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Apocalípticos e
integrados
A indústria cultural
Contexto
• A Escola de Frankfurt
-> Grupo de pensadores que buscavam romper a
barreira entre teoria e prática, unindo a reflexão
de áreas diferentes, como a Filosofia, a Sociologia,
a Psicologia, entre outras.
• A teoria crítica
-> Uma reflexão que busca a emancipação
humana.
-> Propõe uma avaliação extensa da sociedade e
da cultura, para identificar e contestar estruturas
de poder.
Indústria
cultural
• Termo proposto por Adorno e Horkheimer
no livro Dialética do esclarecimento;
• Surge na esteira de mudanças significativas
do século XX no campo cultural:
- Invenção do cinema e do rádio
- Desenvolvimento da fotografia
Indústria
cultural
• Definição geral:
fenômeno da produção, reprodução e
mercantilização em massa de bens culturais.
• Conceitos relacionados:
- Cultura de massa
- Meios de comunicação em massa
Indústria
cultural
• Umberto Eco identifica dois tipos de
posturas com relação à indústria cultura:
1. Apocalíptica
2. Integrada
• Essas duas abordagens podem ser
identificadas no interior da Escola de
Frankfurt,
Adorno e Horkheimer: apocalípticos
• Distinção entre dois tipos de razão: a emancipatória e a instrumental.
1. Emancipatória: aquela que permite ao indivíduo ampliar o seu repertório
intelectual e refletir sobre o seu lugar no mundo;
2. Instrumental: voltada para uma padronização do pensamento humano
• Na era da Indústria Cultural, o esclarecimento é propagado como uma
ilusão massificada.
• Ela seria como uma fábrica de bens culturais padronizados para criar
e propagar falsas necessidades.
• Oposta à arte, a Indústria Cultural enfatizaria apenas a razão
instrumental.
Adorno e Horkheimer: apocalípticos
• Trechos de A dialética do esclarecimento
“A indústria cultural acaba por colocar a imitação como algo de absoluto.
Reduzida ao estilo, ela trai seu segredo, a obediência à hierarquia social.”
“A eliminação do privilégio da cultura pela venda em liquidação dos bens
culturais não introduz as massas nas áreas de que eram antes excluídas, mas
serve, ao contrário, nas condições sociais existentes, justamente para a
decadência da cultura e para o progresso da incoerência bárbara.”
Walter Benjamin: integrado
• A aura da obra de arte:
Benjamin considera que a arte na tradição ocidental sempre esteve envolta em
uma “aura”: o seu acesso era restrito aos públicos que podiam frequentar os
salões e museus e a dificuldade do acesso fazia com que a arte
• Os meios de reprodução da arte (a imprensa, a fotografia, o cinema)
trariam a possibilidade de democratizar a arte.
Walter Benjamin: integrado
• As possibilidades abertas pela indústria cultural:
“O que se atrofia na era da reprodutibilidade técnica da obra de arte é sua aura.
Esse processo é sintomático, e sua significação vai muito além da esfera da arte.
Generalizando, podemos dizer que a técnica da reprodução destaca do domínio
da tradição o objeto reproduzido. Na medida em que ela multiplica a
reprodução, substitui a existência única da obra por uma existência serial. E, na
medida em que essa técnica permite à reprodução vir ao encontro do
espectador, em todas as situações, ela atualiza o objeto reproduzido.”
(Benjamin, A obra de arte na época de sua reprodução técnica)
O problema mal formulado
• Eco resume a questão da seguinte forma:
“O erro dos apologistas é afirmar que a multiplicação dos produtos da indústria seja boa em si,
segundo uma ideal homeostase do livre mercado, e não deva submeter-se a uma crítica e a novas
orientações.
O erro dos apocalípticos-aristocráticos é pensar que a cultura de massa seja radicalmente má,
justamente porque é um fato industrial, e que hoje se possa ministrar uma cultura subtraída ao
condicionamento industrial.
[...] na verdade, o problema é: ‘do momento em que a presente situação de uma sociedade
industrial torna ineliminável aquele tipo de relação comunicativa conhecido como conjunto dos
meios de massa, qual a ação cultural passível a fim de permitir que esses meios de massa possam
veicular valores culturais?’”

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  • 2. Contexto • A Escola de Frankfurt -> Grupo de pensadores que buscavam romper a barreira entre teoria e prática, unindo a reflexão de áreas diferentes, como a Filosofia, a Sociologia, a Psicologia, entre outras. • A teoria crítica -> Uma reflexão que busca a emancipação humana. -> Propõe uma avaliação extensa da sociedade e da cultura, para identificar e contestar estruturas de poder.
  • 3. Indústria cultural • Termo proposto por Adorno e Horkheimer no livro Dialética do esclarecimento; • Surge na esteira de mudanças significativas do século XX no campo cultural: - Invenção do cinema e do rádio - Desenvolvimento da fotografia
  • 4. Indústria cultural • Definição geral: fenômeno da produção, reprodução e mercantilização em massa de bens culturais. • Conceitos relacionados: - Cultura de massa - Meios de comunicação em massa
  • 5. Indústria cultural • Umberto Eco identifica dois tipos de posturas com relação à indústria cultura: 1. Apocalíptica 2. Integrada • Essas duas abordagens podem ser identificadas no interior da Escola de Frankfurt,
  • 6. Adorno e Horkheimer: apocalípticos • Distinção entre dois tipos de razão: a emancipatória e a instrumental. 1. Emancipatória: aquela que permite ao indivíduo ampliar o seu repertório intelectual e refletir sobre o seu lugar no mundo; 2. Instrumental: voltada para uma padronização do pensamento humano • Na era da Indústria Cultural, o esclarecimento é propagado como uma ilusão massificada. • Ela seria como uma fábrica de bens culturais padronizados para criar e propagar falsas necessidades. • Oposta à arte, a Indústria Cultural enfatizaria apenas a razão instrumental.
  • 7. Adorno e Horkheimer: apocalípticos • Trechos de A dialética do esclarecimento “A indústria cultural acaba por colocar a imitação como algo de absoluto. Reduzida ao estilo, ela trai seu segredo, a obediência à hierarquia social.” “A eliminação do privilégio da cultura pela venda em liquidação dos bens culturais não introduz as massas nas áreas de que eram antes excluídas, mas serve, ao contrário, nas condições sociais existentes, justamente para a decadência da cultura e para o progresso da incoerência bárbara.”
  • 8. Walter Benjamin: integrado • A aura da obra de arte: Benjamin considera que a arte na tradição ocidental sempre esteve envolta em uma “aura”: o seu acesso era restrito aos públicos que podiam frequentar os salões e museus e a dificuldade do acesso fazia com que a arte • Os meios de reprodução da arte (a imprensa, a fotografia, o cinema) trariam a possibilidade de democratizar a arte.
  • 9. Walter Benjamin: integrado • As possibilidades abertas pela indústria cultural: “O que se atrofia na era da reprodutibilidade técnica da obra de arte é sua aura. Esse processo é sintomático, e sua significação vai muito além da esfera da arte. Generalizando, podemos dizer que a técnica da reprodução destaca do domínio da tradição o objeto reproduzido. Na medida em que ela multiplica a reprodução, substitui a existência única da obra por uma existência serial. E, na medida em que essa técnica permite à reprodução vir ao encontro do espectador, em todas as situações, ela atualiza o objeto reproduzido.” (Benjamin, A obra de arte na época de sua reprodução técnica)
  • 10. O problema mal formulado • Eco resume a questão da seguinte forma: “O erro dos apologistas é afirmar que a multiplicação dos produtos da indústria seja boa em si, segundo uma ideal homeostase do livre mercado, e não deva submeter-se a uma crítica e a novas orientações. O erro dos apocalípticos-aristocráticos é pensar que a cultura de massa seja radicalmente má, justamente porque é um fato industrial, e que hoje se possa ministrar uma cultura subtraída ao condicionamento industrial. [...] na verdade, o problema é: ‘do momento em que a presente situação de uma sociedade industrial torna ineliminável aquele tipo de relação comunicativa conhecido como conjunto dos meios de massa, qual a ação cultural passível a fim de permitir que esses meios de massa possam veicular valores culturais?’”