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Tiragem: 15000                         Pág: 19

                                                                                                                           País: Portugal                         Cores: Cor

                                                                                                                           Period.: Mensal                        Área: 24,30 x 31,99 cm²

ID: 42631770                                                 01-06-2012                                                    Âmbito: Regional                       Corte: 1 de 5




                                                                                    Especial
                                                                   Vila Nova
                                                                 da Barquinha
                                                                     Após vários anos de planeamento, o premiado
                                                                      Parque Ribeirinho já recebeu os seus ilustres
                                                                        novos inquilinos. Onze esculturas saídas
                                                                        da arte de onze dos artistas maiores da
                                                                          escultura portuguesa, dos anos 60
                                                                                  até aos dias de hoje.




 Barquinha é Arte
 O ´Barquinha é Arte’ é o evento que     sença dos mesmos, em Vila Nova da         Ainda assim realce para certas ca-
 este ano engloba as celebrações         Barquinha. Já é possível admirar e      racterísticas das esculturas como a
 anuais da Barquinha (7 a 10 de ju-      observar os trabalhos destes onze       de Ângela Ferreira com ‘Rega’, um
 nho) mas também um programa             artistas apesar de a inauguração ser    pivot de rega metálico de 12m x
 que culmina apenas dia 6 de julho,      feita apenas dia 6 de julho.            2m e que “pode ser ativado como
 com a inauguração do Parque de            O Jornal de Abrantes esteve pre-      um brinquedo no espaço público
 Escultura Contemporânea Almou-          sente no dia em que Alberto Car-        com objetivo de trabalhar a metá-
 rol (PECA), cerimónia presidida pelo    neiro, 74 anos, nome incontornável      fora possível criada pela imagem
 Presidente da República, Cavaco         da escultura portuguesa, finalizou a    de crianças a brincar nos baloiços,
 Silva.                                  instalação da sua escultura. O traba-   como foco de irrigação”, explica a
                                         lho do artista pauta-se por uma “re-    artista. Carlos Nogueira imaginou
   Mas os nomes mais importan-           flexão sobre a natureza”, algo que      uma ‘Casa Quadrada com Árvore
 tes do PECA estão espalhados pela       é transversal a toda a sua carreira     Dentro’. Uma das árvores do Parque
 vasta mancha verde de sete hec-         e trabalho académico. A sua escul-      Ribeirinho envolta num quadrado
 tares, idealizada pelos arquitetos      tura para o PECA tem por título ‘So-    de betão branco, que pode e deve
 paisagistas Hipólito Bettencourt e      bre a floresta’ e é composta por 33     ser visitada, por dentro e por fora.
 Joana Sena Rego, que conquistou o       elementos verticais em granito e          Cristina Ataíde criou ‘Rotter, 2010’,
 Prémio Nacional de Arquitetura Pai-     bronze e que na sua base têm pala-      Fernanda Fragateiro ‘Concrete
 sagista 2007, na categoria “Espaços
 Exteriores de Uso Público”. Um local
                                         vras inscritas que o visitante poderá
                                         descobrir, interagindo com a escul-
                                                                                 Poem’, José Pedro Croft as suas es-
                                                                                 telas ‘S/Titulo 2012’, Rui Chafes ‘Con-
                                                                                                                             • Alberto Carneiro durante a instalação de uma peça
 privilegiado para a arte de Alberto     tura, entrando nela.                    tramundo’, Xana a ‘Casa do Céu’ e           das peças mais aguardadas era a de        soas podem descansar durante o
 Carneiro, Ângela Ferreira, Carlos No-     O autor da escultura ‘Sobre a Flo-    Zulmiro de Carvalho a ‘Linha da             Joana Vasconcelos e a espera valeu        seu passeio no jardim. É um encon-
 gueira, Cristina Ataíde, Fernanda       resta’ é símbolo do início – anos 60    terra e do rio’. Já Pedro Cabrita Reis      a pena. A artista nascida em Paris,       tro entre as luxuosas estruturas de
 Fragateiro, Joana Vasconcelos, José     - da linha temporal que se criou ao     inspirou-se na memória do castelo           faz uma alusão ao Palácio de Versa-       pedra como há em Versalhes e as
 Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Rui    incluir estes onze artistas. Sobre as   vizinho, Almourol, para uma escul-          lhes em França, com ‘Trianons’.           de ferro como há em Portugal”.
 Chafes, Xana e Zulmiro de Carvalho.     restantes esculturas podem escre-       tura de 3m de altura com um peso              Estruturas acrílicas com fitas (plás-     O PECA é um museu ao ar livre,
   Os artistas escolheram os locais      ver-se muitas palavras, sempre in-      de 18 toneladas em granito ama-             ticas) translucidas «Inspirada nas        aberto a todos na Barquinha, que
 onde instalar as suas peças o que       suficientes pois uma visita ao PECA     relo descrevendo-a como “nature-            pérgulas, coretos e caramanchões,         é arte.
 foi feito paulatinamente, com a pre-    é o melhor modo para as conhecer.       za abstrata e concetualizante”. Uma         é um local acolhedor onde as pes-                               Ricardo Alves
Tiragem: 15000                        Pág: 20

                                                                                                                            País: Portugal                        Cores: Cor

                                                                                                                            Period.: Mensal                       Área: 23,76 x 29,76 cm²

ID: 42631770                                                  01-06-2012                                                    Âmbito: Regional                      Corte: 2 de 5

 MIGUEL POMBEIRO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA NOVA DA BARQUINHA



 “Quero que os meus filhos tenham
 orgulho da terra onde vivem”
 RICARDO ALVES                                                                                                                                                         eventos e mais possibilidades as
                                                                                                                                                                       pessoas tiverem de contatar com
 Miguel Pombeiro, presidente da Câ-                                                                                                                                    a arte contemporânea mais perce-
 mara Municipal de Vila Nova da Bar-                                                                                                                                   berão este projeto. Não tenho dúvi-
 quinha (VNB) vê a sua terra entrar                                                                                                                                    das que ao gastar 150 mil euros em
 numa nova realidade. Depois do                                                                                                                                        betuminoso, ou numa recarga de
 planeamento a fase das concretiza-                                                                                                                                    uma estrada, não haverá a mínima
 ções. Em 2012 as inaugurações do                                                                                                                                      polémica! O ganho neste projeto é
 Centro Integrado de Educação em                                                                                                                                       muito superior a isso, não é mensu-
 Ciência, projeto ímpar a nível nacio-                                                                                                                                 rável no dia, semana, mês, ano a se-
 nal, do novo parque escolar, e dia                                                                                                                                    guir. Será daqui a quatro, oito anos,
 6 de julho do Parque de Escultura                                                                                                                                     com certeza. Viabilizará algum co-
 Contemporânea Almourol (PECA),                                                                                                                                        mércio na localidade, a recuperação
 em plena crise internacional, são                                                                                                                                     de alguns imóveis - que nos preocu-
 fruto do planeamento e estratégia                                                                                                                                     pa – e um processo de alteração de
 de muitos anos. É o último manda-                                                                                                                                     mentalidades. Poderá viabilizar um
 to de Miguel Pombeiro à frente da                                                                                                                                     investimento na área do alojamen-
 autarquia.                                                                                                                                                            to turístico que tanta falta faz no
                                                                                                                                                                       nosso concelho. Estou completa-
   Numa entrevista em 2003, disse                                                                                                                                      mente empenhado e certo da bon-
 que não gostava muito de plane-                                                                                                                                       dade estratégica destes investimen-
 ar a sua vida pessoal. Como líder                                                                                                                                     tos, tendo a noção de que não são
 do executivo não será assim?                                                                                                                                          consensuais.
   Há uma grande distinção entre a
 vida pessoal e profissional. Na ati-                                                                                                                                    Tem repetido que privilegia
 vidade autárquica o planeamento                                                                                                                                       a qualidade de vida, é isso que
 é sem dúvida a grande arma para                                                                                                                                       sempre procurou para a Barqui-
 conseguirmos alguns projetos de                                                                                                                                       nha?
 maior impacto a nível local. VNB,                                                                                                                                       Eu quero que os meus filhos te-
 tem pouca capacidade de inves-                                                                                                                                        nham orgulho da terra onde vivem.
 timento, o que se faz de relevante                                                                                                                                    Quando surgiram algumas urbani-
 é com fundos comunitários. Entre                                                                                                                                      zações, no Alto da fonte e na Tor-
 o planear e o estar feito, num pro-                                                                                                                                   rinha, que estavam de alguma for-
 jeto de dimensão, são cinco, seis                                                                                                                                     ma a mudar a que se tinha do con-
 anos. Por exemplo, o parque indus-                                                                                                                                    celho, diziam “isto qualquer dia é
 trial junto ao nó da A23 e do IC3, co-                                                                                                                                uma cidade!”. E eu costumava ba-
 meçou a ser pensado em 1998 e a                                                                                                                                       ter na madeira pois se alguma vez
 finalizar-se em 2006, ou o Parque                                                                                                                                     for uma cidade é porque isto des-
 Almourol em 1999, com as grandes         altura melhor pensavam a escola, o       de milhar de visitantes anuais do          80% pelos fundos comunitários,           cambou completamente. O cresci-
 realizações em 2005. Os acessos e        departamento didático e de tecno-        castelo de Almourol, que nem têm           no âmbito da regeneração urbana,         mento não é nunca um fim em si
 envolvente do castelo, os acessos        logias educativas da UA. Temos um        noção que estão em VNB ou sequer           e ainda com comparticipação da           mesmo, tem de ser apenas para dar
 ao rio só em 2003, 2004, 2005. Há        espaço formal de educação a que          passam por algum aglomerado ur-            fundação EDP. Portanto, por pouco        sustentabilidade à existência de al-
 aqui um grande deferimento entre         se junta um não-formal, aquilo que       bano da sede do concelho. Criar um         mais de 100 mil euros conseguimos        guns serviços e produtos. Esta ideia
 o pensar e o estar feito, “só com pro-   em regra as pessoas identificam          pólo que tivesse atividade suficiente      ter aqui um património relevante.        de querermos ser apenas e só uma
 jetos devidamente estruturados e         como centros de ambiente e ciên-         para que quem visita o castelo pos-        Conseguimos financiamento para           vila tem toda uma lógica: termos
 fundamentados se pode fazer algo         cia viva mas que aqui está junto a       sa visitar o PECA e vice-versa. A par-     uma residência temporária de artis-      um excelente rácio por habitante
 de relevante”.                           uma escola, e possibilita que todo o     tir daí englobámos este objectivo          tas, recuperar um edifício que esta-     com espaço verde, uma boa qua-
                                          programa escolar faça pontes para        numa estratégia de regeneração ur-         va em ruínas e em perigo, junto ao       lidade de espaço público e termos
   No Centro de Ciência Viva, a           o espaço não formal. É essencial ha-     bana da sede de concelho, com um           auditório, e que vai servir de apoio     uma oferta escolar de qualidade.
 parceria com a Universidade de           ver parcerias externas, que estudem      conjunto de investimentos que são          ao PECA, requalificarmos por com-
 Aveiro (UA) vem nessa linha?             os assuntos e nos ajudem a estrutu-      complementares ao PECA. A parce-           pleto o Centro Cultural e criar um         O parque industrial sofreu com
   Foi claramente o elemento que          rar os nossos projetos.                  ria com a EDP permite qualificar ain-      posto de turismo, renovar o audi-        a crise?
 propiciou a que marcássemos a                                                     da mais esta intervenção cultural e        tório, a biblioteca, o antigo edifício     Um parque como aquele que foi
 diferença. Não queríamos a con-            Como é o caso da parceria com          permite-nos dizer que pela primeira        da Câmara, ter uma rede wireless         feito não é para ser comercializado
 centração apenas por um moti-            a EDP no Parque de Esculturas de         vez em Portugal, num mesmo local,          no parque com outra qualidade, ou        nos primeiros dois ou três anos. Há
 vo economicista, antes uma for-          Arte Contemporânea (PECA)?               vamos ter aquilo que de mais repre-        seja, um conjunto de mais sete ou        uma lógica de gestão de uma área
 ma que viabilizasse uma escola di-         Foi outro tipo de parceria. O par-     sentativo existe em termos da es-          oito intervenções englobadas no          de localização empresarial, isto é,
 ferente no seu projeto educativo e       que é inaugurado em 2005 e tive-         cultura contemporânea portugue-            mesmo bolo, senão não seria possí-       envolver os empresários na própria
 tivesse como pilar central o ensino      mos logo a noção que era impor-          sa desde os anos 60 até hoje.              vel. É um projeto em que o esforço       gestão do espaço. Quando hou-
 experimental, uma escola de exce-        tante dar-lhe mais conteúdos. Havia                                                 da autarquia não é relevante.            ver massa crítica no espaço há um
 lência e virada para a comunidade.       várias hipóteses mas optámos cla-          Este é um projeto com um inves-                                                   projeto desenvolvido, um lote para
 Definindo estes quatro objectivos        ramente em ter a arte pública como       timento avultado, qual é a parti-           Mas o arrojo levanta críticas,          serviços, com espaço para serviços
 tentámos juntar o excelente gabi-        elemento de âncora para qualificar-      cipação da Câmara?                         como o explica a essas vozes?            bancários, correios, restauração,
 nete de arquitectura, de Manuel Ai-      mos este território e dar reflexo eco-     A Câmara só realiza este projeto          Sabemos que não é fácil, que se         cafetaria, duas salas para formação,
 res Mateus com as pessoas que na         nómico à vila através das dezenas        porque ele é comparticipado em             vai assimilando mas quanto mais          um pequeno auditório, e espaços
Tiragem: 15000                         Pág: 21

                                                                                                                                  País: Portugal                         Cores: Cor

                                                                                                                                  Period.: Mensal                        Área: 24,17 x 29,69 cm²

ID: 42631770                                                     01-06-2012                                                       Âmbito: Regional                       Corte: 3 de 5




                                                                                       mas conseguimos fazê-lo porque
                                                                                       também nunca excluímos aquilo
                                                                                       que uma grande parte das pessoas
                                                                                       mais valoriza.

                                                                                         Após a concretização dos pro-
                                                                                       jetos segue-se o potenciar dos
                                                                                       mesmos
                                                                                         Exactamente. Agora começa o
                                                                                                                                      Um ensino inovador
 modelares para incubação de em-            empresarial? Que tipo de projetos
                                                                                       mais difícil. Na escola o difícil é man-
                                                                                       ter a intencionalidade do projeto,
                                                                                                                                      no concelho
 presas. Infelizmente o início da co-       iriamos ou não concretizar? Come-          trabalho concertado da autarquia,                O projeto foi desenhado por            suas atividades curriculares, outras
 mercialização do espaço coincidiu          çámos a trabalhar no Parque Al-            agrupamento, professores, que os               Manuel Aires Mateus e estruturado        valências para a comunidade, com
 com esta crise brutal, em que o in-        mourol com a Nersant, Constância,          alunos passem aquela hora e meia               pela Universidade de Aveiro. A au-       a criação de um Centro de Ciência e
 vestimento teve uma queda abrup-           Chamusca, foram fases muito bo-            por semana no laboratório, que                 tarquia quer a comunidade integra-       uso de alguns espaços de forma au-
 ta, mas aquele espaço fará o seu ca-       nitas em termos de planeamento.            haja uma verdadeira aprendizagem               da. Trata-se de um salto qualitativo     tónoma. Esta caraterística levou à
 minho no futuro. O mais difícil era        Havia coisas que pareciam quase            e pontes entre o espaço formal e in-           na educação com aposta na inova-         criação de acessibilidades pelo ex-
 infra-estruturar uma área virgem           um sonho, e nós tivemos o privilé-         formal de educação, É necessária               ção e curiosidade das crianças.          terior às zonas abertas ao público
 que estava fora do espaço urba-            gio de passarmos por essas fases to-       formação e professores motivados.                A Escola Ciência Viva é uma escola     (ex. CIEC, biblioteca infantil, campo
 no e agora com a retoma da ativi-          das. Lembro-me de estarmos com o           Ou o PECA, que nos primeiros me-               que integra no mesmo espaço um           de futebol sintético, parque de des-
 dade económica, com certeza será           projetista no salão da Câmara e dis-       ses vale por si mas a programação              centro de ciência, num conceito          portos radicais), criando um limite
 determinante para criar um tecido          cutir que intervenção fazer no par-        do espaço é um elemento essencial.             pioneiro em Portugal. Este projeto       que “protegerá” as áreas letivas, que
 económico que não existia.                 que ribeirinho e parecia um pou-           A ideia de que quando terminamos               junta às condições excecionais do        se organizam por anos de escolari-
                                            co irrealista para a nossa dimensão.       determinada fase podemos respirar              moderno estabelecimento à exis-          dade na zona central do edifício.
   Fazendo um pequeno balan-                Muitas das coisas que fazemos e são        fundo e dizer “está feito”, é absolu-          tência de um espaço dedicado à
 ço destes seus mandatos, de que            mais relevantes não são aquelas em         tamente falsa e cabe-me a mim en-              ciência - Centro Integrado de Edu-       Centro Integrado
 modo as suas preocupações evo-             que sentimos maior pressão. Senti-         quanto líder de uma equipa, valori-            cação em Ciências (CIEC) - que tem       de Educação em Ciências
 luíram no tempo?                           mos pressão é para fazer estradas,         zar o mundo que ainda há para fazer            como público-alvo as crianças. Fun-
   Em 1998 tinha já grandes preo-           infra-estruturas e arranjar as vias. In-   para que possamos eventualmente                ciona no seio da escola, podendo           O projeto CIEC corporiza-se na
 cupações. Como comprava os ter-            felizmente nunca sentimos pressão          dizer “esta aposta foi ganha!”.                ser utilizado pela comunidade nos        criação de um espaço de educa-
 renos atrás da Câmara e do parque          para fazer uma escola ciência viva,                                                       períodos não letivos. Com uma di-        ção não formal de ciências dentro
                                                                                                                                      reção qualificada, vai proporcionar      de uma instituição formal, no caso
                                                                                                                                      formação contínua de professores,        particular dentro de uma escola do
   Miguel Pombeiro: A advocacia, a política                                                                                           apostando na simbiose entre a es-
                                                                                                                                      cola, a comunidade e a ciência.
                                                                                                                                                                               1º Ciclo do Ensino Básico, a Escola
                                                                                                                                                                               Ciência Viva. Trata-se de uma inova-
   e os rumores sobre o futuro                                                                                                          O ano letivo 2011/2012 iniciou-se
                                                                                                                                      já na nova Escola Ciência Viva rece-
                                                                                                                                                                               dora perspetiva de organização da
                                                                                                                                                                               educação em ciências, integrando
     Ainda se recorda dos primeiros         ram, onde tenho as minhas raízes”.         mercado futebolístico, tenho mui-              bendo as crianças das escolas do         o formal e não formal. O CIEC visa
   dias na liderança do executivo, ele        Filho de uma professora e de um          tas dúvidas que sejam bem aceites              1ºCEB de Atalaia, Cardal, Tancos,        promover a integração das apren-
   que aos 19 anos foi eleito para a        médico, casado, tem uma filha (11          pela população. De fato julgo que              Moita do Norte n.º1 e n.º2, entre-       dizagens desenvolvidas em con-
   Assembleia de Freguesia de Vila          anos) e um filho (12 anos). Miguel         isso não tem qualquer fundamen-                tanto desativadas. No CIEC promo-        texto formal, não formal e informal.
   Nova da Barquinha (VNB), sendo           Pombeiro provém de uma linha-              to. Tem de haver uma identidade, a             ve-se a integração entre atividades      O espaço de educação não formal
   depois vereador da Câmara e che-         gem de políticos, especificamen-           transferência pura de um concelho              de educação formal de ciências de-       de ciências é constituído por seis
   gando a presidente em dezembro           te presidentes de Câmara, o avô            para o outro não me atrai e não jul-           senvolvidas fundamentalmente no          salas com módulos, dispositivos,
   de 1997. “Não foi novidade. Já ha-       e o pai. Os amigos dizem que em            go que isso vá acontecer”                      laboratório de ciências, com as de       maquetas e equipamentos que,
   via sido vereador e apesar da ida-       miúdo, com 12 anos, ficava a ler o                                                        cariz não formal realizadas pelas        pela sua dimensão, especificidade,
   de foi com naturalidade que os           jornal na cadeira enquanto os ou-          Portista, os U2                                crianças no Centro de Ciência. Des-      investimento, não se adequam a
   próprios serviços e as pessoas me        tros brincavam na piscina. “Sem-           e jornais antigos                              ta forma alimenta-se o gosto pelas       uma sala de aula ou laboratório. De
   receberam”. Saiu da Faculdade de         pre tive interesse pela política des-                                                     ciências desde os primeiros anos,        acordo com a natureza não formal
   Coimbra e foi quase diretamen-           de relativamente cedo”.                      Para muitos um defeito, para                 através da realização de atividades      das suas atividades visa, essencial-
   te para a presidência. Em fim de                                                    outros uma virtude. Pombeiro é                 experimentais diversificadas com         mente, a sensibilização para a cul-
   mandato o futuro é uma incógni-          Rumores desmentidos                        adepto do Futebol Clube do Por-                vista à promoção de uma cultura          tura científica, a remoção de even-
   ta. “Penso seguramente na advo-                                                     to, “bendita hora em que me in-                científica de base.                      tuais bloqueios “anticientíficos” e
   cacia. Em 2011 terminei uma pós-           A cerca de ano e meio das eleições       fluenciaram nesse sentido (risos).                                                      o estímulo das atitudes e dos pro-
   graduação, de direito do urbanis-        autárquicas, em 2013, o presidente         Têm sido tantas as vitórias que te-            Arquitetura inovadora                    cessos da ciência, em particular a
   mo, ordenamento do território,           de VNB ainda não sabe para onde            nho muito carinho por quem me                                                           curiosidade e o espírito crítico in-
   ambiente, pelo CEDOUA (Centro            vai, “só sei para onde não vou”, afir-     influenciou (risos)”. Em termos mu-              A Escola Ciência Viva foi construída   fantil
   de Estudos de Direito do Ordena-         mação proferida quando confron-            sicais tem um gosto variado mas                nos terrenos do antigo Campo de
   mento, do Urbanismo e do Am-             tado com os rumores de que po-             destaca dois: U2 e Rodrigo Leão.               Futebol de Vila Nova da Barqui-          Biblioteca Infantil
   biente), é uma área na qual quero        deria estar na calha uma candida-          Gosta de ler jornais e coleccioná-             nha (VNB). O edifício foi projeta-
   vir a trabalhar para me sentir com-      tura ao entroncamento, concelho            los, “por vezes é interessante ler o           do pelo conceituado arquiteto Ai-          No dia 2 de Março abriu ao pú-
   pletamente realizado”. Esse desejo       vizinho da Barquinha. “Não faço            que se escreveu e previu sabendo               res Mateus e financiado pelos fun-       blico a Biblioteca Infantil de VNB, a
   não invalida a realização que sente      a esta distância qualquer planea-          hoje o que aconteceu”.                         dos comunitários. Trata-se de um         funcionar nas instalações do Cen-
   por ter enveredado pela política,        mento, mas não me parece. Ape-               Da Barquinha, a sua terra, diz ser           investimento de cerca de quatro          tro Escolar do 1.º Ciclo. Este espa-
   “aquilo que fiz realiza-me comple-       sar de a prudência dizer que não se        “a junção de elementos puramen-                milhões de euros e tem capacida-         ço, destinado aos mais novos, terá
   tamente, isto não é uma comissão         deva utilizar a palavra nunca, esses       te populares com outros elemen-                de para 300 alunos. Significa uma        um horário de funcionamento para
   de serviço que estou a fazer, es-        rumores não fazem qualquer sen-            tos com os quais não estamos ha-               melhoria qualitativa, quer em ter-       o público em geral, às sextas-fei-
   tou a intervir e a gerir um território   tido. É um privilégio poder atuar          bituados ou não somos confronta-               mos de instalações, quer em ter-         ras das 17h30 às 19h00 e aos sába-
   que me diz muito, que o meu pai          num território, mas estas transfe-         dos. Parece-me uma junção muito                mos de práticas pedagógicas, para        dos das 14h30 às 18h00, com ser-
   adorava, onde os meus avós vive-         rências quase como no defeso do            interessante e democrática”.                   os alunos do 1.º Ciclo. Este equipa-     viços de consulta e empréstimo
                                                                                                                                      mento contempla, para além das           domiciliário.
Tiragem: 15000                         Pág: 22

                                                                                                                    País: Portugal                         Cores: Cor

                                                                                                                    Period.: Mensal                        Área: 24,10 x 30,71 cm²

ID: 42631770                                                  01-06-2012                                            Âmbito: Regional                       Corte: 4 de 5


 Festas: Barquinha é arte
 Arte contemporânea instala-se no        gaita, no Palco ribeirinho às 00h.       co mais tarde às 9h, começam
 parque ribeirinho. Cartaz inclui ‘Os      No segundo di, 8 de junho, é tem-      três atividades: Cicloturismo – 10º
 Azeitonas’ Best Youth e Melech Me-
            ,                            po para as tradicionais Marchas          Passeio “Tejo à vista” (Org.: Gru-
 chaya. De 7 a 10 de junho e depois      populares, Palco St.º António (21h),     po Cicloturismo Barquinhense);
 até 6 de julho, data de inauguração     os Best Youth, banda portugue-           10º Encontro de Vespas (Org.: Ves-
 do Parque de Escultura Contempo-        sa que entre outras músicas traz o       pAlmourol); Canoagem – TurisAl-
 rânea Almourol (PECA)                   single ‘Hang Out’ ao palco princi-       mourol. Às 16h realiza-se o Festi-
                                         pal (22h30) seguida dos Fun2Rock         val de Folclore, Palco St.º António
   A edição deste ano suspende o         às 00h no palco ribeirinho.              – Grupo Folclórico “Os Pescadores     Em junho a Barquinha não pára             16 e 17 junho: 16h – 19h, 20h –
 modelo de festas adoptado há dois         Dia 9 de junho, sábado, há Mega-       de Tancos” (Org.); Rancho Folcló-                                             22h - Kid’s Village – insufláveis, pin-
 anos com o Barquinha NON STOP,          fitness de manhã (11h), Encontro         rico da Correlhã; Rancho Folclóri-      Até à inauguração do PECA, numa       turas faciais, animação e ateliers,
 mas as festividades ganham tan-         de Antigos Escuteiros (Org.: CNE –       co de Aranhas; Rancho Folclórico      cerimónia presidida pelo Presiden-      Painel de pintura e cavaletes param
 to ou maior interesse com a inau-       Agrupamento 583) às 12h30 e Taça         do Baixo Vouga; Rancho Folclóri-      te da República, Cavaco Silva, no dia   ateliers de pintura
 guração do PECA. As festas que se       TurisAlmourol em canoagem às             co da Casa do Povo de Fátima, en-     6 de julho, a Barquinha terá ativida-     23 e 24 junho: 16h – 19h, 20h –
 iniciam no dia 7 de junho, quinta-      14h. Haverá também um ecrã gi-           tre as 18h e as 20h Drama e Beiço     des e eventos regulares.                22h – Insufláveis e Feira de Artesa-
 feira, abrem portas às 15h com a        gante para transmissão dos jogos         – Animação de rua, Danças de Sa-        A saber: 13 junho - 9h - Hastear      nato urbano; Painel de pintura e ca-
 abertura da XXVI Feira do Tejo. Às      do Campeonato Europeu de Fute-           lão – Grupo dos Bombeiros da Bar-     da Bandeira, Paços do Concelho;         valetes para ateliers de pintura
 21h há teatro - A Tempestade, de        bol. A música chega às 23h com os        quinha, Aquapalco às 21h e final-     10h45 - Tropas em parada, Barqui-         6 julho: 19h00 - Inauguração do
 William Shakespeare, pelos alu-         Melech Mechaya a subir ao palco          mente o concerto que encerra as       nha Parque; 11h - Juramento de          Parque de escultura contemporâ-
 nos do Curso EFA do Agrupamen-          principal prometendo muita ani-          festas com Os Azeitonas (22h) au-     Bandeira da Escola Prática de En-       nea Almourol – cerimónia presidida
 to de Escolas de Vila Nova da Bar-      mação e dança. Às 00h tocam os           tores da música ‘Anda Comigo Ver      genharia de Tancos, Barquinha Par-      por Sua Excelência, o Presidente da
 quinha, com encenação de Carlos         Articústico no Palco ribeirinho.         os Aviões’.                           que; 15h - Sessão Solene de Atribui-    República, Professor Doutor Aníbal
 Carvalheiro. Para o fim de noite do       Para os amantes da pesca o dia           A programação fica completa         ção de Medalhas de Mérito, Centro       Cavaco Silva.
 primeiro dia há concertos musicais      10, domingo, começa bem cedo,            com ateliers, animação de rua e       Cultural; 18h - Missa, Igreja Matriz      21h00 - Melodia do Fogo – concer-
 com os Klassikus – noite de baile,      às 6h30 com o 19.º Convívio pis-         insufláveis para os mais peque-       VN Barquinha; 19h - Procissão em        to da Orquestra Ligeira do Exército
 Palco St.º António (22h) e os Arre-     catório (Org: Pestinhas). Um pou-        nos.                                  Honra de Stº António.                   com fogo sincronizado



 Auto Caravanismo,                                                                                             Cervejaria Cais:
 um estilo de vida                                                                                             de mão dada com o Tejo
   Pessoas de todos os quadran-                                                                                  O rio corre quase debaixo dos nossos
 tes sociais da sociedade, apaixo-                                                                             pés no deck da esplanada. Um novo es-
 nadas inveteradas pela vida na                                                                                paço que privilegia a qualidade da pai-
 estrada, libertas, bem-dispostas                                                                              sagem, da gastronomia e do convívio.
 e com sede de aventura. Desde                                                                                   Inativo durante largo período de tem-
 os mais novos aos mais expe-                                                                                  po, o edifício da antiga esplanada, em
 rientes, na Barquinha encontra-                                                                               Vila Nova da Barquinha, tornou-se um
 ram mais um local de culto para                                                                               espaço ainda mais confortável. Boa-
 bons momentos ao ar livre.                                                                                    ventura Costa, 40 anos, é o mestre de
   No dia 1 de maio de 2011, a                                                                                 cerimónias. Criou o ‘Azul Inox’, bar que    “normais”, tudo acompanhado por boa
 autarquia inaugurou a estação                                                                                 marcou uma geração no Entroncamen-          bebida, neste caso destacando-se a cer-
 de serviço para auto-caravanas,                                                                               to, esteve depois em Torres Novas, onde     veja que abunda em variedade na altura
 junto à Avenida os Plátanos, pa-    vanas ficam e o parque ribeiri-       quê: “No primeiro encontro, em      igualmente marcou estatuto com uma          de fazer a escolha. Tanto há cerveja na-
 redes meias com o Parque Ri-        nho se construiu – terra de cul-      2010, o presidente Miguel Pom-      cervejaria. Agora está na Barquinha         cional como uma selecção de cervejas
 beirinho, durante o II Encontro     tivo, e agora temos um espaço         beiro ficou surpreendido com        num espaço que, diz desassombrado, é        importadas mas a experimentar e sabo-
 de Caravanismo de Vila Nova da      maravilhoso, com muita fama,          tanta adesão dos autocarava-        “paradisíaco”. E nós comprovámos isso       rear também a cerveja que a Cervejaria
 Barquinha (VNB). Na altura este     vêm pessoas de todo o lado!”,         nistas e prometeu-nos uma área      mesmo.                                      Cais serve em exclusividade na região.
 encontro juntou “portugueses,       conta.                                de serviço para o ano seguin-         Do edifício original resta o fundamen-      Os bifes, os famosos inquilinos das cer-
 ingleses, espanhóis, holande-         Os autocaravanistas entrevis-       te. Dito e feito, em 2011 estava    tal para a sua solidez de construção. O     vejarias míticas, estão igualmente pre-
 ses, franceses, holandeses e bel-   tados fizeram questão de con-         inaugurada!”.                       que Boaventura Costa fez foi virá-lo, en-   sentes no Cais e apesar da ampla ofer-
 gas”, explicou-nos Joaquim Ma-      tar sobre os benefícios econó-          Em 2010, segundo Joaquim          tregá-lo à beleza do rio Tejo. “A paisa-    ta no cardápio, Boaventura Costa real-
 ção, 63 anos, barquinhense e        micos para o comércio local.          Mação, estiveram na Barquinha       gem diz quase tudo, tem uma grande          ça aqueles com “molhos próprios, o bife
 organizador do evento que este      “Quando vêm cá, portugueses e         198 auto-caravanas, na segun-       percentagem da qualidade do estabele-       com molho da casa” ou o naco na pe-
 ano celebrou em Maio a sua 3ª       estrangeiros, os autocaravanis-       da edição 203 e este ano, apesar    cimento”. Mas não só. Não fosse o servi-    dra que se cozinha fervilhando à mesa
 edição.                             tas gastam muito dinheiro nos         das obras no espaço e no parque     ço e a oferta de qualidade e a paisagem     do cliente, tornando a paisagem do Tejo
   Conceição Oliveira, 67 anos, é    restaurantes, mini-mercados,          o número também foi muito sa-       não chegaria para atrair os clientes. Com   aromatizada pelos cheiros das suas es-
 lisboeta e faz Auto caravanismo     até no cabeleireiro!”, conta uma      tisfatório. Conversámos ainda       uma carta gastronómica que se sabo-         peciarias. Se o verão é época que convi-
 desde os 30, “mas já há muito       sempre bem disposta Concei-           com um casal de franceses que       reia ao mesmo tempo que os olhos se         da à esplanada, os meses mais frios con-
 tempo que faço campismo sel-        ção sentada confortavelmente          entraram em Portugal por Cha-       perdem na silhueta do Tejo e a pele sen-    vidam a estar à lareira que está instalada
 vagem”. Três edições do encon-      no ‘alpendre’ da sua casa móvel.      ves e ali se juntaram para o en-    te a brisa de verão, não há razões para     no espaço. Com o Europeu de Futebol
 tro na Barquinha e outras tantas    “O ano passado juntámos todos         contro, Jean Pierre e Bernardet-    que a visita não perdure na memória... E,   à porta o ecrã gigante que passa jogos
 presenças. “Atualmente é a ca-      os talões e recibos com os gas-       te Raison, de La Rochelle. “Vie-    se queira, voltar mais vezes.               todo o ano é mais um aliciante para um
 pital do Auto caravanismo, por      tos feitos na Barquinha e entre-      mos para conhecer a cultura da        Como cervejaria que é, o Cais oferece     ambiente que se quer de vitória para a
 causa das condições que encon-      gámos à câmara: 7 mil euros em        região. As pessoas são gentis e     petiscos variados, desde as moelas às       equipa das quinas. De uma ou outra ma-
 tramos”. Helena Rodrigues, 63       apenas três dias”, finaliza. Justa-   o espaço é muito acolhedor e        febras trinchadas, das saladas de polvo     neira, numa ou noutra época, a Cerveja-
 anos, filha da terra, continuou     mente a câmara municipal rece-        agradável”. Vão voltar no futuro?   e ovas ao camarão à casa – sempre com       ria Cais tem sempre o Tejo como vizinho.
 os elogios. “Isto dantes era tudo   be rasgados e sentidos elogios        “Oui, biensur!”.                    um toque da casa – mas também almo-         Se não houvesse mais razões, esta bas-
 um nateiro – onde as autocara-      e Joaquim Mação contou por-                               Ricardo Alves   ços e jantares, dentro ou fora das horas    taria. Mas há, e muitas.
Tiragem: 15000                 Pág: 1

                                             País: Portugal                 Cores: Cor

                                             Period.: Mensal                Área: 13,16 x 6,28 cm²

ID: 42631770   01-06-2012                    Âmbito: Regional               Corte: 5 de 5

                            Especial
                            Barquinha
                            é arte
                            Está concluído o processo de instalação
                            do conjunto de esculturas de arte
                            contemporânea da Barquinha. O concelho
                            recebe o Presidente da República, Aníbal
                            Cavaco Silva, para a inauguração do
                            Museu ao Ar Livre, no dia 6 de julho.
                                                          páginas 19 a 22

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Barquinha é arte

  • 1. Tiragem: 15000 Pág: 19 País: Portugal Cores: Cor Period.: Mensal Área: 24,30 x 31,99 cm² ID: 42631770 01-06-2012 Âmbito: Regional Corte: 1 de 5 Especial Vila Nova da Barquinha Após vários anos de planeamento, o premiado Parque Ribeirinho já recebeu os seus ilustres novos inquilinos. Onze esculturas saídas da arte de onze dos artistas maiores da escultura portuguesa, dos anos 60 até aos dias de hoje. Barquinha é Arte O ´Barquinha é Arte’ é o evento que sença dos mesmos, em Vila Nova da Ainda assim realce para certas ca- este ano engloba as celebrações Barquinha. Já é possível admirar e racterísticas das esculturas como a anuais da Barquinha (7 a 10 de ju- observar os trabalhos destes onze de Ângela Ferreira com ‘Rega’, um nho) mas também um programa artistas apesar de a inauguração ser pivot de rega metálico de 12m x que culmina apenas dia 6 de julho, feita apenas dia 6 de julho. 2m e que “pode ser ativado como com a inauguração do Parque de O Jornal de Abrantes esteve pre- um brinquedo no espaço público Escultura Contemporânea Almou- sente no dia em que Alberto Car- com objetivo de trabalhar a metá- rol (PECA), cerimónia presidida pelo neiro, 74 anos, nome incontornável fora possível criada pela imagem Presidente da República, Cavaco da escultura portuguesa, finalizou a de crianças a brincar nos baloiços, Silva. instalação da sua escultura. O traba- como foco de irrigação”, explica a lho do artista pauta-se por uma “re- artista. Carlos Nogueira imaginou Mas os nomes mais importan- flexão sobre a natureza”, algo que uma ‘Casa Quadrada com Árvore tes do PECA estão espalhados pela é transversal a toda a sua carreira Dentro’. Uma das árvores do Parque vasta mancha verde de sete hec- e trabalho académico. A sua escul- Ribeirinho envolta num quadrado tares, idealizada pelos arquitetos tura para o PECA tem por título ‘So- de betão branco, que pode e deve paisagistas Hipólito Bettencourt e bre a floresta’ e é composta por 33 ser visitada, por dentro e por fora. Joana Sena Rego, que conquistou o elementos verticais em granito e Cristina Ataíde criou ‘Rotter, 2010’, Prémio Nacional de Arquitetura Pai- bronze e que na sua base têm pala- Fernanda Fragateiro ‘Concrete sagista 2007, na categoria “Espaços Exteriores de Uso Público”. Um local vras inscritas que o visitante poderá descobrir, interagindo com a escul- Poem’, José Pedro Croft as suas es- telas ‘S/Titulo 2012’, Rui Chafes ‘Con- • Alberto Carneiro durante a instalação de uma peça privilegiado para a arte de Alberto tura, entrando nela. tramundo’, Xana a ‘Casa do Céu’ e das peças mais aguardadas era a de soas podem descansar durante o Carneiro, Ângela Ferreira, Carlos No- O autor da escultura ‘Sobre a Flo- Zulmiro de Carvalho a ‘Linha da Joana Vasconcelos e a espera valeu seu passeio no jardim. É um encon- gueira, Cristina Ataíde, Fernanda resta’ é símbolo do início – anos 60 terra e do rio’. Já Pedro Cabrita Reis a pena. A artista nascida em Paris, tro entre as luxuosas estruturas de Fragateiro, Joana Vasconcelos, José - da linha temporal que se criou ao inspirou-se na memória do castelo faz uma alusão ao Palácio de Versa- pedra como há em Versalhes e as Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Rui incluir estes onze artistas. Sobre as vizinho, Almourol, para uma escul- lhes em França, com ‘Trianons’. de ferro como há em Portugal”. Chafes, Xana e Zulmiro de Carvalho. restantes esculturas podem escre- tura de 3m de altura com um peso Estruturas acrílicas com fitas (plás- O PECA é um museu ao ar livre, Os artistas escolheram os locais ver-se muitas palavras, sempre in- de 18 toneladas em granito ama- ticas) translucidas «Inspirada nas aberto a todos na Barquinha, que onde instalar as suas peças o que suficientes pois uma visita ao PECA relo descrevendo-a como “nature- pérgulas, coretos e caramanchões, é arte. foi feito paulatinamente, com a pre- é o melhor modo para as conhecer. za abstrata e concetualizante”. Uma é um local acolhedor onde as pes- Ricardo Alves
  • 2. Tiragem: 15000 Pág: 20 País: Portugal Cores: Cor Period.: Mensal Área: 23,76 x 29,76 cm² ID: 42631770 01-06-2012 Âmbito: Regional Corte: 2 de 5 MIGUEL POMBEIRO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA NOVA DA BARQUINHA “Quero que os meus filhos tenham orgulho da terra onde vivem” RICARDO ALVES eventos e mais possibilidades as pessoas tiverem de contatar com Miguel Pombeiro, presidente da Câ- a arte contemporânea mais perce- mara Municipal de Vila Nova da Bar- berão este projeto. Não tenho dúvi- quinha (VNB) vê a sua terra entrar das que ao gastar 150 mil euros em numa nova realidade. Depois do betuminoso, ou numa recarga de planeamento a fase das concretiza- uma estrada, não haverá a mínima ções. Em 2012 as inaugurações do polémica! O ganho neste projeto é Centro Integrado de Educação em muito superior a isso, não é mensu- Ciência, projeto ímpar a nível nacio- rável no dia, semana, mês, ano a se- nal, do novo parque escolar, e dia guir. Será daqui a quatro, oito anos, 6 de julho do Parque de Escultura com certeza. Viabilizará algum co- Contemporânea Almourol (PECA), mércio na localidade, a recuperação em plena crise internacional, são de alguns imóveis - que nos preocu- fruto do planeamento e estratégia pa – e um processo de alteração de de muitos anos. É o último manda- mentalidades. Poderá viabilizar um to de Miguel Pombeiro à frente da investimento na área do alojamen- autarquia. to turístico que tanta falta faz no nosso concelho. Estou completa- Numa entrevista em 2003, disse mente empenhado e certo da bon- que não gostava muito de plane- dade estratégica destes investimen- ar a sua vida pessoal. Como líder tos, tendo a noção de que não são do executivo não será assim? consensuais. Há uma grande distinção entre a vida pessoal e profissional. Na ati- Tem repetido que privilegia vidade autárquica o planeamento a qualidade de vida, é isso que é sem dúvida a grande arma para sempre procurou para a Barqui- conseguirmos alguns projetos de nha? maior impacto a nível local. VNB, Eu quero que os meus filhos te- tem pouca capacidade de inves- nham orgulho da terra onde vivem. timento, o que se faz de relevante Quando surgiram algumas urbani- é com fundos comunitários. Entre zações, no Alto da fonte e na Tor- o planear e o estar feito, num pro- rinha, que estavam de alguma for- jeto de dimensão, são cinco, seis ma a mudar a que se tinha do con- anos. Por exemplo, o parque indus- celho, diziam “isto qualquer dia é trial junto ao nó da A23 e do IC3, co- uma cidade!”. E eu costumava ba- meçou a ser pensado em 1998 e a ter na madeira pois se alguma vez finalizar-se em 2006, ou o Parque for uma cidade é porque isto des- Almourol em 1999, com as grandes altura melhor pensavam a escola, o de milhar de visitantes anuais do 80% pelos fundos comunitários, cambou completamente. O cresci- realizações em 2005. Os acessos e departamento didático e de tecno- castelo de Almourol, que nem têm no âmbito da regeneração urbana, mento não é nunca um fim em si envolvente do castelo, os acessos logias educativas da UA. Temos um noção que estão em VNB ou sequer e ainda com comparticipação da mesmo, tem de ser apenas para dar ao rio só em 2003, 2004, 2005. Há espaço formal de educação a que passam por algum aglomerado ur- fundação EDP. Portanto, por pouco sustentabilidade à existência de al- aqui um grande deferimento entre se junta um não-formal, aquilo que bano da sede do concelho. Criar um mais de 100 mil euros conseguimos guns serviços e produtos. Esta ideia o pensar e o estar feito, “só com pro- em regra as pessoas identificam pólo que tivesse atividade suficiente ter aqui um património relevante. de querermos ser apenas e só uma jetos devidamente estruturados e como centros de ambiente e ciên- para que quem visita o castelo pos- Conseguimos financiamento para vila tem toda uma lógica: termos fundamentados se pode fazer algo cia viva mas que aqui está junto a sa visitar o PECA e vice-versa. A par- uma residência temporária de artis- um excelente rácio por habitante de relevante”. uma escola, e possibilita que todo o tir daí englobámos este objectivo tas, recuperar um edifício que esta- com espaço verde, uma boa qua- programa escolar faça pontes para numa estratégia de regeneração ur- va em ruínas e em perigo, junto ao lidade de espaço público e termos No Centro de Ciência Viva, a o espaço não formal. É essencial ha- bana da sede de concelho, com um auditório, e que vai servir de apoio uma oferta escolar de qualidade. parceria com a Universidade de ver parcerias externas, que estudem conjunto de investimentos que são ao PECA, requalificarmos por com- Aveiro (UA) vem nessa linha? os assuntos e nos ajudem a estrutu- complementares ao PECA. A parce- pleto o Centro Cultural e criar um O parque industrial sofreu com Foi claramente o elemento que rar os nossos projetos. ria com a EDP permite qualificar ain- posto de turismo, renovar o audi- a crise? propiciou a que marcássemos a da mais esta intervenção cultural e tório, a biblioteca, o antigo edifício Um parque como aquele que foi diferença. Não queríamos a con- Como é o caso da parceria com permite-nos dizer que pela primeira da Câmara, ter uma rede wireless feito não é para ser comercializado centração apenas por um moti- a EDP no Parque de Esculturas de vez em Portugal, num mesmo local, no parque com outra qualidade, ou nos primeiros dois ou três anos. Há vo economicista, antes uma for- Arte Contemporânea (PECA)? vamos ter aquilo que de mais repre- seja, um conjunto de mais sete ou uma lógica de gestão de uma área ma que viabilizasse uma escola di- Foi outro tipo de parceria. O par- sentativo existe em termos da es- oito intervenções englobadas no de localização empresarial, isto é, ferente no seu projeto educativo e que é inaugurado em 2005 e tive- cultura contemporânea portugue- mesmo bolo, senão não seria possí- envolver os empresários na própria tivesse como pilar central o ensino mos logo a noção que era impor- sa desde os anos 60 até hoje. vel. É um projeto em que o esforço gestão do espaço. Quando hou- experimental, uma escola de exce- tante dar-lhe mais conteúdos. Havia da autarquia não é relevante. ver massa crítica no espaço há um lência e virada para a comunidade. várias hipóteses mas optámos cla- Este é um projeto com um inves- projeto desenvolvido, um lote para Definindo estes quatro objectivos ramente em ter a arte pública como timento avultado, qual é a parti- Mas o arrojo levanta críticas, serviços, com espaço para serviços tentámos juntar o excelente gabi- elemento de âncora para qualificar- cipação da Câmara? como o explica a essas vozes? bancários, correios, restauração, nete de arquitectura, de Manuel Ai- mos este território e dar reflexo eco- A Câmara só realiza este projeto Sabemos que não é fácil, que se cafetaria, duas salas para formação, res Mateus com as pessoas que na nómico à vila através das dezenas porque ele é comparticipado em vai assimilando mas quanto mais um pequeno auditório, e espaços
  • 3. Tiragem: 15000 Pág: 21 País: Portugal Cores: Cor Period.: Mensal Área: 24,17 x 29,69 cm² ID: 42631770 01-06-2012 Âmbito: Regional Corte: 3 de 5 mas conseguimos fazê-lo porque também nunca excluímos aquilo que uma grande parte das pessoas mais valoriza. Após a concretização dos pro- jetos segue-se o potenciar dos mesmos Exactamente. Agora começa o Um ensino inovador modelares para incubação de em- empresarial? Que tipo de projetos mais difícil. Na escola o difícil é man- ter a intencionalidade do projeto, no concelho presas. Infelizmente o início da co- iriamos ou não concretizar? Come- trabalho concertado da autarquia, O projeto foi desenhado por suas atividades curriculares, outras mercialização do espaço coincidiu çámos a trabalhar no Parque Al- agrupamento, professores, que os Manuel Aires Mateus e estruturado valências para a comunidade, com com esta crise brutal, em que o in- mourol com a Nersant, Constância, alunos passem aquela hora e meia pela Universidade de Aveiro. A au- a criação de um Centro de Ciência e vestimento teve uma queda abrup- Chamusca, foram fases muito bo- por semana no laboratório, que tarquia quer a comunidade integra- uso de alguns espaços de forma au- ta, mas aquele espaço fará o seu ca- nitas em termos de planeamento. haja uma verdadeira aprendizagem da. Trata-se de um salto qualitativo tónoma. Esta caraterística levou à minho no futuro. O mais difícil era Havia coisas que pareciam quase e pontes entre o espaço formal e in- na educação com aposta na inova- criação de acessibilidades pelo ex- infra-estruturar uma área virgem um sonho, e nós tivemos o privilé- formal de educação, É necessária ção e curiosidade das crianças. terior às zonas abertas ao público que estava fora do espaço urba- gio de passarmos por essas fases to- formação e professores motivados. A Escola Ciência Viva é uma escola (ex. CIEC, biblioteca infantil, campo no e agora com a retoma da ativi- das. Lembro-me de estarmos com o Ou o PECA, que nos primeiros me- que integra no mesmo espaço um de futebol sintético, parque de des- dade económica, com certeza será projetista no salão da Câmara e dis- ses vale por si mas a programação centro de ciência, num conceito portos radicais), criando um limite determinante para criar um tecido cutir que intervenção fazer no par- do espaço é um elemento essencial. pioneiro em Portugal. Este projeto que “protegerá” as áreas letivas, que económico que não existia. que ribeirinho e parecia um pou- A ideia de que quando terminamos junta às condições excecionais do se organizam por anos de escolari- co irrealista para a nossa dimensão. determinada fase podemos respirar moderno estabelecimento à exis- dade na zona central do edifício. Fazendo um pequeno balan- Muitas das coisas que fazemos e são fundo e dizer “está feito”, é absolu- tência de um espaço dedicado à ço destes seus mandatos, de que mais relevantes não são aquelas em tamente falsa e cabe-me a mim en- ciência - Centro Integrado de Edu- Centro Integrado modo as suas preocupações evo- que sentimos maior pressão. Senti- quanto líder de uma equipa, valori- cação em Ciências (CIEC) - que tem de Educação em Ciências luíram no tempo? mos pressão é para fazer estradas, zar o mundo que ainda há para fazer como público-alvo as crianças. Fun- Em 1998 tinha já grandes preo- infra-estruturas e arranjar as vias. In- para que possamos eventualmente ciona no seio da escola, podendo O projeto CIEC corporiza-se na cupações. Como comprava os ter- felizmente nunca sentimos pressão dizer “esta aposta foi ganha!”. ser utilizado pela comunidade nos criação de um espaço de educa- renos atrás da Câmara e do parque para fazer uma escola ciência viva, períodos não letivos. Com uma di- ção não formal de ciências dentro reção qualificada, vai proporcionar de uma instituição formal, no caso formação contínua de professores, particular dentro de uma escola do Miguel Pombeiro: A advocacia, a política apostando na simbiose entre a es- cola, a comunidade e a ciência. 1º Ciclo do Ensino Básico, a Escola Ciência Viva. Trata-se de uma inova- e os rumores sobre o futuro O ano letivo 2011/2012 iniciou-se já na nova Escola Ciência Viva rece- dora perspetiva de organização da educação em ciências, integrando Ainda se recorda dos primeiros ram, onde tenho as minhas raízes”. mercado futebolístico, tenho mui- bendo as crianças das escolas do o formal e não formal. O CIEC visa dias na liderança do executivo, ele Filho de uma professora e de um tas dúvidas que sejam bem aceites 1ºCEB de Atalaia, Cardal, Tancos, promover a integração das apren- que aos 19 anos foi eleito para a médico, casado, tem uma filha (11 pela população. De fato julgo que Moita do Norte n.º1 e n.º2, entre- dizagens desenvolvidas em con- Assembleia de Freguesia de Vila anos) e um filho (12 anos). Miguel isso não tem qualquer fundamen- tanto desativadas. No CIEC promo- texto formal, não formal e informal. Nova da Barquinha (VNB), sendo Pombeiro provém de uma linha- to. Tem de haver uma identidade, a ve-se a integração entre atividades O espaço de educação não formal depois vereador da Câmara e che- gem de políticos, especificamen- transferência pura de um concelho de educação formal de ciências de- de ciências é constituído por seis gando a presidente em dezembro te presidentes de Câmara, o avô para o outro não me atrai e não jul- senvolvidas fundamentalmente no salas com módulos, dispositivos, de 1997. “Não foi novidade. Já ha- e o pai. Os amigos dizem que em go que isso vá acontecer” laboratório de ciências, com as de maquetas e equipamentos que, via sido vereador e apesar da ida- miúdo, com 12 anos, ficava a ler o cariz não formal realizadas pelas pela sua dimensão, especificidade, de foi com naturalidade que os jornal na cadeira enquanto os ou- Portista, os U2 crianças no Centro de Ciência. Des- investimento, não se adequam a próprios serviços e as pessoas me tros brincavam na piscina. “Sem- e jornais antigos ta forma alimenta-se o gosto pelas uma sala de aula ou laboratório. De receberam”. Saiu da Faculdade de pre tive interesse pela política des- ciências desde os primeiros anos, acordo com a natureza não formal Coimbra e foi quase diretamen- de relativamente cedo”. Para muitos um defeito, para através da realização de atividades das suas atividades visa, essencial- te para a presidência. Em fim de outros uma virtude. Pombeiro é experimentais diversificadas com mente, a sensibilização para a cul- mandato o futuro é uma incógni- Rumores desmentidos adepto do Futebol Clube do Por- vista à promoção de uma cultura tura científica, a remoção de even- ta. “Penso seguramente na advo- to, “bendita hora em que me in- científica de base. tuais bloqueios “anticientíficos” e cacia. Em 2011 terminei uma pós- A cerca de ano e meio das eleições fluenciaram nesse sentido (risos). o estímulo das atitudes e dos pro- graduação, de direito do urbanis- autárquicas, em 2013, o presidente Têm sido tantas as vitórias que te- Arquitetura inovadora cessos da ciência, em particular a mo, ordenamento do território, de VNB ainda não sabe para onde nho muito carinho por quem me curiosidade e o espírito crítico in- ambiente, pelo CEDOUA (Centro vai, “só sei para onde não vou”, afir- influenciou (risos)”. Em termos mu- A Escola Ciência Viva foi construída fantil de Estudos de Direito do Ordena- mação proferida quando confron- sicais tem um gosto variado mas nos terrenos do antigo Campo de mento, do Urbanismo e do Am- tado com os rumores de que po- destaca dois: U2 e Rodrigo Leão. Futebol de Vila Nova da Barqui- Biblioteca Infantil biente), é uma área na qual quero deria estar na calha uma candida- Gosta de ler jornais e coleccioná- nha (VNB). O edifício foi projeta- vir a trabalhar para me sentir com- tura ao entroncamento, concelho los, “por vezes é interessante ler o do pelo conceituado arquiteto Ai- No dia 2 de Março abriu ao pú- pletamente realizado”. Esse desejo vizinho da Barquinha. “Não faço que se escreveu e previu sabendo res Mateus e financiado pelos fun- blico a Biblioteca Infantil de VNB, a não invalida a realização que sente a esta distância qualquer planea- hoje o que aconteceu”. dos comunitários. Trata-se de um funcionar nas instalações do Cen- por ter enveredado pela política, mento, mas não me parece. Ape- Da Barquinha, a sua terra, diz ser investimento de cerca de quatro tro Escolar do 1.º Ciclo. Este espa- “aquilo que fiz realiza-me comple- sar de a prudência dizer que não se “a junção de elementos puramen- milhões de euros e tem capacida- ço, destinado aos mais novos, terá tamente, isto não é uma comissão deva utilizar a palavra nunca, esses te populares com outros elemen- de para 300 alunos. Significa uma um horário de funcionamento para de serviço que estou a fazer, es- rumores não fazem qualquer sen- tos com os quais não estamos ha- melhoria qualitativa, quer em ter- o público em geral, às sextas-fei- tou a intervir e a gerir um território tido. É um privilégio poder atuar bituados ou não somos confronta- mos de instalações, quer em ter- ras das 17h30 às 19h00 e aos sába- que me diz muito, que o meu pai num território, mas estas transfe- dos. Parece-me uma junção muito mos de práticas pedagógicas, para dos das 14h30 às 18h00, com ser- adorava, onde os meus avós vive- rências quase como no defeso do interessante e democrática”. os alunos do 1.º Ciclo. Este equipa- viços de consulta e empréstimo mento contempla, para além das domiciliário.
  • 4. Tiragem: 15000 Pág: 22 País: Portugal Cores: Cor Period.: Mensal Área: 24,10 x 30,71 cm² ID: 42631770 01-06-2012 Âmbito: Regional Corte: 4 de 5 Festas: Barquinha é arte Arte contemporânea instala-se no gaita, no Palco ribeirinho às 00h. co mais tarde às 9h, começam parque ribeirinho. Cartaz inclui ‘Os No segundo di, 8 de junho, é tem- três atividades: Cicloturismo – 10º Azeitonas’ Best Youth e Melech Me- , po para as tradicionais Marchas Passeio “Tejo à vista” (Org.: Gru- chaya. De 7 a 10 de junho e depois populares, Palco St.º António (21h), po Cicloturismo Barquinhense); até 6 de julho, data de inauguração os Best Youth, banda portugue- 10º Encontro de Vespas (Org.: Ves- do Parque de Escultura Contempo- sa que entre outras músicas traz o pAlmourol); Canoagem – TurisAl- rânea Almourol (PECA) single ‘Hang Out’ ao palco princi- mourol. Às 16h realiza-se o Festi- pal (22h30) seguida dos Fun2Rock val de Folclore, Palco St.º António A edição deste ano suspende o às 00h no palco ribeirinho. – Grupo Folclórico “Os Pescadores Em junho a Barquinha não pára 16 e 17 junho: 16h – 19h, 20h – modelo de festas adoptado há dois Dia 9 de junho, sábado, há Mega- de Tancos” (Org.); Rancho Folcló- 22h - Kid’s Village – insufláveis, pin- anos com o Barquinha NON STOP, fitness de manhã (11h), Encontro rico da Correlhã; Rancho Folclóri- Até à inauguração do PECA, numa turas faciais, animação e ateliers, mas as festividades ganham tan- de Antigos Escuteiros (Org.: CNE – co de Aranhas; Rancho Folclórico cerimónia presidida pelo Presiden- Painel de pintura e cavaletes param to ou maior interesse com a inau- Agrupamento 583) às 12h30 e Taça do Baixo Vouga; Rancho Folclóri- te da República, Cavaco Silva, no dia ateliers de pintura guração do PECA. As festas que se TurisAlmourol em canoagem às co da Casa do Povo de Fátima, en- 6 de julho, a Barquinha terá ativida- 23 e 24 junho: 16h – 19h, 20h – iniciam no dia 7 de junho, quinta- 14h. Haverá também um ecrã gi- tre as 18h e as 20h Drama e Beiço des e eventos regulares. 22h – Insufláveis e Feira de Artesa- feira, abrem portas às 15h com a gante para transmissão dos jogos – Animação de rua, Danças de Sa- A saber: 13 junho - 9h - Hastear nato urbano; Painel de pintura e ca- abertura da XXVI Feira do Tejo. Às do Campeonato Europeu de Fute- lão – Grupo dos Bombeiros da Bar- da Bandeira, Paços do Concelho; valetes para ateliers de pintura 21h há teatro - A Tempestade, de bol. A música chega às 23h com os quinha, Aquapalco às 21h e final- 10h45 - Tropas em parada, Barqui- 6 julho: 19h00 - Inauguração do William Shakespeare, pelos alu- Melech Mechaya a subir ao palco mente o concerto que encerra as nha Parque; 11h - Juramento de Parque de escultura contemporâ- nos do Curso EFA do Agrupamen- principal prometendo muita ani- festas com Os Azeitonas (22h) au- Bandeira da Escola Prática de En- nea Almourol – cerimónia presidida to de Escolas de Vila Nova da Bar- mação e dança. Às 00h tocam os tores da música ‘Anda Comigo Ver genharia de Tancos, Barquinha Par- por Sua Excelência, o Presidente da quinha, com encenação de Carlos Articústico no Palco ribeirinho. os Aviões’. que; 15h - Sessão Solene de Atribui- República, Professor Doutor Aníbal Carvalheiro. Para o fim de noite do Para os amantes da pesca o dia A programação fica completa ção de Medalhas de Mérito, Centro Cavaco Silva. primeiro dia há concertos musicais 10, domingo, começa bem cedo, com ateliers, animação de rua e Cultural; 18h - Missa, Igreja Matriz 21h00 - Melodia do Fogo – concer- com os Klassikus – noite de baile, às 6h30 com o 19.º Convívio pis- insufláveis para os mais peque- VN Barquinha; 19h - Procissão em to da Orquestra Ligeira do Exército Palco St.º António (22h) e os Arre- catório (Org: Pestinhas). Um pou- nos. Honra de Stº António. com fogo sincronizado Auto Caravanismo, Cervejaria Cais: um estilo de vida de mão dada com o Tejo Pessoas de todos os quadran- O rio corre quase debaixo dos nossos tes sociais da sociedade, apaixo- pés no deck da esplanada. Um novo es- nadas inveteradas pela vida na paço que privilegia a qualidade da pai- estrada, libertas, bem-dispostas sagem, da gastronomia e do convívio. e com sede de aventura. Desde Inativo durante largo período de tem- os mais novos aos mais expe- po, o edifício da antiga esplanada, em rientes, na Barquinha encontra- Vila Nova da Barquinha, tornou-se um ram mais um local de culto para espaço ainda mais confortável. Boa- bons momentos ao ar livre. ventura Costa, 40 anos, é o mestre de No dia 1 de maio de 2011, a cerimónias. Criou o ‘Azul Inox’, bar que “normais”, tudo acompanhado por boa autarquia inaugurou a estação marcou uma geração no Entroncamen- bebida, neste caso destacando-se a cer- de serviço para auto-caravanas, to, esteve depois em Torres Novas, onde veja que abunda em variedade na altura junto à Avenida os Plátanos, pa- vanas ficam e o parque ribeiri- quê: “No primeiro encontro, em igualmente marcou estatuto com uma de fazer a escolha. Tanto há cerveja na- redes meias com o Parque Ri- nho se construiu – terra de cul- 2010, o presidente Miguel Pom- cervejaria. Agora está na Barquinha cional como uma selecção de cervejas beirinho, durante o II Encontro tivo, e agora temos um espaço beiro ficou surpreendido com num espaço que, diz desassombrado, é importadas mas a experimentar e sabo- de Caravanismo de Vila Nova da maravilhoso, com muita fama, tanta adesão dos autocarava- “paradisíaco”. E nós comprovámos isso rear também a cerveja que a Cervejaria Barquinha (VNB). Na altura este vêm pessoas de todo o lado!”, nistas e prometeu-nos uma área mesmo. Cais serve em exclusividade na região. encontro juntou “portugueses, conta. de serviço para o ano seguin- Do edifício original resta o fundamen- Os bifes, os famosos inquilinos das cer- ingleses, espanhóis, holande- Os autocaravanistas entrevis- te. Dito e feito, em 2011 estava tal para a sua solidez de construção. O vejarias míticas, estão igualmente pre- ses, franceses, holandeses e bel- tados fizeram questão de con- inaugurada!”. que Boaventura Costa fez foi virá-lo, en- sentes no Cais e apesar da ampla ofer- gas”, explicou-nos Joaquim Ma- tar sobre os benefícios econó- Em 2010, segundo Joaquim tregá-lo à beleza do rio Tejo. “A paisa- ta no cardápio, Boaventura Costa real- ção, 63 anos, barquinhense e micos para o comércio local. Mação, estiveram na Barquinha gem diz quase tudo, tem uma grande ça aqueles com “molhos próprios, o bife organizador do evento que este “Quando vêm cá, portugueses e 198 auto-caravanas, na segun- percentagem da qualidade do estabele- com molho da casa” ou o naco na pe- ano celebrou em Maio a sua 3ª estrangeiros, os autocaravanis- da edição 203 e este ano, apesar cimento”. Mas não só. Não fosse o servi- dra que se cozinha fervilhando à mesa edição. tas gastam muito dinheiro nos das obras no espaço e no parque ço e a oferta de qualidade e a paisagem do cliente, tornando a paisagem do Tejo Conceição Oliveira, 67 anos, é restaurantes, mini-mercados, o número também foi muito sa- não chegaria para atrair os clientes. Com aromatizada pelos cheiros das suas es- lisboeta e faz Auto caravanismo até no cabeleireiro!”, conta uma tisfatório. Conversámos ainda uma carta gastronómica que se sabo- peciarias. Se o verão é época que convi- desde os 30, “mas já há muito sempre bem disposta Concei- com um casal de franceses que reia ao mesmo tempo que os olhos se da à esplanada, os meses mais frios con- tempo que faço campismo sel- ção sentada confortavelmente entraram em Portugal por Cha- perdem na silhueta do Tejo e a pele sen- vidam a estar à lareira que está instalada vagem”. Três edições do encon- no ‘alpendre’ da sua casa móvel. ves e ali se juntaram para o en- te a brisa de verão, não há razões para no espaço. Com o Europeu de Futebol tro na Barquinha e outras tantas “O ano passado juntámos todos contro, Jean Pierre e Bernardet- que a visita não perdure na memória... E, à porta o ecrã gigante que passa jogos presenças. “Atualmente é a ca- os talões e recibos com os gas- te Raison, de La Rochelle. “Vie- se queira, voltar mais vezes. todo o ano é mais um aliciante para um pital do Auto caravanismo, por tos feitos na Barquinha e entre- mos para conhecer a cultura da Como cervejaria que é, o Cais oferece ambiente que se quer de vitória para a causa das condições que encon- gámos à câmara: 7 mil euros em região. As pessoas são gentis e petiscos variados, desde as moelas às equipa das quinas. De uma ou outra ma- tramos”. Helena Rodrigues, 63 apenas três dias”, finaliza. Justa- o espaço é muito acolhedor e febras trinchadas, das saladas de polvo neira, numa ou noutra época, a Cerveja- anos, filha da terra, continuou mente a câmara municipal rece- agradável”. Vão voltar no futuro? e ovas ao camarão à casa – sempre com ria Cais tem sempre o Tejo como vizinho. os elogios. “Isto dantes era tudo be rasgados e sentidos elogios “Oui, biensur!”. um toque da casa – mas também almo- Se não houvesse mais razões, esta bas- um nateiro – onde as autocara- e Joaquim Mação contou por- Ricardo Alves ços e jantares, dentro ou fora das horas taria. Mas há, e muitas.
  • 5. Tiragem: 15000 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Mensal Área: 13,16 x 6,28 cm² ID: 42631770 01-06-2012 Âmbito: Regional Corte: 5 de 5 Especial Barquinha é arte Está concluído o processo de instalação do conjunto de esculturas de arte contemporânea da Barquinha. O concelho recebe o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, para a inauguração do Museu ao Ar Livre, no dia 6 de julho. páginas 19 a 22