Os teóricos que versam sobre competências para mediação pedagógica buscam enfatizar que é importante a experiência trazida pelo professor-mediador do ensino presencial, contudo, não nega a necessidade de flexibilizar a prática pedagógica. Pensando nisso, as autoras Nobre e Melo (2011), apresentam uma ilustração com o objetivo de entender quais são as competências requeridas para esse profissional.
Com base no texto e na imagem destacada, escolha cinco competências que você avalia como indispensáveis para boa prática do mediador em EaD e reflita sobre suas possíveis correlações com a docência presencial. Você chega a alguma conclusão?
Não se esqueça de fundamentar teoricamente e buscar outras fontes além do texto base.
1. Aluno: Jovert Nunes Freire
Grupo: Grupo 55 / PIGEAD - Polo: APsjo212 - Data: 25/09/13.
Disciplina: STCD
Tarefa 2: Cinco competências indispensáveis ao Mediador-Tutor em EaD.
Introdução
Em EaD, Ao assumir o trabalho de mediador educacional o tutor se vê envolvido com a
responsabilidade e compromisso na formação de pessoas. Assim, é necessário estar atualizado
nos treinamentos e buscar apoio junto aos professores, para as soluções de dúvidas referentes ao
conteúdo. Competências afetivas, acadêmicas, gerenciais, pedagógicas e tecnológicas são
essenciais ao mediador pedagógico. Ele precisa incluir o potencial da comunicação bidirecional
em sua atuação, assim como o exercício cuidadoso, ético e profissional, sendo o elo entre
professor-autor (através das aulas e material didático), as mídias disponíveis e os cursistas.
Abaixo, estão relacionadas cinco competências do MEDIADOR/TUTOR, necessárias ao
sucesso no propósito educativo de sua atividade.
Estimular à participação
O tutor é o profissional da educação que atua nas situações programadas de ensino e
aprendizagem presencial, ou na orientação assistida à distância. É ele quem tem a relação direta
com os alunos, auxiliando-o no manuseio e na aproximação dos conteúdos, cabendo a ele
organizá-los com e para os alunos. Porém, mais do que conhecer os materiais de ensino que são
disponibilizados aos alunos, o tutor administra situações de conflito, situações de euforia,
desânimos, rotinas. A tutoria caracteriza-se por seu caráter solidário e interativo. O tutor é
chamado a realizar funções de caráter pedagógico, social, administrativo e de aspectos
motivacionais (COSTA, 2008, p. 9).
A tutoria é marcada pelo trabalho de estruturar os componentes de estudo, orientar,
estimular e provocar o participante a construir o seu próprio saber, partindo do princípio de que
não há resposta feita.
Postura crítica e reflexiva
SISTEMA DE TUTORIA EM CURSOS A DISTÂNCIA
2. O processo de formação do educador/tutor se constitui em prioridade não apenas para que
adquiram credibilidade perante os alunos, mas, sobretudo para envolver os alunos na proposta de
construção coletiva do saber. A EaD precisa de um educador diferenciado com domínio do
conhecimento de sua especialidade e profundo conhecimento universal e metodológico. Um
educador/tutor deve possuir competências bem mais complexas porque o corpo discente dos
cursos a distância se constitui de um público heterogêneo e multicultural por essência.
Acompanhar, motivar, nortear, despertar no aluno o espírito de pesquisa e autodidatismo,
instigando o diálogo, o debate e o confronto entre opiniões diferentes, diversas culturalmente, é
possibilitar ao aluno construir novos esquemas mentais. Portanto, o educador/tutor na
modalidade a distância tem que se apropriar de um conhecimento cada vez mais complexo e
totalizante, e assim poder apoiar e acompanhar o desenvolvimento do aluno em cada um dos
passos propostos no projeto pedagógico do curso. Através das múltiplas interações midiatizadas
pelo educador/tutor o aluno é inserido em uma nova cultura educacional e é levado a assumir
uma nova postura frente ao conhecimento. Estes elementos fazem parte do processo de
aprendizagem em qualquer modalidade de ensino, no caso da educação a distância devem estar
obrigatoriamente presentes no projeto pedagógico, no material de aprendizagem e no processo de
midiatização que estruturam o acompanhamento ou tutoria do aluno.
Companheirismo
A relação entre educador e alunos, de forma sintética, desmitificou a importância do
conhecimento, as relações de poder, o favorecimento e a manutenção de educadores dominantes,
quando o sistema passou a questionar as conexões entre currículo e saber, organização do
conhecimento e distribuição do poder (MAINARDES & STREMEL, 2010, p. 3). Essas
tendências auxiliam, a compreender melhor o papel de tutoria na Educação a Distância e no
contexto cultural e social, uma vez que podemos considerar os melhores desempenhos de tutoria
nas atuações que envolveram o companheirismo, a afetividade, o diálogo e a integração. Assim,
percebe-se que uma das principais preocupações do trabalho do tutor é a construção de um
espaço proximal de convívio fraterno com os alunos.
Motivador de aprendizagem
Quando discutimos as necessidades que levam um aluno a uma aprendizagem significativa,
a motivação é apontada como elemento chave e deve estar presente no processo ensino
aprendizagem. Especialmente para a modalidade de educação a distância, o aluno apresenta
dificuldades para prosseguir nos estudos por não poder contar com um suporte de uma tutoria
motivadora. Assim, pode-se entender a motivação como um comportamento que está inerente ao
3. homem ao longo de toda sua existência, e muitos são os fatores que poderão contribuir ou não
para que o homem esteja motivado, dependendo de suas experiências de vida, valores e das suas
necessidades. No processo de ensino-aprendizagem quando o aluno se torna mais motivado fica
mais capaz e autônomo nos seus estudos, o que é fundamental para o ensino a distância. Vários
estudos tratam das temáticas, educação à distância, tutoria e motivação, buscando demonstrar a
importância do trabalho do tutor perante as necessidades de motivação, sob a ótica do aluno.
Linguagem clara e amigável
A eficácia do sistema tutorial dependerá do processo ensino-aprendizagem apresentar um
contexto comunicativo, participativo, interativo e vivencial. Entre os recursos, o fórum se
destaca como a ferramenta mais utilizada. Na hipótese de que a eventual falta (ou insuficiência)
de participação dos alunos em AVAs deve-se às exigências quanto ao uso da linguagem formal,
a variedade acadêmica pode inibir os estudantes. Estudos apontam para a existência de uma
correlação entre a participação dos alunos e os “cuidados com a linguagem” em fóruns. Afinal,
quando interagem em fóruns situados em AVAs, alunos, tutores e professores tendem,
inicialmente, a usar um registro formal de linguagem, ao contrário do que fazem quando
interagem em redes sociais. Assim é comum que a participação dos alunos seja inversamente
proporcional à exigência de uma linguagem formal. Por outro lado, parece haver consenso em
que a participação nos fóruns e a interação aluno/aluno/tutor são diretamente proporcionais à
aprendizagem adquirida. A interação no fórum pode ser situada entre fala e escrita (Marcuschi
2001). “A linguagem utilizada em um fórum educacional é mais cuidadosa por parte dos alunos,
por se tratar de um ambiente acadêmico” (Gabrielli 2009:212). Tostes (2010) afirma que as
principais qualidades da linguagem são a clareza, a objetividade, a concisão e a correção e as
dificuldades são de tentar “traduzir para a linguagem escrita a entonação, os gestos, a sonoridade
e a expressão facial da linguagem falada”.
Referências Bibliográficas:
• NOBRE, Claudia V. & MELO, Keite S. – Convergências das Competências
Essenciais do Mediador Pedagógico da EAD - Disponível em: http://pigead.lanteuff.org
(Acesso Restrito) Acesso em 19 set. 2013
• TERRA, Lucimara Q. & outros - Uma Investigação sobre o papel motivador do
Tutor - Disponível em: https://repositorio.ufsc.br - Acesso em 21 set. 2013.
• FREIRE, Valéria P. & LINHARES, Ronaldo - Conhecimento crítico-reflexivo do
educador/tutor - Disponível em: http://www.hipertextus.net Acesso em 21 set. 2013.
4. • GRÜTZMANN, Thaís Philipsen & DEL PINO, Mauro - Uma análise da relação
Tutor - Aluno na - Disponível em: http://ufpel.edu.br - Acesso em 21 set. 2013.