Análise ao SC Braga, no jogo SC Braga 3 vs 0 Rio Ave, na última jornada antes da visita ao Estádio do Dragão.
A 1ª análise da época aos clubes portugueses.
A nova era nos bracarenses com um futebol mais positivo, mais vivo e mais próximo de um modelo de jogo de equipa grande.
1. JOGO
SC BRAGA 3 x 0 RIO AVE
RES. INTERVALO
Sp. Braga 0x0 Rio Ave
MARCADORES
Zé Luis (Pen.); R. Micael; F. Pardo
CARTÕES
Amarelos- Djavan, P. Tiba.
ESTÁDIO/DATA
Estádio Axa, Braga/ 27 Setembro 2014 20h:30m
FASE
Primeira Liga, 6ª jornada
ALTERAÇÕES
X
RESTANTE PLANTEL:
1- Kritciuk (Guarda-Redes)
32- Vítor Golas (Guarda-Redes)
5- Willy Bolly (Defesa Central)
33- Aderlan Santos (Defesa Central)
87- Marcelo Goiano (Defesa Lateral Direito)
3- Tiago Gomes (Defesa Lateral Esquerdo)
27- Custódio (Médio Defensivo)
63- Mauro (Médio Defensivo)
8- Luiz Carlos (Médio Centro)
48- Saná (Médio Centro)
30- Alan (Médio Ofensivo)
7- Agra (Extremo)
10- Sami (Extremo)
23- Pedro Santos (Extremo)
11- Acosta (Ponta-de-lança)
17- Éderzito (Ponta-de-lança)
TR: Sérgio Conceição
2. NOTAS EXTRA
SC BRAGA
ESTATÍSTICAS
RIO AVE
65%
Posse de Bola
35%
16
Remates
9
3
Remates à baliza
3
14
Cantos
4
13
Faltas
15
0
Foras de jogo
0
MELHORES MARCADORES
NOME
GOLOS (PEN.)
JOGOS
Zé Luis
2 (1)
5
R. Micael
2 (0)
3
Éderzito
2 (1)
6
Pedro Santos
1 (0)
4
F. Pardo
1 (0)
5
Pedro Tiba
1 (0)
6
Estatísticas (jogo): soccerway.com
M. Marcadores: zerozero.pt
Balanços: Transfermarkt.pt
LIGA -> 4º Classificado; 11 pontos (6J, 3V, 2E, 1D; 9GM, 3GS)
BALANÇO DE GOLOS -> Em Casa: 8 GM, 1GS; Fora de Casa: 1GM e 2 GS
BALANÇO DE JOGOS -> Em Casa: 3J, 3V; Fora de Casa: 3J, 2E, 1D
3. TRANSIÇÃO OFENSIVA: Reacção rápida à recuperação com a procura do espaço (para os avançados) ou para Zé Luis provocar o duelo aéreo. Procuram Rafa para uma condução mais lúcida e interior ou Pardo pela banda e procurando a profundidade. Zé Luis também pode ir buscar nas costas mas não é muito rápido. É agressivo, luta muito mas não é rápido.
4. Organização Ofensiva:
Organização estrutural preferencial é o 4x2x3x1 mas muitas vezes apresentam um 4x3x3 com o miolo em 1x1x1. Equipa que joga a toda a largura (campo grande) e com um bloco muito subido, expondo-se um pouco à perda. Preferem um jogo mais rápido ao longo de todo o processo. Na sua 1ª fase saem curto, pelos centrais (central não portador da bola uns passos mais atrás). Muitas vezes é Pedro Tiba tem que baixar para pegar no jogo. Entre a 1ª e a 2ª fase fazem alguma circulação, não muita mas fazem alguma.
A entrada na 2ª fase tem muito que ver com a entrada da bola nos corredores (Baiano/Djavan) – projectados rapidamente, são lançados para transporte OU com a entrada de Tiba/Danilo para ‘servir’, em 3ª fase, os movimentos interiores sem bola de Pardo + Rafa ou exteriores s/ bola de Baiano ou Djavan já em zonas de criação. Evitam sempre saídas mais longas a partir deste momento (2ª fase).
Tiba mais forte no transporte interior, Danilo no passe lateral servindo de apoio interior dando linha de passe seguro, não arriscando muito.
Com a entrada no processo criativo, jogadores como Rúben Micael e Rafa mas também Pedro Tiba ganham preponderâncias nas manobras colectivas da equipa pelo corredor central. Pardo joga mais por fora entre metade da faixa e metade do espaço interior. Laterais conferem largura e Zé Luis a buscar rupturas nas costas dos centrais (ora lançado por Tiba, ora lançado por Rafa, ora lançado por Rúben Micael).
Quando a equipa circula demais entre a 2ª fase e a fase de criação, Rúben Micael tem tendência para baixar com Rafa e Tiba a deambularem por espaços mortos ocupando-os normalmente à frente do portador da bola e algumas vezes espaço entre linhas. Atenção aos movimentos interiores com bola de Rafa para assistir ou finalizar mas também aos movimentos de Tiba pelo mesmo espaço na busca de zonas de finalização com este tipo de movimento de penetração entre unidades/sectores.
Quando chegam à fase de finalização o perigo vem de vários locais: ora pela meia-distância de Micael, Pardo, Rafa, Tiba ou Danilo (mais raro), mas também pelas finalizações no espaço (diagonal) de Zé Luis. Após o cruzamentos atenção a Zé Luis é muito forte nos duelos aéreos. Atenção: movimentos de penetração seguidos de finalização ou assistência para espaço interior por Rafa (muito perigosos, é imprevisível). Nunca esquecer a meia-distância muito competente do Djavan sobre a meia-esquerda.
5. TRANSIÇÃO DEFENSIVA: Reacção pressionante com um ou dois jogadores mas apenas para permitir o recuo do bloco defensivo e a reorganização do mesmo. Dificilmente recuperam e protagonizam um momento de contra-transição. Tiba é dos que melhor reage, mas Danilo também tem boa reacção. Micael pouco agressivo.
6. Organização Defensiva:
Organização estrutural varia entre o 4x4x2 e o 4x2x2x2 dependendo do posicionamento dos extremos (Pardo e Rafa). Micael sobe para o lado de Zé Luis na 1º linha de pressão. Equipa organizada num bloco médio-alto/alto e que procura pressionar o portador da bola. Não o fazem de forma muito agressiva mas sim de forma intensa de forma a ‘travar’ uma possível saída curta em 1ª fase ainda que concedam algum espaço nas costas destes elementos. Na saída longa evitar corredor central onde André Pinto é fortíssimo na disputa e assume-se nesse momento. A sair longo fazê-lo para o corredor esquerdo forçando Djavan a um duelo aéreo.
Na 2ª fase, a equipa procura baixar os seus extremos se o adversário fizer subir os seus laterais (forte acompnhamento!). Neste momento permitem algum espaço entre linhas (a explorar…). Variação à largura e profundidade só para forçar, claro está, Djavan a duelo aéreo que a defender, neste momento, é pouco agressivo. Tiba é agressivo no ‘pressing’ interior mas Danilo ainda é um pouco ‘tímido’ ficando-se mais pela ocupação espacial. Micael nem sempre baixa mas quando o faz também não é, de forma alguma, elemento fundamental no equilíbrio ou na pressão.
Com a entrada na fase de criação os extremos ‘largam’ o acompanhamento ao lateral de forma mais acentuada dando algum espaço mas também dão algum espaço entre linhas (médios-centro, Danilo + Tiba, não encurtam espaço e centrais quando procuram encurtar largam a posição e cedem espaço nas costas). Existe espaço suficiente para um jogo nesse local bastante fluído quer para criar perigo por remate após movimento com bola, quer para criar desequilíbrios através de um passe. ATENÇÃO á 2º imagem da página anterior: falha existente no encurtamento do outro central quando um baixa para dobrar o lateral isto acontece se forçarmos o 2x1 com o lateral.
Com a entrada na fase de finalização do adversário e fruto do espaço consentido (entre linhas) podemos procurar a meia-distância e o surgir de jogador com essas características. Se procurarmos a jogada referida anteriormente (2ª imagem), podemos explorar o cruzamento para o 1º poste (só neste momento, pois centrais são muito fortes no jogo aéreo) ou então passe atrasado (fazê-lo sem problemas, em qualquer altura pois médios não encurtam espaço. Forçar situações de 1x1 com Djavan, não tem ‘escola’.
7. Bolas Paradas Ofensivas:
Cantos:
Com Pardo na marcação, Micael como ‘muleta’ para canto curto, Rafa na meia-lua e Baiano mais atrás.
Na área, Tiba ao 1º poste, Danilo na divisória das áreas mas perto do 1º poste, com Sasso + A. Pinto + Zé Luis são os mais perigosos e procuram coração da área. Djavan procura primeiro poste mas parte do 2º. (Cantos rasteiros!!)
Livres directos:
Na marcação estão vários jogadores possíveis: Pardo para um remate + potente tal como Djavan. Enquanto Danilo e Rafa procuram um remate mais colocado menos em força para tentarem evitar que fique pela barreira ou que saia disparada para a bancada (menos riscos nesta forma de bater).
Livres laterais:
Com Pardo na marcação e com 6 jogadores na grande área a movimentarem-se para o 1º poste de forma agressiva e impetuosa (excepto Tiba que fica parado ao 2º). A. Pinto e Zé Luis são os mais agressivos seguidos de Sasso, Djavan e Danilo. Micael fica no exterior precavendo 2ª bola.
Penalty:
Zé Luis na cobrança. Marca de forma rasteira para o seu lado esquerdo. Calmo e sem colocar muita potência.
Demonstra-se confiante, calmo e concentrado.
8. Bolas Paradas Defensivas:
Cantos:
Fazem marcação individual com cobertura zonal dos dois
postes (2 jogadores ao 1º e 1 ao 2º poste). Tentam impedir
canto curto com Rafa próximo. Zé Luis, Sasso e André Pinto são
os mais agressivos na disputa e Tiba, Micael e Pardo são os
menos capazes nos duelos. Marcação em cima do oponente e
agressiva nos duelos. Pouco faltosos.
Livres laterais:
Fazem uma marcação mista com jogadores menos
preponderantes no jogo aéreo (Baiano, Micael, Djavan e Sasso
– excepção). A marcação zonal é linear e tem em Zé Luis (2º
poste) e André Pinto (centro) são os obstáculos mais dificeis de
superar. Bola entre Danilo e Pardo (1º e 2º homens zonais).
Livres: