uê... uê, uá...Uê, uê... uê, uá...
• Umbigada de papudo é papudo que dá.
• Eu também sô papudo eu também quero dá.
• Uê, uê... uê, uá...Uê, uê... uê, uá...
• O jacu tá no pau, atira, Antonio.
• O jacu tá no pau, eu vô atirá.
• Umbigada de papudo é papudo que dá.
• Eu também sô papudo eu também quero dá.
• Uê, uê... uê, uá...Uê, uê... uê, uá...
• Urubu desceu na terra com fama de dançadô.
• Gavião pegô a dama gavião foi quem dançô.
• Ora dança, urubu! Não senhor! Ora dança, urubu! Não senhor!
Este trabalho analisa a producao intelectual e o
ambiente social de Mario de Andrade, após a decada
de 1930, em que o estudioso defendia a conformacao
da arte e do artista com sua sociedade, e em seus
escritos encontram-se recomendacoes sobre o papel
e a responsabilidade social dos interpretes, em
especial do cantar.
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  • 2. Introdução • Também conhecido por outros nome de: Landum, Lundum e Londo. • É uma dança e canto com descendência Africana que foi trazida ao Brasil provavelmente por escravos de Angola. • Teve seu surgimento da fusão dos elementos musicais com origens branca e negra, se tornando o primeiro gênero afro-brasileiro da canção popular. • Composta com o compasso binário e na maioria das vezes no modo maior, o lundu é uma música alegre e buliçosa, de versos ironicos, maliciosos, variando bastante dos esquemas mais formais
  • 3. Capa do lundu "O Mugunzá", de Francisco Carvalho, séc. XIX.
  • 4. Capa da partitura de lundu, de Francisco Libânio Colás, séc. XIX.
  • 5. Lundu instrumental recolhido por Von Martius em sua viagem ao Brasil entre 1817 e 1820, publicado como anexo do livro "Viagem pelo Brasil", de Spix e Martius. É o registro musical mais antigo que se conhece do lundu.
  • 6. Iniciação da dança • Os músicos iniciam o ritmo Lundu e a partir deste momento pessoas que querem dançar aproximam-se, já entrando na dança. • Um sinal da viola é emitido e a primeira dançarina abre espaço no centro da roda que logo se forma com o grupo. • Forma-se a roda e ela fica no centro dançando até convidar alguém para substituí-la. O convite pode ser uma batida de pé diante da pessoa, palmas diante da pessoa, uma umbigada ou um toque de ombros à esquerda e em seguida outro à direita. • A dançadora convidada vai para o centro dançar. Dança no centro até escolher quem vai substituí-la. Pode ser uma mulher ou um homem. • E as substituições continuam por várias vezes.
  • 7. • Uma modalidade do lundu ainda é praticada na Ilha de Marajó, no estado do Pará, • O lundu na suas origens tinha sistemática simples, a qual ainda podemos observar na dança de roda, sua familiaridade.
  • 8. • Umbigada (Lundu de Roda) • (Autor desconhecido) • Uê, uê... uê, uá..Uê, uê... uê, uá... • A lua vai saí e eu vô girá. A lua vai saí e eu vô girá. • Vou caçá meu tatu, meu tamanduá. • Vou caçá meu tatu, meu tamanduá. • Uê, uê... uê, uá...Uê, uê... uê, uá... • Umbigada de papudo é papudo que dá. • Eu também sô papudo eu também quero dá. • Uê, uê... uê, uá...Uê, uê... uê, uá... • O jacu tá no pau, atira, Antonio. • O jacu tá no pau, eu vô atirá. • Umbigada de papudo é papudo que dá. • Eu também sô papudo eu também quero dá. • Uê, uê... uê, uá...Uê, uê... uê, uá... • Urubu desceu na terra com fama de dançadô. • Gavião pegô a dama gavião foi quem dançô. • Ora dança, urubu! Não senhor! Ora dança, urubu! Não senhor!
  • 9. Este trabalho analisa a producao intelectual e o ambiente social de Mario de Andrade, após a decada de 1930, em que o estudioso defendia a conformacao da arte e do artista com sua sociedade, e em seus escritos encontram-se recomendacoes sobre o papel e a responsabilidade social dos interpretes, em especial do cantar.