2. Mediunidade
Mediunidade é a
capacidade que todos nós
temos, em maior ou
menor grau e tipos
diferentes, de servirmos
de veículo de
comunicação entre o
plano físico e o plano
espiritual.
Em todo ser humano
existem rudimentos de
mediunidade.
3. É valioso aprendizado, por permitir auxiliar
sofredores, reajustar
desequilibrados, enxugar lágrimas e
propagar conhecimentos redentores.
A mediunidade é
compromisso grave,
assumido pelas
criaturas, antes da
encarnação, como
meio de resgate e
regeneração.
4. O exercício dá
mediunidade exige
desprendimento e
sentimento social, ou
seja, o médium deve
compreender que ele é
um instrumento do
Alto, para o bem dos
outros e não para seu
benefício pessoal.
Enquanto serve aos
semelhantes, eleva-se
perante a Lei Divina.
5. “A manifestação do Espírito é concedida a
cada um visando a um fim proveitoso.” Paulo
(1 Coríntios, 12: 7).
Objetivos da Mediunidade
Segundo Paulo de
Tarso, a mediunidade
não pode ser praticada
à toa, de forma
desordenada; há um
objetivo, há de haver
uma planificação e uma
meta maior a ser
alcançada.
6. Para os encarnados:
Cooperação com encarnados e desencarnados de
serviço de reconforto e esclarecimento;
Autoeducação, pela renovação dos sentimentos;
Aprendizado com as mensagens de elevado teor e
com o exemplo dos Espíritos em sofrimento;
Construção de afeições muito
valiosas no plano espiritual,
consolidadas em base de
cooperação e amizade superior;
Prática da caridade
desinteressada quando do auxilio
aos desencarnados.
7. Para os Desencarnados:
Possibilidade de serem
esclarecidos, reconfortados,
estimulados a vencerem suas
próprias imperfeições;
Auxílio no esforço de
vencerem as telas da
ignorância e do sofrimento;
Possibilidade de auxiliarem
os encarnados pelo exemplo
(negativo);
Amparo e esclarecimentos
(superiores).
8. “a boa mediunidade se
forma lentamente, no
estudo
calmo, silencioso, reco
lhido, longe dos
prazeres mundanos, e
do tumulto das
paixões.”
(Leon Denis - No Invisível – 1ª
parte - cap.V).
Educação e função
dos médiuns
9. Nada verdadeiramente importante se
adquire sem trabalho. Uma lenta e
laboriosa iniciação se impõe aos que
buscam os bens superiores.
10. A mediunidade é uma delicada flor que, para
desabrochar, necessita de acuradas precauções e
assíduos cuidados. Exige o método, a paciência, as altas
aspirações, os sentimentos nobres, e, sobretudo, a terna
solicitude do bom espírito que a envolve em seu amor,
em seus fluidos vivificantes. Quase sempre, porém,
querem fazê-la produzir frutos prematuros, e desde logo
se estiola a fana ao contato dos espíritos atrasados.
11. Desenvolver a
mediunidade é
aprender a usá-la.
Para que sejamos bem
sucedidos, cultivemos
as seguintes virtudes:
a paciência,
a perseverança,
a boa vontade,
a humildade, e
a sinceridade.
12. No prefácio do livro
“Nos domínios da
mediunidade”, o guia
espiritual Emmanuel
fala sobre a
necessidade de
asilarmos o Cristo no
coração e na
consciência, sob pena
de ficarmos
desorientados ao
toque dos fenômenos.
13. “Sem noção de responsabilidade, sem devoção
à prática do bem, sem amor ao estudo e sem
esforço perseverante em nosso próprio
burilamento moral, é impraticável a
peregrinação libertadora para os Cimos da
Vida”. Emmanuel
Se nossa real intenção é a
de sermos bons
médiuns, importa
entendermos com clareza
as noções de
responsabilidade e
disciplina.
14. O que é Disciplina?
No Dicionário de
Português Michaelis
encontramos a seguinte
definição da palavra
disciplina como sendo:
“ensino, instrução
e educação.”
17. Disciplina é a
capacidade de
educar a própria
vontade a fim de
resistir a uma
tentação imediata,
em prol de um
objetivo mais
distante, porém
muito mais valioso.
(Hamilton Bueno)
18. DISCIPLINA é uma
palavra de larga
aplicação na vida.
Podemos considerá-
la uma virtude
pessoal e
intransferível, que
adorna o espírito
quando conquistada
por aquisição, mas
que pode violentá-lo
quando por
imposição.
19. A disciplina é firme e dócil, enérgica e suave
para quem a compreende. Não é sinônimo
de castigo, mas de ordem e respeito aos
objetivos propostos como meta por quem
lhe adotou a companhia.
20. Para alguns
principiantes nas
hostes da disciplina ela
poderá parecer, uma
acompanhante
rigorosa, que tolhe
iniciativas, castra
desejos, dá ordens.
No entanto, na
verdade, a disciplina
induz o indivíduo à
auto-
regulação, amoldando-
se aos objetivos à
serem colimados como
meta de sua fé.
21. Quando se resolve ser espírita, tem-
se invariavelmente um encontro
marcado com a disciplina, pois cada
um de nós deverá sair da rotina do
comodismo, para a conscientização
de suas necessidades evolutivas.
Aos poucos ele vai descobrindo que
na casa espírita os minutos
revestem-se de maior
significação, aproveitados no
trabalho, no estudo doutrinário, no
esclarecimento dos problemas
existenciais, no fortalecimento da
amizade, na gentileza ou nos afagos
da caridade.
22. A disciplina é moradora, e não
visitante dos centros
espíritas, pois aquele que a
despede manda igualmente
embora as rédeas da
instituição.
Juntamente com a caridade
formam o dueto maior de um
templo espírita, atuando
conjuntamente sob a
orientação do bom senso.
Por esse motivo a disciplina
não deve ser tão rígida que
atropele a caridade, e esta
deve ser suficientemente
racional para não
descaracterizar a disciplina.
23. A disciplina é uma virtude divina, usada em
todo o universo em seus aspectos macro e
micro.
24. A disciplina também é companheira
assídua da afetividade.
Por esse motivo, qualquer pessoa que tente
impor disciplina através de gritos e
ameaças (cumpridas ou não) revela
desconhecimento do tema.
25. A atitude de firmeza e
serenidade, a força
vigorosa da delicadeza é
que levam a uma
disciplina por aquisição.
Ao iniciar a colaboração
no processo disciplinar, o
indivíduo, de livre
vontade, assume o
engajamento nas
mudanças, despertando o
espírito para as reformas
interiores que se refletem
nos comportamentos
exteriores.
26. O homem religioso
sente necessidade
de disciplinar seu
Espírito dentro do
"espírito" da
verdade.
E como ele pode
fazer isso???
27. Quando Jesus
mencionou a "porta
estreita", o "negar a si
mesmo", o "tomar a
sua cruz", estava
falando de quê? Não
seria de renúncia,
uma das velhas
companheiras da
disciplina?
28. Para entrar pela porta estreita é necessário rigorosa
dieta espiritual, forçando a obesidade inútil das
nossas imperfeições a diluir-se pela ginástica do
amor. E para isso o cardápio não traz como prato
principal a disciplina? Para tomar a cruz aos ombros
é urgente negar a si mesmo, reafirmando não o eu
mundano, mas o eu divino, essência final da
evolução.
29. Do espírita exige-se
algo mais, que o retire
da extensa lista dos
acomodados: a
disciplina.
E ela se afirma no
esforço de renovação,
que deve ser feito a
cada dia. É esse
esforço que nos
pacifica e rejuvenesce.
Disciplinemos nossas
emoções para que elas
não nos disciplinem.
31. Para ter boa saúde é preciso disciplina.
Na mesa, na cama, na sala, na fala.
Disciplina ao respirar, disciplina ao pensar.
Disciplina no olhar, disciplina no tocar.
Pra poder evoluir é preciso disciplina.
32. Emmanuel, pela psicografia de
Francisco Candido Xavier,
deixou-nos preciosa lição:
“A vida de cada criatura
consciente é um conjunto de
deveres para consigo mesma,
para com a família de corações
que se agrupam em torno dos
seus sentimentos e para com a
Humanidade inteira.
E não é tão fácil desempenhar
todas essas obrigações com
aprovação plena das diretrizes
evangélicas.”
Fonte Viva
Capítulo 58
“Discípulos”
33. Como nos lembra
BEZERRA DE MENEZES:
“Doutrina Espírita é
conhecimento com
responsabilidade;
compromisso indeclinável
que nos impomos, a fim de
ressarcirmos o passado de
sombras, de dúvidas, de
mancomunações com o
mal que ainda vive dentro
de nós.”
Divaldo P. Franco
“Compromissos Iluminativos”
Cap. “Cristo Espera por Nós
34. • http://www.pingosdeluz.com.br/estudos/disc
iplina.asp
• TEIXEIRA, J. Raul. “Correnteza de luz”. Pelo
espírito Camilo. Editora FRÁTER.
• DENIS, Léon. “No Invisível”. 1ª parte, cap.
V, Editora FEB.
• PERALVA, Martins: “Estudando a
Mediunidade”, Editora FEB.
• O Livro dos Médiuns - cap. III, item 66
• A historia do Espiritismo - cap. V
Bibliografia consultada: