Roteiro natal - 7 dias e 6 noites - Guia Viviane Araujo
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1. De Marajó ao Círio de Nazaré... Nossa viagem de aventura, sentimento e fé. Essa é a história da viagem que fiz em outubro de 2009 com minha amiga Márcia, de Campinas, minha Xará. Viajamos para a Ilha de Marajó e depois participamos do Círio de Nazaré em Belém. Belém é a minha cidade de nascimento e de coração! Atendendo ao pedido da minha xará, vou contar essa história em forma de diário. Espero que vocês gostem dessa pequena narrativa e, acima de tudo, embarquem conosco nessa viagem! Boa leitura! MarciaLevaton
9. Para quem não sabe... Tenho pavor de viajar de barco, acho que morri afogada numa outra encarnação...
10. Muita água, muitas ilhas. A largura do rio às vezes parecia com o oceano, pela imensidão das águas e ausência de margens. Só horizonte à vista.
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13. Duas horas e meia depois, quando chegamos ao porto de Camará em Salvaterra, uma surpresa! Ninguém do receptivo da Pousada dos Guarás tinha ido nos buscar.
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27. Esqueceram da gente e de mais 4 outros turistas curitibanos (Ana Lúcia,Job,Doris e Dorinha). Foi assim que uma das nossas mais divertidas amizades iniciou, de um jeito nem tanto "auspicioso".
28. Enquanto esperávamos no porto, encontramos um vendendor de frutas, nosso Boto Salvador, Seu Bibi. Passamos um bom momento ouvindo ele contar "causos" de botos que apareciam no rio em noites de lua cheia.
29. Graças ao Seu Bibi, conseguimos avisar a Pousada que estávamos abandonados no porto. Depois de comermos muitos abacaxis e sapotis super docinhos e tomarmos muitas Cerpas geladas (tudo patrocinado pelo bom e simpático Job), a van da pousada finalmente chegou.
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33. Daí, fomos para o nosso destino – Pousada dos Guarás. Percurso: 30 min.Na pousada, tudo era grande, espaçoso, muita tranqüilidade e a boa simplicidade do interior.
34. A pousada fica no município de Salvaterra, com piscina, restaurante muito bom e uma praia encantadora. Mas o pessoal da recepção é fraco !
35. Eu e minha amiga almoçamos um Filhote (peixe da região) à Marajoara (arroz de jambu, erva que dá sabor especial e faz tremer a língua e o beiço). A minha sugestão é a irresistível caipirinha de jambú feita pelo excepcional garçom Edenildo.
36. No dia 08, auxiliados pelo nosso guia Ezaquias, fizemos vários passeios: descobrimos lindas praias de areia fininha, com uma brisa muito boa e um cheirinho de mato. Na praia de Joanes, batemos fotos nas ruinasjesuitas, de 1617. Visitamos as cidades de Salvaterra e Soure. Conhecemos um curtume onde se fabrica artesanato. Como fazia muito calor, chupamos "sacolé" de cupuaçu (fruta local). Depois vimos também um índio ceramista (Carlos Amaral), que produz trabalhos arqueológicos marajoaras e que deve passar no programa Fantástico em novembro.
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38. Fomos à fazenda Araruna que tem belas revoadas de Guarás e montaria de búfalos. Passeamos de barco pelos igarapés, tudo muito selvagem.
39. Ah! Fizemos a maioria desses passeios num ônibus bem típico e um pouco "veinho". Mas foi no balanço do busão que nós nos divertimos muito contandopiadas.
40. Também foi no busão que encontramos cada "figura" (o "Mais Uma", o "Supla" e a "Cabelo na Venta").
41. Sempre quando retornávamos dos passeios, e depois de um banho reconfortante, servimo-nos dos maravilhosos pratos regionais do restaurante da pousada.
42. Na véspera da nossa partida, assistimos uma demonstração da dança do Carimbó.
50. Tirar neblina da foto No dia 09 pela manhã, tomamos banho n'água benta do rio-mar, tudo regado com uma cervejinha super gelada e caipirinha de jambu...hic hichic!Depois do almoço, às 13:00h, pegamos o velho ônibus de volta.
53. Chegamos ao porto às 14:30h. Pegamos a lancha. Capacidade: 200 passageiros; travessia: 2:30. Saída: 15:30h. Chegada ao porto de Belém: 18:00h em ponto.
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55. Arrumar o brilho e iluminação Deus! Eu tanto pedi para "Nazinha" tornar a viagem boa que a travessia foi mais rápida, e não houve ondas. Penso que isso foi um milagre, e vocês?
58. Tenho muito prazer quando estou lá, e caminho pela Cidade das Mangueiras e a Metrópole da Amazônia que cheira a “patchouli”!
59. Fomos ao Mercado do Ver- O-Peso, que é o nosso cartão postal, neste mercado se reúne tudo o que há de mais paraense. No meio da “muvuca” do Ver-O-Peso, a Márcia quis comprar algumas "pajelâncias" (magia dos pajés da amazônia). Na barraca da famosérrima Dona Cheirozinha, ela comprou perfumes e banhos para atrair dinheiro, amor, espantar mau olhado, etc...
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64. Em seguida, fomos ao Forte do Castelo, à Casa das 11 Janelas, à Catedral da Sé, ao Pólo Joalheiro (São José Liberto), antigo presídio.
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75. Estivemos também na Estação das Docas onde a minha xará experimentou o tacacá (comida típica do Pará) e provou os saborosos sorvetes da Cairu.
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82. Depois visitamos a Basílica de Nazaré e oramos um pouco. Durante as comemorações do Círio de N. S. de Nazaré, a Igreja se transforma no centro das atenções, pois é nela que fica a verdadeira imagem da Virgem de Nazaré.
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84. Depois de tantas visitas turísticas, fomos almoçar no Mangal das Garças.O Mangal é um parque ambiental, uma opção de passeio junto a natureza, muito agradável. Para curtir o parque, o final da tarde é show, senão é muito quenn-tE... igual sotaque de curitibano...
100. Na noite do sábado, assistimos à passagem da Trasladação, do apartamento de amigos dos meus primos. A Trasladação é a procissão noturna do Círio.
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102. iluminação Muitas luzes e cores é o que se vê pelas ruas do centro de Belém. Esta romaria é o inverso do percurso realizado na grande procissão do Círio.
103. No domingo do Círio, não tínhamos ingresso para as arquibancadas da Av.Presidente Vargas. Conseguimos com muita sorte comprar ingressos com cambistas e chegamos quase no momento que a Santa ia passar, que coisa né? A minha Xará fotografou a romaria de pertinho e seguidamente. iluminação
104. iluminação Romeiros e promesseiros se agarram a uma corda, pagando suas promessas numa disputa incrível, enfrentando dificuldades imensas. O espetáculo de fé é algo inacreditável. Só vendo para crer.
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106. Me arrepio toda vez que assisto e a minha amiga não agüentou e chorou. Quem assiste o Círio e vê a força deste sentimento de esperança confirma a tradição de uma das maiores manifestações de fé do Brasil.
109. Após a passagem da Santa, nos dirigimos para o agradável sítio dos meus primos (Linda e Cardoso) em Ananindeua, a 30 km de Belém, onde almoçamos divinamente bem.
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116. Em Belém, o almoço do Círio é tão importante quanto a ceia de Natal.
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121. Saboreamos o Pato no tucupi e a Maniçoba que são as iguarias mais pedidas que não podem faltar na mesa das famílias.
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123. Na segunda-feira dia 12, descançamos pela manhã e depois no meio-dia, sentamos numa barraquinha e pedimos açaí (bebida feita com o fruto da palmeira do açaizeiro) com peixe frito e farinha de tapioca... Hummm que delícia!!! De noite nos reunimos todos para beber e comer num restaurante na varanda das Docas e também foi a nossa despedida .
124. Na terça-feira dia 13, cada um foi para seu canto e para cada canto deste Brasil afora foram nossas lembranças de uma história que terminou, sem querer...Foram momentos tão especiais que vamos recordá-los para sempre...
125. Créditos:Texto e Idealização do Clipe- Márcia LevatonFotografias- Márcia Goulart e GoogleIntérpretes e músicas-Amocariu e Sabor Açaí - Nilson ChavesPotPourri de Carimbó - T.Soares & Ronaldo SilvaVós Sois o Lírio Mimoso- Fafá de Belém Nazaré- Almirzinho Gabriel
126. Considerações finais:Infelizmente muitas ocasiões não foram registradas, ex: a nossa inesquecível chegada ao Marajó, a aparição do Seu Bibi, a mesa do lanche na fazenda Araruna, o almoço no Mangal,o almoço do Círio em Ananindeua, o hotel Machados em Belém, a visita ao André e a Bety, as mulheres tirando castanha no Ver-o-Peso, etc...Prometemos que na próxima excursão faremos o serviço direitinho!Beijos, e até à próxima!!! Obrigada à todos, familiares e amigos, que tornaram nossa estadia em Belém muito agradável. MarciaLevaton