O documento discute como os cenários ubíquos podem contribuir para a ciência participativa. Ele descreve uma pesquisa que explorou como professores e estudantes usaram dispositivos móveis para se engajar em diálogos sobre ciência fora da escola. Os achados indicam que os cenários ubíquos podem promover a comunicação bidirecional e multirreferencial sobre questões científicas, derrubando fronteiras de tempo e espaço.
Ceis - BORDER CROSSINGS: TERRITÓRIOS E FRONTEIRAS EM INVESTIGAÇÃO
1. Cenários Ubíquos e a Ciência
participativa
PhD Karine Pinheiro de Souza
Postdoctoral e-planning
Departamento Ciências Sociais, Política e Território –
Universidade de Aveiro.
kpinheiro.souza@ua.pt
2. O que há de novo na formação com TIC
As contradições do novo panóptico.
Como percebemos esse novo cenário ( VIGIAR –
EMANCIPAR)
A multiplicidade de dispositivos que pode auxiliar o
cidadão a questionar evidências, tomar decisões, buscar
dados, emitir opiniões situadas, questões éticas, sociais,
políticas trazendo suas questões para o coletivo.
O Caminho
5. “não precisamos simplesmente de um
conhecimento novo [...] necessitamos de um
novo modo de produzir conhecimento.” Aqui se
encontra o cerne do debate estabelecido nesse
artigo: a tarefa pedagógica de deixar o modelo
positivista como a única forma de fazer ciência e
ampliar o debate, muitas vezes enclausurado na
academia." Santos (2007, p. 20)
Nova hermenêutica epistemológica (SANTOS, 2007).
6. Objetivo
Identificar os efeitos da responsabilidade e
inovação na pesquisa - RRI na formação de
professores, na ação ciência na Praça.
7. Método
Estudo de campo ( Coutinho, 2011)
Coleta de dados – questionário semi-estruturado e notas
de campo
Técnica de análise dos dados – análise categorial da
webconferência. (Esteves, 2006)
Participantes : ( 20 professores, 8 estudantes do ensino
superior, 7 investigadores de universidades brasileiras e
internacionais)
11. Experiência
Estudo de campo
Discussão sobre ciência & tecnologia - abordagem
inclusiva para garantir que todos atores sociais
compreendam os riscos e benefícios dos avanços.
14. Achados e contrapontos
- Como posso fazer algo, que não me foi ensinado
(Participante B )
Evidenciam o isolamento do modelo vigente do “fazer
ciência reproduzindo uma epistemologia tradicional. As
falas indicam a clareza de um pensamento de
questionamento, grau de criticidade. Mas destacam a
necessidade de reprodução de um modelo POSTO.
15. Achados e contrapontos
- Nós não temos feedback sobre as pesquisas que
são realizadas na escola (Participante. D).
Participantes Passivos x RRI
European Commission (2016); Okada (2016)
Demarca a necessidade de uma abordagem –
interroge fontes, usem a ética, examinam
consequências, estimam riscos, analisam padrões,
elaboram perguntas, comunicam ideias, conclusões.
16. Achados e contrapontos
Não somos formados para pesquisa, tenho a
necessidade e vou buscar outras fontes, pois só temos
a disciplina de metodologia científica, mas que não dá
conta. (Aluno 1)
Estratégias para RRI – trabalho com dilemas, formulação de
problemas com base em evidências, além de propor a tomada de
decisões responsáveis.
Okada (2016)
17. Desafios
Superar a invisibilização
Derrubar assimetrias
Promover o engajamento
Contribuições
Promover a ciência para fora.
Resgatar o entusiasmo por questões simples.
Mobilizar diálogos participativos sobre o fazer ciência.
18. Contribuições dos cenários ubíquos
Os educadores e os estudantes estavam
conectados, rompendo com as fronteiras de tempo e
espaço, o que possibilitou a bidirecionalidade e a
multirreferencialidade, ajudando a traçar novos
desafios (SOUZA et al., 2016).
19. Referências
Ferraz de Abreu, P.(2002) New Information Technologies in
public participation:PhD Thesis. MIT, Dept. Urban Studies and
Regional Planning, Cambridge, USA, May 2002.
Okada, A. (2015). Responsible Research and Innovation in
Science Education. The Open University UK KM.
Ratcliffe, M., & Grace (2003), M. Science Education for
Citizenship. Open University Press.
Santos, Boaventura; Mendes, José M ( 2017)
Demodiversidade: imaginar novas possibilidades
democráticas. Edições 70, 2017, 609p.