O documento discute a vida e obra missionária de Frei João Pedro de Sexto. Ele destaca a importância da família, paróquia e educação católica na formação de crianças e jovens para serem santos e missionários, seguindo o exemplo de Frei João Pedro. A educação deve promover o desenvolvimento integral dos estudantes e prepará-los para servir a Deus e aos outros.
3. O Que é Santo ?
Ser santo. Essa frase se tornou tão
comum e tão estranha para os jovens
nos últimos tempos.
4. As igrejas pregam isso, as músicas
cantam isso, as orações pedem isso, mas
afinal, o que é ser santo?
Santidade é seguir os passos de Jesus, ser
um imitador de Cristo e um profeta de
Deus nos dias de hoje.
Ser santo é seguir os mandamentos de
Deus e proclamar a boa nova de Cristo
Jesus a toda criatura! (Mc 16,15).
5. Quando Deus pede santidade à
juventude, Ele não está falando de hábitos
ou batinas, ajoelhar no milho e ficar
rezando o dia inteiro.
6. A santidade que Deus pede aos jovens está
relacionada às suas escolhas.
Ser um santo jovem é saber dizer NÃO
quando a oferta não for da vontade de
Deus, é saber dizer SIM quando for
preciso o sim; ser um jovem santo é
caminhar com o Senhor nas alegrias, nas
tristezas, nas tribulações, nas
vitórias, mesmo sem entender.
7. Os jovens são templos do Espírito
Santo (I Cor 3,16-17), como templos
de Deus, deve conduzir sua vida de
acordo com o que Deus sonha para
eles.
ISSO É SER SANTO.
9. O cristão é outro Cristo, foi chamado a
participar de seu SER e de sua MISSÃO
É algo que não depende de nossas forças
nem de nossas qualidades, mas é algo
gratuito, fruto do amor de Deus. “Não
fostes vós que me escolhestes, disse
Jesus, fui eu que vos escolhi e os envio para
irdes e produzirdes muito fruto e que vosso
fruto permaneça” (Jo 15,16).
10. As necessidades do crescimento
da vida em Deus e da vocação
cristã missionária estão
intimamente entrelaçadas com o
desenvolvimento
físico, afetivo, intelectual e social
da personalidade da criança.
Por isso, necessita de formação
12. Dimensão humana e comunitária :
Tem o objetivo de se tornar capaz
de viver como cristão em um
mundo plural, com equilíbrio,
fortaleza, serenidade e liberdade
interior.
13. Dimensão Espiritual :
Deve conduzir a criança e o
jovem na experiência de Deus,
permitindo aderir de coração e
pela fé os caminhos alegres,
luminosos, dolorosos e gloriosos
de Jesus
14. Lugares de formação para ser
discípulos e missionários:
•A Família, primeira escola de fé
•A Paróquia
•A Educação Católica
15. Família - primeira escola da fé
A família, “patrimônio da
humanidade”, constitui um dos
tesouros mais valiosos dos povos. Ela
tem sido o lugar e escola de
comunhão, fontes de valores
humanos e cívicos, lar onde a vida
humana nasce e se acolhe generosa e
responsavelmente.
16. Tentaremos
colocar em evidência
o caminho da
vocação missionária
do Servo de Deus
Frei João Pedro de
Sexto, o idealizador
das nossas Escolas
17. Um lar cristão e
felizAconteceu em Sexto São
João, um modesto e tranqüilo
centro rural – antigo posto
militar do Império
Romano, povoado por famílias
que viviam felizes a fé cristã.
18. A FAMÍLIA é chamada a
introduzir os filhos no
caminho da iniciação cristã e
os acompanha na elaboração
de seu projeto de vida.
19. É dever dos pais, especialmente
através de seu exemplo de
vida, a educação dos filhos
para o amor como dom de si
mesmos (sua vocação de
serviço), seja na vida leiga
como na vida consagrada.
20. A formação dos filhos como
discípulos de Jesus Cristo se
realiza nas experiências da
vida diária na própria
família.
21. Os filhos têm o direito de
poder contar com o pai e a
mãe para que cuide deles e
os acompanhem até a
plenitude da vida.
22. A PARÓQUIA
A Paróquia é células viva da
Igreja e lugar privilegiado em
que a maioria dos fiéis tem
uma experiência concreta de
Cristo e de sua Igreja.
23. Nela se encontra uma imensa
variedade de situações, idades e
tarefas. Sobretudo hoje, quando as
crises da vida familiar afeta tantas
crianças e jovens, a Paróquia deve
oferecer espaço comunitário para
elas se formarem na fé e crescerem
comunitariamente.
24. Paróquia
Clemente era uma criança feliz, brincava
com os irmãos e revelava uma profunda
inclinação para as coisas de Deus.
25. Já crescido, teve um amigo chamado
Caimi, de caráter doce, tranqüilo e
apaixonado pelas Missões. Um dia
despediu-se do amigo e foi ser frade
Capuchinho. Clemente ficou com
saudades porque o estimava muito. A
partir daí, dedicou-se mais aos estudos e
ia com mais freqüência ao Oratório
Paroquial e começou a sonhar com as
longínquas Missões...
26. Sempre mais dedicado aos
estudos, Clemente passou a desempenhar
atividades no Oratório Paroquial;
e, frequentemente, ia ao Convento
Monforte, em Milão, encontrar-se com seu
diretor espiritual que algumas vezes lhe
dava notícias de Caimi, cujo novo nome era
Frei Estevão. Este lhe mandava recados
estimulando-o à fidelidade ao ideal
missionário capuchinho e testemunhando
sua alegria na vida religiosa.
27. A experiência de Clemente no
Oratório Paroquial vivida com todo o
fervor da adolescência teria reflexos
positivos mais tarde em suas
atividades apostólicas no
Brasil, pois, aqui, ele estimulou a
implantação de vários oratórios, a
fim de atrair garotada que freqentava
a Catequese.
28. A Educação
Católica
Tinha um coração muito
sensível, percebia as
necessidades dos
pobres, ofertando-lhes
algumas moedinhas
e, também, costumava dividir
seu lanche com os
colegas, que nada tinham
levado para merendar na
escola.
29. A ESCOLA
A Igreja é chamada a promover
em suas escolas uma educação
centrada na pessoa humana que é
capaz de viver na comunidade
oferecendo a esta o bem que a
Igreja possui.
30. O Continente Latino Americano vive uma
particular e delicada emergência educacional.
Na verdade, as novas formas educacionais de
nosso continente, impulsionadas para se
adaptar às novas exigências que se vão
criando com a mudança global, aparecem
centradas prioritariamente na aquisição de
conhecimentos e habilidades e denotam claro
reducionismo antropológico, visto que
concebem a educação preponderantemente em
função da produção, da competitividade e do
mercado.
31. Por outro lado, com frequência, elas propiciam
a inclusão de fatores contrários à vida, à família
e a uma sadia sexualidade. Dessa forma, não
manifestam os melhores valores dos jovens nem
seu espírito religioso; menos ainda lhes ensinam
os caminhos para superar a violência e se
aproximar da felicidade, nem os ajudam a levar
uma vida sóbria e adquirir as atitudes, virtudes
e costumes que tornariam estável o lar que
venham a estabelecer, e que os converteriam em
construtores solidários da paz e do futuro da
sociedade.
32. Diante dessa situação, fortalecendo a
estreita colaboração com os pais de
família e pensando em uma educação de
qualidade à que têm direito, sem
distinção, todos os alunos e alunas, é
necessário insistir no autêntico fim de
toda escola: Ser chamada a se
transformar, antes de tudo, em lugar
privilegiado de formação e promoção
integral.
33. Isso supõe que tal encontro se realize na escola
em forma de elaboração, ou seja, confrontando
e inserindo os valores perenes no contexto
atual. Na realidade, a cultura, para ser
educativa, deve inserir-se nos problemas do
tempo no qual se desenvolve a vida do jovem.
Dessa maneira, as diferentes disciplinas
precisam apresentar não só um saber por
adquirir, mas valores por assimilar e
verdades por descobrir.
34. A educação humaniza e personaliza o ser
humano quando consegue que este
desenvolva plenamente seu pensamento e
sua liberdade, fazendo-o frutificar em
hábitos de compreensão e em iniciativas
de comunhão com a totalidade da ordem
real. Dessa maneira, o ser humano
humaniza seu mundo, produz
cultura, transforma a sociedade e
constrói
a história.
35. Educação que ofereça às crianças e aos
aos jovens o encontro com os valores
culturais do próprio país, descobrindo
ou integrando neles a dimensão religiosa
e transcendente.
Diante do fato de que muitos se
encontram excluídos, a Igreja deverá
estimular uma educação de qualidade
para todos.
36. Portanto, a meta que a escola católica
se propõe com relação às crianças e
jovens, é a de conduzir ao encontro
com Jesus Cristo vivo, Filho do
Pai, irmão e amigo, Mestre e Pastor
misericordioso, esperança, caminho,
verdade e vida, e dessa forma à
vivência da aliança com Deus e com
os homens.
37. E para que possa produzir em si mesmo
as virtudes e sinais de Deus, a educação
deve preparar o jovem para:
- Ser irmã(o) e servidora(o) de
todos, especialmente das crianças e dos
mais necessitados;
- conhecer, amar e anunciar Jesus Cristo,
que morreu e ressuscitou por todos;
- valorizar o que tem, viver agradecido(a) a
Deus e aos demais;
38. - estar aberto(a) a dar, a compartilhar e
receber com todos;
- ter atitudes de alegria no serviço e na
solidariedade universal;
- ser generoso(a) e disposto(a) ao
sacrifício;
- ter criatividade e boa organização em seu
trabalho;
- viver com sentido comunitário e eclesial.
39. E para ser santo, o jovem não precisa
mudar seu estilo jovem, porque Jesus
não muda estilo, Ele transforma o
coração!
40. O jovem pode ser santo de calça jeans,
tênis, saindo com os amigos e curtindo
música.
41. O que precisa é se libertar daquilo que
o prende, mas não precisa se libertar
do seu jeito jovem de ser!
42. A Educação Cristã vivenciada nas Escolas tem
como objetivo atingir a pessoa humana na sua
totalidade.