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Núcleo de
VigilâNcia das
   ZooNoses



   Maria da Glória W. Cardozo
        Médica Veterinária
1) DOENÇA DE CHAGAS
2) MALÁRIA
3) FEBRE MACULOSA
4) ESQUISTOSSOMOSE
5)   LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
6)  LEISHMANIOSE VISCERAL
7) ESPOROTRICOSE
8) TOXOPLASMOSE
9) RAIVA
10) LEPTOSPIROSE
ZooNoses
São  as doenças transmitidas para o homem a partir de
 fontes animais.
Na maioria dessas doenças, animais domésticos ou
 silvestres atuam com reservatório de infecção,
 podendo o animal apresentar doença ou apenas ser
 portador do agente infeccioso.
Ex: Raiva ,LTA,LV,Febre Maculosa,Doença de Chagas,
 Leptospirose, Esporotricose
aNTRoPoZooNose
Doença    transmitida ao homem, por reservatório
 animal.
Ex: Esporotricose,Raiva.
ZooaNTRoPoNose
 Doença transmitida aos animais, a partir de
  reservatório humano.
Ex: Esquistossomose,tuberculose bacilo humano
aNTRoPoNose
Infecção  cuja transmissão se restringe aos
 seres humanos.
Ex: Malária , Dengue.
 Doenças que possuem, no seu ciclo, um
  hospedeiro vertebrado e um local de
  desenvolvimento ou reservatório não animal.
Ex: Toxoplasmose , Esporotricose .
ZOONOSE
 DOENÇA  DE CHAGAS
 FEBRE MACULOSA
 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 LEISHMANIOSE VISCERAL
 ESPOROTRICOSE
 TOXOPLASMOSE
 RAIVA

ANTROPONOSE
o MALÁRIA / DENGUE
ANTROPOZOONOSE
o ESPOROTRICOSE
ZOOANTROPONOSE
o ESQUISTOSSOMOSE
doeNÇa de cHagas


Zoonose    causada por protozoário
 (tripanosoma cruzi),que afeta o
 homem e diversos mamíferos
 domésticos e silvestres(Preguiças,
 morcegos, roedores, marsupiais,
 coelhos, cães )de transmissão
 vetorial(triatomíneos-”barbeiro”) .
Definição de caso
CASO SUSPEITO DE DCA
 Paciente com febre prolongada (mais de 7 dias) com esplenomegalia
  e/ou acometimento cardíaco agudo e/ou Sinal de Romaña ou
  Chagoma de inoculação.
 E que seja residente ou visitante de área onde haja ocorrência de
  triatomíneos, com histórico de transfusão de hemoderivados ou
  transplante de órgãos ou Ingestão de alimento suspeito de
  contaminação.*Santa Catarina-2005(caldo de cana)-,Pará-2006(açaí)


CASO CONFIRMADO DE DCA
 Paciente que apresente T. cruzi circulante no sangue periférico,
  identificado por meio de exame parasitológico direto, com ou sem
  presença de sinais e sintomas
 Paciente com sorologia positiva para anticorpos IgM anti-T. cruzi na
  presença de evidencias clinicas e epidemiológicas indicativas de
  DCA.
CASO DE DOENÇA DE CHAGAS CONGÊNITA
 recém-nascido de mãe com exame sorológico ou parasitológico
  positivo para T. cruzi, que apresente exame parasitológico
  positivo para T. cruzi, a partir do nascimento, ou exame
  sorológico positivo a partir do sexto mês de nascimento, e que
  não apresente evidencia de infecção por qualquer outra forma
  de transmissão.

CASO DE DOENÇA DE CHAGAS CRÔNICA
 Individuo com pelo menos dois exames sorológicos, ou com
  hemocultivo, ou xenodiagnostico positivos para T. cruzi e que
  presente:
 - Forma indeterminada - Nenhuma manifestação clinica,
  radiológica ou eletrocardiográfica compatível com DC;
 - Forma cardíaca - Exames compatíveis com miocardiopatia
  chagásica;
 - Forma digestiva - Exames compatíveis com megaesôfago ou
  megacolon;
 - Forma associada - Exames compatíveis com miocardiopatia
  chagásica e algum tipo de mega.
Principais fontes dos casos:


•   Laboratórios
•   Serviços de Hemoterapia
•   Assistência médica ambulatorial e hospitalar
•   Inquéritos sorológicos
•   Declaração de óbitos
DOENÇA DE CHAGAS
Fluxo da DCA
MalÁRia
Doença    infecciosa febril aguda,cujo agentes
 etiológicos (Plasmodium sp ) são protozoários
 transmitidos por vetores(mosquito Anopheles).
 Não é considerada uma zoonose pois o
 homem é o único reservatório com
 importância epidemiológica.
Definições de caso
SUSPEITO
ÁREA ENDÊMICA
   Toda pessoa que apresente febre seja residente ou tenha se deslocado para
    área onde haja transmissão de Malária, no período de 8 a 30 dias anterior a
    data dos primeiros sintomas;
   Toda pessoa testada para Malária durante investigação epidemiológica.
 
ÁREA NÃO ENDÊMICA
   Toda pessoa que seja residente ou tenha se deslocado para área onde haja
    transmissão de Malaria, no período de 8 a 30 dias anterior a data dos primeiros
    sintomas, e que apresente febre acompanhada ou não dos seguintes sintomas:
    cefaléia, calafrios sudorese, cansaço, mialgia;
   Toda pessoa testada para Malária durante investigação epidemiológica.
 Observação: Existe a possibilidade de aparecimento de sintomas em período
  maior de 30 dias apos contato com áreas de transmissão de Malaria, e casos
  de Malaria decorrentes de transmissão não vetorial.
     Estes casos também devem ser notificados.
 CONFIRMADO
   Critério clínico-laboratorial - toda pessoa cuja presença de parasito ou
    algum de seus componentes, tenha sido identificada no sangue pelo exame
    laboratorial.
   Descartado: caso suspeito com diagnostico laboratorial negativo para
    Malária ou positivo para outra doença.
MALÁRIA
Fluxo da Malária
Critérios de cura clínica -LVC
 Lâmina   de Verificação de Cura (LVC) – classifica-se como
  LVC o exame de microscopia (gota espessa e esfregaço)
  realizado durante e após tratamento recente, em paciente
  previamente diagnosticado para malária, por busca ativa ou
  passiva.
 Para a Região não-Amazônica – a realização dos controles
  periódicos pela LVC durante os primeiros 40 (P. falciparum) e
  60 dias (P. vivax) após o início do tratamento deve constituir-
  se na conduta regular na atenção a todos os pacientes
  maláricos nessa região.
BP- Busca ativa
BA -Busca passiva
LVC- Lâmina de verificação de cura
FeBRe MacUlosa



 Zoonose  reemergente no Brasil e de grande impacto para a
 saúde pública, devido à dificuldade de diagnóstico e à alta
 mortalidade em casos humanos não tratados precocemente. A
 bactéria Rickettsia rickettsii, agente etiológico FMB, pode causar
 uma doença potencialmente fatal em seres humanos e cães. De
 transmissão vetorial (carrapatos do gênero
 Amblyomma) quando o artrópode permanece aderido ao
 hospedeiro por um período de 4 a 6 horas.
Definições de caso
SUSPEITO
   Febre de moderada a alta
   Cefaléia, de inicio súbito
   Mialgia
   Historia de picada de carrapatos e/ou contato com animais domésticos e/ou silvestres e/ou
    tenha freqüentado área sabidamente de transmissão da Febre Maculosa, nos últimos 15 dias
 Febre de inicio súbito
   Mialgia
   Cefaléia
   Exantema maculopapular, entre 2 a 5 dias dos sintomas e/ou manifestações hemorrágicas,
    excluídas outras patologias.
 CONFIRMADO
Critério laboratorial
   o agente etiológico isolado em cultura ou pesquisa imunohistoquimica positiva para antígenos
    de Rickettsia sp.,
    Sorologia de duas amostras, colhidas com intervalo médio de 10 a 14 dias, mostrar
    soroconversao de 4 vezes o titulo
Critério clinico-epidemiologico,
   Quando o paciente for a óbito com quadro compatível de Febre Maculosa Brasileira e tenha
    antecedentes epidemiológicos.
 
COMPATÍVEL
   Individuo com clinica sugestiva de Febre Maculosa Brasileira que apresente reação sorológica
    positiva, RIFI com titulo ≥1/64, em amostra unica.
    
FEBRE MACULOSA
Todo     caso suspeito de febre
 maculosa        requer      imediata
 notificação e investigação, por se
 tratar de doença grave. Um caso
 pode significar a existência de um
 surto, o que impõe a imediata
 adoção de medidas de controle.
 (Doença de Notificação Compulsória)
Fluxo da Febre Maculosa
*Fluxo (amostras pareadas)
 Material: Soro
• Fase da coleta:
   1º amostra no início dos sintomas(fase aguda)
  2º amostra -2 semanas após a coleta da 1º amostra(fase
  de convalescência) em torno de 15 a 21 dias.(4 x = positivo)
• Quantidade e recipiente: 0,5 ml de soro (tubo seco) - 
  sangue em tubo sem anticoagulante e centrifugado.
• Conservação: soro-geladeira (4 a 8 graus) caso seja
  enviado no mesmo dia. Transporte em caixa de isopor
  com gelo
  Caso for armazenar, congelar a -20°C o soro da 1º
  amostra e enviar junto com a 2º amostra.
 PCR - sangue em EDTA e congelar em -20°C até envio
  juntamente com o soro
esQUisTossoMose
           Antroponose? Zooantroponose?
                   Anfixenose?
             Doença infecciosa parasitária, de veiculação
hídrica,provocada por helminto do gênero Schistosoma, cuja
transmissão ocorre quando o indivíduo suscetível entra em
contato com águas superficiais onde existam caramujos
(Biomphalaria sp ) hospedeiros intermediários.
ESQUITOSSOMOSE
Doença  de notificação compulsória em áreas
 endêmicas e não endêmicas segundo a
 Portaria N.º 2.472, de 31 de Agosto de 2010
 (DOU de 1º/09/2010 Seção I pág. 50)- SINAM
SINTOMAS
Fase aguda
Dermatite cercariana(até 5 dias pós infecção )
Febre de Katayama, (linfodenopatia, febre,
   anorexia, dor abdominal e cefaléia.)
  
Forma crônica
Diarréia (com sangue) e epigastralgia,
   emagrecimento , endurecimento do fígado,
   com aumento do seu volume, (granulomatose
   periportal ou fibrose de Symmers ”barriga
   d’água”.)
Definições de caso
CASO SUSPEITO DE ESQUISTOSSOMOSE
 Individuo residente e/ou procedente de área endêmica com
  quadro clinico sugestivo das formas aguda, crônica ou
  assintomática, com historia de contato com as coleções de
  águas onde existam caramujos eliminando cercarias.

CASO CONFIRMADO DE ESQUISTOSSOMOSE
 Qualquer caso suspeito que apresente ovos viáveis de S.
  mansoni nas fezes ou em tecido submetido a biopsia.
CASO DESCARTADO
 Caso suspeito ou notificado sem confirmação laboratorial
FLUXO DA ESQUISTOSSOMOSE
leisHMaNiose
             TegUMeNTaR

Doença   infecciosa não-contagiosa causada por um
 protozoário(Leishmania sp)de transmissão
 vetorial(flebótomíneo)que acomete pele e mucosas.
Primariamente uma zoonose, afeta outros animais que
 não o homem,o qual pode ser acometido
 secundariamente.
DEFINIÇÃO DE CASO
LEISHMANIOSE CUTÂNEA
   Ulcera cutânea, com fundo granuloso e bordas infiltradas
em moldura.
 
LEISHMANIOSE MUCOSA
   Ulcera na mucosa nasal, com ou sem perfuração, ou perda do septo nasal,
    podendo atingir lábios, palato e nasofaringe.
 
CASO CONFIRMADO
   Individuo com suspeita clinica que apresente
-Residência, procedência ou deslocamento em área com confirmação de
   transmissão,associado um dos seguintes critérios: :
•   Encontro do parasita nos exames parasitológico ,OU
•   Intradermorreação de Montenegro (IDRM) positiva ,OU
•   Sem associação a outro critério, quando não há acesso a métodos de diagnostico
 
OBS: Nas formas mucosas, considerar a presença de cicatrizes cutâneas anteriores
  como critério complementar para a confirmação do diagnostico.
Leishmaniose tegumentar
Fluxo da LTA
IMPORTANTE
Acompanhamento do Paciente

Confirmado    o diagnóstico,inicia-se o
 tratamento e acompanha-se mensalmente
 (avaliação da cura)pelos três primeiros
 meses e,uma vez curado, bimensalmente
 até completar 12 meses após o término
 tratamento
leisHMaNiose
        VisceRal

            É uma zoonose causada por um
protozoário (Leishmania sp) de transmissão
vetorial    (flebótomíneo)   de      caráter
eminentemente rural. Mais recentemente,
vem se expandindo para áreas urbanas de
médio e grande porte e se tornou um
crescente problema de saúde pública.
DEFINIÇÃO DE CASO
Caso humano suspeito:
• Individuo proveniente de área com transmissão
  apresentando febre e esplenomegalia
• Individuo de área sem ocorrência de transmissão com
  febre e esplenomegalia,desde que descartados outros
  diagnósticos mais freqüentes na região.
Caso humano confirmado:
• Critério clínico-laboratorial: exame parasitológico
  positivo ou imunofluorescencia reativa com titulo a partir
  de 1:80, desde que excluídos outros diagnósticos
  diferenciais.
• Critério clínico-epidemiológico: são os casos de área
  com transmissão de LV, com suspeita clinica sem
  confirmação laboratorial, mas com resposta favorável ao
  teste terapêutico.
Leishmaniose Visceral
Fluxo da LV
Medidas de Controle
 Medidas   educativas
 Organização de serviços de saúde
 Controle químico - O controle químico imediato esta
  indicado para as áreas com registro do 1o caso
  autóctone de LV e em áreas de surto. Já nas áreas de
  transmissão moderada e intensa, o controle químico
  devera ser programado, ou seja, para o momento em
  que se verifica o aumento da densidade vetorial. Nas
  áreas de transmissão esporádica, o controle químico não
  esta indicado.
 Controle do reservatório canino- Eutanásia canina é
  recomendada a todos os animais sororreagentes, ou
  seja, títulos a partir de 1:40 e/ou com exame
  parasitológico positivo
vv
esPoRoTRicose

É  uma zoonose (Saprozoonose?)causada pelo
 fungo Sporothrix schenckii (micose), que atinge
 animais e seres humanos e é encontrado na
 natureza, principalmente em plantas ou em
 terra rica em matéria orgânica.
A transmissão se dá geralmente através de
 ferimentos com espinhos, contato com terra,
 bicadas de aves, arranhões ou mordidas de
 gatos infectados.
DEFINIÇÃO
                       DE CASO
 CASO   SUSPEITO
 Paciente com lesão ou múltiplas lesões cutâneas em trajeto de vasos linfáticos
  que apresente história epidemiológica de contato com gato doente ou
  manipulação de matéria orgânica previamente ao aparecimento das lesões.
 
CRITÉRIO DE CONFIRMAÇÃO:
 Laboratorial: Paciente com amostra clínica com isolamento do S. schenckii.
 Clínico-epidemiológico: Paciente com quadro clínico compatível com
  esporotricose e história de vinculo epidemiológico sem realização e ou
  confirmação de isolamento do S. schenckii.
 Clínico: Paciente com quadro clínico compatível com esporotricose e
  resposta ao tratamento específico sem história de vinculo epidemiológico e
  de realização e ou confirmação de isolamento do S.schenckii
Fluxo da ESPOROTRICOSE
Cultura para Esporotricose - LACEN
Amostra:
Aspirado de lesões, raspado de tecido subcutâneo e escarro
Coleta:
 a Tecido de biópsia – transportados em gaze estéril, umedecida
  com solução fisiológica estéril, sem adição de bacteriostáticos, em
  recipiente estéril com tampa de rosca. Não devem ser congeladas,
  nem expostas a desidratação;
 B) Exsudatos – desinfetar a pele com lesões e aspirar o exsudato
  com seringa e agulha estéril. A própria seringa pode servir como
  recipiente de transporte, se a agulha for tampada;
 C) Escarro - higienizar a cavidade bucal e orofaringe por
  escovação e gargarejo com antisséptico bucal ou, na ausência
  deles, água. Coletar 3 amostras matutinas sucessivas. Transportar
  em frascos estéreis e enviar em 2 horas ao laboratório ou
  refrigerar em geladeira (2 a 8ºC) até o envio. Escarro com mais de
  24 horas não são apropriados.
Esporotricose
ToXoPlasMose

             Zoonose cosmopolita, causada por protozoário(Toxoplasma
    sp.) cujos hospedeiros definitivos são os gatos e outros felídeos.Os
    hospedeiros intermediários são os homens , outros mamíferos não
    felinos e as aves.
    Transmissão:
•   Ingestão de oocisto no solo /areia (contaminado com fezes de
    gatos)
•   Ingestão de carne crua mal cozida (cistos)
•   Infecção transplacentária (40% de fetos de mães infectadas)
•   A Toxoplasmose adquirida na gestação e congênita passou a
    integrar a Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas
    (LNCS)segundo a PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE
    2011-MS.
CICLO DA TOXOPLASMOSE
Definição do caso
•   Toxoplasmose          febril   aguda:   Geralmente
    assintomática. Febre, pneumonia difusa, miocardite,
    miosite,    hepatite,     encefalite  e  exantema
    maculopapular.

•   Linfadenite      toxoplásmica:        Linfoadenopatia
    localizada

•   Toxoplasmose ocular: Retinite aguda e crônica
 
•   Toxoplasmose neonatal: baixo peso, coriorretinite
                     neonatal
    pós-maturidade, estrabismo, icterícia e hepatomegalia,
    pneumonia, miocardite ou Hepatite
Fluxo da TOXOPLASMOSE
Toxoplasmose
CONCLUSÃO
A   Esporotricose é uma micose profunda causada
  por um fungo dimórfico, o Sporothrix schenckii,
  saprófito com reservatório natural no solo, vegetais
  e madeira apodrecida. Sua maior prevalência está
  em áreas tropicais e subtropicais , e usualmente
  penetra no organismo através de traumatismo com
  rompimento da integridade epidérmica .
 No caso a paciente relatou uma recente perfuração
  do Lóbulo Auricular para colocação de brincos,que
  foi seguida de reação inflamatória local.
 Provavelmente o fungo foi inoculado pela mão da
  própria paciente ao manusear a perfuração da
  orelha, funcionado como “vetor mecânico” do
  fungo.Fato que normalmente é atribuído aos
  felinos.
 
Méd.Veterinária: Maria da Glória W. Car do zo

Núcleo de Vigilância das ZOONOSES
V igilância Epidemiológica - SEMUS-NI
 (21)26684516        Cel.(21)99486543

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Zoonoses e doenças transmitidas por vetores

  • 1. Núcleo de VigilâNcia das ZooNoses Maria da Glória W. Cardozo Médica Veterinária
  • 2. 1) DOENÇA DE CHAGAS 2) MALÁRIA 3) FEBRE MACULOSA 4) ESQUISTOSSOMOSE 5) LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA 6) LEISHMANIOSE VISCERAL 7) ESPOROTRICOSE 8) TOXOPLASMOSE 9) RAIVA 10) LEPTOSPIROSE
  • 3. ZooNoses São as doenças transmitidas para o homem a partir de fontes animais. Na maioria dessas doenças, animais domésticos ou silvestres atuam com reservatório de infecção, podendo o animal apresentar doença ou apenas ser portador do agente infeccioso. Ex: Raiva ,LTA,LV,Febre Maculosa,Doença de Chagas, Leptospirose, Esporotricose
  • 4. aNTRoPoZooNose Doença transmitida ao homem, por reservatório animal. Ex: Esporotricose,Raiva.
  • 5. ZooaNTRoPoNose  Doença transmitida aos animais, a partir de reservatório humano. Ex: Esquistossomose,tuberculose bacilo humano
  • 6. aNTRoPoNose Infecção cuja transmissão se restringe aos seres humanos. Ex: Malária , Dengue.
  • 7.  Doenças que possuem, no seu ciclo, um hospedeiro vertebrado e um local de desenvolvimento ou reservatório não animal. Ex: Toxoplasmose , Esporotricose .
  • 8. ZOONOSE  DOENÇA DE CHAGAS  FEBRE MACULOSA  LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA  LEISHMANIOSE VISCERAL  ESPOROTRICOSE  TOXOPLASMOSE  RAIVA ANTROPONOSE o MALÁRIA / DENGUE ANTROPOZOONOSE o ESPOROTRICOSE ZOOANTROPONOSE o ESQUISTOSSOMOSE
  • 9. doeNÇa de cHagas Zoonose causada por protozoário (tripanosoma cruzi),que afeta o homem e diversos mamíferos domésticos e silvestres(Preguiças, morcegos, roedores, marsupiais, coelhos, cães )de transmissão vetorial(triatomíneos-”barbeiro”) .
  • 10. Definição de caso CASO SUSPEITO DE DCA  Paciente com febre prolongada (mais de 7 dias) com esplenomegalia e/ou acometimento cardíaco agudo e/ou Sinal de Romaña ou Chagoma de inoculação.  E que seja residente ou visitante de área onde haja ocorrência de triatomíneos, com histórico de transfusão de hemoderivados ou transplante de órgãos ou Ingestão de alimento suspeito de contaminação.*Santa Catarina-2005(caldo de cana)-,Pará-2006(açaí) CASO CONFIRMADO DE DCA  Paciente que apresente T. cruzi circulante no sangue periférico, identificado por meio de exame parasitológico direto, com ou sem presença de sinais e sintomas  Paciente com sorologia positiva para anticorpos IgM anti-T. cruzi na presença de evidencias clinicas e epidemiológicas indicativas de DCA.
  • 11.
  • 12. CASO DE DOENÇA DE CHAGAS CONGÊNITA  recém-nascido de mãe com exame sorológico ou parasitológico positivo para T. cruzi, que apresente exame parasitológico positivo para T. cruzi, a partir do nascimento, ou exame sorológico positivo a partir do sexto mês de nascimento, e que não apresente evidencia de infecção por qualquer outra forma de transmissão. CASO DE DOENÇA DE CHAGAS CRÔNICA  Individuo com pelo menos dois exames sorológicos, ou com hemocultivo, ou xenodiagnostico positivos para T. cruzi e que presente:  - Forma indeterminada - Nenhuma manifestação clinica, radiológica ou eletrocardiográfica compatível com DC;  - Forma cardíaca - Exames compatíveis com miocardiopatia chagásica;  - Forma digestiva - Exames compatíveis com megaesôfago ou megacolon;  - Forma associada - Exames compatíveis com miocardiopatia chagásica e algum tipo de mega.
  • 13. Principais fontes dos casos: • Laboratórios • Serviços de Hemoterapia • Assistência médica ambulatorial e hospitalar • Inquéritos sorológicos • Declaração de óbitos
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. MalÁRia Doença infecciosa febril aguda,cujo agentes etiológicos (Plasmodium sp ) são protozoários transmitidos por vetores(mosquito Anopheles). Não é considerada uma zoonose pois o homem é o único reservatório com importância epidemiológica.
  • 21. Definições de caso SUSPEITO ÁREA ENDÊMICA  Toda pessoa que apresente febre seja residente ou tenha se deslocado para área onde haja transmissão de Malária, no período de 8 a 30 dias anterior a data dos primeiros sintomas;  Toda pessoa testada para Malária durante investigação epidemiológica.   ÁREA NÃO ENDÊMICA  Toda pessoa que seja residente ou tenha se deslocado para área onde haja transmissão de Malaria, no período de 8 a 30 dias anterior a data dos primeiros sintomas, e que apresente febre acompanhada ou não dos seguintes sintomas: cefaléia, calafrios sudorese, cansaço, mialgia;  Toda pessoa testada para Malária durante investigação epidemiológica.  Observação: Existe a possibilidade de aparecimento de sintomas em período maior de 30 dias apos contato com áreas de transmissão de Malaria, e casos de Malaria decorrentes de transmissão não vetorial. Estes casos também devem ser notificados.  CONFIRMADO  Critério clínico-laboratorial - toda pessoa cuja presença de parasito ou algum de seus componentes, tenha sido identificada no sangue pelo exame laboratorial.  Descartado: caso suspeito com diagnostico laboratorial negativo para Malária ou positivo para outra doença.
  • 22.
  • 25. Critérios de cura clínica -LVC  Lâmina de Verificação de Cura (LVC) – classifica-se como LVC o exame de microscopia (gota espessa e esfregaço) realizado durante e após tratamento recente, em paciente previamente diagnosticado para malária, por busca ativa ou passiva.  Para a Região não-Amazônica – a realização dos controles periódicos pela LVC durante os primeiros 40 (P. falciparum) e 60 dias (P. vivax) após o início do tratamento deve constituir- se na conduta regular na atenção a todos os pacientes maláricos nessa região.
  • 26.
  • 27. BP- Busca ativa BA -Busca passiva LVC- Lâmina de verificação de cura
  • 28.
  • 29. FeBRe MacUlosa  Zoonose reemergente no Brasil e de grande impacto para a saúde pública, devido à dificuldade de diagnóstico e à alta mortalidade em casos humanos não tratados precocemente. A bactéria Rickettsia rickettsii, agente etiológico FMB, pode causar uma doença potencialmente fatal em seres humanos e cães. De transmissão vetorial (carrapatos do gênero Amblyomma) quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por um período de 4 a 6 horas.
  • 30. Definições de caso SUSPEITO  Febre de moderada a alta  Cefaléia, de inicio súbito  Mialgia  Historia de picada de carrapatos e/ou contato com animais domésticos e/ou silvestres e/ou tenha freqüentado área sabidamente de transmissão da Febre Maculosa, nos últimos 15 dias  Febre de inicio súbito  Mialgia  Cefaléia  Exantema maculopapular, entre 2 a 5 dias dos sintomas e/ou manifestações hemorrágicas, excluídas outras patologias.  CONFIRMADO Critério laboratorial  o agente etiológico isolado em cultura ou pesquisa imunohistoquimica positiva para antígenos de Rickettsia sp.,  Sorologia de duas amostras, colhidas com intervalo médio de 10 a 14 dias, mostrar soroconversao de 4 vezes o titulo Critério clinico-epidemiologico,  Quando o paciente for a óbito com quadro compatível de Febre Maculosa Brasileira e tenha antecedentes epidemiológicos.   COMPATÍVEL  Individuo com clinica sugestiva de Febre Maculosa Brasileira que apresente reação sorológica positiva, RIFI com titulo ≥1/64, em amostra unica.   
  • 31.
  • 32. FEBRE MACULOSA Todo caso suspeito de febre maculosa requer imediata notificação e investigação, por se tratar de doença grave. Um caso pode significar a existência de um surto, o que impõe a imediata adoção de medidas de controle. (Doença de Notificação Compulsória)
  • 33. Fluxo da Febre Maculosa
  • 34. *Fluxo (amostras pareadas)  Material: Soro • Fase da coleta: 1º amostra no início dos sintomas(fase aguda) 2º amostra -2 semanas após a coleta da 1º amostra(fase de convalescência) em torno de 15 a 21 dias.(4 x = positivo) • Quantidade e recipiente: 0,5 ml de soro (tubo seco) -  sangue em tubo sem anticoagulante e centrifugado. • Conservação: soro-geladeira (4 a 8 graus) caso seja enviado no mesmo dia. Transporte em caixa de isopor com gelo Caso for armazenar, congelar a -20°C o soro da 1º amostra e enviar junto com a 2º amostra.  PCR - sangue em EDTA e congelar em -20°C até envio juntamente com o soro
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38. esQUisTossoMose Antroponose? Zooantroponose? Anfixenose? Doença infecciosa parasitária, de veiculação hídrica,provocada por helminto do gênero Schistosoma, cuja transmissão ocorre quando o indivíduo suscetível entra em contato com águas superficiais onde existam caramujos (Biomphalaria sp ) hospedeiros intermediários.
  • 39. ESQUITOSSOMOSE Doença de notificação compulsória em áreas endêmicas e não endêmicas segundo a Portaria N.º 2.472, de 31 de Agosto de 2010 (DOU de 1º/09/2010 Seção I pág. 50)- SINAM
  • 40. SINTOMAS Fase aguda Dermatite cercariana(até 5 dias pós infecção ) Febre de Katayama, (linfodenopatia, febre, anorexia, dor abdominal e cefaléia.)    Forma crônica Diarréia (com sangue) e epigastralgia, emagrecimento , endurecimento do fígado, com aumento do seu volume, (granulomatose periportal ou fibrose de Symmers ”barriga d’água”.)
  • 41.
  • 42. Definições de caso CASO SUSPEITO DE ESQUISTOSSOMOSE  Individuo residente e/ou procedente de área endêmica com quadro clinico sugestivo das formas aguda, crônica ou assintomática, com historia de contato com as coleções de águas onde existam caramujos eliminando cercarias. CASO CONFIRMADO DE ESQUISTOSSOMOSE  Qualquer caso suspeito que apresente ovos viáveis de S. mansoni nas fezes ou em tecido submetido a biopsia. CASO DESCARTADO  Caso suspeito ou notificado sem confirmação laboratorial
  • 44.
  • 45.
  • 46. leisHMaNiose TegUMeNTaR Doença infecciosa não-contagiosa causada por um protozoário(Leishmania sp)de transmissão vetorial(flebótomíneo)que acomete pele e mucosas. Primariamente uma zoonose, afeta outros animais que não o homem,o qual pode ser acometido secundariamente.
  • 47. DEFINIÇÃO DE CASO LEISHMANIOSE CUTÂNEA  Ulcera cutânea, com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura.   LEISHMANIOSE MUCOSA  Ulcera na mucosa nasal, com ou sem perfuração, ou perda do septo nasal, podendo atingir lábios, palato e nasofaringe.   CASO CONFIRMADO  Individuo com suspeita clinica que apresente -Residência, procedência ou deslocamento em área com confirmação de transmissão,associado um dos seguintes critérios: : • Encontro do parasita nos exames parasitológico ,OU • Intradermorreação de Montenegro (IDRM) positiva ,OU • Sem associação a outro critério, quando não há acesso a métodos de diagnostico   OBS: Nas formas mucosas, considerar a presença de cicatrizes cutâneas anteriores como critério complementar para a confirmação do diagnostico.
  • 48.
  • 51. IMPORTANTE Acompanhamento do Paciente Confirmado o diagnóstico,inicia-se o tratamento e acompanha-se mensalmente (avaliação da cura)pelos três primeiros meses e,uma vez curado, bimensalmente até completar 12 meses após o término tratamento
  • 52. leisHMaNiose VisceRal  É uma zoonose causada por um protozoário (Leishmania sp) de transmissão vetorial (flebótomíneo) de caráter eminentemente rural. Mais recentemente, vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte e se tornou um crescente problema de saúde pública.
  • 53. DEFINIÇÃO DE CASO Caso humano suspeito: • Individuo proveniente de área com transmissão apresentando febre e esplenomegalia • Individuo de área sem ocorrência de transmissão com febre e esplenomegalia,desde que descartados outros diagnósticos mais freqüentes na região. Caso humano confirmado: • Critério clínico-laboratorial: exame parasitológico positivo ou imunofluorescencia reativa com titulo a partir de 1:80, desde que excluídos outros diagnósticos diferenciais. • Critério clínico-epidemiológico: são os casos de área com transmissão de LV, com suspeita clinica sem confirmação laboratorial, mas com resposta favorável ao teste terapêutico.
  • 54.
  • 55.
  • 56.
  • 57.
  • 60. Medidas de Controle  Medidas educativas  Organização de serviços de saúde  Controle químico - O controle químico imediato esta indicado para as áreas com registro do 1o caso autóctone de LV e em áreas de surto. Já nas áreas de transmissão moderada e intensa, o controle químico devera ser programado, ou seja, para o momento em que se verifica o aumento da densidade vetorial. Nas áreas de transmissão esporádica, o controle químico não esta indicado.  Controle do reservatório canino- Eutanásia canina é recomendada a todos os animais sororreagentes, ou seja, títulos a partir de 1:40 e/ou com exame parasitológico positivo
  • 61. vv
  • 62.
  • 63.
  • 64. esPoRoTRicose É uma zoonose (Saprozoonose?)causada pelo fungo Sporothrix schenckii (micose), que atinge animais e seres humanos e é encontrado na natureza, principalmente em plantas ou em terra rica em matéria orgânica. A transmissão se dá geralmente através de ferimentos com espinhos, contato com terra, bicadas de aves, arranhões ou mordidas de gatos infectados.
  • 65. DEFINIÇÃO DE CASO  CASO SUSPEITO  Paciente com lesão ou múltiplas lesões cutâneas em trajeto de vasos linfáticos que apresente história epidemiológica de contato com gato doente ou manipulação de matéria orgânica previamente ao aparecimento das lesões.   CRITÉRIO DE CONFIRMAÇÃO:  Laboratorial: Paciente com amostra clínica com isolamento do S. schenckii.  Clínico-epidemiológico: Paciente com quadro clínico compatível com esporotricose e história de vinculo epidemiológico sem realização e ou confirmação de isolamento do S. schenckii.  Clínico: Paciente com quadro clínico compatível com esporotricose e resposta ao tratamento específico sem história de vinculo epidemiológico e de realização e ou confirmação de isolamento do S.schenckii
  • 66.
  • 68. Cultura para Esporotricose - LACEN Amostra: Aspirado de lesões, raspado de tecido subcutâneo e escarro Coleta:  a Tecido de biópsia – transportados em gaze estéril, umedecida com solução fisiológica estéril, sem adição de bacteriostáticos, em recipiente estéril com tampa de rosca. Não devem ser congeladas, nem expostas a desidratação;  B) Exsudatos – desinfetar a pele com lesões e aspirar o exsudato com seringa e agulha estéril. A própria seringa pode servir como recipiente de transporte, se a agulha for tampada;  C) Escarro - higienizar a cavidade bucal e orofaringe por escovação e gargarejo com antisséptico bucal ou, na ausência deles, água. Coletar 3 amostras matutinas sucessivas. Transportar em frascos estéreis e enviar em 2 horas ao laboratório ou refrigerar em geladeira (2 a 8ºC) até o envio. Escarro com mais de 24 horas não são apropriados.
  • 70.
  • 71. ToXoPlasMose Zoonose cosmopolita, causada por protozoário(Toxoplasma sp.) cujos hospedeiros definitivos são os gatos e outros felídeos.Os hospedeiros intermediários são os homens , outros mamíferos não felinos e as aves. Transmissão: • Ingestão de oocisto no solo /areia (contaminado com fezes de gatos) • Ingestão de carne crua mal cozida (cistos) • Infecção transplacentária (40% de fetos de mães infectadas) • A Toxoplasmose adquirida na gestação e congênita passou a integrar a Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas (LNCS)segundo a PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011-MS.
  • 73. Definição do caso • Toxoplasmose febril aguda: Geralmente assintomática. Febre, pneumonia difusa, miocardite, miosite, hepatite, encefalite e exantema maculopapular. • Linfadenite toxoplásmica: Linfoadenopatia localizada • Toxoplasmose ocular: Retinite aguda e crônica   • Toxoplasmose neonatal: baixo peso, coriorretinite neonatal pós-maturidade, estrabismo, icterícia e hepatomegalia, pneumonia, miocardite ou Hepatite
  • 74.
  • 77.
  • 78. CONCLUSÃO A Esporotricose é uma micose profunda causada por um fungo dimórfico, o Sporothrix schenckii, saprófito com reservatório natural no solo, vegetais e madeira apodrecida. Sua maior prevalência está em áreas tropicais e subtropicais , e usualmente penetra no organismo através de traumatismo com rompimento da integridade epidérmica .  No caso a paciente relatou uma recente perfuração do Lóbulo Auricular para colocação de brincos,que foi seguida de reação inflamatória local.  Provavelmente o fungo foi inoculado pela mão da própria paciente ao manusear a perfuração da orelha, funcionado como “vetor mecânico” do fungo.Fato que normalmente é atribuído aos felinos.  
  • 79. Méd.Veterinária: Maria da Glória W. Car do zo Núcleo de Vigilância das ZOONOSES V igilância Epidemiológica - SEMUS-NI (21)26684516 Cel.(21)99486543