Palestra do Prof. Dr. Nilson José Machado sobre Currículos.

1. Currículos: a fragmentação
disciplinar e seus antídotos
UTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015
Nílson José Machado
Universidade de São Paulo/Faculdade de Educação
njmachad@usp.br
www.nilsonjosemachado.net

2. Competências do Professor:
ROTEIRO
1. Os Currículos e a fragmentação disciplinar
disciplinas e competências
2. Organização da escola:
centros de interesse, ideias fundamentais
3. Projeto, Planejamento, Avaliação:
a necessária distinção entre meios e fins
Currículos: a fragmentação disciplinar e
seus antídotos
UTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015

3. Fragmentação do Conhecimento:
Premonição de T. S. Eliot
The Rock (1934)
...
Where is the Life we have lost in
living?
Where is the wisdom we have lost in
knowledge?
Where is the knowledge we have lost in
information?
…
(Where is the information we have lost in data…) 3
Prefeitura de São Paulo/EDUCAÇÃO - DRE São Miguel São Paulo, 2 de abril de 2015

4. inteligência pessoas
conhecimento significado
informações veículos
dados bancos
...dados, informações,
conhecimento, inteligência...
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5. inteligência
conhecimento
informações
dados
wi fi
bateria
...dados, informações,
conhecimento, inteligência...
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6. CURRÍCULO:
conjunto ou elenco de disciplinas?
instrumento para mapear as
disciplinas/vias disponíveis tendo em
vista mobilizá-las para a
construção do conhecimento
UTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015
CURRÍCULO:
conjunto ou elenco de disciplinas?

7. Escola: Disciplinas ou competências?
escreveR
contaRretórica
gramática
lógica leR
DISCIPLINAS: TRIVIUM COMPETÊNCIAS
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8. Currículos:
fragmentação horizontal e vertical
Competências: elementos para uma teoria
transdisciplinaridade
(ex.: Bioética)
multidisciplinaridade interdisciplinaridade
(fracas interações) (ricas interações)
intradisciplinaridade
(ex.: mapeamento genético)
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9. Uma questão não pertinente:
especialização ou generalismo?
ESPECIALIZAÇÃO?
SIM! MAS QUAL ESPECIALISTA?
Especialista, ontem:
Chaplin, Tempos Modernos...
Especialista, hoje: Consultor
ponto x foto; análise x síntese
Competências: elementos para uma teoriaUTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015

10. O novo ESPECIALISTA: CONSULTOR
conhecimento específico + visão de conjunto
interesse nasce na foto...
Foto
Pontos
...e se alimenta dos pontos
...FOTO>>PONTOS>>FOTO>>PONTOS>>FOTO>...
Competências: elementos para uma teoriaUTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015
?
!

11. Disciplinas e Competências
na Escola
I. A ideia de Competência
II. Ênfase nas Ideias Fundamentais
UTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015

12. Competências na Escola, HOJE!
expressão
imaginação
argumentação
compreensão
contextuação
decisão

13. Competências: visão panorâmica
eu
abstrato
análise
concreto
síntese

14. Currículo:
Disciplinas ou Competências?
- Não existe currículo por competências
sem disciplinas
- Não existe currículo por disciplinas
sem competências
- É preciso por o foco nas
ideias fundamentais

15. Como transitar das DISCIPLINAS às
COMPETÊNCIAS PESSOAIS?
IDEIAS
FUN
DA
MEN
TAIS
CON
TEÚ
DOS
COM
PE
TÊN
CIAS
15
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16. são passíveis
de compreensão
na linguagem
ordinária
favorecem a
articulação
entre as
diversas
partes da
disciplina
ultrapassam
as fronteiras
disciplinares,
favorecendo
a articulação
entre as
diversas
disciplinas
ESTRUTURAÇÃO LINGUAGEM TRANSBORDAMENTO
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Que são “ideias fundamentais”?

17. IDEIAS FUNDAMENTAIS: CUIDADOS
amplitude
articulação
pensar
grande
escolha
sem duplicidade
identidade
complementaridade
multidimensionalidade
complexidade
narrativa
ELENCO MAPPA MUNDI PARES
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IDEIAS FUNDAMENTAIS: CUIDADOS

18. ...equivalência – ordem –
medida - proporcionalidade...
energia – equilíbrio –
sistema - transformação -...
mapas – narrativas - ...
DISCIPLINAS: IDEIAS FUNDAMENTAIS
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19. equivalência, ordem,
medida, aproximação,
proporcionalidade, interdependência,
variação, invariância
problematização, otimização,
aleatoriedade, demonstração...
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MATEMÁTICA NO CURRÍCULO
IDEIAS FUNDAMENTAIS

20. Organização da Escola:
novos espaços do conhecimento
aulas
mais que
aula
teatro,
cinema,
palestra ..
.
professor,
cartógrafo
menos que
aula
convivência,
orientação,
tutoria
espaço
principal
pessoa
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21. Ciência/Conhecimento
DNA, Física Moderna, Cálculo,
Pesquisa Operacional, Otimização,
Geometrias Não-Euclidianas,
Aleatoriedade, ...
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O CURRÍCULO E O COTIDIANO:
CENTROS DE INTERESSE

22. Mundo do Trabalho
- Processos tecnológicos,
significado do trabalho,
novas ocupações,
empregabilidade, ...
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O CURRÍCULO E O COTIDIANO:
CENTROS DE INTERESSE

23. Tecnologia/Técnica
Computadores, jogos, máquinas
fotográficas, celulares, GPS,
automóveis, aviões, ...
UTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015
O CURRÍCULO E O COTIDIANO:
CENTROS DE INTERESSE

24. Arte/Cultura...
Perspectiva, Música,
Teatro, ...
UTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015
O CURRÍCULO E O COTIDIANO:
CENTROS DE INTERESSE

25. Síntese contra a fragmentação:
significado, competências, narrativas
a) Deslocamento do foco da
utilidade para o significado
b) Deslocamento das atenções das disciplinas para
as competências pessoais
c) O significado se constrói por meio de
narrativas
UTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015

26. semear de sentidos/partilhar significados
crime hediondo: disseminar desilusão
Síntese:
A responsabilidade do Professor
UTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015
26

27. Caipira: causos
Executivos: Cases
Direito: processos
Polícia: reconstituição
Educadores: narrativas
(parábolas, fábulas,
alegorias, filmes, games, ...)
Responsabilidade do Educador:
construção do significado
por meio de narrativas
27
SESC – PARANÁ EJA SEMANA PEDAGÓGICA Curitiba, 7 de julho de 2015

28. É possível tratar adequadamente qualquer
tema com qualquer número de aulas, desde
que haja o discernimento do que é
fundamental, a escolha uma estratégia e
uma escala adequadas
PLANEJAMENTO:
UTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015

29. - construção de MAPAS de relevância
- articulação CADEIAS/REDES
– sedução de NARRATIVAS estruturantes
- realização do PROJETO prefigurado
PLANEJAMENTO:
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30. ...PROGRAMAS X PROJETOS
...FUNDAMENTAL X TEMPO
...MAPAS X ESCALAS
UTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015
PLANEJAMENTO:
compatibilização entre...

31. Avaliação:
planejamento, projeto, instrumentos
- Toda avaliação refere-se a metas
prefiguradas em um planejamento/mapa
- Todo planejamento é a etapa de
operacionalização de um projeto
- É fundamental a adequação dos
instrumentos de avaliação
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32. Planejamento/Avaliação: simbiose
- Qual o significado da avaliação?
meio/fim, projetos/valores,
manchetes/rankings,...
- O que avaliar?
grandezas/pessoas, disciplinas/competências
projeto/planejamento
- Como avaliar?
multidimensionalidade/diversidade,
medida/indício
- Quem é o avaliador?
interno/externo, projetos/valores
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33. Avaliação: meio/fim
- O que ocorre entre duas
avaliações sucessivas?
torcida, oração,
propaganda,...
- O desvio do “bestismo”
projetos sem valores,
“internacionalização”,...

34. O que avaliar? Grandezas/Pessoas
- Medida?
Grandeza/padrão: dificuldades
Avatar moderno: TRI (Teoria da Resposta ao Item)
- Valor!
Sim, mas...como proceder?
indícios, espectros, pessoas: o caso do IDH
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35. Medida/Valor: Indícios
classificador de obra de arte
Sherlock Holmes
Psicanálise
Indícios
Ginzburg
Mitos, emblemas, sinais

36. O que avaliar?
- Disciplinas: meio
disciplinas
português, matemática, história, geografia,
educação física, ciências, ...
- Competências: fim
competências
expressão, compreensão, argumentação,
decisão, contextuação, abstração,...
p
e
s
s
o
a
s

37. Instrumentos: abrangência, espectro
- Oral/escrita
- Contínua/concentrada
- Individual/grupo
- Com ou sem consulta
- Com ou sem tempo fixado
- Processo/produto
- Testes/questões abertas
- Trabalhos, projetos...
p
e
s
s
o
a
s

38. Provas como momento de aprendizagem
- interesse/gabarito
- questões relevantes
- ideias fundamentais
- questões “adidáticas”
- questões abertas e testes
- contexto/extrapolações
- tácito/explícito
p
e
s
s
o
a
s

39. Avaliação e o aperfeiçoamento pessoal
- É preciso ensinar a estudar:
- análise/síntese
- mapas
- perguntas
- linha do tempo/narrativas
- significado/mudanças
- interesse/paixões com argumentos
- reconhecer as ideias fundamentais

40. Avaliação: Orientação de Estudos
- Recuperação/Aprofundamento
- Atendimento pessoal
- Tutoria/Solidariedade
- Ensinar a estudar

41. Avaliação e Formação Profissional
- Pessoa: representação de papéis
protagonista/coadjuvante
igualdade/diferença
- Profissionalismo, hoje
colaboração
nomadismo
artífice
novo “especialista”

42. Avaliação externa x interna: projetos
pessoa/instituição
bem avaliada é a que
realiza seu projeto
instituições são como
pessoas:
diferença é a regra
projetos somente podem
ser pensados em um
cenário de valores
projetos

43. Síntese: Avaliação ...
- é meio para instrumentar a ação e não um
fim em si mesmo;
- é juízo de valor e não apenas um processo
de medida
- avaliamos pessoas e isso exige um espectro
de instrumentos
- é um momento do processo de
ensino/aprendizagem
- deve sempre referir-se a um projeto, a
metas pré-figuradas em um planejamento

44. - as avaliações externas são bem-vindas, mas não
podem ser recebidas acriticamente, e não devem
ignorar a diversidade de projetos institucionais
- nas avaliações externas, deveriam ser
consideradas conjuntamente a qualidade e as
peculiaridades de cada projeto institucional e a
efetividade de sua realização
- é menos importante para uma instituição fazer
melhor o que todas fazem do que realizar da
melhor maneira possível seu próprio projeto
educacional.
Síntese: Avaliação e Projeto

45. síntese
AVALIAÇÃO: decálogo

46. Currículos: a fragmentação
disciplinar e seus antídotos
UTF – PR Pato Branco, 23 de julho de 2015
Nílson José Machado
Universidade de São Paulo/Faculdade de Educação
njmachad@usp.br
www.nilsonjosemachado.net