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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – FIOS.
Os fios de cobre utilizados nas instalações elétricas residenciais e comerciais (fios de
ligação) e são encontrados nas lojas especializadas com diferentes seções retas. Cada
um deles costuma ser identificado por um número para os fios condutores mais usados,
porém essa numeração não é rígida, pois cada país adota seu próprio código. No Brasil
atualmente, os fios são identificados pelos valores de suas seções retas, ou seja, a área
específica de seu diâmetro. Entretanto, tecnicamente ainda são usados os números que
aparecem na tabela anexa, os quais correspondem aproximadamente àqueles de um
código muito difundido nos Estados Unidos, o AWG (American Wire Gauge), que é o
método de medida de bitola (diâmetro) de fios condutores elétricos. O número se refere
à quantidade de passos envolvidos ao se repuxar um fio no processo de fabricação.
Quanto mais o fio é repuxado, maior será a medida e menor será o diâmetro. Por
exemplo o cabo UTP de rede de dados é de 24 AWG, sendo mais fino que um de 14
AWG que é o condutor 1,5 (veja tabela), fio condutor usado para ligar lâmpadas. O
número 1,5 representa, como foi dito, a área da seção reta do condutor, sendo essa a
medida usada no Brasil.
Tabela 1 - Corrente máxima para fios de diferentes seções retas
Nº do fio (AWG) seção (mm²) Imáx (A)
14 1,5 15
12 2,5 20
10 4,0 30
8 6,0 40
6 10,0 50
Portanto, comercialmente, convivemos com os condutores do 1,5 ao 10,0. Valores
menores que esses são usados somente para telefonia, e medidos no padrão AWG.
Valores maiores são tidos como cabos e usados para ligações industriais.
Quando um engenheiro projeta a instalação elétrica de um prédio, conhecendo a
corrente que vai passar em cada aparelho, e conseqüentemente a corrente total na
ligação principal, ele deverá escolher adequadamente o fio condutor que irá usar. Se o
fio escolhido para a linha principal for muito fino terá grande resistência a passagem de
eletricidade. Quando a corrente que por ele passa aumentar em virtude de vários
aparelhos estarem ligados à rede, a queda de tensão neste fio poderá não ser desprezível.
Isto costuma acarretar um mau funcionamento daqueles aparelhos, pois eles ficarão
submetidos a uma voltagem inferior àquela para a qual foram projetados. Isto pode ser
observado, em uma residência, quando o brilho das lâmpadas diminui ao ser ligado um
chuveiro elétrico, por exemplo. Quando a escolha é bem feita, sendo usado um fio de
ligação com seção maior (menor resistência elétrica), a queda de tensão nele torna-se
desprezível, e não há alteração sensível em um aparelho quando outros são ligados à
rede.
Evidentemente esses cuidados devem ser tomados em qualquer instalação elétrica,
inclusive nos fios que ligam uma residência à rede elétrica da rua.
A tabela apresenta também o valor máximo da corrente que cada fio pode transportar,
sem aquecimento excessivo que possa comprometer seu isolamento, isto é, sem
danificar a capa de plástico (PVC anti-chama) que o envolve. A danificação deste
isolamento pode trazer sérias conseqüências, tais como curto circuito, havendo ainda o
risco de incêndio.
Os fios condutores podem ainda ser rígidos ou flexíveis (veja figura), porém as
características técnicas de resistividade ou condutibilidade são as mesmas, sendo os
flexíveis mais fáceis de passar pelas tubulações e curvas nas instalações. Os fios rígidos
são mais indicados para as conexões, tanto em chaves termomagnéticas (disjuntores)
quanto em instalações de tomadas simples.
O código de cores, o qual deve ser rígidamente obedecido em novas instalações, é
prescrito pelas normas, tanto ABNT como ISO IECC, ANSI, e outras, para instalações
de equipamentos de telecomunicações ou informática, como segue:
Fase - Vermelho (Vm)
Neutro - Azul (Az) (preferencialmente claro)
Terra - Verde (Vd)
Para instalações residenciais pode-se utilizar outras cores, porém mantendo cada
condutor com sua finalidade, como:
Fase - Vermelho (Vm), Preto (Pr), ou ainda o Cinza (Cz)
Neutro - Azul (Az), ou ainda o Branco (Br)
Terra - Verde (Vd), ou ainda o Amarelo (Am)
A utilização mais comum dos condutores é:
O fio 10,0 é mais utilizado para redes de forma geral.
O fio 8,0 não é mais fabricado.
O fio 6,0 é utilizado para redes, sub-redes, chuveiro elétrico etc.
O fio 4,0 é utilizado para sub-redes de pequeno porte, e distribuição em circuitos
ramificados a partir de um condutor maior.
O fio 2,5 é utilizado para ligação de tomadas, ramificados a partir de uma sub-rede ou
rede.
O fio 1,5 é utilizado apenas para ligação de lâmpadas.
Exemplo:
O fio condutor 1,5 para ligar lâmpadas suporta 15 A (ampères) de corrente (veja tabela
anterior). Uma lâmpada fluorescente de 100 W está ligada na tensão de fase de 220 V,
gerando uma corrente de:
100 W / 220 V = 0,45 A.
Quantas lâmpadas posso ligar em um circuito simples nesse condutor?
15 A / 0,45 A = 33 lâmpadas.
Portanto se ligarmos mais do que 33 lâmpadas estaremos sobrecarregando o condutor.

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  • 1. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – FIOS. Os fios de cobre utilizados nas instalações elétricas residenciais e comerciais (fios de ligação) e são encontrados nas lojas especializadas com diferentes seções retas. Cada um deles costuma ser identificado por um número para os fios condutores mais usados, porém essa numeração não é rígida, pois cada país adota seu próprio código. No Brasil atualmente, os fios são identificados pelos valores de suas seções retas, ou seja, a área específica de seu diâmetro. Entretanto, tecnicamente ainda são usados os números que aparecem na tabela anexa, os quais correspondem aproximadamente àqueles de um código muito difundido nos Estados Unidos, o AWG (American Wire Gauge), que é o método de medida de bitola (diâmetro) de fios condutores elétricos. O número se refere à quantidade de passos envolvidos ao se repuxar um fio no processo de fabricação. Quanto mais o fio é repuxado, maior será a medida e menor será o diâmetro. Por exemplo o cabo UTP de rede de dados é de 24 AWG, sendo mais fino que um de 14 AWG que é o condutor 1,5 (veja tabela), fio condutor usado para ligar lâmpadas. O número 1,5 representa, como foi dito, a área da seção reta do condutor, sendo essa a medida usada no Brasil. Tabela 1 - Corrente máxima para fios de diferentes seções retas Nº do fio (AWG) seção (mm²) Imáx (A) 14 1,5 15 12 2,5 20 10 4,0 30 8 6,0 40 6 10,0 50 Portanto, comercialmente, convivemos com os condutores do 1,5 ao 10,0. Valores menores que esses são usados somente para telefonia, e medidos no padrão AWG. Valores maiores são tidos como cabos e usados para ligações industriais. Quando um engenheiro projeta a instalação elétrica de um prédio, conhecendo a corrente que vai passar em cada aparelho, e conseqüentemente a corrente total na ligação principal, ele deverá escolher adequadamente o fio condutor que irá usar. Se o fio escolhido para a linha principal for muito fino terá grande resistência a passagem de eletricidade. Quando a corrente que por ele passa aumentar em virtude de vários aparelhos estarem ligados à rede, a queda de tensão neste fio poderá não ser desprezível. Isto costuma acarretar um mau funcionamento daqueles aparelhos, pois eles ficarão submetidos a uma voltagem inferior àquela para a qual foram projetados. Isto pode ser observado, em uma residência, quando o brilho das lâmpadas diminui ao ser ligado um chuveiro elétrico, por exemplo. Quando a escolha é bem feita, sendo usado um fio de ligação com seção maior (menor resistência elétrica), a queda de tensão nele torna-se desprezível, e não há alteração sensível em um aparelho quando outros são ligados à rede. Evidentemente esses cuidados devem ser tomados em qualquer instalação elétrica, inclusive nos fios que ligam uma residência à rede elétrica da rua. A tabela apresenta também o valor máximo da corrente que cada fio pode transportar, sem aquecimento excessivo que possa comprometer seu isolamento, isto é, sem danificar a capa de plástico (PVC anti-chama) que o envolve. A danificação deste
  • 2. isolamento pode trazer sérias conseqüências, tais como curto circuito, havendo ainda o risco de incêndio. Os fios condutores podem ainda ser rígidos ou flexíveis (veja figura), porém as características técnicas de resistividade ou condutibilidade são as mesmas, sendo os flexíveis mais fáceis de passar pelas tubulações e curvas nas instalações. Os fios rígidos são mais indicados para as conexões, tanto em chaves termomagnéticas (disjuntores) quanto em instalações de tomadas simples. O código de cores, o qual deve ser rígidamente obedecido em novas instalações, é prescrito pelas normas, tanto ABNT como ISO IECC, ANSI, e outras, para instalações de equipamentos de telecomunicações ou informática, como segue: Fase - Vermelho (Vm) Neutro - Azul (Az) (preferencialmente claro) Terra - Verde (Vd) Para instalações residenciais pode-se utilizar outras cores, porém mantendo cada condutor com sua finalidade, como: Fase - Vermelho (Vm), Preto (Pr), ou ainda o Cinza (Cz) Neutro - Azul (Az), ou ainda o Branco (Br) Terra - Verde (Vd), ou ainda o Amarelo (Am) A utilização mais comum dos condutores é: O fio 10,0 é mais utilizado para redes de forma geral. O fio 8,0 não é mais fabricado. O fio 6,0 é utilizado para redes, sub-redes, chuveiro elétrico etc. O fio 4,0 é utilizado para sub-redes de pequeno porte, e distribuição em circuitos ramificados a partir de um condutor maior. O fio 2,5 é utilizado para ligação de tomadas, ramificados a partir de uma sub-rede ou rede. O fio 1,5 é utilizado apenas para ligação de lâmpadas.
  • 3. Exemplo: O fio condutor 1,5 para ligar lâmpadas suporta 15 A (ampères) de corrente (veja tabela anterior). Uma lâmpada fluorescente de 100 W está ligada na tensão de fase de 220 V, gerando uma corrente de: 100 W / 220 V = 0,45 A. Quantas lâmpadas posso ligar em um circuito simples nesse condutor? 15 A / 0,45 A = 33 lâmpadas. Portanto se ligarmos mais do que 33 lâmpadas estaremos sobrecarregando o condutor.