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Xilo 
gravura 
[ Xilogravura ]
Você já ouviu falar em escrita cuneiforme? 
A escrita cuneiforme foi desenvolvida 
pelos sumérios, sendo a designação 
geral dada a certos tipos de escrita 
feitas com auxílio de objetos em 
formato de cunha. É juntamente com 
os hieróglifos egípcios, o mais antigo 
tipo conhecido de escrita, tendo sido 
criado pelos sumérios por volta de 
3500 a.C. Inicialmente a escrita 
representava formas do mundo 
(pictogramas), mas por praticidade as 
formas foram se tornando mais 
simples e abstratas.
Cilindro de Ciro, 539 a.C. Mesopotamia.
Tipos de carimbos
Oque é a xilogravura?
Técnica e funcionalidade 
Pode-se descrever a xilogravura como uma espécie de carimbo. Em seu processo, uma 
gravura é entalhada na madeira com auxílio de objeto cortante e, na sequência, utiliza-se 
um rolo de borracha embebida em tinta, que penetra somente nas partes onde está a 
gravura (entalhe). Então, a parte em que fica a gravura é colocada em contato com a 
superfície a ser ilustrada. Após alguns minutos, retira-se a madeira, que deixa a imagem 
impregnada no local. Esta técnica é também chamada de impressão em alto relevo e pode 
ser feita à base de linóleo (linoleogravura) ou qualquer superfície plana. 
Xilogravura aplicada no Brasil 
O contato entre diversas culturas, como a brasileira e a portuguesa, ocasionou o 
surgimento da xilogravura popular brasileira. Os portugueses já utilizavam a técnica que, 
quando trazida para o Brasil, desenvolveu-se na Literatura de Cordel. Com isso, diversas 
obras foram produzidas com a utilização da xilogravura, formando diversos xilógrafos, 
principalmente na Região Nordeste do país. Gilvan Samico, Abraão Batista, Amaro 
Francisco, José Costa Leite, José Lourenço e J. Borges estão entre os principais xilógrafos 
brasileiros.
História da Xilogravura 
As prováveis origens da xilogravura remetem à cultura oriental. Segundo historiadores, a 
xilogravura foi criada pelos chineses e já era praticada por este povo desde o século 6. 
Durante a Idade Média, a xilogravura firma-se no ocidente, ganhando inovações durante 
o século 18. Com sua difusão por diversos países, acabou chegando às nações européias, 
onde influenciaram as artes do século 19 e ajudaram Thomas Bewick a criar a técnica da 
gravura de topo, diminuindo os custos de produção industrial de livros ilustrados e 
inciando a produção em larga escala de imagens pictóricas. 
Porém, com o avanço tecnológico do século 20, a técnica da xilogravura começa a cair 
em desuso. Com a invenção de processos de impressão a partir da fotografia, a técnica 
oriental foi considerada obsoleta, passando a ser utilizada somente por artistas e 
artesões 
Mais informações: 
http://artenaescola.org.br/uploads/livros/e-book/experiencias-contemporaneas-em-gravura/ 
http://casadaxilogravura.com.br/xilo.html
Gato e peixe. Oswaldo Goeldi. Xilogravura. 23 x 30 cm. 1973
"Mulheres errantes", 1919, xilogravura. Lasar Segall.
"A criação: adão e eva", xilogravura, 
Gilvan Samico
"5823", xilogravura, 1958. Fayga Ostrower.
Rubem Grilo. 1992.
Preparação do espaço de trabalho
Mantenha um mínimo de organização.
Locais abertos ou com janelas são ideais por cotna da circulação de ar.
Errado Certo 
Procure manter o local de trabalho organizado e com espaço suficiente.
Tipos de ferramentas – GOIVAS, FORMÃO E FACA 
• Goiva em V: também serve para 
os contornos e para criar 
hachuras finas. 
• Faca: confere precisão e nitidez 
nos contornos. 
• Goiva em U (arredondadas): 
utilizada em contornos sem a 
precisão proporcionada pelas 
facas e pelas goivas em V. Servem 
especialmente para abrir luzes 
nos fundos. 
•Formão reto: serve para 
desbaste de grandes áreas, 
deixando irregularidades 
nasuperfície, nos intervalos de 
cada corte.
Como afiar as ferramentas. 
A precisão da gravação depende das goivas 
bem afiadas.Quando utilizamos o esmeril, a 
ferramenta se aquece com rapidez, faz-se 
necessário esfriá-la, evitando-se a perda da 
durezado aço (têmpera). Na afiação manual, 
fazemos uso da pedra de carborundum, pedra 
Arkansas, óleo fino de máquina e de lixas 
d'água. Passamos das lixas mais grossas (de 
baixa numeração àquelas mais finas), por 
exemplo: 400, 600 e 1000. No ato de afiar, 
deve-se manter o desenho característico da 
ponta de cada ferramenta.
Rolo para entintagem da matriz. 
Rolo para entintagem.
A princípio qualquer tipo de papel 
serviria para a xilogravura(sulfite, 
canson nacional ,vergê, Kraft, 
papel arroz japonês, papéis 
importados paradesenho). 
Independentemente da qualidade 
do papel, este deve ser de 
superfície lisa e absorvente. De 
modo geral, imprime-se com 
papel seco. 
Papéis
Tintas à base de óleo 
Comumente imprimimos com tinta tipográfica 
(quando mais seca, resulta mais opaca) e tinta 
de off-set. Há marcas importadas de tintas 
oleosas para xilogravura. Antes de aplicarmos a 
tinta com o rolo (cilindro) de 
borracha/gelatina/couro, prepara-se a tinta 
sobre um vidro, esticando-a com uma espátula 
de aço, afim de torná-la maleável (plástica). 
Por fim, passa-se o rolo sobre a tinta esticada, 
de modo a uniformizá-la tanto no vidro quanto 
no rolo. Seguem-se várias passadas de rolo na 
matriz, até que esta adquira homogeneidade 
sem brilho excessivo. A tinta a óleo confere um 
"peso", uma profundidade as cores.
Tintas à base d’água 
Procedimento oriental, cuja tinta é 
composta de pasta de arroz 
pigmentada, substitui a tinta oleosa. 
Na tradição oriental é aplicada com 
pincéis apropriados, após 
umedecimento prévio dos papéis e da 
matriz. O baren é um instrumento 
mais apropriado para este tipo de 
impressão rápida.Uma opção mais 
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industrializada cujos resultados podem 
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Sempre damos preferência às 
madeiras secas para evitarmos as 
empenas e termos fluência nos 
cortes. As madeiras devem ser 
aplainadas e lixadas para que 
obtenhamos boas entintagens e 
impressões, valorizando os veios da 
madeira. 
As madeiras devem ser aplainadas e 
lixadas para que obtenhamos boas 
entintagens e impressões, valorizando 
os veios da madeira. 
Tipos de madeira brasileira que 
podem ser utilizados na xilogravura: 
pinho (araucária),cerejeira, cedrinho, 
peroba, imbuia, mogno, cedro, pau-marfim 
etc.
XILOGRAVURA AO FIO 
Fonte: http://artenaescola.org.br/uploads/livros/e-book/experiencias-contemporaneas-em-gravura/
XILOGRAVURA DE TOPO 
Fonte: http://artenaescola.org.br/uploads/livros/e-book/experiencias-contemporaneas-em-gravura/
Formas de manuseio das ferramentas. 
A princípio é interessante 
compreender a forma de corte de 
cada ferramenta. Cada uma delas 
tem um tipo de corte. Vamos ver 
isso na prática?
Vamos para o processo de feitura da gravura? Aqui começa nossa 
prática de ateliê.
Referências para pesquisa 
http://www.centrovirtualgoeldi.com/paginas.aspx?Menu=agravura 
(Museu) 
https://www.scribd.com/doc/17049101/Apostila-Xilogravura (apostila) 
http://www.youtube.com/watch?v=Yj-0jkelXLE (video aula) 
http://www.youtube.com/watch?v=4p96AWO5Kgw (video aula) 
http://artenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/arq_pdf_13.pdf (pdf sobre Rubem 
Grillo)
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 
CATAFAL, Jorge, OLIVA, Clara. A gravura. Lisboa : Estampa, 2003. 160 p. 
HERSKOVITS, Anico. Xilogravura: arte e técnica. Porto Alegre : Tchê!, 1986. 157 p. 
COSTELLA, Antonio F. Breve história ilustrada da xilogravura. Campos do Jordão: Editora 
Mantiqueira,2003. 
COSTELLA, Antonio F. Introdução à gravura e à sua história. Campos do Jordão: Editora 
Mantiqueira,2006. 
MARTINS, Itajahy. Gravura - arte e técnica. São Paulo: Laserprint Editorial Ltda, 1987. 
WESTHEIM, Paul. El grabado em madera. México: Fondo de Cultura Econômica, 1992.

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Aula de Xilogravura

  • 1. Xilo gravura [ Xilogravura ]
  • 2. Você já ouviu falar em escrita cuneiforme? A escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos sumérios, sendo a designação geral dada a certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios, o mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado pelos sumérios por volta de 3500 a.C. Inicialmente a escrita representava formas do mundo (pictogramas), mas por praticidade as formas foram se tornando mais simples e abstratas.
  • 3.
  • 4. Cilindro de Ciro, 539 a.C. Mesopotamia.
  • 6. Oque é a xilogravura?
  • 7. Técnica e funcionalidade Pode-se descrever a xilogravura como uma espécie de carimbo. Em seu processo, uma gravura é entalhada na madeira com auxílio de objeto cortante e, na sequência, utiliza-se um rolo de borracha embebida em tinta, que penetra somente nas partes onde está a gravura (entalhe). Então, a parte em que fica a gravura é colocada em contato com a superfície a ser ilustrada. Após alguns minutos, retira-se a madeira, que deixa a imagem impregnada no local. Esta técnica é também chamada de impressão em alto relevo e pode ser feita à base de linóleo (linoleogravura) ou qualquer superfície plana. Xilogravura aplicada no Brasil O contato entre diversas culturas, como a brasileira e a portuguesa, ocasionou o surgimento da xilogravura popular brasileira. Os portugueses já utilizavam a técnica que, quando trazida para o Brasil, desenvolveu-se na Literatura de Cordel. Com isso, diversas obras foram produzidas com a utilização da xilogravura, formando diversos xilógrafos, principalmente na Região Nordeste do país. Gilvan Samico, Abraão Batista, Amaro Francisco, José Costa Leite, José Lourenço e J. Borges estão entre os principais xilógrafos brasileiros.
  • 8. História da Xilogravura As prováveis origens da xilogravura remetem à cultura oriental. Segundo historiadores, a xilogravura foi criada pelos chineses e já era praticada por este povo desde o século 6. Durante a Idade Média, a xilogravura firma-se no ocidente, ganhando inovações durante o século 18. Com sua difusão por diversos países, acabou chegando às nações européias, onde influenciaram as artes do século 19 e ajudaram Thomas Bewick a criar a técnica da gravura de topo, diminuindo os custos de produção industrial de livros ilustrados e inciando a produção em larga escala de imagens pictóricas. Porém, com o avanço tecnológico do século 20, a técnica da xilogravura começa a cair em desuso. Com a invenção de processos de impressão a partir da fotografia, a técnica oriental foi considerada obsoleta, passando a ser utilizada somente por artistas e artesões Mais informações: http://artenaescola.org.br/uploads/livros/e-book/experiencias-contemporaneas-em-gravura/ http://casadaxilogravura.com.br/xilo.html
  • 9.
  • 10. Gato e peixe. Oswaldo Goeldi. Xilogravura. 23 x 30 cm. 1973
  • 11. "Mulheres errantes", 1919, xilogravura. Lasar Segall.
  • 12. "A criação: adão e eva", xilogravura, Gilvan Samico
  • 13. "5823", xilogravura, 1958. Fayga Ostrower.
  • 15. Preparação do espaço de trabalho
  • 16. Mantenha um mínimo de organização.
  • 17. Locais abertos ou com janelas são ideais por cotna da circulação de ar.
  • 18. Errado Certo Procure manter o local de trabalho organizado e com espaço suficiente.
  • 19. Tipos de ferramentas – GOIVAS, FORMÃO E FACA • Goiva em V: também serve para os contornos e para criar hachuras finas. • Faca: confere precisão e nitidez nos contornos. • Goiva em U (arredondadas): utilizada em contornos sem a precisão proporcionada pelas facas e pelas goivas em V. Servem especialmente para abrir luzes nos fundos. •Formão reto: serve para desbaste de grandes áreas, deixando irregularidades nasuperfície, nos intervalos de cada corte.
  • 20. Como afiar as ferramentas. A precisão da gravação depende das goivas bem afiadas.Quando utilizamos o esmeril, a ferramenta se aquece com rapidez, faz-se necessário esfriá-la, evitando-se a perda da durezado aço (têmpera). Na afiação manual, fazemos uso da pedra de carborundum, pedra Arkansas, óleo fino de máquina e de lixas d'água. Passamos das lixas mais grossas (de baixa numeração àquelas mais finas), por exemplo: 400, 600 e 1000. No ato de afiar, deve-se manter o desenho característico da ponta de cada ferramenta.
  • 21. Rolo para entintagem da matriz. Rolo para entintagem.
  • 22. A princípio qualquer tipo de papel serviria para a xilogravura(sulfite, canson nacional ,vergê, Kraft, papel arroz japonês, papéis importados paradesenho). Independentemente da qualidade do papel, este deve ser de superfície lisa e absorvente. De modo geral, imprime-se com papel seco. Papéis
  • 23. Tintas à base de óleo Comumente imprimimos com tinta tipográfica (quando mais seca, resulta mais opaca) e tinta de off-set. Há marcas importadas de tintas oleosas para xilogravura. Antes de aplicarmos a tinta com o rolo (cilindro) de borracha/gelatina/couro, prepara-se a tinta sobre um vidro, esticando-a com uma espátula de aço, afim de torná-la maleável (plástica). Por fim, passa-se o rolo sobre a tinta esticada, de modo a uniformizá-la tanto no vidro quanto no rolo. Seguem-se várias passadas de rolo na matriz, até que esta adquira homogeneidade sem brilho excessivo. A tinta a óleo confere um "peso", uma profundidade as cores.
  • 24. Tintas à base d’água Procedimento oriental, cuja tinta é composta de pasta de arroz pigmentada, substitui a tinta oleosa. Na tradição oriental é aplicada com pincéis apropriados, após umedecimento prévio dos papéis e da matriz. O baren é um instrumento mais apropriado para este tipo de impressão rápida.Uma opção mais direta é a tinta à base de água industrializada cujos resultados podem se assemelhar a transparência da aquarela.
  • 25. Tipos de madeiras. (MATRIZ) Sempre damos preferência às madeiras secas para evitarmos as empenas e termos fluência nos cortes. As madeiras devem ser aplainadas e lixadas para que obtenhamos boas entintagens e impressões, valorizando os veios da madeira. As madeiras devem ser aplainadas e lixadas para que obtenhamos boas entintagens e impressões, valorizando os veios da madeira. Tipos de madeira brasileira que podem ser utilizados na xilogravura: pinho (araucária),cerejeira, cedrinho, peroba, imbuia, mogno, cedro, pau-marfim etc.
  • 26. XILOGRAVURA AO FIO Fonte: http://artenaescola.org.br/uploads/livros/e-book/experiencias-contemporaneas-em-gravura/
  • 27. XILOGRAVURA DE TOPO Fonte: http://artenaescola.org.br/uploads/livros/e-book/experiencias-contemporaneas-em-gravura/
  • 28. Formas de manuseio das ferramentas. A princípio é interessante compreender a forma de corte de cada ferramenta. Cada uma delas tem um tipo de corte. Vamos ver isso na prática?
  • 29. Vamos para o processo de feitura da gravura? Aqui começa nossa prática de ateliê.
  • 30. Referências para pesquisa http://www.centrovirtualgoeldi.com/paginas.aspx?Menu=agravura (Museu) https://www.scribd.com/doc/17049101/Apostila-Xilogravura (apostila) http://www.youtube.com/watch?v=Yj-0jkelXLE (video aula) http://www.youtube.com/watch?v=4p96AWO5Kgw (video aula) http://artenaescola.org.br/uploads/dvdteca/pdf/arq_pdf_13.pdf (pdf sobre Rubem Grillo)
  • 31. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: CATAFAL, Jorge, OLIVA, Clara. A gravura. Lisboa : Estampa, 2003. 160 p. HERSKOVITS, Anico. Xilogravura: arte e técnica. Porto Alegre : Tchê!, 1986. 157 p. COSTELLA, Antonio F. Breve história ilustrada da xilogravura. Campos do Jordão: Editora Mantiqueira,2003. COSTELLA, Antonio F. Introdução à gravura e à sua história. Campos do Jordão: Editora Mantiqueira,2006. MARTINS, Itajahy. Gravura - arte e técnica. São Paulo: Laserprint Editorial Ltda, 1987. WESTHEIM, Paul. El grabado em madera. México: Fondo de Cultura Econômica, 1992.