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COLETA DE AMOSTRAS
BIOLÓGICAS
(sangue)
Prof. Paulo Roberto
Causas de variação dos
resultados de exames
• Idade
• Gênero
• Gravidez
• Dieta
• Jejum
• Exercício
• Fumo
• Álcool
• Medicamentos/drogas
• Cronológica (ex: cortisol)
• Estresse mental
• Tempo de torniquete
Causas de variação dos
resultados de exames
Ex: Jejum
• jejum > 48h aumenta creatinina e ácido úrico e diminui CT, TG, uréia, etc;
• ausência de jejum: alteração de substâncias provenientes do metabolismo
dos alimentos:
Glicose, colesterol, etc.
Causas de variação dos
resultados de exames
Ex : Garrote/torniquete
-Longos períodos – congestão local e hemoconcentração.
 altera principalmente plaquetas, teste de coagulação e cálcio (para estes, se
possível, coletar sem garrote.
Amostras que podem ser
coletadas:
 Sangue
 Urina
 Fezes
 Secreções
 Raspados
 Esperma
 Líquidos cavitários
SANGUE
• Duas fases:
-Sólida (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas);
-Líquida (plasma)
SANGUE: plasma/soro
• O plasma possui:
-Elementos orgânicos:
• Proteínas (albumina, globulina, fibrinogênio)
• Nitrogenados não proteicos (uréia, creatinina, ácido úrico,
amônia)
• Açúcar (glicose)
• Gorduras (C, TG, FL, ácidos graxos)
- Elementos inorgânicos: cloro, iodo, fósforo, cálcio, potássio,
magnésio, ferro, sulfato.
COMPOSIÇÃO DO SANGUE
ANTICOAGULANTES
 EDTA (“sequestra” íon cálcio, fator de coagulação)
-Uso: hematologia (preserva plaquetas)
 Citrato de sódio (se liga ao íon cálcio)
-Uso: estudos de coagulação e VHS
 Oxalato (precipita íon cálcio)
-Uso: estudos de coagulação, contagens de GB, dosagens
bioquímicas
• Não deve ser usado para hemograma (degeneração de
citoplasma e aberrações de núcleo de leucócitos)
ANTICOAGULANTES
 EDTA + Fluoreto (inibe a glicólise)
-Uso: Glicemia (conserva a glicose)
 Heparina (natural; origem hepática; atua na trombina,
impedindo transformação de fibrinogênio em fibrina)
-Uso: gasometria, hematologia, dosagens bioquímicas,
imunologia.
• Reduz ao mínimo a hemólise
FORMAS DE COLETA (SANGUE)
 Seringa e Agulha
• Atualmente não é mais reconhecida pelo NCCLS (National Committee for
Clinical Laboratory Standards)
• Maior risco de acidente (flebotomista)
• Maior chance de comprometer a qualidade da amostra:
hemólise, proporção sg/anticoagulante
 Vácuo (aspiração mecânica automática)
• É reconhecida pelo NCCLS
• Gasta menos tempo e tem menor custo
• Diminui o risco de acidente com perfuro-cortante
• Garante a qualidade da amostra
FORMAS DE COLETA (SANGUE)
Seringa e agulha estéreis
Sistema para coleta de sangue à vácuo
Scalp
TUBOS PARA COLETA DE SANGUE
Tubo simples,
nenhum
anticoagulante.
Forma-se
coágulo
Soro
Tubo simples:
Contém gel
Soro
EDTA
Anticoagulante
Plasma
• Geral
• Geral
• Análise de
sangue total
• Lipídeos e
lipoproteínas
Heparina
Anticoagulante
• Geral
Fluoreto
• Glicemia
Seringa
heparinizada
• Coleta de
sangue arterial
Citrato
• Coagulograma
Plasma
Plasma
Sequência de coleta para tubos
• Frascos para hemocultura
• Tubo seco (tampa vermelha)
• Tubo com citrato (“coagulação”; tampa azul)
-Não deve ter o primeiro “jato” de sangue pois pode interferir, no entanto
deve ser coletado logo pois o tempo de garrote interfere nos resultados.
• Tubo com gel separador (tampa amarela)
• Tubo com heparina (tampa verde)
• Tubo com EDTA (tampa roxa)
• Tubos fluoreto (tampa cinza)
Técnicas para venopunção
• Chamar e confirmar o paciente;
• Verificar os exames a serem realizados;
• Fazer antissepsia das mãos do profissional;
• Preparar material de coleta: tubos, agulhas (aberta na frente do
paciente), algodão, álcool;
• Peça ao paciente para fechar e abrir a mão para que as veias
fiquem mais palpáveis;
• Selecionar a melhor veia (nunca dar tapinhas!!! Provoca lise
celular....);
• Garrotear o braço;
• Fazer antissepsia do local da punção;
• Fazer a venopunção;
• Libere o garrote quando o sangue começar a fluir.
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Etapas da coleta de sangue
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Punção no dorso da mão
Fixa- se a veia pressionando-a com o polegar, abaixo do ponto da
punção, ao mesmo tempo que se estica a pele
Escolha da área para venopunção
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• Áreas com terapia
• Locais com cicatrizes de queimadura
• Áreas com hematomas
• Membro superior próximo ao local de mastectomia,
cateterismo ou trombose
Punção venosa
Cuidados após coleta de sangue
• Pressionar o local da punção com uma mecha de algodão por 1
a 2 min, evitando a fomação de hematomas e sangramentos;
• Orientar o paciente para que não utilize bolsas tiracolo (ou
esforço) no braço puncionado por alguns minutos;
• O uso do esparadrapo (ou blood stop) é dispensável quando se
faz boa compressão. Caso use, colocar um pedaço de algodão
sobre o local da punção e, sobre ele, o esparadrapo.
CUIDADO: formação do hematoma
• Veia frágil ou muito fina, em relação ao calibre da agulha;
• Agulha ultrapassa a parede posterior da veia puncionada;
• Agulha perfura parcialmente a veia, não penetrando por
completo;
• Diversas tentativas no mesmo local;
• Agulha é removida antes do torniquete;
• Pressão inadequada no local após a coleta.
Principais erros pré-analíticos
• Identificação incorreta do paciente
• Tempo de uso do torniquete
• Proporção sangue/anticoagulante
• Amostra insuficiente
• Amostra coagulada
• Amostra hemolisada
• Ausência de jejum (lipemia) NOVA COLETA
Problema 1: Hemólise
• “Liberação dos constituintes das células sanguíneas dentro do
plasma/soro”;
• Reconhecida pela aparência avermelhada da amostra após
centrifugação, resultado da liberação da hemoglobina das
hemácias;
Diferentes graus de hemólise
Principais causas da hemólise:
- Coleta antes do àlcool secar (assepsia);
- Agulha de baixo calibre;
- Aspiração forçada do sangue (seringa);
- Transferência do sangue da seringa para o tubo;
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• Amostra lipêmica: causas
- Aumento do conteúdo de lipídeos (TG);
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Lipemia
Turvação
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SEGURANÇA
BIBLIOGRAFIA
 Pequeno guia para coleta de sangue BD (Becton-Dickinson)
 Amostras: do paciente para o laboratório (WG Guder et al, 2000)

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  • 2. Causas de variação dos resultados de exames • Idade • Gênero • Gravidez • Dieta • Jejum • Exercício • Fumo • Álcool • Medicamentos/drogas • Cronológica (ex: cortisol) • Estresse mental • Tempo de torniquete
  • 3. Causas de variação dos resultados de exames Ex: Jejum • jejum > 48h aumenta creatinina e ácido úrico e diminui CT, TG, uréia, etc; • ausência de jejum: alteração de substâncias provenientes do metabolismo dos alimentos: Glicose, colesterol, etc.
  • 4. Causas de variação dos resultados de exames Ex : Garrote/torniquete -Longos períodos – congestão local e hemoconcentração.  altera principalmente plaquetas, teste de coagulação e cálcio (para estes, se possível, coletar sem garrote.
  • 5. Amostras que podem ser coletadas:  Sangue  Urina  Fezes  Secreções  Raspados  Esperma  Líquidos cavitários
  • 6. SANGUE • Duas fases: -Sólida (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas); -Líquida (plasma)
  • 7. SANGUE: plasma/soro • O plasma possui: -Elementos orgânicos: • Proteínas (albumina, globulina, fibrinogênio) • Nitrogenados não proteicos (uréia, creatinina, ácido úrico, amônia) • Açúcar (glicose) • Gorduras (C, TG, FL, ácidos graxos) - Elementos inorgânicos: cloro, iodo, fósforo, cálcio, potássio, magnésio, ferro, sulfato.
  • 9. ANTICOAGULANTES  EDTA (“sequestra” íon cálcio, fator de coagulação) -Uso: hematologia (preserva plaquetas)  Citrato de sódio (se liga ao íon cálcio) -Uso: estudos de coagulação e VHS  Oxalato (precipita íon cálcio) -Uso: estudos de coagulação, contagens de GB, dosagens bioquímicas • Não deve ser usado para hemograma (degeneração de citoplasma e aberrações de núcleo de leucócitos)
  • 10. ANTICOAGULANTES  EDTA + Fluoreto (inibe a glicólise) -Uso: Glicemia (conserva a glicose)  Heparina (natural; origem hepática; atua na trombina, impedindo transformação de fibrinogênio em fibrina) -Uso: gasometria, hematologia, dosagens bioquímicas, imunologia. • Reduz ao mínimo a hemólise
  • 11. FORMAS DE COLETA (SANGUE)  Seringa e Agulha • Atualmente não é mais reconhecida pelo NCCLS (National Committee for Clinical Laboratory Standards) • Maior risco de acidente (flebotomista) • Maior chance de comprometer a qualidade da amostra: hemólise, proporção sg/anticoagulante  Vácuo (aspiração mecânica automática) • É reconhecida pelo NCCLS • Gasta menos tempo e tem menor custo • Diminui o risco de acidente com perfuro-cortante • Garante a qualidade da amostra
  • 12. FORMAS DE COLETA (SANGUE) Seringa e agulha estéreis Sistema para coleta de sangue à vácuo
  • 13. Scalp
  • 14. TUBOS PARA COLETA DE SANGUE Tubo simples, nenhum anticoagulante. Forma-se coágulo Soro Tubo simples: Contém gel Soro EDTA Anticoagulante Plasma • Geral • Geral • Análise de sangue total • Lipídeos e lipoproteínas Heparina Anticoagulante • Geral Fluoreto • Glicemia Seringa heparinizada • Coleta de sangue arterial Citrato • Coagulograma Plasma Plasma
  • 15. Sequência de coleta para tubos • Frascos para hemocultura • Tubo seco (tampa vermelha) • Tubo com citrato (“coagulação”; tampa azul) -Não deve ter o primeiro “jato” de sangue pois pode interferir, no entanto deve ser coletado logo pois o tempo de garrote interfere nos resultados. • Tubo com gel separador (tampa amarela) • Tubo com heparina (tampa verde) • Tubo com EDTA (tampa roxa) • Tubos fluoreto (tampa cinza)
  • 16. Técnicas para venopunção • Chamar e confirmar o paciente; • Verificar os exames a serem realizados; • Fazer antissepsia das mãos do profissional; • Preparar material de coleta: tubos, agulhas (aberta na frente do paciente), algodão, álcool; • Peça ao paciente para fechar e abrir a mão para que as veias fiquem mais palpáveis; • Selecionar a melhor veia (nunca dar tapinhas!!! Provoca lise celular....); • Garrotear o braço; • Fazer antissepsia do local da punção; • Fazer a venopunção; • Libere o garrote quando o sangue começar a fluir.
  • 17. Locais de coleta de sangue
  • 18. Etapas da coleta de sangue
  • 20. Punção no dorso da mão Fixa- se a veia pressionando-a com o polegar, abaixo do ponto da punção, ao mesmo tempo que se estica a pele
  • 21. Escolha da área para venopunção EVITAR!!! • Áreas com terapia • Locais com cicatrizes de queimadura • Áreas com hematomas • Membro superior próximo ao local de mastectomia, cateterismo ou trombose
  • 23. Cuidados após coleta de sangue • Pressionar o local da punção com uma mecha de algodão por 1 a 2 min, evitando a fomação de hematomas e sangramentos; • Orientar o paciente para que não utilize bolsas tiracolo (ou esforço) no braço puncionado por alguns minutos; • O uso do esparadrapo (ou blood stop) é dispensável quando se faz boa compressão. Caso use, colocar um pedaço de algodão sobre o local da punção e, sobre ele, o esparadrapo.
  • 24. CUIDADO: formação do hematoma • Veia frágil ou muito fina, em relação ao calibre da agulha; • Agulha ultrapassa a parede posterior da veia puncionada; • Agulha perfura parcialmente a veia, não penetrando por completo; • Diversas tentativas no mesmo local; • Agulha é removida antes do torniquete; • Pressão inadequada no local após a coleta.
  • 25. Principais erros pré-analíticos • Identificação incorreta do paciente • Tempo de uso do torniquete • Proporção sangue/anticoagulante • Amostra insuficiente • Amostra coagulada • Amostra hemolisada • Ausência de jejum (lipemia) NOVA COLETA
  • 26. Problema 1: Hemólise • “Liberação dos constituintes das células sanguíneas dentro do plasma/soro”; • Reconhecida pela aparência avermelhada da amostra após centrifugação, resultado da liberação da hemoglobina das hemácias; Diferentes graus de hemólise
  • 27. Principais causas da hemólise: - Coleta antes do àlcool secar (assepsia); - Agulha de baixo calibre; - Aspiração forçada do sangue (seringa); - Transferência do sangue da seringa para o tubo; - Agitação vigorosa do tubo com a amostra.
  • 28. Problema 2: Lipemia • Amostra lipêmica: causas - Aumento do conteúdo de lipídeos (TG); - Ausência de jejum Lipemia Turvação Interferência em análises fotométricas
  • 30. BIBLIOGRAFIA  Pequeno guia para coleta de sangue BD (Becton-Dickinson)  Amostras: do paciente para o laboratório (WG Guder et al, 2000)