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Lições Adultos Rebelião e redenção
Lição 4 – Conflito e crise: os juízes 16 a 23 de janeiro
❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: Gn 48–50
VERSO PARA MEMORIZAR: “Orou Ana e disse: O meu coração se regozija no Senhor, a minha força está
exaltada no Senhor; a minha boca se ri dos meus inimigos, porquanto me alegro na Tua salvação”(1Sm 2:1).
Leituras da Semana: Jz 4; 6; 14; Hb 11:32; 1Sm 2:12-25; 8:1-7
A época do juízes foi um período caótico na história sagrada. O povo de Deus praticava o mal aos olhos do
Senhor, Ele os entregava nas mãos de um opressor; então clamavam novamente a Deus, e o Senhor suscitava
um libertador que trazia paz à terra. E assim até o mesmo triste ciclo se repetir.
Débora, uma das juízas de Israel, foi notável pela confiança que inspirava nos homens ao seu redor. Ela e Jael
foram heroínas, ao passo que os homens precisavam de encorajamento por causa de sua timidez e falta de fé.
Um subtema que se repete no grande conflito também é visto na história de Gideão, quando as chances do
povo de Deus eram nulas.
Sansão foi um dos últimos juízes. Depois dele a nação caiu em anarquia e desespero. Ele foi um herói
relutante, mais interessado em correr atrás de mulheres do que em seguir a Deus, um paralelo de seus
compatriotas, que estavam mais interessados em adorar ídolos do que em servir ao Senhor.
Samuel trouxe esperança à nação. Sob sua direção, foi estabelecida uma nova estrutura de liderança, com reis,
e um de seus últimos atos foi ungir o futuro rei Davi.
Permita que Deus coloque um sonho em seu coração. Leve a seus amigos a esperança em Jesus Cristo. Creia e
veja os milagres de Deus!
Comentários de Ellen G. White
O pecado de Eli foi o de passar por alto a iniquidade de seus filhos, que ocupavam ofícios sagrados. A
negligência do pai em reprovar e restringir seus filhos trouxe sobre Israel uma terrível calamidade. Os filhos
de Eli foram mortos, e o próprio Eli perdeu a vida, a arca de Deus foi tomada dos israelitas e trinta mil dentre
o povo foram mortos. Tudo isso se deu porque o pecado foi considerado levianamente e permitido permanecer
entre eles. Que lição para os homens que ocupam posições de responsabilidade na igreja de Deus! [O Senhor]
Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
os desafia a fielmente remover todos os erros que desonram a causa da verdade.
Nos dias de Samuel, Israel julgou que a presença da arca contendo os mandamentos de Deus lhes daria vitória
sobre os filisteus, se eles se arrependessem ou não de suas obras iníquas. Exatamente assim, no tempo de
Jeremias, os judeus acreditavam que a estrita observância dos serviços divinamente designados do Templo os
preservaria da justa punição por seus maus caminhos.
O mesmo perigo existe hoje entre o povo que professa ser depositário da lei de Deus. São demasiadamente
prontos a lisonjear-se com o pensamento de que a consideração que têm pelos mandamentos os preserve do
poder da justiça divina. Não aceitam a reprovação do mal e acusam os servos de Deus de serem por demais
zelosos em afastar do acampamento o pecado. Um Deus que aborrece o pecado conclama os que professam
guardar Sua lei a afastar-se de toda iniquidade. A negligência em arrepender-se e obedecer à Sua palavra, trará
hoje tão sérias consequências para o povo de Deus como fez o mesmo pecado em relação ao Israel antigo. Há
um limite para além do qual Ele não retardará por mais tempo Seus juízos. A desolação de Jerusalém
permanece como uma solene advertência perante os olhos do moderno Israel, de que as reprovações dadas
através de Seus instrumentos escolhidos não podem ser desconsideradas impunemente (Testemunhos Para a
Igreja, v. 4, p. 166, 167).
“Como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem” (Lc 17:26). Deus terá um
povo “zeloso de boas obras” (Tt 2:14), que permanecerá firme entre as corrupções desta época degenerada.
Haverá um povo que se apegará tão firmemente à força divina que estará à prova de toda tentação. As más
sugestões das provocantes propagandas talvez lhes procurem falar aos sentidos e corromper a mente.
Entretanto, estarão tão unidos a Deus e aos anjos que serão como os que não veem e não ouvem. Têm a fazer
uma obra que ninguém poderá fazer por eles, a qual é combater o bom combate da fé e lançar mão da vida
eterna. Não confiarão em si mesmos nem serão presunçosos. Conhecendo a própria fraqueza, unirão sua
ignorância à sabedoria de Cristo, sua fraqueza ao Seu poder (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 472).
❉ Domingo - Débora
A história de Débora acrescenta detalhes interessantes ao tema do grande conflito. Ali vemos o povo de Deus
sofrendo opressão, com possibilidades praticamente nulas de vitória. Isso encontra paralelo no que
observamos em Apocalipse 12, que relata uma disputa muito desigual entre um dragão de sete cabeças e um
bebê recém-nascido (ver lição de terça-feira da 1ª semana).
Os principais personagens da história incluem Jabim, rei de Canaã, Sísera, o comandante de seu exército, e
Débora, uma profetisa e juíza (alguém que resolvia disputas civis entre partes opostas) que tinha um grau
muito incomum de autoridade e influência para uma mulher daquela época.
1. Leia Juízes 4. Em quais aspectos vemos o tema do grande conflito expresso nesse capítulo? No final, quem,
somente, trouxe vitória a Israel, apesar da indignidade do povo?
(Jz 4:1-24) 1 Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau perante o SENHOR, depois de falecer Eúde. 2
Entregou-os o SENHOR nas mãos de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor. Sísera era o comandante do
seu exército, o qual, então, habitava em Harosete-Hagoim. 3 Clamaram os filhos de Israel ao SENHOR,
porquanto Jabim tinha novecentos carros de ferro e, por vinte anos, oprimia duramente os filhos de Israel. 4
Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. 5 Ela atendia debaixo da palmeira de
Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo. 6
Mandou ela chamar a Baraque, filho de Abinoão, de Quedes de Naftali, e disse-lhe: Porventura, o SENHOR,
Deus de Israel, não deu ordem, dizendo: Vai, e leva gente ao monte Tabor, e toma contigo dez mil homens dos
filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom? 7 E farei ir a ti para o ribeiro Quisom a Sísera, comandante do
exército de Jabim, com os seus carros e as suas tropas; e o darei nas tuas mãos. 8 Então, lhe disse Baraque: Se
fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei. 9 Ela respondeu: Certamente, irei contigo, porém não
será tua a honra da investida que empreendes; pois às mãos de uma mulher o SENHOR entregará a Sísera. E
saiu Débora e se foi com Baraque para Quedes. 10 Então, Baraque convocou a Zebulom e a Naftali em
Quedes, e com ele subiram dez mil homens; e Débora também subiu com ele. 11 Ora, Héber, queneu, se tinha
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apartado dos queneus, dos filhos de Hobabe, sogro de Moisés, e havia armado as suas tendas até ao carvalho
de Zaananim, que está junto a Quedes. 12 Anunciaram a Sísera que Baraque, filho de Abinoão, tinha subido ao
monte Tabor. 13 Sísera convocou todos os seus carros, novecentos carros de ferro, e todo o povo que estava
com ele, de Harosete-Hagoim para o ribeiro Quisom. 14 Então, disse Débora a Baraque: Dispõe-te, porque
este é o dia em que o SENHOR entregou a Sísera nas tuas mãos; porventura, o SENHOR não saiu adiante de
ti? Baraque, pois, desceu do monte Tabor, e dez mil homens, após ele. 15 E o SENHOR derrotou a Sísera, e
todos os seus carros, e a todo o seu exército a fio de espada, diante de Baraque; e Sísera saltou do carro e fugiu
a pé. 16 Mas Baraque perseguiu os carros e os exércitos até Harosete-Hagoim; e todo o exército de Sísera caiu
a fio de espada, sem escapar nem sequer um. 17 Porém Sísera fugiu a pé para a tenda de Jael, mulher de
Héber, queneu; porquanto havia paz entre Jabim, rei de Hazor, e a casa de Héber, queneu. 18 Saindo Jael ao
encontro de Sísera, disse-lhe: Entra, senhor meu, entra na minha tenda, não temas. Retirou-se para a sua tenda,
e ela pôs sobre ele uma coberta. 19 Então, ele lhe disse: Dá-me, peço-te, de beber um pouco de água, porque
tenho sede. Ela abriu um odre de leite, e deu-lhe de beber, e o cobriu. 20 E ele lhe disse mais: Põe-te à porta da
tenda; e há de ser que, se vier alguém e te perguntar: Há aqui alguém?, responde: Não. 21 Então, Jael, mulher
de Héber, tomou uma estaca da tenda, e lançou mão de um martelo, e foi-se mansamente a ele, e lhe cravou a
estaca na fonte, de sorte que penetrou na terra, estando ele em profundo sono e mui exausto; e, assim, morreu.
22 E eis que, perseguindo Baraque a Sísera, Jael lhe saiu ao encontro e lhe disse: Vem, e mostrar-te-ei o
homem que procuras. Ele a seguiu; e eis que Sísera jazia morto, e a estaca na fonte. 23 Assim, Deus, naquele
dia, humilhou a Jabim, rei de Canaã, diante dos filhos de Israel. 24 E cada vez mais a mão dos filhos de Israel
prevalecia contra Jabim, rei de Canaã, até que o exterminaram.
A heroína da história foi a esposa de Héber, Jael, que não teve medo de se identificar com o povo de Deus e
que desempenhou um papel fundamental na derrota dos inimigos do Senhor. De nossa perspectiva atual, não é
fácil julgar os atos de Jael. Porém, a última coisa que deveríamos fazer é usar os atos dela para justificar o
engano e a violência como meios para alcançar nossos fins, não importa o quanto esses fins sejam corretos.
Nas conversas anteriores ao conflito, Débora assegurou a Baraque que a batalha seria de Deus (um eco do
grande conflito, certamente). Dois verbos foram usados para descrever como Deus faria isso (Jz 4:7). Ele faria
com que Sísera fosse (no original, a expressão indica a ideia de atrair ou arrastar, sugerindo o ato de pegar um
peixe numa rede) até o ribeiro Quisom, onde o “entregaria” nas mãos de Baraque. O cântico de ação de graças
de Débora (Juízes 5) revela alguns dos detalhes. Por causa de uma pesada chuva, os carros de Sísera ficaram
atolados nas estreitas passagens próximas ao ribeiro Quisom. Os céus e as nuvens “gotejaram” e as montanhas
“se derreteram” em água (5:4, 5), e Israel foi livrado.
Pense na confiança que esses homens de guerra tiveram em Débora. Embora, em certo nível, isso tenha sido
bom, por que sempre devemos ter cuidado com o grau de confiança que depositamos em qualquer pessoa?
Fortaleça sua experiência com Deus. Acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/
❉ Segunda - Gideão
2. Leia Juízes 6:1. O que aconteceu nessa ocasião? Jz 6:10
(6:1) Fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o SENHOR; por isso, o SENHOR os entregou nas
mãos dos midianitas por sete anos. (6:10) e disse: Eu sou o SENHOR, vosso Deus; não temais os deuses dos
amorreus, em cuja terra habitais; contudo, não destes ouvidos à minha voz.
► Resp. Por causa dos seus pecados, os filhos de Israel foram entregues nas mãos dos midianitas por
sete anos.
Depois de Débora, a terra ficou em paz durante os 40 anos seguintes, mas logo os israelitas voltaram a cair nas
mãos de opressores. Dessa vez eram os midianitas que, com seus aliados, entravam em Israel, destruíam as
lavouras recém-plantadas e roubavam os rebanhos (Jz 6:3-5). Israel ficou grandemente empobrecido e clamou
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ao Senhor (Jz 6:6, 7). As pessoas concluíram que seus ídolos eram inúteis.
3. Leia Juízes 6:12-16. O que o Anjo do Senhor disse a Gideão, e qual foi a reação dele? Gideão já não devia
saber por que eles estavam sendo afligidos? Jz 6:7-10
(Jz 6:12-16) 12 Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente.
13 Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o SENHOR é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que
é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o SENHOR subir do
Egito? Porém, agora, o SENHOR nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas. 14 Então, se virou
o SENHOR para ele e disse: Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei
eu? 15 E ele lhe disse: Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em
Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai. 16 Tornou-lhe o SENHOR: Já que eu estou contigo, ferirás os
midianitas como se fossem um só homem.
(Jz 6:7-10) 7 Tendo os filhos de Israel clamado ao SENHOR, por causa dos midianitas, 8 o SENHOR lhes
enviou um profeta, que lhes disse: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu é que vos fiz subir do Egito e vos
tirei da casa da servidão; 9 e vos livrei da mão dos egípcios e da mão de todos quantos vos oprimiam; e os
expulsei de diante de vós e vos dei a sua terra; 10 e disse: Eu sou o SENHOR, vosso Deus; não temais os
deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; contudo, não destes ouvidos à minha voz.
► Resp. “O Senhor é contigo, homem valente.” Mas Gideão não se sentia seguro e importante. Ele sabia
por que seu povo estava sendo afligido, mas não entendia nem aceitava essa situação. Seu sentimento de
impotência permitiu que Deus realizasse o milagre da libertação.
Apesar da queixa de Gideão, que era injustificada (eles eram desobedientes, e por isso estavam sendo
oprimidos), Deus estava pronto a livrá-los novamente, mas dessa vez através de Gideão. É interessante que
Deus tenha chamado Gideão de “homem valente”, embora ele visse a si mesmo de maneira completamente
diferente: “Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e
eu, o menor na casa de meu pai” (Jz 6:15). Sem dúvida, um dos componentes fundamentais da força de
Gideão foi seu próprio senso de falta de importância e de fraqueza.
Note, igualmente, o que Gideão pediu ao Senhor em Juízes 6:36-40. Isto é, ciente de sua própria fraqueza e de
que as probabilidades eram contrárias a ele, buscou uma certeza especial da presença de Deus. Assim, temos
ali um homem que compreendia plenamente sua completa dependência do Senhor. Podemos ler, em Juízes 7, a
respeito do maravilhoso sucesso de Gideão contra os opressores de seu povo e acerca do livramento que Deus
operou em favor de Israel.
Por que o Senhor escolheu usar seres humanos caídos nesse livramento? Isto é, Ele não poderia ter chamado
“mais de doze legiões de anjos” (Mt 26:53) para fazer, em favor de Israel, o que era preciso naquele momento?
Qual é o nosso papel no grande conflito e na propagação do evangelho?
Comentários de Ellen G. White
O Senhor nem sempre escolhe para Sua obra pessoas de grandes talentos, mas seleciona aqueles a quem Ele
pode melhor usar. Indivíduos que podem fazer bom serviço para Deus poderão, por algum tempo, ser deixados
na obscuridade, aparentemente não notados e não empregados pelo Mestre. Mas, se fielmente cumprirem os
deveres de sua humilde posição, demonstrando uma disposição de trabalhar para Ele e por Ele sacrificar-se, a
seu próprio tempo o Senhor lhes confiará maiores responsabilidades.
“Diante da honra vai a humildade” (Pv 18:12). O Senhor pode usar mais eficazmente os que têm mais
consciência de sua própria indignidade e incapacidade. Ele lhes ensinará o exercício da coragem e da fé e os
fará fortes, unindo a fraqueza deles com Sua força, e sábios, associando Sua sabedoria à ignorância deles
(Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 2, p. 1003).
[Gideão] Ficou surpreso com a declaração de que seu exército era por demais grande. Mas o Senhor via o
orgulho e a incredulidade que existiam no coração de Seu povo. Despertos pelos apelos estimulantes de
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Gideão, alistaram-se com prontidão. Mas muitos ficaram cheios de medo quando viram as multidões dos
midianitas. Entretanto, caso houvesse Israel triunfado, esses mesmos teriam tomado a glória para si próprios,
em vez de atribuírem a vitória a Deus.
Gideão obedeceu à determinação do Senhor, e com coração pesaroso viu vinte e dois mil, ou mais de dois
terços de sua força total, partirem para casa. [Então] O povo foi levado ao lado da água, na expectativa de
fazer um avanço imediato ao inimigo. Alguns apressadamente tomaram um pouco de água na mão e a
beberam enquanto andavam; mas quase todos se curvaram sobre os joelhos e comodamente beberam da
superfície da corrente. Os que tomaram água com as mãos foram apenas trezentos dentre os dez mil; contudo
esses foram escolhidos; a todo o restante foi permitido voltar para casa.
O caráter muitas vezes é provado pelo meio mais simples. Aqueles que em tempo de perigo estavam
preocupados com suprir suas necessidades, não eram os homens em quem se poderia confiar em uma
emergência. O Senhor não tem lugar em Sua obra para os indolentes e condescendentes consigo mesmos. Os
homens de Sua escolha foram os poucos que não permitiram que suas necessidades os
detivessem no desempenho do dever. Os trezentos homens escolhidos não somente possuíam coragem e
domínio próprio, mas eram homens de fé. Não se haviam contaminado com a idolatria. Deus os poderia
dirigir, e por meio deles operar o livramento para Israel. O êxito não depende do número. Deus pode livrar
tanto com poucos como com muitos. Ele é honrado nem tanto pelo grande número como pelo caráter daqueles
que O servem (Patriarcas e Profetas, p. 549, 550).
❉ Terça - Sansão
As linhas de batalha entre o bem e o mal ficaram indistintas na história de Sansão. O início de sua vida foi
impressionante, com o anúncio do Anjo do Senhor de que ele devia ser nazireu desde o nascimento. O Anjo
instruiu os pais de Sansão sobre a preparação para receber aquele bebê especial. Foi dito à mãe que não
bebesse álcool nem ingerisse comidas proibidas (Jz 13:4, 13, 14; ver também Lv 11). Deus, na verdade, tinha
planos especiais para Sansão; infelizmente, as coisas não foram tão bem como poderiam ter sido.
“Exatamente quando estava se tornando adulto, época em que deveria executar sua missão divina, ocasião em
que, mais do que em todas as outras, deveria ser fiel a Deus, Sansão se ligou aos inimigos de Israel. Não
procurou saber se poderia glorificar mais a Deus estando unido ao objeto de sua escolha, ou se estava
colocando-se em posição em que não poderia cumprir o propósito a ser realizado pela sua vida. A todos os que
em primeiro lugar procuram honrá-Lo, Deus prometeu sabedoria; mas não há promessa para aqueles que se
inclinam a agradar a si mesmos” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 563).
4. Leia Juízes 14:1-4. Como é possível que Deus tenha usado a fraqueza de Sansão em relação às mulheres
como “uma oportunidade para atacar os filisteus”? (v. 4, NTLH).
(Jz 14:1-4) 1 Sansão desceu até a cidade de Timna e ali viu uma moça filistéia. 2 Voltou para casa e disse ao
seu pai e à sua mãe: — Eu vi em Timna uma jovem filistéia. Peçam essa moça para mim porque eu quero
casar com ela. 3 Mas o seu pai e a sua mãe responderam: — Por que é que você foi procurar mulher no meio
dos filisteus, aquela gente que não pratica a circuncisão? Será que você não podia achar mulher no meio dos
nossos parentes ou entre o nosso povo? Mas Sansão disse ao seu pai: —É aquela a moça que eu quero. É dela
que eu gosto. 4 O seu pai e a sua mãe não sabiam que era o SENHOR Deus que estava orientando Sansão para
fazer aquilo. Deus estava procurando uma oportunidade para atacar os filisteus, que naquele tempo
dominavam o povo de Israel.
► Resp. Em meio à humilhação e à derrota resultantes de seus pecados, Sansão recebeu a força divina
para derrotar os inimigos do seu povo.
Sansão “atacou” os filisteus de várias formas, sempre como uma irada reação a desfeitas pessoais. Primeiro
matou 30 homens e levou as vestes deles para sua festa de casamento a fim de pagar uma dívida (Jz 14:19).
Depois destruiu as colheitas deles, quando sua esposa foi dada em casamento ao seu padrinho (Jz 14:20; 15:1-
5). A seguir, Sansão matou muitas pessoas como vingança pelo fato de que os filisteus tinham matado sua
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esposa e o pai dela (Jz 15:6-8). Quando os filisteus tentaram se vingar desse ato (Jz 15:9, 10), ele matou mil
homens com a queixada de um jumento (Jz 15:14, 15). Por fim, derrubou o templo deles e matou três mil pelo
fato de que eles o haviam cegado (Jz 16:21, 28, 30).
Pense num herói cheio de falhas. Há bem pouca coisa em Sansão que deveríamos imitar, embora ele seja
mencionado em Hebreus 11:32 junto com alguns personagens importantes. Obviamente, a história vai além do
que se pode ver. Pense no que Deus poderia ter feito com Sansão. E o que dizer de nós? Quanta coisa mais
poderíamos fazer se estivéssemos vivendo à altura de nosso potencial?
Comentários de Ellen G. White
Sansão, aquele homem forte e corajoso, estava sob um voto solene de ser nazireu durante todo o período de
sua vida. Mas, quando ficou enfeitiçado pelos encantos de uma mulher lasciva, quebrou impensadamente o
sagrado voto. Satanás atuava por meio de seus agentes para destruir esse governante de Israel, a fim de que a
misteriosa força que ele possuía não pudesse mais intimidar os inimigos do povo de Deus. A influência dessa
ousada mulher o separou de Deus, e seus artifícios o levaram à ruína. Sansão devotou a essa mulher o amor e o
serviço que Deus reivindica. Isso foi idolatria. Ele perdeu todo o senso da santidade do caráter e da obra de
Deus, e sacrificou a honra, a consciência e todas as aspirações dignas em favor da vil paixão (Comentário
Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 2, p. 1007).
O bom êxito nesta vida, e em ganhar a vida futura, depende de uma atenção fiel e conscienciosa às coisas
pequenas. Vê-se a perfeição nas menores das obras de Deus, não menos do que nas maiores. A mão que elevou
os mundos no espaço é a mesma que fez com delicada perícia os lírios do campo. E assim como Deus é
perfeito em Sua esfera de ação, devemos também ser perfeitos na nossa. A estrutura simétrica de um caráter
forte e belo se fundamenta nos atos individuais do dever. E a fidelidade deve caracterizar nossa vida nos seus
mínimos pormenores bem como nos máximos. A integridade nas pequenas coisas, a realização de pequenos
atos de fidelidade e pequenas ações de bondade, alegrarão a senda da vida; e, quando terminar nossa obra na
Terra, será verificado que cada um dos pequenos deveres fielmente cumpridos exerceu uma influência para o
bem – influência essa que jamais poderá perecer (Patriarcas e Profetas, p. 574).
O Senhor havia, por intermédio de Moisés, exposto perante Seu povo os resultados da infidelidade.
Recusando-se a guardar Seu concerto, estariam se excluindo da vida de Deus, e Sua bênção não podia vir
sobre eles. Às vezes essas advertências eram ouvidas, e ricas bênçãos eram concedidas à nação judaica e por
meio deles aos povos em redor. Mas a maior parte das vezes em sua história eles se esqueceram de Deus, e
perderam de vista seu elevado privilégio como povo que O representava. Roubaram-nO do serviço que deles
requeria, e roubaram o próximo da guia religiosa e santo exemplo. Desejaram apropriar-se do fruto da vinha
sobre a qual haviam sido postos como mordomos. Sua avidez e cobiça os tornaram desprezíveis aos olhos dos
próprios pagãos. Assim deu-se ao mundo gentio a ocasião de interpretar mal o caráter de Deus e as leis de Seu
reino. …
De especial valor para a igreja de Deus sobre a Terra hoje – os guardas de Sua vinha – são as mensagens de
consolo e admoestação dadas através dos profetas que tornaram claro Seu eterno propósito em favor da
humanidade. Nos ensinos dos profetas, Seu amor pela humanidade caída e Seu plano para a sua salvação
claramente são revelados. A história do chamado de Israel, de seus sucessos e fracassos, sua restauração ao
favor divino, a rejeição do Senhor da vinha e a execução do plano dos séculos por um bom remanescente a
quem seriam cumpridas todas as promessas do concerto – tal foi o tema dos mensageiros de Deus a Sua igreja
através dos séculos passados…
Espere, Israel, em Deus. O Senhor da vinha está mesmo agora reunindo dentre todas as nações e povos os
preciosos frutos pelos quais tem há tanto tempo esperado. Logo Ele virá para o que é Seu; e nesse alegre dia,
Seu eterno propósito para a casa de Israel será finalmente cumprido. “Jacó lançará raízes, e florescerá e brotará
Israel, e encherão de fruto a face do mundo” Is 27:6. (Profetas e Reis, p. 15).
❉ Quarta - Rute
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Em vez de falar sobre grandes exércitos inimigos que ameaçavam o povo de Deus, a história de Rute fala
sobre algo menor: uma família que estava quase sendo extinta pela morte mas que, em vez disso, foi
reavivada. Embora inclua dois temas maiores (a destruição da criação de Deus e a ameaça sob a qual estava o
povo de Deus), Rute fala igualmente do grande conflito em nível pessoal, onde, na verdade, ele está
acontecendo.
Não é de surpreender que a terra de Judá tivesse sofrido fome durante o tempo dos juízes (Rt 1:1; Dt 28:48;
32:24; ver também Jz 17:6; 21:25). Isso era um sinal de que o povo da aliança havia abandonado a Deus. O
pecado e a rebelião haviam reduzido a terra que manava leite e mel a uma vasilha estéril cheia de poeira. Mas,
no livro de Rute, Deus havia “visitado” a terra e devolvido a ela a vida, “dando-lhe pão” novamente (Rt 1:6,
ARC).
Quando Elimeleque, sua esposa Noemi e seus dois filhos foram inicialmente para Moabe, fizeram isso porque
desejavam alguma esperança para o futuro. A terra do inimigo deu um alívio temporário mas, depois que o
marido e os dois filhos morreram, Noemi decidiu finalmente voltar para casa.
5. Leia Rute 1:8, 16, 17. O que significa o fato de que Rute desejou ir com Noemi?
(Rt 1:8) disse-lhes Noemi: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o SENHOR use convosco de
benevolência, como vós usastes com os que morreram e comigo.
(Rt 1:16-17) Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde
quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu
Deus. 17 Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem lhe
aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.
► Resp. Embora fosse de uma nação inimiga e pagã, Rute decidiu confiar no Deus de Noemi. Ela
aceitou a religião de Israel.
Rute era de uma nação inimiga que, em muitas ocasiões, havia tentado destruir Israel, mas ela escolheu se
identificar com o povo de Israel e adorar o seu Deus. Além disso, ela encontrou favor em sua terra adotiva, não
apenas da parte de Boaz (Rt 2:10), mas também da parte das pessoas que ficaram sabendo a seu respeito (Rt
2:11). Boaz tinha certeza de que ela também havia encontrado favor aos olhos de Deus (Rt 2:12) e, levando
sua admiração por ela um passo adiante, concordou em se casar com ela (Rt 3:10, 11). Contudo, havia um
parente mais chegado que Boaz, o qual teria direito à terra do falecido caso se casasse com Rute. Porém, o
parente mais próximo não estava interessado em outra esposa porque isso complicava seus planos financeiros
(Rt 4:6). Nessa altura, a assembleia de testemunhas abençoou Rute, comparando-a às grande mulheres da
história de Israel (Rt 4:11, 12), o que se cumpriu quando ela se tornou uma ascendente do Messias (Rt 4:13,
17; Mt 1:5, 6).
Realmente essa é uma história do tipo “e viveram felizes para sempre”. Infelizmente, não há muitas dessas na
Bíblia e, é claro, não há muitas dessas na vida real. Contudo, nisso também podemos ver como, apesar das
flutuações da vida, a vontade de Deus prevalecerá no final. Essa é uma boa notícia para todos os que O amam
e confiam nEle.
Comentários de Ellen G. White
O povo de Israel deveria ocupar todo o território que Deus lhes havia designado. As nações que rejeitassem o
culto ou o serviço do verdadeiro Deus deveriam ser desapossadas. Era propósito de Deus, porém, que pela
revelação de Seu caráter por meio de Israel, os homens fossem atraídos a Ele. O convite do evangelho deveria
ser transmitido a todo o mundo. Pela lição do sacrifício simbólico, Cristo deveria ser exaltado perante as
nações, e todos os que O olhassem viveriam. Todos os que, como Raabe, a cananeia, e Rute, a moabita, se
volvessem da idolatria ao culto do verdadeiro Deus, deveriam unir-se ao povo escolhido. Quando o número de
Israel aumentasse, deveriam ampliar os limites até que seu reino abarcasse o mundo.
Deus desejava trazer todos os povos sob Seu governo misericordioso. Desejava que a Terra se enchesse de
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alegria e paz. Criou o homem para a felicidade, e anseia encher da paz do Céu o coração humano. Deseja que
as famílias da Terra sejam um tipo da grande família do Céu (Parábolas de Jesus, p. 290).
Uma bela ilustração do relacionamento de Cristo com Seu povo, encontra-se nas leis dadas a Israel. Quando,
em virtude da pobreza, um hebreu se via forçado a abrir mão de seu patrimônio, e a vender-se como escravo, o
dever de resgatá-lo a eles e a sua herança, recaía no parente mais chegado (ver Lv 25:25; Lv 47-49; Rt 2:20).
Assim a obra de nos redimir a nós e a nossa herança, perdida por causa do pecado, recaiu sobre Aquele que
nos é “parente chegado”. Foi para resgatar-nos que Ele Se tornou nosso parente. Mais achegado que o pai,
mãe, irmão, amigo ou noivo é o Senhor nosso Salvador. “Não temas”, diz Ele, “porque Eu te remi; chamei-te
pelo teu nome, tu és Meu.” “Desde que tu te fizeste digno de honra diante de Meus olhos, e glorioso, Eu te
amei; e entregarei os homens por ti, e os povos pela tua vida” (Is 43:1, 4).
Cristo ama os seres celestiais, que Lhe circundam o trono; mas quem explicará o grande amor com que nos
tem amado? Não o podemos compreender, mas podemos saber que é real em nossa própria vida. E se
mantemos para com Ele um relacionamento de parentesco, com que ternura devemos olhar os que são irmãos
e irmãs de nosso Senhor! Não devemos estar prontos a reconhecer as responsabilidades de nosso divino
parentesco? Adotados na família de Deus, não devemos honrar nosso Pai e nossos parentes? (O Desejado de
Todas as Nações, p. 327).
❉ Quinta - Samuel
O que o início do livro de Samuel tem a ver com o grande conflito? Não há uma ameaça óbvia à ordem criada,
e não há grandes exércitos na fronteira. O ataque do mal é mais sutil, mas não menos real.
6. Leia 1 Samuel 2:12-25. Como vemos a lamentável realidade da luta do bem contra o mal nessa passagem?
(1Sm 2:12-25) 12 Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o SENHOR; 13
pois o costume daqueles sacerdotes com o povo era que, oferecendo alguém sacrifício, vinha o moço do
sacerdote, estando-se cozendo a carne, com um garfo de três dentes na mão; 14 e metia-o na caldeira, ou na
panela, ou no tacho, ou na marmita, e tudo quanto o garfo tirava o sacerdote tomava para si; assim se fazia a
todo o Israel que ia ali, a Siló. 15 Também, antes de se queimar a gordura, vinha o moço do sacerdote e dizia
ao homem que sacrificava: Dá essa carne para assar ao sacerdote; porque não aceitará de ti carne cozida, senão
crua. 16 Se o ofertante lhe respondia: Queime-se primeiro a gordura, e, depois, tomarás quanto quiseres, então,
ele lhe dizia: Não, porém hás de ma dar agora; se não, tomá-la-ei à força. 17 Era, pois, mui grande o pecado
destes moços perante o SENHOR, porquanto eles desprezavam a oferta do SENHOR. 18 Samuel ministrava
perante o SENHOR, sendo ainda menino, vestido de uma estola sacerdotal de linho. 19 Sua mãe lhe fazia uma
túnica pequena e, de ano em ano, lha trazia quando, com seu marido, subia a oferecer o sacrifício anual. 20 Eli
abençoava a Elcana e a sua mulher e dizia: O SENHOR te dê filhos desta mulher, em lugar do filho que
devolveu ao SENHOR. E voltavam para a sua casa. 21 Abençoou, pois, o SENHOR a Ana, e ela concebeu e
teve três filhos e duas filhas; e o jovem Samuel crescia diante do SENHOR. 22 Era, porém, Eli já muito velho
e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel e de como se deitavam com as mulheres que serviam à
porta da tenda da congregação. 23 E disse-lhes: Por que fazeis tais coisas? Pois de todo este povo ouço
constantemente falar do vosso mau procedimento. 24 Não, filhos meus, porque não é boa fama esta que ouço;
estais fazendo transgredir o povo do SENHOR. 25 Pecando o homem contra o próximo, Deus lhe será o
árbitro; pecando, porém, contra o SENHOR, quem intercederá por ele? Entretanto, não ouviram a voz de seu
pai, porque o SENHOR os queria matar.
► Resp. Por um lado, o mal atuou por meio dos filhos de Eli, que profanavam o santuário e os
sacrifícios, desprezavam o Senhor, praticavam o adultério e desonravam o pai. Por outro lado, o bem
atuava por meio de Samuel, que foi consagrado ao Senhor e ministrava em Sua presença.
“Embora [Eli] tivesse sido designado para governar o povo, não governava a própria casa. Eli era um pai
indulgente. Amando a paz e a comodidade, não exercia sua autoridade para corrigir os maus hábitos e paixões
de seus filhos. Em vez de discutir com eles ou castigá-los, submetia-se à sua vontade e os deixava seguir seu
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próprio caminho” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 575).
Em contraste com eles, vemos um menino vestido como sacerdote (1Sm 2:18, 19) que, como Jesus, “crescia
em estatura e no favor do Senhor e dos homens” (1Sm 2:26; Lc 2:52). Samuel prosseguiu até tornar-se um
poderoso e fiel líder em Israel. “Todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado
como profeta do Senhor” (1Sm 3:20).
Isso não significa, entretanto, que tudo correu bem. A nação enfrentou uma invasão filisteia e os dois filhos de
Eli foram mortos; os filisteus capturaram a arca de Deus, e Eli, que estava com 98 anos, morreu quando ouviu
a notícia (1Sm 4:14-18).
Infelizmente, Samuel enfrentaria o mesmo problema de Eli: filhos que não seguiram suas pegadas de lealdade
e fidelidade (1Sm 8:1-7).
Samuel marcou um ponto de transição na história do povo de Deus. Ele foi o último dos juízes e uma figura
importante no desenrolar do grande conflito. Sua influência estável guiou o povo num momento crítico. É
lamentável que seus filhos não tenham seguido seus passos, mas Deus não depende de dinastias humanas.
Como resultado da apostasia deles, os anciãos exigiram um rei, o que não foi a melhor decisão, como os
futuros séculos da História revelariam.
Não importa se nossa vida no lar foi boa ou ruim, devemos escolher a quem serviremos no grande conflito.
Podemos acertar nossa situação com o Senhor, apesar dos nossos muitos erros? Embora tenhamos tempo para
nos arrependermos e entregar a vida ao Senhor, qual o perigo de adiar essa decisão?
Comentários de Ellen G. White
“O menino Samuel continuava a crescer, sendo cada vez mais estimado pelo Senhor e pelo povo” (1Sm 2:26,
NVI). Se bem que a juventude de Samuel fosse passada no tabernáculo, dedicada ao culto de Deus, ele não
estava livre de influências más ou exemplos pecaminosos. Os filhos de Eli não temiam a Deus, nem honravam
seu pai. Mas Samuel não procurava sua companhia nem seguia seus maus caminhos. Fazia esforço constante
para tornar-se o que Deus queria que ele fosse. Esse é o privilégio de todo jovem. Deus Se apraz mesmo
quando as criancinhas se entregam ao Seu serviço (Patriarcas e Profetas, p. 573).
No desempenho de seu trabalho por seus filhos apeguem-se à poderosa força de Deus. Encomendem seus
filhos ao Senhor em oração. Trabalhem por eles fervorosa e incansavelmente. Deus ouvirá suas orações e os
atrairá a Si. Então, no último grande dia, poderão trazê-los a Deus, dizendo: “Eis-me aqui, com os filhos que
me deu o Senhor” (Is 8:18).
Quando Samuel receber a coroa de glória, irá estendê-la em honra diante do trono e alegremente reconhecerá
que as fiéis lições de sua mãe, mediante os méritos de Cristo, o coroaram com glória imortal.
A obra dos pais sábios jamais será apreciada pelo mundo, mas quando se instalar o juízo e se abrirem os livros,
sua obra aparecerá como Deus a vê e será recompensada diante dos homens e dos anjos. Então se verá que
uma criança que foi criada de maneira fiel tem sido uma luz no mundo. Custou lágrimas, ansiedade e noites
insones vigiar a construção do caráter dessa criança, mas a obra foi feita com sabedoria, e os pais ouvirão o
“bem está” (Mt 25:21) do Mestre (O Lar Adventista, p. 536).
A grande fraqueza da igreja tem sido a dependência de homens. Esses vêm desonrando a Deus por fracassarem
em reconhecer Sua suficiência, ao cobiçarem a influência dos homens. Foi assim que Israel se enfraqueceu. O
povo desejava ser como as demais nações do mundo, de modo que insistiu para ter um rei. Os israelitas
desejaram ser guiados pelo poder humano, ao qual podiam ver, em lugar do invisível poder divino que até
então os havia conduzido e lhes dera a vitória na batalha. Fizeram sua escolha, e o resultado foi observado na
destruição de Jerusalém e na dispersão da nação judaica.
Não podemos repousar nossa confiança em homem algum, não importa quão preparado e elevado seja, a
menos que ele mantenha firme a base de sua confiança em Deus, do começo ao fim (Testemunhos Para a
Igreja, v. 6, p. 249, 250).
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❉ Sexta - Estudo adicional
A Bíblia é conhecida por não disfarçar o pecado nem a maldade humana. Como poderia fazer isso e ainda
retratar com precisão a condição da humanidade? Um retrato especialmente nítido da maldade humana se
encontra em 1 Samuel 2:12-25, onde os filhos de Eli são apresentados em contraste com o menino Samuel. O
texto de 1 Samuel 2:12 diz: “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o
Senhor.” Note, primeiramente, o contraste: nos tempos bíblicos, a linhagem desempenhava um importante
papel na vida e, nessa família específica, “os filhos de Eli” se tornaram “filhos de Belial”. Belial é uma palavra
ampla, usada de várias formas e em vários contextos, quase sempre negativos. Na verdade, ela está
relacionada ao hebraico bl e bli, que significam “não” ou “sem”. A palavra Belial significa “sem valor”,
“inútil”, e, em outras partes, é usada da mesma forma que foi utilizada a respeito dos filhos de Eli, isto é,
outros homens foram chamados de “filhos de Belial” (2Cr 13:7; 1Rs 21:13). Em Provérbios 6:12, ela
corresponde aos ímpios. Em outras literaturas do Oriente Próximo, Belial é visto como outro nome para o
próprio Satanás. Em quase todos os usos do termo na Bíblia, ele aparece com sentido negativo. Como seres
humanos, criados à imagem de Deus, eles foram criados para um propósito e para ter significado: contudo, de
acordo com a Bíblia, esses homens eram quase inúteis, “filhos da inutilidade”. Que trágico desperdício da
vida!
Perguntas para reflexão
Não há meio-termo no grande conflito: ou estamos inteiramente do lado de Cristo ou do lado de Satanás. De
que maneira podemos buscar orientação para fazer a escolha certa quando, às vezes, não é tão fácil saber qual
é a escolha “certa”?
Pessoas que você admirava já o decepcionaram? Você já desapontou os que o admiravam? O que aprendeu
nesses incidentes a respeito da fé, confiança, graça e fragilidade humana?
Comentários de Ellen G. White
Ellen G. White, Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 319.
A Influência de Joquebede
Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser
maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado. Heb. 11:24 e 25.
Mais jovem que José ou Daniel era Moisés quando foi removido do protetor cuidado do lar de sua infância;
não obstante, as mesmas influências que haviam moldado a vida daqueles, tinham já modelado a sua. Apenas
doze anos passara ele com os parentes hebreus; mas durante estes anos lançou-se o fundamento de sua
grandeza; lançara-o a mão de alguém que não deixou nome memorável.
Joquebede era mulher e escrava. Sua porção na vida era humilde e seus encargos pesados. Mas, com exceção
de Maria de Nazaré, por intermédio de nenhuma outra mulher recebeu o mundo maior bênção. Sabendo que
seu filho logo deveria sair de sob seus cuidados, para passar aos daqueles que não conheciam a Deus, da
maneira mais fervorosa se esforçou ela por unir a sua alma ao Céu. Procurou implantar em seu coração amor e
lealdade para com Deus. E fielmente cumpriu esse trabalho. Aqueles princípios da verdade que eram a
preocupação do ensino de sua mãe e a lição de sua vida, nenhuma influência posterior poderia induzir Moisés
a renunciar.
Do humilde lar em Gósen, o filho de Joquebede passou ao palácio dos Faraós, à princesa egípcia, e por meio
desta veio a ser bem-recebido como filho amado e acariciado. Nas escolas do Egito, Moisés recebeu o mais
alto preparo civil e militar. De grande atração pessoal, distinto na aparência e estatura, de espírito culto e porte
principesco, e de fama como chefe militar, tornou-se o orgulho da nação. O rei do Egito também era membro
do sacerdócio; e Moisés, apesar de se recusar a participar do culto pagão, era iniciado em todos os mistérios da
religião egípcia. Sendo ainda nessa época o Egito a mais poderosa e mais altamente civilizada das nações,
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Moisés como seu provável soberano era herdeiro das mais altas honras que este mundo podia conferir. Sua
escolha, porém, foi mais nobre. Por amor da honra a Deus e livramento de Seu povo oprimido, Moisés
sacrificou as honras do Egito. Então, de maneira especial, Deus empreendeu sua educação. ...
Tinha ainda de aprender a lição de confiança no poder divino. ...
Nos desertos de Midiã, Moisés passou quarenta anos como pastor de ovelhas. ... No cuidado das ovelhas e dos
tenros cordeiros deveria obter a experiência que faria dele fiel e longânimo pastor para Israel. ...
Na solene majestade da solidão das montanhas, Moisés estava a sós com Deus. ... Ali a sua presunção foi
afugentada. ...
A grandeza do Egito jaz no pó. ... Mas a obra de Moisés jamais poderá perecer. Os grandes princípios de
justiça para estabelecer os quais ele viveu, são eternos. Educação, págs. 61-63 e 69.
Auxiliar para o professor
Resumo da Lição 4
TEXTO-CHAVE: 1 Samuel 2:1
O ALUNO DEVERÁ
Saber: Como as pessoas foram usadas por Deus para libertar Seu povo de forças opressoras.
Sentir: Apreciação pelo livramento divino diante de circunstâncias aparentemente insuperáveis.
Fazer: Alegrar-se na salvação e compartilhar sua fé com outros.
ESBOÇO
Saber: Que Deus livra Seu povo
Em que circunstâncias podemos nos identificar mais com a oração de Ana em 1 Samuel 2:1-10?
O que aprendemos com a história de Sansão (Jz 14) que, apesar de suas falhas, ainda é considerado herói no
plano redentor de Deus?
Os filhos de Samuel não seguiram fielmente as pegadas de seu pai. O que isso ensina sobre a escolha pessoal?
Sentir: Como é bom estar do lado vencedor
Mencione algumas soluções às quais frequentemente recorremos para encontrar livramento de um vício, de
todos os tipos de opressão e de outras circunstâncias debilitantes.
Em quais aspectos, após experimentarmos vitórias pessoais, nossas respostas são semelhantes à oração de
Ana?
Fazer: As pessoas precisam perceber que fazemos parte do time vencedor
De que forma nossa alegria na salvação pode ser manifesta aos que nos cercam?
Como a consciência da vitória por estarmos ao lado de Deus influencia nosso desejo de compartilhar a fé
RESUMO: O livro de Juízes nos ensina que Deus responde aos clamores humanos por ajuda. Para realizar
esse livramento, Ele usa pessoas falhas, homens e mulheres que também necessitam de salvação. Assim,
literalmente, a batalha é do Senhor.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: 1 Samuel 2:1
Conceito-chave para o crescimento espiritual: De muitas maneiras, a história de Israel, durante o período dos
juízes, reflete nossas próprias experiências individuais de desobediência a Deus, com consequências
desastrosas (sejam elas percebidas ou não). Mas, de alguma forma, Deus nos livra das feridas que infligimos a
nós mesmos.
Para o professor: A lição desta semana inclui histórias com elementos de violência que resultaram na morte de
pessoas. Os alunos podem não entender como uma violência assim pode ter sido sancionada por Deus. É aí
que entra o tema do grande conflito. Os episódios de violência e derramamento de sangue devem ser
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entendidos no contexto mais amplo do conflito que está sendo travado entre o bem e o mal. Ajude os alunos a
enxergar que, em todos os aspectos da vida, eles atuam nesse conflito, ao lado de Deus ou de Satanás.
Atividade de abertura
Peça a um aluno que leia a primeira parte da oração de Ana, em 1 Samuel 2:1-10, e depois pergunte a cada
aluno o que esse poema significa para ele. Que recordações o poema evoca na mente deles? Quais situações
atuais equivalem à descrição da oração?
Pense nisto: Imagine se Deus tivesse dito algo do tipo: Já que Israel trouxe esse sofrimento (opressão por parte
de estrangeiros) sobre si mesmo, problema dele! De que maneira fazemos o mesmo com as pessoas que
consideramos responsáveis por suas próprias dificuldades?
Compreensão
Para o professor: A história de Israel durante o tempo dos juízes é notável por seu claro ciclo de: (1) apostasia,
(2) opressão, (3) súplica por ajuda e (4) intervenção divina. Os juízes foram pessoas escolhidas por Deus como
instrumentos para livrar Israel de sua difícil situação nas mãos de potências estrangeiras. O livramento tomava
a forma de um embate militar concreto. O grande conflito era manifestado em termos militares literais. O tema
do grande conflito oferece uma lente através da qual vemos os brutais e violentos confrontos que incomodam
nossa sensibilidade moderna, ao imaginarmos como um Deus de amor poderia aprovar a matança de pessoas
ou de populações.
Comentário Bíblico
I. Os cananeus oprimem Israel: a juíza Débora (Recapitule com a classe Juízes 4.)
Após a morte de Eúde, Israel começou um novo ciclo de apostasia. Isto é, depois da apostasia nacional vinha a
opressão nas mãos de potências estrangeiras. Seguia-se, então, a súplica por livramento. Finalmente, Deus
suscitava um libertador na pessoa de um dos juízes.
Nesta história, Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor, aterrorizou Israel por 20 anos, tendo tropas
armadas com instrumentos de ferro e 900 carros. Isso equivalia à mais alta tecnologia militar da época, pois o
mundo antigo estava na fase de transição entre a Idade do Bronze e a Idade do Ferro. Eúde havia sido
substituído, em algum momento, por Débora, uma profetisa, esposa de Lapidote. Débora disse a Baraque que
se preparasse e fosse lutar contra Sísera, o comandante do exército de Jabim, mas Baraque impôs uma
condição: ele só iria se Débora fosse com ele ao monte Tabor.
Seguiu-se um duelo no Tabor, e o exército de Sísera foi derrotado. Sísera fugiu a pé para a tenda de Jael,
esposa de Héber, o queneu, confiando nas boas relações entre os queneus e os cananeus. O que Sísera não
sabia era que Jael havia transferido sua lealdade para o lado de Deus. Ela deve ter concluído que as evidências
de que o Deus de Israel era o verdadeiro Deus estavam claras para todos verem.
Na tenda de Jael, foi posta sobre Sísera uma coberta e lhe foi dado leite a beber. Então Jael lhe cravou uma
estaca da tenda na têmpora, usando um martelo. Quando Baraque chegou à tenda de Jael, encontrou o corpo de
Sísera estendido no chão, numa poça de sangue, com a estaca ainda cravada no crânio. Desse modo Jabim foi
subjugado. A própria existência do povo de Deus, o povo da aliança, havia sido ameaçada e Deus permitiu que
Israel trouxesse punição aos cananeus por sua impiedade.
Pense nisto: Por que é incorreto considerar as matanças do Antigo Testamento como genocídio, uma vez que
genocídio é, acima de tudo, um crime?
II. Os midianitas aterrorizam Israel: Gideão, o libertador (Recapitule com a classe Juízes 6.)
De acordo com Juízes 5:31, Israel desfrutou paz e tranquilidade por 40 anos, graças a Jael. Porém, em Juízes
6, o povo caiu novamente em apostasia. Dessa vez Deus permitiu que os midianitas castigassem Israel, com
uma opressão que continuou por sete anos (Jz 6:1). Os israelitas fugiam para as covas, cavernas e fortificações
nos montes (Jz 6:2), mas os midianitas vinham com seu gado e destruíam suas plantações.
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Certo dia, Deus interveio para livrar Seu povo. Logicamente, Deus sempre havia Se importado com ele.
Assim, o Anjo do Senhor apareceu a Gideão (Jz 6:11), que estava malhando trigo e escondendo-o dos
midianitas. O Anjo comissionou Gideão a salvar Israel das mãos dos midianitas (Jz 6:14). Gideão protestou,
dizendo que sua família era a mais pobre em Manassés, e ele, o menor na casa de seu pai (bêt ’āb). Mas Deus
lhe declarou: “Eu estarei com você” (Jz 6:16, NVI). Esta é a razão pela qual nós também podemos continuar
avançando: Deus está conosco.
Pense nisto: Por que Deus Se referiu a Gideão como homem valente quando, em sua própria avaliação, ele não
tinha motivos para ser assim tão corajoso (Jz 6:15)?
III. Sansão foi um herói? (Recapitule com a classe Juízes 14.)
A não ser pelas circunstâncias que cercaram seu nascimento e por uma clara missão divina para sua vida (Jz
13:4, 13, 14; Lv 11), muitas vezes não fica muito claro de que lado do grande conflito Sansão estava lutando.
Chamá-lo de herói seria a última coisa que esperaríamos. Contudo, o livro de Hebreus faz exatamente isso,
colocando-o em sua galeria da fama, sua lista dos heróis da fé (Hb 11:32). Os filhos, na idade adulta, às vezes
não seguem a instrução dos pais, assim como Sansão deixou de seguir a instrução dada por seus pais. Contudo,
quando esse Pai é Deus, deixar de seguir Sua instrução representa grande perigo, como a vida de Sansão
mostra claramente.
Pergunta para discussão
De que maneira Juízes 14:1-4 confirma o fato de que Deus pode nos usar mesmo em nossos momentos de
maior fraqueza?
IV. A chegada da realeza (Recapitule com a classe 1 Samuel 2:1, 12-25; 8:1-7.)
Samuel deve ter ficado com o coração partido quando seus filhos não seguiram suas pegadas. Ele os tornou
juízes, mas isso foi um desastre. Joel e Abias se afastaram muito da fidelidade de seu pai. Foram corruptos e
estavam interessados no ganho injusto; recebiam suborno e pervertiam a justiça (1Sm 8:3). Essa corrupção
enfureceu os anciãos de Israel e os levou a exigir um rei humano, para que fossem como as outras nações
(1Sm 8:5). O problema não era que eles não tivessem um rei: Deus tinha sido Rei para eles o tempo todo (1Sm
8:7). Infelizmente, o pedido de um rei humano por parte de Israel foi uma rejeição de Deus como soberano da
nação.
Pense nisto: O que significava para Deus ser o verdadeiro chefe de estado ou rei do antigo Israel? De que
forma Ele reina sobre nós? Que autoridade Ele tem como soberano de nossa vida? O fato de que Ele é nosso
Rei nos dá direitos e obrigações? Quais privilégios e responsabilidades isso nos traz?
Aplicação
Para o professor: Nossa vida muitas vezes reflete a experiência de Israel no tempo dos juízes, com ciclos de
declínio espiritual, com infortúnios que nós mesmos procuramos, com súplicas a Deus por livramento e com a
intervenção amorosa e perdoadora de Deus. Felizmente, essa não é a experiência de todos. Na verdade, como
Pedro diz, “Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade” (2Pe
1:3, NVI).
Perguntas para reflexão e aplicação
1. O ciclo da “apostasia”, “opressão” e “intervenção divina” é inevitável na vida do cristão?
2. Esse ciclo se aplica a igrejas ou a grupos de igrejas hoje em dia?
3. Como podemos perceber que Deus está procurando nos usar como Seus agentes para trazer livramento à
igreja ou à comunidade?
4. O grande conflito divide a humanidade em dois grupos, embora os indivíduos que estiverem em um grupo
possam fazer coisas que promovam os interesses do grupo oposto, sem perceber ou, em alguns casos, por
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providência divina. Como você pode discernir de que lado do conflito está? O lado ao qual você pertence
depende de um ato isolado aqui e ali? Por quê?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: Diferentemente da maioria das manifestações do grande conflito, que são de natureza
espiritual, vemos batalhas militares literais no livro de Juízes. Nesse contexto, hinos como “Ó Cristãos,
Avante!” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, 344) assumem um novo significado. Ajude seus alunos a
entender o que significa ser um soldado de Cristo, alistado em Seu exército para fazer avançar Seu reino e
combater as forças da opressão e das trevas.
Atividade
Planeje um culto de reavivamento para uma igreja. Que informações da lição desta semana podem ser
utilizadas nessa programação de reavivamento?
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
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  • 1. Lições Adultos Rebelião e redenção Lição 4 – Conflito e crise: os juízes 16 a 23 de janeiro ❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: Gn 48–50 VERSO PARA MEMORIZAR: “Orou Ana e disse: O meu coração se regozija no Senhor, a minha força está exaltada no Senhor; a minha boca se ri dos meus inimigos, porquanto me alegro na Tua salvação”(1Sm 2:1). Leituras da Semana: Jz 4; 6; 14; Hb 11:32; 1Sm 2:12-25; 8:1-7 A época do juízes foi um período caótico na história sagrada. O povo de Deus praticava o mal aos olhos do Senhor, Ele os entregava nas mãos de um opressor; então clamavam novamente a Deus, e o Senhor suscitava um libertador que trazia paz à terra. E assim até o mesmo triste ciclo se repetir. Débora, uma das juízas de Israel, foi notável pela confiança que inspirava nos homens ao seu redor. Ela e Jael foram heroínas, ao passo que os homens precisavam de encorajamento por causa de sua timidez e falta de fé. Um subtema que se repete no grande conflito também é visto na história de Gideão, quando as chances do povo de Deus eram nulas. Sansão foi um dos últimos juízes. Depois dele a nação caiu em anarquia e desespero. Ele foi um herói relutante, mais interessado em correr atrás de mulheres do que em seguir a Deus, um paralelo de seus compatriotas, que estavam mais interessados em adorar ídolos do que em servir ao Senhor. Samuel trouxe esperança à nação. Sob sua direção, foi estabelecida uma nova estrutura de liderança, com reis, e um de seus últimos atos foi ungir o futuro rei Davi. Permita que Deus coloque um sonho em seu coração. Leve a seus amigos a esperança em Jesus Cristo. Creia e veja os milagres de Deus! Comentários de Ellen G. White O pecado de Eli foi o de passar por alto a iniquidade de seus filhos, que ocupavam ofícios sagrados. A negligência do pai em reprovar e restringir seus filhos trouxe sobre Israel uma terrível calamidade. Os filhos de Eli foram mortos, e o próprio Eli perdeu a vida, a arca de Deus foi tomada dos israelitas e trinta mil dentre o povo foram mortos. Tudo isso se deu porque o pecado foi considerado levianamente e permitido permanecer entre eles. Que lição para os homens que ocupam posições de responsabilidade na igreja de Deus! [O Senhor] Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 2. os desafia a fielmente remover todos os erros que desonram a causa da verdade. Nos dias de Samuel, Israel julgou que a presença da arca contendo os mandamentos de Deus lhes daria vitória sobre os filisteus, se eles se arrependessem ou não de suas obras iníquas. Exatamente assim, no tempo de Jeremias, os judeus acreditavam que a estrita observância dos serviços divinamente designados do Templo os preservaria da justa punição por seus maus caminhos. O mesmo perigo existe hoje entre o povo que professa ser depositário da lei de Deus. São demasiadamente prontos a lisonjear-se com o pensamento de que a consideração que têm pelos mandamentos os preserve do poder da justiça divina. Não aceitam a reprovação do mal e acusam os servos de Deus de serem por demais zelosos em afastar do acampamento o pecado. Um Deus que aborrece o pecado conclama os que professam guardar Sua lei a afastar-se de toda iniquidade. A negligência em arrepender-se e obedecer à Sua palavra, trará hoje tão sérias consequências para o povo de Deus como fez o mesmo pecado em relação ao Israel antigo. Há um limite para além do qual Ele não retardará por mais tempo Seus juízos. A desolação de Jerusalém permanece como uma solene advertência perante os olhos do moderno Israel, de que as reprovações dadas através de Seus instrumentos escolhidos não podem ser desconsideradas impunemente (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 166, 167). “Como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem” (Lc 17:26). Deus terá um povo “zeloso de boas obras” (Tt 2:14), que permanecerá firme entre as corrupções desta época degenerada. Haverá um povo que se apegará tão firmemente à força divina que estará à prova de toda tentação. As más sugestões das provocantes propagandas talvez lhes procurem falar aos sentidos e corromper a mente. Entretanto, estarão tão unidos a Deus e aos anjos que serão como os que não veem e não ouvem. Têm a fazer uma obra que ninguém poderá fazer por eles, a qual é combater o bom combate da fé e lançar mão da vida eterna. Não confiarão em si mesmos nem serão presunçosos. Conhecendo a própria fraqueza, unirão sua ignorância à sabedoria de Cristo, sua fraqueza ao Seu poder (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 472). ❉ Domingo - Débora A história de Débora acrescenta detalhes interessantes ao tema do grande conflito. Ali vemos o povo de Deus sofrendo opressão, com possibilidades praticamente nulas de vitória. Isso encontra paralelo no que observamos em Apocalipse 12, que relata uma disputa muito desigual entre um dragão de sete cabeças e um bebê recém-nascido (ver lição de terça-feira da 1ª semana). Os principais personagens da história incluem Jabim, rei de Canaã, Sísera, o comandante de seu exército, e Débora, uma profetisa e juíza (alguém que resolvia disputas civis entre partes opostas) que tinha um grau muito incomum de autoridade e influência para uma mulher daquela época. 1. Leia Juízes 4. Em quais aspectos vemos o tema do grande conflito expresso nesse capítulo? No final, quem, somente, trouxe vitória a Israel, apesar da indignidade do povo? (Jz 4:1-24) 1 Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau perante o SENHOR, depois de falecer Eúde. 2 Entregou-os o SENHOR nas mãos de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor. Sísera era o comandante do seu exército, o qual, então, habitava em Harosete-Hagoim. 3 Clamaram os filhos de Israel ao SENHOR, porquanto Jabim tinha novecentos carros de ferro e, por vinte anos, oprimia duramente os filhos de Israel. 4 Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. 5 Ela atendia debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo. 6 Mandou ela chamar a Baraque, filho de Abinoão, de Quedes de Naftali, e disse-lhe: Porventura, o SENHOR, Deus de Israel, não deu ordem, dizendo: Vai, e leva gente ao monte Tabor, e toma contigo dez mil homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom? 7 E farei ir a ti para o ribeiro Quisom a Sísera, comandante do exército de Jabim, com os seus carros e as suas tropas; e o darei nas tuas mãos. 8 Então, lhe disse Baraque: Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei. 9 Ela respondeu: Certamente, irei contigo, porém não será tua a honra da investida que empreendes; pois às mãos de uma mulher o SENHOR entregará a Sísera. E saiu Débora e se foi com Baraque para Quedes. 10 Então, Baraque convocou a Zebulom e a Naftali em Quedes, e com ele subiram dez mil homens; e Débora também subiu com ele. 11 Ora, Héber, queneu, se tinha Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 3. apartado dos queneus, dos filhos de Hobabe, sogro de Moisés, e havia armado as suas tendas até ao carvalho de Zaananim, que está junto a Quedes. 12 Anunciaram a Sísera que Baraque, filho de Abinoão, tinha subido ao monte Tabor. 13 Sísera convocou todos os seus carros, novecentos carros de ferro, e todo o povo que estava com ele, de Harosete-Hagoim para o ribeiro Quisom. 14 Então, disse Débora a Baraque: Dispõe-te, porque este é o dia em que o SENHOR entregou a Sísera nas tuas mãos; porventura, o SENHOR não saiu adiante de ti? Baraque, pois, desceu do monte Tabor, e dez mil homens, após ele. 15 E o SENHOR derrotou a Sísera, e todos os seus carros, e a todo o seu exército a fio de espada, diante de Baraque; e Sísera saltou do carro e fugiu a pé. 16 Mas Baraque perseguiu os carros e os exércitos até Harosete-Hagoim; e todo o exército de Sísera caiu a fio de espada, sem escapar nem sequer um. 17 Porém Sísera fugiu a pé para a tenda de Jael, mulher de Héber, queneu; porquanto havia paz entre Jabim, rei de Hazor, e a casa de Héber, queneu. 18 Saindo Jael ao encontro de Sísera, disse-lhe: Entra, senhor meu, entra na minha tenda, não temas. Retirou-se para a sua tenda, e ela pôs sobre ele uma coberta. 19 Então, ele lhe disse: Dá-me, peço-te, de beber um pouco de água, porque tenho sede. Ela abriu um odre de leite, e deu-lhe de beber, e o cobriu. 20 E ele lhe disse mais: Põe-te à porta da tenda; e há de ser que, se vier alguém e te perguntar: Há aqui alguém?, responde: Não. 21 Então, Jael, mulher de Héber, tomou uma estaca da tenda, e lançou mão de um martelo, e foi-se mansamente a ele, e lhe cravou a estaca na fonte, de sorte que penetrou na terra, estando ele em profundo sono e mui exausto; e, assim, morreu. 22 E eis que, perseguindo Baraque a Sísera, Jael lhe saiu ao encontro e lhe disse: Vem, e mostrar-te-ei o homem que procuras. Ele a seguiu; e eis que Sísera jazia morto, e a estaca na fonte. 23 Assim, Deus, naquele dia, humilhou a Jabim, rei de Canaã, diante dos filhos de Israel. 24 E cada vez mais a mão dos filhos de Israel prevalecia contra Jabim, rei de Canaã, até que o exterminaram. A heroína da história foi a esposa de Héber, Jael, que não teve medo de se identificar com o povo de Deus e que desempenhou um papel fundamental na derrota dos inimigos do Senhor. De nossa perspectiva atual, não é fácil julgar os atos de Jael. Porém, a última coisa que deveríamos fazer é usar os atos dela para justificar o engano e a violência como meios para alcançar nossos fins, não importa o quanto esses fins sejam corretos. Nas conversas anteriores ao conflito, Débora assegurou a Baraque que a batalha seria de Deus (um eco do grande conflito, certamente). Dois verbos foram usados para descrever como Deus faria isso (Jz 4:7). Ele faria com que Sísera fosse (no original, a expressão indica a ideia de atrair ou arrastar, sugerindo o ato de pegar um peixe numa rede) até o ribeiro Quisom, onde o “entregaria” nas mãos de Baraque. O cântico de ação de graças de Débora (Juízes 5) revela alguns dos detalhes. Por causa de uma pesada chuva, os carros de Sísera ficaram atolados nas estreitas passagens próximas ao ribeiro Quisom. Os céus e as nuvens “gotejaram” e as montanhas “se derreteram” em água (5:4, 5), e Israel foi livrado. Pense na confiança que esses homens de guerra tiveram em Débora. Embora, em certo nível, isso tenha sido bom, por que sempre devemos ter cuidado com o grau de confiança que depositamos em qualquer pessoa? Fortaleça sua experiência com Deus. Acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/ ❉ Segunda - Gideão 2. Leia Juízes 6:1. O que aconteceu nessa ocasião? Jz 6:10 (6:1) Fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o SENHOR; por isso, o SENHOR os entregou nas mãos dos midianitas por sete anos. (6:10) e disse: Eu sou o SENHOR, vosso Deus; não temais os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; contudo, não destes ouvidos à minha voz. ► Resp. Por causa dos seus pecados, os filhos de Israel foram entregues nas mãos dos midianitas por sete anos. Depois de Débora, a terra ficou em paz durante os 40 anos seguintes, mas logo os israelitas voltaram a cair nas mãos de opressores. Dessa vez eram os midianitas que, com seus aliados, entravam em Israel, destruíam as lavouras recém-plantadas e roubavam os rebanhos (Jz 6:3-5). Israel ficou grandemente empobrecido e clamou Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 4. ao Senhor (Jz 6:6, 7). As pessoas concluíram que seus ídolos eram inúteis. 3. Leia Juízes 6:12-16. O que o Anjo do Senhor disse a Gideão, e qual foi a reação dele? Gideão já não devia saber por que eles estavam sendo afligidos? Jz 6:7-10 (Jz 6:12-16) 12 Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente. 13 Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o SENHOR é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém, agora, o SENHOR nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas. 14 Então, se virou o SENHOR para ele e disse: Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu? 15 E ele lhe disse: Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai. 16 Tornou-lhe o SENHOR: Já que eu estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem. (Jz 6:7-10) 7 Tendo os filhos de Israel clamado ao SENHOR, por causa dos midianitas, 8 o SENHOR lhes enviou um profeta, que lhes disse: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu é que vos fiz subir do Egito e vos tirei da casa da servidão; 9 e vos livrei da mão dos egípcios e da mão de todos quantos vos oprimiam; e os expulsei de diante de vós e vos dei a sua terra; 10 e disse: Eu sou o SENHOR, vosso Deus; não temais os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; contudo, não destes ouvidos à minha voz. ► Resp. “O Senhor é contigo, homem valente.” Mas Gideão não se sentia seguro e importante. Ele sabia por que seu povo estava sendo afligido, mas não entendia nem aceitava essa situação. Seu sentimento de impotência permitiu que Deus realizasse o milagre da libertação. Apesar da queixa de Gideão, que era injustificada (eles eram desobedientes, e por isso estavam sendo oprimidos), Deus estava pronto a livrá-los novamente, mas dessa vez através de Gideão. É interessante que Deus tenha chamado Gideão de “homem valente”, embora ele visse a si mesmo de maneira completamente diferente: “Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai” (Jz 6:15). Sem dúvida, um dos componentes fundamentais da força de Gideão foi seu próprio senso de falta de importância e de fraqueza. Note, igualmente, o que Gideão pediu ao Senhor em Juízes 6:36-40. Isto é, ciente de sua própria fraqueza e de que as probabilidades eram contrárias a ele, buscou uma certeza especial da presença de Deus. Assim, temos ali um homem que compreendia plenamente sua completa dependência do Senhor. Podemos ler, em Juízes 7, a respeito do maravilhoso sucesso de Gideão contra os opressores de seu povo e acerca do livramento que Deus operou em favor de Israel. Por que o Senhor escolheu usar seres humanos caídos nesse livramento? Isto é, Ele não poderia ter chamado “mais de doze legiões de anjos” (Mt 26:53) para fazer, em favor de Israel, o que era preciso naquele momento? Qual é o nosso papel no grande conflito e na propagação do evangelho? Comentários de Ellen G. White O Senhor nem sempre escolhe para Sua obra pessoas de grandes talentos, mas seleciona aqueles a quem Ele pode melhor usar. Indivíduos que podem fazer bom serviço para Deus poderão, por algum tempo, ser deixados na obscuridade, aparentemente não notados e não empregados pelo Mestre. Mas, se fielmente cumprirem os deveres de sua humilde posição, demonstrando uma disposição de trabalhar para Ele e por Ele sacrificar-se, a seu próprio tempo o Senhor lhes confiará maiores responsabilidades. “Diante da honra vai a humildade” (Pv 18:12). O Senhor pode usar mais eficazmente os que têm mais consciência de sua própria indignidade e incapacidade. Ele lhes ensinará o exercício da coragem e da fé e os fará fortes, unindo a fraqueza deles com Sua força, e sábios, associando Sua sabedoria à ignorância deles (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 2, p. 1003). [Gideão] Ficou surpreso com a declaração de que seu exército era por demais grande. Mas o Senhor via o orgulho e a incredulidade que existiam no coração de Seu povo. Despertos pelos apelos estimulantes de Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 5. Gideão, alistaram-se com prontidão. Mas muitos ficaram cheios de medo quando viram as multidões dos midianitas. Entretanto, caso houvesse Israel triunfado, esses mesmos teriam tomado a glória para si próprios, em vez de atribuírem a vitória a Deus. Gideão obedeceu à determinação do Senhor, e com coração pesaroso viu vinte e dois mil, ou mais de dois terços de sua força total, partirem para casa. [Então] O povo foi levado ao lado da água, na expectativa de fazer um avanço imediato ao inimigo. Alguns apressadamente tomaram um pouco de água na mão e a beberam enquanto andavam; mas quase todos se curvaram sobre os joelhos e comodamente beberam da superfície da corrente. Os que tomaram água com as mãos foram apenas trezentos dentre os dez mil; contudo esses foram escolhidos; a todo o restante foi permitido voltar para casa. O caráter muitas vezes é provado pelo meio mais simples. Aqueles que em tempo de perigo estavam preocupados com suprir suas necessidades, não eram os homens em quem se poderia confiar em uma emergência. O Senhor não tem lugar em Sua obra para os indolentes e condescendentes consigo mesmos. Os homens de Sua escolha foram os poucos que não permitiram que suas necessidades os detivessem no desempenho do dever. Os trezentos homens escolhidos não somente possuíam coragem e domínio próprio, mas eram homens de fé. Não se haviam contaminado com a idolatria. Deus os poderia dirigir, e por meio deles operar o livramento para Israel. O êxito não depende do número. Deus pode livrar tanto com poucos como com muitos. Ele é honrado nem tanto pelo grande número como pelo caráter daqueles que O servem (Patriarcas e Profetas, p. 549, 550). ❉ Terça - Sansão As linhas de batalha entre o bem e o mal ficaram indistintas na história de Sansão. O início de sua vida foi impressionante, com o anúncio do Anjo do Senhor de que ele devia ser nazireu desde o nascimento. O Anjo instruiu os pais de Sansão sobre a preparação para receber aquele bebê especial. Foi dito à mãe que não bebesse álcool nem ingerisse comidas proibidas (Jz 13:4, 13, 14; ver também Lv 11). Deus, na verdade, tinha planos especiais para Sansão; infelizmente, as coisas não foram tão bem como poderiam ter sido. “Exatamente quando estava se tornando adulto, época em que deveria executar sua missão divina, ocasião em que, mais do que em todas as outras, deveria ser fiel a Deus, Sansão se ligou aos inimigos de Israel. Não procurou saber se poderia glorificar mais a Deus estando unido ao objeto de sua escolha, ou se estava colocando-se em posição em que não poderia cumprir o propósito a ser realizado pela sua vida. A todos os que em primeiro lugar procuram honrá-Lo, Deus prometeu sabedoria; mas não há promessa para aqueles que se inclinam a agradar a si mesmos” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 563). 4. Leia Juízes 14:1-4. Como é possível que Deus tenha usado a fraqueza de Sansão em relação às mulheres como “uma oportunidade para atacar os filisteus”? (v. 4, NTLH). (Jz 14:1-4) 1 Sansão desceu até a cidade de Timna e ali viu uma moça filistéia. 2 Voltou para casa e disse ao seu pai e à sua mãe: — Eu vi em Timna uma jovem filistéia. Peçam essa moça para mim porque eu quero casar com ela. 3 Mas o seu pai e a sua mãe responderam: — Por que é que você foi procurar mulher no meio dos filisteus, aquela gente que não pratica a circuncisão? Será que você não podia achar mulher no meio dos nossos parentes ou entre o nosso povo? Mas Sansão disse ao seu pai: —É aquela a moça que eu quero. É dela que eu gosto. 4 O seu pai e a sua mãe não sabiam que era o SENHOR Deus que estava orientando Sansão para fazer aquilo. Deus estava procurando uma oportunidade para atacar os filisteus, que naquele tempo dominavam o povo de Israel. ► Resp. Em meio à humilhação e à derrota resultantes de seus pecados, Sansão recebeu a força divina para derrotar os inimigos do seu povo. Sansão “atacou” os filisteus de várias formas, sempre como uma irada reação a desfeitas pessoais. Primeiro matou 30 homens e levou as vestes deles para sua festa de casamento a fim de pagar uma dívida (Jz 14:19). Depois destruiu as colheitas deles, quando sua esposa foi dada em casamento ao seu padrinho (Jz 14:20; 15:1- 5). A seguir, Sansão matou muitas pessoas como vingança pelo fato de que os filisteus tinham matado sua Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 6. esposa e o pai dela (Jz 15:6-8). Quando os filisteus tentaram se vingar desse ato (Jz 15:9, 10), ele matou mil homens com a queixada de um jumento (Jz 15:14, 15). Por fim, derrubou o templo deles e matou três mil pelo fato de que eles o haviam cegado (Jz 16:21, 28, 30). Pense num herói cheio de falhas. Há bem pouca coisa em Sansão que deveríamos imitar, embora ele seja mencionado em Hebreus 11:32 junto com alguns personagens importantes. Obviamente, a história vai além do que se pode ver. Pense no que Deus poderia ter feito com Sansão. E o que dizer de nós? Quanta coisa mais poderíamos fazer se estivéssemos vivendo à altura de nosso potencial? Comentários de Ellen G. White Sansão, aquele homem forte e corajoso, estava sob um voto solene de ser nazireu durante todo o período de sua vida. Mas, quando ficou enfeitiçado pelos encantos de uma mulher lasciva, quebrou impensadamente o sagrado voto. Satanás atuava por meio de seus agentes para destruir esse governante de Israel, a fim de que a misteriosa força que ele possuía não pudesse mais intimidar os inimigos do povo de Deus. A influência dessa ousada mulher o separou de Deus, e seus artifícios o levaram à ruína. Sansão devotou a essa mulher o amor e o serviço que Deus reivindica. Isso foi idolatria. Ele perdeu todo o senso da santidade do caráter e da obra de Deus, e sacrificou a honra, a consciência e todas as aspirações dignas em favor da vil paixão (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 2, p. 1007). O bom êxito nesta vida, e em ganhar a vida futura, depende de uma atenção fiel e conscienciosa às coisas pequenas. Vê-se a perfeição nas menores das obras de Deus, não menos do que nas maiores. A mão que elevou os mundos no espaço é a mesma que fez com delicada perícia os lírios do campo. E assim como Deus é perfeito em Sua esfera de ação, devemos também ser perfeitos na nossa. A estrutura simétrica de um caráter forte e belo se fundamenta nos atos individuais do dever. E a fidelidade deve caracterizar nossa vida nos seus mínimos pormenores bem como nos máximos. A integridade nas pequenas coisas, a realização de pequenos atos de fidelidade e pequenas ações de bondade, alegrarão a senda da vida; e, quando terminar nossa obra na Terra, será verificado que cada um dos pequenos deveres fielmente cumpridos exerceu uma influência para o bem – influência essa que jamais poderá perecer (Patriarcas e Profetas, p. 574). O Senhor havia, por intermédio de Moisés, exposto perante Seu povo os resultados da infidelidade. Recusando-se a guardar Seu concerto, estariam se excluindo da vida de Deus, e Sua bênção não podia vir sobre eles. Às vezes essas advertências eram ouvidas, e ricas bênçãos eram concedidas à nação judaica e por meio deles aos povos em redor. Mas a maior parte das vezes em sua história eles se esqueceram de Deus, e perderam de vista seu elevado privilégio como povo que O representava. Roubaram-nO do serviço que deles requeria, e roubaram o próximo da guia religiosa e santo exemplo. Desejaram apropriar-se do fruto da vinha sobre a qual haviam sido postos como mordomos. Sua avidez e cobiça os tornaram desprezíveis aos olhos dos próprios pagãos. Assim deu-se ao mundo gentio a ocasião de interpretar mal o caráter de Deus e as leis de Seu reino. … De especial valor para a igreja de Deus sobre a Terra hoje – os guardas de Sua vinha – são as mensagens de consolo e admoestação dadas através dos profetas que tornaram claro Seu eterno propósito em favor da humanidade. Nos ensinos dos profetas, Seu amor pela humanidade caída e Seu plano para a sua salvação claramente são revelados. A história do chamado de Israel, de seus sucessos e fracassos, sua restauração ao favor divino, a rejeição do Senhor da vinha e a execução do plano dos séculos por um bom remanescente a quem seriam cumpridas todas as promessas do concerto – tal foi o tema dos mensageiros de Deus a Sua igreja através dos séculos passados… Espere, Israel, em Deus. O Senhor da vinha está mesmo agora reunindo dentre todas as nações e povos os preciosos frutos pelos quais tem há tanto tempo esperado. Logo Ele virá para o que é Seu; e nesse alegre dia, Seu eterno propósito para a casa de Israel será finalmente cumprido. “Jacó lançará raízes, e florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto a face do mundo” Is 27:6. (Profetas e Reis, p. 15). ❉ Quarta - Rute Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 7. Em vez de falar sobre grandes exércitos inimigos que ameaçavam o povo de Deus, a história de Rute fala sobre algo menor: uma família que estava quase sendo extinta pela morte mas que, em vez disso, foi reavivada. Embora inclua dois temas maiores (a destruição da criação de Deus e a ameaça sob a qual estava o povo de Deus), Rute fala igualmente do grande conflito em nível pessoal, onde, na verdade, ele está acontecendo. Não é de surpreender que a terra de Judá tivesse sofrido fome durante o tempo dos juízes (Rt 1:1; Dt 28:48; 32:24; ver também Jz 17:6; 21:25). Isso era um sinal de que o povo da aliança havia abandonado a Deus. O pecado e a rebelião haviam reduzido a terra que manava leite e mel a uma vasilha estéril cheia de poeira. Mas, no livro de Rute, Deus havia “visitado” a terra e devolvido a ela a vida, “dando-lhe pão” novamente (Rt 1:6, ARC). Quando Elimeleque, sua esposa Noemi e seus dois filhos foram inicialmente para Moabe, fizeram isso porque desejavam alguma esperança para o futuro. A terra do inimigo deu um alívio temporário mas, depois que o marido e os dois filhos morreram, Noemi decidiu finalmente voltar para casa. 5. Leia Rute 1:8, 16, 17. O que significa o fato de que Rute desejou ir com Noemi? (Rt 1:8) disse-lhes Noemi: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o SENHOR use convosco de benevolência, como vós usastes com os que morreram e comigo. (Rt 1:16-17) Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. 17 Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. ► Resp. Embora fosse de uma nação inimiga e pagã, Rute decidiu confiar no Deus de Noemi. Ela aceitou a religião de Israel. Rute era de uma nação inimiga que, em muitas ocasiões, havia tentado destruir Israel, mas ela escolheu se identificar com o povo de Israel e adorar o seu Deus. Além disso, ela encontrou favor em sua terra adotiva, não apenas da parte de Boaz (Rt 2:10), mas também da parte das pessoas que ficaram sabendo a seu respeito (Rt 2:11). Boaz tinha certeza de que ela também havia encontrado favor aos olhos de Deus (Rt 2:12) e, levando sua admiração por ela um passo adiante, concordou em se casar com ela (Rt 3:10, 11). Contudo, havia um parente mais chegado que Boaz, o qual teria direito à terra do falecido caso se casasse com Rute. Porém, o parente mais próximo não estava interessado em outra esposa porque isso complicava seus planos financeiros (Rt 4:6). Nessa altura, a assembleia de testemunhas abençoou Rute, comparando-a às grande mulheres da história de Israel (Rt 4:11, 12), o que se cumpriu quando ela se tornou uma ascendente do Messias (Rt 4:13, 17; Mt 1:5, 6). Realmente essa é uma história do tipo “e viveram felizes para sempre”. Infelizmente, não há muitas dessas na Bíblia e, é claro, não há muitas dessas na vida real. Contudo, nisso também podemos ver como, apesar das flutuações da vida, a vontade de Deus prevalecerá no final. Essa é uma boa notícia para todos os que O amam e confiam nEle. Comentários de Ellen G. White O povo de Israel deveria ocupar todo o território que Deus lhes havia designado. As nações que rejeitassem o culto ou o serviço do verdadeiro Deus deveriam ser desapossadas. Era propósito de Deus, porém, que pela revelação de Seu caráter por meio de Israel, os homens fossem atraídos a Ele. O convite do evangelho deveria ser transmitido a todo o mundo. Pela lição do sacrifício simbólico, Cristo deveria ser exaltado perante as nações, e todos os que O olhassem viveriam. Todos os que, como Raabe, a cananeia, e Rute, a moabita, se volvessem da idolatria ao culto do verdadeiro Deus, deveriam unir-se ao povo escolhido. Quando o número de Israel aumentasse, deveriam ampliar os limites até que seu reino abarcasse o mundo. Deus desejava trazer todos os povos sob Seu governo misericordioso. Desejava que a Terra se enchesse de Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 8. alegria e paz. Criou o homem para a felicidade, e anseia encher da paz do Céu o coração humano. Deseja que as famílias da Terra sejam um tipo da grande família do Céu (Parábolas de Jesus, p. 290). Uma bela ilustração do relacionamento de Cristo com Seu povo, encontra-se nas leis dadas a Israel. Quando, em virtude da pobreza, um hebreu se via forçado a abrir mão de seu patrimônio, e a vender-se como escravo, o dever de resgatá-lo a eles e a sua herança, recaía no parente mais chegado (ver Lv 25:25; Lv 47-49; Rt 2:20). Assim a obra de nos redimir a nós e a nossa herança, perdida por causa do pecado, recaiu sobre Aquele que nos é “parente chegado”. Foi para resgatar-nos que Ele Se tornou nosso parente. Mais achegado que o pai, mãe, irmão, amigo ou noivo é o Senhor nosso Salvador. “Não temas”, diz Ele, “porque Eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és Meu.” “Desde que tu te fizeste digno de honra diante de Meus olhos, e glorioso, Eu te amei; e entregarei os homens por ti, e os povos pela tua vida” (Is 43:1, 4). Cristo ama os seres celestiais, que Lhe circundam o trono; mas quem explicará o grande amor com que nos tem amado? Não o podemos compreender, mas podemos saber que é real em nossa própria vida. E se mantemos para com Ele um relacionamento de parentesco, com que ternura devemos olhar os que são irmãos e irmãs de nosso Senhor! Não devemos estar prontos a reconhecer as responsabilidades de nosso divino parentesco? Adotados na família de Deus, não devemos honrar nosso Pai e nossos parentes? (O Desejado de Todas as Nações, p. 327). ❉ Quinta - Samuel O que o início do livro de Samuel tem a ver com o grande conflito? Não há uma ameaça óbvia à ordem criada, e não há grandes exércitos na fronteira. O ataque do mal é mais sutil, mas não menos real. 6. Leia 1 Samuel 2:12-25. Como vemos a lamentável realidade da luta do bem contra o mal nessa passagem? (1Sm 2:12-25) 12 Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o SENHOR; 13 pois o costume daqueles sacerdotes com o povo era que, oferecendo alguém sacrifício, vinha o moço do sacerdote, estando-se cozendo a carne, com um garfo de três dentes na mão; 14 e metia-o na caldeira, ou na panela, ou no tacho, ou na marmita, e tudo quanto o garfo tirava o sacerdote tomava para si; assim se fazia a todo o Israel que ia ali, a Siló. 15 Também, antes de se queimar a gordura, vinha o moço do sacerdote e dizia ao homem que sacrificava: Dá essa carne para assar ao sacerdote; porque não aceitará de ti carne cozida, senão crua. 16 Se o ofertante lhe respondia: Queime-se primeiro a gordura, e, depois, tomarás quanto quiseres, então, ele lhe dizia: Não, porém hás de ma dar agora; se não, tomá-la-ei à força. 17 Era, pois, mui grande o pecado destes moços perante o SENHOR, porquanto eles desprezavam a oferta do SENHOR. 18 Samuel ministrava perante o SENHOR, sendo ainda menino, vestido de uma estola sacerdotal de linho. 19 Sua mãe lhe fazia uma túnica pequena e, de ano em ano, lha trazia quando, com seu marido, subia a oferecer o sacrifício anual. 20 Eli abençoava a Elcana e a sua mulher e dizia: O SENHOR te dê filhos desta mulher, em lugar do filho que devolveu ao SENHOR. E voltavam para a sua casa. 21 Abençoou, pois, o SENHOR a Ana, e ela concebeu e teve três filhos e duas filhas; e o jovem Samuel crescia diante do SENHOR. 22 Era, porém, Eli já muito velho e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel e de como se deitavam com as mulheres que serviam à porta da tenda da congregação. 23 E disse-lhes: Por que fazeis tais coisas? Pois de todo este povo ouço constantemente falar do vosso mau procedimento. 24 Não, filhos meus, porque não é boa fama esta que ouço; estais fazendo transgredir o povo do SENHOR. 25 Pecando o homem contra o próximo, Deus lhe será o árbitro; pecando, porém, contra o SENHOR, quem intercederá por ele? Entretanto, não ouviram a voz de seu pai, porque o SENHOR os queria matar. ► Resp. Por um lado, o mal atuou por meio dos filhos de Eli, que profanavam o santuário e os sacrifícios, desprezavam o Senhor, praticavam o adultério e desonravam o pai. Por outro lado, o bem atuava por meio de Samuel, que foi consagrado ao Senhor e ministrava em Sua presença. “Embora [Eli] tivesse sido designado para governar o povo, não governava a própria casa. Eli era um pai indulgente. Amando a paz e a comodidade, não exercia sua autoridade para corrigir os maus hábitos e paixões de seus filhos. Em vez de discutir com eles ou castigá-los, submetia-se à sua vontade e os deixava seguir seu Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 9. próprio caminho” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 575). Em contraste com eles, vemos um menino vestido como sacerdote (1Sm 2:18, 19) que, como Jesus, “crescia em estatura e no favor do Senhor e dos homens” (1Sm 2:26; Lc 2:52). Samuel prosseguiu até tornar-se um poderoso e fiel líder em Israel. “Todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor” (1Sm 3:20). Isso não significa, entretanto, que tudo correu bem. A nação enfrentou uma invasão filisteia e os dois filhos de Eli foram mortos; os filisteus capturaram a arca de Deus, e Eli, que estava com 98 anos, morreu quando ouviu a notícia (1Sm 4:14-18). Infelizmente, Samuel enfrentaria o mesmo problema de Eli: filhos que não seguiram suas pegadas de lealdade e fidelidade (1Sm 8:1-7). Samuel marcou um ponto de transição na história do povo de Deus. Ele foi o último dos juízes e uma figura importante no desenrolar do grande conflito. Sua influência estável guiou o povo num momento crítico. É lamentável que seus filhos não tenham seguido seus passos, mas Deus não depende de dinastias humanas. Como resultado da apostasia deles, os anciãos exigiram um rei, o que não foi a melhor decisão, como os futuros séculos da História revelariam. Não importa se nossa vida no lar foi boa ou ruim, devemos escolher a quem serviremos no grande conflito. Podemos acertar nossa situação com o Senhor, apesar dos nossos muitos erros? Embora tenhamos tempo para nos arrependermos e entregar a vida ao Senhor, qual o perigo de adiar essa decisão? Comentários de Ellen G. White “O menino Samuel continuava a crescer, sendo cada vez mais estimado pelo Senhor e pelo povo” (1Sm 2:26, NVI). Se bem que a juventude de Samuel fosse passada no tabernáculo, dedicada ao culto de Deus, ele não estava livre de influências más ou exemplos pecaminosos. Os filhos de Eli não temiam a Deus, nem honravam seu pai. Mas Samuel não procurava sua companhia nem seguia seus maus caminhos. Fazia esforço constante para tornar-se o que Deus queria que ele fosse. Esse é o privilégio de todo jovem. Deus Se apraz mesmo quando as criancinhas se entregam ao Seu serviço (Patriarcas e Profetas, p. 573). No desempenho de seu trabalho por seus filhos apeguem-se à poderosa força de Deus. Encomendem seus filhos ao Senhor em oração. Trabalhem por eles fervorosa e incansavelmente. Deus ouvirá suas orações e os atrairá a Si. Então, no último grande dia, poderão trazê-los a Deus, dizendo: “Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor” (Is 8:18). Quando Samuel receber a coroa de glória, irá estendê-la em honra diante do trono e alegremente reconhecerá que as fiéis lições de sua mãe, mediante os méritos de Cristo, o coroaram com glória imortal. A obra dos pais sábios jamais será apreciada pelo mundo, mas quando se instalar o juízo e se abrirem os livros, sua obra aparecerá como Deus a vê e será recompensada diante dos homens e dos anjos. Então se verá que uma criança que foi criada de maneira fiel tem sido uma luz no mundo. Custou lágrimas, ansiedade e noites insones vigiar a construção do caráter dessa criança, mas a obra foi feita com sabedoria, e os pais ouvirão o “bem está” (Mt 25:21) do Mestre (O Lar Adventista, p. 536). A grande fraqueza da igreja tem sido a dependência de homens. Esses vêm desonrando a Deus por fracassarem em reconhecer Sua suficiência, ao cobiçarem a influência dos homens. Foi assim que Israel se enfraqueceu. O povo desejava ser como as demais nações do mundo, de modo que insistiu para ter um rei. Os israelitas desejaram ser guiados pelo poder humano, ao qual podiam ver, em lugar do invisível poder divino que até então os havia conduzido e lhes dera a vitória na batalha. Fizeram sua escolha, e o resultado foi observado na destruição de Jerusalém e na dispersão da nação judaica. Não podemos repousar nossa confiança em homem algum, não importa quão preparado e elevado seja, a menos que ele mantenha firme a base de sua confiança em Deus, do começo ao fim (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 249, 250). Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 10. ❉ Sexta - Estudo adicional A Bíblia é conhecida por não disfarçar o pecado nem a maldade humana. Como poderia fazer isso e ainda retratar com precisão a condição da humanidade? Um retrato especialmente nítido da maldade humana se encontra em 1 Samuel 2:12-25, onde os filhos de Eli são apresentados em contraste com o menino Samuel. O texto de 1 Samuel 2:12 diz: “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o Senhor.” Note, primeiramente, o contraste: nos tempos bíblicos, a linhagem desempenhava um importante papel na vida e, nessa família específica, “os filhos de Eli” se tornaram “filhos de Belial”. Belial é uma palavra ampla, usada de várias formas e em vários contextos, quase sempre negativos. Na verdade, ela está relacionada ao hebraico bl e bli, que significam “não” ou “sem”. A palavra Belial significa “sem valor”, “inútil”, e, em outras partes, é usada da mesma forma que foi utilizada a respeito dos filhos de Eli, isto é, outros homens foram chamados de “filhos de Belial” (2Cr 13:7; 1Rs 21:13). Em Provérbios 6:12, ela corresponde aos ímpios. Em outras literaturas do Oriente Próximo, Belial é visto como outro nome para o próprio Satanás. Em quase todos os usos do termo na Bíblia, ele aparece com sentido negativo. Como seres humanos, criados à imagem de Deus, eles foram criados para um propósito e para ter significado: contudo, de acordo com a Bíblia, esses homens eram quase inúteis, “filhos da inutilidade”. Que trágico desperdício da vida! Perguntas para reflexão Não há meio-termo no grande conflito: ou estamos inteiramente do lado de Cristo ou do lado de Satanás. De que maneira podemos buscar orientação para fazer a escolha certa quando, às vezes, não é tão fácil saber qual é a escolha “certa”? Pessoas que você admirava já o decepcionaram? Você já desapontou os que o admiravam? O que aprendeu nesses incidentes a respeito da fé, confiança, graça e fragilidade humana? Comentários de Ellen G. White Ellen G. White, Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 319. A Influência de Joquebede Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado. Heb. 11:24 e 25. Mais jovem que José ou Daniel era Moisés quando foi removido do protetor cuidado do lar de sua infância; não obstante, as mesmas influências que haviam moldado a vida daqueles, tinham já modelado a sua. Apenas doze anos passara ele com os parentes hebreus; mas durante estes anos lançou-se o fundamento de sua grandeza; lançara-o a mão de alguém que não deixou nome memorável. Joquebede era mulher e escrava. Sua porção na vida era humilde e seus encargos pesados. Mas, com exceção de Maria de Nazaré, por intermédio de nenhuma outra mulher recebeu o mundo maior bênção. Sabendo que seu filho logo deveria sair de sob seus cuidados, para passar aos daqueles que não conheciam a Deus, da maneira mais fervorosa se esforçou ela por unir a sua alma ao Céu. Procurou implantar em seu coração amor e lealdade para com Deus. E fielmente cumpriu esse trabalho. Aqueles princípios da verdade que eram a preocupação do ensino de sua mãe e a lição de sua vida, nenhuma influência posterior poderia induzir Moisés a renunciar. Do humilde lar em Gósen, o filho de Joquebede passou ao palácio dos Faraós, à princesa egípcia, e por meio desta veio a ser bem-recebido como filho amado e acariciado. Nas escolas do Egito, Moisés recebeu o mais alto preparo civil e militar. De grande atração pessoal, distinto na aparência e estatura, de espírito culto e porte principesco, e de fama como chefe militar, tornou-se o orgulho da nação. O rei do Egito também era membro do sacerdócio; e Moisés, apesar de se recusar a participar do culto pagão, era iniciado em todos os mistérios da religião egípcia. Sendo ainda nessa época o Egito a mais poderosa e mais altamente civilizada das nações, Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 11. Moisés como seu provável soberano era herdeiro das mais altas honras que este mundo podia conferir. Sua escolha, porém, foi mais nobre. Por amor da honra a Deus e livramento de Seu povo oprimido, Moisés sacrificou as honras do Egito. Então, de maneira especial, Deus empreendeu sua educação. ... Tinha ainda de aprender a lição de confiança no poder divino. ... Nos desertos de Midiã, Moisés passou quarenta anos como pastor de ovelhas. ... No cuidado das ovelhas e dos tenros cordeiros deveria obter a experiência que faria dele fiel e longânimo pastor para Israel. ... Na solene majestade da solidão das montanhas, Moisés estava a sós com Deus. ... Ali a sua presunção foi afugentada. ... A grandeza do Egito jaz no pó. ... Mas a obra de Moisés jamais poderá perecer. Os grandes princípios de justiça para estabelecer os quais ele viveu, são eternos. Educação, págs. 61-63 e 69. Auxiliar para o professor Resumo da Lição 4 TEXTO-CHAVE: 1 Samuel 2:1 O ALUNO DEVERÁ Saber: Como as pessoas foram usadas por Deus para libertar Seu povo de forças opressoras. Sentir: Apreciação pelo livramento divino diante de circunstâncias aparentemente insuperáveis. Fazer: Alegrar-se na salvação e compartilhar sua fé com outros. ESBOÇO Saber: Que Deus livra Seu povo Em que circunstâncias podemos nos identificar mais com a oração de Ana em 1 Samuel 2:1-10? O que aprendemos com a história de Sansão (Jz 14) que, apesar de suas falhas, ainda é considerado herói no plano redentor de Deus? Os filhos de Samuel não seguiram fielmente as pegadas de seu pai. O que isso ensina sobre a escolha pessoal? Sentir: Como é bom estar do lado vencedor Mencione algumas soluções às quais frequentemente recorremos para encontrar livramento de um vício, de todos os tipos de opressão e de outras circunstâncias debilitantes. Em quais aspectos, após experimentarmos vitórias pessoais, nossas respostas são semelhantes à oração de Ana? Fazer: As pessoas precisam perceber que fazemos parte do time vencedor De que forma nossa alegria na salvação pode ser manifesta aos que nos cercam? Como a consciência da vitória por estarmos ao lado de Deus influencia nosso desejo de compartilhar a fé RESUMO: O livro de Juízes nos ensina que Deus responde aos clamores humanos por ajuda. Para realizar esse livramento, Ele usa pessoas falhas, homens e mulheres que também necessitam de salvação. Assim, literalmente, a batalha é do Senhor. Ciclo do aprendizado Motivação Focalizando as Escrituras: 1 Samuel 2:1 Conceito-chave para o crescimento espiritual: De muitas maneiras, a história de Israel, durante o período dos juízes, reflete nossas próprias experiências individuais de desobediência a Deus, com consequências desastrosas (sejam elas percebidas ou não). Mas, de alguma forma, Deus nos livra das feridas que infligimos a nós mesmos. Para o professor: A lição desta semana inclui histórias com elementos de violência que resultaram na morte de pessoas. Os alunos podem não entender como uma violência assim pode ter sido sancionada por Deus. É aí que entra o tema do grande conflito. Os episódios de violência e derramamento de sangue devem ser Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 12. entendidos no contexto mais amplo do conflito que está sendo travado entre o bem e o mal. Ajude os alunos a enxergar que, em todos os aspectos da vida, eles atuam nesse conflito, ao lado de Deus ou de Satanás. Atividade de abertura Peça a um aluno que leia a primeira parte da oração de Ana, em 1 Samuel 2:1-10, e depois pergunte a cada aluno o que esse poema significa para ele. Que recordações o poema evoca na mente deles? Quais situações atuais equivalem à descrição da oração? Pense nisto: Imagine se Deus tivesse dito algo do tipo: Já que Israel trouxe esse sofrimento (opressão por parte de estrangeiros) sobre si mesmo, problema dele! De que maneira fazemos o mesmo com as pessoas que consideramos responsáveis por suas próprias dificuldades? Compreensão Para o professor: A história de Israel durante o tempo dos juízes é notável por seu claro ciclo de: (1) apostasia, (2) opressão, (3) súplica por ajuda e (4) intervenção divina. Os juízes foram pessoas escolhidas por Deus como instrumentos para livrar Israel de sua difícil situação nas mãos de potências estrangeiras. O livramento tomava a forma de um embate militar concreto. O grande conflito era manifestado em termos militares literais. O tema do grande conflito oferece uma lente através da qual vemos os brutais e violentos confrontos que incomodam nossa sensibilidade moderna, ao imaginarmos como um Deus de amor poderia aprovar a matança de pessoas ou de populações. Comentário Bíblico I. Os cananeus oprimem Israel: a juíza Débora (Recapitule com a classe Juízes 4.) Após a morte de Eúde, Israel começou um novo ciclo de apostasia. Isto é, depois da apostasia nacional vinha a opressão nas mãos de potências estrangeiras. Seguia-se, então, a súplica por livramento. Finalmente, Deus suscitava um libertador na pessoa de um dos juízes. Nesta história, Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor, aterrorizou Israel por 20 anos, tendo tropas armadas com instrumentos de ferro e 900 carros. Isso equivalia à mais alta tecnologia militar da época, pois o mundo antigo estava na fase de transição entre a Idade do Bronze e a Idade do Ferro. Eúde havia sido substituído, em algum momento, por Débora, uma profetisa, esposa de Lapidote. Débora disse a Baraque que se preparasse e fosse lutar contra Sísera, o comandante do exército de Jabim, mas Baraque impôs uma condição: ele só iria se Débora fosse com ele ao monte Tabor. Seguiu-se um duelo no Tabor, e o exército de Sísera foi derrotado. Sísera fugiu a pé para a tenda de Jael, esposa de Héber, o queneu, confiando nas boas relações entre os queneus e os cananeus. O que Sísera não sabia era que Jael havia transferido sua lealdade para o lado de Deus. Ela deve ter concluído que as evidências de que o Deus de Israel era o verdadeiro Deus estavam claras para todos verem. Na tenda de Jael, foi posta sobre Sísera uma coberta e lhe foi dado leite a beber. Então Jael lhe cravou uma estaca da tenda na têmpora, usando um martelo. Quando Baraque chegou à tenda de Jael, encontrou o corpo de Sísera estendido no chão, numa poça de sangue, com a estaca ainda cravada no crânio. Desse modo Jabim foi subjugado. A própria existência do povo de Deus, o povo da aliança, havia sido ameaçada e Deus permitiu que Israel trouxesse punição aos cananeus por sua impiedade. Pense nisto: Por que é incorreto considerar as matanças do Antigo Testamento como genocídio, uma vez que genocídio é, acima de tudo, um crime? II. Os midianitas aterrorizam Israel: Gideão, o libertador (Recapitule com a classe Juízes 6.) De acordo com Juízes 5:31, Israel desfrutou paz e tranquilidade por 40 anos, graças a Jael. Porém, em Juízes 6, o povo caiu novamente em apostasia. Dessa vez Deus permitiu que os midianitas castigassem Israel, com uma opressão que continuou por sete anos (Jz 6:1). Os israelitas fugiam para as covas, cavernas e fortificações nos montes (Jz 6:2), mas os midianitas vinham com seu gado e destruíam suas plantações. Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 13. Certo dia, Deus interveio para livrar Seu povo. Logicamente, Deus sempre havia Se importado com ele. Assim, o Anjo do Senhor apareceu a Gideão (Jz 6:11), que estava malhando trigo e escondendo-o dos midianitas. O Anjo comissionou Gideão a salvar Israel das mãos dos midianitas (Jz 6:14). Gideão protestou, dizendo que sua família era a mais pobre em Manassés, e ele, o menor na casa de seu pai (bêt ’āb). Mas Deus lhe declarou: “Eu estarei com você” (Jz 6:16, NVI). Esta é a razão pela qual nós também podemos continuar avançando: Deus está conosco. Pense nisto: Por que Deus Se referiu a Gideão como homem valente quando, em sua própria avaliação, ele não tinha motivos para ser assim tão corajoso (Jz 6:15)? III. Sansão foi um herói? (Recapitule com a classe Juízes 14.) A não ser pelas circunstâncias que cercaram seu nascimento e por uma clara missão divina para sua vida (Jz 13:4, 13, 14; Lv 11), muitas vezes não fica muito claro de que lado do grande conflito Sansão estava lutando. Chamá-lo de herói seria a última coisa que esperaríamos. Contudo, o livro de Hebreus faz exatamente isso, colocando-o em sua galeria da fama, sua lista dos heróis da fé (Hb 11:32). Os filhos, na idade adulta, às vezes não seguem a instrução dos pais, assim como Sansão deixou de seguir a instrução dada por seus pais. Contudo, quando esse Pai é Deus, deixar de seguir Sua instrução representa grande perigo, como a vida de Sansão mostra claramente. Pergunta para discussão De que maneira Juízes 14:1-4 confirma o fato de que Deus pode nos usar mesmo em nossos momentos de maior fraqueza? IV. A chegada da realeza (Recapitule com a classe 1 Samuel 2:1, 12-25; 8:1-7.) Samuel deve ter ficado com o coração partido quando seus filhos não seguiram suas pegadas. Ele os tornou juízes, mas isso foi um desastre. Joel e Abias se afastaram muito da fidelidade de seu pai. Foram corruptos e estavam interessados no ganho injusto; recebiam suborno e pervertiam a justiça (1Sm 8:3). Essa corrupção enfureceu os anciãos de Israel e os levou a exigir um rei humano, para que fossem como as outras nações (1Sm 8:5). O problema não era que eles não tivessem um rei: Deus tinha sido Rei para eles o tempo todo (1Sm 8:7). Infelizmente, o pedido de um rei humano por parte de Israel foi uma rejeição de Deus como soberano da nação. Pense nisto: O que significava para Deus ser o verdadeiro chefe de estado ou rei do antigo Israel? De que forma Ele reina sobre nós? Que autoridade Ele tem como soberano de nossa vida? O fato de que Ele é nosso Rei nos dá direitos e obrigações? Quais privilégios e responsabilidades isso nos traz? Aplicação Para o professor: Nossa vida muitas vezes reflete a experiência de Israel no tempo dos juízes, com ciclos de declínio espiritual, com infortúnios que nós mesmos procuramos, com súplicas a Deus por livramento e com a intervenção amorosa e perdoadora de Deus. Felizmente, essa não é a experiência de todos. Na verdade, como Pedro diz, “Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade” (2Pe 1:3, NVI). Perguntas para reflexão e aplicação 1. O ciclo da “apostasia”, “opressão” e “intervenção divina” é inevitável na vida do cristão? 2. Esse ciclo se aplica a igrejas ou a grupos de igrejas hoje em dia? 3. Como podemos perceber que Deus está procurando nos usar como Seus agentes para trazer livramento à igreja ou à comunidade? 4. O grande conflito divide a humanidade em dois grupos, embora os indivíduos que estiverem em um grupo possam fazer coisas que promovam os interesses do grupo oposto, sem perceber ou, em alguns casos, por Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 14. providência divina. Como você pode discernir de que lado do conflito está? O lado ao qual você pertence depende de um ato isolado aqui e ali? Por quê? Criatividade e atividades práticas Para o professor: Diferentemente da maioria das manifestações do grande conflito, que são de natureza espiritual, vemos batalhas militares literais no livro de Juízes. Nesse contexto, hinos como “Ó Cristãos, Avante!” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, 344) assumem um novo significado. Ajude seus alunos a entender o que significa ser um soldado de Cristo, alistado em Seu exército para fazer avançar Seu reino e combater as forças da opressão e das trevas. Atividade Planeje um culto de reavivamento para uma igreja. Que informações da lição desta semana podem ser utilizadas nessa programação de reavivamento? Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição? Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com