3. INTRODUÇÃO
A memória é o sistema de
armazenamento do ser
humano.
Quando evocamos um objeto, um facto ou
acontecimento a sua representação na memória
não é uma reprodução fiel.
Não são postais ilustrados ou fotografias fieis.
4. MEMÓRIA CONSTRUÍDA
Algumas das memórias podem estar associadas a experiências
positivas ou negativas, que afetam o modo como as produzimos
e reproduzimos
As representações implicam uma seleção da informação, a sua
codificação, a sua associação a experiências passadas ou
acontecimentos marcantes.
5. Memórias vincadas pela experiência, pelas emoções,
pelos afetos, as representações são guardadas pela
memória, sendo ativadas sempre que necessário.
A realidade exterior ausente é traduzida por numa
realidade interior mantida pela memória que entretanto
foi modificada.
6. PROCESSO ATIVO
A memória reconstrói dados dando importância a uns,
distorcendo ou omitindo outros
Há um fenómeno que contribui para a distorção ou afetação,
quando os acontecimentos são muito marcados pela emoção,
os pormenores escapam, quando isto acontece o próprio
cérebro preenche as falhas, reconstruindo assim a memória.
Por isto se diz que a memória é um processo ativo, dinâmico.
7. A nossa memória é única pois é a única capaz de
reter, organizar e manipular, informações lembranças,
acontecimentos, etc.
A memória reproduz os acontecimentos
como se fosse um filme.
8. Cada um de nós enquadra a informação nos conhecimentos
que possui, os acontecimentos nos contextos das nossas
experiências pessoais e expectativas, ou seja cada um
acrescenta inconscientemente interpretações próprias sendo
estas reflexos da própria experiência, preocupações do
momento, dos sentimentos, etc.
9. Não temos consciência deste processo, as reproduções
produzidas pelos nossos cérebros são tão claras que
acreditamos que foi mesmo o que aconteceu...
Por isso se pode explicar que uma mesma
ocasião presenciada por diferentes pessoas,
tenham descrições não coincidentes, isto
porque cada pessoa regista o acontecimento
com a sua própria interpretação, afectada por
outras informações, sentimentos e emoções.
10. CONCLUSÃO
A nossa memória tem capacidade de identificar tudo o que
lhe é transmitido tendo em conta a história pessoal.
À medida que adquirimos novas informações no nosso
quotidiano, esta armazena-se sob forma de memória e
estabelece no cérebro novas alterações anatómicas.
Uma vez que todos nós somos educados em ambientes
diferentes, e experiências diferentes a arquitetura do
cérebro de cada um de nós é modificada de forma única.
A memória faz-nos seres completos e únicos, cada
um a sua maneira, a memória individual é a condição
de identidade pessoal no entanto ajuda na construção
de uma memória coletiva, construindo a identidade de
cada familía, grupo social.
Há uma seleção e idealização do passado para que
isto seja possivél.
11. É a nossa memória que retém
conhecimentos, informações, ideias,
acontecimentos, encontros.
Assegura-nos da nossa identidade
pessoal, a aprendizagem de novos
conhecimentos, novos conceitos, novos
sentimentos e novas experiências.
A memória está na base de todos os
processos cognitivos.
Logo sem memória não há cognição.
CONCLUSÃO
12. PROCESSOS DA MEMÓRIA
A memoria é a capacidade de adquirir, armazenar
e evocar factos passados.
A função de lembrar e o seu contrário, esquecer,
são igualmente importantes, não teríamos
possibilidade de funcionar como organismo se não
estivéssemos
programados para filtrar os
estímulos e dados irrelevantes.
Cabe ao cérebro selecionar o
que é relevante para assegurar a
sobrevivência do indivíduo.
13. PROCESSOS DA MEMÓRIA
A fixação das lembranças é
consideravelmente facilitada quando as
ideias a reter estão apoiadas por atos.
A informação é recebida pelos órgãos dos
sentidos, retida e em seguida processada
por três processos
Codificar
Armazenar
Recuperar
14. CODIFICAÇÃO
Codificação é o processo pelo qual a forma física
da informação de entrada transforma-se numa
representação interna (tradução de dados num
código).
Esta codificação pode ser acústica, visual ou
semântica.
15. ARMAZENAMENTO
Uma das questões mais inquietantes
no estudo da memória é a de saber
como e onde se processa o
armazenamento da informação
recebida.
Cada lembrança esta registada em
varias áreas cerebrais e em
diferentes códigos.
Cada informação recebida (engrama),
produz varias modificações neuronais
que mantendo-se permite que se
recorde o que se memorizou.
16. RECUPERAÇÃO
Nesta etapa recupera-se a informação, isto
é, lembramo-nos, recordamos e evocamos
uma informação.
Seguindo duas principais etapas:
reconhecimento (em que se conclui se temos
ou não a informação)
Evocação (onde se obtém o conteúdo da
informação)
17. A memória a curto prazo é dotada de duas componentes:
Memória imediata e memória de trabalho
É um tipo de memória
que suporta a
informação adquirida
durante um tempo
limitado.
Pode no entanto ser
esquecida ou por
ventura pode passar à
memória a longo
prazo.
MEMÓRIA A CURTO PRAZO
18. MEMÓRIA IMEDIATA
O conteúdo adquirido fica retido somente durante um pequena
fracção de segundos, cerca de 30 segundos, a não ser que a informação
seja repetida mentalmente.
E no máximo pode conservar até sete unidades de informação (5-9
elementos).
375 496 172
256 738 609
23.96.QF
978
19. MEMÓRIA DE TRABALHO
Neste tipo de memória mantemos a informação somente enquanto
ela nos é útil.
A memória de trabalho atribui as actividades mentais, uma certa
importância pois apesar de estas não terem por objectivo a
memorização de informações, há sempre memorização que se pode
aplicar eficazmente.
20. Chama- se memória de trabalho à actividade de armazenamento e
utilização de informações ligadas de maneira especifica à realização
de uma tarefa.
Qualquer informação que tenha estado armazenada na memória a
curto prazo e foi perdida estará perdida para sempre, a não ser que
passe para a memória a longo prazo
MEMÓRIA DE TRABALHO
21. Todas as actividades mentais implicam de uma certa forma o recurso a memória
provisória, isto acontece porque a principal característica da actividade humana,
isto é, nunca são instantâneas, desenrolam-se no tempo.
As actividades cognitivas e especialmente as actividades cognitivas complexas,
implicam conservar na memória a curto prazo um conjunto de informações
necessárias a realização da tarefa.
22. CONCLUSÃO
A memória a curto prazo é fundamental pois
permite-nos organizar o nosso dia, não só pela
capacidade de adquirir e armazenar informação
mas também pela capacidade fantástica que tem
de nos fazer esquecer.
A memória imediata e a memória de trabalho
são complementares, formam a memória a curto
prazo.
No entanto tem uma ligação à memória a longo prazo
pois se a informação armazenada for repetida várias
vezes, ou até mesmo uma simples informção mexer
com os nossos sentimentos e com a nossa mente
passa de uma memória a curto prazo para longo prazo.
23. MEMÓRIA A LONGO PRAZO
A memória a longo
prazo é um tipo de
memória alimentada
pelos materiais da
memória a curto prazo
que são codificados em
símbolos.
A informação enviada
da memória a curto
prazo é transformada à
medida que vai sendo
integrada.
24. MEMÓRIA DECLARATIVA
Pode ser chamada de
memória explícita ou
memória com registo,
implica a consciência do
passado, reportando-se
a acontecimentos,
factos, pessoas. É
graças a este tipo de
memória que descreves
as funções das áreas
pré-frontais, o nome dos
avós, a aniversário de
um amigo, etc.
27. MEMÓRIA NÃO DECLARATIVA:
Esta pode ser chamada de
memória implícita ou sem
registo. É uma memória
automática, que mantém as
informações subjacentes à
questão “Como?”
O hábito, a repetição do
conjunto das práticas
tornaram esta atividade
automática, reflexa.
28. CONCLUSÃO:
“A capacidade de memória a longo prazo é
tão vasta que alguns investigadores
questionam mesmo se terá algum limite”
31. A memória não reproduz os dados tal como foram armazenados. A memória é um
processo ativo e tem um caráter seletivo e um caráter adaptativo.
Caráter seletivo – afasta a informação que não é útil e necessária.
Caráter adaptativo – a informação que armazenamos é transformada.
32. ESQUECIMENTO REGRESSIVO
Este tipo de esquecimento dá-se em pessoas com certa idade e deve-se à
degeneração dos tecidos cerebrais. O esquecimento regressivo ocorre quando
surgem dificuldades em reter novos materiais e em recordar conhecimentos,
factos e nomes aprendidos recentemente.
Uma vida intelectualmente ativa diminuem significativamente os efeitos do
envelhecimento.
33. ESQUECIMENTO MOTIVADO
Constitui um mecanismo de defesa através do qual pensamentos, sentimentos e
recordações dolorosas são afastados da consciência com o objectivo de reduzir a
tensão. Os conteúdos recalcados não podem ser recuperados através de um acto
de vontade.
34. INTERFERÊNCIA DE APRENDIZAGENS
Interferência de aprendizagens – As novas memórias interferem com a
recuperação das memórias mais antigas.
Geralmente, o que acontece ao material que não nos conseguimos recordar é este
ter sofrido modificações por efeito de transferências de aprendizagens e
experiências posteriores. Quando não nos conseguimos lembrar de determinado
conteúdo, muitas vezes significa que esse mesmo conteúdo sofreu tantas
transformações que já não o reconhecemos.
35. "A memória é o espelho em que vemos os ausentes."
(Joseph Joubert)
Assim como a memória pode ser um paraíso do qual não
podemos ser levados, ela pode também ser um infermo do
qual não conseguimos escapar.
(John Lancaster Spalding)
“É preciso começar a perder a memória, ainda que se trate de
fragmentos desta, para perceber que é esta memória que faz toda a
nossa vida.
Uma vida sem memória não seria uma vida.
Nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nossa ação, nosso
sentimento. Sem ela, não somos nada.”
(Luis Buñuel)