1. PROTOCOLO DE TRICOTOMIA
1- FINALIDADE: Preparo da pele para a realização de alguns procedimentos,
facilitando a visualização da área através da remoção dos pêlos, preferencialmente com
aparelho elétrico.
2- INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
Indicação: em pacientes internados, ambulatoriais e de pronto atendimento. Na
colocação de eletrodos para monitorização, angiografia, cateterismo, fixação de
curativos ou dispositivos venosos e somente quando os pelos interferirem no
procedimento.
Contra-indicação: lesões de pele, pessoas alérgicas a lâmina deve-se utilizar o
tricotomizador.
3- RESPONSABILIDADE: Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.
4- RISCO/PONTO CRÍTICO:
Lesões/Cortes;
Infecção sítio cirúrgico;
Fissura de pele;
Alergia.
5- MATERIAL: Bandeja, tesoura ponta romba, tricotomizador, gaze, saco de lixo,
luvas de procedimento e biombo.
6. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
Ação de Enfermagem Justificativa
01- Reunir o material na bandeja e levar para o quarto
do paciente;
02- Explicar ao paciente o procedimento e sua
finalidade;
03- Higienização das mãos;
04- Colocar biombo, se necessário;
05- Verificar a área a ser tricotomizada, de acordo
com o procedimento a ser executado;
06- Calçar luvas de procedimento;
07- Orientar o paciente a assumir uma posição
confortável e adequada ao preparo da pele;
08- Expor somente a área a ser tricotomizada;
09- Cortar os pêlos longos com a tesoura, se
necessário, e desprezá-los no saco de lixo;
10- Esticar a pele com uma tração suave em direção
oposta a raspagem. Com a outra mão, passar o
tricotomizador rente a pele com os pêlos secos, no
sentido de sua inserção, com movimentos firmes e
regulares. Observar para que todos os pêlos sejam
removidos;
11- Descartar no saco de lixo os pêlos cortados e o
material de uso único em local apropriado;
01-Facilitar a organização e o controle eficiente do
tempo;
02-Reduzir a ansiedade e propiciar a cooperação;
03- Reduzir a transmissão de microrganismos;
04- Promover a privacidade do paciente;
06-Promover barreira física entre as mãos e fluidos
corporais;
10-Facilitar a remoção dos pêlos;
11-Manter o ambiente em ordem;
2. 12- Recolher o material do quarto e deixar o paciente
confortável;
13- Retirar as luvas de procedimento;
14- Deixar a unidade do paciente em ordem;
15- Higienizar as mãos;
16- Realizar anotações de enfermagem no prontuário.
12- Manter o ambiente em ordem e demonstrar
preocupação com o bem estar do paciente;
15- Reduzir a transmissão de microrganismos;
16- Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;
Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais
de Enfermagem (Responsabilidades e Deveres).
7- RECOMENDAÇÕES:
A tricotomia é um procedimento que deverá ser realizados se extremamente
necessário.
A tricotomia para procedimentos cirúrgicos deve ser realizada,
preferencialmente, no Centro Cirúrgico e deve ser limitada à área da incisão.
Deve ser feita no máximo até 2 horas antes do início da cirurgia.
Evitar machucar a pele, dedicando atenção especial às pregas cutâneas (por
exemplo: axila, virilha, região pubiana e outras).
Notificar o cirurgião sobre a antissepsia utilizada para tricotomia.
Preferencialmente, utilizar tricotomizador elétrico. Quando necessário, utilizar
lâmina de barbear nova/descartável e trocá-la sempre que necessário.
As tricotomias que aparam os pêlos próximo a pele, têm menos risco de infecção
do que as feitas com lâminas.
Pacientes suscetíveis a sangramento devem utilizar barbeador elétrico ou
tricotomizador.
Barbear na direção do crescimento dos pêlos.
8- REFERÊNCIAS:
1. BRASÍLIA. Secretaria de Estado de Saúde. Núcleo de Prevenção à Infecção
Hospitalar. Manual de recomendações de prevenção e controle das infecções em
estabelecimento de saúde. Brasília, 2005.
2. CARMAGNANI, Maria I. S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
3. SANTA CATARINA. Secretaria de Estado de Saúde. Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar – Hospital Infantil Joana de Gusmão. Manual de normas e rotinas
do serviço de controle de infecção hospitalar. Santa Catarina, 2007.