Material elaborado e apresentado através de seminário durante a disciplina de Cibercultura, referente ao programa de Mestrado em Sistemas de Informação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
Realizado em: 07 Junho de 2016.
4. PARA QUE O EQUILÍBRIO SEJA MANTIDO É NECESSÁRIO
QUE SE ENTENDA QUE A IMPORTÂNCIA DA
CONEXÃO
SISTEMA DE SISTEMAS
Universo é um sistema de Galáxias,
Que por sua vez é um sistema de Planetas,
Um Planeta é um sistema de Biomas,
Cada Bioma um conjunto de Ecossistemas.
Ecossistemas são formados por fatores bióticos
(organismos vivos) e abióticos (sol, água, solo, ...)
e como estes se relacionam.
5. TUDO É CONEXÃO
Pessoas se organizam em cidades com o objetivo de
promover o bem estar comum, através do estabelecimento
de conexões de diversos tipos. Essas conexões permitem a
esses grupos crescer em escala, de forma colaborativa e
sustentável.
A busca do ser humano em estabelecer novas conexões
impulsionou a tecnologia durante toda a nossa história,
seja no estabelecimento de novas relações comerciais, na
conquista de novos territórios ou mesmo possibilitando a
aproximação de pessoas distantes fisicamente.
11. ETIMOLOGIA
A palavra “INTELIGÊNCIA” tem a sua origem no latim, vem de
INTELLEGENTIA, que significa “capacidade de entender”, de INTELLIGERE,
formada por INTER-: “entre” e LEGERE: “escolher”.
Portanto, o vocábulo INTELIGÊNCIA refere-se ao que se revela
INTELLEGENS (inteligente), ou aquele que compreende, percebe,
conhece e sabe discernir sobre determinadas questões.
12. CIDADES INTELIGENTES
Fonte: Asia Green Buildings - Khalapur Smart City
O conceito surgiu durante a última década onde uma
fusão de ideias sobre como informação e a tecnologia
de comunicação poderiam melhorar as funções de uma
cidade, promovendo melhora na eficiência na utilização
de recursos, na competitividade e na promoção de
novas formas de endereçar problemas como
desigualdade social, sustentabilidade econômica e
problemas ambientais.
A essência da ideia está ligada a necessidade de
coordenar e integrar tecnologias que até agora vinham
sendo desenvolvidas de forma apartada, mas que
possuem sinergia em suas operações.
13. COMO AS CIDADES INTELIGENTES PODEM
TORNAR A VIDA EM MEGALÓPOLES MAIS
FÁCEIS E EFICIENTES ?
15. A VISÃO
Segundo documento* das Nações Unidades, cidades que possuem
desenvolvimento sustentável são aquelas que:
“Utilizam estrategicamente muitos fatores inteligentes como tecnologias de
informação e comunicação para aumentar o crescimento sustentável da cidade e
reforçar as funções desta, garantindo ao mesmo tempo a felicidade e o bem estar
de seus cidadãos”.
* Fonte: UN, “Our Common Future, Chapter 1: A Threatened Future,” Clause 49
19. FRAMEWORK
FASE 1 FASE 2 FASE 3
A FASE 1, ou nível de serviço
individual, aplica TIC para melhorar a
operação individual das cidades como
transporte, segurança, meio ambiente
e cultura.
A maioria dos projetos de cidade
inteligente que estão nesta fase, estão
adotando, por exemplo, informações
sobre o itinerário de ônibus em
tempo real nos serviços de transporte
público ou usando circuitos de
monitoramento por câmeras para
melhorar e manter a segurança
publica.
A FASE 2, ou nível de serviço
vertical, integra processos e serviços
similares por tecnologias inteligentes
dentro de grandes partes da cidade,
permitindo o fornecimento de serviços
avançados. Nesta fase os serviços
inteligentes ainda não estão
integrados entre setores, mas as
pessoas conseguem sentir saltos de
melhora na qualidade dos serviços
prestados em cada setor.
O Centro de Comando do Rio de
Janeiro é um exemplo, integrando 32
agências de forma coordenada na
vigilância e resposta a eventos de
emergência, condições de trafego,
obras em rodovias, entre outros.
.
A FASE 3, ou nível de serviço
horizontal, é o ponto em que não há
mais uma distinção entre as diferentes
áreas de serviço, com todas as peças
agora perfeitamente integradas dentro
de um ecossistema eficiente.
Fonte: ITU-T Technology Watch Report Fev/2013
25. DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
Por definição, é uma forma de exercício do poder, baseada na coparticipação entre cidadãos e Estado
nas tomadas de decisão política.
Para que os diversos sistemas das Cidades Inteligentes funcione, é necessária uma coordenação complexa.
Essa coordenação deve dispor de uma estrutura que consiga unir as funções tradicionais do governo e de
empresas privadas, provendo serviços mais inteligentes, focados nos cidadãos.
Empresas tem experiência em fornecer hardware, software e soluções para armazenamento de informações,
que podem tornar as cidades mais inteligentes; enquanto o Governo pode estar engajado no uso desses
novos serviços, na comunidade e no interesse dos cidadãos, uma vez que o seu objetivo primordial é
promover melhora na qualidade de vida nas comunidades em que atuam.
.
26. PARTICIPAÇÃO PROATIVA NO BRASIL E NO MUNDO
Fonte: Youtube
Palestra realizada no evento TEDx Global no Rio de Janeiro. Alessandra Orofino, uma ativista urbana,
apresenta projetos no Brasil em que, através da mistura de tecnologia e conexão humana à moda antiga
é possível mudar alguns problemas sociais em nossas cidades.
32. OPEN DATA
Segundo a definição da Open Knowledge Foundation:
“Dados são considerados abertos quando qualquer pessoa pode livremente usá-los, reutilizá-los e
redistribuí-los, estando sujeito a, no máximo, a exigência de creditar a sua autoria e compartilhar
pela mesma licença.”
Isso geralmente é realizado através da disponibilização de dados em formato aberto e sob uma licença aberta
Exemplo de Open Data no Brasil e no Mundo:
33. TRÊS LEIS SOBRE DADOS ABERTOS
David Eaves, especialista em políticas públicas e ativista sobre dados abertos, propôs as seguintes “leis” *:
1. Se o dado não pode ser encontrado e indexado na Web, ele não existe;
2. Se não estiver aberto e disponível em formato compreensível por máquina, ele não pode
ser reaproveitado;
3. Se algum dispositivo legal não permitir sua replicação, ele não é útil.
* Essas “leis” foram propostas tomando como base Dados Abertos Governamentais, mas as mesmas são
aplicadas a Dados Abertos de forma geral.
34. OITO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Em 2007, um grupo de trabalho de 30 pessoas reuniu-se na Califórnia, Estados Unidos da América, para
definir os princípios dos Dados Abertos Governamentais. Após consenso, chegou-se a seguinte definição:
Completos. Todos os dados públicos são disponibilizados. Dados são informações eletronicamente gravadas, incluindo,
mas não se limitando a, documentos, bancos de dados, transcrições e gravações audiovisuais. Dados públicos são
dados que não estão sujeitos a limitações válidas de privacidade, segurança ou controle de acesso, reguladas por
estatutos.
Primários. Os dados são publicados na forma coletada na fonte, com a mais fina granularidade possível, e não de forma
agregada ou transformada.
Atuais. Os dados são disponibilizados o quão rapidamente seja necessário para preservar o seu valor.
Acessíveis. Os dados são disponibilizados para o público mais amplo possível e para os propósitos mais variados
possíveis.
35. OITO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Processáveis por máquina. Os dados são razoavelmente estruturados para possibilitar o seu processamento
automatizado.
Acesso não discriminatório. Os dados estão disponíveis a todos, sem que seja necessária identificação ou registro.
Formatos não proprietários. Os dados estão disponíveis em um formato sobre o qual nenhum ente tenha controle
exclusivo.
Livres de licenças. Os dados não estão sujeitos a regulações de direitos autorais, marcas, patentes ou segredo
industrial. Restrições razoáveis de privacidade, segurança e controle de acesso podem ser permitidas na forma regulada
por estatutos.
Além disso, o grupo afirmou que a conformidade com esses princípios precisa ser verificável e uma pessoa deve ser
designada como contato responsável pelos dados.
Apesar dos princípios terem sido elaborados tendo em consideração Dados Abertos Governamentais, podemos aplicar estes
conceitos também a Dados Abertos de modo geral.
38. SEUL
Conhecida com a CIDADE MAIS CONECTADA DO MUNDO, a capital da Coreia do Sul em 2014 tinha o total
de 10 milhões de habitantes, sendo o case mais inspirador sobre a utilização de tecnologias para facilitar a vida
em megalópoles.
Fonte: Youtube
40. A CIDADE MARAVILHOSA, em 2015 já tinha 6,5 milhões de habitantes. Virou case mundial, quando
apresentou o Novo Centro de Comando no evento IBM Smarter Cities , ocorrido em Novembro de 2011,
como preparação aos eventos da Copa do Mundo de Futebol em 2014 e das Olimpíadas em 2016.
RIO DE JANEIRO
Fonte: Youtube
42. A PRIMEIRA CIDADE INTELIGENTE DA AMÉRICA LATINA, com um total de 23,5 mil habitantes, Búzios foi
especialmente escolhida para uma parceria entre a AMPLA e a ANAEL para servir de laboratório ao conceito de
“Smart City”, através da implantação de tecnologias para sustentabilidade e eficiência energética.
BÚZIOS
Fonte: Youtube
44. MEDIDORES INTELIGENTES (SMART METERS):
• AUXÍLIO NO USO EFICIENTE DE RECURSOS;
• IMPACTO EM PRIVACIDADE.
OPEN DATA:
• GOVERNO ABERTO (E-GOVERMENT);
• TRANSPARÊNCIA (INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS);
• CRIAÇÃO DE NOVOS SERVIÇOS INTELIGENTES;
• EDUCAÇÃO (EX.: RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS);
• SAÚDE;
• TURISMO E LAZER.
PARTICIPAÇÃO PRÓ ATIVA DA SOCIEDADE:
• AIRBNB, COUCHSURFING, UBER;
• NOSSASCIDADES.ORG, MEURIO.ORG,
• PANELA DE PRESSÃO, RECLAME AQUI,
• BE DREAM, BLIIVE
ÁREAS PROMISSORAS PARA PESQUISAS
45. DESAFIOS PARA PESQUISAS FUTURAS
1. RELACIONAR INFRAESTRUTURA DE CIDADES INTELIGENTES COM A SUA FUNÇÃO OPERACIONAL E
PLANO DE GERENCIAMENTO, CONTROLE E OTIMIZAÇÃO;
2. EXPLORAR O CONCEITO DE CIDADES INTELIGENTES COMO UM LABORATORIO PARA A INOVAÇÃO;
3. PROMOVER PORTFOLIOS DE SIMULAÇÃO URBANA QUE AUXILIE NO DESIGN DE FUTURAS CIDADES;
4. DESENVOLVER TECNOLOGIAS QUE GARANTAM EQUIDADE, JUSTIÇA E A PERCEPÇÃO DE AUMENTO DA
QUALIDADE DE VIDA NAS CIDADES;
5. DESENVOLVER TECNOLOGIAS QUE GARANTAM A PARTICIPAÇÃO E A CRIAÇÃO DE CONHECIMENTO
COMPARTILHADO PARA A GOVERNANÇA DEMOCRATICA EM CIDADES;
6. GARANTIR MAIOR, MELHOR E MAIS EFETIVA MOBILIDADE E ACESSO A OPORTUNIDADES A
POPULAÇÃO URBANA.
46. SUGESTÃO DE PROJETOS
1. BANCO DE DADOS INTEGRADOS;
2. IMPACTO DAS NOVAS REDES SOCIAIS EM SENTIMENTOS E NETWORKING;
3. MODELAGEM DE PERFORMANCE NAS REDES;
4. MOBILIDADE E PADRÕES DE DESLOCAMENTO;
5. MODELAGEM PARA USO DO SOLO URBANO;
6. TRANSPORTE E INTERAÇÕES ECONOMICAS.
54. Artigos:
• Smart Cities: Definitions, Dimensions, Performance, and Initiatives
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/10630732.2014.942092
• Rethinking smart cities from the ground up https://ugc.futurelearn.com/uploads/files/37/8b/378b8237-b6e5-41e8-b59c-
b00477bac5e1/rethinking_smart_cities_from_the_ground_up_2015.pdf
• Citizen Driven-Inovation Guide Book
http://www.openlivinglabs.eu/sites/enoll.org/files/Citizen_Driven_Innovation_Full%284%29.pdf
REFERÊNCIAS
55. REFERÊNCIAS
Vídeos:
Cidades mais Inteligentes - Rio de Janeiro https://www.youtube.com/watch?v=Sijugui6vrs
Smarter Talks - Cidades mais Inteligentes https://www.youtube.com/watch?v=-v-Zb1heLiI
Smart cities for 11 billion people | TEDxBerlin https://www.youtube.com/watch?v=eWpgidvBqHw
Smarter Cities Rio | How to Build a Smarter City https://www.youtube.com/watch?v=DKmj7nlQndg
Redes Inteligentes - Smart Grid - https://www.youtube.com/watch?v=ycbrDCNKosI
It’s our city. Let’s fix it | TEDxGlobal Rio: https://www.youtube.com/watch?v=zMGE3mbS9NY
56. REFERÊNCIAS
Sites:
IBM Smarter Cities http://www.ibm.com/smarterplanet/br/pt/smarter_cities/overview/
Future Learn https://www.futurelearn.com/courses/smart-cities
Asia Green Buildings http://www.asiagreenbuildings.com/
IES Cities http://iescities.eu/
Cities Unloked http://www.citiesunlocked.org.uk/
The Smart Urbanist http://www.smarturbanism.org.uk/
Nesta UK http://www.nesta.org.uk/blog/smart-cities-and-china
57. SOBRE A AUTORA
Brasileira, 32 anos, formada em Tecnologia da Informação pela
Universidade Da Cidade.
Trabalha há mais de 10 anos desenvolvendo soluções em TI. Na
indústria de telecomunicações, atua a mais de 8 anos, envolvida em
ações de change management e projetos de transformação,
liderando alguns destes. Atualmente desenvolve um trabalho de
mudança organizacional, atuando como Agile Enterprise Coach,
desenvolvendo pessoas em todos os níveis organizacionais.
Contatos:
Linkeind:https://br.linkedin.com/in/isabellaararipe
Twitter: https://twitter.com/IsabellaAraripe
Email: araripe.isabella@gmail.com
58. SOBRE O SEMINÁRIO
Material elaborado e apresentado através de seminário
durante a disciplina de Cibercultura, referente ao programa
de Mestrado em Sistemas de Informação da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro.
Realizado em: 07 Junho de 2016.