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ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO
21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB
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Empreendedorismo Social: A Importância Da Apae Associação De Pais E Amigos Dos
Excepcionais - Pau Dos Ferros-RN
Emmanuela Suzy Medeiros1
Marcelo Martins Barreto2
Kerline De Oliveira Ferreira3
Área temática: Empreendedorismo social
RESUMO
O termo empreendedorismo não é algo novo, mas vem se disseminando por diversos autores
que abordam acerca do assunto, por isso anecessidade de expandir estudos sobre a temática. O
objetivo desse artigo é traçar o perfil dos empreendedores sociais, mostrar o surgimento e
evolução do empreendedorismo ao longo dos anos, apontar as características do
empreendedor social, além de verificar a importância da APAE na óptica dos usuários. Na
produção do trabalho, embasou-se em diversasteorias sobre empreendedorismo, no percurso
metodológico da pesquisa a ferramenta utilizada foi à aplicação de questionário estruturada
com questões objetivas e outra com espaço para opiniões. Relacionando as teorias de
empreendedorismo e os resultados obtidos, observa-se que a criação da APAE foi de extrema
utilidade, pois esse empreendimento social é o responsável pela prestação de serviços de
assistência social no que tange amelhoria da qualidade de vida da pessoa portadora de
deficiência.
Palavras chave: Empreendedorismo, empreendedorismo social e Associação de Pais e
amigos dos Excepcionais.
1. INTRODUÇÃO
Ao relatar acerca Empreendedorismoé algo que está sendo disseminado e estudado por
várias áreas, pois sente –se a necessidade de questionar, analisar e focar quais as causas que
levam alguém a adquirir seu próprio negócio.
Asorganizações vivem numa busca incessante por maiores lucros, em que reduzem custos,
e muitas vezes exploram mão de obra com a finalidade de obter vantagem competitiva.
1
Graduada em administração UEPB
2
Graduando em administração pela FACEP
3
Graduanda em Administração pela FACEP
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Em que é notória a diferença entre o empreendedorismo coorporativo e o
empreendedorismo social, em que enquanto um enseja somente a lucratividade o outro
emerge face aos problemas sociais, que aumentam consideravelmente, esão semelhantes no
perfil e nas características que os mesmos possuem.
Os empreendedores sociaisse diferenciam por realizar projetos que minimizam as
disparidades sociais, em que buscam recursos financeiros, através de doaçõescom o objetivo
de amenizar a situação vigente de determinado grupo de pessoas.
O presente artigo traz um delineamento desde o surgimento do empreendedorismo, o
processo evolutivo, as características do empreendedor, além de traçar o perfil do
empreendedor social, com o objetivo elucidar a importância da instituição social, já que há
poucos estudos científicos sobre a temática. Apesar de não gerar lucros o empreendimento
sem fins lucrativos geram muitos ganhos no desenvolvimento humano, na melhoria de vida
dos cidadãos. Realizou-se uma pesquisa na APAE – Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais em Pau dos Ferros – RN, feito através da utilização de questionários e
observação.
Diante do exposto o objetivo geral da pesquisa é demonstrar a importância da APAE
para a sociedade Pau ferrense na óptica dos usuários. Partindo do objetivo geral, podem-se
traçar os objetivos específicos que são eles:
 Traçar o perfil dos empreendedores sociais;
 Identificar as ações sociais existentes na APAE;
 Mensurar o nível de importância na visão usuários da APAE.
2. HISTÓRICO DO SURGIMENTO DO EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo é um processo pelo qual os indivíduos procuram identificar
oportunidades, satisfazendo suas necessidades e desejos por meio da inovação. É uma
característica que envolve iniciar algo novo, organizar os recursos necessários e assumir seus
respectivos riscos.
Dolabela (1999) define empreendedorismo como sendo uma ciência onde são
estudados os aspectos referentes ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de
atividades, seu universo de atuação.
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Desde então, existem várias definições para o termo empreendedorismo. Segundo
Dornelas (2008) "empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em
conjunto, levam a transformação de idéias em oportunidades" enfatiza assim de forma geral o
real objetivo do empreendedorismo, que é transformar uma idéia em realidade, seja ela
inovadora ou não, é não ter medo de criar e lançar o novo dedicando esforço, amor,
dedicação, assumindo riscos, para, enfim, desfrutar do resultado.
Conforme Hirisch e Peters (2004), o empreendedorismo pode ser entendido como
processo dinâmico de se criar riqueza. A riqueza é criada por indivíduos que assumem os
principais riscos em termos de patrimônio, tempo e/ou comprometimento com a carreira ou
que provêem valor para algum produto ou serviço. O produto ou serviço pode ou não ser novo
ou único, mas o valor deve de algum modo ser infundido pelo empreendedor ao receber e
localizar as habilidades e os recursos necessários.
Afirmam ainda esses autores que, apesar de existirem pessoas que demonstram
atributos empreendedores desde muito cedo, tornar-se empreendedor implica não apenas
encontrar ou identificar oportunidades de negócio, mas também ter ação e procurar realizá-
las.
Pode-se definir o empreendedorismo como a capacidade de empreender, ou seja,
tomar iniciativa, buscar soluções inovadoras e agir no sentido de encontrar a solução para
problemas econômicos ou sociais, estimulando o desenvolvimento como um todo por meio da
auto-realização de quem utiliza esse método de trabalho.
Nota-se, portanto, que o empreendedorismo significa mais do que uma denominação
ou um conceito trata-se de atitude, de um comportamento que caracteriza um indivíduo e sua
empresa, é geralmente associado à iniciativa, inovação, possibilidades de fazer coisas novas
e/ou de maneira diferente, assim como a capacidade de assumir riscos.
O empreendedorismo como processo se desenvolveu ao longo do tempo. Este
processo é afetado por fatores individuais (o empreendedor), grupais (relação com sócios,
clientes, investidores) e sociais (regulamentações governamentais, condições de mercado)
(DORNELAS, 2008).
Alves (2008), fala que o termo "empreendedor" surgiu na França por volta dos séculos
XVII e XVIII. Em francês, significa: aquele que se compromete com um trabalho ou uma
atividade específica e significante. Desde então, o termo tem sido basicamente utilizado
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através de um olhar meramente economista, com forte viés de uso para a geração de valor
econômico e para a exploração das oportunidades de mercado.
O empreendedorismo tem sido abordado de diferentes formas por diferentes autores ao
longo de sua história. Richard Cantillon (século XVII) foi um economista considerado o
criador do termo empreendedorismo por ter sido o primeiro a diferenciar o empreendedor do
capitalista, ao dizer que o primeiro é o que corre riscos e o segundo é o que fornece o capital
(DORNELAS, 2008).
Uma das visões mais utilizadas nos estudos de empreendedorismo é a de Schumpeter
(1985), com base econômica, para quem o empreendedorismo está fundamentado na
inovação. Drucker (2008) também defende que empreendedorismo se dá por meio da
inovação, que considera ser a principal ferramenta que o empreendedor possui para atingir o
sucesso em seus empreendimentos.
McClelland (1972) e seus seguidores defendem o empreendedorismo comportamental,
cuja base é o fator psicológico. Sustentam que o ser humano age baseado em necessidades de
realização, poder e afiliação, e é influenciado por fatores sociais e ambientais.
Entre os séculos XVIII e XIX, o destaque é para Jean Baptiste Say, economista francês
que é considerado o precursor da descrição do empreendedor como “indivíduo que assume
riscos”, mas procura sempre direcionar os recursos para áreas de maior produtividade e
retorno econômico, segundo o Guia Pequenas Empresas Grandes Negócios (2002).
De acordo com Dornelas (2001) entre o final do século XIX e início do século XX, os
empreendedores foram frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores,
sendo analisados meramente do ponto de vista econômico, como aqueles que organizam a
empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na
organização, mas sempre a serviço do capitalista.
De acordo com os autores supracitados, o empreendedorismo é umfenômeno global,
que tem passado por diversas transformações, onde se tem criado muitos conceitos que vem
mudando o estilo de vida das pessoas. Desde então, o termo sofreu alterações no seu
significado, que acompanharam as mudanças ocorridas no contexto socioeconômico, mais
especificamente as que afetaram diretamente o mundo empresarial.
2.1 Administrador versus Empreendedor
Devido às mutações sofridas pelas organizações mudou-se também a forma de nomear
pessoas que destas fazem parte. É muito comum as pessoas confundirem o administrador e o
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empreendedor, por essa razão a necessidade de mostrar as diferenças e semelhanças existentes
entre eles.
De acordo com (CHIAVENATO, 2008 p.3), o administrador não é apenas analisado
pelas organizações por seus conhecimentos tecnológicos em Administração, mas,
principalmente, por seu modo de agir, suas atitudes, conhecimento, habilidades,
competências, personalidade e filosofia de trabalho.
Os administradores são peças existentes nas organizações e os mesmos possuem
características próprias, são dinâmicos, possuem o conhecimento administrativo, são capazes
de gerenciar todo e qualquer tipo de organização.
Hampton (1991) apud Dornelas (2005, p.31) os administradores diferem dos
empreendedores em dois aspectos: o lugar que ocupam na hierarquia de acordo com o
conhecimento de cada um, posteriormente é definido os objetivos administrativos que serão
alcançados, o segundo aspecto é a definição dos cargos funcionais ou gerais.
Um empreendedor, segundo Lenzi (2010), está principalmente interessado na
inovação, enquanto o administrador é alguém que possui e administra o negócio.
Rosemary Stewart (1982, apud Dornelas, 2005, p.31) acredita que há semelhança
entre os administradores e os empreendedores, já que ambos possuem três características
principais: especificam o que deve ser feito; limitam o que o responsável pelo trabalho
administrativo pode fazer; identificam as opções que o responsável tem na determinação do
que e de como fazer.
Conclui-se que existem pontos em comum entre esses profissionais, o empreendedor
possui características e atributos extras do que o administrador, ou seja, o empreendedor é um
administrador com valores agregados.
2. 2 Características do Empreendedor
Ao referenciar acerca das características existentes nos empreendedores é perceptível
que os mesmos apresentam traços que os vêm diferir de outros profissionais na
sociedade.Timmons (1985) descreve o empreendedor como sendo a pessoa que tem a
habilidade de criar e construir algo a partir do nada. É um indivíduo altamente criativo e
encontra energia pessoal para iniciar e construir uma empresa ou organização mais do que
simplesmente assistir, analisar ou descrever. Por fim, é também uma pessoa que assume riscos
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pessoais e financeiros, porém, faz todo o possível para colocar do seu lado as vantagens, e
assim, reduzir as possibilidades de fracasso.
“O empreendedor é alguém capaz de desenvolver uma visão, mas não só. Deve saber
persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores, convencê-los de que sua visão poderá
levar todos a uma situação confortável no futuro” (DOLABELA, 1999a, p.44). Ele é capaz de
manter seu ponto de vista em qualquer circunstância e possui confiança em si na busca pela
realização de seus desafios.
Segundo Dolabela (1999a, p.45), um dos principais atributos do empreendedor “é
identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio
lucrativo”. O empreendedor deve ser capaz de atrair tais recursos, demonstrando o valor do
seu projeto e comprovando que tem condições de torná-lo realidade.
De acordo com Dornelas (2008), o empreendedor possui características extras, que
diferenciam do seu comportamento. Possuem atributos pessoais que se somam a
características sociológicas e do próprio cotidiano que eles acabam inovando.
O que difere um empreendedor bem sucedido são suas características e aptidões ditas
como “personalidade empreendedora”, que são o perfil característico mais comumente
encontrado nos empreendedores de sucesso, além de terem uma correta modelagem do negócio
e um planejamento bem elaborado (BERNADI, 2003).
Diante disso, pode-se perceber que cada empreendedor tem características específicas,
mas certamente o que não foge à regra é esse desejo de fazer as coisas diferentes, desejo de
inovar, o que caracteriza o espírito empreendedor. É aquele que sabe identificar uma
oportunidade e faz dela um negócio, assumindo riscos calculados, dedicando-se intensamente,
pois trabalha com prazer, gerando oportunidades e colaborando para o desenvolvimento
econômico e social do país e do mundo.
2.3 Empreendedorismo Social
Ao abordar acerca da temáticaempreendedorismo social, é pertinente relacionar
organizações lucrativas e as não lucrativas, que se fazer relação com organizações não
lucrativas, que se diferenciam por realizar ações direcionadas para a sociedade de forma
gratuita, e sem fins lucrativos.
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Desde 1990, que há uma preocupação face a redução de verbas no âmbito social, ao
crescimento das organizações do terceiro setor e da participação das organizações e da
comunidade ao sensibilizar-se com determinadas ações.
Segundo Souza (2008),a atividade voluntáriajá existia desde antiga China e teria sido
institucionalizadasob a influência do budismo no Século VIII.
Na visão de Oliveira (2007) o empreendedorismo social se apresenta como conceito
em desenvolvimento, mas com características teóricas, metodológicas e estratégias próprias,
apresentando diferenças entre uma gestão social tradicional e outra empreendedora. Observa-
se que empreendedorismo socialnão é algo novo, mas somente neste século é que há uma
preocupação, talvez pelo fato de não ser uma fonte que gere lucros.
Quando falamos de empreendedorismo social, estamos buscando um novo
paradigma. O objetivo não é mais o negócio do negócio (...) trata-se, sim, do
negócio do social, que tem na sociedade civil o seu principal foco de atuação e na
sua parceria envolvendo comunidade, governo e setor privado a sua estratégia (...).
(Melo Neto; Froes, 2002apund Oliveira, 2007).
Relata (Ashoka&McKinsey, 2001apud Oliveira, 2007) que os empreendedores sociais
possuem características distintas dos empreendedores de negócios. Eles criam valores sociais
pela inovação, pela força de recursos financeiros em prol do desenvolvimento social,
econômico e comunitário. Alguns dos fundamentos básicos do empreendedorismo social
estão diretamente ligados ao empreendedor social, destacando-se a sinceridade, paixão pelo
que faz, clareza, confiança pessoal, valores centralizados, boa vontade de planejamento,
capacidade de sonhar e uma habilidade para improviso.
“O empreendedorismo social é uma das espécies do gênero dos empreendedores; são
empreendedores com uma missão social, que é sempre central e explícita” (LEITE, 2003 apud
Oliveira 2007).
Diante do exposto constata-se que, muitas semelhanças existem entre
empreendedorismo social e o de negócios, ambos são movidos pelo desejo de realização e
concretização de suas idéias, assumindo também riscos por isso.
É importante comparar e esclarecer que o empreendedorismo social não é
Responsabilidade Social, pelo fato que são ações planejadas e direcionadas para suprir as
necessidades da sociedade, proporcionando melhorias.
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O empreendedor social são pessoas generosas, não são movidas pelo lucro, tem
disposição para realizar, desejo de um mundo melhor, enfim é uma opção de vida, que além
de trabalhar com recursos excassos, é estimulado pelo fazer social.
Todavia, ele é considerado como individuo qualquer mas que possuem
particularidades que os destacam dentre muitos, sendo um transformador social, é aquele que
tem a boa vontade e o desejo de fazer a diferença.
2.4 Terceiro setor
As organizações de terceiro setor existem para o bem comum da população, com ações
de assistência social.
Segundo Souza (2008, p. 103) as organizações do Terceiro Setor têm liderança
democrática, processos de gestão centrados na experiência dos membros, estrutura flexível e
informal e processos gerenciais voltados para o alcance de resultados sociais.
Essas organizações sobrevivem com ações de agem com vivacidade em ações de
cunho social, agindo efetivamente mediante a sociedade.
Souza (2008, p. 109) define algumas das principais vantagens das organizações de
Terceiro Setor, que são elas:
 São mais rápidos do que as organizações públicas no atendimento às demandas
sociais, pois, têm maior benevolência na contratação e rescisão de contrato do pessoal;
 O custo de contratação de profissionais, para atendimento aos beneficiários, é
reduzido, pois ocorre dentro de projetos específicos, por prazo determinado;
 Garantem maior grau de transparência, uma vez que se encontram submetidas à gestão
e ao controle da sociedade civil;
 E com titularidade de Organização Social de Interesse Público (OSCIP), ou de
Organização Social (OS), passam a gozar de uma série de benefícios fiscais.
Analisa-se que as organizações de terceiro setor se transfiguram como empresas que se
preocupam com o próximo, não visando lucro, e que se comprometem com o bem-comum.
3. A APAE EM PAU DOS FERROS - RN
A Câmara Municipal de Pau dos Ferrosem 10 de maio de 1997 realizou-se a 1ª
Assembléia Geral, com a presença de representantes da Comunidade local para Fundação da
APAE, presidente fundadora foi a Sra. Nadja de Fátima Diógenes.
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Tendo como missão Promover e articular ações de defesa dos direitos das pessoas com
deficiência e representar o movimento perante os organismos nacionais e internacionais, para
a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas APAES, na perspectiva da inclusão
social de seus usuários, e como visãoMovimento de pais, amigos e pessoas com deficiência,
de excelência e referência no país, na defesa de direitos e prestação de serviços.
4. METODOLOGIA
A referida pesquisa foi elaborada de caráter descritivo, com o intuito de disseminar
oempreendedorismo social.
Segundo Gil (2010, p. 20) pesquisa básica tem o objetivo de gerar novos
conhecimentos que sejam úteis para os avanços científicos, que tenha aplicabilidade na prática
e que gere mudanças. Portanto, a pesquisa básica tem por finalidade expandir o conhecimento
sobre determinado assunto bem como satisfazer a curiosidade científica.
Quanto aos meios, foram realizadas pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, para o
desenvolvimento deste trabalho.
A pesquisa se caracteriza como qualitativa, pois traduzem as visão dos usuários APAE
utilizando técnicas estatísticas para serem posteriormente analisadas.
Diante do exposto, a pesquisa enveredou pelo percurso da bibliográfica analisado e
selecionado os melhores autores, dentre eles Chiavenato, Dornelas, Martins, entre outros, em
seguida desenvolveu-se o referencial, na próxima etapa foi realizado um estudo de caso
utilizando questionário dividido em duas partes na primeira com 04 questões foram elaborado
perguntas pertinentes ao perfil sócio econômico dos clientes e, na segunda parte foi composta
de 11 questões e uma aberta para que os clientes opinassem acerca do que precisaria melhorar
na APAE, aplicou-se com os usuários da uma amostra de 40 clientes do universo de169
usuários, após os dados catalogados e analisados através do Excel para calcular as
porcentagens com o objetivo de traduzir os resultados alcançados.
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
De acordo com os dados coletados e analisados, foram identificados os resultados a
seguir:
Em relação ao gênero dos usuários, aponta que tanto as mulheres como os homens
utilizam dos serviços oferecidos, e que tanto homens como mulheres são acometidos por
alguma necessidade especial.
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Quanto à idade, observa-se que as maiorias dos portadores cadastrados possuem entre
8 e 25 anos, verifica-se que as mães, familiares e ou parentes buscam tratamento na APAE,
Emque 45% dos entrevistados estão na organização a mais de 03 anos, portanto, corroboram-
se a importância da criação do empreendimento social, já que há uma permanência nos
usuários na instituição que demanda tempo e ser minucioso o tratamento, sobre o
atendimento, em que mais da maioria das pessoas ou seja 65% que são atendidas são de Pau
dos Ferros RN, e as outras são das cidades circunvizinhas Alexandria, Venha Ver, Marcelino
Vieira, José da Penha.
Sobre a importância da APAE foi de grande importância, pois houve mudanças
sociais, as respostas dos usuários foram unânimes, o empreendimento social vem mudando a
qualidade de vida dos portadores, e que os atendimentos oferecidos são satisfatórios, e que
vem cumprindo sua missão, em que demonstra de forma unânime a preocupação com os
usuários, e que os colaboradores e voluntários prestam atendimento satisfatório na APAE,e
sobre as instalações 90% revelaram que são adequadas, e sobre a questão aberta na qual
direcionava o que necessitava ser melhorado na APAE, 55% afirmam que não precisa mudar
nada, 18% dizem que está tudo ótimo, 17% estão insatisfeitos com as passagem e/ou
transporte, 8% confirmam que está tudo bom e 2% diz que deve manter o padrão, ou seja,
maioria apontaque não há nenhuma necessidade de mudança, todos os serviços estavam sendo
realizados de acordo com as necessidades.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o que foi exposto, o empreendedorismo social é idealizado por pessoas
que possuem o espírito de fazer a diferença, em que a APAE mesmo tendo dificuldades
internas quanto as doações serve como modelo de instituição solidária, bastando observar os
beneficiários que comprovam a utilidade da mesma, cumpridora da sua missão
organizacional. A APAE se caracteriza-se como um empreendimento social, atende um
determinado grupo dentro do alto oeste Potiguaré que a maioria dos funcionários são
voluntários ou colaboradores, que dispõem seu tempo para ajudar os clientes que chegam a
unidade.
A mesma necessita buscar um meio de sanar o item referente a verbas para um melhor
atendimento aos portadores de necessidades especiais.
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Mediante o exposto, conclui-se a pesquisa tem muito a contribuir aumentando o
conhecimento, onde posteriormente desperte nos futuros administradores o desejo de ampliar
o número de organizações nessa atividade, que venham se destacar como APAE.
6. REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando Assas ao Espírito Empreendedor.
3 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2008.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública. 6 ed. Rio de Janeiro: Editora
Elsevier, 2006.
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Desenvolvimento Social Nas Organizações. Disponível em:
<http://www.unioeste.br/projetos/casulo/files/tese_denise_david.pdf>Acesso em: 27/08/2011.
DORNELAS, José Carlos Assis. Transformando ideias em negócios.2 ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2005.
FERREIRA, Mário César e MENDES, Ana Magnólia. “Só de pensar em vir trabalhar, já
fico de mau humor”: atividade de atendimento ao público e prazer-sofrimento no
trabalho. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/epsic/v6n1/5336.pdf> Acessado em:
15/11/2011.
GIMENEZ, Fernando, FERREIRA, Jane Mendes e, RAMOS, Simone Cristina.
Empreendedorismo e estratégia de Empresas de pequeno porte 3es2ps. Disponível em:
<http://www.editorachampagnat.pucpr.br/ebook/9788572922043.pdf> Acesso em:
23/08/2011.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa.5 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
HARRISON, Jeffrey S. Traduzido por Luciana de Oliveira Rocha. Administração
Estratégica de Recursos e Relacionamentos. 1 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
L. LENZI, Fernando Cesar; KIESEL, Marcio Daniel e ZUCCO, FabríciaDurieux. Ação
Empreendedora: como desenvolver e administrar o seu negócio com excelência. São
Paulo: Editora Gente, 2010.
MARTINS, Leandro Gonçalves. Empreendedorismo. 1 ed. São Paulo: Digerati Books,
2006.
MOREIRA, Vilma, VIDAL, Francisco Antonio Barbosa e, FARIAS, Iracema Quintino.
Empreendedorismo Social e Economia Solidária: Um Estudo de Caso da Rede de
Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável da Comunidade do Grande Bom
Jardim. Disponível em: <http:www. unioeste.br/projetos/casulo/files/emp_soc_sol.pdf>
Acesso em: 27/08/2011.
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NEVES, José Luis. Caderno de Pesquisa em Administração.3 ed. São Paulo. Qualitymark
Editora, 1996.
OLIVEIRA, Edson Marques. Empreendedorismo Social: da teoria à prática, do sonho à
realidade.7 ed. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2008.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE – OMS. DECLARAÇÃO ELABORADA
PELO GRUPO DE TRABALHO DA QUALIDADE DE VIDA DA OMS. GENEBRA:
OMS. 1994.
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de Estágio e de Pesquisa em Administração:
guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 3 ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
SERAFIM, Lia Sales. A Representação Social do Papel de Gestores em Organizações
Não-Governamentais. 2007. Dissertação (mestre em administração) – Universidade Federal
do Rio Grande do Norte.
SOUSA, Washington José. Responsabilidade Social Corporativa e Terceiro Setor. 1ª ed.
Sistema Universidade Aberta do Brasil, 2008.
TAJRA, Sanmya Feitosa e SANTOS, Felipe Tajra. Empreendedorismo: questões na área
da saúde, social, empresarial e educacional. 1 ed. São Paulo: Érica, 2009.
VILAR, Luanna Lopes, AFONSO, Pedro Valentin, SOUZA, Luciane Albuquerque Sá de e,
MEDEIROS, Luciano de Santana. Delineando o perfil empreendedor no Setor
Imobiliário. Disponível em: <http://www.fatecjp.com.br/revista/art-ed2-006.pdf> Acesso em:
23/08/2011.

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  • 1. ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO 21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB WWW.ENSEAD2013.COM _____________________________________ Empreendedorismo Social: A Importância Da Apae Associação De Pais E Amigos Dos Excepcionais - Pau Dos Ferros-RN Emmanuela Suzy Medeiros1 Marcelo Martins Barreto2 Kerline De Oliveira Ferreira3 Área temática: Empreendedorismo social RESUMO O termo empreendedorismo não é algo novo, mas vem se disseminando por diversos autores que abordam acerca do assunto, por isso anecessidade de expandir estudos sobre a temática. O objetivo desse artigo é traçar o perfil dos empreendedores sociais, mostrar o surgimento e evolução do empreendedorismo ao longo dos anos, apontar as características do empreendedor social, além de verificar a importância da APAE na óptica dos usuários. Na produção do trabalho, embasou-se em diversasteorias sobre empreendedorismo, no percurso metodológico da pesquisa a ferramenta utilizada foi à aplicação de questionário estruturada com questões objetivas e outra com espaço para opiniões. Relacionando as teorias de empreendedorismo e os resultados obtidos, observa-se que a criação da APAE foi de extrema utilidade, pois esse empreendimento social é o responsável pela prestação de serviços de assistência social no que tange amelhoria da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência. Palavras chave: Empreendedorismo, empreendedorismo social e Associação de Pais e amigos dos Excepcionais. 1. INTRODUÇÃO Ao relatar acerca Empreendedorismoé algo que está sendo disseminado e estudado por várias áreas, pois sente –se a necessidade de questionar, analisar e focar quais as causas que levam alguém a adquirir seu próprio negócio. Asorganizações vivem numa busca incessante por maiores lucros, em que reduzem custos, e muitas vezes exploram mão de obra com a finalidade de obter vantagem competitiva. 1 Graduada em administração UEPB 2 Graduando em administração pela FACEP 3 Graduanda em Administração pela FACEP
  • 2. ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO 21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB WWW.ENSEAD2013.COM _____________________________________ Em que é notória a diferença entre o empreendedorismo coorporativo e o empreendedorismo social, em que enquanto um enseja somente a lucratividade o outro emerge face aos problemas sociais, que aumentam consideravelmente, esão semelhantes no perfil e nas características que os mesmos possuem. Os empreendedores sociaisse diferenciam por realizar projetos que minimizam as disparidades sociais, em que buscam recursos financeiros, através de doaçõescom o objetivo de amenizar a situação vigente de determinado grupo de pessoas. O presente artigo traz um delineamento desde o surgimento do empreendedorismo, o processo evolutivo, as características do empreendedor, além de traçar o perfil do empreendedor social, com o objetivo elucidar a importância da instituição social, já que há poucos estudos científicos sobre a temática. Apesar de não gerar lucros o empreendimento sem fins lucrativos geram muitos ganhos no desenvolvimento humano, na melhoria de vida dos cidadãos. Realizou-se uma pesquisa na APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais em Pau dos Ferros – RN, feito através da utilização de questionários e observação. Diante do exposto o objetivo geral da pesquisa é demonstrar a importância da APAE para a sociedade Pau ferrense na óptica dos usuários. Partindo do objetivo geral, podem-se traçar os objetivos específicos que são eles:  Traçar o perfil dos empreendedores sociais;  Identificar as ações sociais existentes na APAE;  Mensurar o nível de importância na visão usuários da APAE. 2. HISTÓRICO DO SURGIMENTO DO EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo é um processo pelo qual os indivíduos procuram identificar oportunidades, satisfazendo suas necessidades e desejos por meio da inovação. É uma característica que envolve iniciar algo novo, organizar os recursos necessários e assumir seus respectivos riscos. Dolabela (1999) define empreendedorismo como sendo uma ciência onde são estudados os aspectos referentes ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação.
  • 3. ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO 21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB WWW.ENSEAD2013.COM _____________________________________ Desde então, existem várias definições para o termo empreendedorismo. Segundo Dornelas (2008) "empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam a transformação de idéias em oportunidades" enfatiza assim de forma geral o real objetivo do empreendedorismo, que é transformar uma idéia em realidade, seja ela inovadora ou não, é não ter medo de criar e lançar o novo dedicando esforço, amor, dedicação, assumindo riscos, para, enfim, desfrutar do resultado. Conforme Hirisch e Peters (2004), o empreendedorismo pode ser entendido como processo dinâmico de se criar riqueza. A riqueza é criada por indivíduos que assumem os principais riscos em termos de patrimônio, tempo e/ou comprometimento com a carreira ou que provêem valor para algum produto ou serviço. O produto ou serviço pode ou não ser novo ou único, mas o valor deve de algum modo ser infundido pelo empreendedor ao receber e localizar as habilidades e os recursos necessários. Afirmam ainda esses autores que, apesar de existirem pessoas que demonstram atributos empreendedores desde muito cedo, tornar-se empreendedor implica não apenas encontrar ou identificar oportunidades de negócio, mas também ter ação e procurar realizá- las. Pode-se definir o empreendedorismo como a capacidade de empreender, ou seja, tomar iniciativa, buscar soluções inovadoras e agir no sentido de encontrar a solução para problemas econômicos ou sociais, estimulando o desenvolvimento como um todo por meio da auto-realização de quem utiliza esse método de trabalho. Nota-se, portanto, que o empreendedorismo significa mais do que uma denominação ou um conceito trata-se de atitude, de um comportamento que caracteriza um indivíduo e sua empresa, é geralmente associado à iniciativa, inovação, possibilidades de fazer coisas novas e/ou de maneira diferente, assim como a capacidade de assumir riscos. O empreendedorismo como processo se desenvolveu ao longo do tempo. Este processo é afetado por fatores individuais (o empreendedor), grupais (relação com sócios, clientes, investidores) e sociais (regulamentações governamentais, condições de mercado) (DORNELAS, 2008). Alves (2008), fala que o termo "empreendedor" surgiu na França por volta dos séculos XVII e XVIII. Em francês, significa: aquele que se compromete com um trabalho ou uma atividade específica e significante. Desde então, o termo tem sido basicamente utilizado
  • 4. ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO 21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB WWW.ENSEAD2013.COM _____________________________________ através de um olhar meramente economista, com forte viés de uso para a geração de valor econômico e para a exploração das oportunidades de mercado. O empreendedorismo tem sido abordado de diferentes formas por diferentes autores ao longo de sua história. Richard Cantillon (século XVII) foi um economista considerado o criador do termo empreendedorismo por ter sido o primeiro a diferenciar o empreendedor do capitalista, ao dizer que o primeiro é o que corre riscos e o segundo é o que fornece o capital (DORNELAS, 2008). Uma das visões mais utilizadas nos estudos de empreendedorismo é a de Schumpeter (1985), com base econômica, para quem o empreendedorismo está fundamentado na inovação. Drucker (2008) também defende que empreendedorismo se dá por meio da inovação, que considera ser a principal ferramenta que o empreendedor possui para atingir o sucesso em seus empreendimentos. McClelland (1972) e seus seguidores defendem o empreendedorismo comportamental, cuja base é o fator psicológico. Sustentam que o ser humano age baseado em necessidades de realização, poder e afiliação, e é influenciado por fatores sociais e ambientais. Entre os séculos XVIII e XIX, o destaque é para Jean Baptiste Say, economista francês que é considerado o precursor da descrição do empreendedor como “indivíduo que assume riscos”, mas procura sempre direcionar os recursos para áreas de maior produtividade e retorno econômico, segundo o Guia Pequenas Empresas Grandes Negócios (2002). De acordo com Dornelas (2001) entre o final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores, sendo analisados meramente do ponto de vista econômico, como aqueles que organizam a empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na organização, mas sempre a serviço do capitalista. De acordo com os autores supracitados, o empreendedorismo é umfenômeno global, que tem passado por diversas transformações, onde se tem criado muitos conceitos que vem mudando o estilo de vida das pessoas. Desde então, o termo sofreu alterações no seu significado, que acompanharam as mudanças ocorridas no contexto socioeconômico, mais especificamente as que afetaram diretamente o mundo empresarial. 2.1 Administrador versus Empreendedor Devido às mutações sofridas pelas organizações mudou-se também a forma de nomear pessoas que destas fazem parte. É muito comum as pessoas confundirem o administrador e o
  • 5. ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO 21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB WWW.ENSEAD2013.COM _____________________________________ empreendedor, por essa razão a necessidade de mostrar as diferenças e semelhanças existentes entre eles. De acordo com (CHIAVENATO, 2008 p.3), o administrador não é apenas analisado pelas organizações por seus conhecimentos tecnológicos em Administração, mas, principalmente, por seu modo de agir, suas atitudes, conhecimento, habilidades, competências, personalidade e filosofia de trabalho. Os administradores são peças existentes nas organizações e os mesmos possuem características próprias, são dinâmicos, possuem o conhecimento administrativo, são capazes de gerenciar todo e qualquer tipo de organização. Hampton (1991) apud Dornelas (2005, p.31) os administradores diferem dos empreendedores em dois aspectos: o lugar que ocupam na hierarquia de acordo com o conhecimento de cada um, posteriormente é definido os objetivos administrativos que serão alcançados, o segundo aspecto é a definição dos cargos funcionais ou gerais. Um empreendedor, segundo Lenzi (2010), está principalmente interessado na inovação, enquanto o administrador é alguém que possui e administra o negócio. Rosemary Stewart (1982, apud Dornelas, 2005, p.31) acredita que há semelhança entre os administradores e os empreendedores, já que ambos possuem três características principais: especificam o que deve ser feito; limitam o que o responsável pelo trabalho administrativo pode fazer; identificam as opções que o responsável tem na determinação do que e de como fazer. Conclui-se que existem pontos em comum entre esses profissionais, o empreendedor possui características e atributos extras do que o administrador, ou seja, o empreendedor é um administrador com valores agregados. 2. 2 Características do Empreendedor Ao referenciar acerca das características existentes nos empreendedores é perceptível que os mesmos apresentam traços que os vêm diferir de outros profissionais na sociedade.Timmons (1985) descreve o empreendedor como sendo a pessoa que tem a habilidade de criar e construir algo a partir do nada. É um indivíduo altamente criativo e encontra energia pessoal para iniciar e construir uma empresa ou organização mais do que simplesmente assistir, analisar ou descrever. Por fim, é também uma pessoa que assume riscos
  • 6. ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO 21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB WWW.ENSEAD2013.COM _____________________________________ pessoais e financeiros, porém, faz todo o possível para colocar do seu lado as vantagens, e assim, reduzir as possibilidades de fracasso. “O empreendedor é alguém capaz de desenvolver uma visão, mas não só. Deve saber persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores, convencê-los de que sua visão poderá levar todos a uma situação confortável no futuro” (DOLABELA, 1999a, p.44). Ele é capaz de manter seu ponto de vista em qualquer circunstância e possui confiança em si na busca pela realização de seus desafios. Segundo Dolabela (1999a, p.45), um dos principais atributos do empreendedor “é identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativo”. O empreendedor deve ser capaz de atrair tais recursos, demonstrando o valor do seu projeto e comprovando que tem condições de torná-lo realidade. De acordo com Dornelas (2008), o empreendedor possui características extras, que diferenciam do seu comportamento. Possuem atributos pessoais que se somam a características sociológicas e do próprio cotidiano que eles acabam inovando. O que difere um empreendedor bem sucedido são suas características e aptidões ditas como “personalidade empreendedora”, que são o perfil característico mais comumente encontrado nos empreendedores de sucesso, além de terem uma correta modelagem do negócio e um planejamento bem elaborado (BERNADI, 2003). Diante disso, pode-se perceber que cada empreendedor tem características específicas, mas certamente o que não foge à regra é esse desejo de fazer as coisas diferentes, desejo de inovar, o que caracteriza o espírito empreendedor. É aquele que sabe identificar uma oportunidade e faz dela um negócio, assumindo riscos calculados, dedicando-se intensamente, pois trabalha com prazer, gerando oportunidades e colaborando para o desenvolvimento econômico e social do país e do mundo. 2.3 Empreendedorismo Social Ao abordar acerca da temáticaempreendedorismo social, é pertinente relacionar organizações lucrativas e as não lucrativas, que se fazer relação com organizações não lucrativas, que se diferenciam por realizar ações direcionadas para a sociedade de forma gratuita, e sem fins lucrativos.
  • 7. ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO 21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB WWW.ENSEAD2013.COM _____________________________________ Desde 1990, que há uma preocupação face a redução de verbas no âmbito social, ao crescimento das organizações do terceiro setor e da participação das organizações e da comunidade ao sensibilizar-se com determinadas ações. Segundo Souza (2008),a atividade voluntáriajá existia desde antiga China e teria sido institucionalizadasob a influência do budismo no Século VIII. Na visão de Oliveira (2007) o empreendedorismo social se apresenta como conceito em desenvolvimento, mas com características teóricas, metodológicas e estratégias próprias, apresentando diferenças entre uma gestão social tradicional e outra empreendedora. Observa- se que empreendedorismo socialnão é algo novo, mas somente neste século é que há uma preocupação, talvez pelo fato de não ser uma fonte que gere lucros. Quando falamos de empreendedorismo social, estamos buscando um novo paradigma. O objetivo não é mais o negócio do negócio (...) trata-se, sim, do negócio do social, que tem na sociedade civil o seu principal foco de atuação e na sua parceria envolvendo comunidade, governo e setor privado a sua estratégia (...). (Melo Neto; Froes, 2002apund Oliveira, 2007). Relata (Ashoka&McKinsey, 2001apud Oliveira, 2007) que os empreendedores sociais possuem características distintas dos empreendedores de negócios. Eles criam valores sociais pela inovação, pela força de recursos financeiros em prol do desenvolvimento social, econômico e comunitário. Alguns dos fundamentos básicos do empreendedorismo social estão diretamente ligados ao empreendedor social, destacando-se a sinceridade, paixão pelo que faz, clareza, confiança pessoal, valores centralizados, boa vontade de planejamento, capacidade de sonhar e uma habilidade para improviso. “O empreendedorismo social é uma das espécies do gênero dos empreendedores; são empreendedores com uma missão social, que é sempre central e explícita” (LEITE, 2003 apud Oliveira 2007). Diante do exposto constata-se que, muitas semelhanças existem entre empreendedorismo social e o de negócios, ambos são movidos pelo desejo de realização e concretização de suas idéias, assumindo também riscos por isso. É importante comparar e esclarecer que o empreendedorismo social não é Responsabilidade Social, pelo fato que são ações planejadas e direcionadas para suprir as necessidades da sociedade, proporcionando melhorias.
  • 8. ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO 21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB WWW.ENSEAD2013.COM _____________________________________ O empreendedor social são pessoas generosas, não são movidas pelo lucro, tem disposição para realizar, desejo de um mundo melhor, enfim é uma opção de vida, que além de trabalhar com recursos excassos, é estimulado pelo fazer social. Todavia, ele é considerado como individuo qualquer mas que possuem particularidades que os destacam dentre muitos, sendo um transformador social, é aquele que tem a boa vontade e o desejo de fazer a diferença. 2.4 Terceiro setor As organizações de terceiro setor existem para o bem comum da população, com ações de assistência social. Segundo Souza (2008, p. 103) as organizações do Terceiro Setor têm liderança democrática, processos de gestão centrados na experiência dos membros, estrutura flexível e informal e processos gerenciais voltados para o alcance de resultados sociais. Essas organizações sobrevivem com ações de agem com vivacidade em ações de cunho social, agindo efetivamente mediante a sociedade. Souza (2008, p. 109) define algumas das principais vantagens das organizações de Terceiro Setor, que são elas:  São mais rápidos do que as organizações públicas no atendimento às demandas sociais, pois, têm maior benevolência na contratação e rescisão de contrato do pessoal;  O custo de contratação de profissionais, para atendimento aos beneficiários, é reduzido, pois ocorre dentro de projetos específicos, por prazo determinado;  Garantem maior grau de transparência, uma vez que se encontram submetidas à gestão e ao controle da sociedade civil;  E com titularidade de Organização Social de Interesse Público (OSCIP), ou de Organização Social (OS), passam a gozar de uma série de benefícios fiscais. Analisa-se que as organizações de terceiro setor se transfiguram como empresas que se preocupam com o próximo, não visando lucro, e que se comprometem com o bem-comum. 3. A APAE EM PAU DOS FERROS - RN A Câmara Municipal de Pau dos Ferrosem 10 de maio de 1997 realizou-se a 1ª Assembléia Geral, com a presença de representantes da Comunidade local para Fundação da APAE, presidente fundadora foi a Sra. Nadja de Fátima Diógenes.
  • 9. ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO 21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB WWW.ENSEAD2013.COM _____________________________________ Tendo como missão Promover e articular ações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência e representar o movimento perante os organismos nacionais e internacionais, para a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas APAES, na perspectiva da inclusão social de seus usuários, e como visãoMovimento de pais, amigos e pessoas com deficiência, de excelência e referência no país, na defesa de direitos e prestação de serviços. 4. METODOLOGIA A referida pesquisa foi elaborada de caráter descritivo, com o intuito de disseminar oempreendedorismo social. Segundo Gil (2010, p. 20) pesquisa básica tem o objetivo de gerar novos conhecimentos que sejam úteis para os avanços científicos, que tenha aplicabilidade na prática e que gere mudanças. Portanto, a pesquisa básica tem por finalidade expandir o conhecimento sobre determinado assunto bem como satisfazer a curiosidade científica. Quanto aos meios, foram realizadas pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, para o desenvolvimento deste trabalho. A pesquisa se caracteriza como qualitativa, pois traduzem as visão dos usuários APAE utilizando técnicas estatísticas para serem posteriormente analisadas. Diante do exposto, a pesquisa enveredou pelo percurso da bibliográfica analisado e selecionado os melhores autores, dentre eles Chiavenato, Dornelas, Martins, entre outros, em seguida desenvolveu-se o referencial, na próxima etapa foi realizado um estudo de caso utilizando questionário dividido em duas partes na primeira com 04 questões foram elaborado perguntas pertinentes ao perfil sócio econômico dos clientes e, na segunda parte foi composta de 11 questões e uma aberta para que os clientes opinassem acerca do que precisaria melhorar na APAE, aplicou-se com os usuários da uma amostra de 40 clientes do universo de169 usuários, após os dados catalogados e analisados através do Excel para calcular as porcentagens com o objetivo de traduzir os resultados alcançados. 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS De acordo com os dados coletados e analisados, foram identificados os resultados a seguir: Em relação ao gênero dos usuários, aponta que tanto as mulheres como os homens utilizam dos serviços oferecidos, e que tanto homens como mulheres são acometidos por alguma necessidade especial.
  • 10. ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO 21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB WWW.ENSEAD2013.COM _____________________________________ Quanto à idade, observa-se que as maiorias dos portadores cadastrados possuem entre 8 e 25 anos, verifica-se que as mães, familiares e ou parentes buscam tratamento na APAE, Emque 45% dos entrevistados estão na organização a mais de 03 anos, portanto, corroboram- se a importância da criação do empreendimento social, já que há uma permanência nos usuários na instituição que demanda tempo e ser minucioso o tratamento, sobre o atendimento, em que mais da maioria das pessoas ou seja 65% que são atendidas são de Pau dos Ferros RN, e as outras são das cidades circunvizinhas Alexandria, Venha Ver, Marcelino Vieira, José da Penha. Sobre a importância da APAE foi de grande importância, pois houve mudanças sociais, as respostas dos usuários foram unânimes, o empreendimento social vem mudando a qualidade de vida dos portadores, e que os atendimentos oferecidos são satisfatórios, e que vem cumprindo sua missão, em que demonstra de forma unânime a preocupação com os usuários, e que os colaboradores e voluntários prestam atendimento satisfatório na APAE,e sobre as instalações 90% revelaram que são adequadas, e sobre a questão aberta na qual direcionava o que necessitava ser melhorado na APAE, 55% afirmam que não precisa mudar nada, 18% dizem que está tudo ótimo, 17% estão insatisfeitos com as passagem e/ou transporte, 8% confirmam que está tudo bom e 2% diz que deve manter o padrão, ou seja, maioria apontaque não há nenhuma necessidade de mudança, todos os serviços estavam sendo realizados de acordo com as necessidades. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com o que foi exposto, o empreendedorismo social é idealizado por pessoas que possuem o espírito de fazer a diferença, em que a APAE mesmo tendo dificuldades internas quanto as doações serve como modelo de instituição solidária, bastando observar os beneficiários que comprovam a utilidade da mesma, cumpridora da sua missão organizacional. A APAE se caracteriza-se como um empreendimento social, atende um determinado grupo dentro do alto oeste Potiguaré que a maioria dos funcionários são voluntários ou colaboradores, que dispõem seu tempo para ajudar os clientes que chegam a unidade. A mesma necessita buscar um meio de sanar o item referente a verbas para um melhor atendimento aos portadores de necessidades especiais.
  • 11. ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO 21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB WWW.ENSEAD2013.COM _____________________________________ Mediante o exposto, conclui-se a pesquisa tem muito a contribuir aumentando o conhecimento, onde posteriormente desperte nos futuros administradores o desejo de ampliar o número de organizações nessa atividade, que venham se destacar como APAE. 6. REFERÊNCIAS CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando Assas ao Espírito Empreendedor. 3 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2008. CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública. 6 ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2006. DAVID, Denise Elizabeth Hey.Intraempreendedorismo Social: Perspectivas Para O Desenvolvimento Social Nas Organizações. Disponível em: <http://www.unioeste.br/projetos/casulo/files/tese_denise_david.pdf>Acesso em: 27/08/2011. DORNELAS, José Carlos Assis. Transformando ideias em negócios.2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. FERREIRA, Mário César e MENDES, Ana Magnólia. “Só de pensar em vir trabalhar, já fico de mau humor”: atividade de atendimento ao público e prazer-sofrimento no trabalho. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/epsic/v6n1/5336.pdf> Acessado em: 15/11/2011. GIMENEZ, Fernando, FERREIRA, Jane Mendes e, RAMOS, Simone Cristina. Empreendedorismo e estratégia de Empresas de pequeno porte 3es2ps. Disponível em: <http://www.editorachampagnat.pucpr.br/ebook/9788572922043.pdf> Acesso em: 23/08/2011. GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa.5 ed. São Paulo: Atlas, 2010. HARRISON, Jeffrey S. Traduzido por Luciana de Oliveira Rocha. Administração Estratégica de Recursos e Relacionamentos. 1 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. L. LENZI, Fernando Cesar; KIESEL, Marcio Daniel e ZUCCO, FabríciaDurieux. Ação Empreendedora: como desenvolver e administrar o seu negócio com excelência. São Paulo: Editora Gente, 2010. MARTINS, Leandro Gonçalves. Empreendedorismo. 1 ed. São Paulo: Digerati Books, 2006. MOREIRA, Vilma, VIDAL, Francisco Antonio Barbosa e, FARIAS, Iracema Quintino. Empreendedorismo Social e Economia Solidária: Um Estudo de Caso da Rede de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável da Comunidade do Grande Bom Jardim. Disponível em: <http:www. unioeste.br/projetos/casulo/files/emp_soc_sol.pdf> Acesso em: 27/08/2011.
  • 12. ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO 21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB WWW.ENSEAD2013.COM _____________________________________ NEVES, José Luis. Caderno de Pesquisa em Administração.3 ed. São Paulo. Qualitymark Editora, 1996. OLIVEIRA, Edson Marques. Empreendedorismo Social: da teoria à prática, do sonho à realidade.7 ed. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2008. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE – OMS. DECLARAÇÃO ELABORADA PELO GRUPO DE TRABALHO DA QUALIDADE DE VIDA DA OMS. GENEBRA: OMS. 1994. ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de Estágio e de Pesquisa em Administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2007. SERAFIM, Lia Sales. A Representação Social do Papel de Gestores em Organizações Não-Governamentais. 2007. Dissertação (mestre em administração) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. SOUSA, Washington José. Responsabilidade Social Corporativa e Terceiro Setor. 1ª ed. Sistema Universidade Aberta do Brasil, 2008. TAJRA, Sanmya Feitosa e SANTOS, Felipe Tajra. Empreendedorismo: questões na área da saúde, social, empresarial e educacional. 1 ed. São Paulo: Érica, 2009. VILAR, Luanna Lopes, AFONSO, Pedro Valentin, SOUZA, Luciane Albuquerque Sá de e, MEDEIROS, Luciano de Santana. Delineando o perfil empreendedor no Setor Imobiliário. Disponível em: <http://www.fatecjp.com.br/revista/art-ed2-006.pdf> Acesso em: 23/08/2011.