SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  29
AVALIAÇÃO DAS DEMÊNCIAS NA APS 
Dra. Alessandra Marques Braga
DEMÊNCIAS - INTRODUÇÃO 
 No Brasil, o fenômeno de envelhecimento possui particular importância, 
pois é um dos países em desenvolvimento onde esse processo ocorre com 
maior velocidade. 
 Queda da taxa de natalidade e aumento da expectativa de vida e 
avanços biotecnológicos. 
 Esse processo implica um maior impacto na Saúde Pública, pois a 
elevação do número de idosos acarreta um aumento do número de 
doenças crônicas e degenerativas 
 Maior gasto com planejamento de políticas de saúde 
 Aumento da prevalência de demências, em especial a doença de 
Alzheimer.
DEMÊNCIAS - CONCEITO 
 Demência é um declínio cognitivo e/ou comportamental crônico, em 
geral progressivo, com restrições graduais nas atividades da vida diária, e 
que não pode ser explicado por modificações na consciência, na 
mobilidade ou em alterações sensitivas. 
 Síndromes demenciais -> uma das principais causas de incapacidade e 
morbimortalidade nesta parcela da população. 
 Apesar de existir uma ampla variedade de testes para detecção de 
demências, muitos deles possuem limitações para aplicação na prática 
clínica, principalmente em cenários de atenção primária à saúde.
DEMÊNCIAS - DIAGNÓSTICO 
 Segundo os critérios do National Institute of Neurological and 
Communicative Disorders and Stroke and Alzheimer’s Disease and Related 
Disorders Association, o diagnóstico de Doença de Alzheimer se dá pelo 
exame clínico, documentado por Mini-Exame do Estado Mental 
(MINIMENTAL), ou exames similares, confirmado por avaliação 
neuropsicológica. 
 O paciente deve apresentar declínio progressivo da memória e pelo 
menos outra função cognitiva (linguagem, função visuo-espacial, 
atividades profissionais ou sociais do indivíduo). 
 Estudos mostram que 50 66% de todos os caso de demências em atenção 
primária à saúde não recebem o diagnóstico correto, principalmente nas 
fases leve a moderada (Aprahamian et al, 2008)
DEMÊNCIAS - DIAGNÓSTICO 
Apesar de pouco utilizado na prática clínica, um dos motivos para realizar o 
rastreio de alterações cognitivas é que a aplicação de testes de rastreio para 
identificação de pacientes com Comprometimento Cognitivo Leve ou 
quadros demenciais permite aos pacientes e seus cuidadores receberem 
orientações e cuidados adequados nas fases precoces da síndromes 
demenciais, além da detecção e tratamento das causas secundárias 
potencialmente reversíveis (Boustani et al, 2003)
INSTRUMENTOS DIAGNÓSTICOS 
COMPLEMENTARES 
 Testes laboratoriais 
 Hemograma completo 
 Eletrólitos 
 Glicose de jejum 
 Função renal 
 Função hepática 
 TSH 
 Vitamina B12 
 VDRL / FTAB-S 
 EEG 
 Padrão normal ou alterações inespecíficas, como aumento de ondas lentas. 
 TC de Crânio 
 Doença de Alzheimer: atrofia hipocampal e parietal 
 Demência fronto-temporal: atrofia frontal e temporal 
 Demência vascular: infarto de vasos do território da ACA, ACP e pequenos vasos 
 Punção liquórica: não recomendado para rastreio rotineiro!
COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE 
 Nas síndromes demenciais nas fases precoces, a utilização do MINIMENTAL 
pode gerar um resultado insensível. Isso ocorre principalmente em 
indivíduos de escolaridade elevada, pois estes podem ter pontuação 
considerada normal. 
 Testes cognitivos mais abrangentes, como o Cambridge Cognitive 
Examination – CAMCOG (Roth et al, 1986) ou mesmo avaliações 
neuropsicológicas extensas, são mais sensíveis na distinção entre indivíduos 
normais daqueles em estágios iniciais de um quadro demencial, mas 
necessitam de tempo e de profissionais treinados e experientes para a 
aplicação e interpretação, tornando-os inviáveis para serem utilizados por 
profissionais envolvidos com atenção primária à saúde.
RASTREAMENTO 
 Um estudo brasileiro (Bustamante et al, 2003), mostrou que, isoladamente, 
o MINIMENTAL permitiu classificar corretamente 86,8% dos pacientes e 
controles, ao passo que a combinação do MINIMENTAL com o Informant 
Questionnaire of Cognitive Decline in the Elderly – IQCODE – classificou 
corretamente 92,1% dos sujeitos. 
 Paralelamente, a combinação MINIMENTAL com a Escala Bayer de 
Atividades da Vida Diária (B-ADL) permitiu classificar corretamente 92,1% 
dos sujeitos. 
CONCLUSÃO: Aplicar testes apoiados em desempenho associados com as 
escalas funcionais aplicadas ao informante permite uma maior acurácia na 
detecção de casos leves ou moderados de demência, mesmo em 
populações heterogêneas em relação ao nível socioeconômico e cultural.
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL 
(Folstein & McHugh, 1975)
ORIENTAÇÃO 
 Dia da Semana – 1 ponto 
 Dia do Mês – 1 ponto 
 Mês – 1 ponto 
 Ano - 1 ponto 
 Hora aproximada – 1 ponto 
 Local específico (aposento ou setor) – 1 ponto 
 Instituição (residência, hospital ou clínica) – 1 ponto 
 Bairro ou rua próxima – 1 ponto 
 Cidade – 1 ponto 
 Estado – 1 ponto
MEMÓRIA IMEDIATA 
 Fale 3 palavras não relacionadas 
 Pergunte ao paciente sobre as 3 palavras 
 1 ponto para cada resposta correta 
 Depois, repita as palavras e certifique-se que o paciente aprendeu, pois 
mais adiante você irá perguntá-las novamente
ATENÇÃO E CÁLCULO 
 (100 – 7) sucessivos, 5 vezes sucessivamente 
 100 – 7 = 93 
 93 – 7 = 86 
 86 – 7 = 79 
 79 – 7 = 72 
 72 – 7 = 55 
 1 ponto para cada cálculo correto
EVOCAÇÃO 
 Pergunte pelas 3 palavras ditas anteriormente 
 1 ponto para cada palavra correta
LINGUAGEM 
 Nomear um relógio e uma caneta (2 pontos) 
 Repetir “nem aqui, nem ali, nem lá” (1 ponto) 
 Dar um comando o observar o paciente: “pegue este papel com a mão 
direita, dobre ao meio e coloque no chão” (3 pontos) 
 Ler e obedecer o seguinte: “feche os olhos” 
 Escrever uma frase (1 ponto) 
 Copiar um desenho (1 ponto) 
 Estabeleça um ponto se todos os lados e ângulos forem preservados e se os lados 
da interseção formarem um quadrilátero.
ESCORE 
(________________/ 30) 
 Pontos de corte – Brucki et al. (2003) 
 20 pontos para analfabetos 
 25 pontos para idosos com um a quatro anos de estudo 
 26,5 pontos para idosos com cinco a oito anos de estudo 
 28 pontos para aqueles com 9 a 11 anos de estudo 
 29 pontos para aqueles com mais de 11 anos de estudo
ÍNDICE DE KATZ (Katz et al, 1963) 
Avaliação das Atividades da Vida Diária
CASO CLÍNICO 
 R.G., sexo masculino, 75 anos, bom nível de escolaridade e 
socioeconômico, entra em seu consultório para uma consulta de 
acompanhamento de seu quadro de hipertensão. Apresenta-se com os 
níveis pressóricos bem controlados com terapia anti-hipertensiva. Mostra-se 
preocupado com seu amigo, que teve diagnóstico de Doença de 
Alzheimer há pouco, e lhe relata que anda tendo lapsos de memória, e 
acha que ele também está com a doença. Ele procurou no Google sobre 
a medicação para tratamento da doença em questão, e quer utiliza-la. 
R.G. iniciou, por conta própria, o uso de Ginkgo biloba e vitamina E 
suplementar. 
 Você, médico de família e comunidade que o acompanha, pensa sobre 
fazer o rastreamento com esse paciente para as síndromes demenciais e 
como aconselha-lo sobre as medicações em uso.
Qual das afirmativas abaixo descreve as recomendações atuais 
de rastreamento para demências (US Task Force)? 
 A) Todos os adultos maiores que 65 anos de idade 
 B) Todos os adultos maiores que 50 anos de idade 
 C) Recomenda perguntar aos informantes ou cuidadores ou parentes do 
paciente sobre sintomas indicativos de demência 
 D) Não há evidências suficientes favoráveis ou contra o rastreamento de 
síndromes demenciais em idosos 
 E) Recomenda contra o rastreamento de síndromes demenciais em 
indivíduos idosos assintomáticos
Quais as afirmativas sobre os testes de 
rastreamento de Demências são verdadeiras? 
 A) O MINIMENTAL tem um alto valor preditivo positivo em diagnosticar 
déficit cognitivo no âmbito da Atenção Primária. 
 B) A acurácia do MINIMENTAL depende da idade e nível de escolaridade 
do paciente. 
 C) O teste do desenho do relógio (Clock Drawing Test) ainda não foi 
adequadamente avaliado no âmbito da Atenção Primária. 
 D) Questionários de atividade funcional deve ser usado somente em 
pacientes que possuem cuidadores e mede somente déficits funcionais.
Qual das afirmações abaixo está correta sobre 
o tratamento para casos leves e moderados de 
demência? 
 A) Inibidores da colinesterase marcadamente melhoraram o déficit sobre 
as atividades da vida diária em pessoas com demência de Alzheimer 
moderada. 
 B) Gingko biloba melhorou substancialmente as funções cognitivas em 
pessoas com demência de Alzheimer moderada. 
 C) Inibidores da colinesterase melhoram o déficit cognitivo e podem 
reduzir a progressão da doença com pessoas com grau leve a moderada 
da demência de Alzheimer. 
 D) Vitamina E suplementar melhora a cognição em pessoas com 
demência de Alzheimer moderada. 
 E) Suplementação de estrogênio melhora a cognição em mulheres com 
leve a moderado grau da demência de Alzheimer.
RESPOSTAS
Qual das afirmativas abaixo descreve as recomendações atuais 
de rastreamento para demências (US Task Force)? 
 A) Todos os adultos maiores que 65 anos de idade 
 B) Todos os adultos maiores que 50 anos de idade 
 C) Recomenda perguntar aos informantes ou cuidadores ou parentes do 
paciente sobre sintomas indicativos de demência 
 D) Não há evidências suficientes favoráveis ou contra o rastreamento de 
síndromes demenciais em idosos 
 E) Recomenda contra o rastreamento de síndromes demenciais em 
indivíduos idosos assintomáticos
RESPOSTA D 
 A USTF concluiu que são insuficientes as evidências a favor ou contra o 
rastreamento rotineiro de demência senil. Entretanto, há testes de 
rastreamento com boa sensibilidade mas não tão boa especificidade em 
detectar déficits cognitivos. 
 Apesar de haver algumas medicações que possam melhorar a função 
cognitiva em um curto espaço de tempo, seu efeito nas atividades da 
vida diária não é claramente evidenciado como benéfico. Não há 
evidências suficientes que determinem se os benefícios observados os 
ensaios clínicos são generalizáveis a todos os pacientes rastreados para 
demência na APS. 
 A USTF não definiu se os benefícios de rastreamento de demência 
ultrapassam os riscos.
Quais as afirmativas sobre os testes de 
rastreamento de Demências são verdadeiras? 
 A) O MINIMENTAL tem um alto valor preditivo positivo em diagnosticar 
déficit cognitivo no âmbito da Atenção Primária. 
 B) A acurácia do MINIMENTAL depende da idade e nível de escolaridade 
do paciente. 
 C) O teste do desenho do relógio (Clock Drawing Test) ainda não foi 
adequadamente avaliado no âmbito da Atenção Primária. 
 D) Questionários de atividade funcional deve ser usado somente em 
pacientes que possuem cuidadores e mede somente déficits funcionais.
RESPOSTAS B,C e D 
 O MINIMENTAL pode levar a um resultado maior de falsos positivos nos mais 
idosos e com menor nível de escolaridade. 
 O valor preditivo positivo do MINIMENTAL em uma população com uma 
prevalência de 10% de demência pode girar entre 15 a 72%. As melhores 
evidências são avaliadas por estudos na Atenção Primária que utilizam os 
índices e escalas combinadas como padrão-ouro. No entanto, esses 
questionários ainda precisam ser melhor avaliados na Atenção Primária. 
 Os testes de avaliação funcional oferecem a vantagem de avaliação da 
vida cotidiana, são fáceis de administrar a qualquer paciente, contando 
com boa aceitabilidade e perspectiva longitudinal. 
 No geral, a sensibilidade do MINIMENTAL gira entre 72 a 91% e a sua 
especificidade entre 56 e 96%.
Qual das afirmações abaixo está correta sobre 
o tratamento para casos leves e moderados de 
demência? 
 A) Inibidores da colinesterase marcadamente melhoraram o déficit sobre 
as atividades da vida diária em pessoas com demência de Alzheimer 
moderada. 
 B) Gingko biloba melhorou substancialmente as funções cognitivas em 
pessoas com demência de Alzheimer moderada. 
 C) Inibidores da colinesterase melhoram o déficit cognitivo e podem 
reduzir a progressão da doença com pessoas com grau leve a moderada 
da demência de Alzheimer. 
 D) Vitamina E suplementar melhora a cognição em pessoas com 
demência de Alzheimer moderada. 
 E) Suplementação de estrogênio melhora a cognição em mulheres com 
leve a moderado grau da demência de Alzheimer.
RESPOSTA C 
 Há evidências que mostram claramente o efeito da terapia medicamentosa 
dos inibidores da colinesterase no déficit cognitivo dos pacientes em curto 
prazo, mas as evidências quanto ao seu potencial benéfico nas atividades da 
vida diária longitudinalmente ainda precisam ser melhor esclarecidas. 
 Os inibidores da colinesterase podem reduzir a velocidade de progressão da 
doença de Alzheimer nos seus estágios leve a moderado. Estudos mostram que 
há uma significância estatística favorecendo os inibidores da colinesterase 
quanto à redução da progressão do déficit cognitivo em um período de 7 
meses para demências leves e 5 meses para demências de grau moderado. 
 Porém, em geral, os estudos mostraram pouco ou quase nenhum benefício em 
comparação ao placebo na melhora das atividades da vida diária em um 
período acima de 12 meses. 
 Gingko biloba e outras demais drogas não tiveram superioridade estatística 
significativa em comparação ao placebo na melhora cognitiva. 
 Estudos randomizados não mostraram melhora cognitiva com vitamina E e 
estrogênio suplementar .
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 Folstein MF, Folstein SE, McHugh PR. Mini-Mental State: a practical method for grading the cognitive state of patients 
for clinician. J Psychiatr Res 1975;12:189-198. 
 Brucki SMD et al. Sugestões para o uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 2003, 
61(3):777-781 B. 
 Adelman AM, Daly MP. Initial evaluation of the patient with suspected dementia. Am Fam Physician. 2005 May 1; 
71(9):1745-50. View in: PubMed. 
 McKhann GM, Knopman DS, Chertkow H, et al. The diagnosis of dementia due to Alzheimer's disease: recommendations 
from the National Institute on Aging–Alzheimer's Association workgroups on diagnostic guidelines for Alzheimer's 
disease. Alzheimers Dement. 2011;7(3):263–269. 
 DUNCAN, Bruce Bartholow et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2013 
 Santacruz KS, Swagerty D. Early diagnosis of dementia. Am Fam Physician. 2001;63:703–13717–8. 
 Boustani M, Peterson B, Hanson L, Harris R, Lohr KN. Screening for dementia in primary care: a summary of the evidence 
for the U.S. Preventive Services Task Force. Ann Intern Med. 2003;138:927–37. 
 U.S. Preventive Services Task Force Screening for dementia: recommendations and rationale. Ann Intern Med2003;138;925–6. 
Accessed online August 19, 2004, at: http://www.ahrq.gov/clinic/3rduspstf/dementia/dementrr.htm.

Contenu connexe

Tendances

Curso Cuidador de Idoso (slides)
Curso Cuidador de Idoso (slides)Curso Cuidador de Idoso (slides)
Curso Cuidador de Idoso (slides)Ana Hollanders
 
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeSaúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeAroldo Gavioli
 
Conceitos++básico geriatria
Conceitos++básico geriatriaConceitos++básico geriatria
Conceitos++básico geriatriaMadaisa Sousa
 
Transtornos mentais orgânicos
Transtornos mentais orgânicosTranstornos mentais orgânicos
Transtornos mentais orgânicosAroldo Gavioli
 
Trabalho de alzheimer
Trabalho de alzheimerTrabalho de alzheimer
Trabalho de alzheimerZilda Souza
 
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.luzienne moraes
 
Demencia
DemenciaDemencia
Demencia1Rafael
 
Enfermagem em Geriatria Saúde do Idoso
Enfermagem em Geriatria   Saúde do IdosoEnfermagem em Geriatria   Saúde do Idoso
Enfermagem em Geriatria Saúde do IdosoMaria Dias
 
Apresentação do caps
Apresentação do capsApresentação do caps
Apresentação do capsAdriana Emidio
 
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...Aroldo Gavioli
 
demencia-vascular
demencia-vasculardemencia-vascular
demencia-vascularv1c7or1n0
 
Saúde do Idoso - Transtornos psiquicos
Saúde do Idoso - Transtornos psiquicosSaúde do Idoso - Transtornos psiquicos
Saúde do Idoso - Transtornos psiquicosJúnior Maidana
 
Aula sobre cuidados paliativos e segurança do paciente
Aula sobre cuidados paliativos e segurança do pacienteAula sobre cuidados paliativos e segurança do paciente
Aula sobre cuidados paliativos e segurança do pacienteProqualis
 
História e reforma psiquiátrica parte 1
História e reforma psiquiátrica parte 1História e reforma psiquiátrica parte 1
História e reforma psiquiátrica parte 1Eduardo Gomes da Silva
 
Doenças neurodegenerativas
Doenças neurodegenerativasDoenças neurodegenerativas
Doenças neurodegenerativasCamila Ferreira
 

Tendances (20)

Curso Cuidador de Idoso (slides)
Curso Cuidador de Idoso (slides)Curso Cuidador de Idoso (slides)
Curso Cuidador de Idoso (slides)
 
Atenção à Saúde do Idoso
Atenção à Saúde do Idoso Atenção à Saúde do Idoso
Atenção à Saúde do Idoso
 
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeSaúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
 
Conceitos++básico geriatria
Conceitos++básico geriatriaConceitos++básico geriatria
Conceitos++básico geriatria
 
Aula residência ave avc
Aula residência ave avcAula residência ave avc
Aula residência ave avc
 
Transtornos mentais orgânicos
Transtornos mentais orgânicosTranstornos mentais orgânicos
Transtornos mentais orgânicos
 
Trabalho de alzheimer
Trabalho de alzheimerTrabalho de alzheimer
Trabalho de alzheimer
 
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
 
Demencia
DemenciaDemencia
Demencia
 
Enfermagem em Geriatria Saúde do Idoso
Enfermagem em Geriatria   Saúde do IdosoEnfermagem em Geriatria   Saúde do Idoso
Enfermagem em Geriatria Saúde do Idoso
 
Apresentação do caps
Apresentação do capsApresentação do caps
Apresentação do caps
 
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
 
demencia-vascular
demencia-vasculardemencia-vascular
demencia-vascular
 
Saúde do Idoso - Transtornos psiquicos
Saúde do Idoso - Transtornos psiquicosSaúde do Idoso - Transtornos psiquicos
Saúde do Idoso - Transtornos psiquicos
 
Aula sobre cuidados paliativos e segurança do paciente
Aula sobre cuidados paliativos e segurança do pacienteAula sobre cuidados paliativos e segurança do paciente
Aula sobre cuidados paliativos e segurança do paciente
 
Demência
DemênciaDemência
Demência
 
Geriatria completa
Geriatria   completaGeriatria   completa
Geriatria completa
 
História e reforma psiquiátrica parte 1
História e reforma psiquiátrica parte 1História e reforma psiquiátrica parte 1
História e reforma psiquiátrica parte 1
 
Doenças neurodegenerativas
Doenças neurodegenerativasDoenças neurodegenerativas
Doenças neurodegenerativas
 
Parkinson
ParkinsonParkinson
Parkinson
 

En vedette

Perfil neuropsicológico na Doença Alzheimer e na Demência Frontotemporal
Perfil neuropsicológico na Doença Alzheimer e na Demência FrontotemporalPerfil neuropsicológico na Doença Alzheimer e na Demência Frontotemporal
Perfil neuropsicológico na Doença Alzheimer e na Demência FrontotemporalAmer Hamdan
 
Testes De Rastreio para Demência
Testes De Rastreio para DemênciaTestes De Rastreio para Demência
Testes De Rastreio para DemênciaAndrea Dircksen
 
Av. Neuropsicológica na Infecção por VIH - IV Jornadas Neuropsicologia do HEM
Av. Neuropsicológica na Infecção por VIH -  IV Jornadas Neuropsicologia do HEMAv. Neuropsicológica na Infecção por VIH -  IV Jornadas Neuropsicologia do HEM
Av. Neuropsicológica na Infecção por VIH - IV Jornadas Neuropsicologia do HEMUnidade de Neuropsicologia HEM|CHLO
 
Afasias Primárias Progressivas - Sugestão de Protocolo Diferencial
Afasias Primárias Progressivas - Sugestão de Protocolo DiferencialAfasias Primárias Progressivas - Sugestão de Protocolo Diferencial
Afasias Primárias Progressivas - Sugestão de Protocolo DiferencialUnidade de Neuropsicologia HEM|CHLO
 
Consulta das Doenças da Cognição - Protocolo de Avaliação e Dados Preliminares
Consulta das Doenças da Cognição - Protocolo de Avaliação e Dados PreliminaresConsulta das Doenças da Cognição - Protocolo de Avaliação e Dados Preliminares
Consulta das Doenças da Cognição - Protocolo de Avaliação e Dados PreliminaresUnidade de Neuropsicologia HEM|CHLO
 
Características Neuropsicológicas de la demencia fronto-temporal, variante co...
Características Neuropsicológicas de la demencia fronto-temporal, variante co...Características Neuropsicológicas de la demencia fronto-temporal, variante co...
Características Neuropsicológicas de la demencia fronto-temporal, variante co...NEUROCONSULTAS
 
Análise Retrospectiva da Avaliacão Neuropsicológica das Demências - IV Jornad...
Análise Retrospectiva da Avaliacão Neuropsicológica das Demências - IV Jornad...Análise Retrospectiva da Avaliacão Neuropsicológica das Demências - IV Jornad...
Análise Retrospectiva da Avaliacão Neuropsicológica das Demências - IV Jornad...Unidade de Neuropsicologia HEM|CHLO
 
Demencia Frontotemporal
Demencia FrontotemporalDemencia Frontotemporal
Demencia Frontotemporalcomfortably
 
Interface entre Neurologia e Psicologia
Interface entre Neurologia e PsicologiaInterface entre Neurologia e Psicologia
Interface entre Neurologia e PsicologiaNeurolife de Castro
 
Alzheimer - Rui Grilo
Alzheimer - Rui GriloAlzheimer - Rui Grilo
Alzheimer - Rui GriloRui Grilo
 
Esquizofrenia Amadora 2009
Esquizofrenia   Amadora 2009Esquizofrenia   Amadora 2009
Esquizofrenia Amadora 2009Alfredo Garcia
 
TERAPIA OCUPACIONAL - Alzheimer Portugal
TERAPIA OCUPACIONAL - Alzheimer PortugalTERAPIA OCUPACIONAL - Alzheimer Portugal
TERAPIA OCUPACIONAL - Alzheimer PortugalMárcio Borges
 
Um Caso sobre Esquizofrenia
Um Caso sobre EsquizofreniaUm Caso sobre Esquizofrenia
Um Caso sobre EsquizofreniaCamila Ferreira
 

En vedette (20)

Perfil neuropsicológico na Doença Alzheimer e na Demência Frontotemporal
Perfil neuropsicológico na Doença Alzheimer e na Demência FrontotemporalPerfil neuropsicológico na Doença Alzheimer e na Demência Frontotemporal
Perfil neuropsicológico na Doença Alzheimer e na Demência Frontotemporal
 
ESQUIZOFRENIAS EM GERAL.2418 esquizofrenia site
ESQUIZOFRENIAS   EM  GERAL.2418 esquizofrenia siteESQUIZOFRENIAS   EM  GERAL.2418 esquizofrenia site
ESQUIZOFRENIAS EM GERAL.2418 esquizofrenia site
 
Testes De Rastreio para Demência
Testes De Rastreio para DemênciaTestes De Rastreio para Demência
Testes De Rastreio para Demência
 
Demências
DemênciasDemências
Demências
 
Esquizofrenia
EsquizofreniaEsquizofrenia
Esquizofrenia
 
Av. Neuropsicológica na Infecção por VIH - IV Jornadas Neuropsicologia do HEM
Av. Neuropsicológica na Infecção por VIH -  IV Jornadas Neuropsicologia do HEMAv. Neuropsicológica na Infecção por VIH -  IV Jornadas Neuropsicologia do HEM
Av. Neuropsicológica na Infecção por VIH - IV Jornadas Neuropsicologia do HEM
 
Afasias Primárias Progressivas - Sugestão de Protocolo Diferencial
Afasias Primárias Progressivas - Sugestão de Protocolo DiferencialAfasias Primárias Progressivas - Sugestão de Protocolo Diferencial
Afasias Primárias Progressivas - Sugestão de Protocolo Diferencial
 
Consulta das Doenças da Cognição - Protocolo de Avaliação e Dados Preliminares
Consulta das Doenças da Cognição - Protocolo de Avaliação e Dados PreliminaresConsulta das Doenças da Cognição - Protocolo de Avaliação e Dados Preliminares
Consulta das Doenças da Cognição - Protocolo de Avaliação e Dados Preliminares
 
Características Neuropsicológicas de la demencia fronto-temporal, variante co...
Características Neuropsicológicas de la demencia fronto-temporal, variante co...Características Neuropsicológicas de la demencia fronto-temporal, variante co...
Características Neuropsicológicas de la demencia fronto-temporal, variante co...
 
Análise Retrospectiva da Avaliacão Neuropsicológica das Demências - IV Jornad...
Análise Retrospectiva da Avaliacão Neuropsicológica das Demências - IV Jornad...Análise Retrospectiva da Avaliacão Neuropsicológica das Demências - IV Jornad...
Análise Retrospectiva da Avaliacão Neuropsicológica das Demências - IV Jornad...
 
Demencia Frontotemporal
Demencia FrontotemporalDemencia Frontotemporal
Demencia Frontotemporal
 
ALZHEIMER PORTUGAL
ALZHEIMER PORTUGALALZHEIMER PORTUGAL
ALZHEIMER PORTUGAL
 
Interface entre Neurologia e Psicologia
Interface entre Neurologia e PsicologiaInterface entre Neurologia e Psicologia
Interface entre Neurologia e Psicologia
 
Alzheimer - Rui Grilo
Alzheimer - Rui GriloAlzheimer - Rui Grilo
Alzheimer - Rui Grilo
 
Esquizofrenia Amadora 2009
Esquizofrenia   Amadora 2009Esquizofrenia   Amadora 2009
Esquizofrenia Amadora 2009
 
Esquizofrenia 1a
Esquizofrenia 1aEsquizofrenia 1a
Esquizofrenia 1a
 
TERAPIA OCUPACIONAL - Alzheimer Portugal
TERAPIA OCUPACIONAL - Alzheimer PortugalTERAPIA OCUPACIONAL - Alzheimer Portugal
TERAPIA OCUPACIONAL - Alzheimer Portugal
 
I curso neuroimagem demencias.st
I curso neuroimagem demencias.stI curso neuroimagem demencias.st
I curso neuroimagem demencias.st
 
Um Caso sobre Esquizofrenia
Um Caso sobre EsquizofreniaUm Caso sobre Esquizofrenia
Um Caso sobre Esquizofrenia
 
Demência
DemênciaDemência
Demência
 

Similaire à Demências na APS: Diagnóstico, Rastreio e Tratamento

Semiologia 16 geriatria - avaliação geriátrica ampla pdf
Semiologia 16   geriatria - avaliação geriátrica ampla pdfSemiologia 16   geriatria - avaliação geriátrica ampla pdf
Semiologia 16 geriatria - avaliação geriátrica ampla pdfJucie Vasconcelos
 
Avaliação geriátrica ampla
Avaliação geriátrica amplaAvaliação geriátrica ampla
Avaliação geriátrica amplaDiego Rezende
 
Aula evidências prm_SSC_MFC 2013
Aula evidências prm_SSC_MFC 2013Aula evidências prm_SSC_MFC 2013
Aula evidências prm_SSC_MFC 2013Eno Filho
 
Seminario - Transtorno do déficit de Atenção.pptx
Seminario - Transtorno do déficit de Atenção.pptxSeminario - Transtorno do déficit de Atenção.pptx
Seminario - Transtorno do déficit de Atenção.pptxGuilhermeLusLeonanAn
 
MBE para MFC: uma introdução
MBE para MFC: uma introduçãoMBE para MFC: uma introdução
MBE para MFC: uma introduçãoenofilho
 
Introdução à MBE para MFC
Introdução à MBE para MFCIntrodução à MBE para MFC
Introdução à MBE para MFCguestbb4fc1
 
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...Eno Filho
 
Semiologia 06 neurologia - semiologia neurológica pdf
Semiologia 06   neurologia - semiologia neurológica pdfSemiologia 06   neurologia - semiologia neurológica pdf
Semiologia 06 neurologia - semiologia neurológica pdfJucie Vasconcelos
 
Estrategias de Prevencao e Rastreamennto
Estrategias de Prevencao e RastreamenntoEstrategias de Prevencao e Rastreamennto
Estrategias de Prevencao e RastreamenntoSimone Almeida
 
Anorexia nervosa diagnostico_e_prognostico
Anorexia nervosa diagnostico_e_prognosticoAnorexia nervosa diagnostico_e_prognostico
Anorexia nervosa diagnostico_e_prognosticoArquivo-FClinico
 
Maria Rita Passos-Bueno - 30mai14 1º Congresso A&R SUS
Maria Rita Passos-Bueno - 30mai14 1º Congresso A&R SUSMaria Rita Passos-Bueno - 30mai14 1º Congresso A&R SUS
Maria Rita Passos-Bueno - 30mai14 1º Congresso A&R SUSAutismo & Realidade
 
Aula evidências prm 2012
Aula evidências prm 2012Aula evidências prm 2012
Aula evidências prm 2012enofilho
 
C:\Fakepath\Refractory OCD
C:\Fakepath\Refractory OCDC:\Fakepath\Refractory OCD
C:\Fakepath\Refractory OCDygoraf
 

Similaire à Demências na APS: Diagnóstico, Rastreio e Tratamento (20)

Semiologia 16 geriatria - avaliação geriátrica ampla pdf
Semiologia 16   geriatria - avaliação geriátrica ampla pdfSemiologia 16   geriatria - avaliação geriátrica ampla pdf
Semiologia 16 geriatria - avaliação geriátrica ampla pdf
 
Demencia idoso 2009
Demencia idoso 2009Demencia idoso 2009
Demencia idoso 2009
 
Demência do idoso
Demência do idosoDemência do idoso
Demência do idoso
 
Avaliação geriátrica ampla
Avaliação geriátrica amplaAvaliação geriátrica ampla
Avaliação geriátrica ampla
 
Anais cbnpg
Anais cbnpgAnais cbnpg
Anais cbnpg
 
Alzheimer cognitiva, comportamental e funcional
Alzheimer   cognitiva, comportamental e funcionalAlzheimer   cognitiva, comportamental e funcional
Alzheimer cognitiva, comportamental e funcional
 
Aula evidências prm_SSC_MFC 2013
Aula evidências prm_SSC_MFC 2013Aula evidências prm_SSC_MFC 2013
Aula evidências prm_SSC_MFC 2013
 
ESCLEROSE.pptx
ESCLEROSE.pptxESCLEROSE.pptx
ESCLEROSE.pptx
 
Seminario - Transtorno do déficit de Atenção.pptx
Seminario - Transtorno do déficit de Atenção.pptxSeminario - Transtorno do déficit de Atenção.pptx
Seminario - Transtorno do déficit de Atenção.pptx
 
MBE para MFC: uma introdução
MBE para MFC: uma introduçãoMBE para MFC: uma introdução
MBE para MFC: uma introdução
 
Introdução à MBE para MFC
Introdução à MBE para MFCIntrodução à MBE para MFC
Introdução à MBE para MFC
 
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
Prevenção do câncer de colo uterino e mama e prevenção dos excessos de preven...
 
Semiologia 06 neurologia - semiologia neurológica pdf
Semiologia 06   neurologia - semiologia neurológica pdfSemiologia 06   neurologia - semiologia neurológica pdf
Semiologia 06 neurologia - semiologia neurológica pdf
 
delirium.pptx
delirium.pptxdelirium.pptx
delirium.pptx
 
Consciência da doença na doença de Alzheimer: resultados preliminares de um e...
Consciência da doença na doença de Alzheimer: resultados preliminares de um e...Consciência da doença na doença de Alzheimer: resultados preliminares de um e...
Consciência da doença na doença de Alzheimer: resultados preliminares de um e...
 
Estrategias de Prevencao e Rastreamennto
Estrategias de Prevencao e RastreamenntoEstrategias de Prevencao e Rastreamennto
Estrategias de Prevencao e Rastreamennto
 
Anorexia nervosa diagnostico_e_prognostico
Anorexia nervosa diagnostico_e_prognosticoAnorexia nervosa diagnostico_e_prognostico
Anorexia nervosa diagnostico_e_prognostico
 
Maria Rita Passos-Bueno - 30mai14 1º Congresso A&R SUS
Maria Rita Passos-Bueno - 30mai14 1º Congresso A&R SUSMaria Rita Passos-Bueno - 30mai14 1º Congresso A&R SUS
Maria Rita Passos-Bueno - 30mai14 1º Congresso A&R SUS
 
Aula evidências prm 2012
Aula evidências prm 2012Aula evidências prm 2012
Aula evidências prm 2012
 
C:\Fakepath\Refractory OCD
C:\Fakepath\Refractory OCDC:\Fakepath\Refractory OCD
C:\Fakepath\Refractory OCD
 

Plus de Inaiara Bragante

Folder do Programa de Residência em MFC - SMS/RJ
Folder do Programa de Residência em MFC - SMS/RJFolder do Programa de Residência em MFC - SMS/RJ
Folder do Programa de Residência em MFC - SMS/RJInaiara Bragante
 
Calendário temas aulas 2019 R1 e R2s
Calendário temas aulas 2019  R1 e R2sCalendário temas aulas 2019  R1 e R2s
Calendário temas aulas 2019 R1 e R2sInaiara Bragante
 
2017 é o ano do galo calendário teórico- r1
2017 é o ano do galo   calendário teórico- r12017 é o ano do galo   calendário teórico- r1
2017 é o ano do galo calendário teórico- r1Inaiara Bragante
 
Edital residência médica 2017 - ano opcional (1)
Edital   residência médica 2017 - ano opcional (1)Edital   residência médica 2017 - ano opcional (1)
Edital residência médica 2017 - ano opcional (1)Inaiara Bragante
 
Memoria dr. roberto sánchez
Memoria dr. roberto sánchezMemoria dr. roberto sánchez
Memoria dr. roberto sánchezInaiara Bragante
 
Carta aos residentes i encontro dos residentes em mfc - rj - divulgação
Carta aos residentes   i encontro dos residentes em mfc - rj - divulgaçãoCarta aos residentes   i encontro dos residentes em mfc - rj - divulgação
Carta aos residentes i encontro dos residentes em mfc - rj - divulgaçãoInaiara Bragante
 

Plus de Inaiara Bragante (20)

Parecer
ParecerParecer
Parecer
 
Calendário SET_FEVEREIRO
Calendário SET_FEVEREIROCalendário SET_FEVEREIRO
Calendário SET_FEVEREIRO
 
Folder do Programa de Residência em MFC - SMS/RJ
Folder do Programa de Residência em MFC - SMS/RJFolder do Programa de Residência em MFC - SMS/RJ
Folder do Programa de Residência em MFC - SMS/RJ
 
Calendário temas aulas 2019 R1 e R2s
Calendário temas aulas 2019  R1 e R2sCalendário temas aulas 2019  R1 e R2s
Calendário temas aulas 2019 R1 e R2s
 
2017 é o ano do galo calendário teórico- r1
2017 é o ano do galo   calendário teórico- r12017 é o ano do galo   calendário teórico- r1
2017 é o ano do galo calendário teórico- r1
 
Folder do PRMFC -SMS/RJ
Folder do PRMFC -SMS/RJFolder do PRMFC -SMS/RJ
Folder do PRMFC -SMS/RJ
 
Edital residência médica 2017 - ano opcional (1)
Edital   residência médica 2017 - ano opcional (1)Edital   residência médica 2017 - ano opcional (1)
Edital residência médica 2017 - ano opcional (1)
 
Artigo23 05 2017
Artigo23 05 2017Artigo23 05 2017
Artigo23 05 2017
 
D.o. 17 03-2016 (1)
D.o. 17 03-2016 (1)D.o. 17 03-2016 (1)
D.o. 17 03-2016 (1)
 
D.o. 17 03-2016
D.o. 17 03-2016D.o. 17 03-2016
D.o. 17 03-2016
 
Carteiradeserviços
CarteiradeserviçosCarteiradeserviços
Carteiradeserviços
 
Revista cremerj
Revista cremerjRevista cremerj
Revista cremerj
 
Memoria dr. roberto sánchez
Memoria dr. roberto sánchezMemoria dr. roberto sánchez
Memoria dr. roberto sánchez
 
Testes diagnósticos
Testes diagnósticosTestes diagnósticos
Testes diagnósticos
 
Carta aos residentes i encontro dos residentes em mfc - rj - divulgação
Carta aos residentes   i encontro dos residentes em mfc - rj - divulgaçãoCarta aos residentes   i encontro dos residentes em mfc - rj - divulgação
Carta aos residentes i encontro dos residentes em mfc - rj - divulgação
 
Residência
ResidênciaResidência
Residência
 
Residencia Uerj Donato
Residencia Uerj DonatoResidencia Uerj Donato
Residencia Uerj Donato
 
Formação em mfc donato
Formação em mfc donatoFormação em mfc donato
Formação em mfc donato
 
Residecnia uerj donato
Residecnia uerj donatoResidecnia uerj donato
Residecnia uerj donato
 
Raciocínio clínico
Raciocínio clínicoRaciocínio clínico
Raciocínio clínico
 

Demências na APS: Diagnóstico, Rastreio e Tratamento

  • 1. AVALIAÇÃO DAS DEMÊNCIAS NA APS Dra. Alessandra Marques Braga
  • 2. DEMÊNCIAS - INTRODUÇÃO  No Brasil, o fenômeno de envelhecimento possui particular importância, pois é um dos países em desenvolvimento onde esse processo ocorre com maior velocidade.  Queda da taxa de natalidade e aumento da expectativa de vida e avanços biotecnológicos.  Esse processo implica um maior impacto na Saúde Pública, pois a elevação do número de idosos acarreta um aumento do número de doenças crônicas e degenerativas  Maior gasto com planejamento de políticas de saúde  Aumento da prevalência de demências, em especial a doença de Alzheimer.
  • 3. DEMÊNCIAS - CONCEITO  Demência é um declínio cognitivo e/ou comportamental crônico, em geral progressivo, com restrições graduais nas atividades da vida diária, e que não pode ser explicado por modificações na consciência, na mobilidade ou em alterações sensitivas.  Síndromes demenciais -> uma das principais causas de incapacidade e morbimortalidade nesta parcela da população.  Apesar de existir uma ampla variedade de testes para detecção de demências, muitos deles possuem limitações para aplicação na prática clínica, principalmente em cenários de atenção primária à saúde.
  • 4. DEMÊNCIAS - DIAGNÓSTICO  Segundo os critérios do National Institute of Neurological and Communicative Disorders and Stroke and Alzheimer’s Disease and Related Disorders Association, o diagnóstico de Doença de Alzheimer se dá pelo exame clínico, documentado por Mini-Exame do Estado Mental (MINIMENTAL), ou exames similares, confirmado por avaliação neuropsicológica.  O paciente deve apresentar declínio progressivo da memória e pelo menos outra função cognitiva (linguagem, função visuo-espacial, atividades profissionais ou sociais do indivíduo).  Estudos mostram que 50 66% de todos os caso de demências em atenção primária à saúde não recebem o diagnóstico correto, principalmente nas fases leve a moderada (Aprahamian et al, 2008)
  • 5. DEMÊNCIAS - DIAGNÓSTICO Apesar de pouco utilizado na prática clínica, um dos motivos para realizar o rastreio de alterações cognitivas é que a aplicação de testes de rastreio para identificação de pacientes com Comprometimento Cognitivo Leve ou quadros demenciais permite aos pacientes e seus cuidadores receberem orientações e cuidados adequados nas fases precoces da síndromes demenciais, além da detecção e tratamento das causas secundárias potencialmente reversíveis (Boustani et al, 2003)
  • 6. INSTRUMENTOS DIAGNÓSTICOS COMPLEMENTARES  Testes laboratoriais  Hemograma completo  Eletrólitos  Glicose de jejum  Função renal  Função hepática  TSH  Vitamina B12  VDRL / FTAB-S  EEG  Padrão normal ou alterações inespecíficas, como aumento de ondas lentas.  TC de Crânio  Doença de Alzheimer: atrofia hipocampal e parietal  Demência fronto-temporal: atrofia frontal e temporal  Demência vascular: infarto de vasos do território da ACA, ACP e pequenos vasos  Punção liquórica: não recomendado para rastreio rotineiro!
  • 7. COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE  Nas síndromes demenciais nas fases precoces, a utilização do MINIMENTAL pode gerar um resultado insensível. Isso ocorre principalmente em indivíduos de escolaridade elevada, pois estes podem ter pontuação considerada normal.  Testes cognitivos mais abrangentes, como o Cambridge Cognitive Examination – CAMCOG (Roth et al, 1986) ou mesmo avaliações neuropsicológicas extensas, são mais sensíveis na distinção entre indivíduos normais daqueles em estágios iniciais de um quadro demencial, mas necessitam de tempo e de profissionais treinados e experientes para a aplicação e interpretação, tornando-os inviáveis para serem utilizados por profissionais envolvidos com atenção primária à saúde.
  • 8. RASTREAMENTO  Um estudo brasileiro (Bustamante et al, 2003), mostrou que, isoladamente, o MINIMENTAL permitiu classificar corretamente 86,8% dos pacientes e controles, ao passo que a combinação do MINIMENTAL com o Informant Questionnaire of Cognitive Decline in the Elderly – IQCODE – classificou corretamente 92,1% dos sujeitos.  Paralelamente, a combinação MINIMENTAL com a Escala Bayer de Atividades da Vida Diária (B-ADL) permitiu classificar corretamente 92,1% dos sujeitos. CONCLUSÃO: Aplicar testes apoiados em desempenho associados com as escalas funcionais aplicadas ao informante permite uma maior acurácia na detecção de casos leves ou moderados de demência, mesmo em populações heterogêneas em relação ao nível socioeconômico e cultural.
  • 9. MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (Folstein & McHugh, 1975)
  • 10. ORIENTAÇÃO  Dia da Semana – 1 ponto  Dia do Mês – 1 ponto  Mês – 1 ponto  Ano - 1 ponto  Hora aproximada – 1 ponto  Local específico (aposento ou setor) – 1 ponto  Instituição (residência, hospital ou clínica) – 1 ponto  Bairro ou rua próxima – 1 ponto  Cidade – 1 ponto  Estado – 1 ponto
  • 11. MEMÓRIA IMEDIATA  Fale 3 palavras não relacionadas  Pergunte ao paciente sobre as 3 palavras  1 ponto para cada resposta correta  Depois, repita as palavras e certifique-se que o paciente aprendeu, pois mais adiante você irá perguntá-las novamente
  • 12. ATENÇÃO E CÁLCULO  (100 – 7) sucessivos, 5 vezes sucessivamente  100 – 7 = 93  93 – 7 = 86  86 – 7 = 79  79 – 7 = 72  72 – 7 = 55  1 ponto para cada cálculo correto
  • 13. EVOCAÇÃO  Pergunte pelas 3 palavras ditas anteriormente  1 ponto para cada palavra correta
  • 14. LINGUAGEM  Nomear um relógio e uma caneta (2 pontos)  Repetir “nem aqui, nem ali, nem lá” (1 ponto)  Dar um comando o observar o paciente: “pegue este papel com a mão direita, dobre ao meio e coloque no chão” (3 pontos)  Ler e obedecer o seguinte: “feche os olhos”  Escrever uma frase (1 ponto)  Copiar um desenho (1 ponto)  Estabeleça um ponto se todos os lados e ângulos forem preservados e se os lados da interseção formarem um quadrilátero.
  • 15. ESCORE (________________/ 30)  Pontos de corte – Brucki et al. (2003)  20 pontos para analfabetos  25 pontos para idosos com um a quatro anos de estudo  26,5 pontos para idosos com cinco a oito anos de estudo  28 pontos para aqueles com 9 a 11 anos de estudo  29 pontos para aqueles com mais de 11 anos de estudo
  • 16. ÍNDICE DE KATZ (Katz et al, 1963) Avaliação das Atividades da Vida Diária
  • 17.
  • 18. CASO CLÍNICO  R.G., sexo masculino, 75 anos, bom nível de escolaridade e socioeconômico, entra em seu consultório para uma consulta de acompanhamento de seu quadro de hipertensão. Apresenta-se com os níveis pressóricos bem controlados com terapia anti-hipertensiva. Mostra-se preocupado com seu amigo, que teve diagnóstico de Doença de Alzheimer há pouco, e lhe relata que anda tendo lapsos de memória, e acha que ele também está com a doença. Ele procurou no Google sobre a medicação para tratamento da doença em questão, e quer utiliza-la. R.G. iniciou, por conta própria, o uso de Ginkgo biloba e vitamina E suplementar.  Você, médico de família e comunidade que o acompanha, pensa sobre fazer o rastreamento com esse paciente para as síndromes demenciais e como aconselha-lo sobre as medicações em uso.
  • 19. Qual das afirmativas abaixo descreve as recomendações atuais de rastreamento para demências (US Task Force)?  A) Todos os adultos maiores que 65 anos de idade  B) Todos os adultos maiores que 50 anos de idade  C) Recomenda perguntar aos informantes ou cuidadores ou parentes do paciente sobre sintomas indicativos de demência  D) Não há evidências suficientes favoráveis ou contra o rastreamento de síndromes demenciais em idosos  E) Recomenda contra o rastreamento de síndromes demenciais em indivíduos idosos assintomáticos
  • 20. Quais as afirmativas sobre os testes de rastreamento de Demências são verdadeiras?  A) O MINIMENTAL tem um alto valor preditivo positivo em diagnosticar déficit cognitivo no âmbito da Atenção Primária.  B) A acurácia do MINIMENTAL depende da idade e nível de escolaridade do paciente.  C) O teste do desenho do relógio (Clock Drawing Test) ainda não foi adequadamente avaliado no âmbito da Atenção Primária.  D) Questionários de atividade funcional deve ser usado somente em pacientes que possuem cuidadores e mede somente déficits funcionais.
  • 21. Qual das afirmações abaixo está correta sobre o tratamento para casos leves e moderados de demência?  A) Inibidores da colinesterase marcadamente melhoraram o déficit sobre as atividades da vida diária em pessoas com demência de Alzheimer moderada.  B) Gingko biloba melhorou substancialmente as funções cognitivas em pessoas com demência de Alzheimer moderada.  C) Inibidores da colinesterase melhoram o déficit cognitivo e podem reduzir a progressão da doença com pessoas com grau leve a moderada da demência de Alzheimer.  D) Vitamina E suplementar melhora a cognição em pessoas com demência de Alzheimer moderada.  E) Suplementação de estrogênio melhora a cognição em mulheres com leve a moderado grau da demência de Alzheimer.
  • 23. Qual das afirmativas abaixo descreve as recomendações atuais de rastreamento para demências (US Task Force)?  A) Todos os adultos maiores que 65 anos de idade  B) Todos os adultos maiores que 50 anos de idade  C) Recomenda perguntar aos informantes ou cuidadores ou parentes do paciente sobre sintomas indicativos de demência  D) Não há evidências suficientes favoráveis ou contra o rastreamento de síndromes demenciais em idosos  E) Recomenda contra o rastreamento de síndromes demenciais em indivíduos idosos assintomáticos
  • 24. RESPOSTA D  A USTF concluiu que são insuficientes as evidências a favor ou contra o rastreamento rotineiro de demência senil. Entretanto, há testes de rastreamento com boa sensibilidade mas não tão boa especificidade em detectar déficits cognitivos.  Apesar de haver algumas medicações que possam melhorar a função cognitiva em um curto espaço de tempo, seu efeito nas atividades da vida diária não é claramente evidenciado como benéfico. Não há evidências suficientes que determinem se os benefícios observados os ensaios clínicos são generalizáveis a todos os pacientes rastreados para demência na APS.  A USTF não definiu se os benefícios de rastreamento de demência ultrapassam os riscos.
  • 25. Quais as afirmativas sobre os testes de rastreamento de Demências são verdadeiras?  A) O MINIMENTAL tem um alto valor preditivo positivo em diagnosticar déficit cognitivo no âmbito da Atenção Primária.  B) A acurácia do MINIMENTAL depende da idade e nível de escolaridade do paciente.  C) O teste do desenho do relógio (Clock Drawing Test) ainda não foi adequadamente avaliado no âmbito da Atenção Primária.  D) Questionários de atividade funcional deve ser usado somente em pacientes que possuem cuidadores e mede somente déficits funcionais.
  • 26. RESPOSTAS B,C e D  O MINIMENTAL pode levar a um resultado maior de falsos positivos nos mais idosos e com menor nível de escolaridade.  O valor preditivo positivo do MINIMENTAL em uma população com uma prevalência de 10% de demência pode girar entre 15 a 72%. As melhores evidências são avaliadas por estudos na Atenção Primária que utilizam os índices e escalas combinadas como padrão-ouro. No entanto, esses questionários ainda precisam ser melhor avaliados na Atenção Primária.  Os testes de avaliação funcional oferecem a vantagem de avaliação da vida cotidiana, são fáceis de administrar a qualquer paciente, contando com boa aceitabilidade e perspectiva longitudinal.  No geral, a sensibilidade do MINIMENTAL gira entre 72 a 91% e a sua especificidade entre 56 e 96%.
  • 27. Qual das afirmações abaixo está correta sobre o tratamento para casos leves e moderados de demência?  A) Inibidores da colinesterase marcadamente melhoraram o déficit sobre as atividades da vida diária em pessoas com demência de Alzheimer moderada.  B) Gingko biloba melhorou substancialmente as funções cognitivas em pessoas com demência de Alzheimer moderada.  C) Inibidores da colinesterase melhoram o déficit cognitivo e podem reduzir a progressão da doença com pessoas com grau leve a moderada da demência de Alzheimer.  D) Vitamina E suplementar melhora a cognição em pessoas com demência de Alzheimer moderada.  E) Suplementação de estrogênio melhora a cognição em mulheres com leve a moderado grau da demência de Alzheimer.
  • 28. RESPOSTA C  Há evidências que mostram claramente o efeito da terapia medicamentosa dos inibidores da colinesterase no déficit cognitivo dos pacientes em curto prazo, mas as evidências quanto ao seu potencial benéfico nas atividades da vida diária longitudinalmente ainda precisam ser melhor esclarecidas.  Os inibidores da colinesterase podem reduzir a velocidade de progressão da doença de Alzheimer nos seus estágios leve a moderado. Estudos mostram que há uma significância estatística favorecendo os inibidores da colinesterase quanto à redução da progressão do déficit cognitivo em um período de 7 meses para demências leves e 5 meses para demências de grau moderado.  Porém, em geral, os estudos mostraram pouco ou quase nenhum benefício em comparação ao placebo na melhora das atividades da vida diária em um período acima de 12 meses.  Gingko biloba e outras demais drogas não tiveram superioridade estatística significativa em comparação ao placebo na melhora cognitiva.  Estudos randomizados não mostraram melhora cognitiva com vitamina E e estrogênio suplementar .
  • 29. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  Folstein MF, Folstein SE, McHugh PR. Mini-Mental State: a practical method for grading the cognitive state of patients for clinician. J Psychiatr Res 1975;12:189-198.  Brucki SMD et al. Sugestões para o uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 2003, 61(3):777-781 B.  Adelman AM, Daly MP. Initial evaluation of the patient with suspected dementia. Am Fam Physician. 2005 May 1; 71(9):1745-50. View in: PubMed.  McKhann GM, Knopman DS, Chertkow H, et al. The diagnosis of dementia due to Alzheimer's disease: recommendations from the National Institute on Aging–Alzheimer's Association workgroups on diagnostic guidelines for Alzheimer's disease. Alzheimers Dement. 2011;7(3):263–269.  DUNCAN, Bruce Bartholow et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013  Santacruz KS, Swagerty D. Early diagnosis of dementia. Am Fam Physician. 2001;63:703–13717–8.  Boustani M, Peterson B, Hanson L, Harris R, Lohr KN. Screening for dementia in primary care: a summary of the evidence for the U.S. Preventive Services Task Force. Ann Intern Med. 2003;138:927–37.  U.S. Preventive Services Task Force Screening for dementia: recommendations and rationale. Ann Intern Med2003;138;925–6. Accessed online August 19, 2004, at: http://www.ahrq.gov/clinic/3rduspstf/dementia/dementrr.htm.