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Figuras de Linguagem

 Introdução à língua
       literária
   Sentido Conotativo: Adequa-se ao contexto.



   Sentido Denotativo: Sentido literal de um
    enunciado.



   Plurissignificação: O poder literário de evocar
    múltiplos significados.
   Quando eu tinha seis anos
   Não pude ver o fim da festa de São João
   Porque adormeci
   Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
   Minha avó
   Meu avô
   Totônio Rodrigues
   Tomásia
   Rosa
   Onde estão todos eles?
   - Estão todos dormindo
   Estão todos deitados
   Dormindo
   Profundamente
COMPARAÇÃO E METÁFORA
   Madrigal:
     Meu amor é simples, Dora,
     Como água e pão.
     Como o céu refletido
     Nas pupilas de um cão.



    Livre-arbítrio
    Todo mundo é toureiro
    Cada um escolhe o
    Touro que quiser na vida.
    O toureiro escolheu o
    Próprio
    Touro.
IRONIA
ALITERAÇÃO
   Segue o Seco
       A boiada seca
       Na enxurrada seca
       A trovoada seca
       Na enxada seca
       Segue o seco sem sacar que o caminho é seco
       Sem sacar que o espinho é seco
       Sem sacar que seco é o Ser Sol
       Sem sacar que algum espinho seco secará
       E a água que sacar será um tiro seco
       E secará o seu destino secará...
ASSONÂNCIA E PARONOMÁSIA
   Sou um mulato nato
   No sentido lato
   Mulato democrático no litoral...


   Menina, a felicidade           Menina, a felicidade
   É cheia de graça               É cheia de ano
   É cheia de lata                É cheia de Eno
   É cheia de praça               É cheia de Hino
   É cheia de traça.              É cheia de ONU...
   Menina, a felicidade
   É cheia de pano
   É cheia de pena
   É cheia de sino
   É cheia de sono
METONÍMIA
   A parte pelo todo:
   O continente pelo conteúdo
   O autor pela obra
   A marca pelo produto

   Maurício é bom de garfo.
   Ele tem duzentas cabeças de gado.
   Sempre que tenho dúvidas, recorro ao Aurélio.
   Você me empresta o durex?

   Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa
    fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto
   (Sinédoque)
   Pela janela aberta, refletia-se, no espelho da sala,
    a paisagem no quintal.

   No espelho do córrego, bailam as borboletas
    bêbadas de sol.
   O circo era um balão aceso, com música e pastéis
    na entrada.

 Devolva o Neruda que você me tomou
 E nunca leu.


 Minha dor é inútil
 Como uma gaiola numa terra onde não há
  passáros.

   Ringe e range, rouquenha, a rígida moenda.
PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO
 Árvores encalhadas pedem socorro.
 Mata-paus vou-bem-de-saúde se abraçam.
 O céu tapa o rosto
 Chove... Chove... Chove.




   O fogo, bem de fronte do rancho festivo, alumiava
    o terreiro. Lúcio pôs-se a observar a agonia da
    lenha verde que se estorcia, estalava de
    dor, estoirava em protestos secos e se
    finava, chiando, espumando de raiva vegetal.
          J. Américo de Almeida
ANTÍTESE E PARADOXO
   Balanço

   A pobreza do eu           Espia a barriga estufada
   A opulência do mundo       dos meninos,
   A opulência do eu         A barriga cheia de vazio,
   A pobreza do mundo        Deus sabe o quê.
   A pobreza de tudo
                                     Drummon
   A opulência de tudo
   A incerteza de tudo
   Na certeza de nada.

   Drummond
HIPÉRBOLE
 Meses depois fui para o seminário São José. Se eu
  pudesse contar as lágrimas que chorei na véspera
  e na manhã, somaria mais que todas as vertidas
  desde Adão e Eva. Há nisto alguma exageração;
  mas é bom ser enfático, uma ou outra vez.
 Machado de Assis



   Rubião assistira à sessão em que o Ministério
    Itaboraí pediu os orçamentos. Tremia ainda ao
    contar as suas impressões, descrevia a
    Câmara, tribunas, galerias cheias que não cabia
    um alfinete.
EUFEMISMO



 Levamos-te cansado ao teu último endereço
 Vi com prazer

 Que um dia afinal seremos vizinhos

 Conversaremos longamente

 De sepultura a sepultura

 No silêncio da madrugada.

 M. Bandeira
EXERCÍCIOS

 Nos tempos de meu Pai, sob esses galhos,
 Como uma vela fúnebre de cera,

 Chorei bilhões de vezes com a canseira

 De inexorabilíssimos trabalhos! A. dos Anjos



 Eu vejo as pernas de louça
 Da moça que passa e eu não posso pegar. Buarque



   O amor é um poço onde se despejam lixo e
    brilhantes.
 Que beleza, Montes Claros.
 Como cresceu Montes Claros.

 Quanta indústria em Montes Claros.

 Montes Claros cresceu tanto,

 Ficou tão urbe tão notória,

 Prima-rica do Rio de Janeiro,

 Que já tem cinco favelas

 Por enquanto, e mais promete

 Drummond
   Lamentamos informar que nossa empresa está
    impossibilitada de honrar os compromissos
    financeiros assumidos por V. Sª.

   Marcela amou-me durante quinze meses e onze
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Figuras de Linguagem

  • 1. Figuras de Linguagem Introdução à língua literária
  • 2. Sentido Conotativo: Adequa-se ao contexto.  Sentido Denotativo: Sentido literal de um enunciado.  Plurissignificação: O poder literário de evocar múltiplos significados.
  • 3. Quando eu tinha seis anos  Não pude ver o fim da festa de São João  Porque adormeci  Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo  Minha avó  Meu avô  Totônio Rodrigues  Tomásia  Rosa  Onde estão todos eles?  - Estão todos dormindo  Estão todos deitados  Dormindo  Profundamente
  • 4. COMPARAÇÃO E METÁFORA  Madrigal:  Meu amor é simples, Dora,  Como água e pão.  Como o céu refletido  Nas pupilas de um cão. Livre-arbítrio Todo mundo é toureiro Cada um escolhe o Touro que quiser na vida. O toureiro escolheu o Próprio Touro.
  • 6. ALITERAÇÃO  Segue o Seco  A boiada seca  Na enxurrada seca  A trovoada seca  Na enxada seca  Segue o seco sem sacar que o caminho é seco  Sem sacar que o espinho é seco  Sem sacar que seco é o Ser Sol  Sem sacar que algum espinho seco secará  E a água que sacar será um tiro seco  E secará o seu destino secará...
  • 7. ASSONÂNCIA E PARONOMÁSIA  Sou um mulato nato  No sentido lato  Mulato democrático no litoral...  Menina, a felicidade Menina, a felicidade  É cheia de graça É cheia de ano  É cheia de lata É cheia de Eno  É cheia de praça É cheia de Hino  É cheia de traça. É cheia de ONU...  Menina, a felicidade  É cheia de pano  É cheia de pena  É cheia de sino  É cheia de sono
  • 8. METONÍMIA  A parte pelo todo:  O continente pelo conteúdo  O autor pela obra  A marca pelo produto  Maurício é bom de garfo.  Ele tem duzentas cabeças de gado.  Sempre que tenho dúvidas, recorro ao Aurélio.  Você me empresta o durex?  Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto  (Sinédoque)
  • 9. Pela janela aberta, refletia-se, no espelho da sala, a paisagem no quintal.  No espelho do córrego, bailam as borboletas bêbadas de sol.
  • 10. O circo era um balão aceso, com música e pastéis na entrada.  Devolva o Neruda que você me tomou  E nunca leu.  Minha dor é inútil  Como uma gaiola numa terra onde não há passáros.  Ringe e range, rouquenha, a rígida moenda.
  • 11. PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO  Árvores encalhadas pedem socorro.  Mata-paus vou-bem-de-saúde se abraçam.  O céu tapa o rosto  Chove... Chove... Chove.  O fogo, bem de fronte do rancho festivo, alumiava o terreiro. Lúcio pôs-se a observar a agonia da lenha verde que se estorcia, estalava de dor, estoirava em protestos secos e se finava, chiando, espumando de raiva vegetal.  J. Américo de Almeida
  • 12. ANTÍTESE E PARADOXO  Balanço  A pobreza do eu  Espia a barriga estufada  A opulência do mundo dos meninos,  A opulência do eu  A barriga cheia de vazio,  A pobreza do mundo  Deus sabe o quê.  A pobreza de tudo  Drummon  A opulência de tudo  A incerteza de tudo  Na certeza de nada.  Drummond
  • 13. HIPÉRBOLE  Meses depois fui para o seminário São José. Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei na véspera e na manhã, somaria mais que todas as vertidas desde Adão e Eva. Há nisto alguma exageração; mas é bom ser enfático, uma ou outra vez.  Machado de Assis  Rubião assistira à sessão em que o Ministério Itaboraí pediu os orçamentos. Tremia ainda ao contar as suas impressões, descrevia a Câmara, tribunas, galerias cheias que não cabia um alfinete.
  • 14. EUFEMISMO  Levamos-te cansado ao teu último endereço  Vi com prazer  Que um dia afinal seremos vizinhos  Conversaremos longamente  De sepultura a sepultura  No silêncio da madrugada.  M. Bandeira
  • 15. EXERCÍCIOS  Nos tempos de meu Pai, sob esses galhos,  Como uma vela fúnebre de cera,  Chorei bilhões de vezes com a canseira  De inexorabilíssimos trabalhos! A. dos Anjos  Eu vejo as pernas de louça  Da moça que passa e eu não posso pegar. Buarque  O amor é um poço onde se despejam lixo e brilhantes.
  • 16.  Que beleza, Montes Claros.  Como cresceu Montes Claros.  Quanta indústria em Montes Claros.  Montes Claros cresceu tanto,  Ficou tão urbe tão notória,  Prima-rica do Rio de Janeiro,  Que já tem cinco favelas  Por enquanto, e mais promete  Drummond
  • 17. Lamentamos informar que nossa empresa está impossibilitada de honrar os compromissos financeiros assumidos por V. Sª.  Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis (Machado de Assis)