SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  54
Síndromes Glomerulares


Bruno Ribeiro de Almeida
Membrana                  Pedicelas
diafragmática


                       MBG

                Endotélio


                                    Lume
                                    capilar
GLOMERULOPATIAS : DOENÇAS QUE AFETAM AS
 PROPRIEDADES DO GLOMÉRULO RENAL

               NOS GLOMÉRULOS OCORRE O PROCESSO DE
               FILTRAÇÃO SANGUINEA, QUE É FUNDAMENTAL PARA
               A HOMEOSTASE INTERNA - PARA QUE ISSO OCORRA
               NORMALMENTE , É NECESSÁRIO QUE :



                           1) A superfície de
                           filtração de liquidos e
                           pequenos solutos
                           esteja íntegra




                           2) O capilar
                           glomerular exerça um
                           papel de barreira para
                           a filtração de
                           proteinas e outras
                           macromoléculas
Glomerulopatias : alterações das
     propriedades dos glomérulos

• Ocorrendo perda abrupta da superfície de
  filtração (↓ Kf ) → redução da excreção
  de líquidos, pequenos solutos, eletrólitos
  → SÍNDROME NEFRÍTICA

• Ocorrendo aumento difuso da
  permeabilidade do capilar glomerular à
  passagem de proteínas → proteinúria
  maciça → SÍNDROME NEFRÓTICA

   É FREQUENTE A ASSOCIAÇÃO DESTAS 2 SÍNDROMES !
SÍNDROMES GROMERULARES
•   Síndrome Nefrítica (GNDA)
•   Glomerulonefrite rapidamente progressiva
•   Síndrome Nefrótica
•   Doenças glomerulares trombóticas
SÍNDROME NEFRÍTICA
Síndrome Nefrítica
            Definição

 Conjunto de Sinais/Sintomas
 caracterizado por início relativamente
 abrupto de: edema, hipertensão,
 hematúria, proteinúria leve com ou sem
 redução da filtração glomerular;
Patogenia da lesão renal na
      síndrome nefrítica
Define-se morfologicamente pela presença de reação
inflamatória nos glomérulos, com intensa
hipercelularidade decorrente da infiltração de células
circulantes, como leucócitos e macrófagos, e
proliferação de células residentes.




           NORMAL             GLOMERULONEFRITE AGUDA
COMPLEXOS
     Antígeno/Anticorpo

INTENSA ATIVAÇÃO E CONSUMO DE
         COMPLEMENTO



        INFLAMAÇÃO



   GLOMERULONEFRITE
Kf




                          GLOMERULONEFRITE
         NORMAL
                            DIFUSA AGUDA

REDUÇÃO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR NA S.NEFRÍTICA
Hemácias no
espaço urinário
Hemácias dismórficas : sedimento urinário de paciente com
                   síndrome nefrítica
CILINDRO HEMÁTICO NA SÍNDROME NEFRÍTICA
 (altamente específico para hematúria de origem
       glomerular, porém pouco sensível)
Glomerulopatias primárias (n=633)



                              0,3%
                    Outras
                              1,4%
        GN focal/segmentar
                                 3,2%
                    GNDA
                                 3,3%                                     NEFRÍTICAS
        Mesangial não-IgA
                                     3,6%
            GN crescêntica
                                        5,4%
Nefropatia crônica avançada
                                            7,5%
                    GNMP
                                             7,9%
                     DLM
                                                          16,3%
            Nefropatia IgA
                                                                  21,6%
                     GNM
                                                                              29,5%
                     GESF

                                            Registro Paulista de Glomerulopatias - RPG
Síndrome nefrítica
•   GNDA (GN relacionada a infecção)
•   Glomerulonefrite Membranoproliferativa
•   Nefropatia da IgA
•   Glomerulonefrites crescênticas
Síndrome nefrítica
        Exames complementares
• Parcial de urina: hematúria, cilindros hemáticos,
  leucocitúria, proteinúria variável
•  ou não do Clearance creatinina
• Hiponatremia, hiper K+, acidose metabólica
• ↓ ou não Complemento total, C3 e C4
• Exs etiológicos : ASLO, hemoculturas, anti-HCV
  FAN, ANCA, crioglobulinas, IgA sérica, Anti-MBG
• Biópsia renal : não está indicada nos casos
  típicos de GNs associadas à infecções
GLOMERULONEFRITE DIFUSA
AGUDA - GNDA

GLOMERULONEFRITE RELACIONADA A INFECÇÕES
BACTERIANAS
GNDA
• Países subdesenvolvidos:
  – Estreptococos β-hemolítico grupo A
• Países desenvolvidos:
  – Stafilococos - Endocardite Bacteriana
• Mecanismos de lesão renal por infecção:
  – Efeito direto por invasão renal da infecção;
  – Sepse
  – Imunológico
GN proliferativa aguda
          Organismos envolvidos
• Bactérias                           • Virus
  – Streptococcus, beta hemolítico,
                                        –   varicela
    grupo A
  – S.viridans                          –   rubéola
  – S.pneumoniae                        –   CMV
  – Staphylococcus aureus               –   EB
  – S.epidermidis
  – Corynebacterium
                                      • Parasitas
  – Propionibacterium                   –   Toxoplasmose
  – Micobactérias atípicas              –   Trichinella
  – Mycoplasma                          –   Rickettsia
  – Brucella                            –   R.Richettsiae
  – Meningococo
  – Leptospira
GNDA Pós-estreptocócica
• Agente: Algumas cepas Estreptococos β-
  hemolítico grupo A;
• Pode ocorrer de forma isolada ou em
  surtos;
• Atinge qualquer faixa etária, com pico
  entre 6-10 anos;
• Clima temperado: IVAS
• Clima tropical: Infecção cutânea
GNDA Pós-estreptocócica
• Índice de ataque renal nas cepas
  nefritogênicas: 1-33%;
• <2% dos pacientes apresentarão
  sinais/sintomas;
• Intervalo GN- estreptococcia:
  – 7-14 dias: faringite
  – 6 semanas: impetigo
• GN rapidamente progressiva: 1% casos
GNA pós-estreptocócica
 Manifestações clínicas


Hematúria macroscópica               25-33%
       Edema                           85%
     Hipertensão                     60-80%
         ICC                           20%
   Alterações SNC                      10%

            Nissenson A et al; Ann Intern Med 1979: 91:76-86
Edema facial em criança com GN
  pós-estreptocócica (GNDA)
GNA pós-estreptocócica
      Exames subsidiários
• Urina 1: hematúria, cilindros hemáticos,
  leucocitúria, proteinúria variável
•  Taxa de filtração glomerular (TFG)
• Hiponatremia
•   TFG : Hiper K+, acidose metabólica
• Evidência sorológica de estreptococcia:
  ASLO
GNA pós-estreptocócica
       Exames subsidiários
• Complemento total  (90%casos), por via
  clássica ou alternada.
• Hipergamaglobulinemia às custas de IgG e
  IgM (70% casos)
• Crioglobulinemia (60%), FRe (50%)
• Anemia / plaquetopenia, em geral, de baixa
  intensidade
GNDA - Evolução
• Diurese e natriurese recuperam-se em 48-
  72hs;
• Remissão completa dos sintomas em 2-4
  semanas;
• Complemento normaliza após 6 semanas;
• Hematúria e proteinúria <1g/dia, podem
  persistir por meses;
• Cura em 90% das crianças e jovens e 60-
  70% adultos
GNDA - HISTÓRIA NATURAL


                 Cura espontânea
                      90%
GNDA - Prognóstico
• Indicadores de mal-prognóstico:
  – Persistência da hipocomplementemia;
  – Manutenção da hipertensão;
  – Permanência da proteinúria >12 meses;
GLOMERULONEFRITE
MEMBRANOPROLIFERATIVA

    • Idiopática
    • Secundária
GNMP
• Grupo de “Doenças Glomerulares” que
  corpatilham alterações morfológicas e
  clínicas;
• Histologia: anormalidades na região
  mesangial, alças capilares e subendotelial
• Forma crônica e progressiva de GN;
• Atinge principalmente crianças/adultos
  jovens;
GN MEMBRANOPROLIFERATIVA IDIOPÁTICA


       Principais características clínicas


        Associação c/ infecção de vias aéreas superiores
        Manifestações nefríticas e nefróticas
        Hipocomplementemia em 50% dos casos
        Má resposta ao tratamento
        Evolução: ~50% IRC em 10 anos
NIgA – Dça de Berger
• Forma de Glomerulonefrite Mesangial,
  com depósito predominante de IgA;

• Glomerulopatia mais comum;

• Relação temporal com infecções
  respiratórias e do TGI – estímulo
  imunológico?
EPIDEMIOLOGIA DA NEFROPATIA DA IgA


                               20 a 30 %
      8 a 12%




                                                          40 a 50 %

                 * 17,7 %

                                                                  20 a 30 %



                                                       Ibels LS et al. Medicine 73:79, 1994
         Registro Paulista de Glomerulopatias. Jornal Brasileiro de Nefrologia 23: 34, 2001
Glomerulonefrites Crescênticas
GNRP
• GN que cursam com crescentes em mais
  de 50% dos glomérulos;
• Curso variável dependente da quantidade
  de crescentes e da extensão das
  crescentes;

• São consideradas um URGÊNCIA
  NEFROLÓGICA!!!
GNRP
• Quadro Clínico:
  – Hematúria;
  – Proteinúria variável;
  – Hipertensão
  – Edema
  – Perda de Função Renal Progressiva
SÍNDROME NEFRÓTICA
Definição de Síndrome
          Nefrótica
Proteinúria > ou igual a 3,5g/dia
Hipoalbuminemia
Edema generalizado
Hiperlipidemia
Podócitos




                                         Moléculas proteicas de
                                         ancoragem


                                           Podocina
                                           Alfa-actinina
                          Nefrina
                                           CD2AP
                          Neph1

                Membrana diafragmática



ESTRURA MOLECULAR DA BARREIRA DE FILTRAÇÃO NOS PODÓCITOS
Mecanismos da Proteinúria

Alteração da carga elétrica da
membrana capilar glomerular

Alteração do tamanho e/ou
número dos poros
Síndrome Nefrótica
Consequências da Proteinúria Maciça

       Hipoalbuminemia


      Edema generalizado
        Dislipidemia
      Tromboembolismo
        Desnutrição
         Infecções
Edema da síndrome nefrótica
DOENÇA RENAL

 Aumento da permeabilidade                     Retenção tubular de Na e H2O
 à macromoléculas



   Perda de albumina                         Expansão volume plasmático


    Hipoalbuminemia                             Aumento da pressão
                                                hidrostática capilar




Diminuição do VEC        Extravazemento de fluido
                         para o espaço intersticial
  Ativação do eixo
  neuro-humoral
Retenção de H2O e Na               EDEMA
Alterações Lipídicas na Síndrome Nefrótica

 ↓ Pressão Oncótica                              Hipoalbuminemia
                            ↑ LDL
                            ↑ VLDL             Diminuição do catabolismo
                            ↑ IDL              periférico, redução APO B


                        ↓ HDL
    ↓ Lipase lipoproteica            Ésteres de colesterol

                                          LDL
                                          VLDL
Trombose de veia renal na síndrome
            nefrótica
Causas de Síndrome Nefrótica
• Genéticas : mutações em proteinas da
  barreira glomerular
• Imunológicas : linfocinas, imunocomplexos
• Metabólicas : alterações estruturais
  (ex. Diabetes Mellitus)
• Depósitos de proteinas anômalas
  (ex. Amiloidose)
• Efeito de drogas e toxinas
SÍNDROME NEFRÓTICA
• Doenças renais primárias que se
  apresentam com síndrome nefrótica:
  – Doença por lesão mínima
  – Glomeruloesclerose focal e segmentar
    (GESF)
  – GN proliferativa mesangial
  – GN membranosa
  – GN membranoproliferativa
  – GN fibrilar e imunotactóide
SÍNDROME NEFRÓTICA
• DOENÇA POR LESÃO MINÍMA:
  • 80% das causas de síndrome nefrótica em
    crianças
  • Fator precipitante → Linfócito T → citoquina →
    podócito (fusão podocitária) → inibição da síntese
    de poliânions → alteração da “barreira de carga”
    → proteinúria seletiva.
  • Faixa etária mais freqüente de 1 a 8 anos.
  • Pode cursar com períodos de remissão e
    atividade.
GLOMERULOPATIA DE LESÕES MÍNIMAS
(Síndrome nefrótica por alteração de cargas elétricas)


                             Fusão de podócitos
SÍNDROME NEFRÓTICA
• GESF:
  • Patologia semelhante à DLM, porém afeta também
    “barreiras de tamanho”, e a proteinúria torna-se
    não-seletiva
  • Ocorre acúmulo de material homogêneo não
    fibrilar que provoca colapso dos capilares
    glomerulares.
  • Pode ser idiopática (início abrupto) ou secundária
    (início insidioso).
SÍNDROME NEFRÓTICA
• Glomerulopatia membranosa:
• Idiopática ou secundária
• Espessamento da membrana basal glomerular na
  ausência de proliferação celular
• Imunodepósitos subepiteliais de IgG e C3
• Proteinúria não-seletiva
Depósitos imunes subepiteliais




                                                   Passagem de
                                                   proteinas
       NEFROPATIA MEMBRANOSA : SÍNDROME NEFRÓTICA POR
       AUMENTO DE POROS DA PAREDE CAPILAR – MECANISMO
                        IMUNOLÓGICO
Síndromes glomerulares

Contenu connexe

Tendances

Insuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaInsuficiência renal aguda
Insuficiência renal aguda
Ana Nataly
 
Glomerulopatias atualizacao
Glomerulopatias atualizacaoGlomerulopatias atualizacao
Glomerulopatias atualizacao
PUCPR
 
Aula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaAula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal Crônica
Jucie Vasconcelos
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíacaInsuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca
dapab
 
Fisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Fisiologia Humana 6 - Sistema RenalFisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Fisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Herbert Santana
 

Tendances (20)

Insuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaInsuficiência renal aguda
Insuficiência renal aguda
 
Glomerulopatias atualizacao
Glomerulopatias atualizacaoGlomerulopatias atualizacao
Glomerulopatias atualizacao
 
Síndrome nefrotica
Síndrome nefroticaSíndrome nefrotica
Síndrome nefrotica
 
Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18
 
Sinais e sinomas do ap.urinário
Sinais e sinomas do ap.urinárioSinais e sinomas do ap.urinário
Sinais e sinomas do ap.urinário
 
Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário
 
ARTRITE REUMATÓIDE
ARTRITE REUMATÓIDEARTRITE REUMATÓIDE
ARTRITE REUMATÓIDE
 
Insuficiência Renal Aguda e Crônica
Insuficiência Renal Aguda e CrônicaInsuficiência Renal Aguda e Crônica
Insuficiência Renal Aguda e Crônica
 
Interpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaInterpretação do hemograma
Interpretação do hemograma
 
Edema
EdemaEdema
Edema
 
Síndrome Nefrótica
Síndrome NefróticaSíndrome Nefrótica
Síndrome Nefrótica
 
Aula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaAula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal Crônica
 
Propedeutica ira irc 2016
Propedeutica ira irc 2016Propedeutica ira irc 2016
Propedeutica ira irc 2016
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíacaInsuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca
 
Fisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Fisiologia Humana 6 - Sistema RenalFisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Fisiologia Humana 6 - Sistema Renal
 
Aula - Cardiovascular - Anticoagulantes
Aula - Cardiovascular  - AnticoagulantesAula - Cardiovascular  - Anticoagulantes
Aula - Cardiovascular - Anticoagulantes
 
Distúrbios hematológicos
Distúrbios hematológicosDistúrbios hematológicos
Distúrbios hematológicos
 
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaCetoacidose Diabética
Cetoacidose Diabética
 
Introdução ao Estudo da Cefaléias
Introdução ao Estudo da CefaléiasIntrodução ao Estudo da Cefaléias
Introdução ao Estudo da Cefaléias
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronariana
 

Similaire à Síndromes glomerulares

Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
janinemagalhaes
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
janinemagalhaes
 

Similaire à Síndromes glomerulares (20)

Glomerulopatias ijijijijijijijij2023.pptx
Glomerulopatias ijijijijijijijij2023.pptxGlomerulopatias ijijijijijijijij2023.pptx
Glomerulopatias ijijijijijijijij2023.pptx
 
glomerulopatias.pdf
glomerulopatias.pdfglomerulopatias.pdf
glomerulopatias.pdf
 
glomerulopatias aula sobre as alteracoes dos glomerulos
glomerulopatias aula sobre as alteracoes dos glomerulosglomerulopatias aula sobre as alteracoes dos glomerulos
glomerulopatias aula sobre as alteracoes dos glomerulos
 
Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefriticaSindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica
 
Síndrome Nefrótica - Nefrologia - Medicina Interna
Síndrome Nefrótica - Nefrologia - Medicina InternaSíndrome Nefrótica - Nefrologia - Medicina Interna
Síndrome Nefrótica - Nefrologia - Medicina Interna
 
Caso clínico nefro 3
Caso clínico nefro 3Caso clínico nefro 3
Caso clínico nefro 3
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
 
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrsSíndrome nefrótica   iuri usêda - mr1 hgrs
Síndrome nefrótica iuri usêda - mr1 hgrs
 
Meningite bacteriana
Meningite bacterianaMeningite bacteriana
Meningite bacteriana
 
Apresentação glomerulonefrite aguda
Apresentação glomerulonefrite agudaApresentação glomerulonefrite aguda
Apresentação glomerulonefrite aguda
 
Patologia renal-robbins
Patologia renal-robbinsPatologia renal-robbins
Patologia renal-robbins
 
Hematúria na pediatria
Hematúria na pediatriaHematúria na pediatria
Hematúria na pediatria
 
Doenças renais.
Doenças renais.Doenças renais.
Doenças renais.
 
Sindreme nefrotica
Sindreme nefroticaSindreme nefrotica
Sindreme nefrotica
 
Anemia e sindrome nefrótica
Anemia e sindrome nefróticaAnemia e sindrome nefrótica
Anemia e sindrome nefrótica
 
Trabalho Professora B.A.E.pptx
Trabalho Professora B.A.E.pptxTrabalho Professora B.A.E.pptx
Trabalho Professora B.A.E.pptx
 
Sindrome nefritica
Sindrome nefriticaSindrome nefritica
Sindrome nefritica
 
NEFROLOGIA.pptx
NEFROLOGIA.pptxNEFROLOGIA.pptx
NEFROLOGIA.pptx
 
Doenas granulomatosas -_pdf
Doenas granulomatosas -_pdfDoenas granulomatosas -_pdf
Doenas granulomatosas -_pdf
 
Mieloma multiplo relato de caso clinico
Mieloma multiplo relato de caso clinicoMieloma multiplo relato de caso clinico
Mieloma multiplo relato de caso clinico
 

Plus de Jucie Vasconcelos

Plus de Jucie Vasconcelos (20)

Medresumos 2016 omf - digestório
Medresumos 2016   omf - digestórioMedresumos 2016   omf - digestório
Medresumos 2016 omf - digestório
 
Medresumos 2016 omf - cardiovascular
Medresumos 2016   omf - cardiovascularMedresumos 2016   omf - cardiovascular
Medresumos 2016 omf - cardiovascular
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 22 - ossos do crânio
Medresumos 2016   neuroanatomia 22 - ossos do crânioMedresumos 2016   neuroanatomia 22 - ossos do crânio
Medresumos 2016 neuroanatomia 22 - ossos do crânio
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 21 - grandes vias eferentes
Medresumos 2016   neuroanatomia 21 - grandes vias eferentesMedresumos 2016   neuroanatomia 21 - grandes vias eferentes
Medresumos 2016 neuroanatomia 21 - grandes vias eferentes
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
Medresumos 2016   neuroanatomia 20 - grandes vias aferentesMedresumos 2016   neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
Medresumos 2016 neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 19 - sistema nervoso autônomo
Medresumos 2016   neuroanatomia 19 - sistema nervoso autônomoMedresumos 2016   neuroanatomia 19 - sistema nervoso autônomo
Medresumos 2016 neuroanatomia 19 - sistema nervoso autônomo
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 17 - formação reticular
Medresumos 2016   neuroanatomia 17 - formação reticularMedresumos 2016   neuroanatomia 17 - formação reticular
Medresumos 2016 neuroanatomia 17 - formação reticular
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 16 - vascularização do sistema nervoso centra...
Medresumos 2016   neuroanatomia 16 - vascularização do sistema nervoso centra...Medresumos 2016   neuroanatomia 16 - vascularização do sistema nervoso centra...
Medresumos 2016 neuroanatomia 16 - vascularização do sistema nervoso centra...
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 15 - núcleos da base e centro branco medular
Medresumos 2016   neuroanatomia 15 - núcleos da base e centro branco medularMedresumos 2016   neuroanatomia 15 - núcleos da base e centro branco medular
Medresumos 2016 neuroanatomia 15 - núcleos da base e centro branco medular
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 14 - aspectos funcionais do córtex cerebral
Medresumos 2016   neuroanatomia 14 - aspectos funcionais do córtex cerebralMedresumos 2016   neuroanatomia 14 - aspectos funcionais do córtex cerebral
Medresumos 2016 neuroanatomia 14 - aspectos funcionais do córtex cerebral
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 13 - anatomia macroscópia do telencéfalo
Medresumos 2016   neuroanatomia 13 - anatomia macroscópia do telencéfaloMedresumos 2016   neuroanatomia 13 - anatomia macroscópia do telencéfalo
Medresumos 2016 neuroanatomia 13 - anatomia macroscópia do telencéfalo
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 12 - hipotálamo
Medresumos 2016   neuroanatomia 12 - hipotálamoMedresumos 2016   neuroanatomia 12 - hipotálamo
Medresumos 2016 neuroanatomia 12 - hipotálamo
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 11 - subtálamo, epitálamo e tálamo
Medresumos 2016   neuroanatomia 11 - subtálamo, epitálamo e tálamoMedresumos 2016   neuroanatomia 11 - subtálamo, epitálamo e tálamo
Medresumos 2016 neuroanatomia 11 - subtálamo, epitálamo e tálamo
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 10 - macroscopia do diencéfalo
Medresumos 2016   neuroanatomia 10 - macroscopia do diencéfaloMedresumos 2016   neuroanatomia 10 - macroscopia do diencéfalo
Medresumos 2016 neuroanatomia 10 - macroscopia do diencéfalo
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 09 - estrutura e funções do cerebelo
Medresumos 2016   neuroanatomia 09 - estrutura e funções do cerebeloMedresumos 2016   neuroanatomia 09 - estrutura e funções do cerebelo
Medresumos 2016 neuroanatomia 09 - estrutura e funções do cerebelo
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 08 - nervos cranianos
Medresumos 2016   neuroanatomia 08 - nervos cranianosMedresumos 2016   neuroanatomia 08 - nervos cranianos
Medresumos 2016 neuroanatomia 08 - nervos cranianos
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 07 - microscopia do mesencéfalo
Medresumos 2016   neuroanatomia 07 - microscopia do mesencéfaloMedresumos 2016   neuroanatomia 07 - microscopia do mesencéfalo
Medresumos 2016 neuroanatomia 07 - microscopia do mesencéfalo
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 06 - microscopia da ponte
Medresumos 2016   neuroanatomia 06 - microscopia da ponteMedresumos 2016   neuroanatomia 06 - microscopia da ponte
Medresumos 2016 neuroanatomia 06 - microscopia da ponte
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 05 - microscopia do bulbo
Medresumos 2016   neuroanatomia 05 - microscopia do bulboMedresumos 2016   neuroanatomia 05 - microscopia do bulbo
Medresumos 2016 neuroanatomia 05 - microscopia do bulbo
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 04 - macroscopia do tronco encefálico
Medresumos 2016   neuroanatomia 04 - macroscopia do tronco encefálicoMedresumos 2016   neuroanatomia 04 - macroscopia do tronco encefálico
Medresumos 2016 neuroanatomia 04 - macroscopia do tronco encefálico
 

Síndromes glomerulares

  • 2.
  • 3. Membrana Pedicelas diafragmática MBG Endotélio Lume capilar
  • 4. GLOMERULOPATIAS : DOENÇAS QUE AFETAM AS PROPRIEDADES DO GLOMÉRULO RENAL NOS GLOMÉRULOS OCORRE O PROCESSO DE FILTRAÇÃO SANGUINEA, QUE É FUNDAMENTAL PARA A HOMEOSTASE INTERNA - PARA QUE ISSO OCORRA NORMALMENTE , É NECESSÁRIO QUE : 1) A superfície de filtração de liquidos e pequenos solutos esteja íntegra 2) O capilar glomerular exerça um papel de barreira para a filtração de proteinas e outras macromoléculas
  • 5. Glomerulopatias : alterações das propriedades dos glomérulos • Ocorrendo perda abrupta da superfície de filtração (↓ Kf ) → redução da excreção de líquidos, pequenos solutos, eletrólitos → SÍNDROME NEFRÍTICA • Ocorrendo aumento difuso da permeabilidade do capilar glomerular à passagem de proteínas → proteinúria maciça → SÍNDROME NEFRÓTICA É FREQUENTE A ASSOCIAÇÃO DESTAS 2 SÍNDROMES !
  • 6. SÍNDROMES GROMERULARES • Síndrome Nefrítica (GNDA) • Glomerulonefrite rapidamente progressiva • Síndrome Nefrótica • Doenças glomerulares trombóticas
  • 8. Síndrome Nefrítica Definição Conjunto de Sinais/Sintomas caracterizado por início relativamente abrupto de: edema, hipertensão, hematúria, proteinúria leve com ou sem redução da filtração glomerular;
  • 9. Patogenia da lesão renal na síndrome nefrítica Define-se morfologicamente pela presença de reação inflamatória nos glomérulos, com intensa hipercelularidade decorrente da infiltração de células circulantes, como leucócitos e macrófagos, e proliferação de células residentes. NORMAL GLOMERULONEFRITE AGUDA
  • 10. COMPLEXOS Antígeno/Anticorpo INTENSA ATIVAÇÃO E CONSUMO DE COMPLEMENTO INFLAMAÇÃO GLOMERULONEFRITE
  • 11. Kf GLOMERULONEFRITE NORMAL DIFUSA AGUDA REDUÇÃO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR NA S.NEFRÍTICA
  • 13. Hemácias dismórficas : sedimento urinário de paciente com síndrome nefrítica
  • 14. CILINDRO HEMÁTICO NA SÍNDROME NEFRÍTICA (altamente específico para hematúria de origem glomerular, porém pouco sensível)
  • 15. Glomerulopatias primárias (n=633) 0,3% Outras 1,4% GN focal/segmentar 3,2% GNDA 3,3% NEFRÍTICAS Mesangial não-IgA 3,6% GN crescêntica 5,4% Nefropatia crônica avançada 7,5% GNMP 7,9% DLM 16,3% Nefropatia IgA 21,6% GNM 29,5% GESF Registro Paulista de Glomerulopatias - RPG
  • 16. Síndrome nefrítica • GNDA (GN relacionada a infecção) • Glomerulonefrite Membranoproliferativa • Nefropatia da IgA • Glomerulonefrites crescênticas
  • 17. Síndrome nefrítica Exames complementares • Parcial de urina: hematúria, cilindros hemáticos, leucocitúria, proteinúria variável •  ou não do Clearance creatinina • Hiponatremia, hiper K+, acidose metabólica • ↓ ou não Complemento total, C3 e C4 • Exs etiológicos : ASLO, hemoculturas, anti-HCV FAN, ANCA, crioglobulinas, IgA sérica, Anti-MBG • Biópsia renal : não está indicada nos casos típicos de GNs associadas à infecções
  • 18. GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA - GNDA GLOMERULONEFRITE RELACIONADA A INFECÇÕES BACTERIANAS
  • 19. GNDA • Países subdesenvolvidos: – Estreptococos β-hemolítico grupo A • Países desenvolvidos: – Stafilococos - Endocardite Bacteriana • Mecanismos de lesão renal por infecção: – Efeito direto por invasão renal da infecção; – Sepse – Imunológico
  • 20. GN proliferativa aguda Organismos envolvidos • Bactérias • Virus – Streptococcus, beta hemolítico, – varicela grupo A – S.viridans – rubéola – S.pneumoniae – CMV – Staphylococcus aureus – EB – S.epidermidis – Corynebacterium • Parasitas – Propionibacterium – Toxoplasmose – Micobactérias atípicas – Trichinella – Mycoplasma – Rickettsia – Brucella – R.Richettsiae – Meningococo – Leptospira
  • 21. GNDA Pós-estreptocócica • Agente: Algumas cepas Estreptococos β- hemolítico grupo A; • Pode ocorrer de forma isolada ou em surtos; • Atinge qualquer faixa etária, com pico entre 6-10 anos; • Clima temperado: IVAS • Clima tropical: Infecção cutânea
  • 22. GNDA Pós-estreptocócica • Índice de ataque renal nas cepas nefritogênicas: 1-33%; • <2% dos pacientes apresentarão sinais/sintomas; • Intervalo GN- estreptococcia: – 7-14 dias: faringite – 6 semanas: impetigo • GN rapidamente progressiva: 1% casos
  • 23. GNA pós-estreptocócica Manifestações clínicas Hematúria macroscópica 25-33% Edema 85% Hipertensão 60-80% ICC 20% Alterações SNC 10% Nissenson A et al; Ann Intern Med 1979: 91:76-86
  • 24. Edema facial em criança com GN pós-estreptocócica (GNDA)
  • 25. GNA pós-estreptocócica Exames subsidiários • Urina 1: hematúria, cilindros hemáticos, leucocitúria, proteinúria variável •  Taxa de filtração glomerular (TFG) • Hiponatremia •   TFG : Hiper K+, acidose metabólica • Evidência sorológica de estreptococcia: ASLO
  • 26. GNA pós-estreptocócica Exames subsidiários • Complemento total  (90%casos), por via clássica ou alternada. • Hipergamaglobulinemia às custas de IgG e IgM (70% casos) • Crioglobulinemia (60%), FRe (50%) • Anemia / plaquetopenia, em geral, de baixa intensidade
  • 27. GNDA - Evolução • Diurese e natriurese recuperam-se em 48- 72hs; • Remissão completa dos sintomas em 2-4 semanas; • Complemento normaliza após 6 semanas; • Hematúria e proteinúria <1g/dia, podem persistir por meses; • Cura em 90% das crianças e jovens e 60- 70% adultos
  • 28. GNDA - HISTÓRIA NATURAL Cura espontânea 90%
  • 29. GNDA - Prognóstico • Indicadores de mal-prognóstico: – Persistência da hipocomplementemia; – Manutenção da hipertensão; – Permanência da proteinúria >12 meses;
  • 30. GLOMERULONEFRITE MEMBRANOPROLIFERATIVA • Idiopática • Secundária
  • 31. GNMP • Grupo de “Doenças Glomerulares” que corpatilham alterações morfológicas e clínicas; • Histologia: anormalidades na região mesangial, alças capilares e subendotelial • Forma crônica e progressiva de GN; • Atinge principalmente crianças/adultos jovens;
  • 32. GN MEMBRANOPROLIFERATIVA IDIOPÁTICA Principais características clínicas Associação c/ infecção de vias aéreas superiores Manifestações nefríticas e nefróticas Hipocomplementemia em 50% dos casos Má resposta ao tratamento Evolução: ~50% IRC em 10 anos
  • 33. NIgA – Dça de Berger • Forma de Glomerulonefrite Mesangial, com depósito predominante de IgA; • Glomerulopatia mais comum; • Relação temporal com infecções respiratórias e do TGI – estímulo imunológico?
  • 34. EPIDEMIOLOGIA DA NEFROPATIA DA IgA 20 a 30 % 8 a 12% 40 a 50 % * 17,7 % 20 a 30 % Ibels LS et al. Medicine 73:79, 1994 Registro Paulista de Glomerulopatias. Jornal Brasileiro de Nefrologia 23: 34, 2001
  • 36. GNRP • GN que cursam com crescentes em mais de 50% dos glomérulos; • Curso variável dependente da quantidade de crescentes e da extensão das crescentes; • São consideradas um URGÊNCIA NEFROLÓGICA!!!
  • 37. GNRP • Quadro Clínico: – Hematúria; – Proteinúria variável; – Hipertensão – Edema – Perda de Função Renal Progressiva
  • 39. Definição de Síndrome Nefrótica Proteinúria > ou igual a 3,5g/dia Hipoalbuminemia Edema generalizado Hiperlipidemia
  • 40. Podócitos Moléculas proteicas de ancoragem Podocina Alfa-actinina Nefrina CD2AP Neph1 Membrana diafragmática ESTRURA MOLECULAR DA BARREIRA DE FILTRAÇÃO NOS PODÓCITOS
  • 41. Mecanismos da Proteinúria Alteração da carga elétrica da membrana capilar glomerular Alteração do tamanho e/ou número dos poros
  • 42. Síndrome Nefrótica Consequências da Proteinúria Maciça Hipoalbuminemia Edema generalizado Dislipidemia Tromboembolismo Desnutrição Infecções
  • 43. Edema da síndrome nefrótica
  • 44. DOENÇA RENAL Aumento da permeabilidade Retenção tubular de Na e H2O à macromoléculas Perda de albumina Expansão volume plasmático Hipoalbuminemia Aumento da pressão hidrostática capilar Diminuição do VEC Extravazemento de fluido para o espaço intersticial Ativação do eixo neuro-humoral Retenção de H2O e Na EDEMA
  • 45. Alterações Lipídicas na Síndrome Nefrótica ↓ Pressão Oncótica Hipoalbuminemia ↑ LDL ↑ VLDL Diminuição do catabolismo ↑ IDL periférico, redução APO B ↓ HDL ↓ Lipase lipoproteica Ésteres de colesterol LDL VLDL
  • 46. Trombose de veia renal na síndrome nefrótica
  • 47. Causas de Síndrome Nefrótica • Genéticas : mutações em proteinas da barreira glomerular • Imunológicas : linfocinas, imunocomplexos • Metabólicas : alterações estruturais (ex. Diabetes Mellitus) • Depósitos de proteinas anômalas (ex. Amiloidose) • Efeito de drogas e toxinas
  • 48. SÍNDROME NEFRÓTICA • Doenças renais primárias que se apresentam com síndrome nefrótica: – Doença por lesão mínima – Glomeruloesclerose focal e segmentar (GESF) – GN proliferativa mesangial – GN membranosa – GN membranoproliferativa – GN fibrilar e imunotactóide
  • 49. SÍNDROME NEFRÓTICA • DOENÇA POR LESÃO MINÍMA: • 80% das causas de síndrome nefrótica em crianças • Fator precipitante → Linfócito T → citoquina → podócito (fusão podocitária) → inibição da síntese de poliânions → alteração da “barreira de carga” → proteinúria seletiva. • Faixa etária mais freqüente de 1 a 8 anos. • Pode cursar com períodos de remissão e atividade.
  • 50. GLOMERULOPATIA DE LESÕES MÍNIMAS (Síndrome nefrótica por alteração de cargas elétricas) Fusão de podócitos
  • 51. SÍNDROME NEFRÓTICA • GESF: • Patologia semelhante à DLM, porém afeta também “barreiras de tamanho”, e a proteinúria torna-se não-seletiva • Ocorre acúmulo de material homogêneo não fibrilar que provoca colapso dos capilares glomerulares. • Pode ser idiopática (início abrupto) ou secundária (início insidioso).
  • 52. SÍNDROME NEFRÓTICA • Glomerulopatia membranosa: • Idiopática ou secundária • Espessamento da membrana basal glomerular na ausência de proliferação celular • Imunodepósitos subepiteliais de IgG e C3 • Proteinúria não-seletiva
  • 53. Depósitos imunes subepiteliais Passagem de proteinas NEFROPATIA MEMBRANOSA : SÍNDROME NEFRÓTICA POR AUMENTO DE POROS DA PAREDE CAPILAR – MECANISMO IMUNOLÓGICO