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Utilização da energia metabolizável pelos
              frangos de corte
Orientador:        Prof. Dr. Fabiano Dahlke
Co-orientadores:   Prof. Dr. Alex Maiorka / Prof Dr. Sebastião Borges




                                             Disciplina: Seminários em Produção Animal
                                             Prof. Dra.: Simone Oliveira
                                             Aluno:      Keysuke Muramatsu



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“Until a few months ago, the US
           poultry industry was well on its way
           to being a lower-cost producer of
           poultry than Brazil’s industry.” –
           Adriaan Weststrate




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Tópicos:
1. Conceitos básicos

2. Alguns fatores que afetam o consumo e requerimento de energia dos
     frangos

3. Breve introdução aos métodos para determinação de exigências

       •   Fatorial

       •   Dose-reposta

4. Conclusão




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Conceitos básicos




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http://www.cientic.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=224:obtencao-de-
           energia&catid=23:transformacao-e-utilizacao-de-energia-pelos-sere&Itemid=87
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Da ração até os produtos finais…

                            Energia fornecida                               desperdício
                            (Ração)


                      Energia ingerida                     Energia não consumida



 Energia digestível                        Energia excretada
                                           (esterco + perda endógenas)


                                                                       Fator afetando a
 Energia metabolizável                     Urina e gases
                                                                       absorção nutrientes:
                                                                       enterite, fatores
                                                                       antinutricionais

  Energia para GPD                           Energia mantença



  Dep. de     Dep. de                    Stress térmico,
                                         desafio sanitários, movimentação
  proteína
10:49:26      gordura
Alguns fatores que afetam o consumo e
    utilização de energia pelos frangos




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Relação entre o consumo de ração (14-40 dias) e o peso aos
40 dias de idade
Peso vivo (g)




                             consumo
                                                    Aviagen – s.d.


                Maximizar consumo de “nutrientes”
     10:49:26
Por que é importante assegurar o consumo e portanto o GPD?
           Peso (kg)

                                                          Atingir um peso de
                                                         abate mais cedo, via
                                                            um bom GPD, é
      2,7 kgs                                              importante para
                                                          diminuir a energia
                                                         gasta para mantença
                                                             nesse período
                                                               adicional




                                               42   43   Idade (dias)
   Simplificando muito...

   Req. de mantença = Área do triângulo = Base x altura / 2

    Triangulo vermelho = (2,7 x 42)/2 = 56,7
    Triangulo verde = (2,7 x 43)/2 = 58,1
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Energia na dieta x consumo de ração



Como é feita a regulação do consumo frente aos níveis de energia...




•Frangos machos 49 dias de idade
•2.700, 2.900, 3.100 e 3.300 kcal Energia Metabolizável (EM)/kg
•Sem diferenças significativas no consumo de EM

Leesons et al (1996)




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Energia na dieta x consumo de ração

  Efeito do nível energético da dieta na ingestão de energia metabolizável numa
  referencia de 1967

                                 18oC                            30oC
         Energia     Consumo       Consumo EM         Consumo        Consumo
              (EM)    ração                             ração           EM

              2860       127              363    c         107            306
                                                 o
                                                 n
              3060       118              360    s         104            302
                                                 t
              3250       112              364    a         102            330
                                                 t
              3450       106              365    e         101            350
                                             PAYNE (1967) apud Pedroso (2000)

A seleção para crescimento e ganho de peso nas linhagens atuais e a expansão
da avicultura em zonas tropicais estão influenciando a regulação do consumo...?
   10:49:27
Energia na dieta x consumo de ração

Consumo de ração (gramas/cab) de frangos de corte Hubbard (mistos) conforme a EM
das dietas
EM (kcal/kg)                     7d           14d           21d           28d           35d
2650                            157b          572b         1237b         2329b         3602b
2750                            155b          572b         1231b         2332b         3605b
2850                            149a          558a         1199a         2267a         3472a
Erro padrão da média            0.34          0.56          0.79          1.17          1.53
p                              0.001         0.020         0.003         0.016          0.006


    Consumo de Eneriga Metabolizável (kcal/cab) de frangos de corte Hubbard (mistos) conforme a EM
    das dietas – calculado a partir de dados de Aftab (2009)

EM (kcal/kg)                      7d            14d           21d            28d           35d
2650                              416           1516          3278           6172          9545
2750                              426           1573          3385           6413          9914
2850                              425           1590          3417           6461          9895

    Adaptado de Aftab (2009)
    10:49:27
Aumentar a EM das rações para aumentar ingestão de EM.

 Porém...
Efeito da Inclusão de gordura na qualidade do pelete e valor calórico da ração


             Nível de energia   Estimativa da    Adicional de EM em     Valor calórico
Gordura       em virtude da     qualidade de     virtude da qualidade    efetivo (2)
adicionada       gordura         peletes (1)          de peletes




                                                       Mackinney e Teeter - 2004
  10:49:28
Forma Física – Req. energético de mantença
Efeito da genética e forma física sobre o desempenho e comportamento dos
frangos
                                       Cons.Rac     CA         ECV          Ganho
 Genetica        Ração    Peso30d
                                        23-30d    23-30d    (kCal/kg)       Musc (g)
 A        farelada          1,207        769       1,62       3013           334
 A         pelete           1,383        923       1,56       3124           402
 B        farelada          1,249        831       1,59       3044           354
 B         pelete           1,418        922       1,45       3233           409
 Genetica                    NS           NS         *          *             NS
 Ração                        **          **        **          **            **

             Genetica Ração         Comer     Beber   Descansar     bicar
             A        farelada       17,40     7,13     47,13       0,89
             A         pelete        5,00      9,87     59,02       0,78
             B        farelada       20,30     7,65     47,58       1,05
             B         pelete        3,50      7,25     65,95       0,98
             Genetica                 NS        NS       NS          NS
             Ração                    **        NS       **          NS
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                                                            Skinner-Noble et al. (2006)
Forma Física – Metabolizabilidade da energia


Influência do tamanho da partícula de milho sobre a Energia Metabolizável
Verdadeira de frangos de corte com 4,5 semanas de idade
Rações fareladas                          DGM                EMVn (kcal/kg)
Milho moído fino                       781 +/- 2,09            3546 +/- 67
Milho moído médio 1                    950 +/- 2,08           3625 +/- 163
Milho moído médio 2                    1042 +/- 2,13          3853 +/-286
Milho moído grosso 1                   1109 +/- 2,22          3689 +/- 225
Milho moído grosso 2                   2242 +/- 2,11          3476 +/- 207
ANOVA                                                            0,0713
Efeito quadrático                                                0,0042
                                                               Parsons et al (2006)




  10:49:28
Forma Física – Req. energético de mantença


   Influência do tamanho da partícula de milho sobre o rendimento de peito e moela
   de frangos de corte com 4,5 semanas de idade
                                     Peito                         Moela
                           Peso (Kg)       % do PV       Peso (Kg)        % do PV
Milho moído fino         0,401 ± 0,05 17,34 ± 1,33 0,035 ± 0,01b       1,51 ± 0,25b
Milho moído médio 1      0,420 ± 0,07 17,17 ± 1,49 0,038 ± 0,01ab 1,54 ± 0,17b
Milho moído médio 2      0,383 ± 0,09 17,00 ± 2,30 0,036 ± 0,01b       1,60 ± 0,24b
Milho moído grosso 1     0,390 ± 0,07 17,29 ± 1,80 0,036 ± 0,01b        1,61 ± 0,28b
Milho moído grosso 2     0,362 ± 0,06 15,97 ± 1,80 0,041 ± 0,01a       1,81 ± 0,22a
ANOVA                       0,0579         0,0535         0,0107           0,0002
Regressão linear            0,0149          0,025         0,0123           0,0001

                                                        Adaptado de Parsons et al (2006)




   10:49:28
Estresse calórico – Req. Energético de mantença

    Déficit                                                    Déficit
   enegético                                                  enegético

                                 Energia líquida para
                                     Produção
                          Consumo de energia




           Os frangos aumentam seus gastos energéticos para dissipação de
           calor para manter a homeotermia (ofegação).
           Frio              Zona Termoneutra                      Calor

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Estresse calórico – Req. Energético de mantença

 A frequência respiratória em frangos de corte:

 25 movimentos por minuto em conforto térmico
 250 movimentos por minuto em estresse calórico agudo

 (LINSLEY & BERGER, 1964)



Mudanças na temperatura e taxas metabólicas de frangos de corte conforme a
temperatura ambiental
                                                          Temperatura ambiente



Temp. abdominal (°C)
Freq. respiratória (mov./min.)
Freq. cardíaca (mov./min.)




      - 1,5 a 2,5% no consumo para cada 1º C acima de 22º C na fase crescimento e final
  10:49:28
Estresse calórico – Digestibilidade


   Efeito da temperatura ambiente sobre a digestibilidade dos nutrientes
   (22° Ad libitum e 32 ° Ad libitum)



    Variável




    Matéria seca
    Proteína Bruta
    Extrato etéreo
    Amido

                                                        Bonnet et al – 1997

Hai et al. (2000), relataram que as atividades das enzimas
tripsina, quimiotripisina e da amilase por volume de conteúdo intestinal
foram reduzidas em altas temp. (32°C).
    10:49:28
Empenamento e Req. de Mantença

Efeito do empenamento da ave e da temperatura ambiente sobre a EM Mantença de
aves de postura em crescimento (Neme et al., 2005 apud Sakomura e Rostagno, 2007)




 10:49:28
Frio e Req. de Mantença




10:49:28
Desafio imune e Req. de Mantença


IL1, IL6, TNF aumenta o
catabolismo muscular.
                                                                         IL1, IL6 e TNF
A cortisol reduz o                                                       aumentam (centenas
anabolismo proteico                                                      de vezes) a síntese de
                                                                         protns da fase aguda
                                                                         (transferrina) pelo
                                                                         fígado
IL1, IL6 e IL8 levam a febre
(aumenta met. basal em
até 33%)




IL1 potente citocina anoréxica :
-redução no esvaziamento e secreção gástrica,                            IL1 + TNF aumenta
-afeta a secreção de glucagon e insulina                                 reabsorção ossea e
-pode levar a redução do consumo em até 50%                              cartilaginosa




                                                Klasing e Kover – 1997
 10:49:28
Energia metabolizável de mantença em aves desafiadas ou não com
coccidiose aos 14 e 21 dias de idade – adaptado de Brown – 2007

                                       350
Energia Metabolizável (kcal/ave/dia)




                                                                                                                                           300
                                       300
                                                                                                                                     277

                                       250                                                                               235   231

                                                                                                                   204
                                                                                                  195        192
                                       200
                                                                                            177
                                                                                      160
                                       150                                  141
                                                                  121 120

                                       100                   88
                                                  81   76

                                        50


                                         0
                                                       20d            27d                   34d                    41d               48d
                                                                                   Idade das aves
                                       10:49:25
                                                                  sem coccidiose      subclínico        lesão clínica
Má absorção e aproveitamento da energia dos alimentos


-inabilidade das aves em digerir a ração
-incapacidade da ave em absorver os nutrientes
-ambos




 10:49:28
                                                 Schering Plough – s.d.
Eventos anatômicos e fisiológicos e que podem afetar a
                 EM dos alimentos

                      Idade da ave x desenvolvimento visceral

            Dige stibilida de de a lguns substra tos no fra ngo de c orte
  100%


  90%

  80%


  70%


  60%

  50%


  40%
                 4 dias                       7 dias                          >14 dias



                  amido    pro teína   lipídeo s sat.   lipídeo s insat .
 10:49:28                                                                   PSA - trabahos compilados
Valores de energia metabolizável aparente corrigida (EMAn) das farinhas de
vísceras, expressos na matéria seca

                                       Coleta total                 Sibbald
         Ingrediente                Pintos                      Galos     Galos
                                                Galos
                                   16 a 23 d                   cecect. inteiros
         F. de vísceras aves 1       3.966a     4.015a          3.725a      3.766a
         F. de vísceras aves 2       4.170a    3.939ab         3.591ab      3.359 b
         F. de vísceras aves 3       3.056a     2.828a         2.092 b      2.125 b
         F. de vísceras aves 4       3.470a    3.342ab         2.862ab      2.709b
         F. de vísceras aves 5       3.825a     4.011a          3.585a      3.676a
         F. de vísceras mista 1      3.383a     3.852a          3.452a      3.091a
         F. de vísceras mista 2      3.433a     3.529a          3.341a      3.439a
         F. de vísceras suínos 1     2.693b     3.424a          2.821b      2.540b
         F. de vísceras suínos 2     2.619b     3.647a          2.892b      2.761b
         Média                       3.402      3.621           3.151       3.051
         CV (% )                     10,59       4,83            9,82       15,81
                                                         Nascimento et al - 2002

                   Diferenças em perda endógena (coleta total x Sibbald)
  10:49:28         Diferenças pinto x galo minimizado pela correção por N
Assim existem diferentes bases de EM para formulação de dietas.
Porém qual a implicação se os ensaios de requerimento consideram essa base...

  Efeito do uso de diferentes bases de EM sobre o desempenho de frangos de corte
  entre 1-49 dias de idade




   10:49:28                                         Adaptado de Freitas et al - 2006
Eventos anatômicos e fisiológicos e que podem afetar a EM
                     dos alimentos

                                                   Tempo de trânsito
                              Plotagem dos valores de EMA do trigo x tempo de trânsito
                              total no trato gastro-intestinal para frangos de corte (n = 24)
            EMA do trigo (MJ/kg de MS)




                                                                                    fêmeas
                                                                                    machos




                                                                                             Hughes - 2004
 10:49:29
                                           Tempo de transito no trato digestivo (min)
Eventos anatômicos e fisiológicos e que podem afetar o
                    requerimento de EM


 Efeito da melatonina nos parâmetros metabólicos de frangos de corte HYBRO (22
 aves)
                       Experimento 1 (14-16 dias)       Experimento 2 (21-23 dias)
Variável
                     Controle Melatonina        P     Controle   Melatonina     P
Produção de
                       978 ± 6     892 ± 7    0,001     830 ± 11    721 ± 10   0,000
calor/kg/24 h
Produção de calor/
                       774 ± 6     734 ± 6    0,009      748 ± 8    677 ± 8    0,000
Peso0,75/24 h
                                                      Adaptado de Zeman et al - 2001




    10:49:29
Incremento de calor de alguns componentes nutricionais das rações
 Suínos


                                         Gorduras             11 %


      Incremento de Calor                CHOs                 18 %
   EM x (1-eficiência utilização)/EM

                                         Proteína             43 %

                                          Fibra               46 %

                                                                       TOTAL
                                                CHO’s: 62%    11,2 %   51,7%
                                                PB: 20%       8,6 %    39,6%
                                 Ração          EE: 6,0%      0,7 %    3,2%
                                                  FB: 2,5%    1,2%     5,5%
Noblet (2004) e Rijnen et al. (2005)
apud10:49:29 (2009)
     Orlando
                                                      TOTAL   21,7%    100 %
Introdução aos métodos para
            determinação de exigências




10:49:29
Método fatorial para determinar exigência


Modelos mecanísticos



Exigência em energia ou nutrientes do animal = a necessidade para atender a
mantença, crescimento e produção


Lopez e Leesons (2008)
A EM para mantença em frangos de corte deve variar entre 42-44% da EM ingerida.



Equações para estimativa de EM para mantença:

152-157 kcal/kg BW^0,60 - Lopez e Leesons (2005)

  10:49:29
Método fatorial para determinar exigência



Equação de Kelanowski (1967) apud Lopez e Leesons (2008)

EM ing. = EM mant + (1/kgord x ERetGord) + (1/kprot x ERetProt)




Equação de Sakomura et al (2005) para requerimento de EM (kcal/dia) machos Ross

Req EM. = (307.87 − 15.63 T + 0.311 T2) PV0.75 + 13.52 Gg + 12.59 Gp;




  10:49:30
Método fatorial para determinar exigência

Partição de Energia em frangos de corte
 Idade Peso      Cons.            Energia            Energia             Energia          Tx met.
                 EMAn            Mantença             ganho             atividade          basal
  dias       grs  kcal          kcal    %           kcal  %            kcal     %          kcal
    7        201  505            118   23%          387 77%             20     4%           99
   14        481  1733           541   31%          1192 69%           269     16%          272
   21        860  3691          1225   33%          2466 67%           680     18%          545
   28       1314  6306          2145   34%          4161 66%           1208 19%             938
   35       1819  9503          3291   35%          6212 65%           1833 19%            1458
   42       2348 13210          4668   35%          8542 65%           2564 19%            2104
 Tx meta bol i ca ba s a l = produçã o de ca l or em a ves em jejum, des ca ns a ndo, des perta s e
 em zona termoneutra
                                                                    Adaptado de Yousuf - 2006


 •Calorimetria direta: câmara
 •Calorimetria indireta: quociente respiratório
 •Calorimetria animal: análise corporal PC = EMI – ERc
 10:49:30
Partição de EM no frango de corte

                    1.400

                                Necess. Energia total   Longo 2006MAC COB100
                    1.200

                                Necess. Energia para GPD   Longo 2006MAC COB100
                    1.000
ME (Kcal/ave/dia)




                                Necess. Energia para mantença   Longo 2006MAC COB100
                      800


                      600


                      400


                      200


                        0
                            1   6       11        16       21      26       31    36   41   46   51   56
                                                                  Idade em dias




                    10:49:30
Método fatorial - Partição de EM conforme o consumo


                                           Conteúdo de EM da ração
Kcal de EM/g de ração




                                                                                           Conversão alimentar
                           Mantença

                                                           Produto

                                                             Incremento calórico



                                                  Conversão Alimentar




                        Consumo de energia (kcal de EM/dia/Kg0,75)



            10:49:31
                                                                           Latshaw e Moritz (2009)
Método fatorial - produção de calor em aves em alimentação diária
e skip-a-day
        Produção de calor (kcal/h.ave)




                                                                       Skip a day – dia de arraçoamento


                                                                              Arraçoamento diário


                                                                              Skip a day – dia de jejum




                                         Ração     Luz                            Escuro



                                                                          Horas

                                                                       Alimentação Alimentação
                                                                        Skip a day    diária
                                                 Produção de calor
 10:49:31
                                                                         115 +/- 4          107 +/- 4
                                                 (kcal/dia/kg de PV)
                                                                                                          Bennett et al. (1990)
Método dose-reposta para determinar exigência


Efeito de diferentes níveis de Energia Metabolizável da ração sobre o desempenho
de frangos de corte HYBRO no período de 22 a 43 dias de idade

                                  Níveis de EM calculado da ração (kcal/kg)
Parâmetros
                                   3350        3200        3050         CV
Consumo de ração, g                3.405      3.600       3.557        3,51
Consumo de energia, kcal/dia        537         548        521         3,46
Conversão alimentar, g:g          1,66 a     1,77 ab      1,88 b       3,73
Ganho de peso, g                  2.058 a    2.030 ab    1.893 b       3,79
                                           Adaptado de Sakomura et al - 2004




  10:49:31
Método dose-reposta para determinar exigência


Efeito de diferentes níveis de Energia Metabolizável da ração sobre o rendimento
de carcaça de frangos de corte Hubbard com 49 dias de idade (período
experimental 22-49 dias)
                      NÍVEIS DE ENERGIA METABOLIZÁVEL DAS DIETAS (KCAL/KG)
       CORTES                                                                CV%     Efeito
                      2800       2900       3000        3100        3200
Carcaça (%)           82,77      83,71      82,71       84,85        83,6    2,67      NS
Coxa (%)              12,73      12,82      13,14        12,6       12,71    5,83      NS
Sobrecoxa (%)         13,81      13,38      14,02       14,33       14,02    7,54      NS
Peito (%)             26,37      26,97      26,55       25,77       25,09    5,76    LINEAR
Asa (%)               5,05       4,97       4,97         5,01        4,95    6,72 QUADRATICO
Tulipa (%)            5,62       6,33       5,93         5,62        5,69    13,24 QUADRATICO
Gord. abdominal (%)   2,82       2,96       3,36         3,24       4,68 2   7,44    LINEAR

                                                          Adaptado de Barbosa et al - 2008




   10:49:31
Considerações


Interação de diversos fatores para estabelecer os corretos níveis de energia na
formulação para frangos de corte



Delineamento de experimentos com possibilidade de definir equações de predição
e estimar os pontos ótimos econômicos e zootécnicos



Desenvolvimento de modelos matemáticos será necessário para compreender
essas inúmeras interações




  10:49:31
Cordilheira dos Andes




   10:49:31
                        Keysuke Muramatsu
                        kmuramatsu@hotmail.com

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Utilização de energia metabolizável pelos frangos de corte

  • 1. Utilização da energia metabolizável pelos frangos de corte Orientador: Prof. Dr. Fabiano Dahlke Co-orientadores: Prof. Dr. Alex Maiorka / Prof Dr. Sebastião Borges Disciplina: Seminários em Produção Animal Prof. Dra.: Simone Oliveira Aluno: Keysuke Muramatsu 10:49:25
  • 2. “Until a few months ago, the US poultry industry was well on its way to being a lower-cost producer of poultry than Brazil’s industry.” – Adriaan Weststrate 10:49:26
  • 3. Tópicos: 1. Conceitos básicos 2. Alguns fatores que afetam o consumo e requerimento de energia dos frangos 3. Breve introdução aos métodos para determinação de exigências • Fatorial • Dose-reposta 4. Conclusão 10:49:26
  • 5. http://www.cientic.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=224:obtencao-de- energia&catid=23:transformacao-e-utilizacao-de-energia-pelos-sere&Itemid=87 10:49:26
  • 6. Da ração até os produtos finais… Energia fornecida desperdício (Ração) Energia ingerida Energia não consumida Energia digestível Energia excretada (esterco + perda endógenas) Fator afetando a Energia metabolizável Urina e gases absorção nutrientes: enterite, fatores antinutricionais Energia para GPD Energia mantença Dep. de Dep. de Stress térmico, desafio sanitários, movimentação proteína 10:49:26 gordura
  • 7. Alguns fatores que afetam o consumo e utilização de energia pelos frangos 10:49:26
  • 8. Relação entre o consumo de ração (14-40 dias) e o peso aos 40 dias de idade Peso vivo (g) consumo Aviagen – s.d. Maximizar consumo de “nutrientes” 10:49:26
  • 9. Por que é importante assegurar o consumo e portanto o GPD? Peso (kg) Atingir um peso de abate mais cedo, via um bom GPD, é 2,7 kgs importante para diminuir a energia gasta para mantença nesse período adicional 42 43 Idade (dias) Simplificando muito... Req. de mantença = Área do triângulo = Base x altura / 2 Triangulo vermelho = (2,7 x 42)/2 = 56,7 Triangulo verde = (2,7 x 43)/2 = 58,1 10:49:27
  • 10. Energia na dieta x consumo de ração Como é feita a regulação do consumo frente aos níveis de energia... •Frangos machos 49 dias de idade •2.700, 2.900, 3.100 e 3.300 kcal Energia Metabolizável (EM)/kg •Sem diferenças significativas no consumo de EM Leesons et al (1996) 10:49:27
  • 11. Energia na dieta x consumo de ração Efeito do nível energético da dieta na ingestão de energia metabolizável numa referencia de 1967 18oC 30oC Energia Consumo Consumo EM Consumo Consumo (EM) ração ração EM 2860 127 363 c 107 306 o n 3060 118 360 s 104 302 t 3250 112 364 a 102 330 t 3450 106 365 e 101 350 PAYNE (1967) apud Pedroso (2000) A seleção para crescimento e ganho de peso nas linhagens atuais e a expansão da avicultura em zonas tropicais estão influenciando a regulação do consumo...? 10:49:27
  • 12. Energia na dieta x consumo de ração Consumo de ração (gramas/cab) de frangos de corte Hubbard (mistos) conforme a EM das dietas EM (kcal/kg) 7d 14d 21d 28d 35d 2650 157b 572b 1237b 2329b 3602b 2750 155b 572b 1231b 2332b 3605b 2850 149a 558a 1199a 2267a 3472a Erro padrão da média 0.34 0.56 0.79 1.17 1.53 p 0.001 0.020 0.003 0.016 0.006 Consumo de Eneriga Metabolizável (kcal/cab) de frangos de corte Hubbard (mistos) conforme a EM das dietas – calculado a partir de dados de Aftab (2009) EM (kcal/kg) 7d 14d 21d 28d 35d 2650 416 1516 3278 6172 9545 2750 426 1573 3385 6413 9914 2850 425 1590 3417 6461 9895 Adaptado de Aftab (2009) 10:49:27
  • 13. Aumentar a EM das rações para aumentar ingestão de EM. Porém... Efeito da Inclusão de gordura na qualidade do pelete e valor calórico da ração Nível de energia Estimativa da Adicional de EM em Valor calórico Gordura em virtude da qualidade de virtude da qualidade efetivo (2) adicionada gordura peletes (1) de peletes Mackinney e Teeter - 2004 10:49:28
  • 14. Forma Física – Req. energético de mantença Efeito da genética e forma física sobre o desempenho e comportamento dos frangos Cons.Rac CA ECV Ganho Genetica Ração Peso30d 23-30d 23-30d (kCal/kg) Musc (g) A farelada 1,207 769 1,62 3013 334 A pelete 1,383 923 1,56 3124 402 B farelada 1,249 831 1,59 3044 354 B pelete 1,418 922 1,45 3233 409 Genetica NS NS * * NS Ração ** ** ** ** ** Genetica Ração Comer Beber Descansar bicar A farelada 17,40 7,13 47,13 0,89 A pelete 5,00 9,87 59,02 0,78 B farelada 20,30 7,65 47,58 1,05 B pelete 3,50 7,25 65,95 0,98 Genetica NS NS NS NS Ração ** NS ** NS 10:49:28 Skinner-Noble et al. (2006)
  • 15. Forma Física – Metabolizabilidade da energia Influência do tamanho da partícula de milho sobre a Energia Metabolizável Verdadeira de frangos de corte com 4,5 semanas de idade Rações fareladas DGM EMVn (kcal/kg) Milho moído fino 781 +/- 2,09 3546 +/- 67 Milho moído médio 1 950 +/- 2,08 3625 +/- 163 Milho moído médio 2 1042 +/- 2,13 3853 +/-286 Milho moído grosso 1 1109 +/- 2,22 3689 +/- 225 Milho moído grosso 2 2242 +/- 2,11 3476 +/- 207 ANOVA 0,0713 Efeito quadrático 0,0042 Parsons et al (2006) 10:49:28
  • 16. Forma Física – Req. energético de mantença Influência do tamanho da partícula de milho sobre o rendimento de peito e moela de frangos de corte com 4,5 semanas de idade Peito Moela Peso (Kg) % do PV Peso (Kg) % do PV Milho moído fino 0,401 ± 0,05 17,34 ± 1,33 0,035 ± 0,01b 1,51 ± 0,25b Milho moído médio 1 0,420 ± 0,07 17,17 ± 1,49 0,038 ± 0,01ab 1,54 ± 0,17b Milho moído médio 2 0,383 ± 0,09 17,00 ± 2,30 0,036 ± 0,01b 1,60 ± 0,24b Milho moído grosso 1 0,390 ± 0,07 17,29 ± 1,80 0,036 ± 0,01b 1,61 ± 0,28b Milho moído grosso 2 0,362 ± 0,06 15,97 ± 1,80 0,041 ± 0,01a 1,81 ± 0,22a ANOVA 0,0579 0,0535 0,0107 0,0002 Regressão linear 0,0149 0,025 0,0123 0,0001 Adaptado de Parsons et al (2006) 10:49:28
  • 17. Estresse calórico – Req. Energético de mantença Déficit Déficit enegético enegético Energia líquida para Produção Consumo de energia Os frangos aumentam seus gastos energéticos para dissipação de calor para manter a homeotermia (ofegação). Frio Zona Termoneutra Calor 10:49:28
  • 18. Estresse calórico – Req. Energético de mantença A frequência respiratória em frangos de corte: 25 movimentos por minuto em conforto térmico 250 movimentos por minuto em estresse calórico agudo (LINSLEY & BERGER, 1964) Mudanças na temperatura e taxas metabólicas de frangos de corte conforme a temperatura ambiental Temperatura ambiente Temp. abdominal (°C) Freq. respiratória (mov./min.) Freq. cardíaca (mov./min.) - 1,5 a 2,5% no consumo para cada 1º C acima de 22º C na fase crescimento e final 10:49:28
  • 19. Estresse calórico – Digestibilidade Efeito da temperatura ambiente sobre a digestibilidade dos nutrientes (22° Ad libitum e 32 ° Ad libitum) Variável Matéria seca Proteína Bruta Extrato etéreo Amido Bonnet et al – 1997 Hai et al. (2000), relataram que as atividades das enzimas tripsina, quimiotripisina e da amilase por volume de conteúdo intestinal foram reduzidas em altas temp. (32°C). 10:49:28
  • 20. Empenamento e Req. de Mantença Efeito do empenamento da ave e da temperatura ambiente sobre a EM Mantença de aves de postura em crescimento (Neme et al., 2005 apud Sakomura e Rostagno, 2007) 10:49:28
  • 21. Frio e Req. de Mantença 10:49:28
  • 22. Desafio imune e Req. de Mantença IL1, IL6, TNF aumenta o catabolismo muscular. IL1, IL6 e TNF A cortisol reduz o aumentam (centenas anabolismo proteico de vezes) a síntese de protns da fase aguda (transferrina) pelo fígado IL1, IL6 e IL8 levam a febre (aumenta met. basal em até 33%) IL1 potente citocina anoréxica : -redução no esvaziamento e secreção gástrica, IL1 + TNF aumenta -afeta a secreção de glucagon e insulina reabsorção ossea e -pode levar a redução do consumo em até 50% cartilaginosa Klasing e Kover – 1997 10:49:28
  • 23. Energia metabolizável de mantença em aves desafiadas ou não com coccidiose aos 14 e 21 dias de idade – adaptado de Brown – 2007 350 Energia Metabolizável (kcal/ave/dia) 300 300 277 250 235 231 204 195 192 200 177 160 150 141 121 120 100 88 81 76 50 0 20d 27d 34d 41d 48d Idade das aves 10:49:25 sem coccidiose subclínico lesão clínica
  • 24. Má absorção e aproveitamento da energia dos alimentos -inabilidade das aves em digerir a ração -incapacidade da ave em absorver os nutrientes -ambos 10:49:28 Schering Plough – s.d.
  • 25. Eventos anatômicos e fisiológicos e que podem afetar a EM dos alimentos Idade da ave x desenvolvimento visceral Dige stibilida de de a lguns substra tos no fra ngo de c orte 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 4 dias 7 dias >14 dias amido pro teína lipídeo s sat. lipídeo s insat . 10:49:28 PSA - trabahos compilados
  • 26. Valores de energia metabolizável aparente corrigida (EMAn) das farinhas de vísceras, expressos na matéria seca Coleta total Sibbald Ingrediente Pintos Galos Galos Galos 16 a 23 d cecect. inteiros F. de vísceras aves 1 3.966a 4.015a 3.725a 3.766a F. de vísceras aves 2 4.170a 3.939ab 3.591ab 3.359 b F. de vísceras aves 3 3.056a 2.828a 2.092 b 2.125 b F. de vísceras aves 4 3.470a 3.342ab 2.862ab 2.709b F. de vísceras aves 5 3.825a 4.011a 3.585a 3.676a F. de vísceras mista 1 3.383a 3.852a 3.452a 3.091a F. de vísceras mista 2 3.433a 3.529a 3.341a 3.439a F. de vísceras suínos 1 2.693b 3.424a 2.821b 2.540b F. de vísceras suínos 2 2.619b 3.647a 2.892b 2.761b Média 3.402 3.621 3.151 3.051 CV (% ) 10,59 4,83 9,82 15,81 Nascimento et al - 2002 Diferenças em perda endógena (coleta total x Sibbald) 10:49:28 Diferenças pinto x galo minimizado pela correção por N
  • 27. Assim existem diferentes bases de EM para formulação de dietas. Porém qual a implicação se os ensaios de requerimento consideram essa base... Efeito do uso de diferentes bases de EM sobre o desempenho de frangos de corte entre 1-49 dias de idade 10:49:28 Adaptado de Freitas et al - 2006
  • 28. Eventos anatômicos e fisiológicos e que podem afetar a EM dos alimentos Tempo de trânsito Plotagem dos valores de EMA do trigo x tempo de trânsito total no trato gastro-intestinal para frangos de corte (n = 24) EMA do trigo (MJ/kg de MS) fêmeas machos Hughes - 2004 10:49:29 Tempo de transito no trato digestivo (min)
  • 29. Eventos anatômicos e fisiológicos e que podem afetar o requerimento de EM Efeito da melatonina nos parâmetros metabólicos de frangos de corte HYBRO (22 aves) Experimento 1 (14-16 dias) Experimento 2 (21-23 dias) Variável Controle Melatonina P Controle Melatonina P Produção de 978 ± 6 892 ± 7 0,001 830 ± 11 721 ± 10 0,000 calor/kg/24 h Produção de calor/ 774 ± 6 734 ± 6 0,009 748 ± 8 677 ± 8 0,000 Peso0,75/24 h Adaptado de Zeman et al - 2001 10:49:29
  • 30. Incremento de calor de alguns componentes nutricionais das rações Suínos Gorduras 11 % Incremento de Calor CHOs 18 % EM x (1-eficiência utilização)/EM Proteína 43 % Fibra 46 % TOTAL CHO’s: 62% 11,2 % 51,7% PB: 20% 8,6 % 39,6% Ração EE: 6,0% 0,7 % 3,2% FB: 2,5% 1,2% 5,5% Noblet (2004) e Rijnen et al. (2005) apud10:49:29 (2009) Orlando TOTAL 21,7% 100 %
  • 31. Introdução aos métodos para determinação de exigências 10:49:29
  • 32. Método fatorial para determinar exigência Modelos mecanísticos Exigência em energia ou nutrientes do animal = a necessidade para atender a mantença, crescimento e produção Lopez e Leesons (2008) A EM para mantença em frangos de corte deve variar entre 42-44% da EM ingerida. Equações para estimativa de EM para mantença: 152-157 kcal/kg BW^0,60 - Lopez e Leesons (2005) 10:49:29
  • 33. Método fatorial para determinar exigência Equação de Kelanowski (1967) apud Lopez e Leesons (2008) EM ing. = EM mant + (1/kgord x ERetGord) + (1/kprot x ERetProt) Equação de Sakomura et al (2005) para requerimento de EM (kcal/dia) machos Ross Req EM. = (307.87 − 15.63 T + 0.311 T2) PV0.75 + 13.52 Gg + 12.59 Gp; 10:49:30
  • 34. Método fatorial para determinar exigência Partição de Energia em frangos de corte Idade Peso Cons. Energia Energia Energia Tx met. EMAn Mantença ganho atividade basal dias grs kcal kcal % kcal % kcal % kcal 7 201 505 118 23% 387 77% 20 4% 99 14 481 1733 541 31% 1192 69% 269 16% 272 21 860 3691 1225 33% 2466 67% 680 18% 545 28 1314 6306 2145 34% 4161 66% 1208 19% 938 35 1819 9503 3291 35% 6212 65% 1833 19% 1458 42 2348 13210 4668 35% 8542 65% 2564 19% 2104 Tx meta bol i ca ba s a l = produçã o de ca l or em a ves em jejum, des ca ns a ndo, des perta s e em zona termoneutra Adaptado de Yousuf - 2006 •Calorimetria direta: câmara •Calorimetria indireta: quociente respiratório •Calorimetria animal: análise corporal PC = EMI – ERc 10:49:30
  • 35. Partição de EM no frango de corte 1.400 Necess. Energia total Longo 2006MAC COB100 1.200 Necess. Energia para GPD Longo 2006MAC COB100 1.000 ME (Kcal/ave/dia) Necess. Energia para mantença Longo 2006MAC COB100 800 600 400 200 0 1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 Idade em dias 10:49:30
  • 36. Método fatorial - Partição de EM conforme o consumo Conteúdo de EM da ração Kcal de EM/g de ração Conversão alimentar Mantença Produto Incremento calórico Conversão Alimentar Consumo de energia (kcal de EM/dia/Kg0,75) 10:49:31 Latshaw e Moritz (2009)
  • 37. Método fatorial - produção de calor em aves em alimentação diária e skip-a-day Produção de calor (kcal/h.ave) Skip a day – dia de arraçoamento Arraçoamento diário Skip a day – dia de jejum Ração Luz Escuro Horas Alimentação Alimentação Skip a day diária Produção de calor 10:49:31 115 +/- 4 107 +/- 4 (kcal/dia/kg de PV) Bennett et al. (1990)
  • 38. Método dose-reposta para determinar exigência Efeito de diferentes níveis de Energia Metabolizável da ração sobre o desempenho de frangos de corte HYBRO no período de 22 a 43 dias de idade Níveis de EM calculado da ração (kcal/kg) Parâmetros 3350 3200 3050 CV Consumo de ração, g 3.405 3.600 3.557 3,51 Consumo de energia, kcal/dia 537 548 521 3,46 Conversão alimentar, g:g 1,66 a 1,77 ab 1,88 b 3,73 Ganho de peso, g 2.058 a 2.030 ab 1.893 b 3,79 Adaptado de Sakomura et al - 2004 10:49:31
  • 39. Método dose-reposta para determinar exigência Efeito de diferentes níveis de Energia Metabolizável da ração sobre o rendimento de carcaça de frangos de corte Hubbard com 49 dias de idade (período experimental 22-49 dias) NÍVEIS DE ENERGIA METABOLIZÁVEL DAS DIETAS (KCAL/KG) CORTES CV% Efeito 2800 2900 3000 3100 3200 Carcaça (%) 82,77 83,71 82,71 84,85 83,6 2,67 NS Coxa (%) 12,73 12,82 13,14 12,6 12,71 5,83 NS Sobrecoxa (%) 13,81 13,38 14,02 14,33 14,02 7,54 NS Peito (%) 26,37 26,97 26,55 25,77 25,09 5,76 LINEAR Asa (%) 5,05 4,97 4,97 5,01 4,95 6,72 QUADRATICO Tulipa (%) 5,62 6,33 5,93 5,62 5,69 13,24 QUADRATICO Gord. abdominal (%) 2,82 2,96 3,36 3,24 4,68 2 7,44 LINEAR Adaptado de Barbosa et al - 2008 10:49:31
  • 40. Considerações Interação de diversos fatores para estabelecer os corretos níveis de energia na formulação para frangos de corte Delineamento de experimentos com possibilidade de definir equações de predição e estimar os pontos ótimos econômicos e zootécnicos Desenvolvimento de modelos matemáticos será necessário para compreender essas inúmeras interações 10:49:31
  • 41. Cordilheira dos Andes 10:49:31 Keysuke Muramatsu kmuramatsu@hotmail.com