Jovens na luta contra o HIV com projetos de cooperação
1.
2. As/os jovens têm melhor percepção
sobre suas próprias realidades e
possuem habilidades essenciais para
enfrentar a pandemia de HIV quando
capacitadas/os e envolvidas/os de
forma participativa, tornando-
se responsáveis por um forte impacto
na luta contra o vírus.
3. • É partindo daafirmação acima, epor acreditar
queacooperação Sul-Sul éumaimportante
estratégiadefortalecimento do diálogo entreos
povos, queo Mirim-Brasil, junto com a
organização suecaUngaOrnar, estáformando
parceriasparao desenvolvimento do Projeto Rede
deorganizaçõesnaÁfricacontrao HIV/AIDS,
pelaDemocracia. A propostado Projeto é
contribuir parao fortalecimento do papel dos/as
jovensdaÁfricanarespostaao HIV.
4. • A equipe do Mirim-Brasil demonstra empenho e
motivação para implementar essa iniciativa por
acreditar na força do papel da sociedade civil na luta
cotidiana por igualdade, inclusão, justiça, respeito,
solidariedade. De acordo com Manuella Donato, da
Coordenação Internacional da entidade, o principal
objetivo é que os/as jovens participantes do projeto
possam adquirir e fortalecer habilidades para o
monitoramento e incidência política, e que possam
atuar como multiplicadores/as em suas
organizações, comunidades, regiões e países,
promovendo as transformações necessárias para
uma resposta efetiva ao HIV.
5. • DADOS | Quase metade das novas infecções pelo
HIV ocorre entre jovens de 15 a 24 anos. No
mundo inteiro, são 5,4 milhões de jovens vivendo
com HIV, e a cada dia mais de 3 mil jovens são
infectadas/os. As maiores taxas de incidência do
vírus HIV em todo o mundo se concentram nos
países africanos. Somente na África subsaariana,
há 3,2 milhões de jovens vivendo com HIV (60%
do total mundial), entre os/as quais 78% são
mulheres, em razão, principalmente, das
desigualdades de gênero que se perpetuam.
6.
7. • O Centro para a Cooperação e Desenvolvimento (CCS), a
funcionar em Portugal desde 2005, apadrinha já 2580
crianças, entre Moçambique, Angola e Nepal, permitindo-
lhes cuidados alimentares, sanitários e um percurso escolar.
A filantropia conta com a colaboração de vários particulares
que doam, através de uma de três modalidades, uma verba
mensal.
• Em alguns casos, a ajuda é coletiva, destinando-se as verbas
de vários indivíduos para uma turma escolar de uma das
comunidades visadas por esta Organização Não-
Governamental de Desenvolvimento (ONGD). O mais comum
é, no entanto, que cada particular apadrinhe uma
determinada criança, através de um pacote completo, que
lhe proporcionará bens alimentares e material didático; ou
através de um pacote escolar que visa exclusivamente o
apoio ao seu percurso de estudante.
8. • Os montantes conseguidos são, em 80%, enviados para quem trabalha
para esta ONGD nos países alvo de ajuda. Os técnicos encarregam-se de
os converter em bens essenciais, que chegarão às aldeias sob a forma de
"cadernos, canetas, lápis, borrachas e todo o restante material necessário;
bem como bens alimentares, designadamente, sementes, cereais, leite em
pó, feijão, arroz, óleo", explicou Joana Clemente, membro desta ONGD.
• A filantropia pode ficar por 13 euros mensais se optar pelo pacote escolar,
ou por 21 euros, caso a escolha recaia sobre o pacote completo. Se
integrar o grupo de padrinhos que ajudará uma turma, então, o montante
será de 26 euros por trimestre. "Um dos nossos grandes objectivos é a
frequência escolar e pode ir até ao final da faculdade", afirmou.
• Os restantes 20% do que é disponibilizado pelos "padrinhos" vão para "um
bolo comum que se destina a criar estruturas nas aldeias visadas",
pormenorizou. Estas podem ser escolas ou poços de água. São, aliás, estas
construções - que envolvem um trabalho permanente com cada
comunidade e que ultrapassam os limites da filantropia - que fazem do
CCS uma ONGD.
9. • Além da filantropia
• "Imagine que a criança tem material para ir à escola, mas que
na sua aldeia não há água. Para ajudar os pais, terá que ir
buscar a água a quilômetros de distância. As horas do
caminho,significam aulas perdidas", explica fonte do Instituto
Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD). O exemplo
demonstra a diferença entre filantropia e a lógica abrangente
do desenvolvimento.
• "Segundo as normas da UE, dos critérios de reconhecimento
de uma ONG para a cooperação do desenvolvimento estão
excluídas as ações de natureza filantrópica", explica Fátima
Proença, presidente da Plataforma das Organizações Não
Governamentais de Desenvolvimento. A responsável
acrescenta que "o trabalho de desenvolvimento implica
processos muito duradouros, estruturais".
10. • Nestesentido o CCS, registrado como ONGD, jáconstruiu, nas10
comunidadesquevisa, entreMoçambique, AngolaeNepal,uma
escolaedoispoçosdeágua. Paralelamente, investeem açõesde
sensibilização sobrecomo poupar água. Paraesteano, um dos
projeto passarápelaconstrução deumacooperativadepesca, numa
aldeiadeMoçambique.
• Em suma, o CCStrabalhaem duasvertentespor um lado, a
filantropia, numaperspectivamaisassistencial, cujo rosto éo
apadrinhamento decriançasàdistância; por outro lado, naáreado
desenvolvimento com um trabalho maisestrutural.
• Nestaúltimavertente, promoveaindaprojetosdesensibilização nas
escolasdo nosso país, numalógicadeeducação parao
desenvolvimento. "A intenção édemonstrar atravésdejogossobre
racionalização derecursoso quesepassano Terceiro Mundo",
concluiu JoanaClemente. Outrasinformaçõessão disponibilizadas
em www.ccspt.org