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CURSO DE INJETAVÉIS Professora
Enfermeira Elisabeth Campos
Farmacologia
Definição: É a ciência que estuda
os efeitos das substâncias
químicas sobre a função dos
sistemas biológicos

Farmacologia
 Conceitos Básicos:
• Fármaco: Uma substância química definida, com propriedades ativas,
produzindo efeito terapêutico e que é o princípio ativo do
medicamento.
• Droga: Qualquer substância capaz de produzir alteração em uma
determinada função biológica através de suas ações químicas.
•Medicamento: Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou
elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins
de diagnósticos. É uma forma farmacêutica terminada que contém o
fármaco, geralmente, em associação com adjuvantes farmacotécnicos.
•Remédio: São cuidados que se utiliza para curar ou aliviar os
sintomas das doenças, como um banho morno, uma bolsa de água
quente, uma massagem, um medicamento, entre outras coisas

Farmacologia
 Divisões:
• Farmacologia Geral: Estuda os conceitos básicos e comuns a todos os
grupos de drogas.
• Farmacologia Aplicada: Ocupa-se dos fármacos reunidos em grupos
de ação farmacológica similar.
•Farmacodinâmica: Atende aos estudos sobre: Local de ação,
mecanismo de ação, ações e efeitos, efeitos terapêuticos e efeitos
tóxicos de uma droga. Considerada a base da farmacoterapia.
•Farmacocinética: Atende aos estudos sobre: Vias de administração,
absorção, distribuição, metabolismo ou biotransformação e excreção de
uma droga.

Farmacologia
 Divisões:
• Farmacotécnica: Ocupa-se da preparação de das formas farmacêuticas
sob as quais os medicamentos são administrados: cápsulas,
comprimidos, suspenções etc.
•Farmacognosia: Estuda a origem, as características, a estrutura, e
composição química das drogas no seu estado natural sob a forma de
órgãos ou organismos vegetais e animais, assim como seus extratos.
• Farmacoterapia: Orientação do uso racional de medicamentos.
•Farmacologia Clínica: Preocupa-se com os padrões de eficácia e
segurança da administração de medicamentos ao homem, através do
conhecimento das características farmacológicas dos fármacos.

O sucesso terapêutico do tratamento de doenças em humanos
depende de bases farmacológicas que permitam a escolha do
medicamento correto, de forma científica e racional. Mais do que escolher
o fármaco adequado (“certo”) visando reverter, atenuar ou prevenir um
determinado processo patológico, também é necessário selecionar o mais
adequado às características fisiopatológicas, idade, sexo, peso corporal e
raça do paciente. Como a intensidade dos efeitos, terapêuticos ou tóxicos,
dos medicamentos depende da concentração alcançada em seu sítio de
ação, é necessário garantir que o medicamento escolhido atinja, em
concentrações adequadas, o órgão ou sistema suscetível ao efeito benéfico
requerido. Para tal é necessário escolher doses que garantam a chegada e a
manutenção das concentrações terapêuticas junto aos sítios moleculares de
reconhecimento no organismo, também denominados sítios receptores.
O estabelecimento de esquemas posológicos padrões e de seus
ajustes na presença de situações fisiológicas (idade, sexo, peso, gestação),
hábitos do paciente (tabagismo, ingestão de álcool) e algumas doenças
(insuficiência renal e hepática) é orientado por informações provenientes:
Farmacocinética

 Definição:
É a ciência que estuda o movimento dos medicamentos
no organismo e de que maneira os mecanismos fisiológicos
atuam nos fármacos
Farmacocinética

 Definição:
É a Ação do Organismo no Fármaco.
Farmacocinética

 Movimentos:
1. Absorção
2. Distribuição
3. Metabolismo (Biotransformação)
4. Excreção
Eliminação
Farmacocinética
DISTRIBUIÇÃO
ABSORÇÃO
MET
ABOLISMO
ELIMINAÇÃO

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
É o primeiro movimento do fármaco em direção ao sítio de ação
que é a passagem do fármaco do local de sua administração para a
corrente sanguínea (Plasma Sanguíneo).
A importância do processo de absorção reside essencialmente, na
determinação do período entre a administração do fármaco e o
aparecimento do efeito farmacológico, bem como na determinação das
doses e escolha da via de administração do medicamento.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
Transporte Através das Membranas: O fármaco para ser
Absorvido necessita atravessar as membranas biológicas:
• Epitélio gástrico e intestinal
• Membranas plasmáticas celulares
• Endotélios vasculares

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
Transporte Através das Membranas:
• Processos Passivos: Sem Gasto de Energia
• Processos Ativos: Com Gasto de Energia
Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
Transporte Através das Membranas:
• Processos Passivos: Sem Gasto de Energia:
 Difusão Simples: fármacos lipossolúveis e a favor de um
gradiente de concentração.
Difusão por Poros (Filtração): fármacos hidrossolúveis e de
pequeno tamanho. Ocorre através de verdadeiros canais aquosos
proteicos, que envolve um fluxo de água que arrasta o soluto
(fármaco) a partir de uma pressão hidrostática ou osmótica através da
membrana. Também denominada de Difusão Aquosa.
Difusão Facilitada: o fármaco atravessa a membrana ligado em
um carreador proteico, a favor de um gradiente de concentração.
Este transporte é mais rápido que a difusão simples.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
Transporte Através das Membranas:
• Processos Ativos: Com Gasto de Energia:
Transporte Ativo: o fármaco atravessa a membrana ligado em um
carreador proteico, contra um gradiente de concentração ocorre,
portanto, gasto de energia (ATP). São passíveis do Efeito de
Competição.
 Endocitose: Fagocitose / Pinocitose
 Exocitose

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Fatores que influenciam a absorção:
• Solubilidade da droga
• Ionização da droga
• Concentração da droga
• Circulação sanguínea local
• Forma farmacêutica e taxa de dissolução
• Área de superfície de absorção
• Tempo de contato com a superfície de absorção

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Propriedades das drogas:
• Biodisponibilidade
• Efeito de primeira passagem
• Bioequivalência

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Propriedades das drogas:
• Biodisponibilidade: indica a fração do fármaco que chega à
circulação sanguínea após a administração por qualquer via.
Considera-se a absorção e a degradação do fármaco. Apenas na via
de administração Intravenosa/Endovenosa (IV/EV) é que a
biodisponibilidade do fármaco é de 100%.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Propriedades das drogas:
• Efeito de primeira passagem: é quando o fármaco sofre um
metabolismo no fígado antes de alcançar a circulação sanguínea.
Sendo assim o fármaco sofre uma mortificação hepática antes de
atingir seus órgãos-alvos. Este efeito tem implicações importantes
na biodisponibilidade do fármaco, determinando a melhor dose e
via de administração.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Propriedades das drogas:
• Bioequivalência: dois fármacos comportam-se de modo
semelhante, contendo os mesmos ingredientes ativos, a mesma
concentração, dosagem e via de administração.
Relaciona o medicamento genérico e seu respectivo
medicamento de referência (aquele para o qual foi efetuada
pesquisa clínica para comprovar sua eficácia e segurança antes do
registro) apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo.
Assegurando que o medicamento genérico é equivalente
terapêutico do medicamento de referência, ou seja, que apresenta a
mesma eficácia clínica e a mesma segurança em relação ao original
do ensaio clínico. O teste de equivalência farmacêutica é realizado
"in vitro" (não envolve seres humanos), por laboratórios de controle
de qualidade habilitados pela ANVISA.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
A. Vias Digestivas
B. Vias Transmucosas
C. Vias Parenterais
D. Via Transcutâneas

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
A. Vias Digestivas:
• Via Oral (VO)
• Via Retal (VR)

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
A. Vias Digestivas:
• Via Oral (VO)
 Vantagens:
o Mais comum;
o Mais segura;
o Mais cômoda;
o Menos traumática.
 Desvantagens:
o Irritação da mucosa ou vômito;
o Destruição do fármaco;
o Cooperação do paciente;
o Sofre efeito de primeira passagem.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
A. Vias Digestivas:
• Via Retal (VR)
 Vantagens:
o Usado para drogas de efeito local e sistêmico;
o Pacientes com vômitos;
o Pacientes inconscientes ou incapazes de tomar
medicamentos por via oral;
o Apenas 50% sofre efeito de primeira passagem.
o A droga não pode ser destruída por enzimas digestivas.
 Desvantagens:
o Drogas que causam irritação da mucosa;
o Absorção pode ser irregular e incompleta.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
B. Vias Transmucosas:
• Via Sublingual (SL)
• Via Pulmonar (Inalatória)
• Via Conjuntival (Mucosa Conjuntival)
• Via Nasal (Mucosa nasal)
• Via Vaginal (Mucosa Vaginal)

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
B. Vias Transmucosas:
• Via Sublingual (SL)
 Resposta rápida;
 Pequena área de absorção;
 Não há efeito de primeira passagem;
 Não sofre ação do pH gástrico.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
B. Vias Transmucosas:
• Via Pulmonar (Inalatória)
 Vantagens:
o Drogas voláteis e gasosas;
o Via de administração e eliminação;
o Não sofre efeito de primeira passagem;
o Aplicação local em doenças pulmonares;
o Grande superfície de absorção;
o Rica vascularização pulmonar;
o Membranas entre o ar alveolar e os capilares são de fácil
travessia.
o Absorção rápida.
 Desvantagens:
o Díficil regular a dose;
o Absorção sistêmica parcial de drogas de ação local.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
B. Vias Transmucosas:
• Via Conjuntival (Mucosa Conjuntival)
 Efeitos locais no olho através do epitélio do saco
conjuntival;
Drogas podem apresentar absorção sistêmica parcial, com
efeitos colaterais.
•Via Nasal (Mucosa nasal): evitam injeções frequentes.
Exs: cocaína e heroína, ADH, calcitonina.
• Via Vaginal (Mucosa Vaginal): Apresenta membrana biológica
de fácil travessia, capaz de absorver drogas.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
C. Vias Parenterais:
• Via Endovenosa (EV)
• Via Intramuscular (IM)
• Via Subcutânea (SC)
• Via Intratecal (Via Subaracnóidea)

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
C. Vias Parenterais:
 Vantagens:
o Úteis em emergências;
oA droga atinge o local de ação mais rapidamente,
produzindo uma resposta rápida;
o A dose é administrada com muita precisão;
o Pacientes inconscientes e pacientes incapazes de reter
medicamentos na boca.
 Desvantagens:
o Requer formulação estéril e assepsia;
o Mais traumática;
o Auto-aplicação.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
C. Vias Parenterais:
• Via Endovenosa (EV)
 Vantagens:
o Não há absorção e biodisponibilidade é prevesível;
o Grandes volumes e substâncias irritantes;
o Acesso rápido e direto.
 Desvantagens:
o Efeitos tóxicos mais rápidos;
o Sem retorno;
o Veia mantida é porta de entrada;
oEfeitos sobre componentes sanguíneos: hemólise ou
proteínas.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
C. Vias Parenterais:
• Via Intramuscular (IM)
 Absorção variável – local e fluxo sanguíneo;
 Substâncias irritantes e oleosas;
 Dor.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
C. Vias Parenterais:
• Via Subcutânea (SC)
 Absorção lenta e constante – efeito mantido;
 Substâncias insolúveis;
 Pequenos volumes e substâncias não irritantes.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
C. Vias Parenterais:
• Via Intratecal (Via Subaracnóidea)
 É a injeção de uma substância no espaço subaracnóide
através de uma agulha de punção lombar;
 Evita barreira hematoencefálica (BHE);
 Para tratamento de leucemias, produzir anestesia regional,
administração de antibióticos ou de analgésicos opiáceos.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
D. Via Transcutâneas
• Via Cutânea (Tópica)
• Via Transdérmica (Adesivo)

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
D. Via Transcutâneas
• Via Cutânea (Tópica)
 Pequena absorção pela pele intacta, devido à sua camada
queratinizada;
 Absorção proporcional à lipossolubilidade e área aplicada;
 Métodos para alterar a absorção.

Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:
 Vias de Administração:
D. Via Transcutâneas
• Via Transdérmica (Adesivo)
 Útil para aplicação de drogas lipossolúveis;
 Permite rápida retirada.
Farmacocinética
 Movimentos:
1. Absorção:


Compartimento
Intravascular
Líquido Intersticial
(Fluido Extracelular)
Compartimento
Intracelular
Farmacocinética
 Movimentos:
2. Distribuição:
Após a absorção, a droga deve ser capaz de chegar ao seu local de
ação, seu tecido-alvo. As drogas devem, portanto, atravessar as barreiras
existentes entre os diferentes compartimentos:

Farmacocinética
 Movimentos:
2. Distribuição:
Existem algumas barreiras específicas determinadas para proteger
estruturas nobres da ação dos fármacos:
 Sistema Nervoso: Barreira Hematoencefálica (BHE)
 Placenta: Barreira Placentária
 Testículo: Barreira Hematotesticular (BHT)

Farmacocinética
 Movimentos:
2. Distribuição:
 Fatores que influenciam a distribuição:
• Fluxo sanguíneo tecidual
• Propriedades físico-químicas do fármaco (taxa de difusão)
•Ligação em estruturas celulares e teciduais criando reservatórios
do fármaco (proteínas de membrana celulares, ácidos nucleicos,
polipeptídios e polissacarídeos)
• Volume de distribuição
• Meia-vida biológica (t1/2)
• Ligação a proteínas plasmáticas

Farmacocinética
 Movimentos:
2. Distribuição:
 Fatores que influenciam a distribuição:
• Ligação a Proteínas Plasmáticas:
 Fração Livre: Não está ligada as Proteínas Plasmáticas
 Fração Ligada: Está ligada às Proteínas Plasmáticas
o Albumina: fármacos ácido
o Alfa1-glicoproteínas: fármacos básicos
Uma vez que as proteínas não passam através das paredes
capilares, a ligação do fármaco às proteínas pode retê-lo no espaço
vascular por um determinado tempo. A fração do fármaco não ligado é
que atravessará as membranas tornando-se disponível para interações
com receptores, ou seja, é ela que exercerá o efeito farmacológico sendo,
assim, chamada de Fração Farmacologicamente Ativa.
Já a ligada é considerada a Fração Farmacologicamente Inativa.

Farmacocinética
 Movimentos:
2. Distribuição:
 Fatores que influenciam a distribuição:
• Ligação a Proteínas Plasmáticas:
A interação do fármaco com a proteína plasmática é um processo
rapidamente reversível e, à medida que o fármaco não ligado
difunde-se dos capilares para os tecidos, mais fármaco ligado
dissocia-se da proteína até que seja alcançado um equilíbrio, onde
há concentrações relativamente constantes de forma ligada e não
ligada. É uma interação dinâmica, em que complexos
continuamente se formam e se desfazem.
O Complexo Fármaco-Proteína além de ser farmacologicamente
Inativo, não é metabolizado e eliminado, portanto age como um
reservatório temporário na corrente sanguínea retardando a chegada de
fármacos aos órgãos alvo e sítios de eliminação.

Farmacocinética
 Movimentos:
2. Distribuição:
 Fatores que influenciam a distribuição:
• Ligação a Proteínas Plasmáticas:
Os sítios proteicos de ligação de fármacos no plasma são
passíveis de saturação, mas geralmente isso não ocorre porque há
abundância de sítios de ligação.
A variação na concentração das proteínas plasmáticas pode
influenciar a relação entre fração livre/fração ligada:
hipoalbuminemia: cirrose, síndrome nefrótica, desnutrição grave,
idoso, gestação.
Competição entre os fármacos pelo sítio proteico: o de maior
afinidade desloca o de menor afinidade.
Fármacos podem alterar a estrutura das proteínas plasmáticas
alterando a afinidade da proteína por outros fármacos (Ex: AAS:
acorre a acetilação do resíduo lisina da molécula da albumina)
 Os fármacos competem entre si e também competem com as
substâncias endógenas pelo sítio de ligação proteica.

Farmacocinética
 Movimentos:
3. Biotransformação: Eliminação
É a alteração química sofrida pelo fármaco no organismo que
também participa da regulação dos níveis plasmáticos dos fármacos.
É a Ação Enzimáticas de Enzimas Específicas e/ou Inespecíficas,
através de Processos Químicos (Reações Químicas), sobre os
fármacos resultando nos produtos da biotransformação do fármaco
que é denominado de Metabólito.
Farmacocinética
 Movimentos:
3. Biotransformação: Eliminação
 Fatores Relacionados com a Biotransformação
 Fatores que Afetam a Velocidade da Biotransformação:

Farmacocinética
 Movimentos:
3. Biotransformação: Eliminação
 Fatores Relacionados com a Biotransformação
• Características da Enzimas
• Processos Químicos (Reações Químicas)
• Características dos Metabólitos

Farmacocinética
 Movimentos:
3. Biotransformação: Eliminação
 Fatores Relacionados com a Biotransformação:
• Características da Enzimas: Sistema Enzimático
o Órgãos Metabolizadores do fármacos: As enzimas estão
presentes em todos os tecidos do organismo:
 Fígado
 Pulmões
 Rins
 Supra-renais
 Pele
 Tecido Nervoso
 Intestino delgado

Farmacocinética
 Movimentos:
3. Biotransformação: Eliminação
 Fatores Relacionados com a Biotransformação:
• Características da Enzimas: Sistema Enzimático
o Fração Solúvel:
 Desidrogenase (oxidação)
 Esterases (hidrólise)
 Amidases (hidrólise)
 Proteases (hidrólise)
 Transferases (conjugação)
o Sistema Mitocondrial:
 Monoamino oxidase: MAO (oxidação)
 Diamino oxidase: DAO (oxidação)
o Sistema Microssomal: retículo endoplasmático liso
 Citocromos P450 (oxidação)
 NADH-citocromo P450 redutase (redução)

Farmacocinética
 Movimentos:
3. Biotransformação: Eliminação
 Fatores Relacionados com a biotransformação:
• Processos Químicos: Reações Químicas
o Fase 1: catabólicas
 Alteram a reatividade química
 Aumenta a solubilidade aquosa: hidrossolúvel
 Oxidação,
 Redução
 Hidrólise
o Fase 2: anabólicas
 Aumenta ainda mais a solubilidade em água: hidrossolúvel
 Conjugação
 Acetilação

Farmacocinética
 Movimentos:
3. Biotransformação: Eliminação
 Fatores Relacionados com a Biotransformação:
• Características dos Metabólitos
o Forma Inativa do fármaco
o Forma Ativada do fármaco (codeína em morfina)
o Formas do fármaco mais tóxicas
o Fármaco mais Polar
o Fármaco mais hidrossolúvel
o Fármaco mais facilmente excretado do organismo

Farmacocinética
 Movimentos:
3. Biotransformação: Eliminação
 Fatores que Afetam a Velocidade da Biotransformação:
• Concentração das Enzimas: Citocromo P450
• Afinidade pelo fármaco
• Competição entre o fármaco e substâncias endógenas
• Fatores Genéticos
• Fatores Fisiológicos
• Fatores Ambientais
• Inibição do Sistema Enzimático
• Indução do Sistema Enzimático

Farmacocinética
 Movimentos:
4. Excreção: Eliminação
É passagem do fármaco da circulação sanguínea para o meio
externo. É através deste movimento que os fármacos são efetivamente
removidos do organismo.
As leis gerais de transporte através das membranas também se
aplicam na Excreção, entretanto no Sentido Contrário dos movimentos de
absorção e distribuição.

Farmacocinética
 Movimentos:
4. Excreção: Eliminação
 Órgãos Excretores dos Fármacos
 Processos de Excreção Renal dos Fármacos
 Fatores que Influencia a Excreção Renal dos Fármacos
 Processo de Excreção Entérica

Farmacocinética
 Movimentos:
4. Excreção: Eliminação
 Órgãos Excretores dos Fármacos: São denominados de Vias de
Excreção ou Emunctórios:
• Rins: principal via excretoras dos metabólitos hidrossolúveis,
através da urina.
•Pulmões: principal via excretoras de metabólitos voláteis, através
da expiração.
• Tubo Digestivo: fármacos metabolizados pelo fígado, através das
fezes e biles.
• Mamas: através do leite materno
• Glândulas exógenas: através do suor, da lágrima e da saliva.
• Pele e cabelo

Farmacocinética
 Movimentos:
4. Excreção: Eliminação
 Processos de Excreção Renal dos Fármacos: Ocorre na Unidade
Anatomofisiológica dos Rins: Néfron
• Filtração Glomerular
• Secreção Tubular Ativa
• Reabsorção Tubular Passiva

Farmacocinética
 Movimentos:
4. Excreção: Eliminação
 Processos de Excreção Renal dos Fármacos: Ocorre na Unidade
Anatomofisiológica dos Rins: Néfron
• Filtração Glomerular:
Inicia no plasma sanguíneo, atravessa os minúsculos poros dos
capilares glomerulares e da camada visceral da cápsula de
Bowman, passando para o espaço urinário, situado entre as duas
camadas da cápsula de Bowman, continuando seu percurso pelo
túbulo renal.
É um processo passivo que depende de dois tipos de forças
antagônicas:
 Pressão Hidrostática: pressão de líquido em cada
compartimento
Pressão Coloidosmótica: é o poder de absorção de água pelas
proteínas presentes no plasma, que em virtude do seu tamanho
não lhe é permitido atravessar as paredes dos capilares
glomerulares, sendo assim retém líquidos no sangue.

Farmacocinética
 Movimentos:
4. Excreção: Eliminação
 Processos de Excreção Renal dos Fármacos: Ocorre na Unidade
Anatomofisiológica dos Rins: Néfron
• Filtração Glomerular:
É o processo no qual não ocorre a passagem de matéria
particulada e materiais coloidais (proteínas e lipídeos) e as células
sauguineas, mas ocorre a passagem de solutos de pequenas
dimensões moleculares (solutos cristaloides), pequenos íons e a
água pela barreira de filtração do glomérulo renal.
Portanto, a Fração de Fármaco Ligada em proteína não é Excretada.

Farmacocinética
 Movimentos:
4. Excreção: Eliminação
 Processos de Excreção Renal dos Fármacos: Ocorre na Unidade
Anatomofisiológica dos Rins: Néfron
• Filtração Glomerular:
A quantidade de fármaco que será filtrado, bem como a
velocidade de filtração do fármaco para ser excretado depende:
 Fração do Fármaco ligada as Proteínas Plasmáticas
 Taxa de Filtração Glomerular
 Fluxo Plasmático Renal

Farmacocinética
 Movimentos:
4. Excreção: Eliminação
 Processos de Excreção Renal dos Fármacos: Ocorre na Unidade
Anatomofisiológica dos Rins: Néfron
• Secreção Tubular Ativa:
É o mecanismo mais efetivo para a eliminação renal da substância.
As células dos túbulos transportam ativamente certas substâncias
do plasma para a urina tubular. Neste local, a transferência das
drogas ocorre contra um gradiente de concentração, pois as drogas
tornam-se mais concentradas no interior da luz tubular. Há
necessidade de uma proteína carreadora, que pode depurar uma
substância quando sua maior parte está associada às proteínas
plasmáticas.
A secreção Tubular ocorre ao nível dos Túbulo Contorcido Distais

Farmacocinética
 Movimentos:
4. Excreção: Eliminação
 Processos de Excreção Renal dos Fármacos: Ocorre na Unidade
Anatomofisiológica dos Rins: Néfron
• Reabsorção Tubular Passiva:
Na maior parte das vezes é um processo passivo, ou seja, a favor
de um gradiente de concentração, com as substâncias deixando o
filtrado glomerular para atravessar as células tubulares e alcançar o
plasma novamente. Somente as substâncias lipossolúveis são
capazes de fazê-lo.
A Reabsorção Tubular Passiva ocorre ao nível do Túbulo
Contorcido Proximal

Farmacocinética
 Movimentos:
4. Excreção: Eliminação
 Fatores que Influencia a Excreção Renal dos Fármacos:
São os fatores Fisiológicos ou Patológicos que afetem a Função
Renal, influenciando decisivamente na excreção do fármaco pela via
urinária.
Entre os Fatores Patológicos o mais importante é a Insuficiência
Renal.
E entre os Fatores Fisiológicos a Idade é o mais importante.
O que determina a velocidade de excreção dos fármacos pelos rins
é a Depuração ou Clearance, que consiste em medir a quantidade
absoluta de uma substância excretada pelos rins em 1 minuto,
relacionando-a com a sua concentração plasmática.
O Clearance é usado universalmente para indicar a remoção
completa de determinada substância de um volume específico de sangue
na unidade de tempo.

Farmacocinética
 Movimentos:
4. Excreção: Eliminação
 Processo de Excreção Entérica:
Alguns fármacos quando no fígado, as células hepáticas podem
transferir o fármaco para a bile, sendo, posteriormente, lançadas no
intestino.
Eventualmente, estes fármacos podem ser reabsorvidos pela
Circulação êntero-hepática, promovendo um ciclo de movimento de
fármaco, criando um reservatório circulante, que pode prolongar a
ação do fármaco.
VIA PARENTERAL
A VIA PARENTERAL , refere-se à
administração de drogas ou nutrientes por
meio de injeções.
Para administrarmos medicações por via
parenteral, necessitamos de agulhas e
seringas.
Seringa e agulha
- Bandeja contendo; algodão embebido
Seringas Descartáveis
20 ml 10 ml 3 ml 5 ml 1 ml
Graduação das Seringas
Seringas de 20 ml: escala de 1 ml
Seringas de 10 ml: escalas de 0,2 ml
Seringas de 5 ml: escalas de 0,2 ml
Seringas de 3 ml: escalas de 0,1 ml
Seringas de 1 ml: escalas de 0,1 ml, 2 U, 1 U.
Vias de utilização das seringas
ID: seringas de 1 e 3
ml
SC: seringas de 1 e 3
ml
IM: seringas de 3 e 5
ml
EV: seringas de 10 ou
20 ml
Atenção
1 ml = 1 cm³ = 1 CC
1 U = 0,01 ml
Agulhas
40 x 12 – aspiração e preparo de medicações
30 x 7 – aplicação EV paciente adulto
25 x 7 – aplicação EV paciente adulto
30 x 8 – aplicação IM paciente adulto
25 x 8 – aplicação IM paciente adulto
20 x 5,5 - aplicação IM crianças
13 x 4,5 – aplicação ID e SC
13 x 4,0 – aplicação IC e SC
REGRAS GERAIS
A prescrição deve ser escrita e assinada.
Nunca administrar medicamento sem rótulo.
Verificar data de validade do medicamento.
Não administrar medicamentos preparados por
outras pessoas.
Tendo dúvida sobre o medicamento, não
administra-lo.
REGRAS GERAIS
Interar-se sobre as diversas drogas, para
conhecer cuidados específicos e efeitos
colaterais.
- melhor horário;
- diluição formas, tempo de validade;
- ingestão com água, leite, sucos;
- antes, durante ou após as refeições ou em
jejum;
- incompatibilidade ou não de mistura de
drogas;
REGRAS GERAIS
Antes de administrar qualquer medicação,
devemos checar os sete certos:
Paciente certo;
Medicação certa;
Dose certa;
Diluição certa;
Via certa;
Horário certo;
Registro certo.
REGRAS GERAIS
Toda prescrição de medicamento deve
conter:
Data;
Nome do paciente;
Dosagem;
Via de administração;
Frequência;
Assinatura do médico.
VIA PARENTERAL
É a administração de drogas ou nutrientes pelas
vias intradérmica (ID), subcutânea (SC),
intramuscular (IM), intravenosa (IV) ou
endovenosa (EV).
Embora mais raramente e reservadas aos
médicos, utilizam-se também as vias intra-
arterial, intra-óssea, intratecal, intraperitonial,
intrapleural e intracardíaca.
VIA PARENTERAL
Vantagens
Absorção mais rápida e completa.
Maior precisão em determinar a dose desejada.
Obtenção de resultados mais seguros.
Possibilidade de administrar determinadas
drogas que são destruídas pelos sucos
digestivos.
VIA PARENTERAL
Desvantagens
Dor, geralmente causada pela picada da
agulha ou pela irritação da droga.
Em casos de engano pode provocar lesão
considerável.
Devido ao rompimento da pele, pode ocorrer
o risco de adquirir infecção.
Uma vez administrada a droga, impossível
retirá-la.
Requisitos Básicos
Drogas em forma líquida.
Pode estar em veículo aquoso ou oleoso, em
estado solúvel ou suspensão e ser cristalina
Soluções absolutamente estéreis, isentas de
substâncias pirogênicas.
Requisitos Básicos
O material utilizado na aplicação deve ser
estéril e descartável, de preferência.
A introdução de líquidos deve ser lenta, a fim
de evitar ruptura de capilares, dando origem a
microembolias locais ou generalizadas.
É a deposição de medicamento dentro do
tecido muscular.
Depois da via endovenosa é a de mais rápida
absorção; por isso o seu largo emprego.
INJEÇÃO INTRAMUSCULAR
(IM)
Na escolha do local para aplicação, é muito
importante levar em consideração:
a) a distância em relação a vasos e nervos
importantes;
b) musculatura suficientemente grande para
absorver o medicamento;
INJEÇÃO INTRAMUSCULAR
(IM)
c) espessura do tecido adiposo;
d) idade do paciente;
e) irritabilidade da droga;
f) atividade do cliente;
Músculo
Deltóide
Músculo da face
ântero-lateral da coxa
Músculo
Ventro-glútea
Músculo
Dorso-glútea
Regiões indicadas, para aplicação de
injeção intramuscular
INJEÇÃO INTRAMUSCULAR (IM)
Escolha do local
1º Região ventro-glútea: indicada em qualquer
idade
2º Região da face ântero-lateral da coxa: indicada
especialmente para lactentes e crianças até 10 anos.
3º Região dorso-glútea: contra-indicada para
menores de 2 anos, maiores de 60 anos e pessoas
excessivamente magras.
4º Região deltoidiana: contra-indicada para
menores de 10 anos e adultos com pequeno
desenvolvimento muscular.
ÂNGULO DA AGULHA
o ângulo de inserção da agulha deve ser
sempre perpendicular à pela, a 90º
independente da região. Quando a aplicação é
feita na região ventro-glútea, recomenda-se
que a agulha seja ligeiramente dirigida para a
crista ilíaca.
Tamanho da agulha
Na seleção da agulha é preciso levar em
consideração:
idade do cliente,
espessura do tecido subcutâneo
solubilidade da droga a ser injetada.
Ex: 25 x 8 e 30 x 7.
OBSERVAÇÕES
Caso venha sangue na seringa, retirar
imediatamente e aplicar em outro local.
Injeções de mais de 3 ml não devem ser
aplicadas no deltóide.
O volume máximo para injeção IM é de 5
ml. Volume acima de 5 ml, fracionar e aplicar
em locais diferentes.
OBSERVAÇÕES
Estabelecer rodízio nos locais de aplicação de
injeções.
O uso do músculo deltóide é contra-indicado
em pacientes com complicações vasculares dos
membros superiores, pacientes com parestesia
ou paralisia dos braços, e aquelas que sofreram
mastectomia.
Locais de Aplicação, Delimitação da área e
Posição do Cliente
Deltóide
Face lateral do braço,
aproximadamente 4 dedos abaixo
do ombro, no centro do músculo
deltóide.
Preferencialmente sentado, com o
antebraço flexionado, expondo
completamente o braço e o ombro.
Volume Máximo: 3 ml
Complicações após aplicações, por via
intramuscular
Locais de Aplicação, Delimitação da área e
Posição do Cliente
Dorço-glútea (DG)
Dividir o glúteo em 4 partes e aplicar no
quadrante superior externo.
Os braços devem ficar ao longo do corpo e os pés
virados para dentro.
Locais de Aplicação, Delimitação da área e
Posição do Cliente
Dorço-glútea (DG)
Deitado, em decúbito ventral, com a cabeça de
preferência voltada para o aplicador - a fim de
facilitar a observação de qualquer manifestação
facial de desconforto ou dor durante a
aplicação.
Deve-se evitar aplicações na região DG com o
cliente em decúbito lateral, pois nessa posição
há distorção dos limites anatômicos,
aumentando a possibilidade de punções mal
localizadas.
Locais de Aplicação, Delimitação da área e Posição do
Cliente
Ventro-glútea
Colocar a mão não dominante no quadril
do paciente, espalmando a mão sobre a
base do grande trocanter do fêmur,
localizando a espinha ilíaca ântero-
superior.
Fazer a injeção no centro da área
limitada pelos dois dedos abertos em V.
Locais de Aplicação, Delimitação da área e Posição do
Cliente
Músculo vasto lateral da coxa
Dividir a coxa em 3 partes e fazer a
aplicação na região ântero-lateral do
terço médio.
De preferência, o paciente deve ficar
sentado, com a perna fletida, ou
deitado em decúbito dorsal, com as
pernas distendidas.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - IM
Lavar as mãos;
Identificar o cliente, perguntando-lhe o nome;
Colocar a bandeja, contendo a medicação,
próxima ao cliente;
Explicar o procedimento e a finalidade ao
cliente;
Escolher a região apropriada;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - IM
Com a mão não dominante pegar o algodão
embebido em álcool a 70%, e proceder a anti-
sepsia do local,
Colocar o cliente em posição adequada e expor
somente a região escolhida;
Com a mão dominante pegar a seringa,
segurando o corpo da mesma com os dedos
polegar e indicador;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - IM
Manter o algodão entre os dedos mínimo e
anular da mesma mão;
Com a mão não dominante, esticar a pele
segurando firmemente o músculo;
Introduzir, rapidamente a agulha com o bisel
voltado para o lado, no sentido das fibras
musculares
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - IM
Com a mão não dominante, puxar o êmbolo,
aspirando para verificar se não lesionou algum
vaso; empurrar o êmbolo, introduzindo a
solução lentamente;
Terminada a aplicação, retirar a agulha com
movimento rápido;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - IM
Fazer pressão no local com algodão,
massageando levemente com movimentos
circulares;
Observar as reações do cliente;
Desprezar o material, não recapando a agulha;
Lavar as mãos;
Técnica IM
Técnica em Z
De acordo com PRADO (2002) esta técnica de
aplicação para injeção IM é indicada quando
medicações irritantes, como o ferro, podem
infiltrar-se para tecidos subcutâneos e pele,
inclusive manchando.
Técnica em Z
1. Locais corretos para a injeção: quadrantes
superior externos da região glútea, em direção
perpendicular à asa ilíaca, evitando o trajeto do
nervo.
2. Com os dedos da mão espalmada, repuxar
firmemente a pele, mantendo- se assim durante
todo o tempo de administração. O estiramento da
pele somente cessará após retirada da agulha.
Técnica em Z
3. Após assepsia, introduzir a agulha
profundamente e injetar lentamente, verificando,
antes, se a ponta da agulha não atingiu algum
vaso sangüíneo.
4. Injetado todo o líquido, esperar 10 segundos e
retirar rapidamente a agulha. Somente então
soltar a pele, que estava sendo repuxada pelos
dedos da outra mão do aplicador.
Técnica em Z
5. Com estas manobras, os planos superficiais
(pele e tecido subcutâneo) voltam à posição
original e o canal formado pela agulha assume
um trajeto irregular (em Z), que impede o
refluxo do produto.
Via Intradérmica - ID
Usadas em reações de hipersensibilidade
Provas de PPD(conhecido como teste tuberculínico)
Provas alérgicas
Aplicação de vacinas: BCG
Pequenos volumes – de 0,1 a 0,5 mililitros
Ângulo da agulha é de 10º a 15º.
Via Intradérmica
Local mais apropriado: face
anterior do antebraço
Pobre em pelos
Possui pouca pigmentação
Possui pouca vascularização
Ter fácil acesso a leitura
VIA INTRADÉRMICA
Observações
A injeção ID geralmente é feita sem anti-sepsia
para não interferir na reação da droga.
A substância injetada deve formar uma pequena
pápula na pele.
A penetração da agulha não deve passar de 2
mm (somente o bisel).
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - ID
Lavar as mãos;
Colocar a bandeja, contendo a medicação,
próximo ao cliente;
Explicar o procedimento;
Expor a região;
Firmar a pele com o dedo polegar e indicador
da mão não dominante;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - ID
Introduzir, na pele, apenas o bisel da agulha
voltada para cima, o mais superficial possível,
ficando a seringa paralela ao antebraço;
Com a mão dominante, segurar a seringa
quase paralela à superfície da pele (15º);
Injetar levemente a solução;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - ID
Retirar a agulha com movimento rápido e
único;
Observar a presença de pápula característica
da injeção intradérmica;
Observar reações;
Lavar as mãos.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - ID
INJEÇÃO SUBCUTÂNEA (SC)
A via subcutânea, também chamada
hipodérmica, é indicada principalmente
para drogas que não necessitam ser tão
rapidamente absorvidas, quando se deseja
eficiência da dosagem e também uma
absorção contínua e segura do
medicamento.
Via Subcutânea
Absorção lenta, através de capilares, ocorre de
forma contínua e segura
O volume não deve ultrapassar 0,3 mililitros
Usada para administração
Vacinas (rábica e sarampo)
Anticoagulante (heparina)
Hipoglicemiantes (insulina)
Via Subcutânea
O local de aplicação deve ser revezado, quando
utilizado por período indeterminado
Ângulo da agulha
90 °C – agulhas hipodérmicas e pacientes
gordos
45°C – Agulhas normais e pacientes magros
Via Subcutânea
Complicações
Infecções inespecíficas ou abscessos
Formação de tecido fibrótico
Embolias – por lesão de vasos e uso de drogas
oleosas ou em suspensões
Lesão de nervos
Úlceras ou necrose de tecidos
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - SC
Lavar as mãos;
Colocar a bandeja, contendo a medicação,
próximo ao cliente;
Explicar o procedimento;
Segurar a seringa com a mão dominante, e
segurar o algodão entre os dedos mínimo e
anular;
Com a mão não dominante, fazer uma prega na
pele, na região onde foi feita a anti-sepsia;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - SC
Lavar as mãos;
Colocar a bandeja, contendo a medicação,
próximo ao cliente;
Explicar o procedimento;
Segurar a seringa com a mão dominante, e
segurar o algodão entre os dedos mínimo
e anular;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - SC
Com a mão não dominante, fazer uma prega
na pele, na região onde foi feita a anti-sepsia;
Introduzir a agulha nesta prega cutânea, com
rapidez e firmeza,
Aspirar para ver se não atingiu nenhum vaso
sanguíneo;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - SC
Injetar o líquido, vagarosamente, e retirar
rapidamente a agulha;
Fazer ligeira pressão no local, com o algodão;
Observar o cliente por alguns minutos para
ver se apresenta alterações;
Lavar as mãos;
INJEÇÃO ENDOVENOSA (EV)
FINALIDADES
Obter efeito imediato do medicamento.
Administração de drogas, contra-indicadas pela
via oral, SC, IM, por sofrerem a ação dos sucos
digestivos ou por serem irritantes para os
tecidos.
Administração de grandes volumes de soluções
em casos de desidratação, choque, hemorragia,
cirurgias.
Efetuar nutrição parenteral.
Instalar terapêutica com sangue e
hemoderivados.
LOCAIS DE APLICAÇÃO
Dorso da mão
Braço e
Antebraço Dorso do pé
ENDOVENOSA
Ângulo da agulha: geralmente a agulha penetra na pele numa angulação de
45º.
Volume: esta via tolera grandes quantidades de líquidos e medicamentos.
Tamanho
da agulha
A aplicação de medicamentos
pode ser feita com seringa e agulha ou
com dispositivos intravenosos de
acordo com as condições físicas e idade
do cliente.
Jelco
Scalp
COMPLICAÇÕES
Acidentes no local da punção: Inflamação local: flebites,
abscesso, hematomas e esclerose da veia por repetidas punções
no mesmo local.
Embolia por: injeção de ar, óleo ou coágulo sanguíneo.
Choque: apresenta sintomas como sudorese, congestionamento
da face, vertigem, palidez, agitação, ansiedade, tremores, cianose
e hipertermia, podendo levar a morte.
Cuidado
A presença de hematoma ou dor indica que a
agulha está fora da veia, retire-a e puncione em
outro local, acima do local anteriormente
puncionado.
Fazer rodízio de veias.
Observar a medicação a ser introduzida, que não
poderá conter flóculos ou precipitados.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV
Lavar as mãos;
Acrescentar, ao material, um garrote;
Levar a bandeja, contendo a medicação,
próxima ao cliente;
Colocar o cliente deitado, em decúbito dorsal,
ou sentado, escolher a veia a ser puncionada,
apoiando o local;
Calçar as luvas;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV
Garrotear mais ou menos 4cm acima do local a
ser puncionado;
Palpar, com o dedo indicador e o médio, a veia
onde será administrada a solução;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV
Fazer a anti-sepsia ampla com movimentos de
baixo para cima;
Fixar a veia com o polegar da mão não
dominante;
Segurar a seringa, horizontalmente, com a mão
dominante, com o dedo indicador sobre o
canhão da agulha, mantendo o bisel e a
graduação da seringa voltada para cima;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV
Introduzir a agulha na veia num ângulo de 15º,
diminuindo este ângulo até que a seringa fique
paralela à região puncionada;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV
Observar o refluxo de sangue na seringa e
soltar o garrote;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV
Injetar, lentamente, a medicação, mantendo a
agulha na posição adequada até terminar a
administração;
Observar freqüentemente o refluxo de sangue;
e as reações do cliente;
TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV
Colocar o algodão (que deverá estar na mão não
dominante), sobre a agulha e retirá-la, pressionando
levemente o local;
Solicitar ao cliente para elevar o membro e não
flexioná-lo quando a punção ocorrer na dobra do
cotovelo, pois este procedimento poderá causar lesão
no tecido;
Observar se o sangramento cessou, e então desprezar
o algodão na cuba;
Retirar as luvas;
TÉCNICA DE PREPARO DE MEDICAÇÃO
PARENTERAL - Material
Seringa esterilizada;
Agulhas esterilizadas;
Medicação prescrita;
Recipiente com algodão embebido em álcool a
70%;
Garrote para medicação EV.
TÉCNICA DE PREPARO DE MEDICAÇÃO
PARENTERAL
Lavar as mãos;
Conferir a medicação
Data certa
Hora certa
Dose certa
Via certa
Paciente certo
Medicação certa
TÉCNICA EM CASO DE AMPOLA:
Certificar-se que toda a medicação esteja no
corpo da ampola e não no gargalo;
Fazer a desinfecção do gargalo, com algodão
embebido em álcool a 70%;
Quebrar a ampola, protegendo-a com algodão;
TÉCNICA EM CASO DE AMPOLA:
Abrir a embalagem da seringa e agulha com os
devidos cuidados assépticos;
Conectar a agulha e verificar a sua adaptação e
o funcionamento da seringa;
TÉCNICA EM CASO DE AMPOLA:
Colocar a ampola entre os dedos indicador e médio
com uma das mãos e pegar a seringa com os dedos
indicador e médio da outra mão;
TÉCNICA EM CASO DE AMPOLA:
Adaptar a agulha na ampola cuidando para não tocar na borda
da mesma;
TÉCNICA EM CASO DE AMPOLA:
Retirar a medicação da seringa, mantendo-a
verticalmente com a agulha para cima, girando
o êmbolo lentamente;
Retirar a agulha da ampola;
Retirar o ar da seringa;
Identificar a seringa;
Coloca-la na bandeja.
EM CASO DE FRASCO-AMPOLA
Retirar a tampa metálica do frasco;
Fazer a desinfecção da tampa de borracha com
algodão embebido em álcool a 70%;
Abrir a ampola de diluente;
Preparar a seringa e agulha;
Aspirar o diluente seguindo as orientações da
técnica de ampolas (sem tocar a agulha);
Segurar o frasco com os
dedos indicador e médio;
Introduzir a ponta da agulha no frasco e injetar o diluente
contido na seringa;
Retirar a agulha e a seringa do frasco;
Agitar o frasco, com movimentos circulares, até a diluição do
medicamento, evitando a formação de espuma;
Aspirar uma quantidade de ar
na seringa igual à do líquido a ser aspirado;
Introduzir a ponta da agulha e injetar o ar contido na
seringa;
Colocar o frasco e a seringa em posição vertical, com o
êmbolo da seringa voltado para baixo e aspirar a dose
prescrita;
Identificar a seringa.
VENÓCLISE
É a introdução de grande quantidade de líquido na
veia.
COMO PROCEDER:
Lavar as mãos;
Escolher o equipo de soro de acordo com o
gotejamento – gotas ou microgotas;
Preparar a solução conforme prescrição;
Adaptar o equipo no frasco de soro; a pinça do equipo
deve estar fechada para evitar a entrada de ar;
VENÓCLISE
Retirar todo o ar do equipo de soro;
Segurar o frasco de soro um pouco acima da altura
da própria cabeça para que a gravidade ajude a fluir
o líquido contido no frasco;
levar o material até o quarto do cliente;
Orientar o cliente para o procedimento;
Instalar a venóclise;
Controlar o gotejamento;
“SE QUERES SER FELIZ AMANHÃ, TENTA
HOJE MESMO”

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  • 1. CURSO DE INJETAVÉIS Professora Enfermeira Elisabeth Campos
  • 2. Farmacologia Definição: É a ciência que estuda os efeitos das substâncias químicas sobre a função dos sistemas biológicos
  • 3.  Farmacologia  Conceitos Básicos: • Fármaco: Uma substância química definida, com propriedades ativas, produzindo efeito terapêutico e que é o princípio ativo do medicamento. • Droga: Qualquer substância capaz de produzir alteração em uma determinada função biológica através de suas ações químicas. •Medicamento: Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnósticos. É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente, em associação com adjuvantes farmacotécnicos. •Remédio: São cuidados que se utiliza para curar ou aliviar os sintomas das doenças, como um banho morno, uma bolsa de água quente, uma massagem, um medicamento, entre outras coisas
  • 4.  Farmacologia  Divisões: • Farmacologia Geral: Estuda os conceitos básicos e comuns a todos os grupos de drogas. • Farmacologia Aplicada: Ocupa-se dos fármacos reunidos em grupos de ação farmacológica similar. •Farmacodinâmica: Atende aos estudos sobre: Local de ação, mecanismo de ação, ações e efeitos, efeitos terapêuticos e efeitos tóxicos de uma droga. Considerada a base da farmacoterapia. •Farmacocinética: Atende aos estudos sobre: Vias de administração, absorção, distribuição, metabolismo ou biotransformação e excreção de uma droga.
  • 5.  Farmacologia  Divisões: • Farmacotécnica: Ocupa-se da preparação de das formas farmacêuticas sob as quais os medicamentos são administrados: cápsulas, comprimidos, suspenções etc. •Farmacognosia: Estuda a origem, as características, a estrutura, e composição química das drogas no seu estado natural sob a forma de órgãos ou organismos vegetais e animais, assim como seus extratos. • Farmacoterapia: Orientação do uso racional de medicamentos. •Farmacologia Clínica: Preocupa-se com os padrões de eficácia e segurança da administração de medicamentos ao homem, através do conhecimento das características farmacológicas dos fármacos.
  • 6.  O sucesso terapêutico do tratamento de doenças em humanos depende de bases farmacológicas que permitam a escolha do medicamento correto, de forma científica e racional. Mais do que escolher o fármaco adequado (“certo”) visando reverter, atenuar ou prevenir um determinado processo patológico, também é necessário selecionar o mais adequado às características fisiopatológicas, idade, sexo, peso corporal e raça do paciente. Como a intensidade dos efeitos, terapêuticos ou tóxicos, dos medicamentos depende da concentração alcançada em seu sítio de ação, é necessário garantir que o medicamento escolhido atinja, em concentrações adequadas, o órgão ou sistema suscetível ao efeito benéfico requerido. Para tal é necessário escolher doses que garantam a chegada e a manutenção das concentrações terapêuticas junto aos sítios moleculares de reconhecimento no organismo, também denominados sítios receptores. O estabelecimento de esquemas posológicos padrões e de seus ajustes na presença de situações fisiológicas (idade, sexo, peso, gestação), hábitos do paciente (tabagismo, ingestão de álcool) e algumas doenças (insuficiência renal e hepática) é orientado por informações provenientes: Farmacocinética
  • 7.   Definição: É a ciência que estuda o movimento dos medicamentos no organismo e de que maneira os mecanismos fisiológicos atuam nos fármacos Farmacocinética
  • 8.   Definição: É a Ação do Organismo no Fármaco. Farmacocinética
  • 9.   Movimentos: 1. Absorção 2. Distribuição 3. Metabolismo (Biotransformação) 4. Excreção Eliminação Farmacocinética DISTRIBUIÇÃO ABSORÇÃO MET ABOLISMO ELIMINAÇÃO
  • 10.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção: É o primeiro movimento do fármaco em direção ao sítio de ação que é a passagem do fármaco do local de sua administração para a corrente sanguínea (Plasma Sanguíneo). A importância do processo de absorção reside essencialmente, na determinação do período entre a administração do fármaco e o aparecimento do efeito farmacológico, bem como na determinação das doses e escolha da via de administração do medicamento.
  • 11.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção: Transporte Através das Membranas: O fármaco para ser Absorvido necessita atravessar as membranas biológicas: • Epitélio gástrico e intestinal • Membranas plasmáticas celulares • Endotélios vasculares
  • 12.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção: Transporte Através das Membranas: • Processos Passivos: Sem Gasto de Energia • Processos Ativos: Com Gasto de Energia
  • 13. Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção: Transporte Através das Membranas: • Processos Passivos: Sem Gasto de Energia:  Difusão Simples: fármacos lipossolúveis e a favor de um gradiente de concentração. Difusão por Poros (Filtração): fármacos hidrossolúveis e de pequeno tamanho. Ocorre através de verdadeiros canais aquosos proteicos, que envolve um fluxo de água que arrasta o soluto (fármaco) a partir de uma pressão hidrostática ou osmótica através da membrana. Também denominada de Difusão Aquosa. Difusão Facilitada: o fármaco atravessa a membrana ligado em um carreador proteico, a favor de um gradiente de concentração. Este transporte é mais rápido que a difusão simples.
  • 14.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção: Transporte Através das Membranas: • Processos Ativos: Com Gasto de Energia: Transporte Ativo: o fármaco atravessa a membrana ligado em um carreador proteico, contra um gradiente de concentração ocorre, portanto, gasto de energia (ATP). São passíveis do Efeito de Competição.  Endocitose: Fagocitose / Pinocitose  Exocitose
  • 15.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Fatores que influenciam a absorção: • Solubilidade da droga • Ionização da droga • Concentração da droga • Circulação sanguínea local • Forma farmacêutica e taxa de dissolução • Área de superfície de absorção • Tempo de contato com a superfície de absorção
  • 16.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Propriedades das drogas: • Biodisponibilidade • Efeito de primeira passagem • Bioequivalência
  • 17.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Propriedades das drogas: • Biodisponibilidade: indica a fração do fármaco que chega à circulação sanguínea após a administração por qualquer via. Considera-se a absorção e a degradação do fármaco. Apenas na via de administração Intravenosa/Endovenosa (IV/EV) é que a biodisponibilidade do fármaco é de 100%.
  • 18.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Propriedades das drogas: • Efeito de primeira passagem: é quando o fármaco sofre um metabolismo no fígado antes de alcançar a circulação sanguínea. Sendo assim o fármaco sofre uma mortificação hepática antes de atingir seus órgãos-alvos. Este efeito tem implicações importantes na biodisponibilidade do fármaco, determinando a melhor dose e via de administração.
  • 19.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Propriedades das drogas: • Bioequivalência: dois fármacos comportam-se de modo semelhante, contendo os mesmos ingredientes ativos, a mesma concentração, dosagem e via de administração. Relaciona o medicamento genérico e seu respectivo medicamento de referência (aquele para o qual foi efetuada pesquisa clínica para comprovar sua eficácia e segurança antes do registro) apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo. Assegurando que o medicamento genérico é equivalente terapêutico do medicamento de referência, ou seja, que apresenta a mesma eficácia clínica e a mesma segurança em relação ao original do ensaio clínico. O teste de equivalência farmacêutica é realizado "in vitro" (não envolve seres humanos), por laboratórios de controle de qualidade habilitados pela ANVISA.
  • 20.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: A. Vias Digestivas B. Vias Transmucosas C. Vias Parenterais D. Via Transcutâneas
  • 21.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: A. Vias Digestivas: • Via Oral (VO) • Via Retal (VR)
  • 22.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: A. Vias Digestivas: • Via Oral (VO)  Vantagens: o Mais comum; o Mais segura; o Mais cômoda; o Menos traumática.  Desvantagens: o Irritação da mucosa ou vômito; o Destruição do fármaco; o Cooperação do paciente; o Sofre efeito de primeira passagem.
  • 23.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: A. Vias Digestivas: • Via Retal (VR)  Vantagens: o Usado para drogas de efeito local e sistêmico; o Pacientes com vômitos; o Pacientes inconscientes ou incapazes de tomar medicamentos por via oral; o Apenas 50% sofre efeito de primeira passagem. o A droga não pode ser destruída por enzimas digestivas.  Desvantagens: o Drogas que causam irritação da mucosa; o Absorção pode ser irregular e incompleta.
  • 24.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: B. Vias Transmucosas: • Via Sublingual (SL) • Via Pulmonar (Inalatória) • Via Conjuntival (Mucosa Conjuntival) • Via Nasal (Mucosa nasal) • Via Vaginal (Mucosa Vaginal)
  • 25.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: B. Vias Transmucosas: • Via Sublingual (SL)  Resposta rápida;  Pequena área de absorção;  Não há efeito de primeira passagem;  Não sofre ação do pH gástrico.
  • 26.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: B. Vias Transmucosas: • Via Pulmonar (Inalatória)  Vantagens: o Drogas voláteis e gasosas; o Via de administração e eliminação; o Não sofre efeito de primeira passagem; o Aplicação local em doenças pulmonares; o Grande superfície de absorção; o Rica vascularização pulmonar; o Membranas entre o ar alveolar e os capilares são de fácil travessia. o Absorção rápida.  Desvantagens: o Díficil regular a dose; o Absorção sistêmica parcial de drogas de ação local.
  • 27.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: B. Vias Transmucosas: • Via Conjuntival (Mucosa Conjuntival)  Efeitos locais no olho através do epitélio do saco conjuntival; Drogas podem apresentar absorção sistêmica parcial, com efeitos colaterais. •Via Nasal (Mucosa nasal): evitam injeções frequentes. Exs: cocaína e heroína, ADH, calcitonina. • Via Vaginal (Mucosa Vaginal): Apresenta membrana biológica de fácil travessia, capaz de absorver drogas.
  • 28.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: C. Vias Parenterais: • Via Endovenosa (EV) • Via Intramuscular (IM) • Via Subcutânea (SC) • Via Intratecal (Via Subaracnóidea)
  • 29.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: C. Vias Parenterais:  Vantagens: o Úteis em emergências; oA droga atinge o local de ação mais rapidamente, produzindo uma resposta rápida; o A dose é administrada com muita precisão; o Pacientes inconscientes e pacientes incapazes de reter medicamentos na boca.  Desvantagens: o Requer formulação estéril e assepsia; o Mais traumática; o Auto-aplicação.
  • 30.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: C. Vias Parenterais: • Via Endovenosa (EV)  Vantagens: o Não há absorção e biodisponibilidade é prevesível; o Grandes volumes e substâncias irritantes; o Acesso rápido e direto.  Desvantagens: o Efeitos tóxicos mais rápidos; o Sem retorno; o Veia mantida é porta de entrada; oEfeitos sobre componentes sanguíneos: hemólise ou proteínas.
  • 31.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: C. Vias Parenterais: • Via Intramuscular (IM)  Absorção variável – local e fluxo sanguíneo;  Substâncias irritantes e oleosas;  Dor.
  • 32.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: C. Vias Parenterais: • Via Subcutânea (SC)  Absorção lenta e constante – efeito mantido;  Substâncias insolúveis;  Pequenos volumes e substâncias não irritantes.
  • 33.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: C. Vias Parenterais: • Via Intratecal (Via Subaracnóidea)  É a injeção de uma substância no espaço subaracnóide através de uma agulha de punção lombar;  Evita barreira hematoencefálica (BHE);  Para tratamento de leucemias, produzir anestesia regional, administração de antibióticos ou de analgésicos opiáceos.
  • 34.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: D. Via Transcutâneas • Via Cutânea (Tópica) • Via Transdérmica (Adesivo)
  • 35.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: D. Via Transcutâneas • Via Cutânea (Tópica)  Pequena absorção pela pele intacta, devido à sua camada queratinizada;  Absorção proporcional à lipossolubilidade e área aplicada;  Métodos para alterar a absorção.
  • 36.  Farmacocinética  Movimentos: 1. Absorção:  Vias de Administração: D. Via Transcutâneas • Via Transdérmica (Adesivo)  Útil para aplicação de drogas lipossolúveis;  Permite rápida retirada.
  • 38.  Compartimento Intravascular Líquido Intersticial (Fluido Extracelular) Compartimento Intracelular Farmacocinética  Movimentos: 2. Distribuição: Após a absorção, a droga deve ser capaz de chegar ao seu local de ação, seu tecido-alvo. As drogas devem, portanto, atravessar as barreiras existentes entre os diferentes compartimentos:
  • 39.  Farmacocinética  Movimentos: 2. Distribuição: Existem algumas barreiras específicas determinadas para proteger estruturas nobres da ação dos fármacos:  Sistema Nervoso: Barreira Hematoencefálica (BHE)  Placenta: Barreira Placentária  Testículo: Barreira Hematotesticular (BHT)
  • 40.  Farmacocinética  Movimentos: 2. Distribuição:  Fatores que influenciam a distribuição: • Fluxo sanguíneo tecidual • Propriedades físico-químicas do fármaco (taxa de difusão) •Ligação em estruturas celulares e teciduais criando reservatórios do fármaco (proteínas de membrana celulares, ácidos nucleicos, polipeptídios e polissacarídeos) • Volume de distribuição • Meia-vida biológica (t1/2) • Ligação a proteínas plasmáticas
  • 41.  Farmacocinética  Movimentos: 2. Distribuição:  Fatores que influenciam a distribuição: • Ligação a Proteínas Plasmáticas:  Fração Livre: Não está ligada as Proteínas Plasmáticas  Fração Ligada: Está ligada às Proteínas Plasmáticas o Albumina: fármacos ácido o Alfa1-glicoproteínas: fármacos básicos Uma vez que as proteínas não passam através das paredes capilares, a ligação do fármaco às proteínas pode retê-lo no espaço vascular por um determinado tempo. A fração do fármaco não ligado é que atravessará as membranas tornando-se disponível para interações com receptores, ou seja, é ela que exercerá o efeito farmacológico sendo, assim, chamada de Fração Farmacologicamente Ativa. Já a ligada é considerada a Fração Farmacologicamente Inativa.
  • 42.  Farmacocinética  Movimentos: 2. Distribuição:  Fatores que influenciam a distribuição: • Ligação a Proteínas Plasmáticas: A interação do fármaco com a proteína plasmática é um processo rapidamente reversível e, à medida que o fármaco não ligado difunde-se dos capilares para os tecidos, mais fármaco ligado dissocia-se da proteína até que seja alcançado um equilíbrio, onde há concentrações relativamente constantes de forma ligada e não ligada. É uma interação dinâmica, em que complexos continuamente se formam e se desfazem. O Complexo Fármaco-Proteína além de ser farmacologicamente Inativo, não é metabolizado e eliminado, portanto age como um reservatório temporário na corrente sanguínea retardando a chegada de fármacos aos órgãos alvo e sítios de eliminação.
  • 43.  Farmacocinética  Movimentos: 2. Distribuição:  Fatores que influenciam a distribuição: • Ligação a Proteínas Plasmáticas: Os sítios proteicos de ligação de fármacos no plasma são passíveis de saturação, mas geralmente isso não ocorre porque há abundância de sítios de ligação. A variação na concentração das proteínas plasmáticas pode influenciar a relação entre fração livre/fração ligada: hipoalbuminemia: cirrose, síndrome nefrótica, desnutrição grave, idoso, gestação. Competição entre os fármacos pelo sítio proteico: o de maior afinidade desloca o de menor afinidade. Fármacos podem alterar a estrutura das proteínas plasmáticas alterando a afinidade da proteína por outros fármacos (Ex: AAS: acorre a acetilação do resíduo lisina da molécula da albumina)  Os fármacos competem entre si e também competem com as substâncias endógenas pelo sítio de ligação proteica.
  • 44.  Farmacocinética  Movimentos: 3. Biotransformação: Eliminação É a alteração química sofrida pelo fármaco no organismo que também participa da regulação dos níveis plasmáticos dos fármacos. É a Ação Enzimáticas de Enzimas Específicas e/ou Inespecíficas, através de Processos Químicos (Reações Químicas), sobre os fármacos resultando nos produtos da biotransformação do fármaco que é denominado de Metabólito.
  • 45. Farmacocinética  Movimentos: 3. Biotransformação: Eliminação  Fatores Relacionados com a Biotransformação  Fatores que Afetam a Velocidade da Biotransformação:
  • 46.  Farmacocinética  Movimentos: 3. Biotransformação: Eliminação  Fatores Relacionados com a Biotransformação • Características da Enzimas • Processos Químicos (Reações Químicas) • Características dos Metabólitos
  • 47.  Farmacocinética  Movimentos: 3. Biotransformação: Eliminação  Fatores Relacionados com a Biotransformação: • Características da Enzimas: Sistema Enzimático o Órgãos Metabolizadores do fármacos: As enzimas estão presentes em todos os tecidos do organismo:  Fígado  Pulmões  Rins  Supra-renais  Pele  Tecido Nervoso  Intestino delgado
  • 48.  Farmacocinética  Movimentos: 3. Biotransformação: Eliminação  Fatores Relacionados com a Biotransformação: • Características da Enzimas: Sistema Enzimático o Fração Solúvel:  Desidrogenase (oxidação)  Esterases (hidrólise)  Amidases (hidrólise)  Proteases (hidrólise)  Transferases (conjugação) o Sistema Mitocondrial:  Monoamino oxidase: MAO (oxidação)  Diamino oxidase: DAO (oxidação) o Sistema Microssomal: retículo endoplasmático liso  Citocromos P450 (oxidação)  NADH-citocromo P450 redutase (redução)
  • 49.  Farmacocinética  Movimentos: 3. Biotransformação: Eliminação  Fatores Relacionados com a biotransformação: • Processos Químicos: Reações Químicas o Fase 1: catabólicas  Alteram a reatividade química  Aumenta a solubilidade aquosa: hidrossolúvel  Oxidação,  Redução  Hidrólise o Fase 2: anabólicas  Aumenta ainda mais a solubilidade em água: hidrossolúvel  Conjugação  Acetilação
  • 50.  Farmacocinética  Movimentos: 3. Biotransformação: Eliminação  Fatores Relacionados com a Biotransformação: • Características dos Metabólitos o Forma Inativa do fármaco o Forma Ativada do fármaco (codeína em morfina) o Formas do fármaco mais tóxicas o Fármaco mais Polar o Fármaco mais hidrossolúvel o Fármaco mais facilmente excretado do organismo
  • 51.  Farmacocinética  Movimentos: 3. Biotransformação: Eliminação  Fatores que Afetam a Velocidade da Biotransformação: • Concentração das Enzimas: Citocromo P450 • Afinidade pelo fármaco • Competição entre o fármaco e substâncias endógenas • Fatores Genéticos • Fatores Fisiológicos • Fatores Ambientais • Inibição do Sistema Enzimático • Indução do Sistema Enzimático
  • 52.  Farmacocinética  Movimentos: 4. Excreção: Eliminação É passagem do fármaco da circulação sanguínea para o meio externo. É através deste movimento que os fármacos são efetivamente removidos do organismo. As leis gerais de transporte através das membranas também se aplicam na Excreção, entretanto no Sentido Contrário dos movimentos de absorção e distribuição.
  • 53.  Farmacocinética  Movimentos: 4. Excreção: Eliminação  Órgãos Excretores dos Fármacos  Processos de Excreção Renal dos Fármacos  Fatores que Influencia a Excreção Renal dos Fármacos  Processo de Excreção Entérica
  • 54.  Farmacocinética  Movimentos: 4. Excreção: Eliminação  Órgãos Excretores dos Fármacos: São denominados de Vias de Excreção ou Emunctórios: • Rins: principal via excretoras dos metabólitos hidrossolúveis, através da urina. •Pulmões: principal via excretoras de metabólitos voláteis, através da expiração. • Tubo Digestivo: fármacos metabolizados pelo fígado, através das fezes e biles. • Mamas: através do leite materno • Glândulas exógenas: através do suor, da lágrima e da saliva. • Pele e cabelo
  • 55.  Farmacocinética  Movimentos: 4. Excreção: Eliminação  Processos de Excreção Renal dos Fármacos: Ocorre na Unidade Anatomofisiológica dos Rins: Néfron • Filtração Glomerular • Secreção Tubular Ativa • Reabsorção Tubular Passiva
  • 56.  Farmacocinética  Movimentos: 4. Excreção: Eliminação  Processos de Excreção Renal dos Fármacos: Ocorre na Unidade Anatomofisiológica dos Rins: Néfron • Filtração Glomerular: Inicia no plasma sanguíneo, atravessa os minúsculos poros dos capilares glomerulares e da camada visceral da cápsula de Bowman, passando para o espaço urinário, situado entre as duas camadas da cápsula de Bowman, continuando seu percurso pelo túbulo renal. É um processo passivo que depende de dois tipos de forças antagônicas:  Pressão Hidrostática: pressão de líquido em cada compartimento Pressão Coloidosmótica: é o poder de absorção de água pelas proteínas presentes no plasma, que em virtude do seu tamanho não lhe é permitido atravessar as paredes dos capilares glomerulares, sendo assim retém líquidos no sangue.
  • 57.  Farmacocinética  Movimentos: 4. Excreção: Eliminação  Processos de Excreção Renal dos Fármacos: Ocorre na Unidade Anatomofisiológica dos Rins: Néfron • Filtração Glomerular: É o processo no qual não ocorre a passagem de matéria particulada e materiais coloidais (proteínas e lipídeos) e as células sauguineas, mas ocorre a passagem de solutos de pequenas dimensões moleculares (solutos cristaloides), pequenos íons e a água pela barreira de filtração do glomérulo renal. Portanto, a Fração de Fármaco Ligada em proteína não é Excretada.
  • 58.  Farmacocinética  Movimentos: 4. Excreção: Eliminação  Processos de Excreção Renal dos Fármacos: Ocorre na Unidade Anatomofisiológica dos Rins: Néfron • Filtração Glomerular: A quantidade de fármaco que será filtrado, bem como a velocidade de filtração do fármaco para ser excretado depende:  Fração do Fármaco ligada as Proteínas Plasmáticas  Taxa de Filtração Glomerular  Fluxo Plasmático Renal
  • 59.  Farmacocinética  Movimentos: 4. Excreção: Eliminação  Processos de Excreção Renal dos Fármacos: Ocorre na Unidade Anatomofisiológica dos Rins: Néfron • Secreção Tubular Ativa: É o mecanismo mais efetivo para a eliminação renal da substância. As células dos túbulos transportam ativamente certas substâncias do plasma para a urina tubular. Neste local, a transferência das drogas ocorre contra um gradiente de concentração, pois as drogas tornam-se mais concentradas no interior da luz tubular. Há necessidade de uma proteína carreadora, que pode depurar uma substância quando sua maior parte está associada às proteínas plasmáticas. A secreção Tubular ocorre ao nível dos Túbulo Contorcido Distais
  • 60.  Farmacocinética  Movimentos: 4. Excreção: Eliminação  Processos de Excreção Renal dos Fármacos: Ocorre na Unidade Anatomofisiológica dos Rins: Néfron • Reabsorção Tubular Passiva: Na maior parte das vezes é um processo passivo, ou seja, a favor de um gradiente de concentração, com as substâncias deixando o filtrado glomerular para atravessar as células tubulares e alcançar o plasma novamente. Somente as substâncias lipossolúveis são capazes de fazê-lo. A Reabsorção Tubular Passiva ocorre ao nível do Túbulo Contorcido Proximal
  • 61.  Farmacocinética  Movimentos: 4. Excreção: Eliminação  Fatores que Influencia a Excreção Renal dos Fármacos: São os fatores Fisiológicos ou Patológicos que afetem a Função Renal, influenciando decisivamente na excreção do fármaco pela via urinária. Entre os Fatores Patológicos o mais importante é a Insuficiência Renal. E entre os Fatores Fisiológicos a Idade é o mais importante. O que determina a velocidade de excreção dos fármacos pelos rins é a Depuração ou Clearance, que consiste em medir a quantidade absoluta de uma substância excretada pelos rins em 1 minuto, relacionando-a com a sua concentração plasmática. O Clearance é usado universalmente para indicar a remoção completa de determinada substância de um volume específico de sangue na unidade de tempo.
  • 62.  Farmacocinética  Movimentos: 4. Excreção: Eliminação  Processo de Excreção Entérica: Alguns fármacos quando no fígado, as células hepáticas podem transferir o fármaco para a bile, sendo, posteriormente, lançadas no intestino. Eventualmente, estes fármacos podem ser reabsorvidos pela Circulação êntero-hepática, promovendo um ciclo de movimento de fármaco, criando um reservatório circulante, que pode prolongar a ação do fármaco.
  • 63.
  • 64. VIA PARENTERAL A VIA PARENTERAL , refere-se à administração de drogas ou nutrientes por meio de injeções. Para administrarmos medicações por via parenteral, necessitamos de agulhas e seringas.
  • 65. Seringa e agulha - Bandeja contendo; algodão embebido
  • 66. Seringas Descartáveis 20 ml 10 ml 3 ml 5 ml 1 ml
  • 67. Graduação das Seringas Seringas de 20 ml: escala de 1 ml Seringas de 10 ml: escalas de 0,2 ml Seringas de 5 ml: escalas de 0,2 ml Seringas de 3 ml: escalas de 0,1 ml Seringas de 1 ml: escalas de 0,1 ml, 2 U, 1 U.
  • 68. Vias de utilização das seringas ID: seringas de 1 e 3 ml SC: seringas de 1 e 3 ml IM: seringas de 3 e 5 ml EV: seringas de 10 ou 20 ml Atenção 1 ml = 1 cm³ = 1 CC 1 U = 0,01 ml
  • 69. Agulhas 40 x 12 – aspiração e preparo de medicações 30 x 7 – aplicação EV paciente adulto 25 x 7 – aplicação EV paciente adulto 30 x 8 – aplicação IM paciente adulto 25 x 8 – aplicação IM paciente adulto 20 x 5,5 - aplicação IM crianças 13 x 4,5 – aplicação ID e SC 13 x 4,0 – aplicação IC e SC
  • 70. REGRAS GERAIS A prescrição deve ser escrita e assinada. Nunca administrar medicamento sem rótulo. Verificar data de validade do medicamento. Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas. Tendo dúvida sobre o medicamento, não administra-lo.
  • 71. REGRAS GERAIS Interar-se sobre as diversas drogas, para conhecer cuidados específicos e efeitos colaterais. - melhor horário; - diluição formas, tempo de validade; - ingestão com água, leite, sucos; - antes, durante ou após as refeições ou em jejum; - incompatibilidade ou não de mistura de drogas;
  • 72. REGRAS GERAIS Antes de administrar qualquer medicação, devemos checar os sete certos: Paciente certo; Medicação certa; Dose certa; Diluição certa; Via certa; Horário certo; Registro certo.
  • 73. REGRAS GERAIS Toda prescrição de medicamento deve conter: Data; Nome do paciente; Dosagem; Via de administração; Frequência; Assinatura do médico.
  • 74. VIA PARENTERAL É a administração de drogas ou nutrientes pelas vias intradérmica (ID), subcutânea (SC), intramuscular (IM), intravenosa (IV) ou endovenosa (EV). Embora mais raramente e reservadas aos médicos, utilizam-se também as vias intra- arterial, intra-óssea, intratecal, intraperitonial, intrapleural e intracardíaca.
  • 75. VIA PARENTERAL Vantagens Absorção mais rápida e completa. Maior precisão em determinar a dose desejada. Obtenção de resultados mais seguros. Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos.
  • 76. VIA PARENTERAL Desvantagens Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga. Em casos de engano pode provocar lesão considerável. Devido ao rompimento da pele, pode ocorrer o risco de adquirir infecção. Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la.
  • 77. Requisitos Básicos Drogas em forma líquida. Pode estar em veículo aquoso ou oleoso, em estado solúvel ou suspensão e ser cristalina Soluções absolutamente estéreis, isentas de substâncias pirogênicas.
  • 78. Requisitos Básicos O material utilizado na aplicação deve ser estéril e descartável, de preferência. A introdução de líquidos deve ser lenta, a fim de evitar ruptura de capilares, dando origem a microembolias locais ou generalizadas.
  • 79.
  • 80. É a deposição de medicamento dentro do tecido muscular. Depois da via endovenosa é a de mais rápida absorção; por isso o seu largo emprego.
  • 81. INJEÇÃO INTRAMUSCULAR (IM) Na escolha do local para aplicação, é muito importante levar em consideração: a) a distância em relação a vasos e nervos importantes; b) musculatura suficientemente grande para absorver o medicamento;
  • 82. INJEÇÃO INTRAMUSCULAR (IM) c) espessura do tecido adiposo; d) idade do paciente; e) irritabilidade da droga; f) atividade do cliente;
  • 83. Músculo Deltóide Músculo da face ântero-lateral da coxa Músculo Ventro-glútea Músculo Dorso-glútea Regiões indicadas, para aplicação de injeção intramuscular
  • 84. INJEÇÃO INTRAMUSCULAR (IM) Escolha do local 1º Região ventro-glútea: indicada em qualquer idade 2º Região da face ântero-lateral da coxa: indicada especialmente para lactentes e crianças até 10 anos. 3º Região dorso-glútea: contra-indicada para menores de 2 anos, maiores de 60 anos e pessoas excessivamente magras. 4º Região deltoidiana: contra-indicada para menores de 10 anos e adultos com pequeno desenvolvimento muscular.
  • 85. ÂNGULO DA AGULHA o ângulo de inserção da agulha deve ser sempre perpendicular à pela, a 90º independente da região. Quando a aplicação é feita na região ventro-glútea, recomenda-se que a agulha seja ligeiramente dirigida para a crista ilíaca.
  • 86. Tamanho da agulha Na seleção da agulha é preciso levar em consideração: idade do cliente, espessura do tecido subcutâneo solubilidade da droga a ser injetada. Ex: 25 x 8 e 30 x 7.
  • 87. OBSERVAÇÕES Caso venha sangue na seringa, retirar imediatamente e aplicar em outro local. Injeções de mais de 3 ml não devem ser aplicadas no deltóide. O volume máximo para injeção IM é de 5 ml. Volume acima de 5 ml, fracionar e aplicar em locais diferentes.
  • 88. OBSERVAÇÕES Estabelecer rodízio nos locais de aplicação de injeções. O uso do músculo deltóide é contra-indicado em pacientes com complicações vasculares dos membros superiores, pacientes com parestesia ou paralisia dos braços, e aquelas que sofreram mastectomia.
  • 89. Locais de Aplicação, Delimitação da área e Posição do Cliente Deltóide Face lateral do braço, aproximadamente 4 dedos abaixo do ombro, no centro do músculo deltóide. Preferencialmente sentado, com o antebraço flexionado, expondo completamente o braço e o ombro. Volume Máximo: 3 ml
  • 90. Complicações após aplicações, por via intramuscular
  • 91. Locais de Aplicação, Delimitação da área e Posição do Cliente Dorço-glútea (DG) Dividir o glúteo em 4 partes e aplicar no quadrante superior externo. Os braços devem ficar ao longo do corpo e os pés virados para dentro.
  • 92. Locais de Aplicação, Delimitação da área e Posição do Cliente Dorço-glútea (DG) Deitado, em decúbito ventral, com a cabeça de preferência voltada para o aplicador - a fim de facilitar a observação de qualquer manifestação facial de desconforto ou dor durante a aplicação. Deve-se evitar aplicações na região DG com o cliente em decúbito lateral, pois nessa posição há distorção dos limites anatômicos, aumentando a possibilidade de punções mal localizadas.
  • 93. Locais de Aplicação, Delimitação da área e Posição do Cliente Ventro-glútea Colocar a mão não dominante no quadril do paciente, espalmando a mão sobre a base do grande trocanter do fêmur, localizando a espinha ilíaca ântero- superior. Fazer a injeção no centro da área limitada pelos dois dedos abertos em V.
  • 94. Locais de Aplicação, Delimitação da área e Posição do Cliente Músculo vasto lateral da coxa Dividir a coxa em 3 partes e fazer a aplicação na região ântero-lateral do terço médio. De preferência, o paciente deve ficar sentado, com a perna fletida, ou deitado em decúbito dorsal, com as pernas distendidas.
  • 95. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - IM Lavar as mãos; Identificar o cliente, perguntando-lhe o nome; Colocar a bandeja, contendo a medicação, próxima ao cliente; Explicar o procedimento e a finalidade ao cliente; Escolher a região apropriada;
  • 96. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - IM Com a mão não dominante pegar o algodão embebido em álcool a 70%, e proceder a anti- sepsia do local, Colocar o cliente em posição adequada e expor somente a região escolhida; Com a mão dominante pegar a seringa, segurando o corpo da mesma com os dedos polegar e indicador;
  • 97. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - IM Manter o algodão entre os dedos mínimo e anular da mesma mão; Com a mão não dominante, esticar a pele segurando firmemente o músculo; Introduzir, rapidamente a agulha com o bisel voltado para o lado, no sentido das fibras musculares
  • 98. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - IM Com a mão não dominante, puxar o êmbolo, aspirando para verificar se não lesionou algum vaso; empurrar o êmbolo, introduzindo a solução lentamente; Terminada a aplicação, retirar a agulha com movimento rápido;
  • 99. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - IM Fazer pressão no local com algodão, massageando levemente com movimentos circulares; Observar as reações do cliente; Desprezar o material, não recapando a agulha; Lavar as mãos;
  • 101. Técnica em Z De acordo com PRADO (2002) esta técnica de aplicação para injeção IM é indicada quando medicações irritantes, como o ferro, podem infiltrar-se para tecidos subcutâneos e pele, inclusive manchando.
  • 102. Técnica em Z 1. Locais corretos para a injeção: quadrantes superior externos da região glútea, em direção perpendicular à asa ilíaca, evitando o trajeto do nervo. 2. Com os dedos da mão espalmada, repuxar firmemente a pele, mantendo- se assim durante todo o tempo de administração. O estiramento da pele somente cessará após retirada da agulha.
  • 103. Técnica em Z 3. Após assepsia, introduzir a agulha profundamente e injetar lentamente, verificando, antes, se a ponta da agulha não atingiu algum vaso sangüíneo. 4. Injetado todo o líquido, esperar 10 segundos e retirar rapidamente a agulha. Somente então soltar a pele, que estava sendo repuxada pelos dedos da outra mão do aplicador.
  • 104. Técnica em Z 5. Com estas manobras, os planos superficiais (pele e tecido subcutâneo) voltam à posição original e o canal formado pela agulha assume um trajeto irregular (em Z), que impede o refluxo do produto.
  • 105.
  • 106. Via Intradérmica - ID Usadas em reações de hipersensibilidade Provas de PPD(conhecido como teste tuberculínico) Provas alérgicas Aplicação de vacinas: BCG Pequenos volumes – de 0,1 a 0,5 mililitros Ângulo da agulha é de 10º a 15º.
  • 107. Via Intradérmica Local mais apropriado: face anterior do antebraço Pobre em pelos Possui pouca pigmentação Possui pouca vascularização Ter fácil acesso a leitura
  • 108. VIA INTRADÉRMICA Observações A injeção ID geralmente é feita sem anti-sepsia para não interferir na reação da droga. A substância injetada deve formar uma pequena pápula na pele. A penetração da agulha não deve passar de 2 mm (somente o bisel).
  • 109. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - ID Lavar as mãos; Colocar a bandeja, contendo a medicação, próximo ao cliente; Explicar o procedimento; Expor a região; Firmar a pele com o dedo polegar e indicador da mão não dominante;
  • 110. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - ID Introduzir, na pele, apenas o bisel da agulha voltada para cima, o mais superficial possível, ficando a seringa paralela ao antebraço; Com a mão dominante, segurar a seringa quase paralela à superfície da pele (15º); Injetar levemente a solução;
  • 111. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - ID Retirar a agulha com movimento rápido e único; Observar a presença de pápula característica da injeção intradérmica; Observar reações; Lavar as mãos.
  • 113.
  • 114. INJEÇÃO SUBCUTÂNEA (SC) A via subcutânea, também chamada hipodérmica, é indicada principalmente para drogas que não necessitam ser tão rapidamente absorvidas, quando se deseja eficiência da dosagem e também uma absorção contínua e segura do medicamento.
  • 115. Via Subcutânea Absorção lenta, através de capilares, ocorre de forma contínua e segura O volume não deve ultrapassar 0,3 mililitros Usada para administração Vacinas (rábica e sarampo) Anticoagulante (heparina) Hipoglicemiantes (insulina)
  • 116. Via Subcutânea O local de aplicação deve ser revezado, quando utilizado por período indeterminado Ângulo da agulha 90 °C – agulhas hipodérmicas e pacientes gordos 45°C – Agulhas normais e pacientes magros
  • 117. Via Subcutânea Complicações Infecções inespecíficas ou abscessos Formação de tecido fibrótico Embolias – por lesão de vasos e uso de drogas oleosas ou em suspensões Lesão de nervos Úlceras ou necrose de tecidos
  • 118. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - SC Lavar as mãos; Colocar a bandeja, contendo a medicação, próximo ao cliente; Explicar o procedimento; Segurar a seringa com a mão dominante, e segurar o algodão entre os dedos mínimo e anular; Com a mão não dominante, fazer uma prega na pele, na região onde foi feita a anti-sepsia;
  • 119. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - SC Lavar as mãos; Colocar a bandeja, contendo a medicação, próximo ao cliente; Explicar o procedimento; Segurar a seringa com a mão dominante, e segurar o algodão entre os dedos mínimo e anular;
  • 120. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - SC Com a mão não dominante, fazer uma prega na pele, na região onde foi feita a anti-sepsia; Introduzir a agulha nesta prega cutânea, com rapidez e firmeza, Aspirar para ver se não atingiu nenhum vaso sanguíneo;
  • 121. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - SC Injetar o líquido, vagarosamente, e retirar rapidamente a agulha; Fazer ligeira pressão no local, com o algodão; Observar o cliente por alguns minutos para ver se apresenta alterações; Lavar as mãos;
  • 122.
  • 123. INJEÇÃO ENDOVENOSA (EV) FINALIDADES Obter efeito imediato do medicamento. Administração de drogas, contra-indicadas pela via oral, SC, IM, por sofrerem a ação dos sucos digestivos ou por serem irritantes para os tecidos. Administração de grandes volumes de soluções em casos de desidratação, choque, hemorragia, cirurgias. Efetuar nutrição parenteral. Instalar terapêutica com sangue e hemoderivados.
  • 124. LOCAIS DE APLICAÇÃO Dorso da mão Braço e Antebraço Dorso do pé
  • 125. ENDOVENOSA Ângulo da agulha: geralmente a agulha penetra na pele numa angulação de 45º. Volume: esta via tolera grandes quantidades de líquidos e medicamentos.
  • 126. Tamanho da agulha A aplicação de medicamentos pode ser feita com seringa e agulha ou com dispositivos intravenosos de acordo com as condições físicas e idade do cliente. Jelco Scalp
  • 127. COMPLICAÇÕES Acidentes no local da punção: Inflamação local: flebites, abscesso, hematomas e esclerose da veia por repetidas punções no mesmo local. Embolia por: injeção de ar, óleo ou coágulo sanguíneo. Choque: apresenta sintomas como sudorese, congestionamento da face, vertigem, palidez, agitação, ansiedade, tremores, cianose e hipertermia, podendo levar a morte.
  • 128. Cuidado A presença de hematoma ou dor indica que a agulha está fora da veia, retire-a e puncione em outro local, acima do local anteriormente puncionado. Fazer rodízio de veias. Observar a medicação a ser introduzida, que não poderá conter flóculos ou precipitados.
  • 129. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV Lavar as mãos; Acrescentar, ao material, um garrote; Levar a bandeja, contendo a medicação, próxima ao cliente; Colocar o cliente deitado, em decúbito dorsal, ou sentado, escolher a veia a ser puncionada, apoiando o local; Calçar as luvas;
  • 130. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV Garrotear mais ou menos 4cm acima do local a ser puncionado; Palpar, com o dedo indicador e o médio, a veia onde será administrada a solução;
  • 131. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV Fazer a anti-sepsia ampla com movimentos de baixo para cima; Fixar a veia com o polegar da mão não dominante; Segurar a seringa, horizontalmente, com a mão dominante, com o dedo indicador sobre o canhão da agulha, mantendo o bisel e a graduação da seringa voltada para cima;
  • 132. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV Introduzir a agulha na veia num ângulo de 15º, diminuindo este ângulo até que a seringa fique paralela à região puncionada;
  • 133. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV Observar o refluxo de sangue na seringa e soltar o garrote;
  • 134. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV Injetar, lentamente, a medicação, mantendo a agulha na posição adequada até terminar a administração; Observar freqüentemente o refluxo de sangue; e as reações do cliente;
  • 135. TÉCNICA DE APLICAÇÃO - EV Colocar o algodão (que deverá estar na mão não dominante), sobre a agulha e retirá-la, pressionando levemente o local; Solicitar ao cliente para elevar o membro e não flexioná-lo quando a punção ocorrer na dobra do cotovelo, pois este procedimento poderá causar lesão no tecido; Observar se o sangramento cessou, e então desprezar o algodão na cuba; Retirar as luvas;
  • 136.
  • 137. TÉCNICA DE PREPARO DE MEDICAÇÃO PARENTERAL - Material Seringa esterilizada; Agulhas esterilizadas; Medicação prescrita; Recipiente com algodão embebido em álcool a 70%; Garrote para medicação EV.
  • 138. TÉCNICA DE PREPARO DE MEDICAÇÃO PARENTERAL Lavar as mãos; Conferir a medicação Data certa Hora certa Dose certa Via certa Paciente certo Medicação certa
  • 139. TÉCNICA EM CASO DE AMPOLA: Certificar-se que toda a medicação esteja no corpo da ampola e não no gargalo; Fazer a desinfecção do gargalo, com algodão embebido em álcool a 70%; Quebrar a ampola, protegendo-a com algodão;
  • 140. TÉCNICA EM CASO DE AMPOLA: Abrir a embalagem da seringa e agulha com os devidos cuidados assépticos; Conectar a agulha e verificar a sua adaptação e o funcionamento da seringa;
  • 141. TÉCNICA EM CASO DE AMPOLA: Colocar a ampola entre os dedos indicador e médio com uma das mãos e pegar a seringa com os dedos indicador e médio da outra mão;
  • 142. TÉCNICA EM CASO DE AMPOLA: Adaptar a agulha na ampola cuidando para não tocar na borda da mesma;
  • 143. TÉCNICA EM CASO DE AMPOLA: Retirar a medicação da seringa, mantendo-a verticalmente com a agulha para cima, girando o êmbolo lentamente; Retirar a agulha da ampola; Retirar o ar da seringa; Identificar a seringa; Coloca-la na bandeja.
  • 144. EM CASO DE FRASCO-AMPOLA Retirar a tampa metálica do frasco; Fazer a desinfecção da tampa de borracha com algodão embebido em álcool a 70%; Abrir a ampola de diluente; Preparar a seringa e agulha; Aspirar o diluente seguindo as orientações da técnica de ampolas (sem tocar a agulha);
  • 145. Segurar o frasco com os dedos indicador e médio; Introduzir a ponta da agulha no frasco e injetar o diluente contido na seringa; Retirar a agulha e a seringa do frasco; Agitar o frasco, com movimentos circulares, até a diluição do medicamento, evitando a formação de espuma;
  • 146. Aspirar uma quantidade de ar na seringa igual à do líquido a ser aspirado; Introduzir a ponta da agulha e injetar o ar contido na seringa; Colocar o frasco e a seringa em posição vertical, com o êmbolo da seringa voltado para baixo e aspirar a dose prescrita; Identificar a seringa.
  • 147. VENÓCLISE É a introdução de grande quantidade de líquido na veia. COMO PROCEDER: Lavar as mãos; Escolher o equipo de soro de acordo com o gotejamento – gotas ou microgotas; Preparar a solução conforme prescrição; Adaptar o equipo no frasco de soro; a pinça do equipo deve estar fechada para evitar a entrada de ar;
  • 148. VENÓCLISE Retirar todo o ar do equipo de soro; Segurar o frasco de soro um pouco acima da altura da própria cabeça para que a gravidade ajude a fluir o líquido contido no frasco; levar o material até o quarto do cliente; Orientar o cliente para o procedimento; Instalar a venóclise; Controlar o gotejamento;
  • 149. “SE QUERES SER FELIZ AMANHÃ, TENTA HOJE MESMO”