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Jogos matemáticos

Através do lúdico, a criança resolve situações-problema
• MARIA JOSÉ BREDA SANS
Licenciada em Pedagogia com Habilitação
em Administração e Supervisão Escolar e
Orientação Educacional.
Supervisora de Pré-Escola da Rede
Municipal de Educação.
Santa Bárbara D'Oeste/SP.
• RENATA HELENA DOMINGUES
Licenciada em Pedagogia com Habilitação
em Supervisão de Pré-Escola e
Administração Escolar.
Supervisora de Pré-Escola da Rede
Municipal de Educação.
Santa Bárbara D'Oeste/SP.

O jogo tornou-se, nos últimos
tempos, objeto de interesse de psicólogos, educadores, pesquisadores, como decorrência da sua importância para a criança e da
constatação de que é uma prática
que auxilia o desenvolvimento infantil, a construção ou potencialização de conhecimentos. A
educação infantil configurou-se
como o espaço natural do jogo e
da brincadeira e tem favorecido a
concepção de ensino e aprendizagem que acredita na utilização do
jogo e da brincadeira como condição para a aprendizagem matemática.
A participação ativa da criança e a natureza lúdica e prazerosa
inerente a diferentes tipos de jogos
têm servido de argumento para fortalecer a concepção segundo a qual
aprende-se matemática brincando.
Essa afirmativa, em parte, é correta e se contrapõe à orientação de
que, para aprender matemática, é
necessário um ambiente em que
predomine a rigidez, a disciplina e
o silêncio.
No outro extremo das concepções relacionadas ao tema,
percebe-se um certo tipo de euforia na educação infantil e até mesmo nos níveis escolares posteriores, em que jogos, brinquedos e
materiais didáticos são tomados

sempre de modo indiferenciado na
atividade pedagógica: manipulação
livre ou aplicação de algumas regras, realizadas indiscriminadamente, sem finalidades mais claras ou objetivos determinados. É o
jogo pelo jogo, tomado como puro
divertimento, ou como um fim em
si mesmo, o que não é ruim para as
crianças, mas pode não resultar em
aprendizagem da matemática.
As investigações sobre o significado e o conteúdo dos jogos
infantis e o conteúdo de aprendizagem em matemática têm revelado a aproximação entre dois processos com características e alcances diferentes. O primeiro é o
de que o jogo é um fenômeno cultural com múltiplas manifestações
e significados que variam conforme a época, a cultura ou o contexto. O que caracteriza uma situação
de jogo é a atividade da criança:
sua intenção em brincar, a presença de regras que lhe permitem iden-

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tificar sua modalidade. De maneira geral, o jogo infantil compreende brincadeiras de faz-de-conta
(em que intervêm a imaginação, a
representação, a simulação), jogos
de construção (manipulação, composição e representação de objetos), jogos de regras etc. O segundo é o que considera o jogo como
estratégia didática, facilitadora da
aprendizagem, quando as situações
são planejadas e orientadas pelo
adulto, visando ao aprender, isto é,
a de proporcionar à criança a construção de algum tipo de conhecimento, alguma relação ou o desenvolvimento de alguma habilidade.
Tal objetivo não exclui, porém, a
dimensão lúdica do jogo, na medida em que sejam preservadas a disposição e a intencionalidade da criança para brincar.
O jogo cumprirá, portanto,
uma dupla função – lúdica e educativa – aliando, às finalidades do
divertimento e prazer, outras, como
o desenvolvimento afetivo, cognitivo, físico, social e moral, mani5-9,

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festadas em um grande número de
competências: escolha de estratégias, ações sensório-motoras,
interação, observação e respeito a
regras. Todas essas competências
não estão especificamente vinculadas à matemática, mas, seguramente, se manifestam e se realizam
na aprendizagem dos conteúdos
dessa área.
Brincadeiras de faz-de-conta,
jogos de construção e jogos de
regras possibilitam uma aproximação da criança com os conhecimentos matemáticos e incentivam-na a desenvolver estratégias
de resolução de problemas. É com
essa finalidade que apresentamos,
a seguir, algumas sugestões.
SUGESTÕES
DEATIVIDADES
1. Brincadeiras com tecidos
Objetivo
Trabalhar noções de sequência, cor, classificação, figuras geométricas; noções de perto/longe,
dentro/fora, em cima/embaixo, na
frente/atrás.
Materiais
• Retalhos de tecidos coloridos,
lisos.
Desenvolvimento
Cada participante deverá realizar as seguintes atividades:
- jogar uma tira de tecido para o
alto, bater palma uma vez e, assim,
sucessivamente, 2 vezes, 3, 4, ...;
- andar em círculo balançando as
tiras;
- balançar as tiras de um lado para
o outro (lado direito/esquerdo,
para cima/para baixo, para frente/
para trás etc.);
- formar grupos de acordo com a
cor das tiras;
- formar um círculo com a cor
amarela;
- formar um quadrado com a cor

verde;
- formar um retângulo com a cor
azul;
- formar um triângulo com a cor
vermelha e assim por diante;
- emendar tiras, usando critérios
de seqüência de cores. Exemplo:
azul, verde, amarelo, vermelho;
azul, verde, amarelo, vermelho...
- formar com as emendas, um círculo e realizar exercícios tais
como, pular para dentro e para fora,
afastar-se do círculo, aproximar-se
sem entrar no círculo etc.
- soltar as tiras, cada participante
devendo colocar uma na parte de
trás da calça ou do vestido e, ao
sinal convencionado, um terá que
pegar o rabinho do outro. Ganha
quem pegar o maior número de rabos.

sual, a percepção tátil e noções de
cor, tamanho, textura, forma, espessura, quantidades, figuras geométricas.

2. Comparando caixas

4. Usando barbante

Materiais
• Caixas de blocos lógicos.
Desenvolvimento
O professor espalha os blocos no chão, incentivando os alunos a pegarem cada peça, de acordo com as características determinadas. Exemplo: um círculo
azul pequeno, fino; um quadrado
grande amarelo, grosso. Depois,
solicita à criança que, com os olhos
vendados, identifique uma peça
dentre as espalhadas pela mesa.
Exemplo: – Pegue um círculo.

Objetivo
Objetivo
Desenvolver noções relacioDesenvolver noções de clasnadas a cores, tamanho e forma.
sificação, seriação, forma e tamanho.
Materiais
• Caixas de tamanhos e formas va- Materiais
riados.
• Pedaços de barbante de vários
tamanhos; folhas de papel sulfite;
Desenvolvimento
giz de cera colorido; cola.
O professor propõe a exploração do material, fazendo pergun- Desenvolvimento
tas como as que seguem.
O professor entrega pedaços
– Qual a forma da caixa? ou de barbante para cada um dos aluquais as formas das caixas?
nos, pedindo-lhes que comparem
– Qual a maior? E a menor? os tamanhos de seus barbantes.
– Qual a mais larga? E a mais
Em seguida, solicita que,
estreita? E outras a seu critério.
com os barbantes, cada um forme
Após, sugere às crianças:
círculos, colando-os um em cada
- empilhar as caixas por tamanho, folha.
da menor para a maior e vice-verOs participantes deverão:
sa; de acordo com quantidades (2, - pintar dentro de cada círculo for3, 4,...) e pular por cima;
mado pelo barbante com a cor que
- pular sobre espaços diferencia- desejarem;
dos entre as caixas.
- juntar os círculos e seriar por tamanhos;
3. Descobrindo blocos lógicos - classificar os círculos pelas cores;
Objetivo
- criar algo a partir de cada círcuDesenvolver a acuidade vi- lo.

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5. Pescaria
Objetivo
Desenvolver noções de dentro/fora, de cores, de classificação e quantidade.
Materiais
• Uma folha de papel pardo pintado com guache azul (o lago);
dobraduras de peixinhos de diversas cores; canudinhos coloridos
(de refrigerante).
Desenvolvimento
O professor chama quatro
crianças por vez e cada uma deverá escolher a cor que quiser dos
peixinhos que irá pescar e receberá um canudinho da cor do
peixinho. A seguir, as crianças sugarão os peixes com o canudo para
tirá-los do rio. Quem conseguir
pescar primeiro a maior quantidade de peixinhos será o vencedor.
6. Adivinhe se puder
Objetivo
Desenvolver a percepção tátil e noções de grande/pequeno,
grosso/fino, entre outras.
Materiais
• Uma caixa de papelão forrada;
um lenço; materiais diversos, tais
como borracha, caneta, tampa, giz
de cera, apontador, chave e sucata,
em geral.
Desenvolvimento
O professor coloca um objeto dentro da caixa e venda com o

lenço os olhos de uma criança. A
seguir, incentiva-a a pôr a mão no
interior da caixa, pegar o objeto e
descrever suas características,
usando os sentidos (tato, audição,
olfato, gosto).
A criança, então, dirá o nome
do objeto, mostrando-o aos colegas.
Se acertar, fará seu desenho
no quadro-de -giz.
O professor dá seqüência à
atividade, repetindo o mesmo procedimento, com diferentes objetos, chamando, um por um, os alunos.

O professor dá as seguintes
ordens:
- andar para frente; para trás; de
lado;
- andar apoiado nos calcanhares; a
passos largos; devagar; depressa;
pisando forte; na ponta dos pés
etc.
Se houver o caso de um grupo não se formar de acordo com
o número indicado pelo professor,
constituirá um grupo diferente,
procurando, então, entre os cartazes o número que os representa.
8. Jogando com números

7. Números

Objetivos
Identificar os números e deObjetivo
senvolver a acuidade visual, a desTrabalhar noções de quantida- treza, a coordenação motora ampla.
de e noções matemáticas, em geral.
Materiais
• 10 folhas de cartolina colorida,
Materiais
cada uma com um número dese• Cartazes com números de 2 a 9. nhado (0 a 9); um toca-fitas ou rádio.
Desenvolvimento
O professor conduz as crian- Desenvolvimento
ças a uma área livre, orientandoO professor espalha as folhas
as a caminharem desordenada- num espaço delimitado.
mente, batendo palmas.
Os alunos deverão pular, salNum dado momento, o pro- titar, ao redor dos números, ao
fessor dá ordem de parar, apresen- som de uma música. Quando o protando um cartaz com um dos nú- fessor der a ordem e indicar um
meros e solicitando que os alunos determinado número – o 5, por
se organizem em subgrupos, de exemplo – todos os alunos deveacordo com o número indicado.
rão parar ao redor ou sobre a foAo escutarem a ordem, os alu- lha com o respectivo número.
nos formam rapidamente os subgrupos com o número solicitado, Variação
pondo as mãos sobre os ombros uns
Essa atividade também pode
dos outros, formando filas.
ser feita com figuras geométricas,
seguindo-se o mesmo procedimento.
9. Jogo de argolas
Objetivo
Desenvolver a coordenação
visomotora e as noções de cores,
mais/menos, classificação e correspondência.

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Materiais
• Garrafas descartáveis cheias de
areia, numeradas de 1 a 9, decoradas com papel crepom de cores diferentes; caixa com botões coloridos para contagem.
Desenvolvimento
O professor prepara as garrafas, colocando-as agrupadas a uma
certa distância dos participantes
(de dois a seis alunos). Os demais
alunos formam a torcida.
Os participantes lançam a argola e, quando a acertam na garrafa, verificam o número contido na
mesma. Ganha o jogo nessa etapa
quem conseguir maior número de
pontos.
Cada participante terá apenas
uma chance para jogar e deverá
retirar da caixa de contagem botões na cor e na quantidade correspondentes ao número contido
na garrafa que acertou. Se não
acertar, não conta pontos. O mesmo procedimento se repete com
todos os alunos da classe.
10. Esvaziando o prato
Objetivo
Trabalhar noções de mais/
menos, de correspondência, de tirar e de quantidade.
Materiais
• Pratos de papelão; 20 botões coloridos para cada prato; 2 dados.

do de forma inversa: de acordo com
a quantidade indicada no dado,
pegar os botões, colocando-os no
prato, somando as quantidades.

orienta-as para que agrupem os
palitos com igual número de tampinhas ou fichas. Se elas não tiverem noção de conservação de quantidade, agruparão palitos em quantidade diferente ao número de fi11. Brincando com o dado
chas.
As crianças poderão utilizar
Objetivo
Trabalhar as noções de quan- o próprio corpo, formando grupos
tidade, numeral, subtração e adi- de acordo com a quantidade de
palitos e representando, dessa forção e a habilidade de comparar.
ma, a idéia da conservação.
Materiais
• Um dado grande; seis cartelas 13. Saquinhos de areia
(cada uma marcando um numeral
de 1 a 6).
Objetivo
Desenvolver a habilidade e as
Desenvolvimento
noções de orientação espacial, de
Participam deste jogo seis
alunos, cada um com uma cartela. leve/pesado, entre outras.
O professor orienta os alunos para
que cada participante lance o dado, Materiais
tentando obter o número corres- • Saquinhos de areia.
pondente ao numeral/quantidade
de sua cartela. Caso isso não ocor- Desenvolvimento
ra, o professor deverá intervir,
Atendendo às orientações do
questionando se a quantidade do professor, pequenos grupos de cridado foi igual ou diferente. Exem- anças (2 ou 3) deverão:
plo: se foi menos, se foi mais, - caminhar ao redor do saquinho;
quanto falta, quanto tem a mais etc. para trás; ao lado direito/esquerdo;
Observação
- saltar com um pé ao redor (pé
Os alunos poderão ter mate- direito, com os dois pés; como um
rial para contagem. Exemplo: fi- canguru, bem perto do saquinho;
chinhas, tampinhas e outros que como um coelho, bem longe; por
servirem para estimular o racio- cima do saquinho);
cínio.
- pegar o saquinho, lançá-lo para
o alto e pegá-lo de volta;
- pegar um saquinho em cada mão
12. Palitos de sorvetes
e comparar o peso, identificando
Objetivo
o mais leve e o mais pesado.
Desenvolver a noção de conservação de quantidade.
14. Bambolê
Materiais
Objetivo
• Palitos de sorvete; tampinhas de
Favorecer o desenvolvimengarrafas ou fichinhas de cartolina to da habilidade de orientação esou de papel-cartaz.
pacial.

Desenvolvimento
O professor prepara o material, explicando aos jogadores para
que eles, em dupla, com vinte botões em cada prato, se revezem
jogando os dados e retirando os
botões de acordo com a quantidade indicada nos dados.
Vence a dupla que esvaziar
Desenvolvimento
primeiro o prato.
O professor distribui às criVariação
anças palitos e tampinhas (ou fiEsse jogo poderá ser realiza- chas), em quantidades diferentes e
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• Bambolês (em número correspondente à quantidade de participantes).
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Desenvolvimento
O professor coloca os arcos
no chão e orienta as crianças a sentarem dentro do bambolê;
- a caminharem por cima do arco;
- a saltarem com um pé bem longe
do bambolê; com os dois pés bem
perto do bambolê; dentro do
bambolê com os dois pés;
- a caminharem por dentro do bambolê.

uma nova fila que tenha o mesmo
segredo desta que acabamos de fazer com os sapatos?
Exemplo: crianças deitadas no
chão na vertical, na horizontal ou
de frente, de lado, de bruços.
17. Jogo das diferenças
Objetivo
Desenvolver as habilidades
de comparar e discriminar.

15. Jogo dos pares
Objetivo
Desenvolver a habilidade de
comparar características das peças
e de formar pares.
Materiais
• Oito peças dos blocos lógicos
(quadrados e triângulos, grandes e
pequenos, azuis e vermelhos).
Desenvolvimento
O professor organiza as crianças em grupos de 4 jogadores e
pede ao primeiro aluno que examine as 8 peças e forme, com duas
peças quaisquer, um par. Os demais jogadores devem descobrir
qual foi o critério adotado para
formar o primeiro par, a fim de
continuarem formando pares que
obedeçam à mesma regra.
Exemplificando: o primeiro
aluno escolheu seu par – quadrados vermelhos, sendo um grande
e um pequeno (esse par só é diferente pela variação de tamanho).
Os próximos jogadores devem construir pares que mantenham a mesma regra, ou seja, formas e cores iguais, mas tamanhos
diferentes. Se o segundo e o terceiro jogadores seguirem a regra,
o quarto jogador forma o par automaticamente.
16. Os sapatos
Objetivo
Desenvolver a noção de seqüência.

Materiais
• Uma folha de papel sulfite; figuras geométricas dos blocos lógicos.
Desenvolvimento
Sobre uma folha de sulfite,
dividida, em quatro partes, o professor coloca duas figuras geométricas que contenham uma diferença. Por exemplo: um retângulo
Materiais
azul e um retângulo vermelho (uma
• Sapatos dos alunos.
diferença: cor).
O professor coloca a terceiDesenvolvimento
ra peça e desafia a criança a escoO professor propõe às crian- lher a quarta peça, observando que
ças que façam uma roda e tirem entre ela e sua vizinha deverão
os sapatos, colocando-os na sua existir as mesmas diferenças.
frente.
Pegando os sapatos de algu- Observação
mas crianças, o professor forma
As peças deverão ser colocaum conjunto-padrão no centro da das, inicialmente, com uma diferoda, repetindo-o, no mínimo, rença, depois com duas, três e, por
duas vezes. (Exemplo: 3 sapatos fim, com quatro diferenças entre
colocados de lado e 2 sapatos com elas: tamanho – cor – forma – esa sola para cima).
pessura.
Em seguida, pede que as crianças continuem a sequência de
sapatos obedecendo à mesma re- BIBL IOGRAFIA
gra. A fila irá crescer até que to- BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto.
Secretaria de Educação Fundamental. Redas as crianças tenham colocado
ferencial curricular nacional para educação
infantil. Brasília, 1998. 3 v.
todos os sapatos.
Se o professor quiser mudar o CUBERIS, Maria Tereza Gonzáles. Educação infantil e séries iniciais. Porto Alegre : Artes
padrão, poderá propor:
Médicas, 1997.
– Façam uma nova fila de sada
a capatos, mudando o segredo (regra) FALZETTA, Ricardo. Matemática 10, mão para 8-15,
beça. Revista Nova Escola, v.
n. 89, p.
da arrumação.
nov. 1995.
Para expressar o mesmo pa- KAMII, Constance. A criança e o número. Camdrão, o professor poderá propor o
pinas : Papirus, 1994.
seguinte:
SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca.
Porto Alegre : Artes Médicas, 1995.
– Vamos fazer com o corpo

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  • 1. Jogos matemáticos Através do lúdico, a criança resolve situações-problema • MARIA JOSÉ BREDA SANS Licenciada em Pedagogia com Habilitação em Administração e Supervisão Escolar e Orientação Educacional. Supervisora de Pré-Escola da Rede Municipal de Educação. Santa Bárbara D'Oeste/SP. • RENATA HELENA DOMINGUES Licenciada em Pedagogia com Habilitação em Supervisão de Pré-Escola e Administração Escolar. Supervisora de Pré-Escola da Rede Municipal de Educação. Santa Bárbara D'Oeste/SP. O jogo tornou-se, nos últimos tempos, objeto de interesse de psicólogos, educadores, pesquisadores, como decorrência da sua importância para a criança e da constatação de que é uma prática que auxilia o desenvolvimento infantil, a construção ou potencialização de conhecimentos. A educação infantil configurou-se como o espaço natural do jogo e da brincadeira e tem favorecido a concepção de ensino e aprendizagem que acredita na utilização do jogo e da brincadeira como condição para a aprendizagem matemática. A participação ativa da criança e a natureza lúdica e prazerosa inerente a diferentes tipos de jogos têm servido de argumento para fortalecer a concepção segundo a qual aprende-se matemática brincando. Essa afirmativa, em parte, é correta e se contrapõe à orientação de que, para aprender matemática, é necessário um ambiente em que predomine a rigidez, a disciplina e o silêncio. No outro extremo das concepções relacionadas ao tema, percebe-se um certo tipo de euforia na educação infantil e até mesmo nos níveis escolares posteriores, em que jogos, brinquedos e materiais didáticos são tomados sempre de modo indiferenciado na atividade pedagógica: manipulação livre ou aplicação de algumas regras, realizadas indiscriminadamente, sem finalidades mais claras ou objetivos determinados. É o jogo pelo jogo, tomado como puro divertimento, ou como um fim em si mesmo, o que não é ruim para as crianças, mas pode não resultar em aprendizagem da matemática. As investigações sobre o significado e o conteúdo dos jogos infantis e o conteúdo de aprendizagem em matemática têm revelado a aproximação entre dois processos com características e alcances diferentes. O primeiro é o de que o jogo é um fenômeno cultural com múltiplas manifestações e significados que variam conforme a época, a cultura ou o contexto. O que caracteriza uma situação de jogo é a atividade da criança: sua intenção em brincar, a presença de regras que lhe permitem iden- REVISTA DO PROFESSOR, Porto Alegre, 16 (61): tificar sua modalidade. De maneira geral, o jogo infantil compreende brincadeiras de faz-de-conta (em que intervêm a imaginação, a representação, a simulação), jogos de construção (manipulação, composição e representação de objetos), jogos de regras etc. O segundo é o que considera o jogo como estratégia didática, facilitadora da aprendizagem, quando as situações são planejadas e orientadas pelo adulto, visando ao aprender, isto é, a de proporcionar à criança a construção de algum tipo de conhecimento, alguma relação ou o desenvolvimento de alguma habilidade. Tal objetivo não exclui, porém, a dimensão lúdica do jogo, na medida em que sejam preservadas a disposição e a intencionalidade da criança para brincar. O jogo cumprirá, portanto, uma dupla função – lúdica e educativa – aliando, às finalidades do divertimento e prazer, outras, como o desenvolvimento afetivo, cognitivo, físico, social e moral, mani5-9, jan./mar. 2000 5 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer Sem título-1 5 08/08/2006, 16:44
  • 2. festadas em um grande número de competências: escolha de estratégias, ações sensório-motoras, interação, observação e respeito a regras. Todas essas competências não estão especificamente vinculadas à matemática, mas, seguramente, se manifestam e se realizam na aprendizagem dos conteúdos dessa área. Brincadeiras de faz-de-conta, jogos de construção e jogos de regras possibilitam uma aproximação da criança com os conhecimentos matemáticos e incentivam-na a desenvolver estratégias de resolução de problemas. É com essa finalidade que apresentamos, a seguir, algumas sugestões. SUGESTÕES DEATIVIDADES 1. Brincadeiras com tecidos Objetivo Trabalhar noções de sequência, cor, classificação, figuras geométricas; noções de perto/longe, dentro/fora, em cima/embaixo, na frente/atrás. Materiais • Retalhos de tecidos coloridos, lisos. Desenvolvimento Cada participante deverá realizar as seguintes atividades: - jogar uma tira de tecido para o alto, bater palma uma vez e, assim, sucessivamente, 2 vezes, 3, 4, ...; - andar em círculo balançando as tiras; - balançar as tiras de um lado para o outro (lado direito/esquerdo, para cima/para baixo, para frente/ para trás etc.); - formar grupos de acordo com a cor das tiras; - formar um círculo com a cor amarela; - formar um quadrado com a cor verde; - formar um retângulo com a cor azul; - formar um triângulo com a cor vermelha e assim por diante; - emendar tiras, usando critérios de seqüência de cores. Exemplo: azul, verde, amarelo, vermelho; azul, verde, amarelo, vermelho... - formar com as emendas, um círculo e realizar exercícios tais como, pular para dentro e para fora, afastar-se do círculo, aproximar-se sem entrar no círculo etc. - soltar as tiras, cada participante devendo colocar uma na parte de trás da calça ou do vestido e, ao sinal convencionado, um terá que pegar o rabinho do outro. Ganha quem pegar o maior número de rabos. sual, a percepção tátil e noções de cor, tamanho, textura, forma, espessura, quantidades, figuras geométricas. 2. Comparando caixas 4. Usando barbante Materiais • Caixas de blocos lógicos. Desenvolvimento O professor espalha os blocos no chão, incentivando os alunos a pegarem cada peça, de acordo com as características determinadas. Exemplo: um círculo azul pequeno, fino; um quadrado grande amarelo, grosso. Depois, solicita à criança que, com os olhos vendados, identifique uma peça dentre as espalhadas pela mesa. Exemplo: – Pegue um círculo. Objetivo Objetivo Desenvolver noções relacioDesenvolver noções de clasnadas a cores, tamanho e forma. sificação, seriação, forma e tamanho. Materiais • Caixas de tamanhos e formas va- Materiais riados. • Pedaços de barbante de vários tamanhos; folhas de papel sulfite; Desenvolvimento giz de cera colorido; cola. O professor propõe a exploração do material, fazendo pergun- Desenvolvimento tas como as que seguem. O professor entrega pedaços – Qual a forma da caixa? ou de barbante para cada um dos aluquais as formas das caixas? nos, pedindo-lhes que comparem – Qual a maior? E a menor? os tamanhos de seus barbantes. – Qual a mais larga? E a mais Em seguida, solicita que, estreita? E outras a seu critério. com os barbantes, cada um forme Após, sugere às crianças: círculos, colando-os um em cada - empilhar as caixas por tamanho, folha. da menor para a maior e vice-verOs participantes deverão: sa; de acordo com quantidades (2, - pintar dentro de cada círculo for3, 4,...) e pular por cima; mado pelo barbante com a cor que - pular sobre espaços diferencia- desejarem; dos entre as caixas. - juntar os círculos e seriar por tamanhos; 3. Descobrindo blocos lógicos - classificar os círculos pelas cores; Objetivo - criar algo a partir de cada círcuDesenvolver a acuidade vi- lo. REVISTA DO PROFESSOR, Porto Alegre, 16 (61): 5-9, jan./mar. 2000 6 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer Sem título-1 6 08/08/2006, 16:44
  • 3. 5. Pescaria Objetivo Desenvolver noções de dentro/fora, de cores, de classificação e quantidade. Materiais • Uma folha de papel pardo pintado com guache azul (o lago); dobraduras de peixinhos de diversas cores; canudinhos coloridos (de refrigerante). Desenvolvimento O professor chama quatro crianças por vez e cada uma deverá escolher a cor que quiser dos peixinhos que irá pescar e receberá um canudinho da cor do peixinho. A seguir, as crianças sugarão os peixes com o canudo para tirá-los do rio. Quem conseguir pescar primeiro a maior quantidade de peixinhos será o vencedor. 6. Adivinhe se puder Objetivo Desenvolver a percepção tátil e noções de grande/pequeno, grosso/fino, entre outras. Materiais • Uma caixa de papelão forrada; um lenço; materiais diversos, tais como borracha, caneta, tampa, giz de cera, apontador, chave e sucata, em geral. Desenvolvimento O professor coloca um objeto dentro da caixa e venda com o lenço os olhos de uma criança. A seguir, incentiva-a a pôr a mão no interior da caixa, pegar o objeto e descrever suas características, usando os sentidos (tato, audição, olfato, gosto). A criança, então, dirá o nome do objeto, mostrando-o aos colegas. Se acertar, fará seu desenho no quadro-de -giz. O professor dá seqüência à atividade, repetindo o mesmo procedimento, com diferentes objetos, chamando, um por um, os alunos. O professor dá as seguintes ordens: - andar para frente; para trás; de lado; - andar apoiado nos calcanhares; a passos largos; devagar; depressa; pisando forte; na ponta dos pés etc. Se houver o caso de um grupo não se formar de acordo com o número indicado pelo professor, constituirá um grupo diferente, procurando, então, entre os cartazes o número que os representa. 8. Jogando com números 7. Números Objetivos Identificar os números e deObjetivo senvolver a acuidade visual, a desTrabalhar noções de quantida- treza, a coordenação motora ampla. de e noções matemáticas, em geral. Materiais • 10 folhas de cartolina colorida, Materiais cada uma com um número dese• Cartazes com números de 2 a 9. nhado (0 a 9); um toca-fitas ou rádio. Desenvolvimento O professor conduz as crian- Desenvolvimento ças a uma área livre, orientandoO professor espalha as folhas as a caminharem desordenada- num espaço delimitado. mente, batendo palmas. Os alunos deverão pular, salNum dado momento, o pro- titar, ao redor dos números, ao fessor dá ordem de parar, apresen- som de uma música. Quando o protando um cartaz com um dos nú- fessor der a ordem e indicar um meros e solicitando que os alunos determinado número – o 5, por se organizem em subgrupos, de exemplo – todos os alunos deveacordo com o número indicado. rão parar ao redor ou sobre a foAo escutarem a ordem, os alu- lha com o respectivo número. nos formam rapidamente os subgrupos com o número solicitado, Variação pondo as mãos sobre os ombros uns Essa atividade também pode dos outros, formando filas. ser feita com figuras geométricas, seguindo-se o mesmo procedimento. 9. Jogo de argolas Objetivo Desenvolver a coordenação visomotora e as noções de cores, mais/menos, classificação e correspondência. REVISTA DO PROFESSOR, Porto Alegre, 16 (61): 5-9, jan./mar. 2000 7 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer Sem título-1 7 08/08/2006, 16:44
  • 4. Materiais • Garrafas descartáveis cheias de areia, numeradas de 1 a 9, decoradas com papel crepom de cores diferentes; caixa com botões coloridos para contagem. Desenvolvimento O professor prepara as garrafas, colocando-as agrupadas a uma certa distância dos participantes (de dois a seis alunos). Os demais alunos formam a torcida. Os participantes lançam a argola e, quando a acertam na garrafa, verificam o número contido na mesma. Ganha o jogo nessa etapa quem conseguir maior número de pontos. Cada participante terá apenas uma chance para jogar e deverá retirar da caixa de contagem botões na cor e na quantidade correspondentes ao número contido na garrafa que acertou. Se não acertar, não conta pontos. O mesmo procedimento se repete com todos os alunos da classe. 10. Esvaziando o prato Objetivo Trabalhar noções de mais/ menos, de correspondência, de tirar e de quantidade. Materiais • Pratos de papelão; 20 botões coloridos para cada prato; 2 dados. do de forma inversa: de acordo com a quantidade indicada no dado, pegar os botões, colocando-os no prato, somando as quantidades. orienta-as para que agrupem os palitos com igual número de tampinhas ou fichas. Se elas não tiverem noção de conservação de quantidade, agruparão palitos em quantidade diferente ao número de fi11. Brincando com o dado chas. As crianças poderão utilizar Objetivo Trabalhar as noções de quan- o próprio corpo, formando grupos tidade, numeral, subtração e adi- de acordo com a quantidade de palitos e representando, dessa forção e a habilidade de comparar. ma, a idéia da conservação. Materiais • Um dado grande; seis cartelas 13. Saquinhos de areia (cada uma marcando um numeral de 1 a 6). Objetivo Desenvolver a habilidade e as Desenvolvimento noções de orientação espacial, de Participam deste jogo seis alunos, cada um com uma cartela. leve/pesado, entre outras. O professor orienta os alunos para que cada participante lance o dado, Materiais tentando obter o número corres- • Saquinhos de areia. pondente ao numeral/quantidade de sua cartela. Caso isso não ocor- Desenvolvimento ra, o professor deverá intervir, Atendendo às orientações do questionando se a quantidade do professor, pequenos grupos de cridado foi igual ou diferente. Exem- anças (2 ou 3) deverão: plo: se foi menos, se foi mais, - caminhar ao redor do saquinho; quanto falta, quanto tem a mais etc. para trás; ao lado direito/esquerdo; Observação - saltar com um pé ao redor (pé Os alunos poderão ter mate- direito, com os dois pés; como um rial para contagem. Exemplo: fi- canguru, bem perto do saquinho; chinhas, tampinhas e outros que como um coelho, bem longe; por servirem para estimular o racio- cima do saquinho); cínio. - pegar o saquinho, lançá-lo para o alto e pegá-lo de volta; - pegar um saquinho em cada mão 12. Palitos de sorvetes e comparar o peso, identificando Objetivo o mais leve e o mais pesado. Desenvolver a noção de conservação de quantidade. 14. Bambolê Materiais Objetivo • Palitos de sorvete; tampinhas de Favorecer o desenvolvimengarrafas ou fichinhas de cartolina to da habilidade de orientação esou de papel-cartaz. pacial. Desenvolvimento O professor prepara o material, explicando aos jogadores para que eles, em dupla, com vinte botões em cada prato, se revezem jogando os dados e retirando os botões de acordo com a quantidade indicada nos dados. Vence a dupla que esvaziar Desenvolvimento primeiro o prato. O professor distribui às criVariação anças palitos e tampinhas (ou fiEsse jogo poderá ser realiza- chas), em quantidades diferentes e REVISTA DO PROFESSOR, Porto Alegre, 16 (61): Materiais • Bambolês (em número correspondente à quantidade de participantes). 5-9, jan./mar. 2000 8 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer Sem título-1 8 08/08/2006, 16:44
  • 5. Desenvolvimento O professor coloca os arcos no chão e orienta as crianças a sentarem dentro do bambolê; - a caminharem por cima do arco; - a saltarem com um pé bem longe do bambolê; com os dois pés bem perto do bambolê; dentro do bambolê com os dois pés; - a caminharem por dentro do bambolê. uma nova fila que tenha o mesmo segredo desta que acabamos de fazer com os sapatos? Exemplo: crianças deitadas no chão na vertical, na horizontal ou de frente, de lado, de bruços. 17. Jogo das diferenças Objetivo Desenvolver as habilidades de comparar e discriminar. 15. Jogo dos pares Objetivo Desenvolver a habilidade de comparar características das peças e de formar pares. Materiais • Oito peças dos blocos lógicos (quadrados e triângulos, grandes e pequenos, azuis e vermelhos). Desenvolvimento O professor organiza as crianças em grupos de 4 jogadores e pede ao primeiro aluno que examine as 8 peças e forme, com duas peças quaisquer, um par. Os demais jogadores devem descobrir qual foi o critério adotado para formar o primeiro par, a fim de continuarem formando pares que obedeçam à mesma regra. Exemplificando: o primeiro aluno escolheu seu par – quadrados vermelhos, sendo um grande e um pequeno (esse par só é diferente pela variação de tamanho). Os próximos jogadores devem construir pares que mantenham a mesma regra, ou seja, formas e cores iguais, mas tamanhos diferentes. Se o segundo e o terceiro jogadores seguirem a regra, o quarto jogador forma o par automaticamente. 16. Os sapatos Objetivo Desenvolver a noção de seqüência. Materiais • Uma folha de papel sulfite; figuras geométricas dos blocos lógicos. Desenvolvimento Sobre uma folha de sulfite, dividida, em quatro partes, o professor coloca duas figuras geométricas que contenham uma diferença. Por exemplo: um retângulo Materiais azul e um retângulo vermelho (uma • Sapatos dos alunos. diferença: cor). O professor coloca a terceiDesenvolvimento ra peça e desafia a criança a escoO professor propõe às crian- lher a quarta peça, observando que ças que façam uma roda e tirem entre ela e sua vizinha deverão os sapatos, colocando-os na sua existir as mesmas diferenças. frente. Pegando os sapatos de algu- Observação mas crianças, o professor forma As peças deverão ser colocaum conjunto-padrão no centro da das, inicialmente, com uma diferoda, repetindo-o, no mínimo, rença, depois com duas, três e, por duas vezes. (Exemplo: 3 sapatos fim, com quatro diferenças entre colocados de lado e 2 sapatos com elas: tamanho – cor – forma – esa sola para cima). pessura. Em seguida, pede que as crianças continuem a sequência de sapatos obedecendo à mesma re- BIBL IOGRAFIA gra. A fila irá crescer até que to- BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Redas as crianças tenham colocado ferencial curricular nacional para educação infantil. Brasília, 1998. 3 v. todos os sapatos. Se o professor quiser mudar o CUBERIS, Maria Tereza Gonzáles. Educação infantil e séries iniciais. Porto Alegre : Artes padrão, poderá propor: Médicas, 1997. – Façam uma nova fila de sada a capatos, mudando o segredo (regra) FALZETTA, Ricardo. Matemática 10, mão para 8-15, beça. Revista Nova Escola, v. n. 89, p. da arrumação. nov. 1995. Para expressar o mesmo pa- KAMII, Constance. A criança e o número. Camdrão, o professor poderá propor o pinas : Papirus, 1994. seguinte: SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca. Porto Alegre : Artes Médicas, 1995. – Vamos fazer com o corpo REVISTA DO PROFESSOR, Porto Alegre, 16 (61): 5-9, jan./mar. 2000 9 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer Sem título-1 9 08/08/2006, 16:44
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