O documento descreve os principais acontecimentos políticos, econômicos e sociais do Brasil durante o Segundo Reinado (1840-1889), destacando a existência de dois partidos políticos (Liberal e Conservador), a economia baseada no café, o fim do tráfico de escravos e a abolição gradual da escravidão, além da imigração européia e da Guerra do Paraguai.
2. OS PARTIDOS POLÍTICOS
LIBERAL
- Proprietários de terras.
- Classe média urbana.
Defendiam a
descentralização política.
CONSERVADOR
- Proprietários de terras.
- Grandes comerciantes.
- Funcionários do alto escalão
do governo.
Defendiam a centralização
política.
Os partidos políticos disputavam os cargos para compor a Câmara dos Deputados e o
Senado e as eleições eram marcadas por muitos tumultos e violências (eleições do cacete).
3. REVEZAMENTO DE PARTIDOS
• Para evitar os conflitos entre os partidos, D. Pedro II fazia um revezamento
periódico dos partidos no poder.
4. PARLAMENTARISMO ÀS AVESSAS
• No Parlamentarismo brasileiro, ao contrário do modelo tradicional inglês, a
composição do parlamento estava subordinada ao Poder Moderador, ou seja, a
vontade do imperador.
5. A REVOLUÇÃO PRAIEIRA (1848)
• Revolução ocasionada pelo descontentamento dos liberais de
Pernambuco conhecidos como (praieiros) e de parte da população local
contra a centralização do governo de D. Pedro II.
• As ideais socialistas serviram de influência para parte dos
manifestantes.
• As tropas imperiais conseguiram conter os revoltosos, após alguns
meses de luta.
• Foi a última das grandes revoltas do Brasil Imperial.
6. A ECONOMIA CAFEEIRA
• Durante o Segundo Reinado, o café foi o principal produto da economia brasileira.
8. A ECONOMIA CAFEEIRA
VALE DO PARAÍBA
• Técnicas de cultivo predatórias.
• Mão de obra escrava africana.
• Rápido esgotamento do solo na região.
OESTE PAULISTA
• Técnicas de cultivo mais modernas.
• Mão de obra assalaria de imigrantes
europeus (principalmente italianos).
• Investimentos na infraestrutura da
região (linhas férreas).
9. A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
• Tarifas Alves Branco (1844): aumento dos impostos cobrados sobre produtos
estrangeiros.
• Como os produtos estrangeiros ficaram muito caros, uma alternativa seria investir
nas indústrias nacionais.
• Criação de estabelecimentos manufatureiros no Rio de Janeiro: chapéus, tecidos,
sabão, velas, máquinas, calçados, móveis, vidros, armamentos etc.
10. A ERA MAUÁ
• Período de desenvolvimento industrial do Brasil, que teve como empresário mais
importante o Barão de Mauá, que durou aproximadamente 10 anos (1850-1860).
• Investimentos foram realizados em:
Estaleiros para a construção naval.
Indústrias siderúrgicas.
Serviço de iluminação a gás para as ruas do Rio de Janeiro.
Sistema de comunicação telegráfico submarino ligando o Brasil à Europa.
Construção de ferrovias.
12. AS LEIS ABOLICIONISTAS
• Lei Bill Aberdeen (1845): o parlamento britânico, com o objetivo de extinguir o
tráfico negreiro, cria a lei que autorizava a Marinha da Grã-Bretanha a capturar
qualquer navio que estivesse transportando escravos.
• Lei Eusébio de Queirós (1850): pressionado pela Inglaterra, o governo brasileiro
suspende definitivamente o tráfico de escravos africanos para o seu território.
Aumento do tráfico interno interprovincial.
13. O TRÁFICOS DE ESCRAVOS
Ano Nº de Escravos
1845 19.463
1846 50.354
1847 56.172
1848 60.000
1849 54.000
1850 23.000
1851 3.287
1852 700
Escravos importados da África
Holanda, S. B. de. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973. p. 44
14. AS LEIS ABOLICIONISTAS
• Lei do Ventre Livre (1871): a pressão dos abolicionistas possibilitou o início da
abolição gradual da escravidão, com o estabelecimento da liberdade aos filhos de
escravas nascidos após aquela data. O filho alforriado teria que trabalhar para o
senhor de sua mãe até completar 21 anos.
• Lei dos Sexagenários (1885): alforriava os escravos com idade superior a 65 anos.
• Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Regente Isabel, extinguia a escravidão do
território brasileiro, sem direito à indenização aos proprietários de escravos.
16. A LEI ÁUREA
"Lei 3.353 de 13 de maio de 1888 declara extinta
a escravidão no Brasil".
A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua
Majestade o Imperador, o senhor D. Pedro II faz saber a
todos os súditos do Império que a Assembleia Geral
decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:
Art 1º - É declarada extinta desde a data desta lei a
escravidão no Brasil.
Art 2º - Revogam-se as disposições em contrário.
17. A IMIGRAÇÃO EUROPEIA
• A partir de 1850, após a proibição do tráfico de escravos africanos.
• Os imigrantes vinham de diversos países, mas principalmente Itália e Alemanha,
em busca de trabalho nas fazendas de café.
• Sistema de Parceria: o fazendeiro pagava todas as despesas da viagem e as
primeiras despesas dos imigrantes na região, que teriam que trabalhar para ele
para conseguir pagar as dívidas.
• Imigração Subvencionada: o governo passou a financiar a vinda dos imigrantes para
a região, atraindo muitos europeus para o Brasil.
18. A LEI DE TERRAS (1850)
• A propriedade da terra no Brasil passa a ser reconhecida somente por meio da posse
de documento assinado por um juiz, comprovando sua obtenção pela compra.
• Essa lei dificultou muito a obtenção de terras por ex-escravos e pelos imigrantes
europeus.
• A concentração de terras no Brasil foi mantida e reforçada.
19. A GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870)
Motivos: disputas territoriais e pela
navegação nos rios da região
platina.
PARAGUAI X
TRÍPLICE
ALIANÇA:
- BRASIL
-
ARGENTINA
- URUGUAI
21. A GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870)
• CONSEQUÊNCIAS:
Problemas econômicos nos países envolvidos, que tiveram que recorrer a
empréstimos com a Inglaterra, durante e depois do conflito.
Destruição e morte de quase metade da população do Paraguai.
O Exército brasileiro, vitorioso na guerra, retornou ao Brasil querendo
poder político e defendendo um governo republicano.
22. A CRISE DA MONARQUIA
QUESTÃO
MILITAR
QUESTÃO
RELIGIOSA
QUESTÃO
ABOLICIONISTA