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Análise de alguns pontos importante em investimentos: Qual o papel da análise técnica?

Ademir L Xavier Jr - Campinas SP

O texto traz uma análise de como obter lucro com flutuações estocásticas de ativos, como
gerenciar o risco (com exemplos) e uma proposta nova de definição de análise técnica. Uma
fórmula de expectativa de preço futuro é proposta como importante parâmetro para definição
de trades futuros.

I Caráter estocástico das flutuações de preços de ativos.

Antes de mais nada é importante nunca se esquecer do caráter estocástico da evolução de
preços de ativos. Por “estocástico” queremos dizer que os preços variam por sorte
(aleatoriamente), quer dizer, que não existe certeza absoluta quanto ao valor de um ativo no
futuro. Isso significa também que, o máximo que se pode fazer é associar uma probabilidade
maior que zero de o preço de um ativo no tempo futuro apresentar um determinado preço P.
Vamos aqui discutir esse conceito de aleatoriedade para que possamos compreender a
importância fundamental do manejo de risco e do real significado da análise técnica – que
muitos críticos interpretam de maneira errônea. De maneira muito simples, vamos admitir que
um ativo, por exemplo, BBDC4, em um determinado dia tenha fechamento em um preço P0. Se
acompanhar a evolução desse mercado, qual a chance que tenho de, estando comprado, ter
lucro no dia seguinte e, se estiver vendido, ter lucro nesse mesmo dia? Essa questão pode
parecer paradoxal uma vez que não se pode ter lucro simultâneo com posicionamentos
opostos. Mas tudo é possível quando se trata de eventos prováveis.

Admitimos que de um dia para outro, o preço de fechamento do BBDC4 varie como mostra a
figura abaixo:




A figura mostra os cenários possíveis para o fechamento de BBDC4 no 1 dia após a operação
de compra ou venda. O preço pode subir para P(1)+ segundo a probabilidade p+ ou descer até
P(1)- segundo a probabilidade p-. Se admitirmos o pior cenário possível para as duas
operações, chances iguais de cair ou subir,

 +           -
p =50% e p =50%,

e a variação de preço idêntica, isto é,

[ P(1)+ + P(1)- ] / 2 = P0,
(os preços finais possíveis formam uma média idêntica ao preço inicial), o preço final Pf de
qualquer

operação é, portanto, igual a P0:

      +         +    -      -
Pf = p x P(1)(1) + p x P(1) = P0,

p+ : probabilidade de elevação de preço;

p- : probabilidade de queda de preço

o lucro final de qualquer operação certamente é nulo:

Lucro provável: (Pf – P0 – t)/P0 ~ 0 no caso da compra,

– (Pf – P0 – t)/P0 ~ 0 no caso da venda.

t : taxas de corretagem.

Para exemplificar podemos admitir que o preço de fechamento de BBDC4 no dia “0” foi 68.45.
No dia seguinte, no pior dos casos, espera-se uma chance igual de que o preço chegue em
P(1)+= 70.2 (resistência provável) ou retraia a um suporte importante em P(1)- =66.75. Na
prática, o lucro final sempre é negativo, pois existem taxas de operação de compra ou venda (t:
corretagem). No exemplo utilizado, admitimos que a perda seja pequena porque t é apenas
uma pequena fração do capital investido inicialmente. Assim em termos práticos, o jogo de
investimento sempre tem soma total negativa uma vez que tais taxas nunca podem ser
eliminadas. Obviamente, a mesma análise pode ser repetida para o dia seguinte, iniciando-se
novamente do novo preço atualizado de fechamento. Um gráfico semelhante pode ser feito,
onde agora aparecem as chances de o preço variar para cima e para baixo da mesma maneira:




Se a operação tiver sido fechada, então a análise para o dia seguinte é a mesma. Suponhamos
que o preço no dia 1 tenha fechado em P(1)+. Nesse caso, a nova expectativa de lucro (ou
prejuízo) para o dia 2 é dada novamente por:
Pf = p+ x P(1)(1)++ + p- x P(1)+ -

Lucro provável: (Pf – P(1)+ – t)/P(1)+ ~ 0 no caso da compra,

            +          +
– (Pf – P(1) – t)/P(1) ~ 0 no caso da venda.

t: taxas de corretagem.

Note que as expectativas de lucro são sempre nulas (ou minimamente negativas) porque as
chances de alta e baixa foram tomadas como iguais. Entretanto, se a operação foi fechada no
dia 1 no preço P(1)+, houve um lucro, de fato, para a operação de compra:

            +
L(1) = (P(1) – P0 – t)/P0

L(1) : lucro no dia 1 após fechamento do negócio.

que é idêntico ao prejuízo da operação de venda. Em termos práticos, usando o exemplo do
BBDC4, compra no dia inicial em 68.45 com venda em 70.2 equivalem a um lucro máximo de
operação de compra da ordem de 2.25%, e um prejuízo mínimo na operação de venda de igual
valor. Note que, agora, com os valores de preço atualizados, desaparecem os valores das
probabilidades: só o que interessa são os valores de fato.

Isso é o que confunde o trader iniciante, pois nos cálculos dos lucros ou prejuízos,
probabilidades não aparecem. Se agora, no segundo dia, ocorre uma alta consecutiva, com
nova compra no valor P(1)+, o novo lucro será dado por:

L(2) = [ (P(1)++ – P(1)+ – t ]/P(1)+ ~ (P(1)++ – P0 2 x t) / P0

L(2) : lucro no dia 2, após fechamento do negócio, ou seja, tudo se passa como se tivesse
                                                                      ++
ocorrido apenas uma operação de compra em P0 com venda em P(1) , o preço da alta
consecutiva. Tudo com exceção da corretagem dupla resultante da venda em P(1)+ seguida de
compra no mesmo valor. Em termos numéricos, imaginemos que o trader recompre BBDC4 no
mesmo ponto 70.2 e venda no dia seguinte a 71.8. Não deveria haver diferença para um
segundo trader que executasse sua posição inicial no mesmo ponto, se comprado em 68.45.
Há uma diferença, entretanto, nos custos de operação.

Conclusão: chegamos aqui a primeira grande regra para o iniciante em investimentos:

1 Regra: minimize ao máximo as taxas de corretagem. Isso pode ser feito escolhendo-se
cuidadosamente sua corretora.

Essa regra tem importância fundamental uma vez que, no longo prazo, as taxas de corretagem
tendem a corroer o capital investido se o número de operações de compra ou venda for
grande. Isso se vê facilmente uma vez que as taxas somam negativamente no cálculo final do
lucro. A tabela padrão de serviços de corretagem cobra proporcionalmente ao volume de
capital investido. Há corretoras que cobram taxas fixas – isto é – que não dependem do capital
investido. Essas últimas devem ser preferidas em todos os casos.




II Como se pode ganhar dinheiro ainda que tudo seja o caos

Vimos que a expectativa de preço final de uma operação, seja de compra ou venda, é dada
pela soma de dois termos que representam os preços esperados de alta ou de baixa. Esses
termos são dados como o produto dos preços esperados pelas probabilidades de alta e baixa
em cada caso:
Pf = p+ x P(1)(1)+ + p- x P(1)-

p+ : probabilidade de alta;

 -
p : probabilidade de baixa

Dada a dinâmica altamente complexa do mercado financeiro, é impossível estimar com certeza
os valores das probabilidades; quem o fizesse, certamente jamais teria prejuízo em qualquer
operação que se montasse – seria o trader perfeito. Há, entretanto, uma regra muito simples
que minimiza o prejuízo (ou maximiza o lucro) e que é também uma das bases do conceito de
manejo de risco: podemos dividir a expectativa de preço final de um ativo financeiro, dada sua
evolução em um certo período, para cada tipo de operação de compra ou venda, colocando-se
pontos de stops (saídas) abaixo (ou acima) dos preços iniciais conforme o caso.

compra




venda
A figura acima ilustra o conceito conforme a operação seja de compra ou de venda em um
período escolhido (dia). Para a compra, o preço de fechamento da posição está no ponto S(1)c
”ligeiramente” abaixo do preço de compra inicial. No caso da operação de venda, o preço de
encerramento de posição esta em um ponto S(1)v “ligeiramente” acima de P0. A expectativa de
preço final é dada pela mesma fórmula anterior, mas agora o preço final leva em conta os
stops:

      +          +       -
Pf = p x P(1)(1) + p x S(1)c para compra,

      +              -        -
Pf = p x S(1)v + p x P(1) para venda,

p+ : probabilidade de alta;

p- : probabilidade de baixa

O que isso difere do caso anterior? Vamos tomar novamente o exemplo do trade com BBDC4
iniciado em 68.45 com zero de corretagem para simplificar. No primeiro caso, vimos que a
expectativa de preço final era nula:

Pf = 0.5 x 70.2 + 0.5 x 66.75 = 68.45,

Lucro provável = (Pf – P0)/P0 ~ 0 %

pois as chances de alta e baixa foram tomadas como idênticas (50%) – o pior caso – e os
preços finais poderiam ser 66.75 e 70.2. Suponhamos que seja usado um ponto de stop loss
em 67.90. Nesse caso, a nova expectativa de lucro para a operação de compra será:

Pf = 0.5 x 70.2 + 0.5 x 67.9 = 69.05

Lucro provável = (Pf-P0)/P0 ~ 0.87% !

O lucro provável agora é positivo. Notamos imediatamente que:

O lucro provável • depende obviamente da posição do stop, quanto mais próximo ao preço alvo
inferior no caso da compra, mas próximo de zero ele zera, quanto mais próximo do preço alvo
superior no caso da operação de venda mais próximo de zero será;

Disso vem que • expectativa de lucro positiva é um fato resultante da assimetria das posições
dos alvos finais de operação: o preço final alvo e o stop.

No fundo da mente de todo trader que almeje uma posição de sucesso no mercado financeiro
deve estar escrita a equação Pf = p+ x P(1)(1)+ + p- x P(1)- que relaciona o preço esperado
como função dos preços alvos finais e das chances de alta e baixa. O objetivo de todo trader
deve ser maximizar o valor de Pf no caso de uma operação de compra ou minimizar Pf no caso
de uma operação de venda. O segundo passo para que isso seja possível leva ao enunciado
da segunda regra:

2 Regra: escolha convenientemente a posição dos stops S(1) no caso de uma operação der
errado: isso maximiza a expectativa de lucro em uma operação. Obviamente, o ponto S(1) não
pode ser colocado sobre alvos de preço dados como certos no caso de um movimento
contrário, por isso, stops devem ser colocados um pouco abaixo desses pontos no caso de
uma compra, ou um pouco acima deles no caso de uma operação de venda.

A 2 regra é uma rota clara em como se pode alterar expectativas de trades mexendo-se em
uma das coisas que o investidor tem de liberdade – e que portanto só depende dele – o preço
de fechamento de uma posição. De qualquer forma, a discussãao apresentada acima mostra
que é possível ganhar dinheiro em mercados voláteis ainda que nenhuma análise – qualquer
que seja ela – seja aplicada. Desde que as posições de saída sejam ajustadas de forma que a
expectativa de variação de preço (como calculada pela fórmula) seja positiva. Isso é o que
poderíamos chamar de “extrair ordem do caos”.




III Gerenciamento de Risco

Uma vez que o mercado apresenta vários períodos e, dentro de períodos longos, períodos
mais curtos em sucessão, existem momentos propícios para entrada em ativos – como vimos
anteriormente quando o preço se apresenta próximo a suportes no caso da compra como
exemplo. De qualquer forma, entradas devem ser feitas com cuidado para limitar o grau de
exposição ao risco inerente de mercados de renda variável. Infelizmente (ou felizmente talvez),
é completamente impossível atuar em mercado de renda variável sem risco algum (com
exceção obviamente da montagem de operações protegidas pela compra ou venda de
contratos de opções ou outros derivativos – nesse último caso, paga-se um preço por essa
proteção, o que reduz o lucro).

O que significa “gerenciar risco”? Risco no mercado financeiro tem papel semelhante aos
remédios nos processos de cura de doenças: na dose certa levam a cura, mas em excesso são
letais. Gerenciar risco é assim semelhante ao processo de subscrição de remédios: trata-se de
encontrar a dose certa para que o objetivo seja alcançado minimizando efeitos colaterais. Essa
dose não é apenas função de uma única ingestão: deve ser controlada ao longo do tempo. De
maneira muito geral, gerenciar risco significa limitar a exposição ao risco para uma determinada
quantidade de capital inicial. Risco é parte integrante de uma definição suficientemente geral
do processo de investimento, sendo plenamente justificável a lei geral:

Os lucros envolvidos em qualquer negócio ou investimento são diretamente proporcionais ao
risco subjacente do mesmo.

Como corolário dessa lei, podemos dizer que a probabilidade de ganhos altos em qualquer
investimento cai exponencialmente à medida que o risco vai à zero, de forma que anular o risco
significa pulverizar as chances de ganho em muitas vezes. Isso não significa que se deva
arriscar de forma arbitrária para maximizar o lucro dado que o investidor conte com um bom
montante inicial para investir. De fato:

Investir significa alocar recursos presentes visando lucros futuros, consciente da
impossibilidade de se eliminar completamente o risco, isto é, a chance de perder parte do
investimento. Gerenciar risco significa alocar recursos de forma a minimizar a possibilidade de
perda possível. Para estabelecer uma relação numérica que permita a aplicação de uma regra
prática, os elementos do gerenciamento de risco devem ser parametrizados. Vimos que o risco
é função do capital total a ser investido que chamamos aqui de W. Limitar o risco significa que
uma fração r desse capital pode ser perdida. Esse valor é o montante que o investidor está
disposto a perder caso sua operação não resulte conforme ele espera. No caso de uma
operação de compra, caso o preço caia abaixo de um determinado valor e, no caso de uma
operação de venda, caso o preço suba acima de um determinado valor. Como conseqüência
dessa regra, é possível estabelecer um patamar de preço para encerramento da posição, caso
o trade não de certo. Esse é, obviamente o ponto de stop loss. No mercado acionário a vista,
ativos são negociados em lotes mínimos, o que significa que, na prática, liquidez só é
conseguida se o investidor compra ou vende quantidades inteiras de ações. Por isso, dado um
preço de compra Pc, o número de ações N que se pode adquirir com capital W é

N < W / Pc (R 1)

onde desprezamos custos de corretagem. Por exemplo, um indivíduo que queira investir R$100
000 em uma ação negociada a 6.8 para compra em lotes de 1000 ações, só pode adquiri pela
regra acima 14000 ações ou 14 lotes, pois o resultado da razão W/Pc é igual a 14705.88. Se o
indivíduo tem com fator de limitação de risco cerca de 2% de seu capital total W, o risco efetivo
(Re) a que o trader se expõe é igual a

Re = r W / N Pc

onde N é o número de ações efetivamente adquiridas. No caso anterior N=14000, o capital
investido de fato

é igual a 6.8x14000 ou R$95200. O risco efetivo é igual a:

Re = 2% x 100 000 / 14 000 x 6.8 ~ 2.1%

que é o risco característico do montante aplicado. Seu risco é, de fato, menor, pois a liquidez
da compra só permite adquirir quantidades inteiras de lotes de ações. Desprezando
corretagem, onde deve ser localizado o ponto de stop loss (Ps) para a operação de compra? A
fórmula abaixo fornece uma regra aproximada:

Ps > Pc – Re Pc (R 3)

Substituindo valores encontramos:

Ps > 6.8 – 2.1% x 6.8 = 6.66

Na prática, porém, o ponto de stop é previamente determinado ou imposto por uma análise, por
exemplo, pode corresponder a uma região segura abaixo de um suporte. O trader pode
determinar que o ponto seguro para stop (preço abaixo do qual a probabilidade de incursão do
preço é muito pequena) para o ativo seja 6.50. Nesse caso, ocorre uma violação das regras
simples acima, o que determina uma limitação no montante inicial de compra. O trader
obrigatoriamente deve comprar menos do ativo se quiser ter o mesmo nível de risco. Na
hipótese de compra de lotes fracionários do ativo, a formula do preço de stop pode ser escrita
como:

Ps > Pc – r W / N

Essa fórmula pode ser reescrita resultando em um outro limiar superior (Neff) para a
quantidade de ativos que se pode comprar no caso de uma operação de compra:

Neff < r W / (Pc – Ps) (R 2)

Note que, agora, aparecem o capital total W e o risco assumido inicialmente (não o efetivo).
Substituindo os valores para Ps = 6.5 encontramos:

Neff < 2% x 100 000 / (6.8 – 6.5) = 6 666

A regra R 1 dizia que N < 14708. Agora o número mínimo de lotes é 6 ou 6000 ações para
compra em 6.8 com stop em 6.5. O montante total a ser aplicado é, portanto, R$40 800,00 o
que representa 40.8% do capital inicial. O risco efetivo agora é

Re = 2 % x R$ 100 000 / R$ 40 800 = 4.9 %

Esse é o risco sobre o que está de fato investido. O risco sobre o capital total está abaixo de
2% como era de se desejar. Se utilizarmos a relação R 3 com o risco efetivo acima
encontramos:

Ps = 6.8 – 4.9% x 6.8 = 6.46
que é o novo preço de stop. Obviamente, por que não podemos comprar 6666 ações e sim 6
lotes de 1000,

esse valor é um pouco mais baixo que 6.5 uma vez que o valor investido é menor. Na prática, a
corretagem altera ligeiramente os valores acima, que são aproximados.

Alguns comentários podem ser feitos a respeito da fórmula R 2. Notamos que se Pc é igual a
Ps, ou seja, o trader decide encerrar a posição se o preço atingir novamente o preço de
compra, a relação R 2 deixa de ser importante. Nesse caso, não existe risco, uma vez que o
preço de venda é igual ao de compra (e também não existe lucro). O número de lotes que se
pode comprar (Neff) cresce linearmente com r, o que é bastante lógico, isto é, o montante
investido é proporcional ao risco máximo assumido (ou, alguém que arriscasse 100% de seu
capital não precisaria de stop). Finalmente, o risco também é proporcional ao montante total
disponível, quanto maior este maior o risco possível proporcional.

Nosso investidor agora dispõe ainda de R$59200 para investir. O que ele deve fazer, investir
mais ou esperar? Essa é a grande pergunta que leva imediatamente a uma regra importante de
gerenciamento de risco:




Regra 1 Só se deve acrescentar posições (no caso de alta, comprar mais, no caso de venda,

vender mais) à medida que posições anteriores apresentem lucro.

A regra nada diz sobre quando se deve acrescentar posições de maneira exata, apenas que se
deve fazer isso quando as operações anteriores apresentarem lucro. Dado a volatilidade
inerente do mercado, isso pode acontecer nos próximos 15 minutos que se sucedem à
operação de compra ou apenas depois de muitos meses. Mais uma vez o conhecimento tácito
do mercado deve ser utilizado para determinar o momento mais propício para essa aquisição.
No caso de uma operação de compra, a análise técnica recomenda acrescentar posições todas
as vezes que certa resistência superior é ultrapassada, estando comprado logo abaixo. No
caso de uma operação de venda, o oposto é verdadeiro, deve-se acrescentar posições toda
vez que um suporte mais inferior for violado. Obviamente, isso depende da existência ou não
de uma tendência no mercado etc. De modo prático, o investidor deve escolher um período T
de reavaliação do investimento, a partir do qual ele pode ou não acrescentar posições. Sendo t
o momento de decisão, ele pode optar por ignorar a possibilidade de qualquer acréscimo se
t<T. Do contrário, se t>T, ele pode reinvestir caso tenha lucro. Do contrário nada faz. Esses
casos estão descritos abaixo:

No momento t após o instante de compra:

Caso 1: Se t<T, a posição está “congelada” (com P(t) > Ps e P(t) < Pc) ;

Caso 2: Se t>T e P(t) > Pc (lucro), então, reavaliar nova compra;

O caso P(t) < Ps não precisa ser distinto como caso, pois tem a haver com uma segunda regra
fundamental de gerenciamento de risco:

Regra 2 Uma vez estabelecido os preços de stop e realizada a operação nunca mova stops em
posições opostas ao previamente planejado.

No caso de uma operação de compra, stops nunca podem ser abaixados, numa operação de
venda nunca devem ser levantados. No caso 1 o preço fica flutuando acima do ponto de stop e
abaixo do preço de compra. Se a tendência for de alta, no caso de uma compra, esse é o
momento de “partida” do trade. O caso 2 é julgado após o momento T (que pode ser 1 dia, 1
semana ou 1 mês conforme o perfil do trader) e corresponde ao momento de reavaliação da
posição. É importante que o momento T seja fixado pelo trader uma vez que a operação pode
dar certo em qualquer momento futuro, mas só ele deve decidir o melhor momento novas
aquisições ou vendas.

Vamos assim, continuar com a análise de risco do trade anterior. Em determinado instante
após T, o trader resolve aumentar posições. Suponha que no tempo t, o preço do ativo esteja
em 8.3. A contabilidade agora fica:

W inicial: R$ 100 000

Posições abertas: 6000 x 8.3 = R$49 800

W líquido: R$ 59200

Total: R$109 000




Várias estratégias são possíveis:

-Estratégia 1: A - posição pode ser encerrada com lucro líquido de R$9000 e novo capital inicial
de R$109 000;

-Estratégia 2: O trader pode aumentar a posição comprada com base no valor líquido de
R$59200;
Se a operação inicial for encerrada (estratégia 1), a análise anterior deve ser repetida, agora
com novo capital inicial (maior que anterior). Por consistência, o trader pode optar por manter o
mesmo nível de risco (r = 2%). Como houve lucro, o novo montante a ser aplicado ou valor
líquido será maior. A Estratégia 2 é mais interessante. Se a posição original for mantida sem
alteração de stop, novas aquisições ficam limitadas. Isso porque existe chance de o preço
atingir o stop para o qual cerca de 2% do capital original seria perdido.

Logo, antes de se optar por novas aquisições deve-se mover os stops em posições que
preservem o lucro. Isso significa que, estando comprado, stops devem ser movidos para cima,
e localizados abaixo de possíveis suportes superiores. Uma vez que sua análise recomenda
novo stop para 7.85 como mostrado na figura abaixo, o stop deve ser movido para lá. Esse é
também um stop natural para qualquer compra adicional. Utilizando os valores dados na tabela
acima, para o preço presente de 8.3, a fórmula R 2 determina:

Neff = 2% x 106 300/(8.3 – 7.85) = 4 720 ~ 4000

ou seja, mais 4 lotes devem ser adquiridos (resto líquido de R$59200 – 4000 x 8.3 = R$26
000). O valor R$106 300 é o valor potencialmente líquido caso o preço atinja o segundo ponto
de stop e encerre a primeira operação - lucro líquido de ~ 6000 x (7.85-6.8). No caso da
Estratégia 1 que determina encerramento da posição em 8.3, uma nova aquisição desse ponto
para o mesmo nível de risco determina:

Neff = 2 % x 109 000 / (8.3 – 7.85) = 4 844 ~ 4 000
Como dissemos, devido à necessidade de consistência no gerenciamento do risco, a
Estratégia 1 representa reinicio da operação. Isso significa que um valor líquido de R$75800

estaria disponível para novas compras assim que a nova operação desse lucro. Na estratégia
2, após a segunda adição, o trader fica comprado em cerca de 10 lotes, isto é, se o mercado
estiver em tendência favorável, a expectativa de lucro futuro é muito maior. Nesse caso
(Estratégia 1), se um preço futuro de 9.5 for atingido, o capital total torna-se R$113 800, na
Estratégia 2 o montante total seria R$121000.

Existem ainda várias estratégias possíveis, o trader pode decidir por vender parte do capital
investido etc. Fica a critério do trader decidir o melhor momento de vender e a quantidade a ser
vendida. O que se deve ter em mente, porém, é a necessidade de se fixar stops segundo uma
avaliação do mercado e de se proceder a movimentar os mesmos na direção favorável ao
lucro, nunca ao contrário.




IV Por quê análise técnica ?

Existe ainda mais alguma liberdade possível para otimizar o preço final de uma operação além
da escolha conveniente dos stop loss e alvos de fechamento? Obviamente, há a liberdade de
se definir o montante total aplicado – o que resulta em mais uma regra para o manejo de risco
em operações financeiras como discutido acima. Podemos olhar mais uma vez para a equação
da expectativa de preço:

Pf = p+ x P(1)+ + p- x P(1)-

e nos perguntar se seria possível alterar as próprias probabilidades de alta ou baixa (p+ e p-),
os últimos termos que restam para mexer. A resposta a essa singela questão é obviamente
“não”, pois ninguém consegue prever o mercado com exatidão, tanto menos modificar-lhe a
marcha (embora alguns investidores de peso possam tentar fazer isso – fato que a mídia
algumas vezes chama de “ataque especulativo”, um termo usado de modo pejorativo). Mas,
certamente, da contemplação pura e simples de gráficos de ativos financeiros, tiramos a
conclusão que muitos deles passam por períodos de alta e baixa consideráveis e que, há uma
forte dependência das expectativas de variação com os períodos de negócio. É aqui que entra
a análise técnica:

A análise técnica é o nome dado a um conjunto de técnicas cujo objetivo é determinar alvos
de investimento, tão só pela análise de variações de preço observados em dados históricos. O
fundamento principal dela é: toda a dinâmica que se pode saber de um ativo financeiro já está
impressa em seu preço.

Como técnica científica, a análise técnica é criticada por muitos em seus fundamentos, seja
porque também utilize informação sobre volume (desta forma não seria apenas o preço
historicamente registrado que descontaria todo o mercado), mas também porque não leva em
consideração informações sobre fundamentos das empresas ou negócios representativos de
certos ativos. Para esses últimos parâmetros, a análise fundamentalista teria que ser utilizada.
O trader iniciante muitas vezes se vê a braços com querelas entre “técnicos” e
“fundamentalistas”, ambos os lados procurando mostrar que os fundamentos de cada técnica
não podem ser desprezados pelo outro. Mas como podemos interpretar o papel de qualquer
técnica diante da equação do preço final? Trata-se de encontrar pontos de entrada e saída
para os quais a probabilidade de alta p+ e a probabilidade de baixa p- sejam os maiores
possíveis conforme o caso, compra no primeiro e venda no segundo.

Ou seja, o papel da análise técnica é o de maximizar as probabilidades! Como não se pode
controlar o mercado, pode-se ao menos encontrar pontos de entrada que viabilizem as
expectativas de preço final.
Outro objetivo importante da análise técnica é encontrar estimativas seguras para os preços
alvo: P(1)+ e P(1)-. Obviamente, esses preços dependem do momento do trade: pode ser um
suporte, uma resistência, uma média de 21 períodos, uma fibo etc. Resumidamente:

A fórmula do preço • final tem dois elementos principais: a probabilidade de um determinado
alvo ser atingido e o preço alvo;

Pode-se aumentar o • preço final médio esperado, “aumentando-se” a chance de o trade sair
como imaginado. Numa operação de compra isso significa maximizar p+. Mas isso só é
possível escolhendo-se convenientemente o tempo correto de se entrar e sair de um
determinado negócio. É papel da análise técnica encontrar esses momentos especiais;

A fórmula do preço • final esperado também depende dos preços alvos. É função da análise
técnica encontrar os preços alvos, para compra e venda conforme o caso, dado o momento
escolhido de início e saída da operação.

Assim sendo, não é objetivo da análise técnica “prever” o comportamento do mercado, embora
isso muitas vezes seja dito. Seu papel é o de fornecer alternativas (tanto positivas como
negativas), estimar probabilidades de sucesso e assim por diante. Dependendo da
configuração, época e posição de preço do mercado, determinados preços de

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Análise técnica e probabilidades de preços futuros

  • 1. Análise de alguns pontos importante em investimentos: Qual o papel da análise técnica? Ademir L Xavier Jr - Campinas SP O texto traz uma análise de como obter lucro com flutuações estocásticas de ativos, como gerenciar o risco (com exemplos) e uma proposta nova de definição de análise técnica. Uma fórmula de expectativa de preço futuro é proposta como importante parâmetro para definição de trades futuros. I Caráter estocástico das flutuações de preços de ativos. Antes de mais nada é importante nunca se esquecer do caráter estocástico da evolução de preços de ativos. Por “estocástico” queremos dizer que os preços variam por sorte (aleatoriamente), quer dizer, que não existe certeza absoluta quanto ao valor de um ativo no futuro. Isso significa também que, o máximo que se pode fazer é associar uma probabilidade maior que zero de o preço de um ativo no tempo futuro apresentar um determinado preço P. Vamos aqui discutir esse conceito de aleatoriedade para que possamos compreender a importância fundamental do manejo de risco e do real significado da análise técnica – que muitos críticos interpretam de maneira errônea. De maneira muito simples, vamos admitir que um ativo, por exemplo, BBDC4, em um determinado dia tenha fechamento em um preço P0. Se acompanhar a evolução desse mercado, qual a chance que tenho de, estando comprado, ter lucro no dia seguinte e, se estiver vendido, ter lucro nesse mesmo dia? Essa questão pode parecer paradoxal uma vez que não se pode ter lucro simultâneo com posicionamentos opostos. Mas tudo é possível quando se trata de eventos prováveis. Admitimos que de um dia para outro, o preço de fechamento do BBDC4 varie como mostra a figura abaixo: A figura mostra os cenários possíveis para o fechamento de BBDC4 no 1 dia após a operação de compra ou venda. O preço pode subir para P(1)+ segundo a probabilidade p+ ou descer até P(1)- segundo a probabilidade p-. Se admitirmos o pior cenário possível para as duas operações, chances iguais de cair ou subir, + - p =50% e p =50%, e a variação de preço idêntica, isto é, [ P(1)+ + P(1)- ] / 2 = P0,
  • 2. (os preços finais possíveis formam uma média idêntica ao preço inicial), o preço final Pf de qualquer operação é, portanto, igual a P0: + + - - Pf = p x P(1)(1) + p x P(1) = P0, p+ : probabilidade de elevação de preço; p- : probabilidade de queda de preço o lucro final de qualquer operação certamente é nulo: Lucro provável: (Pf – P0 – t)/P0 ~ 0 no caso da compra, – (Pf – P0 – t)/P0 ~ 0 no caso da venda. t : taxas de corretagem. Para exemplificar podemos admitir que o preço de fechamento de BBDC4 no dia “0” foi 68.45. No dia seguinte, no pior dos casos, espera-se uma chance igual de que o preço chegue em P(1)+= 70.2 (resistência provável) ou retraia a um suporte importante em P(1)- =66.75. Na prática, o lucro final sempre é negativo, pois existem taxas de operação de compra ou venda (t: corretagem). No exemplo utilizado, admitimos que a perda seja pequena porque t é apenas uma pequena fração do capital investido inicialmente. Assim em termos práticos, o jogo de investimento sempre tem soma total negativa uma vez que tais taxas nunca podem ser eliminadas. Obviamente, a mesma análise pode ser repetida para o dia seguinte, iniciando-se novamente do novo preço atualizado de fechamento. Um gráfico semelhante pode ser feito, onde agora aparecem as chances de o preço variar para cima e para baixo da mesma maneira: Se a operação tiver sido fechada, então a análise para o dia seguinte é a mesma. Suponhamos que o preço no dia 1 tenha fechado em P(1)+. Nesse caso, a nova expectativa de lucro (ou prejuízo) para o dia 2 é dada novamente por:
  • 3. Pf = p+ x P(1)(1)++ + p- x P(1)+ - Lucro provável: (Pf – P(1)+ – t)/P(1)+ ~ 0 no caso da compra, + + – (Pf – P(1) – t)/P(1) ~ 0 no caso da venda. t: taxas de corretagem. Note que as expectativas de lucro são sempre nulas (ou minimamente negativas) porque as chances de alta e baixa foram tomadas como iguais. Entretanto, se a operação foi fechada no dia 1 no preço P(1)+, houve um lucro, de fato, para a operação de compra: + L(1) = (P(1) – P0 – t)/P0 L(1) : lucro no dia 1 após fechamento do negócio. que é idêntico ao prejuízo da operação de venda. Em termos práticos, usando o exemplo do BBDC4, compra no dia inicial em 68.45 com venda em 70.2 equivalem a um lucro máximo de operação de compra da ordem de 2.25%, e um prejuízo mínimo na operação de venda de igual valor. Note que, agora, com os valores de preço atualizados, desaparecem os valores das probabilidades: só o que interessa são os valores de fato. Isso é o que confunde o trader iniciante, pois nos cálculos dos lucros ou prejuízos, probabilidades não aparecem. Se agora, no segundo dia, ocorre uma alta consecutiva, com nova compra no valor P(1)+, o novo lucro será dado por: L(2) = [ (P(1)++ – P(1)+ – t ]/P(1)+ ~ (P(1)++ – P0 2 x t) / P0 L(2) : lucro no dia 2, após fechamento do negócio, ou seja, tudo se passa como se tivesse ++ ocorrido apenas uma operação de compra em P0 com venda em P(1) , o preço da alta consecutiva. Tudo com exceção da corretagem dupla resultante da venda em P(1)+ seguida de compra no mesmo valor. Em termos numéricos, imaginemos que o trader recompre BBDC4 no mesmo ponto 70.2 e venda no dia seguinte a 71.8. Não deveria haver diferença para um segundo trader que executasse sua posição inicial no mesmo ponto, se comprado em 68.45. Há uma diferença, entretanto, nos custos de operação. Conclusão: chegamos aqui a primeira grande regra para o iniciante em investimentos: 1 Regra: minimize ao máximo as taxas de corretagem. Isso pode ser feito escolhendo-se cuidadosamente sua corretora. Essa regra tem importância fundamental uma vez que, no longo prazo, as taxas de corretagem tendem a corroer o capital investido se o número de operações de compra ou venda for grande. Isso se vê facilmente uma vez que as taxas somam negativamente no cálculo final do lucro. A tabela padrão de serviços de corretagem cobra proporcionalmente ao volume de capital investido. Há corretoras que cobram taxas fixas – isto é – que não dependem do capital investido. Essas últimas devem ser preferidas em todos os casos. II Como se pode ganhar dinheiro ainda que tudo seja o caos Vimos que a expectativa de preço final de uma operação, seja de compra ou venda, é dada pela soma de dois termos que representam os preços esperados de alta ou de baixa. Esses termos são dados como o produto dos preços esperados pelas probabilidades de alta e baixa em cada caso:
  • 4. Pf = p+ x P(1)(1)+ + p- x P(1)- p+ : probabilidade de alta; - p : probabilidade de baixa Dada a dinâmica altamente complexa do mercado financeiro, é impossível estimar com certeza os valores das probabilidades; quem o fizesse, certamente jamais teria prejuízo em qualquer operação que se montasse – seria o trader perfeito. Há, entretanto, uma regra muito simples que minimiza o prejuízo (ou maximiza o lucro) e que é também uma das bases do conceito de manejo de risco: podemos dividir a expectativa de preço final de um ativo financeiro, dada sua evolução em um certo período, para cada tipo de operação de compra ou venda, colocando-se pontos de stops (saídas) abaixo (ou acima) dos preços iniciais conforme o caso. compra venda
  • 5. A figura acima ilustra o conceito conforme a operação seja de compra ou de venda em um período escolhido (dia). Para a compra, o preço de fechamento da posição está no ponto S(1)c ”ligeiramente” abaixo do preço de compra inicial. No caso da operação de venda, o preço de encerramento de posição esta em um ponto S(1)v “ligeiramente” acima de P0. A expectativa de preço final é dada pela mesma fórmula anterior, mas agora o preço final leva em conta os stops: + + - Pf = p x P(1)(1) + p x S(1)c para compra, + - - Pf = p x S(1)v + p x P(1) para venda, p+ : probabilidade de alta; p- : probabilidade de baixa O que isso difere do caso anterior? Vamos tomar novamente o exemplo do trade com BBDC4 iniciado em 68.45 com zero de corretagem para simplificar. No primeiro caso, vimos que a expectativa de preço final era nula: Pf = 0.5 x 70.2 + 0.5 x 66.75 = 68.45, Lucro provável = (Pf – P0)/P0 ~ 0 % pois as chances de alta e baixa foram tomadas como idênticas (50%) – o pior caso – e os preços finais poderiam ser 66.75 e 70.2. Suponhamos que seja usado um ponto de stop loss em 67.90. Nesse caso, a nova expectativa de lucro para a operação de compra será: Pf = 0.5 x 70.2 + 0.5 x 67.9 = 69.05 Lucro provável = (Pf-P0)/P0 ~ 0.87% ! O lucro provável agora é positivo. Notamos imediatamente que: O lucro provável • depende obviamente da posição do stop, quanto mais próximo ao preço alvo inferior no caso da compra, mas próximo de zero ele zera, quanto mais próximo do preço alvo superior no caso da operação de venda mais próximo de zero será; Disso vem que • expectativa de lucro positiva é um fato resultante da assimetria das posições dos alvos finais de operação: o preço final alvo e o stop. No fundo da mente de todo trader que almeje uma posição de sucesso no mercado financeiro deve estar escrita a equação Pf = p+ x P(1)(1)+ + p- x P(1)- que relaciona o preço esperado como função dos preços alvos finais e das chances de alta e baixa. O objetivo de todo trader deve ser maximizar o valor de Pf no caso de uma operação de compra ou minimizar Pf no caso de uma operação de venda. O segundo passo para que isso seja possível leva ao enunciado da segunda regra: 2 Regra: escolha convenientemente a posição dos stops S(1) no caso de uma operação der errado: isso maximiza a expectativa de lucro em uma operação. Obviamente, o ponto S(1) não pode ser colocado sobre alvos de preço dados como certos no caso de um movimento contrário, por isso, stops devem ser colocados um pouco abaixo desses pontos no caso de uma compra, ou um pouco acima deles no caso de uma operação de venda. A 2 regra é uma rota clara em como se pode alterar expectativas de trades mexendo-se em uma das coisas que o investidor tem de liberdade – e que portanto só depende dele – o preço de fechamento de uma posição. De qualquer forma, a discussãao apresentada acima mostra que é possível ganhar dinheiro em mercados voláteis ainda que nenhuma análise – qualquer
  • 6. que seja ela – seja aplicada. Desde que as posições de saída sejam ajustadas de forma que a expectativa de variação de preço (como calculada pela fórmula) seja positiva. Isso é o que poderíamos chamar de “extrair ordem do caos”. III Gerenciamento de Risco Uma vez que o mercado apresenta vários períodos e, dentro de períodos longos, períodos mais curtos em sucessão, existem momentos propícios para entrada em ativos – como vimos anteriormente quando o preço se apresenta próximo a suportes no caso da compra como exemplo. De qualquer forma, entradas devem ser feitas com cuidado para limitar o grau de exposição ao risco inerente de mercados de renda variável. Infelizmente (ou felizmente talvez), é completamente impossível atuar em mercado de renda variável sem risco algum (com exceção obviamente da montagem de operações protegidas pela compra ou venda de contratos de opções ou outros derivativos – nesse último caso, paga-se um preço por essa proteção, o que reduz o lucro). O que significa “gerenciar risco”? Risco no mercado financeiro tem papel semelhante aos remédios nos processos de cura de doenças: na dose certa levam a cura, mas em excesso são letais. Gerenciar risco é assim semelhante ao processo de subscrição de remédios: trata-se de encontrar a dose certa para que o objetivo seja alcançado minimizando efeitos colaterais. Essa dose não é apenas função de uma única ingestão: deve ser controlada ao longo do tempo. De maneira muito geral, gerenciar risco significa limitar a exposição ao risco para uma determinada quantidade de capital inicial. Risco é parte integrante de uma definição suficientemente geral do processo de investimento, sendo plenamente justificável a lei geral: Os lucros envolvidos em qualquer negócio ou investimento são diretamente proporcionais ao risco subjacente do mesmo. Como corolário dessa lei, podemos dizer que a probabilidade de ganhos altos em qualquer investimento cai exponencialmente à medida que o risco vai à zero, de forma que anular o risco significa pulverizar as chances de ganho em muitas vezes. Isso não significa que se deva arriscar de forma arbitrária para maximizar o lucro dado que o investidor conte com um bom montante inicial para investir. De fato: Investir significa alocar recursos presentes visando lucros futuros, consciente da impossibilidade de se eliminar completamente o risco, isto é, a chance de perder parte do investimento. Gerenciar risco significa alocar recursos de forma a minimizar a possibilidade de perda possível. Para estabelecer uma relação numérica que permita a aplicação de uma regra prática, os elementos do gerenciamento de risco devem ser parametrizados. Vimos que o risco é função do capital total a ser investido que chamamos aqui de W. Limitar o risco significa que uma fração r desse capital pode ser perdida. Esse valor é o montante que o investidor está disposto a perder caso sua operação não resulte conforme ele espera. No caso de uma operação de compra, caso o preço caia abaixo de um determinado valor e, no caso de uma operação de venda, caso o preço suba acima de um determinado valor. Como conseqüência dessa regra, é possível estabelecer um patamar de preço para encerramento da posição, caso o trade não de certo. Esse é, obviamente o ponto de stop loss. No mercado acionário a vista, ativos são negociados em lotes mínimos, o que significa que, na prática, liquidez só é conseguida se o investidor compra ou vende quantidades inteiras de ações. Por isso, dado um preço de compra Pc, o número de ações N que se pode adquirir com capital W é N < W / Pc (R 1) onde desprezamos custos de corretagem. Por exemplo, um indivíduo que queira investir R$100 000 em uma ação negociada a 6.8 para compra em lotes de 1000 ações, só pode adquiri pela regra acima 14000 ações ou 14 lotes, pois o resultado da razão W/Pc é igual a 14705.88. Se o
  • 7. indivíduo tem com fator de limitação de risco cerca de 2% de seu capital total W, o risco efetivo (Re) a que o trader se expõe é igual a Re = r W / N Pc onde N é o número de ações efetivamente adquiridas. No caso anterior N=14000, o capital investido de fato é igual a 6.8x14000 ou R$95200. O risco efetivo é igual a: Re = 2% x 100 000 / 14 000 x 6.8 ~ 2.1% que é o risco característico do montante aplicado. Seu risco é, de fato, menor, pois a liquidez da compra só permite adquirir quantidades inteiras de lotes de ações. Desprezando corretagem, onde deve ser localizado o ponto de stop loss (Ps) para a operação de compra? A fórmula abaixo fornece uma regra aproximada: Ps > Pc – Re Pc (R 3) Substituindo valores encontramos: Ps > 6.8 – 2.1% x 6.8 = 6.66 Na prática, porém, o ponto de stop é previamente determinado ou imposto por uma análise, por exemplo, pode corresponder a uma região segura abaixo de um suporte. O trader pode determinar que o ponto seguro para stop (preço abaixo do qual a probabilidade de incursão do preço é muito pequena) para o ativo seja 6.50. Nesse caso, ocorre uma violação das regras simples acima, o que determina uma limitação no montante inicial de compra. O trader obrigatoriamente deve comprar menos do ativo se quiser ter o mesmo nível de risco. Na hipótese de compra de lotes fracionários do ativo, a formula do preço de stop pode ser escrita como: Ps > Pc – r W / N Essa fórmula pode ser reescrita resultando em um outro limiar superior (Neff) para a quantidade de ativos que se pode comprar no caso de uma operação de compra: Neff < r W / (Pc – Ps) (R 2) Note que, agora, aparecem o capital total W e o risco assumido inicialmente (não o efetivo). Substituindo os valores para Ps = 6.5 encontramos: Neff < 2% x 100 000 / (6.8 – 6.5) = 6 666 A regra R 1 dizia que N < 14708. Agora o número mínimo de lotes é 6 ou 6000 ações para compra em 6.8 com stop em 6.5. O montante total a ser aplicado é, portanto, R$40 800,00 o que representa 40.8% do capital inicial. O risco efetivo agora é Re = 2 % x R$ 100 000 / R$ 40 800 = 4.9 % Esse é o risco sobre o que está de fato investido. O risco sobre o capital total está abaixo de 2% como era de se desejar. Se utilizarmos a relação R 3 com o risco efetivo acima encontramos: Ps = 6.8 – 4.9% x 6.8 = 6.46
  • 8. que é o novo preço de stop. Obviamente, por que não podemos comprar 6666 ações e sim 6 lotes de 1000, esse valor é um pouco mais baixo que 6.5 uma vez que o valor investido é menor. Na prática, a corretagem altera ligeiramente os valores acima, que são aproximados. Alguns comentários podem ser feitos a respeito da fórmula R 2. Notamos que se Pc é igual a Ps, ou seja, o trader decide encerrar a posição se o preço atingir novamente o preço de compra, a relação R 2 deixa de ser importante. Nesse caso, não existe risco, uma vez que o preço de venda é igual ao de compra (e também não existe lucro). O número de lotes que se pode comprar (Neff) cresce linearmente com r, o que é bastante lógico, isto é, o montante investido é proporcional ao risco máximo assumido (ou, alguém que arriscasse 100% de seu capital não precisaria de stop). Finalmente, o risco também é proporcional ao montante total disponível, quanto maior este maior o risco possível proporcional. Nosso investidor agora dispõe ainda de R$59200 para investir. O que ele deve fazer, investir mais ou esperar? Essa é a grande pergunta que leva imediatamente a uma regra importante de gerenciamento de risco: Regra 1 Só se deve acrescentar posições (no caso de alta, comprar mais, no caso de venda, vender mais) à medida que posições anteriores apresentem lucro. A regra nada diz sobre quando se deve acrescentar posições de maneira exata, apenas que se deve fazer isso quando as operações anteriores apresentarem lucro. Dado a volatilidade inerente do mercado, isso pode acontecer nos próximos 15 minutos que se sucedem à operação de compra ou apenas depois de muitos meses. Mais uma vez o conhecimento tácito do mercado deve ser utilizado para determinar o momento mais propício para essa aquisição. No caso de uma operação de compra, a análise técnica recomenda acrescentar posições todas as vezes que certa resistência superior é ultrapassada, estando comprado logo abaixo. No caso de uma operação de venda, o oposto é verdadeiro, deve-se acrescentar posições toda vez que um suporte mais inferior for violado. Obviamente, isso depende da existência ou não de uma tendência no mercado etc. De modo prático, o investidor deve escolher um período T de reavaliação do investimento, a partir do qual ele pode ou não acrescentar posições. Sendo t o momento de decisão, ele pode optar por ignorar a possibilidade de qualquer acréscimo se t<T. Do contrário, se t>T, ele pode reinvestir caso tenha lucro. Do contrário nada faz. Esses casos estão descritos abaixo: No momento t após o instante de compra: Caso 1: Se t<T, a posição está “congelada” (com P(t) > Ps e P(t) < Pc) ; Caso 2: Se t>T e P(t) > Pc (lucro), então, reavaliar nova compra; O caso P(t) < Ps não precisa ser distinto como caso, pois tem a haver com uma segunda regra fundamental de gerenciamento de risco: Regra 2 Uma vez estabelecido os preços de stop e realizada a operação nunca mova stops em posições opostas ao previamente planejado. No caso de uma operação de compra, stops nunca podem ser abaixados, numa operação de venda nunca devem ser levantados. No caso 1 o preço fica flutuando acima do ponto de stop e abaixo do preço de compra. Se a tendência for de alta, no caso de uma compra, esse é o momento de “partida” do trade. O caso 2 é julgado após o momento T (que pode ser 1 dia, 1 semana ou 1 mês conforme o perfil do trader) e corresponde ao momento de reavaliação da posição. É importante que o momento T seja fixado pelo trader uma vez que a operação pode
  • 9. dar certo em qualquer momento futuro, mas só ele deve decidir o melhor momento novas aquisições ou vendas. Vamos assim, continuar com a análise de risco do trade anterior. Em determinado instante após T, o trader resolve aumentar posições. Suponha que no tempo t, o preço do ativo esteja em 8.3. A contabilidade agora fica: W inicial: R$ 100 000 Posições abertas: 6000 x 8.3 = R$49 800 W líquido: R$ 59200 Total: R$109 000 Várias estratégias são possíveis: -Estratégia 1: A - posição pode ser encerrada com lucro líquido de R$9000 e novo capital inicial de R$109 000; -Estratégia 2: O trader pode aumentar a posição comprada com base no valor líquido de R$59200;
  • 10. Se a operação inicial for encerrada (estratégia 1), a análise anterior deve ser repetida, agora com novo capital inicial (maior que anterior). Por consistência, o trader pode optar por manter o mesmo nível de risco (r = 2%). Como houve lucro, o novo montante a ser aplicado ou valor líquido será maior. A Estratégia 2 é mais interessante. Se a posição original for mantida sem alteração de stop, novas aquisições ficam limitadas. Isso porque existe chance de o preço atingir o stop para o qual cerca de 2% do capital original seria perdido. Logo, antes de se optar por novas aquisições deve-se mover os stops em posições que preservem o lucro. Isso significa que, estando comprado, stops devem ser movidos para cima, e localizados abaixo de possíveis suportes superiores. Uma vez que sua análise recomenda novo stop para 7.85 como mostrado na figura abaixo, o stop deve ser movido para lá. Esse é também um stop natural para qualquer compra adicional. Utilizando os valores dados na tabela acima, para o preço presente de 8.3, a fórmula R 2 determina: Neff = 2% x 106 300/(8.3 – 7.85) = 4 720 ~ 4000 ou seja, mais 4 lotes devem ser adquiridos (resto líquido de R$59200 – 4000 x 8.3 = R$26 000). O valor R$106 300 é o valor potencialmente líquido caso o preço atinja o segundo ponto de stop e encerre a primeira operação - lucro líquido de ~ 6000 x (7.85-6.8). No caso da Estratégia 1 que determina encerramento da posição em 8.3, uma nova aquisição desse ponto para o mesmo nível de risco determina: Neff = 2 % x 109 000 / (8.3 – 7.85) = 4 844 ~ 4 000
  • 11. Como dissemos, devido à necessidade de consistência no gerenciamento do risco, a Estratégia 1 representa reinicio da operação. Isso significa que um valor líquido de R$75800 estaria disponível para novas compras assim que a nova operação desse lucro. Na estratégia 2, após a segunda adição, o trader fica comprado em cerca de 10 lotes, isto é, se o mercado estiver em tendência favorável, a expectativa de lucro futuro é muito maior. Nesse caso (Estratégia 1), se um preço futuro de 9.5 for atingido, o capital total torna-se R$113 800, na Estratégia 2 o montante total seria R$121000. Existem ainda várias estratégias possíveis, o trader pode decidir por vender parte do capital investido etc. Fica a critério do trader decidir o melhor momento de vender e a quantidade a ser vendida. O que se deve ter em mente, porém, é a necessidade de se fixar stops segundo uma avaliação do mercado e de se proceder a movimentar os mesmos na direção favorável ao lucro, nunca ao contrário. IV Por quê análise técnica ? Existe ainda mais alguma liberdade possível para otimizar o preço final de uma operação além da escolha conveniente dos stop loss e alvos de fechamento? Obviamente, há a liberdade de se definir o montante total aplicado – o que resulta em mais uma regra para o manejo de risco em operações financeiras como discutido acima. Podemos olhar mais uma vez para a equação da expectativa de preço: Pf = p+ x P(1)+ + p- x P(1)- e nos perguntar se seria possível alterar as próprias probabilidades de alta ou baixa (p+ e p-), os últimos termos que restam para mexer. A resposta a essa singela questão é obviamente “não”, pois ninguém consegue prever o mercado com exatidão, tanto menos modificar-lhe a marcha (embora alguns investidores de peso possam tentar fazer isso – fato que a mídia algumas vezes chama de “ataque especulativo”, um termo usado de modo pejorativo). Mas, certamente, da contemplação pura e simples de gráficos de ativos financeiros, tiramos a conclusão que muitos deles passam por períodos de alta e baixa consideráveis e que, há uma forte dependência das expectativas de variação com os períodos de negócio. É aqui que entra a análise técnica: A análise técnica é o nome dado a um conjunto de técnicas cujo objetivo é determinar alvos de investimento, tão só pela análise de variações de preço observados em dados históricos. O fundamento principal dela é: toda a dinâmica que se pode saber de um ativo financeiro já está impressa em seu preço. Como técnica científica, a análise técnica é criticada por muitos em seus fundamentos, seja porque também utilize informação sobre volume (desta forma não seria apenas o preço historicamente registrado que descontaria todo o mercado), mas também porque não leva em consideração informações sobre fundamentos das empresas ou negócios representativos de certos ativos. Para esses últimos parâmetros, a análise fundamentalista teria que ser utilizada. O trader iniciante muitas vezes se vê a braços com querelas entre “técnicos” e “fundamentalistas”, ambos os lados procurando mostrar que os fundamentos de cada técnica não podem ser desprezados pelo outro. Mas como podemos interpretar o papel de qualquer técnica diante da equação do preço final? Trata-se de encontrar pontos de entrada e saída para os quais a probabilidade de alta p+ e a probabilidade de baixa p- sejam os maiores possíveis conforme o caso, compra no primeiro e venda no segundo. Ou seja, o papel da análise técnica é o de maximizar as probabilidades! Como não se pode controlar o mercado, pode-se ao menos encontrar pontos de entrada que viabilizem as expectativas de preço final.
  • 12. Outro objetivo importante da análise técnica é encontrar estimativas seguras para os preços alvo: P(1)+ e P(1)-. Obviamente, esses preços dependem do momento do trade: pode ser um suporte, uma resistência, uma média de 21 períodos, uma fibo etc. Resumidamente: A fórmula do preço • final tem dois elementos principais: a probabilidade de um determinado alvo ser atingido e o preço alvo; Pode-se aumentar o • preço final médio esperado, “aumentando-se” a chance de o trade sair como imaginado. Numa operação de compra isso significa maximizar p+. Mas isso só é possível escolhendo-se convenientemente o tempo correto de se entrar e sair de um determinado negócio. É papel da análise técnica encontrar esses momentos especiais; A fórmula do preço • final esperado também depende dos preços alvos. É função da análise técnica encontrar os preços alvos, para compra e venda conforme o caso, dado o momento escolhido de início e saída da operação. Assim sendo, não é objetivo da análise técnica “prever” o comportamento do mercado, embora isso muitas vezes seja dito. Seu papel é o de fornecer alternativas (tanto positivas como negativas), estimar probabilidades de sucesso e assim por diante. Dependendo da configuração, época e posição de preço do mercado, determinados preços de