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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
DGESTE-DIREÇÃO GERAL
DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES
DIREÇÃO DE SERVIÇOS DA REGIÃO ALGARVE- DSRAL
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR.ª LAURA AYRES
UFCD- 0416 Inventário – 50 horas
INVENTÁRIO
É uma relação (rol, lista) de elementos patrimoniais com a indicação do seu valor. Pode ser Geral (quando é
constituído por todos os valores do património) ou Parcial.
Definição de Inventário (ou stock)
Acumulação de matérias-primas, produtos semi-acabados e/ou produtos acabados, bem como de sobressalentes
necessários à manutenção, num sistema produtivo
Em geral, os inventários correspondem a um investimento muito significativo das organizações;
Este “empate” de capital tem motivado uma tendência que aponta no sentido da racionalização dos inventários
O Inventário funciona como um fio condutor entre o fornecedor de matérias-primas e o cliente final:
Mercadorias
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
Produtos acabados e intermédios
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
Produtos e trabalhos em curso
Ativos biológicos
As quantias escrituradas nas contas desta classe terão em atenção o que em matéria de mensuração se estabelece
na NCRF 18 Inventários, pelo que serão corrigidas de quaisquer ajustamentos (imparidades) a que haja lugar.
TIPOS DE INVENTÁRIOS
PERMANENTE
Sistema de Inventário Permanente: Neste caso é possível saber a qualquer momento o valor do inventário em
armazém e apurar em qualquer momento os resultados das vendas. Por cada venda é registada o respetivo gasto.
Obrigatório para empresas de média e grande dimensão.
Com este sistema, o custo das existências vendidas e consumidas é conhecido a todo o momento, já que a
movimentação das contas de existências é feita sistematicamente
É um sistema que implica a existência de fichas de armazém, discriminando as quantidades e valores unitários dos
lotes, apurando-se assim o valor das existências finais, bem como o CEVC
É o que melhor serve os propósitos da gestão, já que sabendo-se sempre o CEVC, a informação sobre os resultados
da empresa está sempre disponível
Entrada de existências:
Critério geral: as entradas valorizam-se pelo custo de aquisição ou de produção (princípio do custo histórico)
Custo de aquisição inclui o preço de compra, impostos suportados, direitos aduaneiros, custos de transporte, etc.
Custo de produção é a soma dos custos das matérias-primas e outros materiais diretos, mão obra direta, custos
indiretos variáveis e fixos
Exceções ao critério geral: se o custo original (custo aquisição ou produção) for superior ao preço de mercado,
utiliza-se este último para valorizar as existências
Se à data do Balanço o preço de mercado for inferior ao custo original, a redução do valor das existências é feita
por uma conta de regularização do ativo – Provisões para depreciação de existências
Preço de Mercado = Custo de reposição quando se trata de bens adquiridos p/a produção (matérias-primas e out.
materiais)
Preço de mercado = Valor realizável líquido quando se trata de bens adquiridos para venda (mercadorias e
produtos)
INTERMITENTE
Sistema de Inventário Intermitente: O valor dos inventários em armazém e os resultados apurados, só é
determinável através de inventariações diretas dos valores em armazém, efetuadas periodicamente.
Inventário intermitente ou periódico: registam-se as compras, o inventário inicial e o inventário final
Com este sistema, o custo das existências vendidas e consumidas só pode ser apurado depois da contagem física
das existências e consequente apuramento das existências finais
É um sistema que, embora de fácil aplicação, não serve os propósitos da gestão, já que a informação sobre os
resultados da empresa depende sempre de uma contagem física
OBJETIVOS E PERIOCIDADE DO INVENTÁRIO
NÍVEL DE QUEBRA
Existem muitas formas de definir este conceito denominado Quebra.
Uma delas consiste “na parte dos lucros esperados que, de acordo com o nível de stocks nos inventários, não chega
a ser realizado”. Outra forma mais simples de o definir será considerar a Quebra como a diferença entre os stocks
teóricos de acordo com a actividade da empresa, e os stocks reais.
Estas Quebras têm a sua origem em três causas principais:
Furto externo: Provocado por pessoas alheias à empresa.
Furto interno: Produzido pelos empregados da própria organização ou por pessoas com relações de trabalho com a
empresa.
Erros de gestão: Derivados de falhas de gestão não intencionadas. Por exemplo, o registo de vendas com preços
errados, a não contabilização de quebras por obsolescência, etc.
A diferença de inventário
O primeiro passo para reduzir e combater o impacto da Quebra Desconhecida na nossa organização é conhecer e
reunir informação sobre este problema. Para o fazer, um passo imprescindível será calcular a diferença de
inventário.
A diferença de inventário é a diferença entre o inventário teórico e o inventário real ou físico; ou seja, a diferença
entre o que deveríamos ter de acordo com a nossa actividade empresarial e o que realmente temos:
Para poder falar do impacto da Quebra Desconhecida numa organização, a diferença de inventário deve ser
extrapolada para a actividade da empresa. Por isso, para determinar o nível de Quebra Desconhecida numa
organização podem ser utilizados vários índices:
Como percentagem do custo das Quebras relativamente ao número de vendas, valorizando as Quebras de produto
a preços de custo médio.
Como percentagem de unidades que faltam no total das unidades vendidas.
USOS E APLICAÇÕES DA DIFERENÇA DE INVENTÁRIO
Como indicado, a diferença de inventário irá permitir-nos medir o alcance da Quebra Desconhecida. Esta medição
não só deve ser feita para uma tomada de consciência do problema, como também deve constituir a base das
potenciais decisões correctoras. Assim, as diferenças de inventário podem servir-nos para fazer:
• Revisão ou estabelecimento de novos procedimentos internos (logística, segurança, encomendas, etc.).
• Adopção de medidas de segurança pontuais sobre determinados produtos, zonas, lojas, etc.
• Acções comerciais para expor o produto em locais mais seguros da loja.
As medidas correctoras que podem ser tomadas serão mais eficientes quanto maior for a qualidade da informação.
Esta qualidade será determinada por:
• A que nível da organização se realiza: Ou seja, se é feita ao nível da loja, secção, categoria, referência, etc.
• Frequência temporal do cálculo.
Além disso, o cálculo da diferença de inventário permite corrigir os desvios que possam existir no inventário teórico
relativamente à actividade real. Este facto é de vital importância, uma vez que o inventário teórico constitui a base
para a tomada de muitas decisões que transcendem o âmbito da Quebra Desconhecida e, além disso, um
inventário teórico deficiente pode levar a:
• Roturas de stock. Ex: Os sistemas de informação reflectem que existe produto na loja quando na realidade
não há.
• Implantações deficientes. Ex: O espaço que um produto ocupa no linear deveria estar em consonância,
entre outras questões, com a rotação do produto, e esta é calculada a partir do inventário teórico.
• Cadeias de abastecimento ineficientes. Ex: As políticas de abastecimento são estabelecidas a partir dos
dados do inventário teórico. Dados erróneos de inventário conduzem a um abastecimento ineficiente.
ERROS E PONTOS DE RISCO A TER EM CONTA NO CÁLCULO DA DIFERENÇA DE INVENTÁRIO
No cálculo do inventário teórico são cometidos os seguintes erros com frequência:
• Haver engano na selecção do corte dos últimos movimentos que vão ser considerados no cálculo do
inventário teórico. Exemplo: Se foram feitas vendas enquanto o inventário físico é realizado e estes
movimentos não forem incluídos no cálculo do inventário teórico que utilizaremos para calcular a
diferença, o resultado revelará que “faltam” unidades quando na realidade elas foram vendidas, mas não
incluídas no cálculo.
• Manusear informação errónea ou incompleta. Neste sentido, são especialmente críticos os seguintes
procedimentos e documentos:
A informação automática de venda diária das lojas. São fonte de inventários erróneos:
 Duplicação das vendas.
 Realização de envios incorretos de vendas.
 Mistura de artigos entre vários códigos.
 Notas de entrega de armazém.
 Faturas relativas a entregas directas na loja.
 Devoluções de produto.
 Regularizações de preço.
 Autoconsumos.
 Receções incorretas.
Para a realização do inventário físico constituem fontes de risco:
• Produtos que estão localizados em mais do que um ponto da loja, armazém… Isto pode fazer com que o
cálculo mostre Quebras de produto quando na realidade isso não acontece.
• Produtos com vários componentes: Se um dos componentes “desapareceu”, e não se pode comprovar que
estão todos, pode acontecer que na contagem física não se detecte esta Quebra.
• Armazém e lojas desarrumadas: Dificultam a tarefa da contagem física dos produtos.
MELHORES PRÁTICAS NO CÁLCULO DA DIFERENÇA DE INVENTÁRIO
Por isso é recomendável que se façam inventários físicos e teóricos e que se calcule a diferença de inventário, uma
vez que:
• Conhecer o problema é o primeiro passo para o solucionar.
• Com esta informação serão tomadas melhores medidas de prevenção e controlo.
• Constitui uma forma de consciencializar e envolver os trabalhadores da empresa na prevenção de Quebras
Desconhecidas.
É recomendado calcular a diferença de inventário com uma frequência proporcional ao risco que cada secção,
categoria, produto, etc. tenha em termos de furto ou erro. Para estabelecer esta frequência recomenda-se ter em
consideração o seguinte:
• A atractividade dos produtos sentida pelos ladrões. (ver O Furto interno na cadeia de abastecimento).
• A situação na loja. Os produtos localizados em pontos críticos da loja têm mais possibilidades de serem
furtados.
• A rotação do produto.
• O seu grau de perecibilidade.
• As diferenças de inventário detectadas anteriormente.
• A consistência dos dados anteriores.
Para evitar erros e ter em conta as muitas ocorrências possíveis no fluxo físico da mercadoria ao longo da cadeia de
abastecimento, recomenda-se que na realização dos inventários se possa ter a participação de forma directa ou
indirecta dos seguintes departamentos:
 Controlo de gestão.
 Exploração de lojas.
 Logística.
 Segurança.
É recomendável que sejam feitas acções de formação e de acompanhamento das pessoas envolvidas na realização
do inventário físico. O objectivo destas acções de formação é:
 Estabelecer melhores práticas como por exemplo, realização de uma análise prévia da contagem sobre a
localização dos produtos, especialmente os que estão situados em mais do que um local diferente.
 Unificar e normalizar aspetos como:
• A metodologia da contagem. Ex: De cima para baixo e da esquerda para a direita. Assim conseguiremos evitar
erros e acelerar o processo.
• A documentação de apoio a utilizar (formulários, tabelas, etc.)
Caso apareçam diferenças significativas nas últimas disparidades de inventário calculadas e a evolução dos dados
não seja muito consistente, recomenda-se:
 Rever a metodologia de cálculo.
 Aumentar a frequência de cálculo.
Caso não se disponha de sistemas de informação que o permitam, recomenda-se fazer o inventário físico com a
actividade da empresa parada (vendas, recepção de mercadoria, etc.).
Nas categorias ou produtos de risco de quebra elevado recomenda-se aumentar o nível de precisão dos
inventários.
Nesse sentido, entre outras questões, recomenda-se:
 Contar fisicamente duas vezes os produtos.
 Fazer comprovações aleatórias da integridade dos produtos (Ex: verificar se nas unidades de venda estão
todos os componentes).
Uma vez que a realização de um inventário físico requer muitos recursos humanos e técnicos e, frequentemente,
envolve a paragem da actividade da empresa, uma forma de manter o nível de implicação e consciencialização da
nossa empresa é a realização de “Inventários à distância”.
Exemplo:
 No caso de uma cadeia de lojas, a loja central solicita ao pessoal das lojas que no dia D contabilizem uma
amostra reduzida de referências.
 Posteriormente o pessoal da loja envia os dados e a loja central confronta os dados da contagem física
com os dados teóricos.
Em qualquer caso recomenda-se que os dados deste tipo de inventários não sejam vinculativos, e que só sejam
utilizados para aumentar a implicação e a consciencialização do pessoal, assim como detectar sinais de alarme.
MELHORES PRÁTICAS NA PONDERAÇÃO DO PESO DOS TRÊS FACTORES DETERMINANTES DE
QUEBRA DESCONHECIDA
Considerações prévias:
 O cálculo da diferença de inventário dá-nos o montante das quebras que a empresa sofreu, mas em
nenhum caso consegue determinar que parte dessa Quebra se deve a Furto externo, Furto interno e a
Erros.
 Para obter uma aproximação deste dado a única forma é reunir informação das ocorrências que
acontecem na empresa e, a partir dela, tirar conclusões que nos permitam ponderar o peso das três
causas.
A ponderação da importância dos três factores pode ajudar--nos a realizar um melhor diagnóstico da situação e,
portanto, pode ser-nos útil também no momento de alocar recursos.
Para determinar o peso dos três factores determinantes da Quebra Desconhecida, recomenda-se que seja reunida
informação e que se faça um registo dos factos que sejam a causa da Quebra Desconhecida ou das provas que
demonstrem que um destes factos aconteceu. Assim, as informações mais úteis para determinar o peso das três
causas são:
 As tentativas de furto que foram detectadas (produto, secção, etc.).
 As provas que demonstrem que aconteceu um furto: etiquetas electrónicas encontradas na loja, etiquetas
de preço arrancadas, etc.
 Discrepância detectada nas encomendas.
 Erros de fixação de preços.
Esta informação irá dar uma aproximação de como aconteceram os factos relativos ao furto externo, ao furto
interno e aos erros e, consequentemente, uma aproximação relativamente ao peso que tiveram cada uma destas
três causas no conjunto do montante da Quebra Desconhecida.
Manter um registo de todos esses factos que acontecem na empresa e fazer uma análise respectiva pode ser uma
tarefa demasiado árdua cujos benefícios não compensem o esforço de o fazer. Nestes casos, recomenda-se este
acompanhamento e uma posterior análise durante um período de tempo determinado e para uma amostra
significativa de lojas, armazéns... da organização, e extrapolar posteriormente as conclusões obtidas ao conjunto da
empresa.
MÉTODOS DE ABASTECIMENTO
Fonte do produto envolve a seleção de um fornecedor de bens, bem como os acordos sobre as especificações do
produto e sua entrega. Ele também pode envolver o fornecimento de serviços utilizados na produção e
comercialização de um produto. Os melhores métodos de fornecimento depende do contexto, como têm as suas
próprias vantagens e desvantagens. Assim, os métodos de sourcing (processo para encontrar as fontes para suprir
as necessidades do negócio) muitas vezes mudam ao longo do tempo como uma empresa evolui.
Na empresa de terceirização pode envolver uma ampla coordenação dos processos de produção, bem como
instalações e equipamentos adequados. Compra de tais instalações e contratação de pessoal qualificado pode
exigir um financiamento significativo e tempo, uma desvantagem. No entanto, em casa terceirização proporciona
às empresas um alto nível de controlo sobre o processo de abastecimento e pode vir a cortar custos, porque as
empresas não estão a pagar a outras pessoas para fazer o trabalho. Controlar mais aspectos da cadeia de
abastecimento é chamado de integração da cadeia de valor. Produção de bens em casa também permite que as
empresas a reter o conhecimento se a fabricação de seus produtos depende de tecnologias desenvolvidas in-
house. Nesses casos, as empresas tipicamente ainda deve usar material direto da fonte, que é a aquisição de
materiais utilizados para criar o produto.
Terceirização
Compra de mercadorias ou produtos completos de fornecedores pode ser uma grande vantagem se fabricação de
produtos da empresa é altamente complexa. Com a terceirização, as empresas podem simplificar as suas
operações. Desafios da terceirização incluem saber se os materiais foram produzidos de forma sustentável e em
conformidade com os regulamentos e normas aplicáveis. As empresas podem rapidamente ganhar publicidade
negativa se os seus fornecedores offshore violam os direitos humanos, por exemplo.
Personalização
Os gerentes de projeto muitas vezes trabalham de perto com os fornecedores para personalizar bens ao invés de
comprar bens preconcebidos. Os clientes que comprarem os produtos podem ter a oportunidade de personalizar
os produtos de maneiras muito específicas. A satisfação do cliente é uma grande vantagem desta estratégia. O
gerente de projeto deve trabalhar em estreita colaboração com a empresa de fabricação dos produtos. Uma
grande desvantagem é que, se para a produção firme, as operações ou os preços sobem, o gerente de projeto pode
ter dificuldade em encontrar uma empresa para preencher esse papel.
Competitiva de Sourcing
No competitivo sourcing, um gerente de projeto concentra-se no uso de alavancagem financeira para conduzir o
melhor negócio com um fornecedor. O Preço torna-se um ponto fulcral, e a empresa não necessariamente esperar
para ter um relacionamento de longo prazo. Isso pode ajudar o gerente de projeto para obter o melhor negócio,
mas pode limitar a inovação e colaboração em design de produto.
Colaborativo de Sourcing
Por outro lado, colaboração de objetivos de sourcing para cultivar a longo prazo, as relações mutuamente
benéficas com fornecedores. As empresas trabalham em conjunto para criar produtos inovadores. Isso ajuda a um
gerente de produto para diferenciar os produtos da empresa a partir dos concorrentes e estabelecer uma fonte de
suprimento confiável. O gerente de produto pode pagar mais pelas mercadorias, mas a relação positiva entre as
empresas, muitas vezes leva a uma maior qualidade dos produtos, potencialmente melhorando o retorno.
NÍVEL DE STOCK DE CADA REFERÊNCIA
PLANEAMENTO DE MATERIAL
O sistema de planeamento de material, estabelecimento como MRP (Material Requirements Planning), é original
da década dos anos 60, permite que as empresas calculem quantos materiais de determinado tipo são necessários
e em que momento, objetivando o cumprimento de entregas de produtos sempre com o mínimo de stock
necessário.
O processo de planeamento do MRP, evoluiu, como todo processo pela melhoria contínua das organizações, de
modo a satisfazer as necessidades e atendimentos da evolução tecnológica.
Ficando então definido como sendo um plano global para o planeamento e monitoramento de todos os recursos
de uma empresa de manufatura, marketing, finanças e engenharia, ou seja é a integração de toda a empresa.
Outro programa de controlo é o MPS (Master Production Schedule), o qual é a programação mestra de produção.
Tal planeamento dará base de informações ao MRP, quando levarão em consideração além das previsões de
vendas (procura), outros fatores como carteira de pedidos, disponibilidade de material, metas de forma a
estabelecer com antecedência a melhor estratégia de produção ou compras.
OBJETIVOS DO MRP
O desafio de planear e controlar os stocks e transportar a satisfação dos clientes, sejam internos ou externos, com
o menor investimento possível, é o objetivo primordial deste sistema, onde serão constantemente calculadas as
variações através de:
 Rotatividade de stock – na análise de Custo do capital; Custo de manutenção/ armazenagem, obsolescência,
 Atendimento ao cliente – nas faltas de material, onde reprogramações para a eliminação de custos como
horas extras e desgastes com os clientes,
 Produtividade – em paralisações de equipamentos e da produção da organização ou desperdícios em geral.
 Utilização da capacidade – na utilização económica dos recursos das instalações,
 Custo de material – nas decisões de - O quê?, Como?, quando? E Onde? Devem ser avaliadas a fim de evitar
custos adicionais.
 Custos do sistema – na eliminação de retrabalhos, em que resultam no conhecido apagar incêndios.
TERMINOLOGIA EMPREGADA NO SISTEMA
Tornam-se bastante interessantes às definições e emprego de termos utilizados na área da organização, pois
obteremos uma melhor forma de entendimento entre os planeadores de material.
As colocações abaixo apresentadas, são as mais usuais nas organizações, porém existem variações por regionalismo
ou adaptações a programas informatizados.
Como define a Norma ISO 9001, os termos devem ser definidos em Manuais e Procedimentos da Qualidade.
Stock – quando se está a falar dos materiais em geral, armazenados pela empresa,
Material – quando se está a falar sobre determinado item ou pequeno grupo (família) de item.
Procura (P) – em alguns casos utilizada a letra “C”. - é a quantidade consumida ou requisitada para uso em um
determinado período.
Procura Média Mensal (Pm) – é a quantidade média de material consumido em um determinado período.
Procura Reprimida – é quando se está a falar do não atendimento a solicitações de material. Na realidade está
relacionada a falta de stock (materiais “zero” em quantidades)
Tempo de Ressuprimento (TR) – é o espaço de tempo decorrido entre a data da emissão da requisição para compra
e aquela em que o material é recebido pelo armazém, podendo ser considerados: tempo de processo de compra e
entrega pelo fornecedor.
Lote de Compra (LC) – é a quantidade de material solicitada em cada ressuprimento de stock.
Ressuprimento – processo de suprir as quantidades que faltam, quer dizer, reabastecer o stock com quantidades,
comprar mais material.
Ponto de Ressuprimento (PR) ou Ponto de Encomenda (PE) ou Ponto de Pedido (PP) – corresponde ao nível de
stock que ao ser atingido indica a necessidade de ressuprimento.
Stock Máximo (SM) – é a quantidade máxima de material a ser mantida em Stock.
Stock Mínimo (Sm) – é a quantidade mínima a ser estabelecida ao atendimento da organização.
Stock de Segurança (SS) – é a quantidade de material destinada a evitar rutura de stock, ocasionada por dilatação
de tempo de ressuprimento (atrasos na entrega ou qualidade) ou aumento da procura em relação ao previsto.
Lista de Material ou Relatórios de Stock – é a relação de todos os itens de materiais controlados pela empresa.
Devido a expansão dos processos, as Listas de Material estão sendo classificadas por famílias de material ou por
classificação ABC ou por tipo de equipamento aplicado, como forma de redução de custo na impressão das
mesmas.
Lead Time – é o tempo de ressuprimento ou o número de frações de tempo entre a liberação do pedido até o
recebimento de determinado item de material. O Lead Time pode ser encontrado com a terminologia Tempo de
atendimento.
Inventário – é a contagem física a ser confrontada com os controlos definidos pela empresa, podendo ser estes
controlos manuais ou informatizados.
Visão geral do MRP
NÍVEIS DE STOCK
Os níveis de stock são aqueles que determinam as ações de reposição ou de cautelas a serem tomadas quanto as
quantidades armazenadas.
Normalmente apresentam-se através de gráficos, onde a abscissa (centrada no eixo x) representa o tempo
decorrido da procura do stock e o eixo das ordenadas (centrado no eixo Y) representa as quantidades de unidades
consumidas ou adquiridas.
Desta forma, a visualização da tendência dos stocks torna-se mais fácil a tomadas de decisão.
Exemplo:
A forma das curvas será variável de acordo com a procura do item. Isto quer dizer, que poderá ser do tipo dente de
serra ou de Gauss.
Em um gráfico dente de serra, teremos a noção de que o item foi consumido em quantidades iguais a cada mês
uniformemente, chegando a zero.
CONSIDERAÇÕES DOS GRÁFICOS DE STOCK
No caso do gráfico dente de serra ser identificado, temos as seguintes questões:
 Não existem alterações de consumo durante o tempo T.
 Não existirem falhas administrativas que provoquem um esquecimento ao solicitar a compra.
 O fornecedor da peça nunca atrasa a sua entrega.
 Nenhuma entrega do fornecedor foi rejeitada pelo controlo de qualidade.
Assim após projetarmos as quantidades de um determinado item de stock, em um gráfico, e este resultar na
representação tipo dente de serra, poderá adotar critérios de planeamento de administração de stock, sendo entre
muitos, o Just in Time, sistema este de planeamento que proporcionará a entrega em tempo e quantidades sem
variação dos pedidos emitidos, pois ficou definido pelo gráfico que o fornecedor do item possui qualidades de
atendimento em prazo e qualidade dentro dos padrões de atendimento, o que elimina custos adicionais.
Porém como nem todos os itens se enquadram com essa característica de curva (dente de serra), torna-se
necessário a configuração de fórmulas destinadas a cálculos que apresentem valores apropriados a análise crítica
do item.
TEMPO DE REPOSIÇÃO OU DE RESSUPRIMENTO (TR)
O tempo de reposição é um dos cálculos simples e importantíssimo a ser analisado, pois a não observância desse
fator poderá acarretar a falta do item, pois entre vários fatores envolve:
 Emissão da Requisição de Compra/ pedido/ verificação de orçamento – tempo previsto até a definição para
chegar o pedido ao fornecedor selecionado.
 Preparação do pedido – tempo que leva do fornecedor fabricar/ embalar/ faturar e deixá-lo em condições
de ser transportado.
Transporte – tempo que leva para sair do fornecedor até o recebimento do solicitante.
Então o ponto de pedido de reposição, será definido quando o saldo de stock estiver abaixo ou igual à determinada
quantidade chamada ponto de pedido.
Ponto de Pedido (PP) ou Reposição (PR) ou Encomenda (PE)
Será calculado com a fórmula:
PP = Emi + (C x Tr) ou PP = SS + (C x Tr)
Sendo: PP = Ponto de Pedido
Tr = Tempo de reposição
C = Consumo Médio Mensal (empresas usam P referente a procura)
Sm = Stock mínimo
SS = Stock de segurança
Stock mínimo (Sm).
Usa-se o modelo para cálculo de stock mínimo:
a – fórmula simples
Sm = C x K
Onde: C = consumo médio mensal
K = fator de segurança
No fator de segurança, caso queiramos ter uma falha de apenas 10 % em nossos stocks, usaremos 0,90.
Isso quer dizer que queremos uma garantia de que somente em 10% das vezes o stock desta peça esteja zero.
b – fórmula da raiz quadrada
Usa-se quando ;
 O consumo durante o tempo de reposição for pequeno, menor que 20 unidades.
 O consumo for irregular.
 A quantidade requisitada ao armazém for igual a 1.
Em = √C x Tr
Exemplo: uma peça é consumida a uma razão de 30 unidades por mês, e seu tempo de reposição é de dois meses.
Qual é o ponto de pedido, uma vez que o stock mínimo deve ser de um mês de consumo?
PP = Sm + (C x Tr)
PP = (30 x 2) + 30
PP = 90 unidades.
Quer dizer quando o Stock virtual chegar a 90 unidades, deverá ser emitido um pedido de compra.
Stock Virtual
Também chamado de stock disponível, vem a ser a soma dos saldos em questão: saldo físico no armazém,
saldo de pedidos já confirmados no fornecedor, saldo em requisição de compra, saldo constantes na área de
inspeção.
Stock virtual = Stock Físico + saldo de fornecimento + saldo de inspeção
Stock virtual = Stock Físico + Saldo de fornecimento.
Stock Máximo
Será o valor encontrado da soma do Stock de Segurança (SS) com a Quantidade de pedido (PP).
Smáx = SS + Quantidade pedida.
Fator de segurança (K)
O fator de segurança K, é a prevenção de falhas nas entregas ou em procuras não previstas. Os valores
adotados devem ser definidos pela gerência, pois variarão conforme a criticidade e o valor de consumo obtido pela
classificação ABC.
A tabela abaixo é orientativa, podendo estar sendo alterada conforme a necessidade do empreendimento.
Verificamos que o fator K é menor quanto aos valores ABC, porém definidos dentro da criticidade do item.
Stock de cobertura (SC)
Este valor é calculado para a obtenção da relação entre o stock e o consumo, indicando por quanto tempo o stock
suportará o consumo sem que haja reposição.
Ponto de Pedido
Stock mínimo
Stock máximo
Stock virtual
Stock de cobertura
POLÍTICA DE DIMINUIÇÃO DO NÍVEL DE QUEBRA
QUEBRA DESCONHECIDA NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
Causas / Pontos de risco:
• Pretende-se indicar pontos críticos, áreas de atuação, onde deve recair toda a atenção e possíveis ações
de controlo e prevenção.
• Melhores Práticas e ferramentas para a prevenção e o controlo da Quebra Desconhecida.
•
FURTO INTERNO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
Causas / Pontos de risco
A gestão dos recursos humanos da empresa.
Os seguintes fatores têm influência no comportamento dos colaboradores e portanto também podem agir como
inibidores ou potenciadores de certos comportamentos desonestos:
 Ambiente laboral: Nível de implicação, motivação, etc.
 Política de recursos humanos e de contratação: Duração dos contratos, rotação do pessoal, políticas de
retribuição, etc.
O produto. O risco de um artigo poder ser furtado aumentará em função da sua atratividade para o potencial
ladrão.
Os parâmetros que determinam esta atratividade são:
 O valor.
 A novidade.
 A facilidade de venda.
 A facilidade de ser furtado (tamanho, etc.).
 Localização nas instalações (existem partes das instalações onde é mais simples “agir”).
Os procedimentos. A forma como são concebidos ou sejam executados os procedimentos será determinante para
inibir ou facilitar os comportamentos desonestos. Neste sentido os maiores riscos na cadeia de abastecimento são:
 As encomendas em que não é possível controlar o conteúdo no momento da entrega.
 As entregas em que se desconhece o seu conteúdo exato.
 As entregas ‘cegas’ (não é controlado o conteúdo dos envios no ato da receção da mercadoria).
Melhores práticas na prevenção e controlo do Furto interno
Antes de mais, é recomendável estabelecer:
 Normas de funcionamento interno, tanto para o funcionamento geral da empresa, como para os
procedimentos mais críticos, e fazer uma avaliação e o acompanhamento constante da aplicação destas
normas.
 Medidas de prevenção e controlo dos produtos e nomear responsáveis encarregados de aplicar estas
medidas.
É recomendado valorizar e analisar, ao nível em que seja necessário e possível (empresa, departamento,
organização, empregado...) uma série de fatores que atuam como potenciadores ou inibidores de comportamentos
desonestos.
Os fatores em concreto são:
 A tentação. Esta variará em função:
 Da necessidade do empregado.
 Da cupidez do empregado.
 O nível de tolerância entre os quadros relativamente às ações desonestas contra a própria empresa.
 A facilidade de cometer furto interno em cada departamento, empregado... Esta variará em função de três
fatores:
 Acesso à mercadoria.
 Tempo disponível.
 Posição que ocupa.
A perceção do empregado sobre as possíveis repercussões que possa ter um comportamento desonesto. Esta
dependerá:
 Do “medo” de ser apanhado.
 Do “medo” de ser castigado.
 De se sentir culpado.
A valorização destes fatores irá permitir que sejam tomadas medidas de prevenção e controlo mais adequadas a
cada caso. Em concreto trata-se de:
 Evitar que sejam criadas perceções entre os empregados:
“A empresa já ganha dinheiro suficiente”
Neste caso existe um elevado nível de tolerância relativamente às pessoas que cometem ações desonestas.
“Aqui roubar é muito fácil”
Os empregados não têm medo nem de serem apanhados nem de serem castigados.
 E de trabalhar de forma eficiente o conceito de:
“A empresa é a minha casa”
 Fatores como a cultura empresarial, a integração do empregado e a política de recursos humanos, atuam
como inibidores das tentações que os empregados possam ter.
 De notar que a aplicação de determinadas medidas de controlo sobre os empregados pode ter efeitos
contrários sobre o facto de que os trabalhadores verem a empresa como “a sua casa”.
FURTO EXTERNO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
Causas / Pontos de risco
Tal como se viu no capítulo anterior, o risco de um artigo ser furtado aumentará em função do seu grau de
atratividade para o possível ladrão. Os parâmetros que determinam esse grau de atratividade são:
 O valor
 A novidade
 A facilidade de venda
 Facilidade de ser furtado (tamanho, etc.)
 Localização nas instalações
O transporte. As operações de transporte estão sujeitas a uma série de procedimentos de elevado risco (carga,
descarga, entregas...).
Além disso, deve ter-se em conta que as ações de furto costumam acontecer com a cumplicidade das pessoas que
têm acesso à mercadoria, quer sejam externas como internas à organização.
Melhores práticas na prevenção e controlo do furto externo
É recomendado que sejam tomadas medidas de controlo e prevenção nos seguintes âmbitos:
Controlo de edifícios
 Controlar o acesso às instalações de pessoas e veículos alheios.
 Atribuir acreditações às pessoas alheias à organização e colocar distintivos nos veículos externos para que
sejam identificados no interior.
 Atribuir cartões de identificação a todos os empregados que tenham acesso às instalações.
 Reduzir na medida do possível o número de entradas e saídas às instalações.
 Manter permanentemente vigiadas as portas por onde entram e saem veículos e pessoal.
 Construir cercas à volta do edifício. É recomendado:
 Fazer inspeções diárias.
 Evitar armazenar materiais ao pé das cercas.
 Relativamente ao estacionamento de veículos, é recomendado:
 Sinalizar as zonas e os lugares.
 Localizar o estacionamento dos empregados longe dos edifícios.
 Prever lugares para as visitas.
 Potenciar iluminação uma vez que:
 Constitui um elemento de segurança para o vigia.
 É um elemento dissuasivo de grande importância.
Controlo de mercadoria
 Não permitir que estacionem veículos particulares nas zonas de carga e descarga, ou em zonas adjacentes
aos edifícios onde é armazenado produto.
 Manter vigiadas zonas críticas como o acesso dos vestuários à zona onde está a mercadoria, o acesso aos
cais...
 Guardar as mercadorias de mais valor em zonas especialmente vigiadas e registar os movimentos de
entrada e saída a essas zonas: data, hora, número do selo...
Sobre o papel e as funções que o camionista deve desempenhar é recomendado
 Que esteja presente durante a carga e a descarga.
 Que assuma a responsabilidade de que a mercadoria que figura na nota de entrega seja a que carregou e
descarregou ao nível da unidade de expedição.
 Contingências: É recomendado que o camionista possua um documento que certifique que se viu obrigado
a retirar o selo do veículo por exigência das forças da ordem. Caso esta circunstância aconteça, o
documento também deve certificar que o veículo foi de novo selado na presença das forças da ordem.
Para isso, logicamente, o camionista deverá receber selos de reserva.
Tecnologia aplicada ao controlo e prevenção durante o transporte de mercadorias e às funções associadas a este
 Global Positioning Systems (GPS): Esta tecnologia permite fazer um acompanhamento do movimento das
cargas. Além disso, graças a ela também é possível disponibilizar informações precisas sobre o local, a
situação dos envios e se são utilizados alarmes para detetar se a carga do veículo foi violada.
 Selagem da carga ou do camião: Deixar registo que o conteúdo da carga ou do camião foi violado.
 Caso receba cargas seladas certifique-se que os selos não foram manipulados e que os números do selo
estão corretos.
Tecnologia aplicada ao controlo e à prevenção na cadeia de abastecimento
 Alarmes de deteção nas entradas e nas saídas.
 Circuito Fechado de Televisão.
ERROS DE GESTÃO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
Os erros são falhas na gestão, não detetadas, que fazem com que as contas dos resultados apresentem valores
inferiores.
Alguns exemplos seriam a anotação de vendas com preços incorretos, a não contabilização de Quebras de
produtos, elaboração de encomendas incorretas...
Os erros na cadeia de abastecimento costumam originar:
 Dissonância entre os fluxos físicos de mercadoria e o fluxo de informação associada, levando a diferenças
no inventário por:
 Quantidades de produto incorretas.
 Produtos incorretos (referência, formato...).
 Deterioração dos produtos.

CAUSAS / PONTOS DE RISCO DE ERROS NA CADEIA DE ABASTECIMENTO
As principais causas de dissonância entre o fluxo físico de mercadoria e o fluxo de informação são:
 Falta de formação e de meios materiais adequados para o tratamento da informação.
 Falta de Alinhamento de Ficheiros Mestres:
Por isto entende-se que os agentes que intervêm na cadeia de abastecimento manuseiam a mesma informação
atualizada de produto (formato promocional, dimensões, preço...).
Os seguintes procedimentos acarretam maior risco para a dissonância entre o fluxo físico de mercadoria e o fluxo
de informação:
 A preparação das encomendas.
 Os processos de entrega e a receção da mercadoria, especialmente as entregas que se fazem diretamente
na loja.
 A gestão das devoluções e os produtos estragados.
A deterioração dos produtos acontece por não existirem instalações adequadas que permitam:
 Manter uma temperatura adequada para a conservação dos produtos.
 Execução de uma “paletização” correta.

MELHORES PRÁTICAS NA PREVENÇÃO E NO CONTROLO DOS ERROS
É recomendado basear a prevenção e o controlo dos erros na cadeia de abastecimento:
 Numa definição eficiente dos procedimentos mais críticos.
 No controlo sobre a execução dos mesmos.
 No manuseamento e no fluxo da informação adequada na cadeia da oferta.
 Na utilização eficiente das ferramentas adequadas.
É recomendado realizar ações de formação dos empregados sobre:
 Aplicação dos procedimentos estabelecidos.
 Utilização e manuseamento das ferramentas necessárias.
Mais concretamente, indicaremos de seguida um conjunto de melhores práticas e ferramentas cuja aplicação
contribui para melhoramentos significativos na eficiência do fluxo de mercadoria e de informação na cadeia de
abastecimento:
 Preparação de encomendas, manipulação, carga, transporte, descarga e receção da mercadoria.
 (Intercâmbio Eletrónico de Dados) EDI: Através de mensagens de linguagem standard EANCOM para EDI,
as empresas podem, entre outras questões, de uma forma standard e integrada e automaticamente nos
sistemas das empresas:
 Comunicar com antecedência o conteúdo exato dos envios.
 Confirmar a receção da mercadoria e informar de possíveis ocorrências no processo de receção.
 Informar sobre a situação concreta das encomendas.
 Codificação EAN.UCC 128: É um sistema de identificação criado para ambientes não retalhistas (armazém),
para ligar o fluxo físico de mercadorias ao fluxo de informação e facilitar a integração dos fluxos de
informação entre as empresas. A codificação EAN.UCC 128, entre outras questões, permite:
 Automatizar a gestão dos armazéns (Ex: A leitura do código permite colocar a mercadoria no
armazém em função da data de validade do produto, informação incluída no código EAN.UCC 128).
 Agilizar os processos de receção de mercadoria. Com a leitura do SSCC (Código Seriado de Unidade
de Envio ou Número de Matrícula) que possui a etiqueta EAN.UCC 128, é possível relacionar o
conteúdo do envio com o aviso de expedição que se fez previamente com a mensagem DESADV da
linguagem EANCOM do EDI.
Em suma, estas ferramentas aliadas às melhores práticas permitem reduzir as ocorrências e controlar os pontos de
risco que constituem uma fonte de erros na cadeia logística:
 Agilizam e aumentam a qualidade da informação para os fluxos administrativos e operacionais.
 Reduzem ocorrências nas entregas e no processo de faturação.
 Aumentam os níveis de informação e localização dos produtos.
QUEBRA DESCONHECIDA em loja
Este capítulo é estruturado em três blocos correspondentes aos três fatores que deram origem à Quebra
Desconhecida: Furto externo, Furto interno e Erros administrativos. Dentro de cada bloco serão abordadas:
• Causas e pontos de risco.
• Melhores práticas na prevenção
FURTO INTERNO NA LOJA
Formas de furto interno
O Furto interno no ambiente da loja pode assumir múltiplas formas. Estas são as mais comuns e de maior
ocorrência:
 Furto de mercadoria.
 Autoconsumos: Ingerir bebidas ou produtos de consumo rápido (iogurtes, sumos, etc.).
 Furto de dinheiro vivo.
 Manipulação de P.V.P.
 Artimanha arquitetada com alguém externo à empresa na linha das caixas ou à saída da loja.
Causas / Pontos de risco
A gestão dos recursos humanos da empresa. Tal como foi referido no capítulo correspondente à cadeia de
abastecimento, existem uma série de fatores que influenciam o comportamento dos colaboradores da empresa e
portanto também podem atuar como inibidores ou potenciadores de certos comportamentos desonestos:
 Ambiente laboral.
 Política de contratação.
O produto. Na loja, o risco de um artigo ser furtado, quer seja por uma pessoa externa ou interna, aumentará em
função da sua atratividade para o possível ladrão. Tal como se viu no ponto “Quebra Desconhecida na cadeia de
abastecimento”, os parâmetros que determinam esta atratividade são os seguintes:
 O valor.
 A novidade.
 A facilidade de venda.
 A facilidade de ser furtado (tamanho, etc.)
 A sua localização nas instalações.
Os procedimentos. A forma como foram concebidos ou se executam determinados procedimentos será
determinante para inibir ou facilitar os comportamentos desonestos. Assim, os de maior risco no seio da loja são:
 As compras feitas por colaboradores da empresa.
 Compras feitas com desconto devido a pequenos defeitos da mercadoria.
 Determinadas entregas de mercadoria na loja (ver ponto Causas / Ponto de Risco de Furto interno na
cadeia de abastecimento).
Determinados pontos da loja. Na loja existem zonas onde a tentação e a oportunidade de cometer uma Acão
desonesta contra a própria empresa são maiores, nomeadamente:
 As linhas das caixas.
 As zonas dos provadores.
 As zonas de receção da mercadoria.
 O armazém da loja.
Melhores práticas na prevenção e controlo do Furto Interno na loja
Em primeiro lugar, é recomendado que se faça uma valorização e uma análise, ao nível necessário e possível,
(empresa, departamento, organização...) dos fatores que atuam como potenciadores ou inibidores de
comportamentos desonestos.
Assim, conseguiremos aplicar as medidas de prevenção e controlo mais adequadas (ver ponto Melhores práticas na
prevenção e controlo do furto interno na cadeia da abastecimento).
É recomendado estabelecer normas de funcionamento interno e medidas de prevenção nos pontos e nos
procedimentos mais críticos da organização
Nota: Antes de implementar este tipo de medidas, é recomendado que se faça uma valorização das mesmas a
partir dos seguintes pontos de vista:
 Eficácia do controlo e dissuasão das ações desonestas.
 Efeitos e consequências que podem ter na implicação e na motivação dos empregados no projeto da
empresa;
Ver o efeito “A empresa é a minha casa” do ponto “Melhores práticas na prevenção e no controlo do Furto interno
na cadeia de abastecimento”.
É recomendado a título de norma de funcionamento interno para toda a empresa, que não seja permitido:
 Comprar nas lojas da empresa durante o horário de trabalho.
 As pessoas encarregadas das caixas registadoras, fazerem elas próprias a cobrança das suas compras.
Na linha das caixas da loja, é recomendado que sejam tomadas medidas de prevenção e acompanhamento,
nomeadamente:
 Existência permanente de um registro dos tickets e da pessoa encarregada da caixa.
 Realização de controlos de exceção na linha das caixas no que se refere a:
 Anulações de tickets.
 Marcações manuais de preços (sem a leitura do código de barras do scanner).
 Compras elevadas.
 Mais de uma compra “debitada” num mesmo “cartão de cliente” (pode acontecer que a pessoa
responsável da linha das caixas esteja a fazer uma “atribuição própria” para o seu cartão de cliente dos
“pontos” das compras dos clientes).
Nota: Este tipo de controlos devem servir para nos “avisar” que pode existir a possibilidade que se estejam a
cometer ações de furto interno. Por isso, por se tratar unicamente de uma possibilidade, e por se tratar de
empregados da própria empresa, é recomendado que se seja extremadamente cuidadoso com as medidas que
venham a ser tomadas.
FURTO EXTERNO NA LOJA
Formas de Furto externo na loja
Apesar da maioria das vezes o Furto externo consistir no furto de mercadorias, este não é a única forma de Acão
desonesta cometida por pessoas externas à empresa. Assim, as mais comuns são:
 Pagamento com moeda falsa.
 Pagamento com cartões falsos ou roubados.
 Alteração de preços.
Pontos de risco e fatores causadores de Furto externo na loja
As tipologias de ladrões, motivações, formas de proceder e impactos são muito díspares. Assim, o comportamento
de um cliente tentado a roubar um produto é muito diferente ao de um bando de ladrões profissionais que agem
em grupo.
Apesar da dificuldade de definição dos vários estereótipos, podemos estabelecer a seguinte classificação onde se
preveem as principais tipologias de pessoas suscetíveis de cometer um furto:
As formas de proceder e as técnicas dos ladrões podem variar muito dependendo do tipo de loja, nível de
“profissionalização” do ladrão, tipo de produto... Deve ter-se em conta que estas técnicas estão em constante
evolução dado que acompanham os avanços técnicos ao nível da prevenção e do controlo do furto.
Estes são alguns dos últimos “avanços” e modus operandi mais utilizados:
• “Sacos metálicos de outras lojas” (Sacos forrados por dentro com papel de alumínio): Estes sacos servem
de escudo às etiquetas antifurto que os produtos têm e fazem com que as antenas detetoras não as
detetem.
• “Casacos de forro duplo”
Permitem ocultar os produtos subtraídos.
• Mudança das etiquetas de preços e dos códigos de barras.
Desta forma é alterado o preço do artigo.
• “Técnica dos dois carrinhos”
Dois clientes vão fazer compras juntos, por exemplo um “casal”, e dirigem-se à linha das caixas com dois carrinhos
cheios. Fazem “passar” pela caixa registadora os produtos do primeiro carrinho e, enquanto a empregada da caixa
contabiliza os produtos do segundo, o homem dirige-se ao parque de estacionamento com os produtos do primeiro
carrinho com a desculpa de os ir arrumando no carro. Quando a empregada acaba de passar os produtos do
segundo carrinho e chega a altura de pagar, a mulher diz à empregada que é o homem que tem a carteira e que
tem que o ir buscar. Sai da loja e vão-se embora com os produtos do primeiro carrinho, que normalmente costuma
ter os produtos de maior valor.
• “Trabalho em equipa”
Grupos de pessoas que aparentemente não estão juntas:
Enquanto umas cumprem a função de despistar o pessoal da loja, outras podem dedicar-se a arrancar as etiquetas
antifurto e outras a levar os produtos.
Procedimentos e pontos críticos da loja:
• As zonas dos provadores: Por questões óbvias estas zonas facilitam o ladrão a dar os passos prévios
(ocultar, arrancar a etiqueta, etc.) para tirar o artigo da loja.
• As “zonas mortas”: Atrás dos pilares, cantos escuros, etc. nos quais uma pessoa se pode esconder.
• As portas de emergência: Estas não costumam ter antenas detetoras de etiquetas antifurto e não estão
fechadas (por se tratar de saídas de emergência).
• As devoluções de produto.
•
Melhores práticas na prevenção, controlo e dissuasão do Furto externo na loja
De seguida passamos a explicar uma série de medidas de controlo e prevenção do Furto externo na loja. Antes de
ser feita a sua implementação recomendamos que seja feita a sua valorização de acordo com os seguintes pontos
de vista:
• Eficácia no controlo, prevenção e dissuasão das ações desonestas.
• Adequação à política comercial da empresa: Algumas medidas de controlo e prevenção podem alterar e
até incomodar a experiência de compra dos clientes e portanto podem ter efeitos contraproducentes na
estratégia da empresa.
Assim, é recomendável que sejam realizadas ações de formação e consciencialização entre os empregados uma vez
que as pessoas constituem, sem nenhum tipo de dúvida, a melhor ferramenta de controlo e prevenção.
É recomendado colocar os produtos mais críticos de serem roubados nas zonas mais visíveis da loja.
Identificação de sinais suspeitos: É recomendado prestar atenção aos seguintes comportamentos:
• Clientes que prestam mais atenção aos empregados da loja do que aos produtos.
• Clientes com casacos quando o tempo é quente.
• Clientes que ficam muito tempo nas zonas próximas da saída.
• Clientes que andam com carrinhos de bebé.
• Clientes que chegam logo de manhã durante o horário de abertura, quando a loja está a fechar ou ao
meio-dia (são momentos em que a atenção dos empregados pode ser baixa).
Perante estes sinais suspeitos, é recomendável utilizar as seguintes ações de atendimento como elemento de
dissuasão:
 Cumprimentar o cliente: Frases como “Bom dia” ou “Já o venho atender” contribuirão para que o
potencial ladrão se sinta observado.
 Prestar um serviço rápido e eficiente.
 Não deixar o departamento ou a zona de venda abandonada.
• Perante atos de furto externo, e para deter um suposto ladrão, é recomendado:
 Esperar que o suposto ladrão já não tenha opção de pagar os produtos (Exemplo: Depois de ter
passado a linha das caixas).
 Deter o suposto ladrão e oferecer-lhe a possibilidade de pagar os produtos (“Penso que se esqueceu
de pagar os produtos que tem consigo”).
 Caso a pessoa se recuse a pagar, avisar as forças da autoridade.
É recomendado dar formação aos empregados da loja acerca dos seguintes aspetos:
• Identificação de sinais suspeitos.
• Ações de como atender o cliente.
• Gestão das devoluções.
•
Sistemas de proteção no local de venda
De seguida passamos a explicar alguns dos sistemas de proteção dos produtos que mais se destacam e utilizam nas
lojas, sendo por vezes igualmente aplicados noutros âmbitos.
Sistemas de proteção eletrónicos:
• Etiquetas Eletrónicas Anti-roubo (EAS): Atualmente estas etiquetas baseiam-se em três tecnologias que
são incompatíveis entre si (Eletromagnetismo, Acusto-magnetismo e Radiofrequência), ou seja, as
etiquetas de um sistema não são detetadas pelos equipamentos baseados noutra tecnologia.
• As etiquetas encontram-se incorporadas no produto e a proteção consiste em antenas protetoras
existentes na linha das caixas ou à saída do estabelecimento que acionam os alarmes, ou seja, “tocam”, ao
detetar uma etiqueta que não foi desativada ou extraída do produto.
• A etiqueta pode ser incorporada no artigo:
 No exterior.
 No “packaging”.
 Dentro do produto: Neste caso deve-se ter em conta a natureza do produto (componentes, processo
de fabrico, etc.) uma vez que a inclusão da etiqueta pode provocar alterações e danificar o artigo.
Além disso, alguns materiais impedem o funcionamento da etiqueta, fazendo com que as antenas
não as detetem.
• Estas etiquetas, em cada uma das diferentes tecnologias, podem apresentar vários formatos:
 Autocolante ou mole.
 Rígida (Costuma ser utilizada em artigos têxteis). Existe uma modalidade com tinta que suja o artigo
caso se tente arrancar a etiqueta.
• A não desativação ou extração da etiqueta quando o cliente tiver adquirido o produto faz com que saiam
para o mercado etiquetas “vivas”, ou seja, artigos com uma etiqueta ativada. Isto poderá causar muitos
inconvenientes aos consumidores uma vez que quando entram noutro estabelecimento com antenas
detetoras os alarmes são ativados causando múltiplos inconvenientes e desconfiança no sistema. Por isso
é recomendado que se desative ou extraiam as etiquetas (Nos países da União Europeia a desativação é
obrigatória estando prevista na legislação vigente).
• CCTV (Circuito Fechado de Televisão): Estes sistemas podem revestir várias modalidades:
 Com gravação ou sem gravação.
 Com transmissão à distância (o acompanhamento e o controlo do sistema são feitos à distância).
 Com câmaras fixas ou móveis.
 Com câmaras ocultas ou visíveis.
 Protetores de produto eletrónicos: São instrumentos que ativam um alarme caso um produto tenha
sido “violado”.
Estes instrumentos podem proteger artigos individuais ou um conjunto de artigos situados numa vitrina.
Aparelhos de deteção de notas falsas
Permitem averiguar a autenticidade da nota.
Sistemas de proteção físicos
• Caixas
São utilizadas para produtos de pequeno tamanho de preço elevado (CD, DVD, filmes de vídeo, etc.).
• Barras de fixação
São utilizadas para produtos como casacos para que o cliente possa aceder a eles sem a vigilância de um
empregado.
• Vitrinas
• Espelhos
Permitem uma visão ampla do estabelecimento desde vários pontos.
• Lupas
Costumam ser utilizadas na linha das caixas para que as empregadas das caixas possam ter uma visão completa de
todo o carrinho sem necessidade de se levantar.
Sistemas de proteção do edifício da loja
Trata-se dos mesmos sistemas de proteção utilizados em armazéns, plataformas, etc.. Os mais usuais são:
 CCTV (Circuito Fechado de Televisão): Neste caso “vigia” o exterior do edifício.
 Alarmes de deteção de intrusão.
ERROS DE GESTÃO NA LOJA
Os Erros de gestão são falhas de gestão que fazem com que as contas de resultados apresentem valores inferiores,
uma vez que criam diferenças entre a atividade teórica e a atividade real da loja.
Erros de gestão mais frequentes na loja
Receções erradas de mercadoria que derivam em discrepância entre o fluxo físico e o fluxo de informação.
Erros na integridade dos preços dos produtos:
 Não coincidência dos preços marcados na central com os preços da loja.
 Não coincidência dos preços do linear com os preços gravados nos sistemas.
 Erros na marcação manual do preço na linha das caixas.
Erros aquando da realização do inventário (ver ponto Erros a evitar e pontos de risco no cálculo da diferença de
inventário).
Não registrar devidamente altas e baixas no inventário não devidas à atividade regular da loja:
 Produtos que são retirados por terem ultrapassado a validade ou por se terem deteriorado.
 Quebras de produto.
 Devoluções dos produtos, tanto por parte dos clientes à loja, como da loja a fornecedores, armazéns...
Discrepância, involuntária, entre o número ou a quantidade real dos produtos vendidos e o número ou quantidade
teórica que o cliente adquire. Exemplos mais comuns:
 É vendido um 1 kg de laranjas mas a máquina regista 800 g
 Um cliente compra uma embalagem de 10 pacotes de leite mas na caixa o scanner lê o código de barras
correspondente a uma unidade de consumo, ou seja, 1 pacote. Neste caso existirá uma discrepância de 9
unidades.
Promoções erradas. Exemplos:
 3 x 2 em produtos errados.
 Vender produtos em promoção fora do período estabelecido.
Vendas de produtos antes de ser autorizada a sua venda: Isto poderá fazer com que os sistemas não registem a
venda e portanto originam uma discrepância entre o inventário teórico e o físico.
Melhores práticas na prevenção e deteção de erros na loja
É recomendado que se realize, para os empregados da loja, ações de formação ou de consciencialização sobre os
impactos que os erros mencionados no ponto anterior têm na atividade da empresa.
É recomendado estabelecer e promover procedimentos de controlo na definição e na execução da política de
preços na empresa. Exemplos:
 Recolher periodicamente amostras de determinadas referências e comprovar a coincidência entre os
preços fixados na central, os preços no linear e os preços nos sistemas.
 Realizar ações de formação e consciencialização sobre como proceder na linha das caixas.
É recomendado elaborar e promover normas e procedimentos para a fixação, execução e controlo das ofertas e
das promoções.
Em concreto:
 Coordenar de forma precisa com as lojas o período das promoções.
 Recolher periodicamente amostras de determinadas ações promocionais e comprovar a coincidência entre
o que foi planeado, registado nos sistemas e o que se está a executar na loja.
Para evitar que os produtos se deteriorem e tenham de ser deitados fora, é recomendado:
 Estabelecer normas para o correto armazenamento e conservação dos produtos.
 Dar formação aos empregados sobre como proceder no corte, desmonte... de determinados produtos.
É recomendado realizar controlos periódicos para comprovar o bom funcionamento dos aparelhos de medição e de
valorização dos produtos de peso variável (balanças, etc.).
Para que a atividade teórica da loja seja um fiel reflexo da sua atividade real, é recomendado documentar e
estabelecer os pertinentes canais de comunicação para que todas as ocorrências que saiam da atividade regular
das vendas fiquem devidamente registadas, nomeadamente:
 Quebras e validade dos produtos perecíveis.
 Deteção de produtos em mau estado.
 Devoluções por parte dos clientes.
 Devoluções de produto aos fornecedores.
 Envios da loja para outras lojas da cadeia.
PERIODICIDADE
Em qualquer organização existe a necessidade de realizar inventários de modo a ter uma clara noção da
mercadoria existente em stock e das necessidades de aprovisionamento futuro. Este processo, quando efetuado de
forma manual, sem o auxílio de um potente instrumento de gestão, torna-se num processo bastante moroso.
ANUAL
Realizar um inventário anual é comum quando as empresas não usam ciclo de contagem de procedimentos e de
software ou quando eles têm um pequeno número de itens. Muitas empresas também realizar inventário anual
para contagens de ciclo corretas dentro do software de entrar no novo ano civil e usar a perda dessa conta como
uma dedução fiscal, muitas vezes significativa. Alguns também amarrar revisão anual um gerente de operações e
da gratificação de desempenho para a precisão da contagem deste fim de ano.
SAZONAL
Outro intervalo usado por alguns modelos de negócios é um inventário sazonal. Estes podem ser inventários
pontuais ou contagens completas. O motivo principal por trás desses estoques envolve tanto mudança das
estações e as tendências ou deterioração do produto. Em vestuário, por exemplo, algumas empresas executar
qualquer um inventário completo ou parcial perto do final de uma temporada para verificar se eles têm vendido
através do inventário sazonal no lugar da mercadoria nova que está sendo abastecido em seu lugar. Em empresas
que vendem produtos perecíveis, é necessário para verificar se você não está vendendo mercadorias vencidas que
estão em violação dos códigos de saúde ou que possa prejudicar o cliente. Estes são comumente controlos
pontuais para apoiar os totais de ciclo de contagem de inventário.
PERMANENTE
Uma maneira comum e precisa para realizar o inventário é usar o software de inventário permanente. Como o
inventário é recebido em stock, vendido, voltou à loja e, em seguida, para o fabricante, que é controlado pelo
software. Empregados executar controlos locais de pequenas seções do negócio ao longo do ano, sem interromper
horas de loja. Este ciclo de contagem permite geralmente figuras de inventário up-to-date. Para que este seja o seu
método de inventário só, deve executar contagens aleatórias frequentes do indivíduo, maior roubo de itens para
verificar a autenticidade. Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites permitem ciclo de contagem como uma
opção viável.
PERIÓDICO
Outras empresas optam por um inventário periódico. Isso está intimamente relacionada à contagem de ciclo, mas
tenta ser mais sistemática. Algumas empresas executar essas contagens periódicas completos a cada três ou seis
meses para verificar a exatidão de seu ciclo de contagem e não apenas a realização de verificações no local dos
itens comumente perdidos. Uma vantagem deste método é que a perda por causa de roubo é dedutível. Ele
também poderia levar a uma maior precisão do seu sistema de ciclo de contagem.
PROCESSO DE INVENTÁRIO
O inventário é uma tarefa importante em muitas empresas. Ela compreende o valor total dos bens dessa empresa
ou de um setor específico da mesma, e o processo de contá-las. Muitas empresas fazem verificações de inventário
periódicas para garantir que eles não fiquem sem artigos importantes, enquanto outras coincidem a quantidade
total de produtos encomendados com a contagem física. Se este processo resultar em excesso ou falta de um ou
vários produtos, ele irá alertá-lo sobre problemas como, controlo de stock incorreto ou possível roubo.
PLANIFICAÇÃO PROCESSO
1º Encontre um bom lugar com espaço suficiente para manter os stocks. Este pode ser um armário vazio, um
pequeno escritório ou um armazém.
 Certifique-se que o espaço escolhido é limpo, seco e bem iluminado.
 Verifique se há espaço e prateleiras suficientes para acomodar o stock.
 Proteja o inventário bloqueando a porta no final do dia.
2º Desenvolva um sistema de inventário que funcione para a empresa. Os sistemas de inventários podem variar de
algo muito simples a um sistema mais elaborado.
 Organize stocks principais de modo que sejam facilmente acessíveis.
 Mantenha itens de stocks iguais juntos. Por exemplo, se stockar uma grande variedade de cartuchos de
impressora, mantenha-os em uma única prateleira e organize-os por marca e modelo.
 Etiquete todas as prateleiras ou caixas de armazenamento, tornando itens de inventário fáceis de
encontrar.
3º Determine qual o método de controlo de stock que funciona melhor para a empresa. Há uma série de opções
para escolher.
 Se tiver uma pequena quantidade de stock, pode achar mais fácil rastreá-lo manualmente.
 Escolha um programa que seja fácil de trabalhar, como o Excel, ou uma cópia gratuita de um software de
conferência de inventário.
 Crie uma lista com linhas e colunas suficientes para identificar cada item de stock. Inclua o item e sua
descrição, o código, o estilo, ou número do modelo. Observe a data em que recebeu o item, o custo, a
quantidade e a data que foi usado ou vendido.
4º Registe o inventário. Organizar produtos facilita a contagem e o registo de todos os itens do seu stock.
5º Verifique a contagem de inventário. Se a contagem de stock inicial é imprecisa, será impossível confirmá-la com
a contagem final do seu inventário.
6º Lembre-se de controlar todos os itens de stock em ambas as direções, os itens que entram e itens que saem.
7º Realize o procedimento do inventário físico em bases regulares. Pode programar esta atividade mensalmente,
trimestralmente ou anualmente.
Importante:
 Ao aceitar a mercadoria, assegure-se de que recebeu o número exato de caixas indicadas na guia de
remessa.
 Se mais de uma pessoa lida com o inventário, mantenha uma cópia do processo de inventário acessível
para todos os funcionários.
 Para necessidades de stock mais complexas, considere a atualização para um sistema profissional de
conferência de inventário.
CALENDARIZAÇÃO DO INVENTÁRIO
Inventários bem sucedidos são feitos em horários nos quais a empresa não tem movimento de saída de stock, ou
quando não há produção em andamento: madrugadas, fins de semana ou feriados são os horários ideais.
ORGANIZAÇÃO PRÉVIA
Organize o armazém ou espaço de stock antes de começar: tente agrupar o máximo possível produtos iguais; nessa
organização, aproveite também para limpar os espaços! O processo de inventário de stock fica menos penoso
quando o espaço está limpo.
Identifique os diferentes espaços antes de fazer a contagem: numere prateleiras, vitrinas, gavetas etc.. Ao anotar a
quantidade dos produtos, associe a contagem ao local onde os produtos estão stockados. Isso facilita muito para
auditar e para fazer as próximas contagens.
PREPARAÇÃO DO MATERIAL DE CONTAGEM
Conte item por item: pegue na mão cada um dos produtos. Uma caixa na qual caberiam 20 itens, pode ter, por
engano, 21 ou 19.
Ao terminar a primeira rodada de contagens dos produtos, uma segunda pessoa deve recontar todos eles
novamente. Esse processo garante a captura de possíveis falhas humanas.
CONTROLO DAS CONTAGENS
O controlo adequado dos stocks constitui uma mais-valia para as organizações que comercializam, utilizam ou
incorporam produtos e bens, que permite contagens de inventários periódicas, independentes e sem ocupar os
recursos operacionais da empresa, muitas vezes escassos.
A Processo pode assumir as seguintes tarefas e responsabilidades:
 Efetuar a contagem.
 Isolar os produtos com erro, para além do erro de quantidade.
 Registar as diferenças no seu sistema informático.
 Re-etiquetar os produtos e as posições de armazém, à medida que realiza a contagem física de inventário.
O serviço inclui um relatório final sobre as diferenças verificadas e sugestões de melhoria dos processos de
armazém, caso se entendam necessárias.
TRATAMENTO DO INVENTÁRIO
O inventário representa uma contagem física dos itens de stock ou dos imobilizados realizada pela empresa,
visando saber a quantidade real de bens em seu poder, quer seja de sua propriedade ou não. Esta contagem
quantitativa depende da existência de controlos analíticos adequados e atualizados, aliados a um bom sistema de
controlo interno, sem o qual a empresa não consegue fazer comparativos da posição atual e medições de
eficiência.
A utilização do inventário pelas empresas é um instrumento operacional dos mais importantes, tendo em vista sua
repercussão no levantamento do balanço e dos resultados operacionais. Como ferramenta de gerência, reflete o
grau de aprimoramento dos mecanismos de controlo de entrada e saída de recursos (stock, imobilizados), servindo
de suporte às atividades de correção de controlo quando apurados desvios de valores.
A existência destes controlos internos é básica para qualquer empresa organizada avaliar o que possui e medir os
desvios nos controlos adotados. Os resultados obtidos vão servir para disparar uma série de medidas
administrativas por parte do gestor, visando aprimorar o trabalho da organização e promover o crescimento da
mesma.
Para que se possa realizar um inventário de forma eficaz, é necessário ter-se um stock devidamente organizado,
com recursos previamente identificados ou etiquetados e armazenar estas informações num sistema. Após essas
operações, realiza-se a contagem dos recursos. Caso seja realizada a contagem física, torna-se necessário fazer a
digitação das quantidades dos recursos.
Em seguida, faz-se uma conferência dos relatórios, que consiste na comparação das quantidades de recursos entre
contagens, caso sejam realizadas mais de uma contagem. Também pode ser feita através de uma comparação do
saldo armazenado no sistema de stock com as quantidades obtidas através da contagem inventariada.
RECONCILIAÇÃO DOS STOCKS
Comparação do stock físico com o registo de stock no sistema e efetuar os ajustes necessários.
A reconciliação físico-contabilística é o processo através do qual os registos de inventário de imobilizado recebem a
informação financeira. Após a fase de inventário, o software realizará uma consulta dos registos financeiros de
aquisição da sua empresa (que podem ser submetidos em formato electrónico) e cruzará essa informação com
todos os registos de inventário.
A reconciliação físico-contabilística é o processo através do qual os registos de inventário de imobilizado recebem a
informação financeira. Após a fase de inventário, o software realizará uma consulta dos registos financeiros de
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0416 - manual.doc

  • 1. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DGESTE-DIREÇÃO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES DIREÇÃO DE SERVIÇOS DA REGIÃO ALGARVE- DSRAL AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR.ª LAURA AYRES UFCD- 0416 Inventário – 50 horas
  • 2. INVENTÁRIO É uma relação (rol, lista) de elementos patrimoniais com a indicação do seu valor. Pode ser Geral (quando é constituído por todos os valores do património) ou Parcial. Definição de Inventário (ou stock) Acumulação de matérias-primas, produtos semi-acabados e/ou produtos acabados, bem como de sobressalentes necessários à manutenção, num sistema produtivo Em geral, os inventários correspondem a um investimento muito significativo das organizações; Este “empate” de capital tem motivado uma tendência que aponta no sentido da racionalização dos inventários O Inventário funciona como um fio condutor entre o fornecedor de matérias-primas e o cliente final: Mercadorias Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Produtos acabados e intermédios Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos Produtos e trabalhos em curso Ativos biológicos As quantias escrituradas nas contas desta classe terão em atenção o que em matéria de mensuração se estabelece na NCRF 18 Inventários, pelo que serão corrigidas de quaisquer ajustamentos (imparidades) a que haja lugar.
  • 3. TIPOS DE INVENTÁRIOS PERMANENTE Sistema de Inventário Permanente: Neste caso é possível saber a qualquer momento o valor do inventário em armazém e apurar em qualquer momento os resultados das vendas. Por cada venda é registada o respetivo gasto. Obrigatório para empresas de média e grande dimensão. Com este sistema, o custo das existências vendidas e consumidas é conhecido a todo o momento, já que a movimentação das contas de existências é feita sistematicamente É um sistema que implica a existência de fichas de armazém, discriminando as quantidades e valores unitários dos lotes, apurando-se assim o valor das existências finais, bem como o CEVC É o que melhor serve os propósitos da gestão, já que sabendo-se sempre o CEVC, a informação sobre os resultados da empresa está sempre disponível Entrada de existências: Critério geral: as entradas valorizam-se pelo custo de aquisição ou de produção (princípio do custo histórico) Custo de aquisição inclui o preço de compra, impostos suportados, direitos aduaneiros, custos de transporte, etc. Custo de produção é a soma dos custos das matérias-primas e outros materiais diretos, mão obra direta, custos indiretos variáveis e fixos Exceções ao critério geral: se o custo original (custo aquisição ou produção) for superior ao preço de mercado, utiliza-se este último para valorizar as existências Se à data do Balanço o preço de mercado for inferior ao custo original, a redução do valor das existências é feita por uma conta de regularização do ativo – Provisões para depreciação de existências Preço de Mercado = Custo de reposição quando se trata de bens adquiridos p/a produção (matérias-primas e out. materiais) Preço de mercado = Valor realizável líquido quando se trata de bens adquiridos para venda (mercadorias e produtos)
  • 4. INTERMITENTE Sistema de Inventário Intermitente: O valor dos inventários em armazém e os resultados apurados, só é determinável através de inventariações diretas dos valores em armazém, efetuadas periodicamente. Inventário intermitente ou periódico: registam-se as compras, o inventário inicial e o inventário final Com este sistema, o custo das existências vendidas e consumidas só pode ser apurado depois da contagem física das existências e consequente apuramento das existências finais É um sistema que, embora de fácil aplicação, não serve os propósitos da gestão, já que a informação sobre os resultados da empresa depende sempre de uma contagem física OBJETIVOS E PERIOCIDADE DO INVENTÁRIO NÍVEL DE QUEBRA Existem muitas formas de definir este conceito denominado Quebra. Uma delas consiste “na parte dos lucros esperados que, de acordo com o nível de stocks nos inventários, não chega a ser realizado”. Outra forma mais simples de o definir será considerar a Quebra como a diferença entre os stocks teóricos de acordo com a actividade da empresa, e os stocks reais. Estas Quebras têm a sua origem em três causas principais: Furto externo: Provocado por pessoas alheias à empresa. Furto interno: Produzido pelos empregados da própria organização ou por pessoas com relações de trabalho com a empresa. Erros de gestão: Derivados de falhas de gestão não intencionadas. Por exemplo, o registo de vendas com preços errados, a não contabilização de quebras por obsolescência, etc. A diferença de inventário O primeiro passo para reduzir e combater o impacto da Quebra Desconhecida na nossa organização é conhecer e reunir informação sobre este problema. Para o fazer, um passo imprescindível será calcular a diferença de inventário. A diferença de inventário é a diferença entre o inventário teórico e o inventário real ou físico; ou seja, a diferença entre o que deveríamos ter de acordo com a nossa actividade empresarial e o que realmente temos:
  • 5. Para poder falar do impacto da Quebra Desconhecida numa organização, a diferença de inventário deve ser extrapolada para a actividade da empresa. Por isso, para determinar o nível de Quebra Desconhecida numa organização podem ser utilizados vários índices: Como percentagem do custo das Quebras relativamente ao número de vendas, valorizando as Quebras de produto a preços de custo médio. Como percentagem de unidades que faltam no total das unidades vendidas. USOS E APLICAÇÕES DA DIFERENÇA DE INVENTÁRIO Como indicado, a diferença de inventário irá permitir-nos medir o alcance da Quebra Desconhecida. Esta medição não só deve ser feita para uma tomada de consciência do problema, como também deve constituir a base das potenciais decisões correctoras. Assim, as diferenças de inventário podem servir-nos para fazer: • Revisão ou estabelecimento de novos procedimentos internos (logística, segurança, encomendas, etc.). • Adopção de medidas de segurança pontuais sobre determinados produtos, zonas, lojas, etc. • Acções comerciais para expor o produto em locais mais seguros da loja. As medidas correctoras que podem ser tomadas serão mais eficientes quanto maior for a qualidade da informação. Esta qualidade será determinada por: • A que nível da organização se realiza: Ou seja, se é feita ao nível da loja, secção, categoria, referência, etc. • Frequência temporal do cálculo. Além disso, o cálculo da diferença de inventário permite corrigir os desvios que possam existir no inventário teórico relativamente à actividade real. Este facto é de vital importância, uma vez que o inventário teórico constitui a base para a tomada de muitas decisões que transcendem o âmbito da Quebra Desconhecida e, além disso, um inventário teórico deficiente pode levar a: • Roturas de stock. Ex: Os sistemas de informação reflectem que existe produto na loja quando na realidade não há. • Implantações deficientes. Ex: O espaço que um produto ocupa no linear deveria estar em consonância, entre outras questões, com a rotação do produto, e esta é calculada a partir do inventário teórico.
  • 6. • Cadeias de abastecimento ineficientes. Ex: As políticas de abastecimento são estabelecidas a partir dos dados do inventário teórico. Dados erróneos de inventário conduzem a um abastecimento ineficiente. ERROS E PONTOS DE RISCO A TER EM CONTA NO CÁLCULO DA DIFERENÇA DE INVENTÁRIO No cálculo do inventário teórico são cometidos os seguintes erros com frequência: • Haver engano na selecção do corte dos últimos movimentos que vão ser considerados no cálculo do inventário teórico. Exemplo: Se foram feitas vendas enquanto o inventário físico é realizado e estes movimentos não forem incluídos no cálculo do inventário teórico que utilizaremos para calcular a diferença, o resultado revelará que “faltam” unidades quando na realidade elas foram vendidas, mas não incluídas no cálculo. • Manusear informação errónea ou incompleta. Neste sentido, são especialmente críticos os seguintes procedimentos e documentos: A informação automática de venda diária das lojas. São fonte de inventários erróneos:  Duplicação das vendas.  Realização de envios incorretos de vendas.  Mistura de artigos entre vários códigos.  Notas de entrega de armazém.  Faturas relativas a entregas directas na loja.  Devoluções de produto.  Regularizações de preço.  Autoconsumos.  Receções incorretas. Para a realização do inventário físico constituem fontes de risco: • Produtos que estão localizados em mais do que um ponto da loja, armazém… Isto pode fazer com que o cálculo mostre Quebras de produto quando na realidade isso não acontece. • Produtos com vários componentes: Se um dos componentes “desapareceu”, e não se pode comprovar que estão todos, pode acontecer que na contagem física não se detecte esta Quebra. • Armazém e lojas desarrumadas: Dificultam a tarefa da contagem física dos produtos.
  • 7. MELHORES PRÁTICAS NO CÁLCULO DA DIFERENÇA DE INVENTÁRIO Por isso é recomendável que se façam inventários físicos e teóricos e que se calcule a diferença de inventário, uma vez que: • Conhecer o problema é o primeiro passo para o solucionar. • Com esta informação serão tomadas melhores medidas de prevenção e controlo. • Constitui uma forma de consciencializar e envolver os trabalhadores da empresa na prevenção de Quebras Desconhecidas. É recomendado calcular a diferença de inventário com uma frequência proporcional ao risco que cada secção, categoria, produto, etc. tenha em termos de furto ou erro. Para estabelecer esta frequência recomenda-se ter em consideração o seguinte: • A atractividade dos produtos sentida pelos ladrões. (ver O Furto interno na cadeia de abastecimento). • A situação na loja. Os produtos localizados em pontos críticos da loja têm mais possibilidades de serem furtados. • A rotação do produto. • O seu grau de perecibilidade. • As diferenças de inventário detectadas anteriormente. • A consistência dos dados anteriores. Para evitar erros e ter em conta as muitas ocorrências possíveis no fluxo físico da mercadoria ao longo da cadeia de abastecimento, recomenda-se que na realização dos inventários se possa ter a participação de forma directa ou indirecta dos seguintes departamentos:  Controlo de gestão.  Exploração de lojas.  Logística.  Segurança. É recomendável que sejam feitas acções de formação e de acompanhamento das pessoas envolvidas na realização do inventário físico. O objectivo destas acções de formação é:  Estabelecer melhores práticas como por exemplo, realização de uma análise prévia da contagem sobre a localização dos produtos, especialmente os que estão situados em mais do que um local diferente.  Unificar e normalizar aspetos como: • A metodologia da contagem. Ex: De cima para baixo e da esquerda para a direita. Assim conseguiremos evitar erros e acelerar o processo. • A documentação de apoio a utilizar (formulários, tabelas, etc.) Caso apareçam diferenças significativas nas últimas disparidades de inventário calculadas e a evolução dos dados não seja muito consistente, recomenda-se:  Rever a metodologia de cálculo.
  • 8.  Aumentar a frequência de cálculo. Caso não se disponha de sistemas de informação que o permitam, recomenda-se fazer o inventário físico com a actividade da empresa parada (vendas, recepção de mercadoria, etc.). Nas categorias ou produtos de risco de quebra elevado recomenda-se aumentar o nível de precisão dos inventários. Nesse sentido, entre outras questões, recomenda-se:  Contar fisicamente duas vezes os produtos.  Fazer comprovações aleatórias da integridade dos produtos (Ex: verificar se nas unidades de venda estão todos os componentes). Uma vez que a realização de um inventário físico requer muitos recursos humanos e técnicos e, frequentemente, envolve a paragem da actividade da empresa, uma forma de manter o nível de implicação e consciencialização da nossa empresa é a realização de “Inventários à distância”. Exemplo:  No caso de uma cadeia de lojas, a loja central solicita ao pessoal das lojas que no dia D contabilizem uma amostra reduzida de referências.  Posteriormente o pessoal da loja envia os dados e a loja central confronta os dados da contagem física com os dados teóricos. Em qualquer caso recomenda-se que os dados deste tipo de inventários não sejam vinculativos, e que só sejam utilizados para aumentar a implicação e a consciencialização do pessoal, assim como detectar sinais de alarme. MELHORES PRÁTICAS NA PONDERAÇÃO DO PESO DOS TRÊS FACTORES DETERMINANTES DE QUEBRA DESCONHECIDA Considerações prévias:  O cálculo da diferença de inventário dá-nos o montante das quebras que a empresa sofreu, mas em nenhum caso consegue determinar que parte dessa Quebra se deve a Furto externo, Furto interno e a Erros.  Para obter uma aproximação deste dado a única forma é reunir informação das ocorrências que acontecem na empresa e, a partir dela, tirar conclusões que nos permitam ponderar o peso das três causas. A ponderação da importância dos três factores pode ajudar--nos a realizar um melhor diagnóstico da situação e, portanto, pode ser-nos útil também no momento de alocar recursos. Para determinar o peso dos três factores determinantes da Quebra Desconhecida, recomenda-se que seja reunida informação e que se faça um registo dos factos que sejam a causa da Quebra Desconhecida ou das provas que demonstrem que um destes factos aconteceu. Assim, as informações mais úteis para determinar o peso das três causas são:  As tentativas de furto que foram detectadas (produto, secção, etc.).
  • 9.  As provas que demonstrem que aconteceu um furto: etiquetas electrónicas encontradas na loja, etiquetas de preço arrancadas, etc.  Discrepância detectada nas encomendas.  Erros de fixação de preços. Esta informação irá dar uma aproximação de como aconteceram os factos relativos ao furto externo, ao furto interno e aos erros e, consequentemente, uma aproximação relativamente ao peso que tiveram cada uma destas três causas no conjunto do montante da Quebra Desconhecida. Manter um registo de todos esses factos que acontecem na empresa e fazer uma análise respectiva pode ser uma tarefa demasiado árdua cujos benefícios não compensem o esforço de o fazer. Nestes casos, recomenda-se este acompanhamento e uma posterior análise durante um período de tempo determinado e para uma amostra significativa de lojas, armazéns... da organização, e extrapolar posteriormente as conclusões obtidas ao conjunto da empresa. MÉTODOS DE ABASTECIMENTO Fonte do produto envolve a seleção de um fornecedor de bens, bem como os acordos sobre as especificações do produto e sua entrega. Ele também pode envolver o fornecimento de serviços utilizados na produção e comercialização de um produto. Os melhores métodos de fornecimento depende do contexto, como têm as suas próprias vantagens e desvantagens. Assim, os métodos de sourcing (processo para encontrar as fontes para suprir as necessidades do negócio) muitas vezes mudam ao longo do tempo como uma empresa evolui. Na empresa de terceirização pode envolver uma ampla coordenação dos processos de produção, bem como instalações e equipamentos adequados. Compra de tais instalações e contratação de pessoal qualificado pode exigir um financiamento significativo e tempo, uma desvantagem. No entanto, em casa terceirização proporciona às empresas um alto nível de controlo sobre o processo de abastecimento e pode vir a cortar custos, porque as empresas não estão a pagar a outras pessoas para fazer o trabalho. Controlar mais aspectos da cadeia de abastecimento é chamado de integração da cadeia de valor. Produção de bens em casa também permite que as empresas a reter o conhecimento se a fabricação de seus produtos depende de tecnologias desenvolvidas in- house. Nesses casos, as empresas tipicamente ainda deve usar material direto da fonte, que é a aquisição de materiais utilizados para criar o produto. Terceirização Compra de mercadorias ou produtos completos de fornecedores pode ser uma grande vantagem se fabricação de produtos da empresa é altamente complexa. Com a terceirização, as empresas podem simplificar as suas operações. Desafios da terceirização incluem saber se os materiais foram produzidos de forma sustentável e em conformidade com os regulamentos e normas aplicáveis. As empresas podem rapidamente ganhar publicidade negativa se os seus fornecedores offshore violam os direitos humanos, por exemplo. Personalização
  • 10. Os gerentes de projeto muitas vezes trabalham de perto com os fornecedores para personalizar bens ao invés de comprar bens preconcebidos. Os clientes que comprarem os produtos podem ter a oportunidade de personalizar os produtos de maneiras muito específicas. A satisfação do cliente é uma grande vantagem desta estratégia. O gerente de projeto deve trabalhar em estreita colaboração com a empresa de fabricação dos produtos. Uma grande desvantagem é que, se para a produção firme, as operações ou os preços sobem, o gerente de projeto pode ter dificuldade em encontrar uma empresa para preencher esse papel. Competitiva de Sourcing No competitivo sourcing, um gerente de projeto concentra-se no uso de alavancagem financeira para conduzir o melhor negócio com um fornecedor. O Preço torna-se um ponto fulcral, e a empresa não necessariamente esperar para ter um relacionamento de longo prazo. Isso pode ajudar o gerente de projeto para obter o melhor negócio, mas pode limitar a inovação e colaboração em design de produto. Colaborativo de Sourcing Por outro lado, colaboração de objetivos de sourcing para cultivar a longo prazo, as relações mutuamente benéficas com fornecedores. As empresas trabalham em conjunto para criar produtos inovadores. Isso ajuda a um gerente de produto para diferenciar os produtos da empresa a partir dos concorrentes e estabelecer uma fonte de suprimento confiável. O gerente de produto pode pagar mais pelas mercadorias, mas a relação positiva entre as empresas, muitas vezes leva a uma maior qualidade dos produtos, potencialmente melhorando o retorno. NÍVEL DE STOCK DE CADA REFERÊNCIA PLANEAMENTO DE MATERIAL O sistema de planeamento de material, estabelecimento como MRP (Material Requirements Planning), é original da década dos anos 60, permite que as empresas calculem quantos materiais de determinado tipo são necessários e em que momento, objetivando o cumprimento de entregas de produtos sempre com o mínimo de stock necessário. O processo de planeamento do MRP, evoluiu, como todo processo pela melhoria contínua das organizações, de modo a satisfazer as necessidades e atendimentos da evolução tecnológica. Ficando então definido como sendo um plano global para o planeamento e monitoramento de todos os recursos de uma empresa de manufatura, marketing, finanças e engenharia, ou seja é a integração de toda a empresa. Outro programa de controlo é o MPS (Master Production Schedule), o qual é a programação mestra de produção. Tal planeamento dará base de informações ao MRP, quando levarão em consideração além das previsões de vendas (procura), outros fatores como carteira de pedidos, disponibilidade de material, metas de forma a estabelecer com antecedência a melhor estratégia de produção ou compras.
  • 11. OBJETIVOS DO MRP O desafio de planear e controlar os stocks e transportar a satisfação dos clientes, sejam internos ou externos, com o menor investimento possível, é o objetivo primordial deste sistema, onde serão constantemente calculadas as variações através de:  Rotatividade de stock – na análise de Custo do capital; Custo de manutenção/ armazenagem, obsolescência,  Atendimento ao cliente – nas faltas de material, onde reprogramações para a eliminação de custos como horas extras e desgastes com os clientes,  Produtividade – em paralisações de equipamentos e da produção da organização ou desperdícios em geral.  Utilização da capacidade – na utilização económica dos recursos das instalações,  Custo de material – nas decisões de - O quê?, Como?, quando? E Onde? Devem ser avaliadas a fim de evitar custos adicionais.  Custos do sistema – na eliminação de retrabalhos, em que resultam no conhecido apagar incêndios.
  • 12. TERMINOLOGIA EMPREGADA NO SISTEMA Tornam-se bastante interessantes às definições e emprego de termos utilizados na área da organização, pois obteremos uma melhor forma de entendimento entre os planeadores de material. As colocações abaixo apresentadas, são as mais usuais nas organizações, porém existem variações por regionalismo ou adaptações a programas informatizados. Como define a Norma ISO 9001, os termos devem ser definidos em Manuais e Procedimentos da Qualidade. Stock – quando se está a falar dos materiais em geral, armazenados pela empresa, Material – quando se está a falar sobre determinado item ou pequeno grupo (família) de item. Procura (P) – em alguns casos utilizada a letra “C”. - é a quantidade consumida ou requisitada para uso em um determinado período. Procura Média Mensal (Pm) – é a quantidade média de material consumido em um determinado período. Procura Reprimida – é quando se está a falar do não atendimento a solicitações de material. Na realidade está relacionada a falta de stock (materiais “zero” em quantidades)
  • 13. Tempo de Ressuprimento (TR) – é o espaço de tempo decorrido entre a data da emissão da requisição para compra e aquela em que o material é recebido pelo armazém, podendo ser considerados: tempo de processo de compra e entrega pelo fornecedor. Lote de Compra (LC) – é a quantidade de material solicitada em cada ressuprimento de stock. Ressuprimento – processo de suprir as quantidades que faltam, quer dizer, reabastecer o stock com quantidades, comprar mais material. Ponto de Ressuprimento (PR) ou Ponto de Encomenda (PE) ou Ponto de Pedido (PP) – corresponde ao nível de stock que ao ser atingido indica a necessidade de ressuprimento. Stock Máximo (SM) – é a quantidade máxima de material a ser mantida em Stock. Stock Mínimo (Sm) – é a quantidade mínima a ser estabelecida ao atendimento da organização. Stock de Segurança (SS) – é a quantidade de material destinada a evitar rutura de stock, ocasionada por dilatação de tempo de ressuprimento (atrasos na entrega ou qualidade) ou aumento da procura em relação ao previsto. Lista de Material ou Relatórios de Stock – é a relação de todos os itens de materiais controlados pela empresa. Devido a expansão dos processos, as Listas de Material estão sendo classificadas por famílias de material ou por classificação ABC ou por tipo de equipamento aplicado, como forma de redução de custo na impressão das mesmas. Lead Time – é o tempo de ressuprimento ou o número de frações de tempo entre a liberação do pedido até o recebimento de determinado item de material. O Lead Time pode ser encontrado com a terminologia Tempo de atendimento. Inventário – é a contagem física a ser confrontada com os controlos definidos pela empresa, podendo ser estes controlos manuais ou informatizados. Visão geral do MRP
  • 14.
  • 15. NÍVEIS DE STOCK Os níveis de stock são aqueles que determinam as ações de reposição ou de cautelas a serem tomadas quanto as quantidades armazenadas. Normalmente apresentam-se através de gráficos, onde a abscissa (centrada no eixo x) representa o tempo decorrido da procura do stock e o eixo das ordenadas (centrado no eixo Y) representa as quantidades de unidades consumidas ou adquiridas. Desta forma, a visualização da tendência dos stocks torna-se mais fácil a tomadas de decisão. Exemplo: A forma das curvas será variável de acordo com a procura do item. Isto quer dizer, que poderá ser do tipo dente de serra ou de Gauss. Em um gráfico dente de serra, teremos a noção de que o item foi consumido em quantidades iguais a cada mês uniformemente, chegando a zero. CONSIDERAÇÕES DOS GRÁFICOS DE STOCK No caso do gráfico dente de serra ser identificado, temos as seguintes questões:  Não existem alterações de consumo durante o tempo T.  Não existirem falhas administrativas que provoquem um esquecimento ao solicitar a compra.  O fornecedor da peça nunca atrasa a sua entrega.  Nenhuma entrega do fornecedor foi rejeitada pelo controlo de qualidade. Assim após projetarmos as quantidades de um determinado item de stock, em um gráfico, e este resultar na representação tipo dente de serra, poderá adotar critérios de planeamento de administração de stock, sendo entre muitos, o Just in Time, sistema este de planeamento que proporcionará a entrega em tempo e quantidades sem variação dos pedidos emitidos, pois ficou definido pelo gráfico que o fornecedor do item possui qualidades de atendimento em prazo e qualidade dentro dos padrões de atendimento, o que elimina custos adicionais. Porém como nem todos os itens se enquadram com essa característica de curva (dente de serra), torna-se necessário a configuração de fórmulas destinadas a cálculos que apresentem valores apropriados a análise crítica do item.
  • 16. TEMPO DE REPOSIÇÃO OU DE RESSUPRIMENTO (TR) O tempo de reposição é um dos cálculos simples e importantíssimo a ser analisado, pois a não observância desse fator poderá acarretar a falta do item, pois entre vários fatores envolve:  Emissão da Requisição de Compra/ pedido/ verificação de orçamento – tempo previsto até a definição para chegar o pedido ao fornecedor selecionado.  Preparação do pedido – tempo que leva do fornecedor fabricar/ embalar/ faturar e deixá-lo em condições de ser transportado. Transporte – tempo que leva para sair do fornecedor até o recebimento do solicitante. Então o ponto de pedido de reposição, será definido quando o saldo de stock estiver abaixo ou igual à determinada quantidade chamada ponto de pedido. Ponto de Pedido (PP) ou Reposição (PR) ou Encomenda (PE) Será calculado com a fórmula: PP = Emi + (C x Tr) ou PP = SS + (C x Tr) Sendo: PP = Ponto de Pedido Tr = Tempo de reposição C = Consumo Médio Mensal (empresas usam P referente a procura) Sm = Stock mínimo SS = Stock de segurança Stock mínimo (Sm). Usa-se o modelo para cálculo de stock mínimo: a – fórmula simples Sm = C x K Onde: C = consumo médio mensal K = fator de segurança No fator de segurança, caso queiramos ter uma falha de apenas 10 % em nossos stocks, usaremos 0,90. Isso quer dizer que queremos uma garantia de que somente em 10% das vezes o stock desta peça esteja zero. b – fórmula da raiz quadrada Usa-se quando ;  O consumo durante o tempo de reposição for pequeno, menor que 20 unidades.  O consumo for irregular.
  • 17.  A quantidade requisitada ao armazém for igual a 1. Em = √C x Tr Exemplo: uma peça é consumida a uma razão de 30 unidades por mês, e seu tempo de reposição é de dois meses. Qual é o ponto de pedido, uma vez que o stock mínimo deve ser de um mês de consumo? PP = Sm + (C x Tr) PP = (30 x 2) + 30 PP = 90 unidades. Quer dizer quando o Stock virtual chegar a 90 unidades, deverá ser emitido um pedido de compra. Stock Virtual Também chamado de stock disponível, vem a ser a soma dos saldos em questão: saldo físico no armazém, saldo de pedidos já confirmados no fornecedor, saldo em requisição de compra, saldo constantes na área de inspeção. Stock virtual = Stock Físico + saldo de fornecimento + saldo de inspeção Stock virtual = Stock Físico + Saldo de fornecimento. Stock Máximo Será o valor encontrado da soma do Stock de Segurança (SS) com a Quantidade de pedido (PP). Smáx = SS + Quantidade pedida. Fator de segurança (K) O fator de segurança K, é a prevenção de falhas nas entregas ou em procuras não previstas. Os valores adotados devem ser definidos pela gerência, pois variarão conforme a criticidade e o valor de consumo obtido pela classificação ABC. A tabela abaixo é orientativa, podendo estar sendo alterada conforme a necessidade do empreendimento. Verificamos que o fator K é menor quanto aos valores ABC, porém definidos dentro da criticidade do item. Stock de cobertura (SC) Este valor é calculado para a obtenção da relação entre o stock e o consumo, indicando por quanto tempo o stock suportará o consumo sem que haja reposição. Ponto de Pedido
  • 18. Stock mínimo Stock máximo Stock virtual Stock de cobertura POLÍTICA DE DIMINUIÇÃO DO NÍVEL DE QUEBRA QUEBRA DESCONHECIDA NA CADEIA DE ABASTECIMENTO Causas / Pontos de risco: • Pretende-se indicar pontos críticos, áreas de atuação, onde deve recair toda a atenção e possíveis ações de controlo e prevenção. • Melhores Práticas e ferramentas para a prevenção e o controlo da Quebra Desconhecida. • FURTO INTERNO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO Causas / Pontos de risco A gestão dos recursos humanos da empresa. Os seguintes fatores têm influência no comportamento dos colaboradores e portanto também podem agir como inibidores ou potenciadores de certos comportamentos desonestos:  Ambiente laboral: Nível de implicação, motivação, etc.  Política de recursos humanos e de contratação: Duração dos contratos, rotação do pessoal, políticas de retribuição, etc. O produto. O risco de um artigo poder ser furtado aumentará em função da sua atratividade para o potencial ladrão. Os parâmetros que determinam esta atratividade são:
  • 19.  O valor.  A novidade.  A facilidade de venda.  A facilidade de ser furtado (tamanho, etc.).  Localização nas instalações (existem partes das instalações onde é mais simples “agir”). Os procedimentos. A forma como são concebidos ou sejam executados os procedimentos será determinante para inibir ou facilitar os comportamentos desonestos. Neste sentido os maiores riscos na cadeia de abastecimento são:  As encomendas em que não é possível controlar o conteúdo no momento da entrega.  As entregas em que se desconhece o seu conteúdo exato.  As entregas ‘cegas’ (não é controlado o conteúdo dos envios no ato da receção da mercadoria). Melhores práticas na prevenção e controlo do Furto interno Antes de mais, é recomendável estabelecer:  Normas de funcionamento interno, tanto para o funcionamento geral da empresa, como para os procedimentos mais críticos, e fazer uma avaliação e o acompanhamento constante da aplicação destas normas.  Medidas de prevenção e controlo dos produtos e nomear responsáveis encarregados de aplicar estas medidas. É recomendado valorizar e analisar, ao nível em que seja necessário e possível (empresa, departamento, organização, empregado...) uma série de fatores que atuam como potenciadores ou inibidores de comportamentos desonestos. Os fatores em concreto são:  A tentação. Esta variará em função:  Da necessidade do empregado.  Da cupidez do empregado.  O nível de tolerância entre os quadros relativamente às ações desonestas contra a própria empresa.  A facilidade de cometer furto interno em cada departamento, empregado... Esta variará em função de três fatores:  Acesso à mercadoria.  Tempo disponível.  Posição que ocupa. A perceção do empregado sobre as possíveis repercussões que possa ter um comportamento desonesto. Esta dependerá:  Do “medo” de ser apanhado.  Do “medo” de ser castigado.  De se sentir culpado. A valorização destes fatores irá permitir que sejam tomadas medidas de prevenção e controlo mais adequadas a cada caso. Em concreto trata-se de:  Evitar que sejam criadas perceções entre os empregados:
  • 20. “A empresa já ganha dinheiro suficiente” Neste caso existe um elevado nível de tolerância relativamente às pessoas que cometem ações desonestas. “Aqui roubar é muito fácil” Os empregados não têm medo nem de serem apanhados nem de serem castigados.  E de trabalhar de forma eficiente o conceito de: “A empresa é a minha casa”  Fatores como a cultura empresarial, a integração do empregado e a política de recursos humanos, atuam como inibidores das tentações que os empregados possam ter.  De notar que a aplicação de determinadas medidas de controlo sobre os empregados pode ter efeitos contrários sobre o facto de que os trabalhadores verem a empresa como “a sua casa”. FURTO EXTERNO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO Causas / Pontos de risco Tal como se viu no capítulo anterior, o risco de um artigo ser furtado aumentará em função do seu grau de atratividade para o possível ladrão. Os parâmetros que determinam esse grau de atratividade são:  O valor  A novidade  A facilidade de venda  Facilidade de ser furtado (tamanho, etc.)  Localização nas instalações O transporte. As operações de transporte estão sujeitas a uma série de procedimentos de elevado risco (carga, descarga, entregas...). Além disso, deve ter-se em conta que as ações de furto costumam acontecer com a cumplicidade das pessoas que têm acesso à mercadoria, quer sejam externas como internas à organização. Melhores práticas na prevenção e controlo do furto externo É recomendado que sejam tomadas medidas de controlo e prevenção nos seguintes âmbitos: Controlo de edifícios  Controlar o acesso às instalações de pessoas e veículos alheios.  Atribuir acreditações às pessoas alheias à organização e colocar distintivos nos veículos externos para que sejam identificados no interior.  Atribuir cartões de identificação a todos os empregados que tenham acesso às instalações.  Reduzir na medida do possível o número de entradas e saídas às instalações.  Manter permanentemente vigiadas as portas por onde entram e saem veículos e pessoal.  Construir cercas à volta do edifício. É recomendado:  Fazer inspeções diárias.  Evitar armazenar materiais ao pé das cercas.
  • 21.  Relativamente ao estacionamento de veículos, é recomendado:  Sinalizar as zonas e os lugares.  Localizar o estacionamento dos empregados longe dos edifícios.  Prever lugares para as visitas.  Potenciar iluminação uma vez que:  Constitui um elemento de segurança para o vigia.  É um elemento dissuasivo de grande importância. Controlo de mercadoria  Não permitir que estacionem veículos particulares nas zonas de carga e descarga, ou em zonas adjacentes aos edifícios onde é armazenado produto.  Manter vigiadas zonas críticas como o acesso dos vestuários à zona onde está a mercadoria, o acesso aos cais...  Guardar as mercadorias de mais valor em zonas especialmente vigiadas e registar os movimentos de entrada e saída a essas zonas: data, hora, número do selo... Sobre o papel e as funções que o camionista deve desempenhar é recomendado  Que esteja presente durante a carga e a descarga.  Que assuma a responsabilidade de que a mercadoria que figura na nota de entrega seja a que carregou e descarregou ao nível da unidade de expedição.  Contingências: É recomendado que o camionista possua um documento que certifique que se viu obrigado a retirar o selo do veículo por exigência das forças da ordem. Caso esta circunstância aconteça, o documento também deve certificar que o veículo foi de novo selado na presença das forças da ordem. Para isso, logicamente, o camionista deverá receber selos de reserva. Tecnologia aplicada ao controlo e prevenção durante o transporte de mercadorias e às funções associadas a este  Global Positioning Systems (GPS): Esta tecnologia permite fazer um acompanhamento do movimento das cargas. Além disso, graças a ela também é possível disponibilizar informações precisas sobre o local, a situação dos envios e se são utilizados alarmes para detetar se a carga do veículo foi violada.  Selagem da carga ou do camião: Deixar registo que o conteúdo da carga ou do camião foi violado.  Caso receba cargas seladas certifique-se que os selos não foram manipulados e que os números do selo estão corretos. Tecnologia aplicada ao controlo e à prevenção na cadeia de abastecimento  Alarmes de deteção nas entradas e nas saídas.  Circuito Fechado de Televisão. ERROS DE GESTÃO NA CADEIA DE ABASTECIMENTO Os erros são falhas na gestão, não detetadas, que fazem com que as contas dos resultados apresentem valores inferiores.
  • 22. Alguns exemplos seriam a anotação de vendas com preços incorretos, a não contabilização de Quebras de produtos, elaboração de encomendas incorretas... Os erros na cadeia de abastecimento costumam originar:  Dissonância entre os fluxos físicos de mercadoria e o fluxo de informação associada, levando a diferenças no inventário por:  Quantidades de produto incorretas.  Produtos incorretos (referência, formato...).  Deterioração dos produtos.  CAUSAS / PONTOS DE RISCO DE ERROS NA CADEIA DE ABASTECIMENTO As principais causas de dissonância entre o fluxo físico de mercadoria e o fluxo de informação são:  Falta de formação e de meios materiais adequados para o tratamento da informação.  Falta de Alinhamento de Ficheiros Mestres: Por isto entende-se que os agentes que intervêm na cadeia de abastecimento manuseiam a mesma informação atualizada de produto (formato promocional, dimensões, preço...). Os seguintes procedimentos acarretam maior risco para a dissonância entre o fluxo físico de mercadoria e o fluxo de informação:  A preparação das encomendas.  Os processos de entrega e a receção da mercadoria, especialmente as entregas que se fazem diretamente na loja.  A gestão das devoluções e os produtos estragados. A deterioração dos produtos acontece por não existirem instalações adequadas que permitam:  Manter uma temperatura adequada para a conservação dos produtos.  Execução de uma “paletização” correta.  MELHORES PRÁTICAS NA PREVENÇÃO E NO CONTROLO DOS ERROS É recomendado basear a prevenção e o controlo dos erros na cadeia de abastecimento:  Numa definição eficiente dos procedimentos mais críticos.  No controlo sobre a execução dos mesmos.  No manuseamento e no fluxo da informação adequada na cadeia da oferta.  Na utilização eficiente das ferramentas adequadas. É recomendado realizar ações de formação dos empregados sobre:  Aplicação dos procedimentos estabelecidos.  Utilização e manuseamento das ferramentas necessárias. Mais concretamente, indicaremos de seguida um conjunto de melhores práticas e ferramentas cuja aplicação contribui para melhoramentos significativos na eficiência do fluxo de mercadoria e de informação na cadeia de abastecimento:
  • 23.  Preparação de encomendas, manipulação, carga, transporte, descarga e receção da mercadoria.  (Intercâmbio Eletrónico de Dados) EDI: Através de mensagens de linguagem standard EANCOM para EDI, as empresas podem, entre outras questões, de uma forma standard e integrada e automaticamente nos sistemas das empresas:  Comunicar com antecedência o conteúdo exato dos envios.  Confirmar a receção da mercadoria e informar de possíveis ocorrências no processo de receção.  Informar sobre a situação concreta das encomendas.  Codificação EAN.UCC 128: É um sistema de identificação criado para ambientes não retalhistas (armazém), para ligar o fluxo físico de mercadorias ao fluxo de informação e facilitar a integração dos fluxos de informação entre as empresas. A codificação EAN.UCC 128, entre outras questões, permite:  Automatizar a gestão dos armazéns (Ex: A leitura do código permite colocar a mercadoria no armazém em função da data de validade do produto, informação incluída no código EAN.UCC 128).  Agilizar os processos de receção de mercadoria. Com a leitura do SSCC (Código Seriado de Unidade de Envio ou Número de Matrícula) que possui a etiqueta EAN.UCC 128, é possível relacionar o conteúdo do envio com o aviso de expedição que se fez previamente com a mensagem DESADV da linguagem EANCOM do EDI. Em suma, estas ferramentas aliadas às melhores práticas permitem reduzir as ocorrências e controlar os pontos de risco que constituem uma fonte de erros na cadeia logística:  Agilizam e aumentam a qualidade da informação para os fluxos administrativos e operacionais.  Reduzem ocorrências nas entregas e no processo de faturação.  Aumentam os níveis de informação e localização dos produtos. QUEBRA DESCONHECIDA em loja Este capítulo é estruturado em três blocos correspondentes aos três fatores que deram origem à Quebra Desconhecida: Furto externo, Furto interno e Erros administrativos. Dentro de cada bloco serão abordadas: • Causas e pontos de risco. • Melhores práticas na prevenção FURTO INTERNO NA LOJA Formas de furto interno O Furto interno no ambiente da loja pode assumir múltiplas formas. Estas são as mais comuns e de maior ocorrência:  Furto de mercadoria.  Autoconsumos: Ingerir bebidas ou produtos de consumo rápido (iogurtes, sumos, etc.).  Furto de dinheiro vivo.  Manipulação de P.V.P.  Artimanha arquitetada com alguém externo à empresa na linha das caixas ou à saída da loja. Causas / Pontos de risco
  • 24. A gestão dos recursos humanos da empresa. Tal como foi referido no capítulo correspondente à cadeia de abastecimento, existem uma série de fatores que influenciam o comportamento dos colaboradores da empresa e portanto também podem atuar como inibidores ou potenciadores de certos comportamentos desonestos:  Ambiente laboral.  Política de contratação. O produto. Na loja, o risco de um artigo ser furtado, quer seja por uma pessoa externa ou interna, aumentará em função da sua atratividade para o possível ladrão. Tal como se viu no ponto “Quebra Desconhecida na cadeia de abastecimento”, os parâmetros que determinam esta atratividade são os seguintes:  O valor.  A novidade.  A facilidade de venda.  A facilidade de ser furtado (tamanho, etc.)  A sua localização nas instalações. Os procedimentos. A forma como foram concebidos ou se executam determinados procedimentos será determinante para inibir ou facilitar os comportamentos desonestos. Assim, os de maior risco no seio da loja são:  As compras feitas por colaboradores da empresa.  Compras feitas com desconto devido a pequenos defeitos da mercadoria.  Determinadas entregas de mercadoria na loja (ver ponto Causas / Ponto de Risco de Furto interno na cadeia de abastecimento). Determinados pontos da loja. Na loja existem zonas onde a tentação e a oportunidade de cometer uma Acão desonesta contra a própria empresa são maiores, nomeadamente:  As linhas das caixas.  As zonas dos provadores.  As zonas de receção da mercadoria.  O armazém da loja. Melhores práticas na prevenção e controlo do Furto Interno na loja Em primeiro lugar, é recomendado que se faça uma valorização e uma análise, ao nível necessário e possível, (empresa, departamento, organização...) dos fatores que atuam como potenciadores ou inibidores de comportamentos desonestos. Assim, conseguiremos aplicar as medidas de prevenção e controlo mais adequadas (ver ponto Melhores práticas na prevenção e controlo do furto interno na cadeia da abastecimento). É recomendado estabelecer normas de funcionamento interno e medidas de prevenção nos pontos e nos procedimentos mais críticos da organização Nota: Antes de implementar este tipo de medidas, é recomendado que se faça uma valorização das mesmas a partir dos seguintes pontos de vista:  Eficácia do controlo e dissuasão das ações desonestas.  Efeitos e consequências que podem ter na implicação e na motivação dos empregados no projeto da empresa;
  • 25. Ver o efeito “A empresa é a minha casa” do ponto “Melhores práticas na prevenção e no controlo do Furto interno na cadeia de abastecimento”. É recomendado a título de norma de funcionamento interno para toda a empresa, que não seja permitido:  Comprar nas lojas da empresa durante o horário de trabalho.  As pessoas encarregadas das caixas registadoras, fazerem elas próprias a cobrança das suas compras. Na linha das caixas da loja, é recomendado que sejam tomadas medidas de prevenção e acompanhamento, nomeadamente:  Existência permanente de um registro dos tickets e da pessoa encarregada da caixa.  Realização de controlos de exceção na linha das caixas no que se refere a:  Anulações de tickets.  Marcações manuais de preços (sem a leitura do código de barras do scanner).  Compras elevadas.  Mais de uma compra “debitada” num mesmo “cartão de cliente” (pode acontecer que a pessoa responsável da linha das caixas esteja a fazer uma “atribuição própria” para o seu cartão de cliente dos “pontos” das compras dos clientes). Nota: Este tipo de controlos devem servir para nos “avisar” que pode existir a possibilidade que se estejam a cometer ações de furto interno. Por isso, por se tratar unicamente de uma possibilidade, e por se tratar de empregados da própria empresa, é recomendado que se seja extremadamente cuidadoso com as medidas que venham a ser tomadas. FURTO EXTERNO NA LOJA Formas de Furto externo na loja Apesar da maioria das vezes o Furto externo consistir no furto de mercadorias, este não é a única forma de Acão desonesta cometida por pessoas externas à empresa. Assim, as mais comuns são:  Pagamento com moeda falsa.  Pagamento com cartões falsos ou roubados.  Alteração de preços. Pontos de risco e fatores causadores de Furto externo na loja As tipologias de ladrões, motivações, formas de proceder e impactos são muito díspares. Assim, o comportamento de um cliente tentado a roubar um produto é muito diferente ao de um bando de ladrões profissionais que agem em grupo. Apesar da dificuldade de definição dos vários estereótipos, podemos estabelecer a seguinte classificação onde se preveem as principais tipologias de pessoas suscetíveis de cometer um furto:
  • 26. As formas de proceder e as técnicas dos ladrões podem variar muito dependendo do tipo de loja, nível de “profissionalização” do ladrão, tipo de produto... Deve ter-se em conta que estas técnicas estão em constante evolução dado que acompanham os avanços técnicos ao nível da prevenção e do controlo do furto. Estes são alguns dos últimos “avanços” e modus operandi mais utilizados: • “Sacos metálicos de outras lojas” (Sacos forrados por dentro com papel de alumínio): Estes sacos servem de escudo às etiquetas antifurto que os produtos têm e fazem com que as antenas detetoras não as detetem. • “Casacos de forro duplo” Permitem ocultar os produtos subtraídos. • Mudança das etiquetas de preços e dos códigos de barras. Desta forma é alterado o preço do artigo. • “Técnica dos dois carrinhos”
  • 27. Dois clientes vão fazer compras juntos, por exemplo um “casal”, e dirigem-se à linha das caixas com dois carrinhos cheios. Fazem “passar” pela caixa registadora os produtos do primeiro carrinho e, enquanto a empregada da caixa contabiliza os produtos do segundo, o homem dirige-se ao parque de estacionamento com os produtos do primeiro carrinho com a desculpa de os ir arrumando no carro. Quando a empregada acaba de passar os produtos do segundo carrinho e chega a altura de pagar, a mulher diz à empregada que é o homem que tem a carteira e que tem que o ir buscar. Sai da loja e vão-se embora com os produtos do primeiro carrinho, que normalmente costuma ter os produtos de maior valor. • “Trabalho em equipa” Grupos de pessoas que aparentemente não estão juntas: Enquanto umas cumprem a função de despistar o pessoal da loja, outras podem dedicar-se a arrancar as etiquetas antifurto e outras a levar os produtos. Procedimentos e pontos críticos da loja: • As zonas dos provadores: Por questões óbvias estas zonas facilitam o ladrão a dar os passos prévios (ocultar, arrancar a etiqueta, etc.) para tirar o artigo da loja. • As “zonas mortas”: Atrás dos pilares, cantos escuros, etc. nos quais uma pessoa se pode esconder. • As portas de emergência: Estas não costumam ter antenas detetoras de etiquetas antifurto e não estão fechadas (por se tratar de saídas de emergência). • As devoluções de produto. • Melhores práticas na prevenção, controlo e dissuasão do Furto externo na loja De seguida passamos a explicar uma série de medidas de controlo e prevenção do Furto externo na loja. Antes de ser feita a sua implementação recomendamos que seja feita a sua valorização de acordo com os seguintes pontos de vista: • Eficácia no controlo, prevenção e dissuasão das ações desonestas. • Adequação à política comercial da empresa: Algumas medidas de controlo e prevenção podem alterar e até incomodar a experiência de compra dos clientes e portanto podem ter efeitos contraproducentes na estratégia da empresa. Assim, é recomendável que sejam realizadas ações de formação e consciencialização entre os empregados uma vez que as pessoas constituem, sem nenhum tipo de dúvida, a melhor ferramenta de controlo e prevenção. É recomendado colocar os produtos mais críticos de serem roubados nas zonas mais visíveis da loja. Identificação de sinais suspeitos: É recomendado prestar atenção aos seguintes comportamentos: • Clientes que prestam mais atenção aos empregados da loja do que aos produtos. • Clientes com casacos quando o tempo é quente. • Clientes que ficam muito tempo nas zonas próximas da saída. • Clientes que andam com carrinhos de bebé. • Clientes que chegam logo de manhã durante o horário de abertura, quando a loja está a fechar ou ao meio-dia (são momentos em que a atenção dos empregados pode ser baixa). Perante estes sinais suspeitos, é recomendável utilizar as seguintes ações de atendimento como elemento de dissuasão:
  • 28.  Cumprimentar o cliente: Frases como “Bom dia” ou “Já o venho atender” contribuirão para que o potencial ladrão se sinta observado.  Prestar um serviço rápido e eficiente.  Não deixar o departamento ou a zona de venda abandonada. • Perante atos de furto externo, e para deter um suposto ladrão, é recomendado:  Esperar que o suposto ladrão já não tenha opção de pagar os produtos (Exemplo: Depois de ter passado a linha das caixas).  Deter o suposto ladrão e oferecer-lhe a possibilidade de pagar os produtos (“Penso que se esqueceu de pagar os produtos que tem consigo”).  Caso a pessoa se recuse a pagar, avisar as forças da autoridade. É recomendado dar formação aos empregados da loja acerca dos seguintes aspetos: • Identificação de sinais suspeitos. • Ações de como atender o cliente. • Gestão das devoluções. • Sistemas de proteção no local de venda De seguida passamos a explicar alguns dos sistemas de proteção dos produtos que mais se destacam e utilizam nas lojas, sendo por vezes igualmente aplicados noutros âmbitos. Sistemas de proteção eletrónicos: • Etiquetas Eletrónicas Anti-roubo (EAS): Atualmente estas etiquetas baseiam-se em três tecnologias que são incompatíveis entre si (Eletromagnetismo, Acusto-magnetismo e Radiofrequência), ou seja, as etiquetas de um sistema não são detetadas pelos equipamentos baseados noutra tecnologia. • As etiquetas encontram-se incorporadas no produto e a proteção consiste em antenas protetoras existentes na linha das caixas ou à saída do estabelecimento que acionam os alarmes, ou seja, “tocam”, ao detetar uma etiqueta que não foi desativada ou extraída do produto. • A etiqueta pode ser incorporada no artigo:  No exterior.  No “packaging”.  Dentro do produto: Neste caso deve-se ter em conta a natureza do produto (componentes, processo de fabrico, etc.) uma vez que a inclusão da etiqueta pode provocar alterações e danificar o artigo. Além disso, alguns materiais impedem o funcionamento da etiqueta, fazendo com que as antenas não as detetem. • Estas etiquetas, em cada uma das diferentes tecnologias, podem apresentar vários formatos:  Autocolante ou mole.  Rígida (Costuma ser utilizada em artigos têxteis). Existe uma modalidade com tinta que suja o artigo caso se tente arrancar a etiqueta. • A não desativação ou extração da etiqueta quando o cliente tiver adquirido o produto faz com que saiam para o mercado etiquetas “vivas”, ou seja, artigos com uma etiqueta ativada. Isto poderá causar muitos
  • 29. inconvenientes aos consumidores uma vez que quando entram noutro estabelecimento com antenas detetoras os alarmes são ativados causando múltiplos inconvenientes e desconfiança no sistema. Por isso é recomendado que se desative ou extraiam as etiquetas (Nos países da União Europeia a desativação é obrigatória estando prevista na legislação vigente). • CCTV (Circuito Fechado de Televisão): Estes sistemas podem revestir várias modalidades:  Com gravação ou sem gravação.  Com transmissão à distância (o acompanhamento e o controlo do sistema são feitos à distância).  Com câmaras fixas ou móveis.  Com câmaras ocultas ou visíveis.  Protetores de produto eletrónicos: São instrumentos que ativam um alarme caso um produto tenha sido “violado”. Estes instrumentos podem proteger artigos individuais ou um conjunto de artigos situados numa vitrina. Aparelhos de deteção de notas falsas Permitem averiguar a autenticidade da nota. Sistemas de proteção físicos • Caixas São utilizadas para produtos de pequeno tamanho de preço elevado (CD, DVD, filmes de vídeo, etc.). • Barras de fixação São utilizadas para produtos como casacos para que o cliente possa aceder a eles sem a vigilância de um empregado. • Vitrinas • Espelhos Permitem uma visão ampla do estabelecimento desde vários pontos. • Lupas Costumam ser utilizadas na linha das caixas para que as empregadas das caixas possam ter uma visão completa de todo o carrinho sem necessidade de se levantar. Sistemas de proteção do edifício da loja Trata-se dos mesmos sistemas de proteção utilizados em armazéns, plataformas, etc.. Os mais usuais são:  CCTV (Circuito Fechado de Televisão): Neste caso “vigia” o exterior do edifício.  Alarmes de deteção de intrusão. ERROS DE GESTÃO NA LOJA Os Erros de gestão são falhas de gestão que fazem com que as contas de resultados apresentem valores inferiores, uma vez que criam diferenças entre a atividade teórica e a atividade real da loja. Erros de gestão mais frequentes na loja Receções erradas de mercadoria que derivam em discrepância entre o fluxo físico e o fluxo de informação. Erros na integridade dos preços dos produtos:  Não coincidência dos preços marcados na central com os preços da loja.  Não coincidência dos preços do linear com os preços gravados nos sistemas.
  • 30.  Erros na marcação manual do preço na linha das caixas. Erros aquando da realização do inventário (ver ponto Erros a evitar e pontos de risco no cálculo da diferença de inventário). Não registrar devidamente altas e baixas no inventário não devidas à atividade regular da loja:  Produtos que são retirados por terem ultrapassado a validade ou por se terem deteriorado.  Quebras de produto.  Devoluções dos produtos, tanto por parte dos clientes à loja, como da loja a fornecedores, armazéns... Discrepância, involuntária, entre o número ou a quantidade real dos produtos vendidos e o número ou quantidade teórica que o cliente adquire. Exemplos mais comuns:  É vendido um 1 kg de laranjas mas a máquina regista 800 g  Um cliente compra uma embalagem de 10 pacotes de leite mas na caixa o scanner lê o código de barras correspondente a uma unidade de consumo, ou seja, 1 pacote. Neste caso existirá uma discrepância de 9 unidades. Promoções erradas. Exemplos:  3 x 2 em produtos errados.  Vender produtos em promoção fora do período estabelecido. Vendas de produtos antes de ser autorizada a sua venda: Isto poderá fazer com que os sistemas não registem a venda e portanto originam uma discrepância entre o inventário teórico e o físico. Melhores práticas na prevenção e deteção de erros na loja É recomendado que se realize, para os empregados da loja, ações de formação ou de consciencialização sobre os impactos que os erros mencionados no ponto anterior têm na atividade da empresa. É recomendado estabelecer e promover procedimentos de controlo na definição e na execução da política de preços na empresa. Exemplos:  Recolher periodicamente amostras de determinadas referências e comprovar a coincidência entre os preços fixados na central, os preços no linear e os preços nos sistemas.  Realizar ações de formação e consciencialização sobre como proceder na linha das caixas. É recomendado elaborar e promover normas e procedimentos para a fixação, execução e controlo das ofertas e das promoções. Em concreto:  Coordenar de forma precisa com as lojas o período das promoções.  Recolher periodicamente amostras de determinadas ações promocionais e comprovar a coincidência entre o que foi planeado, registado nos sistemas e o que se está a executar na loja. Para evitar que os produtos se deteriorem e tenham de ser deitados fora, é recomendado:  Estabelecer normas para o correto armazenamento e conservação dos produtos.  Dar formação aos empregados sobre como proceder no corte, desmonte... de determinados produtos. É recomendado realizar controlos periódicos para comprovar o bom funcionamento dos aparelhos de medição e de valorização dos produtos de peso variável (balanças, etc.).
  • 31. Para que a atividade teórica da loja seja um fiel reflexo da sua atividade real, é recomendado documentar e estabelecer os pertinentes canais de comunicação para que todas as ocorrências que saiam da atividade regular das vendas fiquem devidamente registadas, nomeadamente:  Quebras e validade dos produtos perecíveis.  Deteção de produtos em mau estado.  Devoluções por parte dos clientes.  Devoluções de produto aos fornecedores.  Envios da loja para outras lojas da cadeia. PERIODICIDADE Em qualquer organização existe a necessidade de realizar inventários de modo a ter uma clara noção da mercadoria existente em stock e das necessidades de aprovisionamento futuro. Este processo, quando efetuado de forma manual, sem o auxílio de um potente instrumento de gestão, torna-se num processo bastante moroso. ANUAL Realizar um inventário anual é comum quando as empresas não usam ciclo de contagem de procedimentos e de software ou quando eles têm um pequeno número de itens. Muitas empresas também realizar inventário anual para contagens de ciclo corretas dentro do software de entrar no novo ano civil e usar a perda dessa conta como uma dedução fiscal, muitas vezes significativa. Alguns também amarrar revisão anual um gerente de operações e da gratificação de desempenho para a precisão da contagem deste fim de ano. SAZONAL Outro intervalo usado por alguns modelos de negócios é um inventário sazonal. Estes podem ser inventários pontuais ou contagens completas. O motivo principal por trás desses estoques envolve tanto mudança das estações e as tendências ou deterioração do produto. Em vestuário, por exemplo, algumas empresas executar qualquer um inventário completo ou parcial perto do final de uma temporada para verificar se eles têm vendido através do inventário sazonal no lugar da mercadoria nova que está sendo abastecido em seu lugar. Em empresas que vendem produtos perecíveis, é necessário para verificar se você não está vendendo mercadorias vencidas que estão em violação dos códigos de saúde ou que possa prejudicar o cliente. Estes são comumente controlos pontuais para apoiar os totais de ciclo de contagem de inventário. PERMANENTE
  • 32. Uma maneira comum e precisa para realizar o inventário é usar o software de inventário permanente. Como o inventário é recebido em stock, vendido, voltou à loja e, em seguida, para o fabricante, que é controlado pelo software. Empregados executar controlos locais de pequenas seções do negócio ao longo do ano, sem interromper horas de loja. Este ciclo de contagem permite geralmente figuras de inventário up-to-date. Para que este seja o seu método de inventário só, deve executar contagens aleatórias frequentes do indivíduo, maior roubo de itens para verificar a autenticidade. Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites permitem ciclo de contagem como uma opção viável. PERIÓDICO Outras empresas optam por um inventário periódico. Isso está intimamente relacionada à contagem de ciclo, mas tenta ser mais sistemática. Algumas empresas executar essas contagens periódicas completos a cada três ou seis meses para verificar a exatidão de seu ciclo de contagem e não apenas a realização de verificações no local dos itens comumente perdidos. Uma vantagem deste método é que a perda por causa de roubo é dedutível. Ele também poderia levar a uma maior precisão do seu sistema de ciclo de contagem.
  • 33. PROCESSO DE INVENTÁRIO O inventário é uma tarefa importante em muitas empresas. Ela compreende o valor total dos bens dessa empresa ou de um setor específico da mesma, e o processo de contá-las. Muitas empresas fazem verificações de inventário periódicas para garantir que eles não fiquem sem artigos importantes, enquanto outras coincidem a quantidade total de produtos encomendados com a contagem física. Se este processo resultar em excesso ou falta de um ou vários produtos, ele irá alertá-lo sobre problemas como, controlo de stock incorreto ou possível roubo. PLANIFICAÇÃO PROCESSO 1º Encontre um bom lugar com espaço suficiente para manter os stocks. Este pode ser um armário vazio, um pequeno escritório ou um armazém.  Certifique-se que o espaço escolhido é limpo, seco e bem iluminado.  Verifique se há espaço e prateleiras suficientes para acomodar o stock.  Proteja o inventário bloqueando a porta no final do dia. 2º Desenvolva um sistema de inventário que funcione para a empresa. Os sistemas de inventários podem variar de algo muito simples a um sistema mais elaborado.  Organize stocks principais de modo que sejam facilmente acessíveis.  Mantenha itens de stocks iguais juntos. Por exemplo, se stockar uma grande variedade de cartuchos de impressora, mantenha-os em uma única prateleira e organize-os por marca e modelo.  Etiquete todas as prateleiras ou caixas de armazenamento, tornando itens de inventário fáceis de encontrar. 3º Determine qual o método de controlo de stock que funciona melhor para a empresa. Há uma série de opções para escolher.  Se tiver uma pequena quantidade de stock, pode achar mais fácil rastreá-lo manualmente.  Escolha um programa que seja fácil de trabalhar, como o Excel, ou uma cópia gratuita de um software de conferência de inventário.  Crie uma lista com linhas e colunas suficientes para identificar cada item de stock. Inclua o item e sua descrição, o código, o estilo, ou número do modelo. Observe a data em que recebeu o item, o custo, a quantidade e a data que foi usado ou vendido. 4º Registe o inventário. Organizar produtos facilita a contagem e o registo de todos os itens do seu stock. 5º Verifique a contagem de inventário. Se a contagem de stock inicial é imprecisa, será impossível confirmá-la com a contagem final do seu inventário. 6º Lembre-se de controlar todos os itens de stock em ambas as direções, os itens que entram e itens que saem. 7º Realize o procedimento do inventário físico em bases regulares. Pode programar esta atividade mensalmente, trimestralmente ou anualmente. Importante:
  • 34.  Ao aceitar a mercadoria, assegure-se de que recebeu o número exato de caixas indicadas na guia de remessa.  Se mais de uma pessoa lida com o inventário, mantenha uma cópia do processo de inventário acessível para todos os funcionários.  Para necessidades de stock mais complexas, considere a atualização para um sistema profissional de conferência de inventário. CALENDARIZAÇÃO DO INVENTÁRIO Inventários bem sucedidos são feitos em horários nos quais a empresa não tem movimento de saída de stock, ou quando não há produção em andamento: madrugadas, fins de semana ou feriados são os horários ideais. ORGANIZAÇÃO PRÉVIA Organize o armazém ou espaço de stock antes de começar: tente agrupar o máximo possível produtos iguais; nessa organização, aproveite também para limpar os espaços! O processo de inventário de stock fica menos penoso quando o espaço está limpo. Identifique os diferentes espaços antes de fazer a contagem: numere prateleiras, vitrinas, gavetas etc.. Ao anotar a quantidade dos produtos, associe a contagem ao local onde os produtos estão stockados. Isso facilita muito para auditar e para fazer as próximas contagens. PREPARAÇÃO DO MATERIAL DE CONTAGEM Conte item por item: pegue na mão cada um dos produtos. Uma caixa na qual caberiam 20 itens, pode ter, por engano, 21 ou 19. Ao terminar a primeira rodada de contagens dos produtos, uma segunda pessoa deve recontar todos eles novamente. Esse processo garante a captura de possíveis falhas humanas. CONTROLO DAS CONTAGENS O controlo adequado dos stocks constitui uma mais-valia para as organizações que comercializam, utilizam ou incorporam produtos e bens, que permite contagens de inventários periódicas, independentes e sem ocupar os recursos operacionais da empresa, muitas vezes escassos. A Processo pode assumir as seguintes tarefas e responsabilidades:
  • 35.  Efetuar a contagem.  Isolar os produtos com erro, para além do erro de quantidade.  Registar as diferenças no seu sistema informático.  Re-etiquetar os produtos e as posições de armazém, à medida que realiza a contagem física de inventário. O serviço inclui um relatório final sobre as diferenças verificadas e sugestões de melhoria dos processos de armazém, caso se entendam necessárias. TRATAMENTO DO INVENTÁRIO O inventário representa uma contagem física dos itens de stock ou dos imobilizados realizada pela empresa, visando saber a quantidade real de bens em seu poder, quer seja de sua propriedade ou não. Esta contagem quantitativa depende da existência de controlos analíticos adequados e atualizados, aliados a um bom sistema de controlo interno, sem o qual a empresa não consegue fazer comparativos da posição atual e medições de eficiência. A utilização do inventário pelas empresas é um instrumento operacional dos mais importantes, tendo em vista sua repercussão no levantamento do balanço e dos resultados operacionais. Como ferramenta de gerência, reflete o grau de aprimoramento dos mecanismos de controlo de entrada e saída de recursos (stock, imobilizados), servindo de suporte às atividades de correção de controlo quando apurados desvios de valores. A existência destes controlos internos é básica para qualquer empresa organizada avaliar o que possui e medir os desvios nos controlos adotados. Os resultados obtidos vão servir para disparar uma série de medidas administrativas por parte do gestor, visando aprimorar o trabalho da organização e promover o crescimento da mesma. Para que se possa realizar um inventário de forma eficaz, é necessário ter-se um stock devidamente organizado, com recursos previamente identificados ou etiquetados e armazenar estas informações num sistema. Após essas operações, realiza-se a contagem dos recursos. Caso seja realizada a contagem física, torna-se necessário fazer a digitação das quantidades dos recursos. Em seguida, faz-se uma conferência dos relatórios, que consiste na comparação das quantidades de recursos entre contagens, caso sejam realizadas mais de uma contagem. Também pode ser feita através de uma comparação do saldo armazenado no sistema de stock com as quantidades obtidas através da contagem inventariada. RECONCILIAÇÃO DOS STOCKS Comparação do stock físico com o registo de stock no sistema e efetuar os ajustes necessários. A reconciliação físico-contabilística é o processo através do qual os registos de inventário de imobilizado recebem a informação financeira. Após a fase de inventário, o software realizará uma consulta dos registos financeiros de aquisição da sua empresa (que podem ser submetidos em formato electrónico) e cruzará essa informação com todos os registos de inventário. A reconciliação físico-contabilística é o processo através do qual os registos de inventário de imobilizado recebem a informação financeira. Após a fase de inventário, o software realizará uma consulta dos registos financeiros de
  • 36. aquisição da sua empresa (que podem ser submetidos em formato electrónico) e cruzará essa informação com todos os registos de inventário.