Este documento discute a comunicação científica ao longo do tempo. Resume como a comunicação evoluiu de conversas informais na Grécia Antiga para periódicos científicos no século XVII e a expansão da pesquisa profissional no século XIX. Também discute como a comunicação difere entre disciplinas e como fatores como motivação, produtividade e percepções variam entre pesquisadores e áreas do conhecimento.
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
INFORMAÇÃO EM ACESSO ABERTO - 2016.2
PROFª Dra. Rosângela Schwarz Rodrigues
DOUTORANDO: Jorge Moisés Kroll do Prado
A COMUNICAÇÃO
CIENTÍFICA
Arthur Jack Meadows
2. O autor
Nasceu em 1934, é professor emérito em Estudos de
Negócios. Foi professor de Biblioteconomia e Estudos de
Informação de 1984 a 2001, ambos na Loughborough
University.
3. A obra Prefácio
1. Mudança e crescimento
2. Tradições da pesquisa
3. Quem pesquisa e com quais resultados?
4. Canais da comunicação científica
5. Tornando públicas as pesquisas
6. Pesquisando sobre pesquisas
Pós-escrito
Referências
Índice
5. PREFÁCIO
Sem comunicação, não há ciência.
Interesse do autor sobre o assunto começa em 1960, quanto
as atividades de pesquisa estavam em rápida expansão em
países desenvolvidos.
À época, o autor trabalhava no Department of Printed Books
and Manuscripts do British Museum.
6. PREFÁCIO
Quanto tempo duraria essa expansão?
Como se poderá aplicar o dinheiro disponível a fim de
produzir a quantidade máxima de pesquisas de alto nível?
Como poderia a comunicação científica ser conduzida de
modo mais eficiente à medida que os recursos financeiros
fossem minguando?
7. PREFÁCIO
Motivação do livro: mudanças ao longo do tempo que atuam
de modo diferenciado nos campos de pesquisa.
Como é possível atender melhor às atividades de
comunicação dos pesquisadores num ambiente tecnológico
que passa por rápidas alterações?
9. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO A maneira como o cientista transmite informações depende
do veículo empregado, da natureza das informações e do
público-alvo.
Estes fatores contribuem para a construção de uma imagem
coerente da comunicação científica atual, incluindo algumas
ideias sobre como chegou à presente situação e aonde
chegará no futuro.
11. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO
Os primórdios da
comunicação
As formas mais importantes: fala e escrita.
Academia: lugar na periferia de Atenas onde as pessoas se
reuniam nos séculos V e IV a.C para debater questões
filosóficas.
O simpósio original era uma festa dos gregos em que debates
e bebidas circulavam livremente (há coisas que pouco
mudam).
12. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO
Os primórdios da
comunicação
Quanto à comunicação escrita, Aristóteles foi o que mais
contribuiu, tendo seus debates em precariamente
conservados em manuscritos copiados repetidas vezes.
420 livros
1436-1536
5750 livros
1536-1636
13. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO
O advento da
revista científica
Londres
Nasce a Royal Society em 1662.
Henry Oldenburg, secretário poliglota.
Paris
Marin Mersenne, em 1665.
Denis de Sallo e o Journal de Sçavans (05.01.1665)
Oldenburg cria a Philosophical Transactions, sendo impressa na
primeira segunda-feira de cada mês.
14.
15. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO
O advento da
revista científica
Os periódicos científicos surgiram na segunda metade do
século XVII pelas seguintes razões:
- Expectativa de lucro pelos editores;
- Novos descobrimentos necessitam de debate coletivo;
- Necessidade de comunicar de modo mais eficiente
possível com uma clientela crescente interessada em
novas realizações.
16. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO
O papel das sociedades
Os membros das sociedades relatavam suas próprias
pesquisas.
Nascem os programas editoriais.
19. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO
A profissionalização
da pesquisa
A opinião de que os cargos docentes deveriam exigir
competência tanto para ensinar quanto pesquisar
desenvolveu-se gradativamente ao longo do século XIX.
Alemanha foi pioneira e os diferentes estados competiam
entre si para obter o pessoal mais excelente para suas
universidades.
20. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO
A profissionalização
da pesquisa
Os catedráticos conseguiam estudantes de pesquisa que os
ajudavam a executar seus programas de pesquisa. Esses
estudantes precisavam de algum certificado que comprovasse
suas aptidões como pesquisadores, e assim surgiu o processo
de concessão de do grau de doutor.
21. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO
A profissionalização
da pesquisa
O êxito da Alemanha ao implantar programas de formação de
pesquisadores profissionais foi aos poucos copiado em outros
países. Nos EUA, isso levou à criação de escolas de pós-
graduação a partir da década de 1870.
22. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO
Amadores e outros
No começo do século XIX, amadores e profissionais
coabitavam alegremente nas mesmas sociedades. Ao terminar
o século, começavam a surgir sociedades que atendiam
especificamente a amadores, nisso se assemelhando às
atividades profissionais.
23. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO
O novo mundo
eletrônico
Primeiros computadores em 1940.
Cresce a produção científica, logo, fica mais difícil o cientista
ter acesso a tantas produções.
Método de busca passa a ser por palavras-chave.
A informação científica eletrônica consistia primeiro de
publicação secundária.
24. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO
O novo mundo
eletrônico
Demora a acontecer a transição do fornecimento de
informação secundária para a primária por meio de
computadores.
- Recursos dos próprios computadores;
- Diferenças quanto à natureza das publicações;
- Diferenças quanto ao modo como o cientista lida com
esses tipos de publicações.
25. MUDANÇA
E
CRESCIMENTO
O novo mundo
eletrônico
A comunicação com os computadores tinha de ser imediata.
Aumenta a interatividade entre usuários e computadores.
Será que a comunicação informatizada é também
capaz de oferecer vantagens que o material
impresso não oferece?
27. TRADIÇÕES DA
PESQUISA
O desenvolvimento
das matérias
Ciência ~ Ciência Social ~ Humanidades
As divisões afetam a comunicação.
Essas divisões são aceitas como se refletissem pressupostos
básicos sobre a natureza do conhecimento.
Desenvolvimento das matérias.
Podem surgir áreas interdisciplinares, mas somente quando
um novo conceito unificador reúne uma ampla gama de
conhecimentos.
28. TRADIÇÕES DA
PESQUISA
A base conceitual
da ciência
O progresso das pesquisas científicas depende da aplicação
de uma mescla de trabalho prático e teórico, em que cada
componente confere e ajuda o outro. Esse método leva ao
descobrimento de regularidades que, em última instância,
podem ser incluídas nas ‘leis da natureza’.
29. TRADIÇÕES DA
PESQUISA
A base conceitual
da ciência
A identificação dessas leis permite que sejam feitas previsões.
Por exemplo: onde se encontrará determinado planeta em
determinado momento. Se as previsões falharem, teremos
que voltar à prancheta: os cientistas devem estar preparados
para modificar suas ideias quando houver indícios que
sugerem de modo bastante forte que estão errados.
30. TRADIÇÕES DA
PESQUISA
A base conceitual
da ciência
NORMAS DE MERTON PARA A COMUNIDADE CIENTÍFICA
Universalismo Comunidade científica avalia as novas
contribuições com base em critérios
preestabelecidos e impessoais
Sentido de comunidade Reflete o requisito de que o conhecimento
científico deve ser de propriedade comum
Desprendimento Informa ao cientista que sua preocupação
primordial deve ser com o progresso do saber
Ceticismo organizado Submeter-se continuamente à análise crítca
31. TRADIÇÕES DA
PESQUISA
Examinando as
diferenças entre
matérias
A diferença entre matérias e disciplinas podem refletir nos
padrões de comunicação.
Frente de pesquisa: efeito de proximidade
Uma das características da informação científica é sua
natureza cumulativa.
32. TRADIÇÕES DA
PESQUISA
Examinando as
diferenças entre
matérias
O Institute of Scientific Information (ISI), de Filadélfia, vem
compilando índices informatizados de citações desde a
década de 1960.
33. TRADIÇÕES DA
PESQUISA
Diferenças entre
matérias e
comunicação
Diferenças naquilo que é visto como atividade de pesquisa
aceitável em cada campo e, do mesmo modo, no que é visto
como informação científica aceitável e sua comunicação.
CARACTERÍSTICAS DOS ARTIGOS DE PERIÓDICOS POR MATÉRIAS
MATÉRIA QUANTITATIV
A
TABELAS GRÁFICOS FINANCIAMENT
O
Bioquímica 98,1 73,5 91,0 74,2
Psicologia 75,1 70,7 41,5 43,4
Economia 72,1 46,8 39,6 34,3
Sociologia 52,6 65,0 22,6 27,0
34. TRADIÇÕES DA
PESQUISA
Diferenças entre
matérias e
comunicação
O nível de atividade cooperativa dentro de uma disciplina é
fator determinando na comunicação.
NÚMERO DE AUTORES POR ARTIGO
MATÉRIA UM
AUTOR
DOIS
AUTORES
TRÊS
AUTORES
QUATRO OU
MAIS
Bioquímica 19 46 22 13
Psicologia 45 36 15 4
Economia 83 16 1 -
Sociologia 75 21 3 1
35. TRADIÇÕES DA
PESQUISA
Diferenças entre
matérias e
comunicação
Um dos fatores importantes na divulgação das pesquisas é,
obviamente, a extensão com que os resultados são
efetivamente tornados públicos.
Os editores e avaliadores têm menos interesse em ficar
procurando coisas que estejam erradas, e estão mais
preocupados com avanços criativos. Dito dessa forma, fica
mais compreensível porque as taxas de recusa são muito
maiores na maioria das áreas das humanidades do que na
maior parte da ciência.
37. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
O motivo por quê
Por que você decide cursar a pós-
graduação?
38. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
O motivo por quê
MOTIVOS PARA INGRESSAR NA PÓS-GRADUAÇÃO
MOTIVO RESPOSTAS %
Continuar o desenvolvimento intelectual 96,9
Dar uma contribuição importante para o
conhecimento na área
83,1
Devido ao interesse intrínseco da área 81,6
Preparar-se para uma carreira acadêmica 81,6
Aumentar seu poder aquisitivo 74,9
Servir melhor à humanidade 74,1
39. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
O motivo por quê
VANTAGENS PERCEBIDAS DE DIFERENTES AMBIENTES DE PESQUISA
CATEGORIA UNIVERSIDADE % INDÚSTRIA %
Liberdade de publicar 94 19
Liberdade de escolher projetos 78 10
Férias 63 38
Previdência e bem-estar social 60 54
Equipamento 57 82
Salários 24 75
40. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
O motivo por quê
A curiosidade e o desejo de desenvolver sua própria
compreensão não implicam em publicação.
Alguns dos mais renomados pesquisadores do passado
sabidamente não se interessavam em publicar.
41. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
Fatores psicológicos
Diferenças significativas entre os escores médios de QI para
doutores em distintas áreas: um estudo colocou a física no
nível mais alto e a educação no mais baixo.
42. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
O motivo por quê
IMAGENS DE PESSOAS FORMADAS EM CIÊNCIAS E HUMANIDADES
CIÊNCIAS HUMANIDADES
Mais dedicados ao trabalho Menos dedicados ao trabalho
Mais úteis para a sociedade Menos úteis para a sociedade
Antissociais Sociais
Indiferentes Calorosos
Mais confiáveis Menos confiáveis
Menos imaginativos Mais imaginativos
43. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
Produtividade
As duas mais importantes características do pesquisador são
a quantidade de informações que comunica e sua qualidade.
DIFERENÇAS NO Nº TOTAL DE ARTIGOS PUBLICADOS %
ARTIGOS HUMANAS CIÊNCIAS
SOCIAIS
CIÊNCIAS TECNOLOGIA MEDICINA
0 - 4 37 37 20 41 9
0 - 10 24 21 23 30 13
Acima
de 10
39 42 57 29 77
44. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
Produtividade
Há muitos anos, Lotka examinou a questão da produtividade
individual ao estudar a publicação de artigos de periódicos em
Química.
Contou os artigos publicados por diferentes autores durante
uma década e constatou que o número de autores que
publicavam caía aproximadamente na proporção do inverso
do quadro do número de artigos publicados.
45. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
Produtividade
Para cada 100 autores que produziam um único artigo
durante a década, 25 produziam dois artigos, 11 produziam
três artigos e assim sucessivamente.
Este tipo de distribuição é hoje denominado Lei de Lotka.
46. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
Produtividade
Suponhamos que o número máximo de publicações que um
pesquisador pode produzir seja de mil (Cayley, matemático
britânico do século XIX, publicou 995).
Admitindo-se uma vida útil de 50 anos, isso corresponde a
uma taxa de publicação de um item a cada 2 ou 3 semanas.
47. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
Qualidade
Em que medida alta produtividade corresponde a alta
qualidade de publicações científicas?
O método mais simples de medir isso é por meio da
quantidade de citações dessa pesquisa na bibliografia
anterior.
Os autores produtivos também são autores altamente
citados?
48. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
O impacto da
nova tecnologia
Motivações:
- Curiosidade intelectual
- Expectativas de carreira
O volume de conhecimento de informática que devem
procurar obter deve ser cuidadosamente equilibrado. Se for
de menos, prejudicará as atividades de pesquisa, mas se for
demais poderá desviar a pessoa do leito principal da pesquisa
para uma função mais técnica de informática.
49. QUEM PESQUISA
E COM QUAIS
RESULTADOS?
O impacto da
nova tecnologia
Uma vez que a fronteira entre as redes especializadas e os
meios de comunicação de massa torna-se cada vez mais
imprecisa, talvez a colaboração com o público em geral por
intermédio do computador possa vir a ser uma boa opção de
pesquisa de crescente utilidade no futuro.
51. CANAIS DA
COMUNICAÇÃO
CIENTÍFICA
O projeto gráfico
para leitura
Como empregar determinado canal de modo a transmitir
informações visualmente, com o máximo de impacto, entre
um cientista e os demais?
Como os cientistas leem?
52. CANAIS DA
COMUNICAÇÃO
CIENTÍFICA
Legibilidade do texto
O projeto gráfico de livros e periódicos reconhece que a
apreensão de informações depende de uma solução de
compromisso entre as propriedades do suporte e os
requisitos perceptivos dos leitores.
O mesmo tipo de interação também ocorre no caso do
conteúdo.
O que cada leitor absorve de um livro ou artigo depende em
parte da maneira como ele está escrito e em parte do
conhecimento prévio que o leitor possui.
53. CANAIS DA
COMUNICAÇÃO
CIENTÍFICA
Legibilidade do texto
Uma palavra classificada em décimo lugar em termos de
frequência é usada um décimo de vezes da palavra
classificada em primeiro lugar.
Essa correlação é conhecida como Lei de Zipf.
54. CANAIS DA
COMUNICAÇÃO
CIENTÍFICA
Editoras
O canal da comunicação científica possui alguns insumos:
autor numa ponta e na outra os leitores. Entre os 2, há dois
grupos: editoras e bibliotecários.
Essa divisão básica existe desde os primórdios da
comunicação científica.
55. CANAIS DA
COMUNICAÇÃO
CIENTÍFICA
Bibliotecas
São elas os mais importantes compradores de publicações
científicas, tanto livros quanto periódicos, de modo que suas
decisões afetam as editoras, bem como os leitores.
56. CANAIS DA
COMUNICAÇÃO
CIENTÍFICA
Comunicação oral
Como método de transmissão de informação científica, a fala
padece de mais limitações do que a escrita.
A fala também padece de problemas que equivalem aos de
legibilidade e inteligibilidade dos textos impressos.
58. CANAIS DA
COMUNICAÇÃO
CIENTÍFICA
Canais eletrônicos
Flexibilidade do processamento eletrônico.
Se o processamento eletrônico pode modificar as categorias
tradicionais da comunicação, como isso afetará os grupos que
têm sido participantes essenciais dos canais tradicionais dos
materiais impressos, mais especificamente as editoras e as
bibliotecas?
59. CANAIS DA
COMUNICAÇÃO
CIENTÍFICA
Canais eletrônicos
Bibliotecários se interessam pelos periódicos eletrônicos por
dois motivos:
- Se os periódicos se tornarem disponíveis sem se ter de
pagar por sua assinatura, talvez os leitores prefiram ter
acesso a eles diretamente sem passar pela intermediação
da biblioteca.
- Controlar o custo crescente das assinaturas.
62. TORNANDO
PÚBLICAS AS
PESQUISAS
Como era a divulgação científica:
Conversas face a face
Relatos orais para pequenas plateias
Relatos verbais em reuniões maiores
63. TORNANDO
PÚBLICAS AS
PESQUISAS
Canais diferentes de
publicação
Quais os fatores envolvidos na escolha de onde publicar?
Periódicos: opinião da comunidade científica e público
atingido.
Um periódico de prestígio pode ser definido simplesmente
como aquele que publica as melhores pesquisas pelos
melhores pesquisadores.
65. TORNANDO
PÚBLICAS AS
PESQUISAS
Editores e
avaliadores
Aspecto decisivo de publicação é a aceitabilidade.
O uso de avaliadores não é de hoje: faz mais de 2 séculos que
estão presentes.
Os requisitos são diferentes por conta das diferenças
existentes entre as disciplinas.
66. TORNANDO
PÚBLICAS AS
PESQUISAS
Editores e
avaliadores
OPINIÕES DOS AVALIADORES ACERCA DA IMPORTÂNCIA RELATIVA DE
DIFERENTES CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
CRITÉRIO ESCORE MÉDIO
Utilidade dos resultados para o progresso da área 5,8
Aceitabilidade do delineamento da pesquisa 5,6
Importância teórica do trabalho; nível de conhecimento demonstrado 5,4
Presença de ideias criativas 5,2
Novas comprovações empíricas 5,0
Sofisticação de metodologia e análise e pertinência do artigo para a revista 4,3
Demonstração de sensibilidade ética 4,1
Utilidade dos resultados para a vida cotidiana 2,9
Utilidade como entretenimento 1,5
Antecedentes e reputação do autor 1,3
67. TORNANDO
PÚBLICAS AS
PESQUISAS
Editores e
avaliadores
PROBLEMAS ENCONTRADOS EM MANUSCRITOS DE TRABALHOS SOBRE
ADMINISTRAÇÃO
PROBLEMA PORCENTAGEM
Inexistência de teoria 51
Descompasso entre teoria e investigação real 32
Teoria mal-definida 24
Delineamento mal-definido da pesquisa 24
Argumentação mal-estruturada 23
Artigo mal escrito 21
68. TORNANDO
PÚBLICAS AS
PESQUISAS
Avaliadores e autores
TAXAS DE RECUSA DE PERIÓDICOS
IMPORTANTES EM DIFERENTES ÁREAS
ÁREA TAXA
Física 24
Ciências biológicas 29
Química 31
Matemática 50
Economia 69
Sociologia 78
Filosofia 85
História 90
69. TORNANDO
PÚBLICAS AS
PESQUISAS
Avaliadores e
autores
A questão fundamental acerca da eficiência do sistema de
avaliação é: os avaliadores avaliam os manuscritos com
coerência e correção?
A maneira mais simples de testar isso consiste em examinar o
nível de concordância quando dois ou mais avaliadores
recebem o mesmo artigo para avaliação separadamente.
70. TORNANDO
PÚBLICAS AS
PESQUISAS
Problemas peculiares
Inovações importantes podem encontrar dificuldades para
passar pelo sistema de avaliação por pares.
A questão do gênero é mais difícil de resolver. Por exemplo,
com certeza, tem sido proporcionalmente menor a
participação de mulheres pesquisadoras como editoras de
periódicos do que de suas contrapartes masculinas.
71. TORNANDO
PÚBLICAS AS
PESQUISAS
Problemas peculiares
Artigo de autoria múltipla tem mais chance de passar
tranquilamente pelo sistema de avaliação pelos pares do que
um artigo de uma única autora.
Subjetividade e interpretação de dados.
Plágio: não somente nos manuscritos de autores, mas
avaliadores usando estes manuscritos.
Ética.
72. TORNANDO
PÚBLICAS AS
PESQUISAS
Ciência e mídia
Anunciar descobrimentos à mídia antes de uma avaliação
apropriada pelos pares é um anátema para a comunidade
científica.
Podem recusar publicar material que tenha sido divulgado à
mídia.
73. TORNANDO
PÚBLICAS AS
PESQUISAS
Edição eletrônica
Autores gostariam que os periódicos eletrônicos fossem
semelhantes com os impressos.
Manter a integridade da apresentação de modo que leitores
diferentes não vejam coisas diferentes.
75. PESQUISANDO
SOBRE
PESQUISAS
A procura de
informações
científicas
Acessos tradicionais de consulta.
Uso de palavras-chave.
A informação que o cientista deseja talvez não seja a que
necessita.
Quanto mais incerta for a natureza da lacuna no
conhecimento de um cientista, mais provável será que o
desejo percebido não seja a necessidade real.
Cada área do conhecimento possui diferentes formas de
pesquisa
76. PESQUISANDO
SOBRE
PESQUISAS
Organizando a
informação
pessoal
Do ponto de vista da recuperação da informação, a confiança
em métodos desenvolvidos pela própria pessoa tem um lado
negativo e um lado positivo.
Negativo: dependência dos próprios métodos pode
consolidar-se em hábitos de procura da informação que estão
longe de possuírem o máximo de eficiência.
Positivo: apego a fontes conhecidas, mesmo quando um
método novo fosse potencialmente útil.
77. PESQUISANDO
SOBRE
PESQUISAS
A dispersão da
informação
Ocorre porque cada periódico abrange uma amplitude de
temas. Quanto mais especializado for o periódico, menor será
essa amplitude.
Lei de Bradford: relação numérica bastante simples entre a
quantidade de periódicos em 3 zonas: grupo pequeno com
bons artigos, grupo médio com artigos razoáveis, grupo
grande com artigos ruins.
78. PESQUISANDO
SOBRE
PESQUISAS
Implicações do uso
da literatura
Os usuários das bibliotecas estão razoavelmente satisfeitos
com os materiais disponíveis e os serviços oferecidos,
segundo estudos realizados em países desenvolvidos.
79. PESQUISANDO
SOBRE
PESQUISAS
Recuperação
eletrônica de
informações
Dois aspectos principais afetam os pesquisadores: meios
informatizados de descobrir qual informação existe e o
fornecimento real da informação de forma eletrônica.
Coeficientes de desempenho de sistemas informatizados:
- Revocação: nº de documentos pertinentes recuperados e
o nº total de documentos pertinentes na base.
- Precisão: nº de documentos pertinentes recuperados e o
nº total de documentos recuperados.
80. PESQUISANDO
SOBRE
PESQUISAS
Comunicação
eletrônica
A forma como a informação é combinada e manipulada é
bastante semelhante como o pesquisador raciocina.
A biblioteca virtual tem se tornado cada vez mais parte de seu
ambiente futuro de pesquisa.
“Em minha opinião a biblioteca do futuro será um ponto de
acesso à informação ao contrário de um lugar de
armazenamento de informações”.
81. PESQUISANDO
SOBRE
PESQUISAS
Comunicação
eletrônica
E-mail não é tão bom quanto o fax.
O efeito positivo da crescente cooperação entre universidade
e indústria foi o de melhorar o fluxo de informações para os
pesquisadores universitários participantes. O lado negativo é
que a vida ficou mais difícil, em termos de informação, para
quem não participa.
83. A questão básica continua sendo as propriedades de um dado
veículo podem ser mais bem utilizadas para atender às
necessidades de comunicação da comunidade científica.
As características básicas dos pesquisadores e de sua
comunidade mudam lentamente.
O modo exato como a comunicação eletrônica afeta a
comunidade depende então das pressões em jogo,
especialmente econômicas.
84. Um ambiente de meios eletrônicos é muito mais flexível do
que um ambiente de meios impressos, por isso, nele, a antiga
diferença entre formal e informal perde grande parte da sua
força.
Em certos aspectos, cabe às bibliotecas a tarefa mais difícil de
todas. Elas, mais do que outros intermediários, são
controladas pelas exigências complexas de seus usuários.
85. Ao longo deste livro esteve implícito que nos encontramos
nos primórdios de um período de transição, durante o qual o
meio de comunicação dominante mudará da forma impressa
para a forma eletrônica.
Quem pode garantir quando a maioria dos cientistas
realmente estará em condições de afirmar que trabalha num
mundo pós-escrita?