O documento apresenta os princípios doutrinários e costumes de uma Igreja Evangélica, incluindo suas visões sobre dispensacionalismo, jogos de azar, perversões sexuais, aborto, pena de morte, divórcio e novo casamento, política partidária e outros tópicos.
1. IGREJA EVANGÉLICA
GREJA VANGÉLICA
SENHOR DOS EXÉRCITOS
ENHOR DOS XÉRCITOS
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS E COSTUMES
Visão Doutrinária Avivalista Dispensacionalista
Não usamos o termo Pentecostal e Neo Pentecostal em virtude de que, no Brasil,
esse termo se associa muito ao contexto de barulho. Preferimos a terminologia “avivalista”
advinda da posição wesleyana. Em relação ao aspecto doutrinário de compreensão
hermenêutica da Bíblia, adotamos a posição dispensacionalista, tendo como referencial
teórico Nels Lawrence Olson e sua obra de 1910, O PLANO DIVINO ATRAVÉS DOS
SÉCULOS: Estudo das Dispensações.
Nessa posição, a redenção pressupõe dois diferentes povos de Deus por toda a
História: Israel e a Igreja – e, portanto, dois programas de profecia. As sete dispensações
são períodos onde Deus faz a sua administração de sua casa, o universo – I Co 9:17, Ef
1:10, 3:2 e Cl 1:25.
As sete cartas para as sete Igrejas são interpretadas “profeticamente” como um
esboço de um século eclesiástico de sete estágios. Ap 4:1 é interpretado como o
arrebatamento da Igreja, compreendido como a partida secreta de todos os crentes para o
céu, antes da “Grande Tribulação”. O resto do livro é visto como exclusivamente
preocupado com a Grande Tribulação e o destino de Israel nas mãos do Anticristo.
Em nossa visão, Cristo volta para o Reinado de mil anos na Terra, para prender
Satanás, destruir a Besta e lançá-los no lago de fogo e enxofre para a instituição do
Reinado eterno de Cristo na Nova Terra, quando a Jerusalém celestial descer.
Jogos de Azar - Lucas 4:12.
Na Bíblia, eram lançadas sortes como meio para se determinar a vontade de Deus.
Lv 16:7-10; João 1:7; Atos 1:24-26.
No Antigo Israel, era aceito que Deus controlasse o dado e que ele falasse ao seu
povo dessa forma. Embora não haja tal coisa como sorte e o controle de Deus sobre
todas as coisas, quando alguém toma o dinheiro que pertence a Deus (porque tudo o que
temos pertence a Deus) e aposta isso numa rodada de roleta, ou numa partida de cartas,
está pedindo por perturbação. Ele está dizendo, através de suas ações: - Deus, estou
arriscando seu dinheiro, minha fé na esperança de que você faça isso acontecer.
Quando você age assim, você está colocando o Senhor à prova. Você está
tentando Deus e isso é um pecado. Dt 6:16, Lc 4:10-12. Os jogos de azar podem destruir
uma pessoa, tornando-se uma obsessão e uma compulsão, exatamente como o
alcoolismo.
O apostador habitual arruína sua família e sua vida e alguns até roubam para
conseguir dinheiro para apostar. Isso pode virar uma doença que destrói milhares de
almas. A difusão de jogos de azar em nossa sociedade ensina pessoas que fama,
sucesso e dinheiro estão disponíveis sem a necessidade de se trabalhar ou se esforçar.
As virtudes da perseverança, economia e investimento cuidadoso, assim como a
paciência, estão todas sufocadas por esse vício.
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2. A poupança programada premiável, compra com participação em sorteio de
prêmio, rifas beneficentes de pequeno valor não se aplicam na categoria de jogos de
azar. Os bingos de qualquer natureza estão incluídos nesta categoria.
Perversões sexuais.
Todo ato sexual realizado fora do casamento é um pecado contra o corpo, que é o
templo do Espírito Santo - I Co 6:13. A prática do sexo antes do casamento, fornicação,
traição (adultério), prática do lesbianismo, homossexualismo, bissexualismo, zoofilia,
pornografia, pedofilia e incesto – Isaías 57:8 e 17, sexo grupal, entre outros são
abomináveis ao Senhor.
Paulo considera tais práticas como paixões infames em Rm 1:24, as quais devem
ser abandonadas. I Co 6:9-10.
Aborto, pena de morte e eutanásia.
a) O aborto é errado? Salmo 139:13. O aborto é, certamente, muito errado. Abortar
é tirar a vida de um ser humano, pois a Bíblia mostra que a vida começa na concepção.
Deus nos forma quando ainda estamos no ventre de nossa mãe. O profeta Jeremias e o
apóstolo Paulo foram chamados por Deus antes deles terem nascido – Jr 1:5, Gl 1:15.
João Batista pulou no ventre de sua mãe Isabel quando ouviu a voz de Maria, mãe de
Jesus – Lc 1:44. Obviamente, as crianças já no ventre, têm uma identidade espiritual.
Esta convenção entende o aborto como pecado enquanto provocador do aborto.
Nós não aceitamos por conta da pessoa que tem consciência. Nos casos de gravidez de
risco da mãe, de fruto de estupro ou gravidez de criança anencefálica (só tem face, não
tem cérebro, a Igreja não se posiciona, deixando a critério de cada pessoa de acordo com
o princípio da relatividade de Romanos 14.
b) Pena de morte: o mandamento de Deus “não matarás” é um princípio geral que
desaprova a pena de morte e nos faz termos posicionamento, principalmente em um país
como o Brasil onde há tantas injustiças. Caso tal lei venha a ser aprovada no Brasil, por
um princípio de autoridade não deve ser questionada, conforme o princípio de Romanos
13:4: “Porque ela (autoridade) é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal,
teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar
o que faz o mal”. Isso implica o direito de realizar punição aos malfeitores.
A palavra usada no mandamento “não matarás” – Êx 20:13 refere-se à assassinato
criminoso e não inclui matar judicialmente ou na guerra.
c) Eutanásia – Considerando que a vida vem de Deus, os cristãos não podem
realizar a eutanásia, até porque acredita-se que o mais vil doente pode ser curado. I Sm
2:6.
Brincos e cabelo para o homem.
Segundo orientação bíblica de Paulo aos Coríntios, o homem deve ter o cabelo
curto – I Co 11:4. Não é costume de moralidade na sociedade brasileira a utilização de
brincos para homens, também não se acham registros da utilização de brinco para
homens na cultura bíblica, o que não se pode dizer em relação às mulheres.
Sexo virtual.
O relativismo moral - Isaías 5:20 - atolou a cibercultura, a Internet e a geração
matrix na imoralidade através do sexo virtual, alimentado pela impureza. O pecado sexual
não se limita a atos. Os impuros não verão o céu. I Co 6:9-12. Também se aplica ao
mesmo princípio o chamado “sexo por telefone”.
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3. A mesma preocupação deve se aplicar aos sites de relacionamentos e aos
programas de TV, sobretudo telenovelas e outros programas que incentivam o pecado e a
violência. Isaías 33:15 e 16.
Exorcismo.
Exorcizar é ordenar, em nome de Jesus, que um demônio saia de alguém, de uma
casa ou de qualquer lugar onde possa estar. O exorcismo é executado pela palavra
falada, no nome de Jesus, através do poder do Espírito Santo e isso é feito de um modo
simples. Atos 16:16-18. Deve-se evitar sair procurando por demônios ou criando-os.
Em nossa Igreja, não temos a prática de conversas com demônios, “entrevista’,
também não encaramos a manifestação demoníaca dentro do culto como espetáculo; tal
manifestação não pode atrapalhar a ordem do culto para que o centro das atenções
continue sendo Jesus. A prática do exorcismo pressupõe consagração. Atos 19:13-16.
Dízimo.
O Dízimo é uma obrigação do cristão, uma ordenança que se aplica também no
Novo Testamento, tendo-se como principal referência Hb 7:8.
Vestes, jóias e pinturas para mulheres.
Em relação às vestes, uso de jóias e pintura para mulheres, que é comum na
sociedade atual, é preciso que se ensine a prática do puder, modéstia (decência e bom
senso) e o combate à luxúria. I Tm 2:9-10 e I Pe 3:3-4. O texto de Dt 22:5 não está
tratando de modelo de roupas, nem tem amparo no Novo Testamento, até porque em
muitos casos só o cinto diferencia a roupa do homem para a da mulher, no Oriente. As
mulheres cristãs devem evitar o uso de vestidos e calças muito apertados, bem como o
uso de roupas transparentes e decotadas. O mesmo princípio se aplica às roupas
masculinas.
Divórcio e Novo Casamento.
A dissolução do vínculo matrimonial foi instituída no Brasil a partir de 28 de junho
de 1977, pela Lei da Emenda Constitucional nº. 09 e regulamentada pela Lei 6.515 de 26
de dezembro de 1977. A CNIESE considera que cada caso deve ser observado
separadamente. Não se aplicam razões gerais, devendo ser aplicado o princípio de
Jesus, no que tange ao adultério. Mts 19:9 Pelo texto de Mt. 19:9, só há possibilidade de
separação e novo casamento, caso haja traição (adultério) e/ou abandono e a pessoa
traída ou abandonada não queira ficar vivendo com a pessoa que a traiu ou abandonou.
Alguma pessoa que não quer mais continuar com o casamento por
incompatibilidade, pelo contexto, deve permanecer até o fim da sua vida sozinha, sem se
casar.
Pode um crente endemoninhar-se?
A opressão é aceitável, mas o crente, tendo o Espírito Santo, tem poder sobre
todos os demônios. I Jo 4:4 Onde está a luz não pode haver trevas. Lc 10:19. O texto de
Lc 11:26 trata de uma pessoa que se desviou, saiu da comunhão.
Política partidária
Qualquer cristão pode usufruir todos os direitos como cidadão, mas não deve
envergonhar o nome de Jesus. I Co 10:31 De acordo com o Estatuto da CNIESE,
qualquer membro que ocupar cargos na diretoria, comissão de exame de contas, direção
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4. de Igrejas e congregações filiadas e deseja candidatar-se a cargo eletivo da política
secular ou a qualquer outro empreendimento incompatível com suas atribuições
ministeriais ou administrativas, deverá afastar-se de suas atividades enquanto perdurar
seu intento. Findando o período de campanha eleitoral, o membro afastado de suas
atribuições, não da Igreja, poderá ser reintegrado, a critério da Diretoria ou do ministério
da Igreja, desde que não tenham ocorridos fatos que desabonem sua conduta.
A CNIESE é favorável que os evangélicos tenham seus representantes políticos.
Inferno
Embora muitos protestantes tenham uma visão metafórica do inferno, nossa Igreja
o considera literal. Lc 16:33. Há duas descrições de inferno na Bíblia: uma é de um fogo
que queima sem parar. Jesus usava a palavra “geena” para descrever inferno. Geena era
um depósito de lixo que ficava fora de Jerusalém e estava sempre queimando. Jesus
também disse que o inferno seria “trevas exteriores... pranto e ranger de dentes” Mt 8:12
Aqui a imagem é de terrível solidão e separação do homem e de Deus. Mt 25:41
fala do fogo e enxofre.
Artes Marciais
Aikidô, tai-chi-chuan, tae-kwon-dô, caratê, judô, Kung Fu, kempô, Kung Fu, etc, a
CNIESE é contra a pratica dessas artes associadas à taoísmo, budismo, meditação
ocultista, desenvolvimento de poderes psíquicos, contatos com espíritos. Somos de
parecer favorável a uma prática de forma neutra nas artes marciais.
A CNIESE não concorda com a prática desses esportes em Academias que exijam
a participação nos rituais.
Ecumenismo
Somos favoráveis à representatividade em eventos ecumênicos onde nossa Igreja
possa ser representada bem como nossa Doutrina. Somos contrários à prática do
ecumenismo porque as seitas têm uma visão da Bíblia e dos seus ensinos como falíveis.
II Pe 1:20-21
Em qualquer lugar podemos anunciar Jesus, como em Atos 17:15-17 relata de
Paulo pregando no Areópago.
Deveres com as autoridades
É dever do cristão obedecer às autoridades que estão no poder. Rm 13:1-7 Esse
princípio só não se aplica quando uma nova Lei entra em choque com os ensinamentos
bíblicos. Atos 4:19.
O Cristianismo não proíbe juramento quando requerido por um magistrado. Jr 22:3
e Tito 3:1, At 5:29, Mt 5:34-37.
Batalha Espiritual
A batalha espiritual é a luta que o crente desenvolve no mundo espiritual contra o
Diabo, o mundo e a carne, com o objetivo de se manter firme na fé e obediente à Palavra
de Deus. Ef 6:10-18. Não são prática em nossa Igreja o cair no espírito coletivo, sopro,
valorização de recebimento de dentes de ouro, unção do riso e vômito.
Celibato
A Bíblia considera o casamento honrado, ordenado por Deus e uma necessidade
do ser humano. Se alguém tem o dom para o celibato (não confundir com
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5. homossexualismo ou lesbianismo), a Igreja deve reconhecer como alguém que dará
atenção espiritual ao serviço do Senhor. Mt 19:10; I Co 7:7-9, 27; I Tm 4:3 e Ap 14:4.
Saudação
Se a paz é de Cristo, e Ele disse “deixo-vos a minha paz”. João 14:27. a minha
paz vos dou...” Adotamos, então, o termo “A paz de Cristo”. Podem ser observados os
sinônimos correspondentes ao nome do Senhor.
Maldição Hereditária
O Velho Testamento fala muito sobre maldição hereditária – Dt 27 e 28. O Novo
Testamento considera que todas as maldições, inclusive as hereditárias, foram destruídas
por Jesus na cruz, àqueles que foram regenerados. Gl 3:13, Sl 91:10. A CNIESE
considera que as enfermidades congênitas próprias de algumas famílias não se aplicam
no caráter de maldição hereditária e sim de um problema congênito.
Oração de renúncia
Quando uma pessoa aceita Jesus como Salvador, ela pode, em sua oração,
renunciar todo pecado, toda maldição e todo mal praticado. João 3:1-21. Não é prática o
convertido continuar renunciando coisas que já foram levadas por Cristo na cruz. Gl 3:10.
Regressão ao ventre
Somos contrários à prática de regressão pois o crente recebe o perdão de todos os
seus pecados no ato da conversão. Ef 2:14-18; Cl 2:14-15. A CNIESE não é contrária ao
trabalho feito por psicólogo com visão cristã. Ap 3:20.
G12
Não aceitamos a compreensão ministerial do movimento G 12 pela existência de
práticas não bíblicas de ensino como o perdão a Deus, regressão, cura interior por
métodos psicológicos, ênfase de liderança por pessoas sem preparo teológico e
emocional (não somos contrários à visão celular, mas ao modelo de ensino G12, que
desvaloriza a Igreja como o instrumento pelo qual Deus age na terra). At 2:44.
Festa de Haloween
Não aceitamos nenhuma participação com esta festa que se aplica à feitiçaria. Dt
18:9-12; Ez 13:18 a 21.
Capoeira
Deve-se observar se as músicas utilizadas para a prática não estão comprometidas
com o candomblé.
Dança do Ventre
Originária do culto das sacerdotisas egípcias ao Deus Sol. É preciso que se atente
para a prática de tal dança relacionada à sensualidade, que é condenada pelas
Escrituras.
Culto fúnebre e ofício fúnebre
O culto fúnebre deve ser realizado, considerando-se a pessoa do falecido, se era
membro de uma das igrejas do Senhor dos Exércitos ou de Igrejas irmãs. O ofício fúnebre
pode ser aplicado a qualquer pessoa, desde que não se faça menção à pessoa do
falecido, senão à brevidade da vida e o consolo da família.
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6. Festa Junina
Somos contrários à participação dos membros da igreja e de nossas crianças
nestas juninas e julinas. A lenda diz que os fogos de artifício que estouram no dia 24 de
junho (dia de são João), são para acordar o “santo”. Estas festas cultuavam são João, por
isso são chamadas Joaninas; vieram da Europa, trazidas pelos portugueses, e ganharam
força com a introdução de comidas típicas, incluindo-se são Pedro e são Paulo. At 10:25-
26; At 14:15.
Entendemos que a festa junina faz alusão à pobreza e à miséria porque colocam
pessoas com dentes com tintura preta, com sacos nas costas e roupas esfarrapadas,
lembrando o espírito de miséria chamado de Maria Mulambo, a noiva grávida lembrando a
fornicação. Isso também se aplica a outras festas com objetivos mundanos ou pagãos.
A pessoa não é proibida de ir a festas, mas deve saber até que hora ficar nesta
festa, se realmente for necessário marcar presença. I Co 6:12.
Páscoa
Somos contrários à utilização dos símbolos capitalistas da páscoa. O ovo é um
símbolo esotérico que representa vida; o coelho não bota ovo, portanto não pode ser um
representante da vida.
Os símbolos da verdadeira páscoa que simbolizam para nós a morte e a
ressurreição de Jesus são: a Cruz vazia e o sepulcro aberto.
Folia de Reis
A CNIESE discorda desta festa porque foi uma prática originária da festa de
Heleos, feita aos deuses Juno e Ceres; na festa pede-se esmola para o Espírito Santo. Ef
4:20.
Dia de Finados
Os membros da Igreja do Senhor dos Exércitos devem aproveitar esta data para
pregar a salvação em Jesus, falar sobre a brevidade da vida e a importância do preparo
espiritual para a morte e para a vinda de Cristo. A idéia do Dia de Finados é uma tradição
católica de se orar pelos mortos que vem da doutrina do purgatório, fundamentada no
Concílio de Florença – 1439 e no Concílio de Trento – 1549-1563. Lucas 16:30-31
A CNIESE não aceita a prática de constantes visitas a cemitérios e concorda que é
uma oportunidade de evangelização nos cemitérios.
Corpus Christi
É uma festa ao corpo de Cristo adotada na Igreja Católica para comemorar a
presença real de Jesus no sacramento da eucaristia, pela mudança da substância do pão
e do vinho na de seu sangue.
Sua origem remonta ao Séc. XII instituída pelo Papa Urbano IV. Usa-se para
embasar essa doutrina a afirmação e Jesus: “Este é o meu corpo, comei dele todo”, mas
Jesus também disse que era a porta e nem por isso tem fechadura! Trata-se apenas de
uma comparação, uma figura de linguagem. I Co 11:24 e 25.
As chaves de São Pedro
A chave de São Pedro é uma crença católica de que ele preside a porta do céu.
Essa crença vem de Jano, divindade pagã representada com uma chave na mão. Todos
temos acesso ao céu, por Jesus. Jo 14:6.
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7. Natal
Nossa Igreja considera que o Natal deve ser celebrado no final do ano, como é
prática cultural em nosso país, sem a ênfase do dia 25, dia do deus Sol invicto. A figura
de Jesus deve ser enaltecida. Papai Noel e arvora de natal não podem ser símbolos de
natal. Os magos do Oriente que presentearam Jesus não eram três. Mateus 2:1 e a Missa
do Galo não tem razão de ser pois o galo nada tem a ver com Jesus. Era um animal
sagrado para os pagãos e a prática dessa missa se origina com São Francisco.
Quarta-feira de cinzas
É um ritual usado como símbolo de arrependimento dos pecados carnavalescos. A
Igreja do Senhor dos Exércitos é contra a festa da carne e não reconhece tal
arrependimento, baseado em Is 44:18-20. O mesmo princípio se aplica à Quaresma.
Confissão ao Padre
Nossa Igreja acha salutar confessar as culpas aos irmãos, conforme orientação
Bíblica de Tg 5:16. A confissão de pecados deve ser feita somente a Deus, conforme
orientação de I Jo 1:9. A decisão do IV Concílio de Latrão, em 1215, tornou obrigatória
para todos os fiéis uma confissão privada a um padre, como pode o padre, pecador, rogar
ao Pai por alguém se Jesus já é suficiente? I Jo 1:9.
Carnaval
Não aceitamos que um membro de nossa Igreja se envolva com a festa da carne,
que surgiu das festas feitas à deusa Ísis e ao deus Osíris no Egito, 2000 a.C. Também
muito comum em Roma.
Esta festa se relaciona a vícios, bebedice, jogatina, sexo livre, erotismo, obras da
carne. Gl 5:19-21 A CNIESE não aceita que membros da Igreja montem blocos para o
Carnaval, nem que a Igreja participe dessa festa com equipe usando a desculpa de
evangelização.
Bebida
Ensinamos que um cristão não deve se embriagar com vinho em que há contenda,
mas encher-se do Espírito. De acordo com a orientação das cartas de Tito e Timóteo, os
pastores (e membros) não devem beber nenhum tipo de bebida. Ef 5:18, I Tm 3:3.
Santa Ceia
Em nossa Igreja não fazemos distinção entre os que se batizaram nas águas e os
que vão se batizar por já terem se decidido por Jesus, pois a ceia é o selo da nova aliança
no sangue de Cristo, pela qual o crente se identifica na comunhão da Igreja, assim
também as crianças podem participar. Nas recomendações que Paulo faz sobre a Santa
Ceia em I Co 11 não há nenhuma restrição, senão a condição espiritual de se estar em
comunhão com Deus e com a Igreja.
Realizamos a Santa Ceia em nossa Igreja duas vezes ao mês. Registra-se também
que a CNIESE entende como salutar ensinar a criança a simbologia da Santa Ceia e o
respeito com seus elementos e as crianças participam junto com os membros adultos do
momento da Santa Ceia.
Batismo
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8. O batismo em nossa Igreja é realizado, conforme orientação de Jesus em Mt 28:19
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Embora os unicistas utilizem passagens de
Atos para batizar em nome de Jesus, trata-se de um processo metonímico.
As crianças poderão ser batizadas a partir dos 12 anos, considerando a maturidade
espiritual de cada uma. No caso da pessoa enferma, o batismo poderá ser ministrado de
forma diferenciada.
Doação de sangue
Diferente de alguns grupos religiosos, a Igreja do Senhor dos Exércitos não vê
nenhum mal em se doar ou receber sangue, senão à preocupação com as condições
desse sangue a ser doado. O sangue é a vida, mas não a alma. A definição psicológica
de alma é volições, inteligência, vontades, sentimentos, o psique.
Em relação ao sangue, a única recomendação que se faz é de se evitar comer o
sangue de animais e a carne sufocada. “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos
ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação.” (Concílio de Jerusalém – Atos
15:29 a ).
Dia Santo ou Dia de Descanso
A Igreja do Senhor dos Exércitos não reconhece nenhum dia como “santo” e nem
reconhece o domingo como o “Dia do Senhor”, como chamam algumas denominações
evangélicas. Embora Cristo tenha ressuscitado no domingo, esse passou a ser um dia
especial a partir de um concílio católico.
O dia do Senhor é o sábado, dia de descanso para os judeus. Nem sábado, nem
domingo são dias do Senhor para os cristãos da dispensação da graça. Todos os dias
são do Senhor. Seguimos o ensino de Paulo em Romanos 14:5: “Um faz diferença entre
dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em
seu próprio ânimo.” Lc 13:10-13, Jo 5:5-9, Jo 9:1-14, Mt 12:25-27, At 2:46, Mc 2:23.
O que não se pode comer
Embora alguns grupos religiosos recomendem abstinência de alguns alimentos,
essa prática só se aplica aos judeus no Velho Testamento. Para a Igreja na dispensação
da graça só há recomendação em relação a alimentos consagrados a ídolos e aqueles
feitos com o sangue de animais. At 15:29, Rm 14:2, I Tm 4:3-5, I Co 10:25-31
Os alimentos citados são chouriço, sarapatel, galinha cabidela ao molho pardo).
Fé contextual em campanhas
Algumas Igrejas que se dizem evangélicas se utilizam de alguns objetos para,
segundo eles, ajudarem na fé das pessoas. São usados: água, sal, açúcar, tapete, cama,
lençóis, rosas, óleos, etc. O óleo na Bíblia deve ser usado só para unção de locais e
doentes.
Nossa Igreja não reconhece nenhum objeto necessário à fé. A fé é algo abstrato,
que não se vê, segundo o conceito de Hb 11. Quando nos utilizamos de qualquer objeto,
temos o mesmo posicionamento de quem se utiliza das imagens de escultura. Pensamos
que Satanás pode trabalhar para que sinais aconteçam quando tais objetos são utilizados,
pois têm interesse de tirar a visão das pessoas de Jesus.
Os lenços de Paulo que curavam não podem justificar tais usos simbólicos, pois o
contexto era outro de uma emergência onde o apóstolo não estava para orar em locais
onde tais objetos são utilizados como comércio de fé, algo parecido com as indulgências,
não acreditamos que Jesus possa operar.
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9. Ministério de Mulher
Nossa fundamentação teológica para o Ministério da Mulher é João 4:39. Mesmo
Paulo, com sua visão judaica, o qual disse que não aceitava que a mulher usasse de
autoridade e ensinasse na Igreja, teve ajuda de várias mulheres que se envolveram
diretamente com ele no ministério.
Em I Co 14:34, Paulo proíbe a discussão indisciplinada que perturba o culto no que
tange à autoridade apostólica em relação aos homens, ou na relação mulher-marido. O
contexto da orientação específica às mulheres de Corinto em um capítulo que trata de
forma geral sobre o uso de dons do Espírito, pressupõe que havia ali algumas mulheres
com pensamento diferente sobre o uso de dons. I Co 14:38.
Pensamento diferente é um grifo nosso enquanto lingüista, porque o debate
dialético era muito comum nas sociedades gregas e romanas, qualquer pessoa poderia
ser questionada, o que não é comum na Igreja do Senhor, que precisa entender o que
significa autoridade espiritual. I Co 14:37.
Até hoje, o uso de dons espirituais de línguas e profecia não são disciplinadas no
culto, sobretudo pelo caráter biológico das mulheres.
Um cristão deve ir à guerra?
Nesse ponto, pensamos que a Bíblia é uma faca de dois gumes. Há embasamento
para opiniões divergentes, onde se aplica o princípio da relatividade de Romanos 14,
afinal, o que não é de fé, é pecado.
Discriminação e Discriminação Racial
Para nossa Igreja, toda forma de discriminação é pecado, segundo Tg 2:1-9.
Mesmo os grupos chamados minorias não podem ser tratados de forma diferente em
nossas Igrejas. Mt 9:10-13.
O mesmo princípio se aplica ao preconceito.
Uso do véu para mulheres na Igreja
Nossa concepção científica desse texto do uso do véu em I Co II trata de uma
distinção entre a serva de Deus na Igreja e o público de prostitutas e sacerdotisas dos
templos pagãos, as quais, também com cabelo comprido, assistiam os cultos públicos na
Igreja Cristã de Corinto.
Engenharia Genética
Os dois principais elementos da moralidade não mudaram: a humanidade e Deus.
Em Rm 1:21-23, vemos o perigo em brincar com Deus. Esse tema será discutido mais
profundamente na próxima Assembléia.
Blasfêmia contra o Espírito Santo
É a recusa total em obedecer a Deus. Cauterização do irmão no pecado, dentro do
contexto da Igreja, levando a um processo de abandono total do Espírito Santo. O que
quase aconteceu a Davi – Sl 51:11. Só o crente pode cometer esse pecado mortal.
Formação de pastores e líderes
Não somos contra o pastor se preparar e estudar, mas a Faculdade Teológica não
é condição para se exercer o ministério em nossa Igreja. Ministramos um curso de
formação continuada modular que terá caráter de faculdade modular, mas em nossa
visão, os líderes e pastores emergem de dentro da Igreja.
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10. Somos contra um obreiro profissional. Amos 7:14-15, II Tm 1:1, Tito 1:6-9. O
Senhor Presidente da CNIESE afirmou aos convencionais que, no Dia do Juízo do
Senhor, prefere responder a Deus por um pastor nomeado por ele que tenha falhado do
que responder por ter impedido alguém que tem chamado de Deus de exercer o
ministério.
Ministério Pastoral é profissão? Nosso pastor não precisa viver só do ministério,
mas pode, se quiser. Seguimos a visão paulina de ministério. Ele foi o maior pastor que a
Igreja já teve e continuou sempre um fazedor de tendas. O pastor não é um profissional, é
um vocacionado e deve receber uma ajuda de custo por seu trabalho de acordo com o a
arrecadação de cada Igreja. Atos 18:1-3.
Qual é o ritmo correto para o louvor congregacional?
Todos os ritmos podem ser utilizados para o louvor. Sl 150. É preciso se atentar
para que não haja carnalidade e sensualidade na forma de adoração. Nossa Igreja não
deve desprezar a música sacra tradicional em detrimento de ritmos mais modernos.
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