SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  83
GRÉCIA
das culturas heládicas à antiguidade clássica na arte e na arquitetura
Reconstituição da fachada do Parthenon, Acrópole ateniense.
http://simplexos.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
INTRODUÇÃO
A terminologia Grécia Clássica é utilizada para
descrever a civilização europeia desenvolvida no
período compreendido entre o começo da Idade das
Trevas Grego (1100 A.C) até a conquista romana
depois da Batalha de Corinto (146 A.C). Numa época
ainda mais remota, a população era conhecida
como heládica, terminologia que se refere a um
conjunto de tribos que imigraram da Península
Balcânica durante a Idade do Bronze. A procedência
destas tribos não é exata, porém alguns historiadores
atribui sua origem aos Balcãs, enquanto outros à Síria
e Mesopotâmia. Entretanto sua permanência na
península deu origem aos povos gregos mais
importantes como os Aqueus, Dórios e Jônios.
Pintura mural em Cnossos.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Knossos_frise2.JPG
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CRONOLOGIA DA GRÉCIA ANTIGA
PERÍODO HELÁDICO (Grécia pré-clássica) ANTIGUIDADE CLÁSSICA
MONARQUIA REPÚBLICA
PERÍODO MINOICO PERÍODO MICÊNICO
PERÍODO DAS TREVAS
GREGO
PERÍODO ARCAICO PERÍODO CLÁSSICO PERÍODO HELENÍSTICO
3.000 a.C. 1.600 – 1.100 a.C. 1.150 a.C. 800 a.C. 490 a.C. 334 – 30 a.C.
Grécia insular
Surgimento da civilização
em Ur na Mesopotâmia.
Grécia
Continental
Dinastia Perseida
Dinastia Átrida
Guerra de Tróia
Nascimento das pólis gregas
Florescimento na
Mesopotâmia do Império
persa
Guerras Médicas
Guerra do Peloponeso
Atenas se une as cidades
jônicas (Turquia) para formar
a liga de Delia
• Talassocracia.
• Labirinto de Cnossos
(Labirinto do rei Minos –
O Minotauro): Complexo
cerimonial de Cnossos
em Creta.
• Cidadela de Micenas
(acrópole).
• Muralhas com grandes
blocos de pedra
construídos pelos
Ciclopes (gigantes) –
derivação do nome
ciclópico.
• Portal dos leões.
• Túmulos em forma
circular (tholoi).
• Tesouro de Atreu
(túmulo de Agamenon
em forma de colmeia –
Tholos).
• Mégaron.
• Invasões dóricas.
• Início da construção da
acrópole ateniense.
• Inicio das colonizações
na Ásia menor – Sicília e
norte da África (leste do
mediterrâneo).
• Ordenamento primário
nas implantações
urbanas – embrião do
traçado urbano em
grelha.
• Surgimento dos templos
dedicado aos deuses.
• Templo de Artemisa em
Éfeso (atual Turquia).
• Templo de Hera em
Olímpia.
• Ordem dórica.
• Ilíada e Odisseia de
Homero com relatos do
período heládico.
• Domínios das cidades
jônicas pelos persas.
• 490 a.C. derrota de Dário
na batalha de Maratona.
• 480 aC. Vitória grega
(Atenas) sobre os persas
na batalha de Salamina.
• Auge de Atenas e
Esparta.
• Inicio da reconstrução da
acrópole de Athenas.
• Construção do
Parthenon (448 – 432).
• Construção do propileus
(portal de entrada de
Athenas).
• Construção do Templo
de Atena Nike em
Athenas.
• Construção do Erecteion
+ Cariátides em Athenas.
• A República de Platão
(360).
• Filipe da Macedônia
unifica toda a Grécia em
338 a.C.
• Conquistas de Alexandre
O Grande que morre aos
33 anos sem ter
conseguido consolidar o
vasto território
adquirido (333 – 323).
• Construção do Tholos e
do teatro de Epidauro
(360 – 330 a.C.).
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CRONOLOGIA DA GRÉCIA ANTIGA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CRONOLOGIA DA GRÉCIA ANTIGA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
A GRÉCIA HELÁDICA
Afresco do Palácio de Cnossos mostrando três mulheres que foram
possivelmente rainhas.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Knossos_fresco_women.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
1. Características
OS MINÓICOS
Fonte: http://ocw.unican.es/humanidades/historia-del-proximo-oriente/modulo-4/ii-fase-de-la-
civilizacion-minoica
Os primeiros habitantes de Creta remontam
a pelo menos 128.000 a.C., durante
o Paleolítico Médio. No entanto, os
primeiros sinais de práticas agrícolas não
surgiram antes de 5.000 a.C., caracterizando
então o começo da civilização. Por volta de
1.400 a.C., enfraquecidos internamente, os
minoicos foram totalmente assimilados
pelos habitantes do continente grego,
os micênicos, que repovoaram alguns dos
principais assentamentos na ilha e fizeram
com que esta prosperasse por mais alguns
séculos.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
1. Características
OS MINÓICOS
A arte minoica foi extremamente fértil e
engloba elementos adquiridos através do
contatos com povos estrangeiros, assim como
elementos autóctones. Havia produções
utilizando barro (cerâmica), pedras
semipreciosas (arte lítica) e metais. Os motivos
artísticos incorporados nestas produções,
assim como nos afrescos, valorizam cenas que
representem a natureza ou seus elementos
(animais, plantas), procissões e/ou rituais
religiosos, seres mitológicos (cultura titânica),
entre outros.
Afresco minoico chamado “os
golfinhos. Palácio de Cnossos,
Creta.
Fonte:
http://fr.123rf.com/photo_14
406260_dauphins-minoenne-
fresque-palais-de-knossos-
queens-chambre-crete-
grece.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
2. Complexo de Cnossos
OS MINÓICOS
O COMPLEXO DE CNOSSOS é o mais
importante dos palácios minóicos de Creta. Foi
construído por volta de 2.000 a.C. e destruído
em um terremoto em 1.700 a.C., após,
reconstruído e depois abandonado até ser
reutilizados pelos dórios (gregos continentais) e
romanos. Os palácios cretenses foram
inspirados nos mesopotâmicos do período de
Hamurabi (teoria contestada), pois eram
ordenados em torno de grandes pátios
retangulares. O conjunto edificado de Cnossos
ocupava uma quadra de 150 m de lado, e o
lado maior coincidia com a direção norte.
Fonte:
http://www.dinosoria.c
om/cnossos.htm
Fonte:
http://commons.wikime
dia.org/wiki/File:Knosso
s_-
_North_Lustral_Basin.jp
g
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
2. Complexo de Cnossos
OS MINÓICOS
A morfologia do traçado era marcada pela ORTOGONALIDADE que constituía uma trama
labiríntica de circulações, por isso associar o palácio a um labirinto (labirinto do rei Minos –
sacrifício do touro). Existia um mégaron aberto, que possibilitava a visualização do entorno, e que se
posicionava como um marco referencial do complexo. A COLUNA é o item que possibilitou a criação
desse espaço, e a estrutura era em DINTEL.
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/11_prerromano/c1131.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
2. Complexo de Cnossos
OS MINÓICOS
Reconstituição da planta de Cnossos.
Fonte: http://estudiante-de-historia.blogspot.com.br/2012_01_01_archive.html
SALA HIPOSTILO
NORTE
OFICINAS DE
ARTESANATO
MÉGARON DAS
RAINHAS
SALÃO DOS REIS
ESCADARIA
MONUMENTAL
ALA RESIDENCIAL
ENTRADA OESTE E
CORREDOR DAS
PROCISSÕES
SALA DO TRONO
SANTUÁRIO +
DEPÓSITO DE
OFERENDAS
DEPÓSITOS
PÁTIO
PERISTILO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS MINÓICOS
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
Passeio virtual por Cnossos.
VIDEO 1_AULA 9_Knossos Palace Reconstruction Crete 3D.wmv
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=4XJd88cTRsU
VIDEO 2_AULA 9_ udk knossos palace.wmv
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=LGsVKFld6XM
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
1. Características
OS MICÊNICOS
Micenas foi um dos maiores centros
da civilização grega e uma potência militar
que dominou a maior parte do sul da
Grécia. O período da história de cerca
de 1.600 a cerca de 1.100 a.C. é
chamado Micênico em reconhecimento à
posição de liderança da cidadela de
Micenas. Durante a Idade do Bronze, o
padrão na ocupação do espaço de Micenas
era o de um monte fortificado rodeado de
pequenos povoados rurais, em contraste
com a densa urbanização da costa.
Fonte: http://ocw.unican.es/humanidades/historia-del-proximo-oriente/modulo-4/fase-plena-de-
la-civilizacion-micenica
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
2. Cidadela de Micenas
OS MICÊNICOS
Como Micenas era a capital de um estado
que governou grande parte do mundo
mediterrânico oriental, os seus
governantes colocaram as suas fortalezas
em regiões mais remotas e menos
povoadas devido ao seu valor defensivo.
A CIDADELA DE MICENAS É UMA
ACRÓPOLE que foi cercada por uma
muralha por volta de 1.500 a.C., e que é
composta por grandes pedras assentes
sem argamassa – ALVENARIA CICLÓPICA.
Muralha ciclópica de Micenas na atualidade.
O NOME CICLÓPICO TEM ORIGEM NESTE PERÍODO. Os gregos acreditavam que esta alvenaria
impressionante era obra de gigantes, os Cíclopes; daí o adjetivo ciclópica para descrever
construções feitas com grandes pedras.
Fonte: http://thierry.jamard.over-blog.com/article-mycenes-samedi-12-mars-2011-
73710643.html
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS MICÊNICOS
2. Cidadela de Micenas
SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DE MICENAS COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
Fonte: http://www.cosmovisions.com/monuMycenes.htm
EXPANSÃO
NOROESTE
CASAS DOS
COLONOS
ATELIERS DOS
COLONOS
PALÁCIO
CÍRCULO DE
TÚMULOS
CENTRO
CULTURAL
BAIRRO
SUDOESTE
PORTAL DOS
LEÕES
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS MICÊNICOS
2. Cidadela de Micenas
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
3. Portal dos Leões
OS MICÊNICOS
A entrada principal de Micenas era o
“PORTAL DOS LEÕES”, que foi
posicionado para que os visitantes
tivessem de caminhar por uma
passagem cada vez mais estreita e
paralela à muralha. Esta estrutura em
DINTEL possui considerável valor
artístico, em que pedras verticais
sustentam um lintel de 14 toneladas
Sobre o qual existe um FALSO ARCO. O
espaço do arco foi preenchido por uma
pedra triangular com dois leões
esculpidos.
Portal dos Leões.
Fonte:
http://pcarassus.fon
d-ecran-
image.com/blog-
photo/bienvenue-
sur-nature-et-
voyages/les-
circuits/circuit-en-
grece/mycenes/
Fonte:
http://commons.wiki
media.org/wiki/File:
Mykene_Loewentor_
mit_Doerpfeld_und_
Schliemann.jpg
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
FALSO ARCO + PEDRA
TRIANGULAR DINTEL
4. O mégaron: da habitação ao templo
OS MICÊNICOS
O nome mégaron designa a parte principal (por
vezes única) das habitações da idade do bronze,
na Grécia e na Anatólia. Segundo Homero, o
nome mégaron não passa de uma grande sala,
mas na arqueologia de hoje, designa uma forma
arquitetônica própria da arquitetura micênica.
A FORMA ORIGINAL É COMPOSTA
BASICAMENTE DE UMA SALA CENTRAL EM
PLANTA RETANGULAR (plataforma horizontal ou
estilobata), COM DUAS OU QUATRO COLUNAS
QUE SUSTENTAM UM TELHADO, ONDE A PORTA
SE SITUA EM UM DOS LADOS MENORES.
Ilustração da naos de um mégaron micênico.
Fonte: http://arkyotras.wordpress.com/2011/08/07/arquitectura-griega-iiib-arquitectura-
micenica/
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS MICÊNICOS
Por volta de 4.500 a.C. a planta das
habitações assume forma retangular, com
uma antessala e um vestíbulo, através da qual
se acessava até uma grande sala com lareira e
um altar. As habitações orientavam suas
entradas para o sul (fachada norte no
hemisfério sul), e com o tempo, uma varanda
sustentada por troncos de madeira foi
acrescentada. No inicio as paredes ainda
eram feitas de taipa ou adobe e a
COBERTURA com troncos, lama e palmeiras,
mas esta COMEÇA A GANHAR INCLINAÇÕES
MAIS ACENTUADA EM DUAS OU QUATRO
ÁGUAS.
Ilustração das habitações gregas do período heládico.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/11_prerromano/c1131.htm
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
4. O mégaron: da habitação ao templo
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
VARANDA
ANTESSALA
GRANDE SALA
LAREIRA
(fogueira central da
cabana pré-histórica)
ÁGUA DO
TELHADO
ALPENDRE
OS MICÊNICOS
Já por volta de 3.000 a.C., em Sesclo e
Diminii, foram anexos muros de
alvenaria conformando pátios para a
proteção do gado. Começa assim a se
desenhar a vida em comunidade de
pequenos povoados. Em todos os
casos, A CONFIGURAÇÃO DA CASA
PARTIA DO MÉGARON, E OS MUROS
ACRESCIDOS PASSAM A CONFORMAR
RUAS E SERVIDÕES. Foi em Troia que o
mégaron tomou maiores proporções e
assume também a função de templo.
Ruínas de uma habitação micênica.
Fonte: http://artsweb.bham.ac.uk/aha/kaw/mycenae/HWV.htm
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
4. O mégaron: da habitação ao templo
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS MICÊNICOS
Na forma micênica do templo, a sala
central é denominada NAOS ou cela,
onde se insere um altar para uma
estátua sagrada e uma lareira. Na
frente da sala denominada naos, por
vezes existe uma varanda denominada
PRONAOS quando tinha o teto
apoiado em colunas, ou ANTA quando
o teto era apoiado no prolongamento
das paredes da naos.
Planta baixa e perfil de um mégaron micênico.
Fonte: http://arkyotras.wordpress.com/2011/08/07/arquitectura-griega-iiib-
arquitectura-micenica/
ANTA
EXAUSTÃO
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
4. O mégaron: da habitação ao templo
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
PRONAOS NAOS
OS MICÊNICOS
Mantendo o equilíbrio de composição da forma, por vezes era frequente construir no lado oposto
ao pronaos uma sala fechada denominada OPISTODOMOS (SIMETRIA), geralmente sem
comunicação com a cela e somente com o exterior. A função desta sala era guardar os tesouros do
santuário.
Planta baixa das variantes do mégaron.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Megaron.JPG/
1 – NAOS OU CELA; 2 – ANTA; 3 – PRONAOS; 4 – ADITON OU ABATON; 5 – OPISTODOMOS.
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
4. O mégaron: da habitação ao templo
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
OS MICÊNICOS
O Mégaron de Tirinto.
Fonte: http://lakodaemon.co.uk/the-
wandering-tribes-of-the-aegean/
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
4. O mégaron: da habitação ao templo
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
ANTA
PRONAOS
NAOS
EXAUSTÃO
5. O Tholoi ou Tholos
OS MICÊNICOS
O THOLOI é um túmulo micênico em forma circular, e o maior
encontrado, foi denominado THOLOS, ou túmulo em forma de
colmeia, comumente chamado de “TESOURO DE ATREU” ou
“TUMBA DE AGAMENÃO” (ap. 1.330 a.C.).
O Tesouro de Atreu é a tumba abobadada mais monumental que
se conhece na Grécia. A princípio é atribuído a Atreu, o pai do
grande rei Agamenão, que comandou os aqueus contra Troia.
ESTA TUMBA PERTENCE À ARTE CRETO-MICÊNICA, e segue o
modelo e o método construtivo de alvenaria de pedra,
difundido por todo o Mediterrâneo, de tumba precedida por um
corredor desde o neolítico.
Interior do Tesouro de Atreu.
Fonte: http://arkyotras.wordpress.com/2011/08/07/arquitectura-griega-iiib-arquitectura-micenica/
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
5. O Tholoi ou Tholos
OS MICÊNICOS
Os complexos
megalíticos de
“Knowth” na
Irlanda (3.200 a.C.)
e a “Cueva de la
Viera” em Málaga
(2.400 a.C.)
expressam a
tradição da
construção
funerária de
“tumbas de
corredor”
difundida por toda
a Europa desde o
neolítico,
interpretadas
como cavernas
totêmicas. O
método usado no
“Tesouro de
Atreu” foi o
mesmo da pré-
história.
Fonte:
http://arkyotras.wor
dpress.com/2011/08
/07/arquitectura-
griega-iiib-
arquitectura-
micenica/
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
COMPLEXOS MEGALÍTICOS NA IRLANDA (3.200 a.C.)
A “CUEVA DE LA VIERA” EM MÁLAGA (2.400 a.C.)
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
5. O Tholoi ou Tholos
OS MICÊNICOS
Planta baixa e cortes do
Tesouro de Atreu,
Micenas. Detalhe do
dromos.
Fonte:
http://arkyotras.wordpres
s.com/2011/08/07/arquite
ctura-griega-iiib-
arquitectura-micenica/
Construtivamente trata-se de uma câmara
de alvenaria de pedra em forma de
abóbada pontiaguda que se eleva por 13,4
m em 33 fiadas de pedra, a partir de uma
planta circular com 14,6 m de diâmetro. A
estrutura formal é exemplar de uma “falsa
abóbada” ou “abóbada de avanço”, e
obtém-se mediante fiadas concêntricas
de silhares que vão reduzindo o espaço,
pelo qual as suas pressões são verticais e
não oblíquas, como numa
verdadeira abóbada. O acesso é feito
através de um dromos.
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
THOLOI DROMOS
OS MICÊNICOS
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA
Passeio virtual por Micenas.
VIDEO 3_AULA 9_ A Civilização Micênica.wmv
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=b9xAw_ymvRg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
A GRÉCIA CLÁSSICA
Afresco na Tumba de Kalanzak, Bulgária.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Kazanlak-tomb-fresco-2-2.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA GREGA PARA A ARQUITETURA
Mapa dos territórios ocupados pela Grécia de Alexandre o Grande até o século III a.C.
Fonte: http://elblogdemaverickbernal.blogspot.com.br/2013/08/unidad-4-del-siglo-de-oro-ateniense-al.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA GREGA PARA A ARQUITETURA
1. Delimitar a ARQUITETURA como um
CAMPO CIENTÍFICO INDEPENDENTE
das outras artes, ou seja, ela passa a
ser um problema específico baseado
na lógica, diferentemente do que
ocorreu no Egito ou na mesopotâmia,
em que a arquitetura era uma função
administrativa baseada na mitologia
(religião).
2. Considerar O HOMEM COMO A
MEDIDA DE TODAS AS COISAS, ou
seja, o antropomorfismo (escala
humana).
Fonte:
http://www.colegiodante.com.br/escola/webquest/fund_ii/sistemasemedidas/ohomem.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA
1. O homem como centro e medida do universo
O ANTROPOMORFISMO E A ESCALA HUMANA
“o homem é a medida de todas as coisas; daquelas que são enquanto são e daquelas que não são enquanto não
são” (Parmênides, século V a.C.).
Se o homem é a medida de todas as coisas, A ESCALA HUMANA determinará a PROPORÇÃO ou o
CÂNONE DE BELEZA.
ESQUEMAS ANTROPOCÊNTRICOS – ESCALA HUMANA
Leonardo da Vinci (1490). Ernest Neufert (1936). Le Corbusier (1945).
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA
MODULAÇÃO E PROPORÇÃO
A partir do entendimento que o HOMEM É A
MEDIDA de todas as coisas, os gregos estabelecem
que AS PARTES (OS MÓDULOS) DEVEM SE
RELACIONAR dialogicamente COM O TODO (A
ARQUITETURA).
A ideia de módulo foge da concepção abstrata de
medida, e pode estar relacionado as dimensões
humanas ou não, com isso, os gregos criaram
módulos baseados nas medidas do corpo (unidade
tipo).
• MODULAÇÃO: relação das partes a partir
de uma unidade tipo (O MÚDULO).
• PROPORÇÃO: relação das partes entre si e
com a totalidade.
A modulação pela repetição das colunas, e a proporção 9/4 entre a fachada
e a planta do templo.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/construccion/construccion/Fotos/Grecia/Greci
a52.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA
1. Tipos de proporções na arquitetura grega clássica
MODULAÇÃO E PROPORÇÃO
As ordens clássicas.
Fonte: http://sobrearquitetur.blogspot.com.br/2012/09/o-que-sao-as-ordens-gregas.html
Proporções estáticas: as ordens clássicas.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA
1. Tipos de proporções na arquitetura grega clássica
MODULAÇÃO E PROPORÇÃO
Proporções dinâmicas: combinação entre módulos.
O Parthenon e a modulação em relação a escala humana.
Fonte: http://likovna-kultura.ufzg.unizg.hr/proporcije.htm
A busca pelas proporções
perfeitas levou artistas da Grécia
antiga para o estabelecimento
de CÂNONE OU MÓDULOS, a
medida básica de regras de
representação proporcional para
a medida ideal do corpo humano.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA
1. Tipos de proporções na arquitetura grega clássica
MODULAÇÃO E PROPORÇÃO
A arquitetura grega é fundamentada
nos seguintes princípios compositivos
da forma: ESCALA, MODULAÇÃO E
PROPORÇÃO. A proporção áurea
construída com o número de ouro PHI
(ɸ) = 1,6180 é a razão numérica que a
percepção humano tem como
preferência cognitiva, por conter a
proporcionalidade que origina
qualquer forma ou movimento no
universo. Fonte: http://mjcoffeeholick.tumblr.com/post/1351703123/fibonacci-e-secao-aurea
Proporções harmônicas: traçados reguladores.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA
1. Tipos de proporções na arquitetura grega clássica
MODULAÇÃO E PROPORÇÃO
Fonte:
http://www.creativebloq.com/design/designers-
guide-golden-ratio-12121546
Proporções harmônicas: traçados reguladores.
Uma espiral Fibonacci pode ser
criada desenhando quartos de
círculo ao longo de uma série de
quadrados de Fibonacci. A relação
dos lados dos quadrados é de
8:13, que são dois números
consecutivos na sequência.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
ORDEM E LINGUAGEM
O CONCEITO DE ORDEM
um SISTEMA ESTRUTURAL que ORGANIZA ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS.
ORDEM
REGRAS OBJETIVAS que dispõe de maneira regular e perfeita as partes (escala e
módulos), QUE CONCORREM PARA A COMPOSIÇÃO DE UM CONJUNTO BELO
(proporções estáticas).
um CONCEITO de CATEGORIA, de UNIDADE, de RAZÃO e PROPORÇÃO.
um INSTRUMENTO REGULADOR da ARQUITETURA.
um CONJUNTO de REGRAS, um SISTEMA de CONTROLE que gera uma LINGUAGEM.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
ORDEM E LINGUAGEM
1. A ordem como instrumento de controle
O CONCEITO DE ORDEM
AS ORDENS COMO LINGUAGEM SÃO REGRAS
IDEAIS, por isso, um instrumento de controle indireto na
produção da arquitetura, mas que guarda uma margem de
liberdade para se adaptar a cada caso particular. Não são
formas materiais ou sensíveis, mas regras pautadas nos
ideais (cânones) de beleza, que oferece aos profissionais e ao
público um ponto de referência através do conhecimento de
certas regras e proporções; ou seja, TEM A TENDÊNCIA A SE
CONVERTER EM LINGUAGEM (PEREIRA, 2010, pp.52-53).
Ordens = Linguagem comunicativa.
Fonte: http://sdw-one.com/index.php/helistico
ORDEM = REGRA GERAL
≠
ORDENS = REGRAS PARTICULARES ADAPTADAS DA ORDEM
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
ORDEM E LINGUAGEM
1. A ordem como instrumento de controle
O CONCEITO DE ORDEM
A ORDEM INSTRUMENTO DE CONTROLE (CÂNONE DE BELEZA)
transpassa para ORDEM INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO
(LINGUAGEM) a partir da compreensão do sistema estrutural
construtivo como elemento fundamental e eminentemente
arquitetônico.
“Nas origens da linguagem clássica, (...) quando um elemento não é
necessário construtivamente, não se utiliza. Porém, em períodos
posteriores, e como uma evolução da linguagem sem fundamento
construtivo, aparecerão arquitraves falsas (...), e muitas outras
interpretações das ordens meramente linguísticas” (PEREIRA, 2010, p.56).
SISTEMA CONSTRUTIVO COM ASPECTOS LINGUÍSTICOS =
ORDENS CLÁSSICAS
≠
SISTEMA LINGUÍSTICO COM ASPECTOS CONSTRUTIVOS =
INTERPRETAÇÕES LINGUÍSTICAS DAS ORDENS CLÁSSICAS
O Capitólio dos Estados Unidos edifício neoclássico (1792
– 1935) é exemplo da reinterpretação da ordem clássica
grega, ao se apropriar desta como linguagem
arquitetônica.
Fonte: ttp://commons.wikimedia.org/wiki/File:Paris-
Pantheon-Facade.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS ORDENS CLÁSSICAS
A ORDEM DÓRICA
A ORDEM DÓRICA é pautada pela
simplicidade e harmonia do conjunto.
TODOS OS ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS
EXISTENTES SÃO NECESSÁRIOS e as linhas
firmes e equilibradas são o cerne desta
ordem.
É a mais antiga e, juntamente com a jônica,
a mais importante das ordens. Partimos do
pressuposto que os Dórios (povos
continentais) construíam seus templos em
madeira, e com o passar do tempo, e por
todas as transformações e evolução
ocorridas no período arcaico, passaram a
fazê-lo em pedra.
O Templo da Concórdia na Sicília, Itália, foi construído no período clássico. Não se sabe
a que divindade ele foi dedicado, e o nome "Concórdia" vem de uma inscrição latina
encontrada nas vizinhanças. Os detalhes arquitetônicos do templo são também um
exemplo típico do refinamento dos antigos arquitetos, que construíram as colunas de
acordo com a técnica da correção ótica: são mais finas no topo, para parecerem mais
altas, têm entasis, uma levíssima curvatura convexa até 2/3 da altura, que se
contrapõe à ilusão de concavidade, quando se vê à distância.
Fonte: http://greciantiga.org/img/index.asp?num=0022
TEMPLO DÓRICO
HEXASTILO PERÍPTERO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS ORDENS CLÁSSICAS
A ORDEM DÓRICA
A evolução do capitel dórico.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/Gre
cia/Grecia58.jpg
Templo dórico de Hefesto (449 a.C.). A ordem era baseada no
diâmetro de uma coluna, com outros elementos derivando dessa
medida. As colunas, normalmente seis, dispostas
transversalmente à frente e aos fundos dos templos, eram de 4 a
6 vezes mais altas do que o diâmetro do fuste.
Fonte: http://gutoarqdesigner.blogspot.com.br/p/historia-da-
arquitetura.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS ORDENS CLÁSSICAS
A ORDEM DÓRICA
Fonte: http://arquiteturaclassica.blogspot.com.br/2013/04/a-ordem-dorica.html
FRONTÃO
ENTABLAMENTO
COLUNA
ESTEREÓBATO
CORNIJA
ARQUITRAVE
CAPITEL
FUSTE
ESTILÓBATO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS ORDENS CLÁSSICAS
A ORDEM JÔNICA
Segundo Vitrúvio, sua origem parte da
vontade de encontrar um novo estilo para
construir um templo dedicado a Deusa Diana.
Querendo mostrar a delicadeza de uma
mulher, projetaram uma coluna bem mais
esguia fazendo com que sua medida
correspondesse a oito vezes o diâmetro do
fuste. Para que ficasse ainda mais alta, foi
colocada uma base representando os sapatos.
As volutas eram os caracóis dos cabelos e as
caneluras do fuste, os drapeados das vestes.
Desta forma, representava-se o ornato e boa
proporção feminina.
O Templo de Athena Nike foi erguido no séc. V a.C.
na Acrópole de Athenas, em honra a deusa da
vitória, Athenas Vitoriosa (Niké significa
literalmente vitória em grego antigo). O templo
expressa a Ordem Jônica Tetrastilo Anfiprostilo. Seu
arquiteto foi Callicratès.
Fonte:
http://contosimpossveis.blogspot.com.br/2012/07/
arte-da-grecia-antiga.html
TEMPLO JÔNICO
TETRASTILO
ANFIPROSTILO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS ORDENS CLÁSSICAS
A ORDEM JÔNICA
Voltando especificamente a ordem Jônica, e
deixando um pouco de lado a abordagem de
Vitrúvio, temos uma ordem estabelecida no sentido
Oriente-Ocidente. Há teorias que apoiam a
hipótese de que esta ordem tenha se originado das
colunas egípcias de flor de lótus. Embora pareça
haver semelhança, nada foi comprovado. O que
podemos afirmar é que a presença de traços
orientais é muito forte, tanto na coluna mais esguia
e delicada, como no entablamento bem mais
ornamentado. Os jônios, povos que habitavam as
Ilhas Egeias e colônias na Ásia Menor viram os
primeiros exemplares desta ordem e acabaram por
nomeá-la.
Variações do capitel jônico.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estruct
uras/construccion/Fotos/Grecia/Gre
cia61.jpg
Detalhe do capitel jônico do
Erecteion.
Fonte:
http://dc304.4shared.com/doc/JVq
xLJtR/preview.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS ORDENS CLÁSSICAS
A ORDEM JÔNICA
Fonte: http://arquiteturaclassica.blogspot.com.br/2013/04/a-ordem-jonica.html
FRONTÃO
ENTABLAMENTO
COLUNA
ESTEREÓBATO
CORNIJA
ARQUITRAVE
COM 3 FAIXAS
CAPITEL
FUSTE
ESTILÓBATA
BASE
FRISO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS ORDENS CLÁSSICAS
A ORDEM CORÍNTIA
A ordem coríntia se estabeleceu de forma bem
diferente das anteriores, dórica e jônica (aconteceu
no período helênico). O capitel coríntio nasceu do
intelecto grego, e seu criador foi Calímaco. Segundo
Vitrúvio, a inspiração veio de uma cesta de
oferendas sobre o túmulo de uma jovem. As folhas
do acanto (planta comum na região) cresciam em
torno da cesta e pendiam em espirais, contornado a
pedra retangular que a lacrava. Vitrúvio também faz
referência a esta ordem como uma representação
da beleza virginal, pelas formas graciosas e adornos.
O Templo de Zeus situado na Acrópole de
Athenas é denominado de “Olympieion” e foi
construído no século V a.C.. O templo não foi
concluído, mas foi projetado para representar a
ordem coríntia em uma composição octastilo
em díptero.
Fonte 1:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Attica_
06-13_Athens_25_Olympian_Zeus_Temple.jpg
Fonte 2: http://www.vitruvius.be/boek3h2.htm
TEMPLO CORÍNTIO OCTASTILO DÍPTERO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS ORDENS CLÁSSICAS
A ORDEM CORÍNTIA
Por ser mais alto, sugeria fustes mais
esguios, redimensionando a ordem jônica.
Enquanto da dominação grega, a ordem
coríntia foi pouco explorada, sendo tratada
como uma derivação da ordem jônica
plenamente em ascensão.
FORAM OS ROMANOS QUE REALMENTE A
ESTABELECERAM COM ORDEM. O principal
ponto de identificação desta ordem se faz
pelo capitel com folhas de acanto. Deve-se
tomar cuidado para não confundi-la com a
ordem compósita.
Templo de Artêmis em Jerash, Jordânia. Capitel coríntio detalhe.
Fonte: http://es.123rf.com/photo_2643240_templo-de-artemis-en-jerash-jordania-capitel-
corintio-detalle.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS ORDENS CLÁSSICAS
A ORDEM CORÍNTIA
Fonte: http://arquiteturaclassica.blogspot.com.br/2013/04/a-ordem-corintia.html
ORDEM CORÍNTIA ESTABELECIDA
PELOS ROMANOS
ORDEM CORÍNTIA COMO
VARIAÇÃO DA ORDEM JÔNICA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
1. O templo grego
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
O TEMPLO GREGO É A
EVOLUÇÃO DO MÉGARON
MICÊNICO, E NASCE POR VOLTE
DO SÉCULO VII A.C.
O templo era originalmente
muito simples e podia ser
rodeado total ou parcialmente
por colunas, cujo número e
disposição conferem aos
templos clássicos nomes
específicos. Desenhos em gravuras das ruínas dos antigos monumentos da Grécia. Autoria de Julien Le Roy (1758). Fonte
original: www.gallica.bnf.fr (Biblioteca Nacional da França).Fonte:
http://environnement.ecole.free.fr/images%202bg/dessins%20gravures%20monuments%20grece%20antique.h
tm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
1. O templo grego
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Fonte:
http://www.crystalinks.com/greekarchitecture.html
A. Distilo in anta (duas colunas entre paredes)
A B
B. Anfidistilo in anta
C
C. Tholos
D
D. Prostilo Tetrastilo
E
E. Anfiprostilo Tetrastilo
I. Pseudodiptero
IF
F. Dípteros Octastilo
G
G. Períptero Hexastilo
H
H. Pseudoperíptero
anfi- (significa de ambos os lados); peri- (significa em volta de, ao redor); hipo- (de hupo significa
diminuição ou de baixo); hipo- (de hippos significa cavalo); períptero (de peripatetizar significar lugar
para passear. Deambulatório de Deambular); -stilo (coluna); pro- (posição em frente); -dromo (de
dromos, significa caminho, avenida, pista de corrida, sentido de andamento).
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
1. O templo grego
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
INTERCOLÚNIO OU ENTRECOLÚNIO marca o ritmo do
edifício, e é a distância entre duas colunas contiguas,
geralmente medidas em módulo ou diâmetros da coluna (d):
picnostilo (1,5 d); sistilo (2 d); eustilo (2,5 d); diastilo (3 d);
ou, aerostilo (4 d).
PERISTILO OU DEAMBULATÓRIO (local para andar), é o
espaço entre a parede e as colunas, e é o um espaço
relativamente amplo que equilibra a falta de espaço interno
do templo.
ESTILOBATA é o elemento horizontal onde se assentava o
templo, ocorria geralmente sobreposições de estilobatas
que configuravam escadaria.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
A questão da simetria entre as linhas horizontais e verticais
era fundamental na concepção arquitetônica grega. Os prédios
assentados sobre o estilobata apresentavam visualmente uma
deformação dada pela visão cônica humana.
Por isso, com o tempo, todo o conjunto do templo conformado
pelas verticais e horizontais, passa a ser ligeiramente curvado, o
intercolúnios nas extremidades passam a ser menores, e o fuste
da coluna se torna mais grosso na base. Tudo isso tem a única
finalidade de correção ótica, para garantir que o olho humano
captasse a edificação como um conjunto perfeito de linhas
horizontais e verticais.
1. O templo grego
Entasis: a correção ótica.
Entasis nas colunas.
Fonte: http://encyclopedia2.thefreedictionary.com/Entasis
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
1. O templo grego
Entasis: a correção ótica.
Correção ótica do Parthenon.
Fonte: http://www.fuenterrebollo.com/Heraldica-Piedra/atenas.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
1. O templo grego
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
O Parthenon, paradigma da arquitetura grega.
O Parthenon é tido como o modelo perfeito
da arquitetura grega, que se desenvolveu no
período arcaico, e se situa no cume da
acrópole ateniense. Projeto dos arquitetos
Ictinos e Calícrates (447-438 a.C.), por
iniciativa de Péricles.
Formalmente é uma caixa dupla da ordem
dórica: a caixa interna é hexastilo
anfiprostilo, e a externa é octastilo peristilo
que repousa sobre um estilobata de 60 x 30
metros. Planta e perfil do Parthenon.
Fonte: http://obviousmag.org/archives/2006/08/perfeicao_divin_1.html
HEXASTILO
ANFIPROSTILO
OCTASTILO
PERISTILO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
1. O templo grego
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
O Parthenon, paradigma da arquitetura grega.
Pode-se dizer que o templo possui um
pronaos com duas fileiras de colunas,
uma naos que guardava a estátua da
deusa Atenas Parthenos revestida em
marfim e ouro (arte criselefantina) e
esculpida por Fídias, e estava protegida
por um teto sustentado por colunas, um
resquício do mégaron micênico. O templo
possui ainda um grande opistodomos que
guardava os tesouros da deusa e o público.
Athena Varvakeion, cópia muito reduzida da Athena Parthenos de Fídias, século III
a.C. Museu Arqueológico Nacional de Atenas. Plínio descreveu Athena
Parthenos como tendo cerca de 12 metros de altura.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Athena_Varvakeion_-_MANA_-
_Fidias.jpg
Fonte: http://www.ancient.eu.com/image/944/
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
1. O templo grego
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
O ERECTEION, ou “Templo de Erecteo” (421 – 406 a.C.)
é um templo grego erguido ao norte da acrópolis de
Atenas em honra à divida Atenas, Poseidon-Erecteo. De
ordem jonica, é atribuído ao arquiteto Filocles e é feito
em mármore pentélico. A planta irregular na encosta
do terreno consta de três póticos, e o mais
representativo artisticamente, é a tribuna das
“CARIÁTIDES”, que indicava o túmulo do mítico rei
Cécrope. A pronaos dedicada à deusa Atenas é
hexaestilo e volta-se para o leste, e o outro consagrado a
Poseidon-Erecteo está orientado para o oeste e se
ascenbde atraves de um vestibulo com quatro colunas
de frente e uma de cada lado.
Fonte:
http://som
brasdetinta.
blogspot.co
m.br/2012/
04/la-
acropolis-
iv-el-
erecteion.h
tml
Branco uniforme, com um leve amarelado que o faz
brilhar num tom dourado à luz do sol. A antiga
pedreira é protegida por lei do governo grego e
usada exclusivamente para obter material para o
projeto de restauração da Acrópole.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
1. O templo grego
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Em arquitetura a CARIÁTIDE é uma estátua
feminina que sustenta um entablamento
sobre a cabeça. A variante, ou seja, a estátua
masculina que cumpre a mesma função é
dita ATLANTE.
Os atlantes que sustentam o pórtico do Novo Hermitage do Museu Hermitage de São
Petersburgo na Rússia, e foram esculpidos em granito por Alexandre Terebeniov.
Fonte:
http://jpadalbera.free.fr/petersbourg/quartier_ermitage/pages/atlantes_nouvel_ermita
ge.htm
As Cariátides da
“Vila Adriana” em
Roma (II século
d.C.).
Fonte:
http://commons.wi
kimedia.org/wiki/Fil
e:Tivoli-
villaadriana03.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
Passeio virtual pelo Partenon.
VIDEO 4_AULA 9_Péricles e o Partenon.wmv
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=xD9lIMPA0wU
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
1. O templo grego
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Por volta do ano 1.500 a.C. A
CASA ENCONTROU SUA FORMA
URBANA, ou seja, ALINHAM
SUAS DIVISAS E FACHADAS
CONSOLIDANDO AS RUAS E
SERVIDÕES. As plantas se
desenvolvem em dois pisos, e o
pavimento térreo fica destinado
às atividades mais públicas e o
segundo para as privadas. Em
matéria de construção, passaram
da taipa para os adobes.
Fachada típica da casa grega por volta de
1.500 a.C., com aberturas para janelas, dois
pavimentos e teto plano.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/cons
truccion/1_historia/11_prerromano/c1131.ht
m
2. Os espaços privados
Habitações gregas.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Com a invasão dos dórios em 1.100 a.C. a
cultura heládica sofre um período de 500 anos
de retrocesso, e somente após 900 a.C. a
questão da habitação volta a tona. Porém a
planta assume a proporção de 3,5 x 5,0
m², e a base passa a ser de alvenaria de
pedra.
Ilustração de casa urbana grega por volta de 900 a.C. com alicerce em pedra e
paredes em adobe.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/11_prerromano/
c1131.htm
2. Os espaços privados
Habitações gregas.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Por volta do ano 200 a.C., pode-se dizer que
as casas erguidas nas modernas cidades e
inspiradas nas mesmas levantas em Ur na
Mesopotâmia 2.000 anos antes, tornam-se a
HABITAÇÃO TIPO. Nela se inspiraria mais
tarde a habitação romana. A CASA grega se
desenvolve AO REDOR DE UM PÁTIO
quadrado ou ligeiramente retangular,
circundado por colunas (PÁTIO PERISTILO).
Ilustração de casa urbana grega por volta de 300 a.C. com pátio em peristilo em
Priene (releitura da casa-pátio da Mesopotâmia).
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/11_prerroma
no/c1131.htm
PÁTIO PERISTILO
2. Os espaços privados
Habitações gregas.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
2. Os espaços privados
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
A superfície construída final da casa
podia atingir entre 200 e 400 m². Em
alguns casos, os muros externos eram
feitos de pedra. Também foi muito
frequente a decoração mural no
interior das casas desde o período
minoico, com clara influencia egípcia,
em que predominavam as cores com
tons avermelhados, o negro, ressaltado
pelo branco e outros tons claros.
Habitações gregas.
Afresco Primavera proveniente de Acrotiri, Santorini, 1.600-1.500 a.C. que é composto por
andorinhas com suas cabeças inclinadas e alguns até mesmo representado no ar como se
estivesse em voo.
Fonte: http://culturedart.blogspot.com.br/2010_10_01_archive.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
2. Os espaços privados
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
A maioria das casas possuía
LATRINAS SIMPLES, desprovidas
de portas, as águas servidas
afluíam para um escoadouro de
pedra mais abaixo, a água potável
dependia das chuvas, que eram
coletadas em CISTERNAS ABAIXO
DO PÁTIO. O espaço urbano era
setorizado segundo as funções das
edificações.
Habitações gregas.
[1] Esquema de implantação em relação as ruas de uma habitação grega antiga.
[2] Perfil de setorização do espaço urbano.
Fonte: http://html.rincondelvago.com/atenas.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
3. Os espaços públicos
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Cadeira do Teatro de Dionísio esculpida em pedra.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ehrentribuene_Dionysostheater_Athen.jpg
A VIDA PÚBLICA era polarizada entre as ATIVIDADES
CULTURAIS E ESPORTIVAS. A primeira tratava da ciência e
da filosofia, onde a política era uma consequência. As
construções podiam ser de duas formas: com âmbito as
atividades ao ar livre ou em recintos fechados. O uso de
ambos os espaços era democrático.
• CONSTRUÇÕES AO AR LIVRE: teatro, estádio, ginásio -
palestra.
• CONSTRUÇÕES EM RECINTOS FECHADOS: casa de
cultura ou biblioteca, senado, hospital.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Este nome reaparece na Grécia Antiga para
designar a cúpula que cobria a sala de jantar
dos Prítanes (representante das tribos no
conselho dos Quinhentos, na antiga Grécia).
Esta forma remonta os templos circulares
da pré-história, e os gregos designavam pelo
mesmo termo uma edificação redonda em
Epidauro, e por extensão é usado para
designar QUALQUER EDIFÍCIO CIRCULAR A
PARTIR DO PERÍODO ROMANO. A função
exata que exerciam na Grécia antiga é
desconhecida.
O PHILIPPÉION foi erguido sob as ordens de Felipe II da Macedônia após a vitória na
batalha de Queroneia (338 a.C). O edifício abrigava as estátuas criselefantinas (escultura
com camadas feitas de marfim e vestes de madeira ornamentada com ouro batido, ou
qualquer obra ou objeto de arte feito de ouro e marfim), atribuídas ao escultor Leocares,
de Felipe, sua esposa Olímpias, de seu pai Amintas III, de sua mãe Eurídice e de seu filho
Alexandre O Grande.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Olympie_-_Philipp%C3%A9ion.jpg
Tholos.
3. Os espaços públicos
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Ilustração do Tholos de
Epidauro.
Fonte:
http://www.cercle-
sequana.fr/index.php?p
ost/le-cercle
O THOLOS DE EPIDAURO foi construído no século VI a.C. pelo arquiteto Policrate O Jovem. A
construção é reconhecida por suas magnificas colunas coríntias.
O THOLOS DE
DELFOS é datado de
370 -360 a.C. e foi
atribuído ao arquiteto
Théodoros de Phocée, e
é constituído por uma
naos cercada por uma
colunata dórica.
Foto do Tholos de
Delfos na atualidade.
Fonte:
http://commons.wikime
dia.org/wiki/File:Greece
_Delphi_Tholos.jpg
Tholos.
3. Os espaços públicos
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
O TEATRO NA GRÉCIA ANTIGA teve suas
origens ligadas a Dionísio, e durante as
celebrações, que duravam seis dias, em
honra ao deus, em meio a procissões e com
o auxílio de fantasias e máscaras, eram
entoados cantos líricos, que mais tarde
evoluíram para a forma de representação
plenamente cênica como a que hoje
conhecemos através de peças consagradas.
Seu florescimento ocorreu entre 550
a.C. e 220 a.C., sendo cultivado em especial
em Atenas.
Reconstituição do teatro de Dionísio em Atenas.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:DionysiusTheater.jpg
Teatros.
3. Os espaços públicos
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Os prédios teatrais gregos eram
construções ao ar livre,
formadas em ENCOSTAS para
FACILITAR O ESCALONAMENTO
das arquibancadas e aproveitar
a ACÚSTICA DO VALE. Eles eram
formados, basicamente, da seguinte
estrutura: arquibancada, orquestra,
thumelê (pedra fincada no meio da
orquestra para oferendas ao deus
Dionísio), proscênio e palco.
Partes do teatro grego: A. "Koilon”; 1: Arquibancadase cadeiras; 2: Kerkis; 3: Diazoma; 4: Escadas; B-5: Cena; 6.
Proscênio; 7. Colunata da cena; C: Orquestra; 8. Coro; 9. Párodos.
Fonte: http://www.guiadegrecia.com/general/teatro.html
Teatros.
3. Os espaços públicos
ORQUESTRA onde
ocorria a maior parte
da ação.
TEATRON onde a
audiência se sentava.
SKENE usado como
camarim e pano de
fundo.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Teatros.
3. Os espaços públicos
A PLANTA DO TEATRO estava disposta em UM SEMICÍRCULO que poderia alojar até 20.000 pessoas
sentadas, e que acessavam o recinto através de dois pórticos atrás do cenário. Os exemplos mais
notáveis de teatro grego são os de Pérgamo, Argos, Atenas e Epidauro. O TEATRO EVOLUIU PARA
O ODEON que conservou sua planta semicircular, porém COM DIMENSÕES MENORES
PARA COMPORTAR UMA COBERTURA.
Ruínas do Teatro de Epidauro.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:TeatroEpidauro.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Palestra.
3. Os espaços públicos
A PALESTRA ERA UM CENTRO ESPORTIVO, CULTURAL E SOCIAL composto por alojamentos ao redor
de um grande pátio peristilo, no qual os atletas profissionais praticavam a luta livre ou boxe. Vitrúvio
definia como palestra esta edificação quando dispunha de biblioteca e sala de reuniões para filósofos e
cientistas (ORIGEM DA ESCOLA). O espaço funcionava independente e como uma parte do ginásio
público (existia independente do ginásio, mas todo ginásio possuía uma palestra).
Vista da palestra de Pompéia a partir do alto do muro do estádio (detalhe da piscina ao centro).
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Palestra,_Pompeii.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professoras: Glauci Coelho e Isabela Bacellar
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Palestra.
3. Os espaços públicos
As partes que compunham uma
palestra eram: o apodyterium ou
VESTIÁRIO; o konisterion ou SALA
COBERTA PARA REUNIÃO DOS
JOGADORES; o korykeion ou SALA DE
LUTA; o loutron ou SALA DE BANHO; e,
o eleotosio ou SALA DE MASSAGENS.
Planta na rês do solo da palestra de Olímpia. 1. entrada; 2. pátio
peristilo; 3. área de exercício (gym); 4. pórtico sul; 5. sala de exercícios;
6. sala de aula; 7. quarto dos jovens; 8. sanitários; 9. sala de estar; 10.
depósito de equipamentos.
Fonte: http://www.encyclopedie-universelle.com/images/cloitre-grece-
Olympie-palestre-plan.jpg
PÁTIO PERISTILO
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
STOA é o termo grego para
VARANDA . Originalmente
um lugar de encontro da
vida pública grega e
comércio, protegido das
intempéries e que
conformava a ágora. No
período clássico, a stoa tinha
apenas uma nave, então, a
partir do período helenístico,
foram construídos espaços
com até dois pavimentos.
DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
Stoa.
3. Os espaços públicos
Planta e perfil da Stoa de Átalos em Atenas com dois
pavimentos. Pode-se dizer que foi o primeiro espaço
de comercio com as características dos atuais
shoppings centers.
Fonte:
http://www.studyblue.com/notes/note/n/sp1c/dec
k/2202429
Imagem atual da Stoa de
Átalos que foi reconstruída
entre 1953 – 1956 pela
Escola Americana de
Arqueologia.
Fonte:
http://employees.oneonta.e
du/farberas/arth/ARTH209/H
ellenistic.html
GALERIA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
1. A acrópole
DO EDIFÍCIO AO CONJUNTO
ERECTEION
ESTÁTUA DE
ATENA
PARTENON
TEMPLO DE
ATENA NIKÉ
PROPILEU
(PÓRTICO DE
ACESSO)
Reconstituição da
Acrópole de Atenas
no período clássico.
Fonte:
http://www.guiageo-
grecia.com/acropolis.
htm
A acrópole é por definição o recinto murado de uma cidade grega, que se constituía na zona mais
elevada e onde se encontravam os templos e os edifícios públicos mais importantes. Destaque
para ATENAS na Grécia e PÉRGAMO na Turquia.
ACRÓPOLE = CENTRO da VIDA RELIGIOSA e POLÍTICA.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
1. A acrópole
DO EDIFÍCIO AO CONJUNTO
1. PARTHENON
2. ANTIGO TEMPLO DE ATHENA
3. ERECHTHEUM
4. ESTÁTUA DE ATHENA
5. PROPILEUS
6. TEMPLO DE ATENA NIKE
7. ELEUSINION
8. SANTUÁRIO DE ARTEMIS
9. CHALKOTHEKE
10. PANDROSEION
11. ARREPHORION
12. ALTAR DE ATHENA
13. SANTUÁRIO DE ZEUS
14. SANTUÁRIO DE PANDION
15. ODEON DE HERODES ATTICUS
16. STOA DE EUMENES
17. SANTUÁRIO DE ASCLÉPIO
18. TEATRO DE DIONÍSIO
19. ODEON DE PÉRICLES
20. TEMENOS DE DIONÍSIO
21. AGLAUREION
22. PERIPATOS
23. CLEPSHYDRA
24. GRUTAS DA APOLLO
HYPOCRAISUS, ZEUS OLÍMPICO E
PAN
25. SANTUÁRIO DE AFRODITE E EROS
26. PERIPATOS INSCRIÇÃO
27. GRUTA DE AGLAUROS
28. CAMINHO PANATHENAIC
Sobreposição da planta do sítio arqueológico da Acrópole de Atenas sobre imagem do Google Earth.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:AcropolisatathensSitePlanPeripatos.svg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
2. A pólis
DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA
A tradição clássica grega nos levou a pensar a cidade como um conjunto de elementos
arquitetônicos, individualizados e autônomos (PEREIRA, 2010, p.69). No início, o rigor na
composição da edificação não existia no traçado urbano, o que conferia ao edifício um esplendor
individual.
O ESPAÇO EXTERIOR QUE CIRCUNDAVA O TEMPLO ERA UM PROLONGAMENTO DA ORGANIZAÇÃO
POLÍTICO-RELIGIOSA DOS GREGOS.
Esta organização não ultrapassa a NOÇÃO DE PÓLIS que pode ser considerado um sinônimo de
CIDADE-ESTADO. Neste ambiente, o cidadão grego (no grego “politikos”) manifestava sua visão
pública livremente, e juntos configuravam uma massa articuladora de todo o espaço da pólis.
ESFERA PÚBLICA DO COMUM (KOINON) EXERCIDA ATRAVÉS DA AÇÃO (PRAXIS) E DO DISCURSO (LEXIS).
X
ESFERA PRIVADA DA CASA (OIKOS) DA FAMÍLIA E DAQUILO QUE É PRÓPRIO (IDION) AO HOMEM.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
2. A pólis
DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA
Para Aristóteles uma pólis não
deveria exceder o número de 10
mil cidadãos (políticos) e suas
famílias, ou seja, um total entre 40
ou 50 mil habitantes.
“suficientemente pequena para que
todos possam falar e ser ouvidos na
ágora, e grande o bastante para poder
entrar em guerra com a pólis vizinha”
(ARISTÓTELES apud PEREIRA, 2010,
p.69).
A Escola de Atenas de Rafaello Sanzio conhecido como Rafael
(1510), afresco renascentista no Palácio do Vaticano (sala das
assinaturas), que apresenta as principais figuras do pensamento
antigo.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sanzio_01.jpg
ARISTÓTELESPLATÃO
PALAS ATHENASAPOLO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
3. A ágora
DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA
A ÁGORA era, antes de tudo, um
ESPAÇO ABERTO e definido como um
“cômodo externo”, o verdadeiro
centro civil da pólis, e para aonde se
convergiam os cidadãos. Como espaço
urbano é um espaço flexível e
irregular, cujos componentes podiam
ser modificados constantemente.
Planta de Athenas por volta de 430 a.C.
Fonte: http://es.wikipedia.org/wiki/Antigua_Atenas
DESTE ESPAÇO SE
ORIGINA A PRAÇA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
3. A ágora
DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA
Esquema da relação entre a Acrópole e a Ágora que são interligadas pelo caminho panatenaico (procissão de Athenas).
Fonte: http://moleskinearquitectonico.blogspot.com.br/2011/11/el-agora-de-atenas-urbanismo.html
ÁGORA
ACRÓPOLIS
MURALHA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CAMINHO
PANATENAICO
Linha horizontal
(terrena) de
peregrinação até o
ponto mais alto.
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
3. A ágora
DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA
A Ágora ateniense.
Fonte: http://moleskinearquitectonico.blogspot.com.br/2011/11/el-agora-de-atenas-urbanismo.html
CAMINHO
PANATENÁICO
ODEON
TEMPLO
STOA CENTRAL
STOA DE ÁTALO
STOA PÉCILE
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA
POSICIONAMENTO DOS PRINCIPAIS ASSENTAMENTOS HUMANOS DA PRÉ-HISTÓRIA ATÉ AS POLIS DO HELENISMO, SEGUNDO A
CRONOLOGIA HISTÓRICA DE DOMINAÇÃO DO TERRITÓRIO “GLOBAL” CONHECIDO.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
PRÉ-HISTÓRIA
Origem dos primeiros assentamentos
humanos pautados por centros “religiosos”
CRESCENTE FÉRTIL
Consolidação das primeiras cidades, da divisão
de classes e sistema de poder territorial
MUNDO GRECO-ROMANO
Expansão territorial de dominação cultural e
econômica (urbi et orbi ↔ o mundo é Roma)
Passeio virtual pelas cidades Gregas do Helenismo.
VIDEO 5_AULA 9_As Cidades Gregas do Helenismo.wmv
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=u3z378Sx-X4
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS
DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA
VÍDEOS SUGERIDOS
1. CONSTRUINDO UM IMPÉRIO – GRÉCIA: https://www.youtube.com/watch?v=FxLEsqP2ld0
2. CONSTRUINDO UM IMPÉRIO - ALEXANDRE: https://www.youtube.com/watch?v=A6Cqy__s7es
3. CONSTRUINDO UM IMPÉRIO - OS PERSAS: https://www.youtube.com/watch?v=h4ukSghZdRA
4. CIVILIZAÇÕES PERDIDAS GRÉCIA: https://www.youtube.com/watch?v=L7nWlc2qoGI
5. CIVILIZAÇÕES PERDIDAS – EGEU: https://www.youtube.com/watch?v=HCUj2kcgNmA
6. A ODISSÉIA (HOMERO): https://www.youtube.com/watch?v=R52xCaypJRw
7. TROIA: ANTIGOS MITOS E MISTÉRIOS: https://www.youtube.com/watch?v=4W8h3MCFt8Y
8. BATALHAS DECISIVAS - A BATALHA DAS TERMÓPILAS: https://www.youtube.com/watch?v=9V45NKswCjs
9. BATALHAS DECISIVAS - A BATALHA DE MARATONA: https://www.youtube.com/watch?v=y_DCtXGZRk4
10.BATALHAS DECISIVAS - A BATALHA DE CINOSCÉFALOS: https://www.youtube.com/watch?v=bxIevt5jcJE
11.BATALHAS DECISIVAS - A BATALHA DE GAUGAMELA: https://www.youtube.com/watch?v=LtbRS8UXBsg
12.DEUSES GREGOS MITOLOGIA: https://www.youtube.com/watch?v=52x1veAdYMo
13.ACRÓPOLES - PARTHENON 3D: https://www.youtube.com/watch?v=WtYQBkyfb9A
14.ARCHAIC ATHENS - ΑΡΧΑΪΚΗ ΑΘΗΝΑ: https://www.youtube.com/watch?v=W4zidtrhQRg
Grécia
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
1. ANDRADE , Don Francisco Ortega. Historia de la construcción: La Historia de la Construcción es
un conjunto de fichas donde se analiza la evolución histórica de los sistemas constructivos
arquitectónicos. Estas fichas han sido elaboradas por el Catedrático de Construcción
Arquitectónica de la Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Las Palmas de Gran Canaria,
Don Francisco Ortega Andrade.
http://editorial.dca.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/index.htm (Acessado em 26-
Mai-2013).
2. ALONSO PEREIRA, José Ramón. Introdução à História da Arquitetura: Das origens ao século XXI.
Porto Alegre: Ed. Bookman, 2010, Capítulos 5 ao 7.
3. BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. São Paulo: Editora Perspectiva, 1993.
4. WODEHOUSE, Lawrence; MOFFETT, Marian; FAZIO, Michael. A História da Arquitetura Mundial.
Ed. Bookman, 2010, pp. 55-81.
REFERÊNCIAS
Grécia
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno

Contenu connexe

Tendances

pre historia e antiguidade na arquitetura e hurbanismo
pre historia e antiguidade na arquitetura e hurbanismopre historia e antiguidade na arquitetura e hurbanismo
pre historia e antiguidade na arquitetura e hurbanismoLidia Bandelli Soria
 
Arquitetura romana ii
Arquitetura romana iiArquitetura romana ii
Arquitetura romana iiAna Barreiros
 
Arquitetura romana i
Arquitetura romana iArquitetura romana i
Arquitetura romana iAna Barreiros
 
Aula 03 arquitetura e arte bizantina
Aula 03 arquitetura e arte bizantinaAula 03 arquitetura e arte bizantina
Aula 03 arquitetura e arte bizantinaLila Donato
 
Módulo 1 escultura grega regular
Módulo 1   escultura grega regularMódulo 1   escultura grega regular
Módulo 1 escultura grega regularCarla Freitas
 
Aula 04 arquitetura românica parte 2
Aula 04 arquitetura românica parte 2Aula 04 arquitetura românica parte 2
Aula 04 arquitetura românica parte 2Lila Donato
 
Arte Grega e Romana
Arte Grega e RomanaArte Grega e Romana
Arte Grega e Romanacarollynha
 
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à GóticaLinha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à GóticaGabriel Felix
 
Aula 05 arquitetura gótica
Aula 05 arquitetura góticaAula 05 arquitetura gótica
Aula 05 arquitetura góticaLila Donato
 
Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]
Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]
Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]glauci coelho
 
Aula 04 arquitetura românica parte 1
Aula 04 arquitetura românica parte 1Aula 04 arquitetura românica parte 1
Aula 04 arquitetura românica parte 1Lila Donato
 

Tendances (20)

pre historia e antiguidade na arquitetura e hurbanismo
pre historia e antiguidade na arquitetura e hurbanismopre historia e antiguidade na arquitetura e hurbanismo
pre historia e antiguidade na arquitetura e hurbanismo
 
Arquitetura romana ii
Arquitetura romana iiArquitetura romana ii
Arquitetura romana ii
 
Arquitetura romana i
Arquitetura romana iArquitetura romana i
Arquitetura romana i
 
Aula 03 arquitetura e arte bizantina
Aula 03 arquitetura e arte bizantinaAula 03 arquitetura e arte bizantina
Aula 03 arquitetura e arte bizantina
 
Grécia e roma (Prof. Thays Zenkner)
Grécia e roma (Prof. Thays Zenkner)Grécia e roma (Prof. Thays Zenkner)
Grécia e roma (Prof. Thays Zenkner)
 
Arquitetura Grega
Arquitetura GregaArquitetura Grega
Arquitetura Grega
 
A arte em roma
A arte em romaA arte em roma
A arte em roma
 
Módulo 1 escultura grega regular
Módulo 1   escultura grega regularMódulo 1   escultura grega regular
Módulo 1 escultura grega regular
 
Aula 04 arquitetura românica parte 2
Aula 04 arquitetura românica parte 2Aula 04 arquitetura românica parte 2
Aula 04 arquitetura românica parte 2
 
Arte romana
Arte romanaArte romana
Arte romana
 
Arte Grega e Romana
Arte Grega e RomanaArte Grega e Romana
Arte Grega e Romana
 
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à GóticaLinha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
 
Aula 05 arquitetura gótica
Aula 05 arquitetura góticaAula 05 arquitetura gótica
Aula 05 arquitetura gótica
 
Ceramica grega
Ceramica gregaCeramica grega
Ceramica grega
 
Arte romana
Arte romanaArte romana
Arte romana
 
Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]
Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]
Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]
 
Arte Romana
Arte RomanaArte Romana
Arte Romana
 
Aula 04 arquitetura românica parte 1
Aula 04 arquitetura românica parte 1Aula 04 arquitetura românica parte 1
Aula 04 arquitetura românica parte 1
 
Escultura grega
Escultura gregaEscultura grega
Escultura grega
 
Arquitetura grega
Arquitetura gregaArquitetura grega
Arquitetura grega
 

En vedette

Aula 04 a cidade medieval [revisado em 20160921]
Aula 04 a cidade medieval [revisado em 20160921]Aula 04 a cidade medieval [revisado em 20160921]
Aula 04 a cidade medieval [revisado em 20160921]glauci coelho
 
Aula 03 cidades pre colombianas [revisado em 20160821]
Aula 03 cidades pre colombianas [revisado em 20160821]Aula 03 cidades pre colombianas [revisado em 20160821]
Aula 03 cidades pre colombianas [revisado em 20160821]glauci coelho
 
Aula 4 globalização
Aula 4 globalizaçãoAula 4 globalização
Aula 4 globalizaçãoglauci coelho
 
Aula 3 antropologia urbana e metodo etnografico
Aula 3 antropologia urbana e metodo etnograficoAula 3 antropologia urbana e metodo etnografico
Aula 3 antropologia urbana e metodo etnograficoglauci coelho
 
La ceramica en todo lugar
La ceramica en todo lugarLa ceramica en todo lugar
La ceramica en todo lugarmilenitha94
 
Arte Grega
Arte GregaArte Grega
Arte GregaHCA_10I
 
Arquitetura e engenharia Roma Antiga
Arquitetura e engenharia Roma AntigaArquitetura e engenharia Roma Antiga
Arquitetura e engenharia Roma AntigaAmanda Barp
 
Aula do Prof. Mariano sobre Mesopotâmia - 1º ano
Aula do Prof. Mariano sobre Mesopotâmia - 1º anoAula do Prof. Mariano sobre Mesopotâmia - 1º ano
Aula do Prof. Mariano sobre Mesopotâmia - 1º ano7 de Setembro
 
Historia de la_ceramica_en_el_museo_arqueologico_nacional
Historia de la_ceramica_en_el_museo_arqueologico_nacionalHistoria de la_ceramica_en_el_museo_arqueologico_nacional
Historia de la_ceramica_en_el_museo_arqueologico_nacionalColombia
 
9b egeos arte
9b egeos arte9b egeos arte
9b egeos artesatigv
 
Aula 01 sobre urbanismo [revisado em 20160808]
Aula 01 sobre urbanismo [revisado em 20160808]Aula 01 sobre urbanismo [revisado em 20160808]
Aula 01 sobre urbanismo [revisado em 20160808]glauci coelho
 
Creta y micenas
Creta y micenasCreta y micenas
Creta y micenascar-282
 
Aula 2 poder simbolico e senso comum
Aula 2 poder simbolico e senso comumAula 2 poder simbolico e senso comum
Aula 2 poder simbolico e senso comumglauci coelho
 
Aula 5 arte e arquitetura pré colombiana-mesoamerica azteca [revisado em 230314]
Aula 5 arte e arquitetura pré colombiana-mesoamerica azteca [revisado em 230314]Aula 5 arte e arquitetura pré colombiana-mesoamerica azteca [revisado em 230314]
Aula 5 arte e arquitetura pré colombiana-mesoamerica azteca [revisado em 230314]glauci coelho
 
Escultura grega antiga
Escultura grega antigaEscultura grega antiga
Escultura grega antigaduartcr
 

En vedette (18)

Aula 04 a cidade medieval [revisado em 20160921]
Aula 04 a cidade medieval [revisado em 20160921]Aula 04 a cidade medieval [revisado em 20160921]
Aula 04 a cidade medieval [revisado em 20160921]
 
Aula 03 cidades pre colombianas [revisado em 20160821]
Aula 03 cidades pre colombianas [revisado em 20160821]Aula 03 cidades pre colombianas [revisado em 20160821]
Aula 03 cidades pre colombianas [revisado em 20160821]
 
Aula 4 globalização
Aula 4 globalizaçãoAula 4 globalização
Aula 4 globalização
 
Aula 3 antropologia urbana e metodo etnografico
Aula 3 antropologia urbana e metodo etnograficoAula 3 antropologia urbana e metodo etnografico
Aula 3 antropologia urbana e metodo etnografico
 
Maçonaria e arquitetura
Maçonaria e arquiteturaMaçonaria e arquitetura
Maçonaria e arquitetura
 
La ceramica en todo lugar
La ceramica en todo lugarLa ceramica en todo lugar
La ceramica en todo lugar
 
Arte Grega
Arte GregaArte Grega
Arte Grega
 
Arquitectura grega
Arquitectura gregaArquitectura grega
Arquitectura grega
 
Arquitetura e engenharia Roma Antiga
Arquitetura e engenharia Roma AntigaArquitetura e engenharia Roma Antiga
Arquitetura e engenharia Roma Antiga
 
Mesopotamia
MesopotamiaMesopotamia
Mesopotamia
 
Aula do Prof. Mariano sobre Mesopotâmia - 1º ano
Aula do Prof. Mariano sobre Mesopotâmia - 1º anoAula do Prof. Mariano sobre Mesopotâmia - 1º ano
Aula do Prof. Mariano sobre Mesopotâmia - 1º ano
 
Historia de la_ceramica_en_el_museo_arqueologico_nacional
Historia de la_ceramica_en_el_museo_arqueologico_nacionalHistoria de la_ceramica_en_el_museo_arqueologico_nacional
Historia de la_ceramica_en_el_museo_arqueologico_nacional
 
9b egeos arte
9b egeos arte9b egeos arte
9b egeos arte
 
Aula 01 sobre urbanismo [revisado em 20160808]
Aula 01 sobre urbanismo [revisado em 20160808]Aula 01 sobre urbanismo [revisado em 20160808]
Aula 01 sobre urbanismo [revisado em 20160808]
 
Creta y micenas
Creta y micenasCreta y micenas
Creta y micenas
 
Aula 2 poder simbolico e senso comum
Aula 2 poder simbolico e senso comumAula 2 poder simbolico e senso comum
Aula 2 poder simbolico e senso comum
 
Aula 5 arte e arquitetura pré colombiana-mesoamerica azteca [revisado em 230314]
Aula 5 arte e arquitetura pré colombiana-mesoamerica azteca [revisado em 230314]Aula 5 arte e arquitetura pré colombiana-mesoamerica azteca [revisado em 230314]
Aula 5 arte e arquitetura pré colombiana-mesoamerica azteca [revisado em 230314]
 
Escultura grega antiga
Escultura grega antigaEscultura grega antiga
Escultura grega antiga
 

Similaire à Aula 9 arte e arquitetura grega [revisado em 040514]

Similaire à Aula 9 arte e arquitetura grega [revisado em 040514] (20)

Historia Da Arquitetura
Historia Da ArquiteturaHistoria Da Arquitetura
Historia Da Arquitetura
 
Creta1
Creta1Creta1
Creta1
 
Egito
EgitoEgito
Egito
 
Mesopotâmia e Egito 2019
Mesopotâmia  e Egito 2019Mesopotâmia  e Egito 2019
Mesopotâmia e Egito 2019
 
Egito
EgitoEgito
Egito
 
Egito
EgitoEgito
Egito
 
Portefólio de Historia
Portefólio de HistoriaPortefólio de Historia
Portefólio de Historia
 
Aula 5 - H Arte I
Aula 5 - H Arte IAula 5 - H Arte I
Aula 5 - H Arte I
 
Grécia Antiga
Grécia AntigaGrécia Antiga
Grécia Antiga
 
A ARTE NO EGITO arquitetura.pdf
A ARTE NO EGITO arquitetura.pdfA ARTE NO EGITO arquitetura.pdf
A ARTE NO EGITO arquitetura.pdf
 
4 história da a arte r
4 história da a   arte r4 história da a   arte r
4 história da a arte r
 
Arte grega
Arte gregaArte grega
Arte grega
 
03-Egito.ppt.pdf
03-Egito.ppt.pdf03-Egito.ppt.pdf
03-Egito.ppt.pdf
 
Aartenoegito
AartenoegitoAartenoegito
Aartenoegito
 
História antiga/Dica Enem!
História antiga/Dica Enem!História antiga/Dica Enem!
História antiga/Dica Enem!
 
1017
10171017
1017
 
129138538 arte do_antigo_egipto
129138538 arte do_antigo_egipto129138538 arte do_antigo_egipto
129138538 arte do_antigo_egipto
 
3 períodos da arte grega.
3 períodos da arte grega.3 períodos da arte grega.
3 períodos da arte grega.
 
1291380538 arte do_antigo_egipto
1291380538 arte do_antigo_egipto1291380538 arte do_antigo_egipto
1291380538 arte do_antigo_egipto
 
Histor 11
Histor 11Histor 11
Histor 11
 

Aula 9 arte e arquitetura grega [revisado em 040514]

  • 1. GRÉCIA das culturas heládicas à antiguidade clássica na arte e na arquitetura Reconstituição da fachada do Parthenon, Acrópole ateniense. http://simplexos.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 2. INTRODUÇÃO A terminologia Grécia Clássica é utilizada para descrever a civilização europeia desenvolvida no período compreendido entre o começo da Idade das Trevas Grego (1100 A.C) até a conquista romana depois da Batalha de Corinto (146 A.C). Numa época ainda mais remota, a população era conhecida como heládica, terminologia que se refere a um conjunto de tribos que imigraram da Península Balcânica durante a Idade do Bronze. A procedência destas tribos não é exata, porém alguns historiadores atribui sua origem aos Balcãs, enquanto outros à Síria e Mesopotâmia. Entretanto sua permanência na península deu origem aos povos gregos mais importantes como os Aqueus, Dórios e Jônios. Pintura mural em Cnossos. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Knossos_frise2.JPG História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 3. CRONOLOGIA DA GRÉCIA ANTIGA PERÍODO HELÁDICO (Grécia pré-clássica) ANTIGUIDADE CLÁSSICA MONARQUIA REPÚBLICA PERÍODO MINOICO PERÍODO MICÊNICO PERÍODO DAS TREVAS GREGO PERÍODO ARCAICO PERÍODO CLÁSSICO PERÍODO HELENÍSTICO 3.000 a.C. 1.600 – 1.100 a.C. 1.150 a.C. 800 a.C. 490 a.C. 334 – 30 a.C. Grécia insular Surgimento da civilização em Ur na Mesopotâmia. Grécia Continental Dinastia Perseida Dinastia Átrida Guerra de Tróia Nascimento das pólis gregas Florescimento na Mesopotâmia do Império persa Guerras Médicas Guerra do Peloponeso Atenas se une as cidades jônicas (Turquia) para formar a liga de Delia • Talassocracia. • Labirinto de Cnossos (Labirinto do rei Minos – O Minotauro): Complexo cerimonial de Cnossos em Creta. • Cidadela de Micenas (acrópole). • Muralhas com grandes blocos de pedra construídos pelos Ciclopes (gigantes) – derivação do nome ciclópico. • Portal dos leões. • Túmulos em forma circular (tholoi). • Tesouro de Atreu (túmulo de Agamenon em forma de colmeia – Tholos). • Mégaron. • Invasões dóricas. • Início da construção da acrópole ateniense. • Inicio das colonizações na Ásia menor – Sicília e norte da África (leste do mediterrâneo). • Ordenamento primário nas implantações urbanas – embrião do traçado urbano em grelha. • Surgimento dos templos dedicado aos deuses. • Templo de Artemisa em Éfeso (atual Turquia). • Templo de Hera em Olímpia. • Ordem dórica. • Ilíada e Odisseia de Homero com relatos do período heládico. • Domínios das cidades jônicas pelos persas. • 490 a.C. derrota de Dário na batalha de Maratona. • 480 aC. Vitória grega (Atenas) sobre os persas na batalha de Salamina. • Auge de Atenas e Esparta. • Inicio da reconstrução da acrópole de Athenas. • Construção do Parthenon (448 – 432). • Construção do propileus (portal de entrada de Athenas). • Construção do Templo de Atena Nike em Athenas. • Construção do Erecteion + Cariátides em Athenas. • A República de Platão (360). • Filipe da Macedônia unifica toda a Grécia em 338 a.C. • Conquistas de Alexandre O Grande que morre aos 33 anos sem ter conseguido consolidar o vasto território adquirido (333 – 323). • Construção do Tholos e do teatro de Epidauro (360 – 330 a.C.). História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 4. CRONOLOGIA DA GRÉCIA ANTIGA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 5. CRONOLOGIA DA GRÉCIA ANTIGA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 6. A GRÉCIA HELÁDICA Afresco do Palácio de Cnossos mostrando três mulheres que foram possivelmente rainhas. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Knossos_fresco_women.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 7. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA 1. Características OS MINÓICOS Fonte: http://ocw.unican.es/humanidades/historia-del-proximo-oriente/modulo-4/ii-fase-de-la- civilizacion-minoica Os primeiros habitantes de Creta remontam a pelo menos 128.000 a.C., durante o Paleolítico Médio. No entanto, os primeiros sinais de práticas agrícolas não surgiram antes de 5.000 a.C., caracterizando então o começo da civilização. Por volta de 1.400 a.C., enfraquecidos internamente, os minoicos foram totalmente assimilados pelos habitantes do continente grego, os micênicos, que repovoaram alguns dos principais assentamentos na ilha e fizeram com que esta prosperasse por mais alguns séculos. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 8. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA 1. Características OS MINÓICOS A arte minoica foi extremamente fértil e engloba elementos adquiridos através do contatos com povos estrangeiros, assim como elementos autóctones. Havia produções utilizando barro (cerâmica), pedras semipreciosas (arte lítica) e metais. Os motivos artísticos incorporados nestas produções, assim como nos afrescos, valorizam cenas que representem a natureza ou seus elementos (animais, plantas), procissões e/ou rituais religiosos, seres mitológicos (cultura titânica), entre outros. Afresco minoico chamado “os golfinhos. Palácio de Cnossos, Creta. Fonte: http://fr.123rf.com/photo_14 406260_dauphins-minoenne- fresque-palais-de-knossos- queens-chambre-crete- grece.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 9. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA 2. Complexo de Cnossos OS MINÓICOS O COMPLEXO DE CNOSSOS é o mais importante dos palácios minóicos de Creta. Foi construído por volta de 2.000 a.C. e destruído em um terremoto em 1.700 a.C., após, reconstruído e depois abandonado até ser reutilizados pelos dórios (gregos continentais) e romanos. Os palácios cretenses foram inspirados nos mesopotâmicos do período de Hamurabi (teoria contestada), pois eram ordenados em torno de grandes pátios retangulares. O conjunto edificado de Cnossos ocupava uma quadra de 150 m de lado, e o lado maior coincidia com a direção norte. Fonte: http://www.dinosoria.c om/cnossos.htm Fonte: http://commons.wikime dia.org/wiki/File:Knosso s_- _North_Lustral_Basin.jp g História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 10. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA 2. Complexo de Cnossos OS MINÓICOS A morfologia do traçado era marcada pela ORTOGONALIDADE que constituía uma trama labiríntica de circulações, por isso associar o palácio a um labirinto (labirinto do rei Minos – sacrifício do touro). Existia um mégaron aberto, que possibilitava a visualização do entorno, e que se posicionava como um marco referencial do complexo. A COLUNA é o item que possibilitou a criação desse espaço, e a estrutura era em DINTEL. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/11_prerromano/c1131.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 11. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA 2. Complexo de Cnossos OS MINÓICOS Reconstituição da planta de Cnossos. Fonte: http://estudiante-de-historia.blogspot.com.br/2012_01_01_archive.html SALA HIPOSTILO NORTE OFICINAS DE ARTESANATO MÉGARON DAS RAINHAS SALÃO DOS REIS ESCADARIA MONUMENTAL ALA RESIDENCIAL ENTRADA OESTE E CORREDOR DAS PROCISSÕES SALA DO TRONO SANTUÁRIO + DEPÓSITO DE OFERENDAS DEPÓSITOS PÁTIO PERISTILO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 12. OS MINÓICOS O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA Passeio virtual por Cnossos. VIDEO 1_AULA 9_Knossos Palace Reconstruction Crete 3D.wmv Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=4XJd88cTRsU VIDEO 2_AULA 9_ udk knossos palace.wmv Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=LGsVKFld6XM História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 13. 1. Características OS MICÊNICOS Micenas foi um dos maiores centros da civilização grega e uma potência militar que dominou a maior parte do sul da Grécia. O período da história de cerca de 1.600 a cerca de 1.100 a.C. é chamado Micênico em reconhecimento à posição de liderança da cidadela de Micenas. Durante a Idade do Bronze, o padrão na ocupação do espaço de Micenas era o de um monte fortificado rodeado de pequenos povoados rurais, em contraste com a densa urbanização da costa. Fonte: http://ocw.unican.es/humanidades/historia-del-proximo-oriente/modulo-4/fase-plena-de- la-civilizacion-micenica O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 14. 2. Cidadela de Micenas OS MICÊNICOS Como Micenas era a capital de um estado que governou grande parte do mundo mediterrânico oriental, os seus governantes colocaram as suas fortalezas em regiões mais remotas e menos povoadas devido ao seu valor defensivo. A CIDADELA DE MICENAS É UMA ACRÓPOLE que foi cercada por uma muralha por volta de 1.500 a.C., e que é composta por grandes pedras assentes sem argamassa – ALVENARIA CICLÓPICA. Muralha ciclópica de Micenas na atualidade. O NOME CICLÓPICO TEM ORIGEM NESTE PERÍODO. Os gregos acreditavam que esta alvenaria impressionante era obra de gigantes, os Cíclopes; daí o adjetivo ciclópica para descrever construções feitas com grandes pedras. Fonte: http://thierry.jamard.over-blog.com/article-mycenes-samedi-12-mars-2011- 73710643.html O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 15. OS MICÊNICOS 2. Cidadela de Micenas SOBREPOSIÇÃO DA PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DE MICENAS COM IMAGEM DO GOOGLE EARTH. Fonte: http://www.cosmovisions.com/monuMycenes.htm EXPANSÃO NOROESTE CASAS DOS COLONOS ATELIERS DOS COLONOS PALÁCIO CÍRCULO DE TÚMULOS CENTRO CULTURAL BAIRRO SUDOESTE PORTAL DOS LEÕES O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 16. OS MICÊNICOS 2. Cidadela de Micenas O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 17. 3. Portal dos Leões OS MICÊNICOS A entrada principal de Micenas era o “PORTAL DOS LEÕES”, que foi posicionado para que os visitantes tivessem de caminhar por uma passagem cada vez mais estreita e paralela à muralha. Esta estrutura em DINTEL possui considerável valor artístico, em que pedras verticais sustentam um lintel de 14 toneladas Sobre o qual existe um FALSO ARCO. O espaço do arco foi preenchido por uma pedra triangular com dois leões esculpidos. Portal dos Leões. Fonte: http://pcarassus.fon d-ecran- image.com/blog- photo/bienvenue- sur-nature-et- voyages/les- circuits/circuit-en- grece/mycenes/ Fonte: http://commons.wiki media.org/wiki/File: Mykene_Loewentor_ mit_Doerpfeld_und_ Schliemann.jpg O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno FALSO ARCO + PEDRA TRIANGULAR DINTEL
  • 18. 4. O mégaron: da habitação ao templo OS MICÊNICOS O nome mégaron designa a parte principal (por vezes única) das habitações da idade do bronze, na Grécia e na Anatólia. Segundo Homero, o nome mégaron não passa de uma grande sala, mas na arqueologia de hoje, designa uma forma arquitetônica própria da arquitetura micênica. A FORMA ORIGINAL É COMPOSTA BASICAMENTE DE UMA SALA CENTRAL EM PLANTA RETANGULAR (plataforma horizontal ou estilobata), COM DUAS OU QUATRO COLUNAS QUE SUSTENTAM UM TELHADO, ONDE A PORTA SE SITUA EM UM DOS LADOS MENORES. Ilustração da naos de um mégaron micênico. Fonte: http://arkyotras.wordpress.com/2011/08/07/arquitectura-griega-iiib-arquitectura- micenica/ O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 19. OS MICÊNICOS Por volta de 4.500 a.C. a planta das habitações assume forma retangular, com uma antessala e um vestíbulo, através da qual se acessava até uma grande sala com lareira e um altar. As habitações orientavam suas entradas para o sul (fachada norte no hemisfério sul), e com o tempo, uma varanda sustentada por troncos de madeira foi acrescentada. No inicio as paredes ainda eram feitas de taipa ou adobe e a COBERTURA com troncos, lama e palmeiras, mas esta COMEÇA A GANHAR INCLINAÇÕES MAIS ACENTUADA EM DUAS OU QUATRO ÁGUAS. Ilustração das habitações gregas do período heládico. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/11_prerromano/c1131.htm O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA 4. O mégaron: da habitação ao templo História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno VARANDA ANTESSALA GRANDE SALA LAREIRA (fogueira central da cabana pré-histórica) ÁGUA DO TELHADO ALPENDRE
  • 20. OS MICÊNICOS Já por volta de 3.000 a.C., em Sesclo e Diminii, foram anexos muros de alvenaria conformando pátios para a proteção do gado. Começa assim a se desenhar a vida em comunidade de pequenos povoados. Em todos os casos, A CONFIGURAÇÃO DA CASA PARTIA DO MÉGARON, E OS MUROS ACRESCIDOS PASSAM A CONFORMAR RUAS E SERVIDÕES. Foi em Troia que o mégaron tomou maiores proporções e assume também a função de templo. Ruínas de uma habitação micênica. Fonte: http://artsweb.bham.ac.uk/aha/kaw/mycenae/HWV.htm O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA 4. O mégaron: da habitação ao templo História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 21. OS MICÊNICOS Na forma micênica do templo, a sala central é denominada NAOS ou cela, onde se insere um altar para uma estátua sagrada e uma lareira. Na frente da sala denominada naos, por vezes existe uma varanda denominada PRONAOS quando tinha o teto apoiado em colunas, ou ANTA quando o teto era apoiado no prolongamento das paredes da naos. Planta baixa e perfil de um mégaron micênico. Fonte: http://arkyotras.wordpress.com/2011/08/07/arquitectura-griega-iiib- arquitectura-micenica/ ANTA EXAUSTÃO O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA 4. O mégaron: da habitação ao templo História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno PRONAOS NAOS
  • 22. OS MICÊNICOS Mantendo o equilíbrio de composição da forma, por vezes era frequente construir no lado oposto ao pronaos uma sala fechada denominada OPISTODOMOS (SIMETRIA), geralmente sem comunicação com a cela e somente com o exterior. A função desta sala era guardar os tesouros do santuário. Planta baixa das variantes do mégaron. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Megaron.JPG/ 1 – NAOS OU CELA; 2 – ANTA; 3 – PRONAOS; 4 – ADITON OU ABATON; 5 – OPISTODOMOS. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA 4. O mégaron: da habitação ao templo História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 23. OS MICÊNICOS O Mégaron de Tirinto. Fonte: http://lakodaemon.co.uk/the- wandering-tribes-of-the-aegean/ O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA 4. O mégaron: da habitação ao templo História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno ANTA PRONAOS NAOS EXAUSTÃO
  • 24. 5. O Tholoi ou Tholos OS MICÊNICOS O THOLOI é um túmulo micênico em forma circular, e o maior encontrado, foi denominado THOLOS, ou túmulo em forma de colmeia, comumente chamado de “TESOURO DE ATREU” ou “TUMBA DE AGAMENÃO” (ap. 1.330 a.C.). O Tesouro de Atreu é a tumba abobadada mais monumental que se conhece na Grécia. A princípio é atribuído a Atreu, o pai do grande rei Agamenão, que comandou os aqueus contra Troia. ESTA TUMBA PERTENCE À ARTE CRETO-MICÊNICA, e segue o modelo e o método construtivo de alvenaria de pedra, difundido por todo o Mediterrâneo, de tumba precedida por um corredor desde o neolítico. Interior do Tesouro de Atreu. Fonte: http://arkyotras.wordpress.com/2011/08/07/arquitectura-griega-iiib-arquitectura-micenica/ O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 25. 5. O Tholoi ou Tholos OS MICÊNICOS Os complexos megalíticos de “Knowth” na Irlanda (3.200 a.C.) e a “Cueva de la Viera” em Málaga (2.400 a.C.) expressam a tradição da construção funerária de “tumbas de corredor” difundida por toda a Europa desde o neolítico, interpretadas como cavernas totêmicas. O método usado no “Tesouro de Atreu” foi o mesmo da pré- história. Fonte: http://arkyotras.wor dpress.com/2011/08 /07/arquitectura- griega-iiib- arquitectura- micenica/ O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA COMPLEXOS MEGALÍTICOS NA IRLANDA (3.200 a.C.) A “CUEVA DE LA VIERA” EM MÁLAGA (2.400 a.C.) História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 26. 5. O Tholoi ou Tholos OS MICÊNICOS Planta baixa e cortes do Tesouro de Atreu, Micenas. Detalhe do dromos. Fonte: http://arkyotras.wordpres s.com/2011/08/07/arquite ctura-griega-iiib- arquitectura-micenica/ Construtivamente trata-se de uma câmara de alvenaria de pedra em forma de abóbada pontiaguda que se eleva por 13,4 m em 33 fiadas de pedra, a partir de uma planta circular com 14,6 m de diâmetro. A estrutura formal é exemplar de uma “falsa abóbada” ou “abóbada de avanço”, e obtém-se mediante fiadas concêntricas de silhares que vão reduzindo o espaço, pelo qual as suas pressões são verticais e não oblíquas, como numa verdadeira abóbada. O acesso é feito através de um dromos. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno THOLOI DROMOS
  • 27. OS MICÊNICOS O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA HELÁDICA Passeio virtual por Micenas. VIDEO 3_AULA 9_ A Civilização Micênica.wmv Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=b9xAw_ymvRg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 28. A GRÉCIA CLÁSSICA Afresco na Tumba de Kalanzak, Bulgária. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Kazanlak-tomb-fresco-2-2.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 29. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA GREGA PARA A ARQUITETURA Mapa dos territórios ocupados pela Grécia de Alexandre o Grande até o século III a.C. Fonte: http://elblogdemaverickbernal.blogspot.com.br/2013/08/unidad-4-del-siglo-de-oro-ateniense-al.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 30. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA GREGA PARA A ARQUITETURA 1. Delimitar a ARQUITETURA como um CAMPO CIENTÍFICO INDEPENDENTE das outras artes, ou seja, ela passa a ser um problema específico baseado na lógica, diferentemente do que ocorreu no Egito ou na mesopotâmia, em que a arquitetura era uma função administrativa baseada na mitologia (religião). 2. Considerar O HOMEM COMO A MEDIDA DE TODAS AS COISAS, ou seja, o antropomorfismo (escala humana). Fonte: http://www.colegiodante.com.br/escola/webquest/fund_ii/sistemasemedidas/ohomem.htm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 31. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA 1. O homem como centro e medida do universo O ANTROPOMORFISMO E A ESCALA HUMANA “o homem é a medida de todas as coisas; daquelas que são enquanto são e daquelas que não são enquanto não são” (Parmênides, século V a.C.). Se o homem é a medida de todas as coisas, A ESCALA HUMANA determinará a PROPORÇÃO ou o CÂNONE DE BELEZA. ESQUEMAS ANTROPOCÊNTRICOS – ESCALA HUMANA Leonardo da Vinci (1490). Ernest Neufert (1936). Le Corbusier (1945). História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 32. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA MODULAÇÃO E PROPORÇÃO A partir do entendimento que o HOMEM É A MEDIDA de todas as coisas, os gregos estabelecem que AS PARTES (OS MÓDULOS) DEVEM SE RELACIONAR dialogicamente COM O TODO (A ARQUITETURA). A ideia de módulo foge da concepção abstrata de medida, e pode estar relacionado as dimensões humanas ou não, com isso, os gregos criaram módulos baseados nas medidas do corpo (unidade tipo). • MODULAÇÃO: relação das partes a partir de uma unidade tipo (O MÚDULO). • PROPORÇÃO: relação das partes entre si e com a totalidade. A modulação pela repetição das colunas, e a proporção 9/4 entre a fachada e a planta do templo. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/construccion/construccion/Fotos/Grecia/Greci a52.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 33. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA 1. Tipos de proporções na arquitetura grega clássica MODULAÇÃO E PROPORÇÃO As ordens clássicas. Fonte: http://sobrearquitetur.blogspot.com.br/2012/09/o-que-sao-as-ordens-gregas.html Proporções estáticas: as ordens clássicas. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 34. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA 1. Tipos de proporções na arquitetura grega clássica MODULAÇÃO E PROPORÇÃO Proporções dinâmicas: combinação entre módulos. O Parthenon e a modulação em relação a escala humana. Fonte: http://likovna-kultura.ufzg.unizg.hr/proporcije.htm A busca pelas proporções perfeitas levou artistas da Grécia antiga para o estabelecimento de CÂNONE OU MÓDULOS, a medida básica de regras de representação proporcional para a medida ideal do corpo humano. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 35. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA 1. Tipos de proporções na arquitetura grega clássica MODULAÇÃO E PROPORÇÃO A arquitetura grega é fundamentada nos seguintes princípios compositivos da forma: ESCALA, MODULAÇÃO E PROPORÇÃO. A proporção áurea construída com o número de ouro PHI (ɸ) = 1,6180 é a razão numérica que a percepção humano tem como preferência cognitiva, por conter a proporcionalidade que origina qualquer forma ou movimento no universo. Fonte: http://mjcoffeeholick.tumblr.com/post/1351703123/fibonacci-e-secao-aurea Proporções harmônicas: traçados reguladores. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 36. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA CLÁSSICA 1. Tipos de proporções na arquitetura grega clássica MODULAÇÃO E PROPORÇÃO Fonte: http://www.creativebloq.com/design/designers- guide-golden-ratio-12121546 Proporções harmônicas: traçados reguladores. Uma espiral Fibonacci pode ser criada desenhando quartos de círculo ao longo de uma série de quadrados de Fibonacci. A relação dos lados dos quadrados é de 8:13, que são dois números consecutivos na sequência. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 37. ORDEM E LINGUAGEM O CONCEITO DE ORDEM um SISTEMA ESTRUTURAL que ORGANIZA ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS. ORDEM REGRAS OBJETIVAS que dispõe de maneira regular e perfeita as partes (escala e módulos), QUE CONCORREM PARA A COMPOSIÇÃO DE UM CONJUNTO BELO (proporções estáticas). um CONCEITO de CATEGORIA, de UNIDADE, de RAZÃO e PROPORÇÃO. um INSTRUMENTO REGULADOR da ARQUITETURA. um CONJUNTO de REGRAS, um SISTEMA de CONTROLE que gera uma LINGUAGEM. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 38. ORDEM E LINGUAGEM 1. A ordem como instrumento de controle O CONCEITO DE ORDEM AS ORDENS COMO LINGUAGEM SÃO REGRAS IDEAIS, por isso, um instrumento de controle indireto na produção da arquitetura, mas que guarda uma margem de liberdade para se adaptar a cada caso particular. Não são formas materiais ou sensíveis, mas regras pautadas nos ideais (cânones) de beleza, que oferece aos profissionais e ao público um ponto de referência através do conhecimento de certas regras e proporções; ou seja, TEM A TENDÊNCIA A SE CONVERTER EM LINGUAGEM (PEREIRA, 2010, pp.52-53). Ordens = Linguagem comunicativa. Fonte: http://sdw-one.com/index.php/helistico ORDEM = REGRA GERAL ≠ ORDENS = REGRAS PARTICULARES ADAPTADAS DA ORDEM História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 39. ORDEM E LINGUAGEM 1. A ordem como instrumento de controle O CONCEITO DE ORDEM A ORDEM INSTRUMENTO DE CONTROLE (CÂNONE DE BELEZA) transpassa para ORDEM INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO (LINGUAGEM) a partir da compreensão do sistema estrutural construtivo como elemento fundamental e eminentemente arquitetônico. “Nas origens da linguagem clássica, (...) quando um elemento não é necessário construtivamente, não se utiliza. Porém, em períodos posteriores, e como uma evolução da linguagem sem fundamento construtivo, aparecerão arquitraves falsas (...), e muitas outras interpretações das ordens meramente linguísticas” (PEREIRA, 2010, p.56). SISTEMA CONSTRUTIVO COM ASPECTOS LINGUÍSTICOS = ORDENS CLÁSSICAS ≠ SISTEMA LINGUÍSTICO COM ASPECTOS CONSTRUTIVOS = INTERPRETAÇÕES LINGUÍSTICAS DAS ORDENS CLÁSSICAS O Capitólio dos Estados Unidos edifício neoclássico (1792 – 1935) é exemplo da reinterpretação da ordem clássica grega, ao se apropriar desta como linguagem arquitetônica. Fonte: ttp://commons.wikimedia.org/wiki/File:Paris- Pantheon-Facade.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 40. AS ORDENS CLÁSSICAS A ORDEM DÓRICA A ORDEM DÓRICA é pautada pela simplicidade e harmonia do conjunto. TODOS OS ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS EXISTENTES SÃO NECESSÁRIOS e as linhas firmes e equilibradas são o cerne desta ordem. É a mais antiga e, juntamente com a jônica, a mais importante das ordens. Partimos do pressuposto que os Dórios (povos continentais) construíam seus templos em madeira, e com o passar do tempo, e por todas as transformações e evolução ocorridas no período arcaico, passaram a fazê-lo em pedra. O Templo da Concórdia na Sicília, Itália, foi construído no período clássico. Não se sabe a que divindade ele foi dedicado, e o nome "Concórdia" vem de uma inscrição latina encontrada nas vizinhanças. Os detalhes arquitetônicos do templo são também um exemplo típico do refinamento dos antigos arquitetos, que construíram as colunas de acordo com a técnica da correção ótica: são mais finas no topo, para parecerem mais altas, têm entasis, uma levíssima curvatura convexa até 2/3 da altura, que se contrapõe à ilusão de concavidade, quando se vê à distância. Fonte: http://greciantiga.org/img/index.asp?num=0022 TEMPLO DÓRICO HEXASTILO PERÍPTERO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 41. AS ORDENS CLÁSSICAS A ORDEM DÓRICA A evolução do capitel dórico. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/Gre cia/Grecia58.jpg Templo dórico de Hefesto (449 a.C.). A ordem era baseada no diâmetro de uma coluna, com outros elementos derivando dessa medida. As colunas, normalmente seis, dispostas transversalmente à frente e aos fundos dos templos, eram de 4 a 6 vezes mais altas do que o diâmetro do fuste. Fonte: http://gutoarqdesigner.blogspot.com.br/p/historia-da- arquitetura.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 42. AS ORDENS CLÁSSICAS A ORDEM DÓRICA Fonte: http://arquiteturaclassica.blogspot.com.br/2013/04/a-ordem-dorica.html FRONTÃO ENTABLAMENTO COLUNA ESTEREÓBATO CORNIJA ARQUITRAVE CAPITEL FUSTE ESTILÓBATO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 43. AS ORDENS CLÁSSICAS A ORDEM JÔNICA Segundo Vitrúvio, sua origem parte da vontade de encontrar um novo estilo para construir um templo dedicado a Deusa Diana. Querendo mostrar a delicadeza de uma mulher, projetaram uma coluna bem mais esguia fazendo com que sua medida correspondesse a oito vezes o diâmetro do fuste. Para que ficasse ainda mais alta, foi colocada uma base representando os sapatos. As volutas eram os caracóis dos cabelos e as caneluras do fuste, os drapeados das vestes. Desta forma, representava-se o ornato e boa proporção feminina. O Templo de Athena Nike foi erguido no séc. V a.C. na Acrópole de Athenas, em honra a deusa da vitória, Athenas Vitoriosa (Niké significa literalmente vitória em grego antigo). O templo expressa a Ordem Jônica Tetrastilo Anfiprostilo. Seu arquiteto foi Callicratès. Fonte: http://contosimpossveis.blogspot.com.br/2012/07/ arte-da-grecia-antiga.html TEMPLO JÔNICO TETRASTILO ANFIPROSTILO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 44. AS ORDENS CLÁSSICAS A ORDEM JÔNICA Voltando especificamente a ordem Jônica, e deixando um pouco de lado a abordagem de Vitrúvio, temos uma ordem estabelecida no sentido Oriente-Ocidente. Há teorias que apoiam a hipótese de que esta ordem tenha se originado das colunas egípcias de flor de lótus. Embora pareça haver semelhança, nada foi comprovado. O que podemos afirmar é que a presença de traços orientais é muito forte, tanto na coluna mais esguia e delicada, como no entablamento bem mais ornamentado. Os jônios, povos que habitavam as Ilhas Egeias e colônias na Ásia Menor viram os primeiros exemplares desta ordem e acabaram por nomeá-la. Variações do capitel jônico. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estruct uras/construccion/Fotos/Grecia/Gre cia61.jpg Detalhe do capitel jônico do Erecteion. Fonte: http://dc304.4shared.com/doc/JVq xLJtR/preview.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 45. AS ORDENS CLÁSSICAS A ORDEM JÔNICA Fonte: http://arquiteturaclassica.blogspot.com.br/2013/04/a-ordem-jonica.html FRONTÃO ENTABLAMENTO COLUNA ESTEREÓBATO CORNIJA ARQUITRAVE COM 3 FAIXAS CAPITEL FUSTE ESTILÓBATA BASE FRISO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 46. AS ORDENS CLÁSSICAS A ORDEM CORÍNTIA A ordem coríntia se estabeleceu de forma bem diferente das anteriores, dórica e jônica (aconteceu no período helênico). O capitel coríntio nasceu do intelecto grego, e seu criador foi Calímaco. Segundo Vitrúvio, a inspiração veio de uma cesta de oferendas sobre o túmulo de uma jovem. As folhas do acanto (planta comum na região) cresciam em torno da cesta e pendiam em espirais, contornado a pedra retangular que a lacrava. Vitrúvio também faz referência a esta ordem como uma representação da beleza virginal, pelas formas graciosas e adornos. O Templo de Zeus situado na Acrópole de Athenas é denominado de “Olympieion” e foi construído no século V a.C.. O templo não foi concluído, mas foi projetado para representar a ordem coríntia em uma composição octastilo em díptero. Fonte 1: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Attica_ 06-13_Athens_25_Olympian_Zeus_Temple.jpg Fonte 2: http://www.vitruvius.be/boek3h2.htm TEMPLO CORÍNTIO OCTASTILO DÍPTERO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 47. AS ORDENS CLÁSSICAS A ORDEM CORÍNTIA Por ser mais alto, sugeria fustes mais esguios, redimensionando a ordem jônica. Enquanto da dominação grega, a ordem coríntia foi pouco explorada, sendo tratada como uma derivação da ordem jônica plenamente em ascensão. FORAM OS ROMANOS QUE REALMENTE A ESTABELECERAM COM ORDEM. O principal ponto de identificação desta ordem se faz pelo capitel com folhas de acanto. Deve-se tomar cuidado para não confundi-la com a ordem compósita. Templo de Artêmis em Jerash, Jordânia. Capitel coríntio detalhe. Fonte: http://es.123rf.com/photo_2643240_templo-de-artemis-en-jerash-jordania-capitel- corintio-detalle.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 48. AS ORDENS CLÁSSICAS A ORDEM CORÍNTIA Fonte: http://arquiteturaclassica.blogspot.com.br/2013/04/a-ordem-corintia.html ORDEM CORÍNTIA ESTABELECIDA PELOS ROMANOS ORDEM CORÍNTIA COMO VARIAÇÃO DA ORDEM JÔNICA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 49. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 1. O templo grego DA ORDEM A EDIFICAÇÃO O TEMPLO GREGO É A EVOLUÇÃO DO MÉGARON MICÊNICO, E NASCE POR VOLTE DO SÉCULO VII A.C. O templo era originalmente muito simples e podia ser rodeado total ou parcialmente por colunas, cujo número e disposição conferem aos templos clássicos nomes específicos. Desenhos em gravuras das ruínas dos antigos monumentos da Grécia. Autoria de Julien Le Roy (1758). Fonte original: www.gallica.bnf.fr (Biblioteca Nacional da França).Fonte: http://environnement.ecole.free.fr/images%202bg/dessins%20gravures%20monuments%20grece%20antique.h tm História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 50. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 1. O templo grego DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Fonte: http://www.crystalinks.com/greekarchitecture.html A. Distilo in anta (duas colunas entre paredes) A B B. Anfidistilo in anta C C. Tholos D D. Prostilo Tetrastilo E E. Anfiprostilo Tetrastilo I. Pseudodiptero IF F. Dípteros Octastilo G G. Períptero Hexastilo H H. Pseudoperíptero anfi- (significa de ambos os lados); peri- (significa em volta de, ao redor); hipo- (de hupo significa diminuição ou de baixo); hipo- (de hippos significa cavalo); períptero (de peripatetizar significar lugar para passear. Deambulatório de Deambular); -stilo (coluna); pro- (posição em frente); -dromo (de dromos, significa caminho, avenida, pista de corrida, sentido de andamento). História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 51. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 1. O templo grego DA ORDEM A EDIFICAÇÃO INTERCOLÚNIO OU ENTRECOLÚNIO marca o ritmo do edifício, e é a distância entre duas colunas contiguas, geralmente medidas em módulo ou diâmetros da coluna (d): picnostilo (1,5 d); sistilo (2 d); eustilo (2,5 d); diastilo (3 d); ou, aerostilo (4 d). PERISTILO OU DEAMBULATÓRIO (local para andar), é o espaço entre a parede e as colunas, e é o um espaço relativamente amplo que equilibra a falta de espaço interno do templo. ESTILOBATA é o elemento horizontal onde se assentava o templo, ocorria geralmente sobreposições de estilobatas que configuravam escadaria. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 52. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DA ORDEM A EDIFICAÇÃO A questão da simetria entre as linhas horizontais e verticais era fundamental na concepção arquitetônica grega. Os prédios assentados sobre o estilobata apresentavam visualmente uma deformação dada pela visão cônica humana. Por isso, com o tempo, todo o conjunto do templo conformado pelas verticais e horizontais, passa a ser ligeiramente curvado, o intercolúnios nas extremidades passam a ser menores, e o fuste da coluna se torna mais grosso na base. Tudo isso tem a única finalidade de correção ótica, para garantir que o olho humano captasse a edificação como um conjunto perfeito de linhas horizontais e verticais. 1. O templo grego Entasis: a correção ótica. Entasis nas colunas. Fonte: http://encyclopedia2.thefreedictionary.com/Entasis História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 53. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DA ORDEM A EDIFICAÇÃO 1. O templo grego Entasis: a correção ótica. Correção ótica do Parthenon. Fonte: http://www.fuenterrebollo.com/Heraldica-Piedra/atenas.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 54. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 1. O templo grego DA ORDEM A EDIFICAÇÃO O Parthenon, paradigma da arquitetura grega. O Parthenon é tido como o modelo perfeito da arquitetura grega, que se desenvolveu no período arcaico, e se situa no cume da acrópole ateniense. Projeto dos arquitetos Ictinos e Calícrates (447-438 a.C.), por iniciativa de Péricles. Formalmente é uma caixa dupla da ordem dórica: a caixa interna é hexastilo anfiprostilo, e a externa é octastilo peristilo que repousa sobre um estilobata de 60 x 30 metros. Planta e perfil do Parthenon. Fonte: http://obviousmag.org/archives/2006/08/perfeicao_divin_1.html HEXASTILO ANFIPROSTILO OCTASTILO PERISTILO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 55. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 1. O templo grego DA ORDEM A EDIFICAÇÃO O Parthenon, paradigma da arquitetura grega. Pode-se dizer que o templo possui um pronaos com duas fileiras de colunas, uma naos que guardava a estátua da deusa Atenas Parthenos revestida em marfim e ouro (arte criselefantina) e esculpida por Fídias, e estava protegida por um teto sustentado por colunas, um resquício do mégaron micênico. O templo possui ainda um grande opistodomos que guardava os tesouros da deusa e o público. Athena Varvakeion, cópia muito reduzida da Athena Parthenos de Fídias, século III a.C. Museu Arqueológico Nacional de Atenas. Plínio descreveu Athena Parthenos como tendo cerca de 12 metros de altura. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Athena_Varvakeion_-_MANA_- _Fidias.jpg Fonte: http://www.ancient.eu.com/image/944/ História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 56. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 1. O templo grego DA ORDEM A EDIFICAÇÃO O ERECTEION, ou “Templo de Erecteo” (421 – 406 a.C.) é um templo grego erguido ao norte da acrópolis de Atenas em honra à divida Atenas, Poseidon-Erecteo. De ordem jonica, é atribuído ao arquiteto Filocles e é feito em mármore pentélico. A planta irregular na encosta do terreno consta de três póticos, e o mais representativo artisticamente, é a tribuna das “CARIÁTIDES”, que indicava o túmulo do mítico rei Cécrope. A pronaos dedicada à deusa Atenas é hexaestilo e volta-se para o leste, e o outro consagrado a Poseidon-Erecteo está orientado para o oeste e se ascenbde atraves de um vestibulo com quatro colunas de frente e uma de cada lado. Fonte: http://som brasdetinta. blogspot.co m.br/2012/ 04/la- acropolis- iv-el- erecteion.h tml Branco uniforme, com um leve amarelado que o faz brilhar num tom dourado à luz do sol. A antiga pedreira é protegida por lei do governo grego e usada exclusivamente para obter material para o projeto de restauração da Acrópole. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 57. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 1. O templo grego DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Em arquitetura a CARIÁTIDE é uma estátua feminina que sustenta um entablamento sobre a cabeça. A variante, ou seja, a estátua masculina que cumpre a mesma função é dita ATLANTE. Os atlantes que sustentam o pórtico do Novo Hermitage do Museu Hermitage de São Petersburgo na Rússia, e foram esculpidos em granito por Alexandre Terebeniov. Fonte: http://jpadalbera.free.fr/petersbourg/quartier_ermitage/pages/atlantes_nouvel_ermita ge.htm As Cariátides da “Vila Adriana” em Roma (II século d.C.). Fonte: http://commons.wi kimedia.org/wiki/Fil e:Tivoli- villaadriana03.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 58. Passeio virtual pelo Partenon. VIDEO 4_AULA 9_Péricles e o Partenon.wmv Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=xD9lIMPA0wU História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 1. O templo grego DA ORDEM A EDIFICAÇÃO
  • 59. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Por volta do ano 1.500 a.C. A CASA ENCONTROU SUA FORMA URBANA, ou seja, ALINHAM SUAS DIVISAS E FACHADAS CONSOLIDANDO AS RUAS E SERVIDÕES. As plantas se desenvolvem em dois pisos, e o pavimento térreo fica destinado às atividades mais públicas e o segundo para as privadas. Em matéria de construção, passaram da taipa para os adobes. Fachada típica da casa grega por volta de 1.500 a.C., com aberturas para janelas, dois pavimentos e teto plano. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/cons truccion/1_historia/11_prerromano/c1131.ht m 2. Os espaços privados Habitações gregas. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 60. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Com a invasão dos dórios em 1.100 a.C. a cultura heládica sofre um período de 500 anos de retrocesso, e somente após 900 a.C. a questão da habitação volta a tona. Porém a planta assume a proporção de 3,5 x 5,0 m², e a base passa a ser de alvenaria de pedra. Ilustração de casa urbana grega por volta de 900 a.C. com alicerce em pedra e paredes em adobe. Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/11_prerromano/ c1131.htm 2. Os espaços privados Habitações gregas. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 61. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Por volta do ano 200 a.C., pode-se dizer que as casas erguidas nas modernas cidades e inspiradas nas mesmas levantas em Ur na Mesopotâmia 2.000 anos antes, tornam-se a HABITAÇÃO TIPO. Nela se inspiraria mais tarde a habitação romana. A CASA grega se desenvolve AO REDOR DE UM PÁTIO quadrado ou ligeiramente retangular, circundado por colunas (PÁTIO PERISTILO). Ilustração de casa urbana grega por volta de 300 a.C. com pátio em peristilo em Priene (releitura da casa-pátio da Mesopotâmia). Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/11_prerroma no/c1131.htm PÁTIO PERISTILO 2. Os espaços privados Habitações gregas. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 62. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 2. Os espaços privados DA ORDEM A EDIFICAÇÃO A superfície construída final da casa podia atingir entre 200 e 400 m². Em alguns casos, os muros externos eram feitos de pedra. Também foi muito frequente a decoração mural no interior das casas desde o período minoico, com clara influencia egípcia, em que predominavam as cores com tons avermelhados, o negro, ressaltado pelo branco e outros tons claros. Habitações gregas. Afresco Primavera proveniente de Acrotiri, Santorini, 1.600-1.500 a.C. que é composto por andorinhas com suas cabeças inclinadas e alguns até mesmo representado no ar como se estivesse em voo. Fonte: http://culturedart.blogspot.com.br/2010_10_01_archive.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 63. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 2. Os espaços privados DA ORDEM A EDIFICAÇÃO A maioria das casas possuía LATRINAS SIMPLES, desprovidas de portas, as águas servidas afluíam para um escoadouro de pedra mais abaixo, a água potável dependia das chuvas, que eram coletadas em CISTERNAS ABAIXO DO PÁTIO. O espaço urbano era setorizado segundo as funções das edificações. Habitações gregas. [1] Esquema de implantação em relação as ruas de uma habitação grega antiga. [2] Perfil de setorização do espaço urbano. Fonte: http://html.rincondelvago.com/atenas.html História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 64. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 3. Os espaços públicos DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Cadeira do Teatro de Dionísio esculpida em pedra. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ehrentribuene_Dionysostheater_Athen.jpg A VIDA PÚBLICA era polarizada entre as ATIVIDADES CULTURAIS E ESPORTIVAS. A primeira tratava da ciência e da filosofia, onde a política era uma consequência. As construções podiam ser de duas formas: com âmbito as atividades ao ar livre ou em recintos fechados. O uso de ambos os espaços era democrático. • CONSTRUÇÕES AO AR LIVRE: teatro, estádio, ginásio - palestra. • CONSTRUÇÕES EM RECINTOS FECHADOS: casa de cultura ou biblioteca, senado, hospital. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 65. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Este nome reaparece na Grécia Antiga para designar a cúpula que cobria a sala de jantar dos Prítanes (representante das tribos no conselho dos Quinhentos, na antiga Grécia). Esta forma remonta os templos circulares da pré-história, e os gregos designavam pelo mesmo termo uma edificação redonda em Epidauro, e por extensão é usado para designar QUALQUER EDIFÍCIO CIRCULAR A PARTIR DO PERÍODO ROMANO. A função exata que exerciam na Grécia antiga é desconhecida. O PHILIPPÉION foi erguido sob as ordens de Felipe II da Macedônia após a vitória na batalha de Queroneia (338 a.C). O edifício abrigava as estátuas criselefantinas (escultura com camadas feitas de marfim e vestes de madeira ornamentada com ouro batido, ou qualquer obra ou objeto de arte feito de ouro e marfim), atribuídas ao escultor Leocares, de Felipe, sua esposa Olímpias, de seu pai Amintas III, de sua mãe Eurídice e de seu filho Alexandre O Grande. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Olympie_-_Philipp%C3%A9ion.jpg Tholos. 3. Os espaços públicos História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 66. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Ilustração do Tholos de Epidauro. Fonte: http://www.cercle- sequana.fr/index.php?p ost/le-cercle O THOLOS DE EPIDAURO foi construído no século VI a.C. pelo arquiteto Policrate O Jovem. A construção é reconhecida por suas magnificas colunas coríntias. O THOLOS DE DELFOS é datado de 370 -360 a.C. e foi atribuído ao arquiteto Théodoros de Phocée, e é constituído por uma naos cercada por uma colunata dórica. Foto do Tholos de Delfos na atualidade. Fonte: http://commons.wikime dia.org/wiki/File:Greece _Delphi_Tholos.jpg Tholos. 3. Os espaços públicos História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 67. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DA ORDEM A EDIFICAÇÃO O TEATRO NA GRÉCIA ANTIGA teve suas origens ligadas a Dionísio, e durante as celebrações, que duravam seis dias, em honra ao deus, em meio a procissões e com o auxílio de fantasias e máscaras, eram entoados cantos líricos, que mais tarde evoluíram para a forma de representação plenamente cênica como a que hoje conhecemos através de peças consagradas. Seu florescimento ocorreu entre 550 a.C. e 220 a.C., sendo cultivado em especial em Atenas. Reconstituição do teatro de Dionísio em Atenas. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:DionysiusTheater.jpg Teatros. 3. Os espaços públicos História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 68. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Os prédios teatrais gregos eram construções ao ar livre, formadas em ENCOSTAS para FACILITAR O ESCALONAMENTO das arquibancadas e aproveitar a ACÚSTICA DO VALE. Eles eram formados, basicamente, da seguinte estrutura: arquibancada, orquestra, thumelê (pedra fincada no meio da orquestra para oferendas ao deus Dionísio), proscênio e palco. Partes do teatro grego: A. "Koilon”; 1: Arquibancadase cadeiras; 2: Kerkis; 3: Diazoma; 4: Escadas; B-5: Cena; 6. Proscênio; 7. Colunata da cena; C: Orquestra; 8. Coro; 9. Párodos. Fonte: http://www.guiadegrecia.com/general/teatro.html Teatros. 3. Os espaços públicos ORQUESTRA onde ocorria a maior parte da ação. TEATRON onde a audiência se sentava. SKENE usado como camarim e pano de fundo. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 69. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Teatros. 3. Os espaços públicos A PLANTA DO TEATRO estava disposta em UM SEMICÍRCULO que poderia alojar até 20.000 pessoas sentadas, e que acessavam o recinto através de dois pórticos atrás do cenário. Os exemplos mais notáveis de teatro grego são os de Pérgamo, Argos, Atenas e Epidauro. O TEATRO EVOLUIU PARA O ODEON que conservou sua planta semicircular, porém COM DIMENSÕES MENORES PARA COMPORTAR UMA COBERTURA. Ruínas do Teatro de Epidauro. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:TeatroEpidauro.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 70. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Palestra. 3. Os espaços públicos A PALESTRA ERA UM CENTRO ESPORTIVO, CULTURAL E SOCIAL composto por alojamentos ao redor de um grande pátio peristilo, no qual os atletas profissionais praticavam a luta livre ou boxe. Vitrúvio definia como palestra esta edificação quando dispunha de biblioteca e sala de reuniões para filósofos e cientistas (ORIGEM DA ESCOLA). O espaço funcionava independente e como uma parte do ginásio público (existia independente do ginásio, mas todo ginásio possuía uma palestra). Vista da palestra de Pompéia a partir do alto do muro do estádio (detalhe da piscina ao centro). Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Palestra,_Pompeii.jpg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 71. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professoras: Glauci Coelho e Isabela Bacellar DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Palestra. 3. Os espaços públicos As partes que compunham uma palestra eram: o apodyterium ou VESTIÁRIO; o konisterion ou SALA COBERTA PARA REUNIÃO DOS JOGADORES; o korykeion ou SALA DE LUTA; o loutron ou SALA DE BANHO; e, o eleotosio ou SALA DE MASSAGENS. Planta na rês do solo da palestra de Olímpia. 1. entrada; 2. pátio peristilo; 3. área de exercício (gym); 4. pórtico sul; 5. sala de exercícios; 6. sala de aula; 7. quarto dos jovens; 8. sanitários; 9. sala de estar; 10. depósito de equipamentos. Fonte: http://www.encyclopedie-universelle.com/images/cloitre-grece- Olympie-palestre-plan.jpg PÁTIO PERISTILO
  • 72. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS STOA é o termo grego para VARANDA . Originalmente um lugar de encontro da vida pública grega e comércio, protegido das intempéries e que conformava a ágora. No período clássico, a stoa tinha apenas uma nave, então, a partir do período helenístico, foram construídos espaços com até dois pavimentos. DA ORDEM A EDIFICAÇÃO Stoa. 3. Os espaços públicos Planta e perfil da Stoa de Átalos em Atenas com dois pavimentos. Pode-se dizer que foi o primeiro espaço de comercio com as características dos atuais shoppings centers. Fonte: http://www.studyblue.com/notes/note/n/sp1c/dec k/2202429 Imagem atual da Stoa de Átalos que foi reconstruída entre 1953 – 1956 pela Escola Americana de Arqueologia. Fonte: http://employees.oneonta.e du/farberas/arth/ARTH209/H ellenistic.html GALERIA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 73. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 1. A acrópole DO EDIFÍCIO AO CONJUNTO ERECTEION ESTÁTUA DE ATENA PARTENON TEMPLO DE ATENA NIKÉ PROPILEU (PÓRTICO DE ACESSO) Reconstituição da Acrópole de Atenas no período clássico. Fonte: http://www.guiageo- grecia.com/acropolis. htm A acrópole é por definição o recinto murado de uma cidade grega, que se constituía na zona mais elevada e onde se encontravam os templos e os edifícios públicos mais importantes. Destaque para ATENAS na Grécia e PÉRGAMO na Turquia. ACRÓPOLE = CENTRO da VIDA RELIGIOSA e POLÍTICA. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 74. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 1. A acrópole DO EDIFÍCIO AO CONJUNTO 1. PARTHENON 2. ANTIGO TEMPLO DE ATHENA 3. ERECHTHEUM 4. ESTÁTUA DE ATHENA 5. PROPILEUS 6. TEMPLO DE ATENA NIKE 7. ELEUSINION 8. SANTUÁRIO DE ARTEMIS 9. CHALKOTHEKE 10. PANDROSEION 11. ARREPHORION 12. ALTAR DE ATHENA 13. SANTUÁRIO DE ZEUS 14. SANTUÁRIO DE PANDION 15. ODEON DE HERODES ATTICUS 16. STOA DE EUMENES 17. SANTUÁRIO DE ASCLÉPIO 18. TEATRO DE DIONÍSIO 19. ODEON DE PÉRICLES 20. TEMENOS DE DIONÍSIO 21. AGLAUREION 22. PERIPATOS 23. CLEPSHYDRA 24. GRUTAS DA APOLLO HYPOCRAISUS, ZEUS OLÍMPICO E PAN 25. SANTUÁRIO DE AFRODITE E EROS 26. PERIPATOS INSCRIÇÃO 27. GRUTA DE AGLAUROS 28. CAMINHO PANATHENAIC Sobreposição da planta do sítio arqueológico da Acrópole de Atenas sobre imagem do Google Earth. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:AcropolisatathensSitePlanPeripatos.svg História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 75. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 2. A pólis DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA A tradição clássica grega nos levou a pensar a cidade como um conjunto de elementos arquitetônicos, individualizados e autônomos (PEREIRA, 2010, p.69). No início, o rigor na composição da edificação não existia no traçado urbano, o que conferia ao edifício um esplendor individual. O ESPAÇO EXTERIOR QUE CIRCUNDAVA O TEMPLO ERA UM PROLONGAMENTO DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-RELIGIOSA DOS GREGOS. Esta organização não ultrapassa a NOÇÃO DE PÓLIS que pode ser considerado um sinônimo de CIDADE-ESTADO. Neste ambiente, o cidadão grego (no grego “politikos”) manifestava sua visão pública livremente, e juntos configuravam uma massa articuladora de todo o espaço da pólis. ESFERA PÚBLICA DO COMUM (KOINON) EXERCIDA ATRAVÉS DA AÇÃO (PRAXIS) E DO DISCURSO (LEXIS). X ESFERA PRIVADA DA CASA (OIKOS) DA FAMÍLIA E DAQUILO QUE É PRÓPRIO (IDION) AO HOMEM. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 76. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 2. A pólis DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA Para Aristóteles uma pólis não deveria exceder o número de 10 mil cidadãos (políticos) e suas famílias, ou seja, um total entre 40 ou 50 mil habitantes. “suficientemente pequena para que todos possam falar e ser ouvidos na ágora, e grande o bastante para poder entrar em guerra com a pólis vizinha” (ARISTÓTELES apud PEREIRA, 2010, p.69). A Escola de Atenas de Rafaello Sanzio conhecido como Rafael (1510), afresco renascentista no Palácio do Vaticano (sala das assinaturas), que apresenta as principais figuras do pensamento antigo. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sanzio_01.jpg ARISTÓTELESPLATÃO PALAS ATHENASAPOLO História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 77. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 3. A ágora DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA A ÁGORA era, antes de tudo, um ESPAÇO ABERTO e definido como um “cômodo externo”, o verdadeiro centro civil da pólis, e para aonde se convergiam os cidadãos. Como espaço urbano é um espaço flexível e irregular, cujos componentes podiam ser modificados constantemente. Planta de Athenas por volta de 430 a.C. Fonte: http://es.wikipedia.org/wiki/Antigua_Atenas DESTE ESPAÇO SE ORIGINA A PRAÇA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 78. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 3. A ágora DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA Esquema da relação entre a Acrópole e a Ágora que são interligadas pelo caminho panatenaico (procissão de Athenas). Fonte: http://moleskinearquitectonico.blogspot.com.br/2011/11/el-agora-de-atenas-urbanismo.html ÁGORA ACRÓPOLIS MURALHA História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno CAMINHO PANATENAICO Linha horizontal (terrena) de peregrinação até o ponto mais alto.
  • 79. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS 3. A ágora DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA A Ágora ateniense. Fonte: http://moleskinearquitectonico.blogspot.com.br/2011/11/el-agora-de-atenas-urbanismo.html CAMINHO PANATENÁICO ODEON TEMPLO STOA CENTRAL STOA DE ÁTALO STOA PÉCILE História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 80. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA POSICIONAMENTO DOS PRINCIPAIS ASSENTAMENTOS HUMANOS DA PRÉ-HISTÓRIA ATÉ AS POLIS DO HELENISMO, SEGUNDO A CRONOLOGIA HISTÓRICA DE DOMINAÇÃO DO TERRITÓRIO “GLOBAL” CONHECIDO. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno PRÉ-HISTÓRIA Origem dos primeiros assentamentos humanos pautados por centros “religiosos” CRESCENTE FÉRTIL Consolidação das primeiras cidades, da divisão de classes e sistema de poder territorial MUNDO GRECO-ROMANO Expansão territorial de dominação cultural e econômica (urbi et orbi ↔ o mundo é Roma)
  • 81. Passeio virtual pelas cidades Gregas do Helenismo. VIDEO 5_AULA 9_As Cidades Gregas do Helenismo.wmv Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=u3z378Sx-X4 História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS GREGAS DO CONJUNTO À CIDADE: A PÓLIS GREGA
  • 82. VÍDEOS SUGERIDOS 1. CONSTRUINDO UM IMPÉRIO – GRÉCIA: https://www.youtube.com/watch?v=FxLEsqP2ld0 2. CONSTRUINDO UM IMPÉRIO - ALEXANDRE: https://www.youtube.com/watch?v=A6Cqy__s7es 3. CONSTRUINDO UM IMPÉRIO - OS PERSAS: https://www.youtube.com/watch?v=h4ukSghZdRA 4. CIVILIZAÇÕES PERDIDAS GRÉCIA: https://www.youtube.com/watch?v=L7nWlc2qoGI 5. CIVILIZAÇÕES PERDIDAS – EGEU: https://www.youtube.com/watch?v=HCUj2kcgNmA 6. A ODISSÉIA (HOMERO): https://www.youtube.com/watch?v=R52xCaypJRw 7. TROIA: ANTIGOS MITOS E MISTÉRIOS: https://www.youtube.com/watch?v=4W8h3MCFt8Y 8. BATALHAS DECISIVAS - A BATALHA DAS TERMÓPILAS: https://www.youtube.com/watch?v=9V45NKswCjs 9. BATALHAS DECISIVAS - A BATALHA DE MARATONA: https://www.youtube.com/watch?v=y_DCtXGZRk4 10.BATALHAS DECISIVAS - A BATALHA DE CINOSCÉFALOS: https://www.youtube.com/watch?v=bxIevt5jcJE 11.BATALHAS DECISIVAS - A BATALHA DE GAUGAMELA: https://www.youtube.com/watch?v=LtbRS8UXBsg 12.DEUSES GREGOS MITOLOGIA: https://www.youtube.com/watch?v=52x1veAdYMo 13.ACRÓPOLES - PARTHENON 3D: https://www.youtube.com/watch?v=WtYQBkyfb9A 14.ARCHAIC ATHENS - ΑΡΧΑΪΚΗ ΑΘΗΝΑ: https://www.youtube.com/watch?v=W4zidtrhQRg Grécia História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
  • 83. 1. ANDRADE , Don Francisco Ortega. Historia de la construcción: La Historia de la Construcción es un conjunto de fichas donde se analiza la evolución histórica de los sistemas constructivos arquitectónicos. Estas fichas han sido elaboradas por el Catedrático de Construcción Arquitectónica de la Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Las Palmas de Gran Canaria, Don Francisco Ortega Andrade. http://editorial.dca.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/index.htm (Acessado em 26- Mai-2013). 2. ALONSO PEREIRA, José Ramón. Introdução à História da Arquitetura: Das origens ao século XXI. Porto Alegre: Ed. Bookman, 2010, Capítulos 5 ao 7. 3. BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. São Paulo: Editora Perspectiva, 1993. 4. WODEHOUSE, Lawrence; MOFFETT, Marian; FAZIO, Michael. A História da Arquitetura Mundial. Ed. Bookman, 2010, pp. 55-81. REFERÊNCIAS Grécia História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno