Paulo argumenta que a Lei não pode justificar ninguém perante Deus e que apenas pela fé no Cristo se alcança a justificação. Ele usa exemplos de Abraão, que foi justificado pela fé antes da Lei, e mostra que Cristo nos libertou do domínio da Lei através de Sua morte na cruz. A Lei serviu para conduzir à fé, mas agora somos um só povo em Cristo, independentemente de origem ou status, por Sua graça.
1. As cartas de Paulo III
Gálatas, Efésios,
Filipenses e
Galácia
Colossenses
Éfeso
Diretrizes para Filipos
as igrejas primitivas
que valem para as
igrejas cristãs de hoje Colossos
2. As cartas de Paulo III
Gálatas, Efésios,
Filipenses e
Colossenses
“O justo
viverá pela fé”
Estudo 03
Texto bíblico:
Gálatas 3
Texto áureo:
Gálatas 3.11
“É evidente que pela lei ninguém
é justificado diante de Deus, porque:
O justo viverá da fé”
3. Depois de ter contestado os
falsos mestres e os judaizantes
seus adversários, fazendo a
defesa do Evangelho da graça
de Cristo contra os postulados
da Lei mosaica, neste capítulo
três, o apóstolo vai evidenciar
que a Lei não pode justificar
ninguém.
Fazendo diversas perguntas,
Paulo vai contrapor aos
judaizantes a eficácia da fé em
Cristo para a salvação, contra
a obediência cega à Lei que
eles postulavam.
4. Como fariseu que fora, Paulo
sabia o quanto era importante
a lei para o povo judeu.
Embora considerando-a
essencial para a formação da
cultura religiosa judaica, ele
queria demonstrar para todos
que quanto à justificação do
homem para a salvação ela
era totalmente impotente.
Daí sua afirmativa que
remonta ao VT:
“O justo viverá da fé”
(Hc 2.4)
5. Para isto, como no início da
carta, Paulo vai novamente
chamá-los de “insensatos” por
estarem se deixando seduzir
pelas palavras enganadoras dos
judaizantes que, embora
parecendo reconhecer a Cristo
como Salvador e Senhor,
continuavam dando espaço para
a importância da lei como
instrumento para a salvação,
querendo assim fazer
prevalecer para os crentes
gentios, ainda alguns dos
preceitos da Lei.
6. Paulo vai adotar a técnica
de perguntas incisivas e que
conduzem de certa forma a
resposta que ele deseja
ouvir de seus discípulos na
Galácia. Cristo já usara
deste sistema. Foi desta
forma que ele calou muito
dos seus inquiridores
Os cinco primeiros versículos do capítulo que estamos
estudando, são questionamentos muito sérios, convidando
os gálatas a refletirem sobre as contradições em que
estavam caindo quando aceitavam as insinuações desses
falsos mestres. Nos demais versículos, Paulo vai então
refutar toda a argumentação legalista dos judaizantes
demonstrando com lógica e racionalidade a eficácia
da Graça sobre a Lei.
7. Vamos abrir as nossas Bíblias no capítulo 3 da Carta
aos Gálatas. Paulo estará nos pregando como acima o
faz, agora por meio de seus escritos. Como estamos
compreendendo a dualidade bíblica da dispensação da
Lei em face da dispensação da Graça?
8. Gálatas 3.1-5
Leiamos na Bíblia as cinco
perguntas com que Paulo procura
impactar os galátas, mostrando-
lhes a incoerência que estavam
experimentando, diante da bênção
que haviam recebido.
As perguntas são de certa forma, respondidas por
contra-argumentos lógicos e racionais que nem precisam
ser citados pelo apóstolo:
1. Quem vos fascinou?... - Os judaizantes, sem dúvida!
2. Foi por obras da lei?... - Lógico que não!
3. Tendo começado pelo Espírito?... - De maneira nenhuma!
4. Será que padecestes em vão?... - Claro que não!
5. Quem opera os milagres?... - Por certo, é a fé!
9. Gálatas 3.6-8
Refutando então aos argumentos dos
judaizantes, Paulo vai abordar
alguns aspectos históricos do povo
hebreu, bem como expor temas
teológicos de muita profundidade.
Com inteligência cita Abraão,
o nome mais respeitado para o povo hebreu.
Depois afirma que Abraão foi justificado porque creu,
e não por ter cumprido a lei que não existia ainda.
A justificação alcançada por Abraão pela fé,
daí ser chamado de “pai da fé”, se estendeu a todos que em
todos os tempos e em todos os lugares do mundo viessem a crer
em Deus pela graça de Cristo, alcançando-os então.
Por isso recebeu a promessa:
“Em ti serão abençoadas todas as nações”.
10. Gálatas 3.9-12
Este é um dos textos mais
expressivos da Bíblia na
confrontação que passou a
existir entre a Lei e a Fé.
Paulo reportando a Deuteronômio 27.26, onde Moisés
recebeu a lei que afirmava:
“Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei,
para as cumprir. E todo o povo dirá, Amém”.
Contra argumenta que isto ainda existia para aqueles que
viviam segundo as obras da lei, mas não mais para
aqueles que viviam segundo a fé em Cristo, daí o texto:
“É evidente que pela lei ninguém, é justificado diante de
Deus, porque: O justo viverá da fé.”
11. Gálatas 3.13-17
O texto é de grande
profundidade teológica. Paulo
antepõe a teologia judaica,
lastreada na Lei, diante da
teologia cristã, baseada na fé
Paulo quer mostrar que Cristo morrendo na cruz, fez-se
maldição por nós, resgatando-nos do império da lei e
levando-nos ao reino da graça.
Dos tempos da lei aos nossos dias, os dias da graça, ela
funcionou para dar senso de disciplina, de auto-controle,
de domínio próprio ao povo judeu.
Porém, mesmo neste tempo em que a lei imperou, a fé se
fazia presente na vida de homens como Abraão, que
cumpriam a lei não pelo rigor dela, mas crendo na
esperança da promessa de Deus.
12. Gálatas 3.18-21
Como Paulo estava falando a
judeus por certo muito ciosos do
valor da lei, ele teve que ressaltar
o papel dela no plano de Deus.
É quando ele faz mais uma pergunta: “Logo para que a
lei?” – Será que para mais nada presta?
É quando então ele explica que ela foi instituída para que
o povo pautasse a sua vida dentro de um padrão moral,
social e cultural que honrasse e dignificasse a promessa
recebida. Era como se estivesse escrevendo ao povo
judeu e a nós hoje: “Se somos titulares de uma bênção
tão grandiosa como esta, a salvação, não podemos viver
nossos dias de forma desregrada e em desacordo com o
plano de Deus para a sua criatura”
13. Gálatas 3.22-24
Paulo vai expor aqui que a lei
cumpriu o seu papel. O papel de
nos conduzir à fé. Ele usa a
palavra “aio”, criado, servo,
preceptor, para explicar isto.
Esses versículos nos esclarecem muito bem isto.
No 22, ele explica que a vitória sobre o pecado é da fé,
e não da lei;
No 23, ele explica que a lei teve o seu lugar e ocupou o
seu espaço dentro de um tempo determinado por Deus.
No 24, ele conclui, usando então o termo de que a lei foi
útil como um servo nosso para nos encaminhar à fé.
14. Gálatas 3.25-29
Como Paulo vai mudar a sua
estratégia no capítulo 4, deixando
de “bater” fortemente mas
procurando amaciar a linguagem,
ele resolve arrematar o assunto
É quando encerra sua argumentação com cinco versículos:
No 25, não estamos mais sob o domínio da lei, já que
veio o tempo do domínio da fé pela graça de Cristo;
No 26, por isto somos todos iguais em Cristo;
No 27, o batismo em Cristo nos torna um povo só, quer
gentios, quer judeus;
No 28 e no 29, finaliza então sua lógica:
“Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre; não
há homem nem mulher; porque todos vós sois um em
Cristo Jesus. E se sois de Cristo, então sois
descendência de Abraão, e herdeiros conforme a
15. Conclusão
2)Qual é o significado da
lei do AT para você?
3)Como crente como você
convive com as regras
morais e sociais que a
sociedade nos impõe?
4)Como entende o fato
de que ser honesto e
correto não significa nada
para a salvação?
4) Diante disto como você
recebe a salvação de
graça que Cristo nos deu?