- O documento apresenta informações sobre literatura infantil, incluindo o filme "Deu a Louca na Chapeuzinho Vermelho", o que é literatura infantil, a história infantil como forma de consciência de mundo, a origem da literatura infantil e o gênero conto.
- É fornecida uma análise da adaptação do filme em relação ao conto original de Chapeuzinho Vermelho e como cada autor pode reinventar a história.
- As características da literatura infantil e sua função de educar moralmente as crianças
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
Atps lite (2)
1. ELISIA ANDRADE DOS SANTOS 374733
MARIA DE FATIMA DOS S. DE OLIVEIRA 381248
MARIA HELENA COELHO BECHARA 364410
HOSANA SOUZA GONÇALVES 379177
PÓLO: MACAÉ/RJ
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP-CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
DISCIPLINA:LITERATURA INFANTIL
CURSO: PEDAGOGIA
TUTOR PRESENCIAL: WYLLER CERUTTI
TUTOR A DISTÂNCIA:PRISCILA DOS
SANTOS VIDOTTI
JUNHO/ 2014
2. SUMÁRIO
• INTRODUÇÃO
• FILME: DEU A LOUCA NA CHAPEUZINHO VERMELHO
• AFINAL O QUE É LITERATURA INFANTIL
• LITERATURA INFANTIL
• A HISTÓRIA INFANTIL COMO FORMA DE CONCIÊNCIA MUNDO
• ORIGEM DA LITERATURA INFANTIL
• CONTO
• OS PRIMEIROS CONTOS
• FAIXA ETÁRIA
• REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
3. FILME: DEU A LOUCA NA CHAPEUZINHO VERMELHO
No filme os protagonistas favorecem para o universo infantil uma versão totalmente
oposta a história contada pelo livro, onde o lobo não come a chapeuzinho e a vovó desempenha
grande papel além de ser praticante de esportes radicais, o lobo perde sua violência, e outros
personagens como o detetive Nick Pirueta e os vilões, entre eles o coelho, que não existem no conto,
criando assim uma trama policial. A investigação é desencadeada pelo roubo do livro de receitas,
único elo que aparece na história da Chapeuzinho Vermelho; já que ela ia levar bolos para a vovó. O
filme é divertido e agrada não só as crianças como também os adultos. Podemos observar que nos
contos, a história da Chapeuzinho tem duas versões, a primeira, os caçadores salvam a vovó e
chapeuzinho, abrem a barriga do lobo, retirando-as vivas, já na segunda versão a chapeuzinho
aprende a lição, não ouve mais o lobo, e seguindo pela floresta.
4. Com o passar do tempo, percebemos que cada autor reinventa uma versão diferente, e
os protagonistas centrais continuam presentes na história; ou seja cria possibilidades dentro do
universo infantil, a criança passa a investigar, qual a verdadeira história.
No filme Deu a Louca na Chapeuzinho, de forma sucinta ele passa uma mensagem, onde
as mulheres deixam de ser frágeis, vovó enfrenta tudo e todos e a chapeuzinho não tem medo de
nada,seguindo assim os passos da sua avó. As diferenças entre o livro e o filme são muitas; como as
tecnologias. Para nós conhecedores das histórias narradas através de livros, estamos aguçando a
criatividade, trabalhando a oralidade e escrita das crianças. O filme também é uma forma divertida de
acrescentarmos um pouco mais esse universo literário infantil.
5. AFINAL O QUE LITERATURA INFANTIL
Descobrir, explorar, aprender…
E criar novos mundos, novas realidades – o céu não é o limite para aquele que lê!
Embora tenhamos informações em excesso a cada vez que “surfamos” no mundo virtual, a literatura
apresenta a crianças, jovens e adultos um horizonte infinito em histórias, romances, poemas, contos,
e muito mais.
Mas… o que é mesmo literatura? A palavra literatura vem do latim “litteris” que significa
“letra”, que também quer dizer “escritos, cartas” e parece referir-se, primordialmente, à palavra escrita
ou impressa. Em latim, literatura significa uma instrução ou um conjunto de saberes ou habilidades de
escrever e ler bem e se relaciona com as artes da gramática, da retórica e da poética. Segundo o
crítico e historiador literário José Veríssimo, várias são as acepções do termo literatura: conjunto da
produção intelectual humana escrita; conjunto de obras literárias; conjunto das obras sobre um dado
assunto, ao que chamamos bibliografia de um assunto ou matéria; boas letras; e uma variedade de
Arte, a arte literária.
6. LITERATURA INFANTIL
A literatura infantil é destinada especialmente às crianças entre dois a dez anos de idade.
O conteúdo de uma obra infantil precisa ser de fácil entendimento pela criança que a lê, seja por si
mesma, ou com a ajuda de uma pessoa mais velha. Além disso, precisa ser interessante e, acima de
tudo, estimular a criança. Os primeiros livros direcionados as crianças foram feitos por professores e
pedagogos no final do século XVII, com o objetivo de passar valores e criar hábitos. Atualmente a
literatura infantil não tem só este objetivo, hoje também é usada para propiciar uma nova visão da
realidade, diversão e lazer. Obras literárias destinadas às crianças com dois a quatro anos de idade
possuem apenas grupos deQuase toda obra literária infantil possui algumas características em
comum, embora exceções existam:
7. A HISTÓRIA INFANTIL COMO FORMA DE
CONSCIÊNCIA DE MUNDO
É no encontro com qualquer forma de Literatura que os homens têm a oportunidade de
ampliar, transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida. Nesse sentido, a Literatura
apresenta-se não só como veículo de manifestação de cultura, mas também de ideologias.
A Literatura Infantil, por iniciar o homem no mundo literário, deve ser utilizada como
instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de
analisar o mundo. Sendo fundamental mostrar que a literatura deve ser encarada, sempre, de modo
global e complexo em sua ambigüidade e pluralidade.
Até bem pouco tempo, em nosso século, a Literatura Infantil era considerada como um
gênero secundário, e vista pelo adulto como algo pueril (nivelada ao brinquedo) ou útil (forma de
entretenimento). A valorização da Literatura Infantil, como formadora de consciência dentro da vida
cultural das sociedades, é bem recente.
Para investir na relação entre a interpretação do texto literário e a realidade, não há
melhor sugestão do que obras infantis que abordem questões de nosso tempo e problemas
universais, inerentes ao ser humano.
”Infantilizar" as crianças não cria cidadãos capazes de interferir na organização de uma
sociedade mais consciente e democrática
8. ORIGEM DA LITERATURA INFANTIL
A vontade de contar histórias nasceu há muitos anos atrás, como forma de comunicação
entre os homens, quando contavam uns aos outros as suas vivências e experiências de vida.
Com o passar do tempo, foi-se formando a literatura infantil, que actualmente é um texto que discute
valores morais, sentimentos e atitudes e tem como público-alvo, as crianças entre os dois e dez anos
de idade. A sua função é educar moralmente as crianças e demarcar claramente o bem a ser
aprendido pelas crianças e o mal a ser desprezado pelas mesmas.
Neste tipo de literatura as histórias necessitam de ser elaboradas de uma forma que seja
facilmente entendida pelas crianças que as lêem ou ouvem, para que as possam compreender sem
qualquer tipo de problema.
Estas histórias são no fundo aquelas que tratam dos problemas das crianças, dirigindo-se
às suas fantasias, transmitindo as suas emoções, respondendo à sua necessidade de não se
contentar com a própria vida.
Resumindo, a literatura infantil veio corresponder aos anseios do leitor e à sua
identificação com a mesma e serve como instrumento para a sensibilização da consciência, para a
expansão da capacidade e interesse em analisar o mundo.
9. CONTO
Conto é uma obra de ficção que cria um universo de seres e acontecimentos, de fantasia
ou imaginação. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto
de vista e enredo..
Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. Mais curto que A novela
ou o romance, o conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax.
Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o conto. O
conto é conciso.
No que se refere às origens, o mesmo remonta aos tempos antigos, representado pelas
narrativas orais dos antigos povos nas noites de luar, passando pelos gregos e romanos, lendas
orientais, parábolas bíblicas, novelas medievais italianas, pelas fábulas francesas de Esopo e La
Fontaine, chegando até os livros, como hoje conhecemos. Em meio a esta trajetória, revestiu-se de
inúmeras classificações, resultando nas chamadas antologias, as quais reúnem os contos por
nacionalidade: brasileiro, russo, francês e por categorias relacionadas ao gênero, denominando-se
em contos maravilhosos, policiais, de amor, ficção científica, fantásticos, de terror, mistério, dentre
outras classificações, tais como tradicional, moderno e contemporâneo.
•
10. OS PRIMEIROS CONTOS
O conto inicialmente fazia parte da literatura oral, com origem na narrativa de mitos e
lendas. Foi com Boccaccio, autor do Decamerão, que o conto pela primeira vez ocupou um lugar entre
as grandes obras universais. Os contos do Decamerão deram origem à novela renascentista italiana.
Os espanhóis também se dedicaram a um ramo dessa novela, através do subgênero criado por
Cervantes e denominado "novela exemplar". Quase desaparecido durante o século XVII, o gênero
ressurgiu no século seguinte, como "conto filosófico", meio de que se utilizaram Voltaire e Diderot para
a exposição de suas idéias.
Na Alemanha, depois do romantismo, surgiu o "conto gótico", com a introdução de
elementos fantásticos e sobrenaturais em sua composição, tendo C.T.A. Hoffmann como o seu maior
representante..
11. Em Portugal, foram grandes contistas Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco e Fialho de
Almeida. No Brasil, alguns consideram Machado de Assis como o maior contista da literatura
brasileira. Outros autores importantes, porém, entre os quais Monteiro Lobato, Lima Barreto e Simões
Lopes Neto. Nos dias atuais, podem ser citados Dalton Trevisan e Clarice Lispector, dois escritores
que se notabilizaram no gênero. Atribui-se a Mário de Andrade a feição moderna que o conto adquiriu
no Brasil depois do modernismo. . Sem chegar a exercer grande influência em seu próprio país,
Hoffmann constituiu, no entanto, modelo seguido por grandes escritores de outros países, entre os
quais Edgar Allan Poe, nos E.U.A. Despido de qualquer sentido filosófico, o "conto gótico" foi
substituído pelo conto policial (veja CONAN DOYLE, SIR ARTHUR), até ganhar, no século XX,
significações especiais e profundas com autores como Kafka, Jorge Luís Borges e Julio Cortázar.
Guy Maupassant, na França, e Anton Tchekov, na Rússia, foram dois grandes nomes na história do
gênero.