SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  59
Télécharger pour lire hors ligne
FEBRE CHIKUNGUNYA
Juracir Bezerra Pinho
Médico Veterinário
 Arbovirose;
 Viral;
 Sintomatologia predominante febril e articular;
 Em Makonde (Tanzania e Moçambique) significa “a
que deixa recurvado”.
ASPECTOS GERAIS
-Não há imunidade da população brasileira para Chikungunya;
-Chikungunya infecta perfeitamente o Aedes aegypti e
albopictus;
-Chikungunya ocasiona maior viremia em humanos e
mosquitos;
- Vírus da Chikungunya tem menor período de incubação nos
mosquitos;
-Todos os países com histórico de transmissão de dengue
estão sob risco.
RISCO DE EPIDEMIA
HISTÓRICO
HISTÓRICO
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - BRASIL
94
2753
2847
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Importados Autoctones Total
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA – BRASIL 2014
• Casos suspeitos: 18 Casos
• Casos confirmados: 5 Casos
Sem registro
Importado Suriname
Importado República Dominicana
Fonte: NUVEP/COPROM/SESA
* até a SE 48
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CEARÁ
Fortaleza - 3 Casos:
• M. F. F. B. - 56 Anos (Fem.)
• D. S. P. G. – 27 Anos (Mas.)
• E. F. B. – 27 Anos (Fem.)
Importados: República Dominicana
Fonte: NUVEP/COPROM/SESA
* até a SE 48
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CEARÁ
Aracoiaba - 1 Caso:
• J. M. A. - 49 Anos (Mas.)
Importado: Suriname
Fonte: NUVEP/COPROM/SESA
* até a SE 48
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CEARÁ
Brejo Santo - 1 Caso:
• J. A. S. - 25 Anos (Mas.)
Importado: Rep. Dominicana
Fonte: NUVEP/COPROM/SESA
* até a SE 48
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CEARÁ
 CHIKV - Vírus RNA da família Togaviridae, gênero
Alphavirus.
ETIOLOGIA
SUSCETIBILIDADE
IMUNIDADE
TRANSMISSÃO
INCUBAÇÃO
EXTRÍNSICO:
10 dias
INTRÍNSICO:
1 a 12 (3 a 7) dias
Viremia: 2 dias antes a 10
dias após o IS
 3 a 25% das infecções são assintomáticas;
 Classificação Clínica:
- Aguda
- Subaguda
- Crônica
SINTOMAS
 Febre :
- Súbita;
- Alta (38,9°C)
- Duração de dias a 2 semanas;
- Pode ser Bifásica.
SINTOMAS: FASE AGUDA
 Artralgia
- Aparece após início da febre
- Poliarticular (simétrica ou não)
- Mais comum em punhos, MC, cotovelos,
joelhos, tornozelos e MT.
- Pode atingir qualquer articulação
- Edema comum
- Pode ser incapacitante
SINTOMAS: FASE AGUDA
SINTOMAS: FASE AGUDA
SINTOMAS: FASE AGUDA
Fonte: Dr. José Cerbino
SINTOMAS: FASE AGUDA
Fonte: Dr. José Cerbino
 Rash
- Menos comum, pode aparecer após início da
febre, entre dia 3 e 5 da doença;
- Máculo papular eritematoso em tronco e
extremidades;
- Bolhoso com descamação em crianças;
- Úlceras aftosas e vasculite;
SINTOMAS: FASE AGUDA
SINTOMAS: FASE AGUDA
SINTOMAS: FASE AGUDA
SINTOMAS: FASE AGUDA
SINTOMAS: FASE AGUDA
SINTOMAS: FASE AGUDA
SINTOMAS: FASE AGUDA
• Cefaléia;
• Náusea e vômitos;
• Fadiga;
• Conjuntivite;
• Linfadenopatia;
• Mialgia.
SINTOMAS: FASE AGUDA
SINTOMAS: FASE AGUDA
• Linfopenia;
• Leucopenia leve;
• Plaquetopenia leve;
• Hipocalcemia;
• Transaminases pouco aumentadas.
ALTERAÇÕES LABORATORIAIS: FASE
AGUDA
• Após defervescência (média 7 dias);
• Fadiga;
• Artralgias;
• Tenossinovite;
• Poliartrite edematosa;
SINTOMAS: FASE SUBAGUDA
SINTOMAS: FASE SUBAGUDA
SINTOMAS: FASE SUBAGUDA
• Após 3 meses (8 a 24 semanas);
• Varia de acordo com local da epidemia;
- Artrite e artralgia;
• Após 1 ano 64% com rigidez e dor articular;
• Após 3 a 5 anos 12% ainda com sintomas.
SINTOMAS: FASE CRÔNICA
Fatores de risco:
• Idade > 45 anos;
• Doença articular prévia;
• Intensidade dos sintomas na fase aguda;
SINTOMAS: FASE CRÔNICA
• Atípicas
- Ausência de Febre ou Artralgia
- Graves
• Necessidade de internação
• Risco de morte
CLASSIFICAÇÃO
Manifestações Clínicas Graves - Fatores de Risco
1. Extremos de idade: < 1 ano e > 60 anos;
2. Uso de Aspirina e anti-inflamatórios não hormonais
3. Co-morbidades
• História de convulsão febril
• Diabetes, Hipertensão, Asma
• Insuficiência cardíaca
• Alcoolismo
• Doenças reumatológicas
• Anemia falciforme, talassemia
FORMAS GRAVES
Manifestações Clínicas Graves:
• Manifestações neurológicas: GBS, convulsões;
• Meningoencefalite;
• Miocardite, insuficiência cardíaca;
• Uveíte, Retinite;
• Hemorragias, eventos tromboembólicos;
• Insuficiência hepática, insuficiência renal ;
• Neonatos – Se mãe virêmica no parto 49% de transmissão;
Encefalopatia.
FORMAS GRAVES
• Sem teratogenia; Abortamento espontâneo?
• Se mãe virêmica no parto 49% a 85% de transmissão;
• Sem evidência de redução por cesariana;
• Sem evidência de transmissão por aleitamento.
TRANSMISSÃO VERTICAL
•Formas graves em até 90% dos casos;
•Síndrome hiperálgica
•Encefalopatia – principal
causa de óbito
MANIFESTAÇÕES GRAVES -
NEONATOS
MANIFESTAÇÕES GRAVES -
NEONATOS
CASO SUSPEITO:
Todo paciente com doença febril aguda > 38,5ºC e
artralgiaintensa/poliartralgia, que tenham estado em áreas com
transmissão nas duas últimas semanas antes do início dos sintomas.
CASO CONFIRMADO
Todo caso suspeito com positividade em:
• isolamento viral
• PCR
• IgM (coletado durante a fase aguda ou de convalescença)
ou aumento de quatro vezes o título de anticorpos (intervalo mínimo
de duas a três semanas).
DEFINIÇÃO DE CASO
• Isolamento viral: ≤ 3 dias
• RT-PCR: ≤ 8 dias de doença (4 - 12)
• Sorologia: Elisa IgM e IgG - Após 4 a 7 dias de doença.
DIAGNÓSTICO
• Dengue, Dengue, Dengue e Dengue
• Malária, Leptospirose, Febre Reumática, Artrite
Séptica
• Alfavírus
• Ross River, Mayaro, O’nyong nyong, Barmah Forest,
Sindbis.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Malária: periodicidade da febre, paroxismos,
insuficiência renal, icterícia, alteração do nível de
consciência, hepato ou esplenomegalia e história de
exposição em áreas de transmissão;
- Leptospirose: mialgia intensa em panturrilhas,
congestão ocular, icterícia rubínica, oligúria,
hemorragia subconjuntival, considerar exposição;
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Febre reumática: poliartrite migratória de grandes
articulações, história de infecção de garganta;
- Artrite séptica: leucocitose, derrame articular,
acometimento de grandes articulações e história de
trauma.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
CHIKUNGUNYA X DENGUE
CHIKUNGUNYA X DENGUE
TRATAMENTO
FASE AGUDA
• AnaIgesia:
• Compressas
• Paracetamol
• Dipirona?
• Codeína, Tramadol
• Hidratação;
• Repouso;
FASE CRÔNICA
• AINEs
• Corticóide
• Cloroquina
• Fisioterapia
NOTIFICAÇÃO
- Utilização da ficha de notificação
(NotIndiv) até que nova ficha específica
para dengue e CHIKV seja disponibilizada ;
- Adaptação do Sinan Net para inclusão das
notificações de CHIKV
CONTROLE
• Vigilância Epidemiológica
• Controle Vetorial
• Atenção ao Paciente
• Comunicação, Mobilização e Publicidade
• Gestão
PREVENÇÃO
PREVENÇÃO
OBRIGADO!

Contenu connexe

Tendances (20)

Zika Vírus
Zika VírusZika Vírus
Zika Vírus
 
Trabalho sobre febre amarela
Trabalho sobre febre amarela Trabalho sobre febre amarela
Trabalho sobre febre amarela
 
Slides a dengue
Slides a dengueSlides a dengue
Slides a dengue
 
Dengue
DengueDengue
Dengue
 
Meningite
Meningite Meningite
Meningite
 
Dengue
DengueDengue
Dengue
 
Dengue, Zika Vírus, Chikungunya
Dengue, Zika Vírus, ChikungunyaDengue, Zika Vírus, Chikungunya
Dengue, Zika Vírus, Chikungunya
 
CHIKUNGUNYA
CHIKUNGUNYACHIKUNGUNYA
CHIKUNGUNYA
 
Dengue, Zika e Chicungunya
Dengue, Zika e ChicungunyaDengue, Zika e Chicungunya
Dengue, Zika e Chicungunya
 
Slaide sobre dengue e saneamento básico
Slaide sobre dengue  e saneamento básicoSlaide sobre dengue  e saneamento básico
Slaide sobre dengue e saneamento básico
 
Slides dengue pdf
Slides dengue pdfSlides dengue pdf
Slides dengue pdf
 
Aedes aegypti
Aedes aegyptiAedes aegypti
Aedes aegypti
 
Zika Vírus
Zika Vírus Zika Vírus
Zika Vírus
 
Trabalho final de saúde publica ii
Trabalho final de saúde publica iiTrabalho final de saúde publica ii
Trabalho final de saúde publica ii
 
Apresentacão meningite
Apresentacão meningiteApresentacão meningite
Apresentacão meningite
 
Chikungunya o proximo desafio
Chikungunya o proximo desafioChikungunya o proximo desafio
Chikungunya o proximo desafio
 
Rubeóla
RubeólaRubeóla
Rubeóla
 
Hepatite a, b e c
Hepatite a, b e cHepatite a, b e c
Hepatite a, b e c
 
Apresentação toxoplasmose
Apresentação toxoplasmoseApresentação toxoplasmose
Apresentação toxoplasmose
 
Meningite - Vacinas
Meningite - VacinasMeningite - Vacinas
Meningite - Vacinas
 

Similaire à Febre chikungunya

Febre de Origem Desconhecida
Febre de Origem DesconhecidaFebre de Origem Desconhecida
Febre de Origem DesconhecidaMarcelino Cabral
 
Manejo DengueChikungunya Espirito Santo.pdf
Manejo DengueChikungunya Espirito Santo.pdfManejo DengueChikungunya Espirito Santo.pdf
Manejo DengueChikungunya Espirito Santo.pdfssuserdfbb0d
 
Leptospirose Rodrigo.pptx
Leptospirose  Rodrigo.pptxLeptospirose  Rodrigo.pptx
Leptospirose Rodrigo.pptxFilipeBezerra15
 
REVALIDA_-_INFECCAO_DE_VIAS_AEREAS_INFERIORES_E_COVID_-_MAPA_MENTAL.pdf
REVALIDA_-_INFECCAO_DE_VIAS_AEREAS_INFERIORES_E_COVID_-_MAPA_MENTAL.pdfREVALIDA_-_INFECCAO_DE_VIAS_AEREAS_INFERIORES_E_COVID_-_MAPA_MENTAL.pdf
REVALIDA_-_INFECCAO_DE_VIAS_AEREAS_INFERIORES_E_COVID_-_MAPA_MENTAL.pdfEberte Gonçalves Temponi
 
Saúde da família e Dengue - Intensivo Estado
Saúde da família e Dengue - Intensivo EstadoSaúde da família e Dengue - Intensivo Estado
Saúde da família e Dengue - Intensivo EstadoIsmael Costa
 
Zoonoses cveni capacita 2012
Zoonoses cveni capacita 2012Zoonoses cveni capacita 2012
Zoonoses cveni capacita 2012Hosana maniero
 
Resumo doenças exantemáticas
Resumo doenças exantemáticasResumo doenças exantemáticas
Resumo doenças exantemáticasLívia Zadra
 
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na ComunidadePneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidadeblogped1
 
Coqueluche
Coqueluche  Coqueluche
Coqueluche blogped1
 

Similaire à Febre chikungunya (20)

Febre de Origem Desconhecida
Febre de Origem DesconhecidaFebre de Origem Desconhecida
Febre de Origem Desconhecida
 
Febre amarela (1)
Febre amarela (1)Febre amarela (1)
Febre amarela (1)
 
Malária e Febre Amarela
Malária e Febre AmarelaMalária e Febre Amarela
Malária e Febre Amarela
 
Manejo DengueChikungunya Espirito Santo.pdf
Manejo DengueChikungunya Espirito Santo.pdfManejo DengueChikungunya Espirito Santo.pdf
Manejo DengueChikungunya Espirito Santo.pdf
 
Dengue na Infância
Dengue na InfânciaDengue na Infância
Dengue na Infância
 
Sindromes-Exantematicas.pdf
Sindromes-Exantematicas.pdfSindromes-Exantematicas.pdf
Sindromes-Exantematicas.pdf
 
Chikungunya.pptx
Chikungunya.pptxChikungunya.pptx
Chikungunya.pptx
 
Leptospirose Rodrigo.pptx
Leptospirose  Rodrigo.pptxLeptospirose  Rodrigo.pptx
Leptospirose Rodrigo.pptx
 
REVALIDA_-_INFECCAO_DE_VIAS_AEREAS_INFERIORES_E_COVID_-_MAPA_MENTAL.pdf
REVALIDA_-_INFECCAO_DE_VIAS_AEREAS_INFERIORES_E_COVID_-_MAPA_MENTAL.pdfREVALIDA_-_INFECCAO_DE_VIAS_AEREAS_INFERIORES_E_COVID_-_MAPA_MENTAL.pdf
REVALIDA_-_INFECCAO_DE_VIAS_AEREAS_INFERIORES_E_COVID_-_MAPA_MENTAL.pdf
 
Saúde da família e Dengue - Intensivo Estado
Saúde da família e Dengue - Intensivo EstadoSaúde da família e Dengue - Intensivo Estado
Saúde da família e Dengue - Intensivo Estado
 
Zoonoses cveni capacita 2012
Zoonoses cveni capacita 2012Zoonoses cveni capacita 2012
Zoonoses cveni capacita 2012
 
Infeccoes perinatais torch
Infeccoes perinatais torchInfeccoes perinatais torch
Infeccoes perinatais torch
 
Resumo doenças exantemáticas
Resumo doenças exantemáticasResumo doenças exantemáticas
Resumo doenças exantemáticas
 
FEBRE AMARELA
FEBRE AMARELAFEBRE AMARELA
FEBRE AMARELA
 
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na ComunidadePneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
 
Coqueluche
Coqueluche  Coqueluche
Coqueluche
 
Denguee
DengueeDenguee
Denguee
 
IST ESCS
IST ESCSIST ESCS
IST ESCS
 
Malária [ETEC KK]
Malária [ETEC KK]Malária [ETEC KK]
Malária [ETEC KK]
 
Crise febril e crise febril plus
Crise febril e crise febril plusCrise febril e crise febril plus
Crise febril e crise febril plus
 

Febre chikungunya

  • 1. FEBRE CHIKUNGUNYA Juracir Bezerra Pinho Médico Veterinário
  • 2.  Arbovirose;  Viral;  Sintomatologia predominante febril e articular;  Em Makonde (Tanzania e Moçambique) significa “a que deixa recurvado”. ASPECTOS GERAIS
  • 3. -Não há imunidade da população brasileira para Chikungunya; -Chikungunya infecta perfeitamente o Aedes aegypti e albopictus; -Chikungunya ocasiona maior viremia em humanos e mosquitos; - Vírus da Chikungunya tem menor período de incubação nos mosquitos; -Todos os países com histórico de transmissão de dengue estão sob risco. RISCO DE EPIDEMIA
  • 6. SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - BRASIL 94 2753 2847 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 Importados Autoctones Total
  • 8. • Casos suspeitos: 18 Casos • Casos confirmados: 5 Casos Sem registro Importado Suriname Importado República Dominicana Fonte: NUVEP/COPROM/SESA * até a SE 48 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CEARÁ
  • 9. Fortaleza - 3 Casos: • M. F. F. B. - 56 Anos (Fem.) • D. S. P. G. – 27 Anos (Mas.) • E. F. B. – 27 Anos (Fem.) Importados: República Dominicana Fonte: NUVEP/COPROM/SESA * até a SE 48 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CEARÁ
  • 10. Aracoiaba - 1 Caso: • J. M. A. - 49 Anos (Mas.) Importado: Suriname Fonte: NUVEP/COPROM/SESA * até a SE 48 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CEARÁ
  • 11. Brejo Santo - 1 Caso: • J. A. S. - 25 Anos (Mas.) Importado: Rep. Dominicana Fonte: NUVEP/COPROM/SESA * até a SE 48 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CEARÁ
  • 12.  CHIKV - Vírus RNA da família Togaviridae, gênero Alphavirus. ETIOLOGIA
  • 16. INCUBAÇÃO EXTRÍNSICO: 10 dias INTRÍNSICO: 1 a 12 (3 a 7) dias Viremia: 2 dias antes a 10 dias após o IS
  • 17.  3 a 25% das infecções são assintomáticas;  Classificação Clínica: - Aguda - Subaguda - Crônica SINTOMAS
  • 18.  Febre : - Súbita; - Alta (38,9°C) - Duração de dias a 2 semanas; - Pode ser Bifásica. SINTOMAS: FASE AGUDA
  • 19.  Artralgia - Aparece após início da febre - Poliarticular (simétrica ou não) - Mais comum em punhos, MC, cotovelos, joelhos, tornozelos e MT. - Pode atingir qualquer articulação - Edema comum - Pode ser incapacitante SINTOMAS: FASE AGUDA
  • 21. SINTOMAS: FASE AGUDA Fonte: Dr. José Cerbino
  • 22. SINTOMAS: FASE AGUDA Fonte: Dr. José Cerbino
  • 23.  Rash - Menos comum, pode aparecer após início da febre, entre dia 3 e 5 da doença; - Máculo papular eritematoso em tronco e extremidades; - Bolhoso com descamação em crianças; - Úlceras aftosas e vasculite; SINTOMAS: FASE AGUDA
  • 30. • Cefaléia; • Náusea e vômitos; • Fadiga; • Conjuntivite; • Linfadenopatia; • Mialgia. SINTOMAS: FASE AGUDA
  • 32. • Linfopenia; • Leucopenia leve; • Plaquetopenia leve; • Hipocalcemia; • Transaminases pouco aumentadas. ALTERAÇÕES LABORATORIAIS: FASE AGUDA
  • 33. • Após defervescência (média 7 dias); • Fadiga; • Artralgias; • Tenossinovite; • Poliartrite edematosa; SINTOMAS: FASE SUBAGUDA
  • 36. • Após 3 meses (8 a 24 semanas); • Varia de acordo com local da epidemia; - Artrite e artralgia; • Após 1 ano 64% com rigidez e dor articular; • Após 3 a 5 anos 12% ainda com sintomas. SINTOMAS: FASE CRÔNICA
  • 37. Fatores de risco: • Idade > 45 anos; • Doença articular prévia; • Intensidade dos sintomas na fase aguda; SINTOMAS: FASE CRÔNICA
  • 38. • Atípicas - Ausência de Febre ou Artralgia - Graves • Necessidade de internação • Risco de morte CLASSIFICAÇÃO
  • 39. Manifestações Clínicas Graves - Fatores de Risco 1. Extremos de idade: < 1 ano e > 60 anos; 2. Uso de Aspirina e anti-inflamatórios não hormonais 3. Co-morbidades • História de convulsão febril • Diabetes, Hipertensão, Asma • Insuficiência cardíaca • Alcoolismo • Doenças reumatológicas • Anemia falciforme, talassemia FORMAS GRAVES
  • 40. Manifestações Clínicas Graves: • Manifestações neurológicas: GBS, convulsões; • Meningoencefalite; • Miocardite, insuficiência cardíaca; • Uveíte, Retinite; • Hemorragias, eventos tromboembólicos; • Insuficiência hepática, insuficiência renal ; • Neonatos – Se mãe virêmica no parto 49% de transmissão; Encefalopatia. FORMAS GRAVES
  • 41. • Sem teratogenia; Abortamento espontâneo? • Se mãe virêmica no parto 49% a 85% de transmissão; • Sem evidência de redução por cesariana; • Sem evidência de transmissão por aleitamento. TRANSMISSÃO VERTICAL
  • 42. •Formas graves em até 90% dos casos; •Síndrome hiperálgica •Encefalopatia – principal causa de óbito MANIFESTAÇÕES GRAVES - NEONATOS
  • 44. CASO SUSPEITO: Todo paciente com doença febril aguda > 38,5ºC e artralgiaintensa/poliartralgia, que tenham estado em áreas com transmissão nas duas últimas semanas antes do início dos sintomas. CASO CONFIRMADO Todo caso suspeito com positividade em: • isolamento viral • PCR • IgM (coletado durante a fase aguda ou de convalescença) ou aumento de quatro vezes o título de anticorpos (intervalo mínimo de duas a três semanas). DEFINIÇÃO DE CASO
  • 45. • Isolamento viral: ≤ 3 dias • RT-PCR: ≤ 8 dias de doença (4 - 12) • Sorologia: Elisa IgM e IgG - Após 4 a 7 dias de doença. DIAGNÓSTICO
  • 46. • Dengue, Dengue, Dengue e Dengue • Malária, Leptospirose, Febre Reumática, Artrite Séptica • Alfavírus • Ross River, Mayaro, O’nyong nyong, Barmah Forest, Sindbis. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
  • 47. - Malária: periodicidade da febre, paroxismos, insuficiência renal, icterícia, alteração do nível de consciência, hepato ou esplenomegalia e história de exposição em áreas de transmissão; - Leptospirose: mialgia intensa em panturrilhas, congestão ocular, icterícia rubínica, oligúria, hemorragia subconjuntival, considerar exposição; DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
  • 48. - Febre reumática: poliartrite migratória de grandes articulações, história de infecção de garganta; - Artrite séptica: leucocitose, derrame articular, acometimento de grandes articulações e história de trauma. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
  • 52. TRATAMENTO FASE AGUDA • AnaIgesia: • Compressas • Paracetamol • Dipirona? • Codeína, Tramadol • Hidratação; • Repouso; FASE CRÔNICA • AINEs • Corticóide • Cloroquina • Fisioterapia
  • 53.
  • 54.
  • 55. NOTIFICAÇÃO - Utilização da ficha de notificação (NotIndiv) até que nova ficha específica para dengue e CHIKV seja disponibilizada ; - Adaptação do Sinan Net para inclusão das notificações de CHIKV
  • 56. CONTROLE • Vigilância Epidemiológica • Controle Vetorial • Atenção ao Paciente • Comunicação, Mobilização e Publicidade • Gestão