O documento discute os parâmetros normais e alterações patológicas avaliadas no exame de Doppler hepático, incluindo a veia porta, artéria hepática e veias hepáticas. Detalha os calibres, direção do fluxo, velocidade e padrões normais destas estruturas, assim como possíveis achados patológicos como trombose, estenose e formação de colaterais. O documento fornece referências bibliográficas sobre os valores de velocidade de fluxo esperados nestas estruturas.
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Doppler hepático hemodinâmica
1. •Médico Radiologista - Titular CBR
•Doutor em Ciências da Saúde – UNIFESP
•Assistente de Pesquisas DDI- UNIFESP
•Assistente de Pesquisas Centro Cochrane do Brasil
•Coordenador US DASA São Paulo
Wagner Iared
2. Não existe conflito de interesse nessa
apresentação/ There is no conflict of
interest in this presentation
4. Apresentação das características normais e
principais alterações patológicas das estruturas
vasculares que devem ser avaliadas no exame
de US com Doppler Hepático
SUMÁRIO
5. Doppler
• Veia Porta
• Artéria hepática
• Veias hepáticas
• Pesquisa de circulação colateral
6. Veia Porta
• Calibre
• Conteúdo
• Presença de fluxo
• Direção do fluxo
• Velocidade de fluxo
7. • Calibre normal
até 13 mm
• Variação do calibre com a inspiração
profunda
> 20%
Bolondi L et al. Radiology 1982;142:167–72
Veia Porta
S=80% E=100%
8. • Direção do fluxo
Hepatopetal / anterógrado
• Variável com a respiração
Veia Porta
11. • Causas de fluxo pulsátil na veia porta
– Insuficiência valvar tricúspide
– Insuficiência Cardíaca de câmaras direitas
– Cirrose com formação de shunt arterio-portal
– Telangiectasia hemorrágica hereditária (Osler–Weber–
Rendu) com formação de fístulas arteriovenosas
Veia Porta
McNaughton & Abu-Yousef. RadioGraphics 2011;31:161–188
12. Autor / ano Velocidade de fluxo na
veia porta – Indivíduos
normais
Velocidade de fluxo na
veia porta – Pacientes com
cirrose
Iowa et al / 1997 15,9 +/- 2,8 cm/s 11,0 +/- 2,4 cm/s
Gorka et al / 1996 31,0 +/-1,4 cm/s 15,1+/- 4,2 cm/s
Zironi et al / 1992 19,6 +/-2,6 cm/s 13,0 +/- 3,2 cm/s
Normal: 16 - 40 cm/s
Veia Porta
Goyal N et al. Clinical Radiology (2009)64, 1056-1066
Iwao T et al. Am J Gastroenterol. 1997 Jun; 92(6): 1012-7
Zironi G et al. J Hepatol 1992; 16: 298-303
15. Veia Porta
• Causas de fluxo helicoidal na veia porta
– Fisiológico (2% da população)
– Shunts portossistêmicos patológicos
– Invasão tumoral
– Transplante (PO imediato ou desproporção dos
diâmetros da anastomose portal)
– Pós TIPS
18. Parâmetros normais
com paciente em jejum
• Veia porta
– Calibre até 13 mm
– Aumento de calibre com a inspiração profunda:
normal > 20%
– Fluxo hepatopetal, levemente pulsátil, variável com a
respiração
– Velocidade 16 - 40 cm/s
Goyal N et al. Clinical Radiology (2009)64, 1056-1066
Iwao T et al. Am J Gastroenterol. 1997 Jun; 92(6): 1012-7
Zironi G et al. J Hepatol 1992; 16: 298-303
19. Parâmetros normais
com paciente em jejum
• Artéria hepática
– Calibre até 3 mm
– VPS: 30-40cm/s
– VD: 10-15 cm/s
– IR: 0,55-0,70
– IP: 1,16-1,24
22. Artéria Hepática
• Índice de Resistência
– Elevado (>0,70)
• Fisiológico
– Idosos
– Pós prandial
• Patológico
– Doença hepática crônica (cirrose)
– Congestão venosa
– Rejeição de transplante
– Reduzido (< 0,55)
– Estenose proximal (anastomose, ateromatose)
– Síndrome do ligamento arqueado
– Cirrose com formação de shunt arterio-portal
– Telangiectasia hemorrágica hereditária (Osler–Weber–Rendu)
23. Artéria Hepática
• Índice Vascular Hepático
IVH = VELOCIDADE MÉDIA DA VEIA PORTA
IP DA ARTÉRIA HEPÁTICA
S = 97%
E = 93%.
• Relação de fluxo
– veia porta / artéria hepática
– 70-80% veia porta
– 20-30% artéria hepática
* Iwao T et al. Am J Gastroenterol. 1997 Jun; 92(6): 1012-7
(NORMAL > 12) *
24. Parâmetros normais
com paciente em jejum
• Veias hepáticas
– Calibre de até 10 mm
– Medida a uma distância de 20 mm da VCI
– Fluxo pulsátil (geralmente fásico – tetra-inflexional)
– transmissão retrógrada das variações pressóricas
do átrio direito
32. Redução da fasicidade das
Veias Hepáticas
Baik SK et al 2006
Kim MY et al 2007
Avaliação invasiva da pressão portal
Tratamento com drogas vasoativas (terlipressin;
propranolol)
Tendência a normalização do padrão de fluxo das veias
hepáticas após redução da hipertensão portal em
cirróticos
Baik SK et al. Radiology. 2006 Aug;240(2):574-80
Kim MY et al. Liver Int. 2007 Oct;27(8):1103-10
33. Redução da fasicidade das
Veias Hepáticas
Borges et al. UFU - 2011
40 pctes com DHGNA - biópsia
40 controles sadios
95% dos voluntários - padrão trifásico
55% doentes - perda do padrão
Borges V et al. Radiol Bras. 2011 Jan/Fev;44(1):1–6
34. Parâmetros normais
com paciente em jejum
• Veia esplênica e veia mesentérica superior
– Calibre até 9 mm
– Fluxo hepatopetal, semelhante ao da veia porta
35. Parâmetros normais
com paciente em jejum
• Veia esplênica e veia mesentérica superior
– Calibre até 9 mm
– Fluxo hepatopetal, semelhante ao da veia porta
Baik SK et al. Radiology. 2006 Aug;240(2):574-80.
Kim MY et al. Liver Int. 2007 Oct;27(8):1103-10
Enlarged recanalized umbilical vein. A, Sagittal view of the left lobe of the liver shows a dilated umbilical vein (arrow) measuring more than 10 mm in diameter. The left portal vein (LPV) is also seen. B, Similar color Doppler view confirming hepatofugal flow within the recanalized umbilical vein (arrow).
Paraumbilical collaterals. Magnified sagittal color Doppler view of the inferior aspect of the left lobe of the liver
Sonographic caput medusa. Sagittal panoramic view of the anterior abdomen shows a recanalized umbilical vein (white arrows) traveling inferiorly to the periumbilical region where it becomes quite tortuous (black arrows). This is the sonographic equivalent of a caput medusa.