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De Mike Venezia
(Formado em Belas-Artes pelo Instituto de Artes de Chicago, EUA.
Desde 1978 escreve e ilustra livros sobre arte, música e história para
crianças e jovens.
CLAUDE MONET
ARTES
M E S T R E S D A S
SUPLEMENTO DIDÁTICO
Elaborado por
Rosa Iavelberg — Pós-graduada em Arte-educação pela Escola de Comunicações e
Artes da USP. Trabalhou na elaboração dos PCNs de Arte e atualmente leciona no Depar-
tamento de Metodologia de Ensino da Faculdade de Educação da USP.
Luciana Arslan — Mestre em Artes Visuais, leciona no ensino fundamental e médio
da Escola de Aplicação da USP e em cursos de capacitação de professores.
Professor
Neste suplemento você encontrará duas sugestões de projetos pedagógicos
para desenvolver com alunos do ensino fundamental: a primeira é destinada a tur-
mas de 1a
a 4a
série do ensino fundamental; a segunda, a turmas a partir da 5a
série.
Cada um desses projetos tem como base o conteúdo do livro estudado. Para
apoiar o trabalho do professor são aprofundadas questões sobre o movimento a
que pertence o artista, além da contextualização de uma de suas obras.
Fica a critério do professor aproveitar as atividades para outros projetos, adap-
tando-as ao perfil de sua turma.
A Editora
POR QUE TRABALHAR COM MONET?
As transformações constantes do homem
e da natureza são visíveis nas imagens ilus-
tradas por Claude Monet.
Monet percebeu que, ainda que olhasse
centenas de vezes para uma construção, nun-
ca veria a mesma luz. Observando a incidên-
cia e a reflexão da luz e a conseqüente alte-
ração das cores, esse artista pintava os mes-
mos assuntos de múltiplas maneiras: a série
da catedral de Rouen é um ótimo exemplo.
O movimento impressionista recebeu esse
nome em razão de um quadro de Monet:
Impressão sol nascente. Estudar Monet e o
impressionismo é o primeiro passo para en-
tender a arte moderna. Com o advento da
fotografia, abriu-se espaço para que a pin-
tura tomasse novos e diferentes rumos, os
artistas ficaram livres para criar e pesquisar
modos até então inusitados na linguagem
da pintura.
Mas, apesar da rebuscada filosofia, da ci-
ência das cores, as pinturas de Monet são
populares e agradam muita gente. Seus
tons pastéis, seu despojamento expresso
em pinceladas ágeis, seus cortes e composi-
ções são também atemporais. Poucos pin-
tores conseguiram pintar a neblina, a tem-
peratura, a névoa e a atmosfera tão bem
quanto ele. Os olhos de Monet “tateavam”
o invisível.
A cada momento vemos em Monet um
detalhe que anteriormente nos havia esca-
pado. O estudo da obra de Monet possibili-
ta ao professor desenvolver projetos que va-
lorizem essa observação do passageiro e do
efêmero.
2
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA
TURMAS DE 1a
A 4a
SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
PINTANDO A NATUREZA
3
✦ Objetivo
Compreender como a arte pode ajudar
na percepção das constantes transforma-
ções da natureza, observando as obras de
Claude Monet e produzindo desenhos e pin-
turas de observação.
✦ Conteúdos gerais (com referência
nos PCNs de Arte)
◗ Identificação dos significados expressi-
vos e comunicativos das formas visuais.
◗ Contato sensível, reconhecimento e aná-
lise de formas visuais presentes na natureza
e nas diversas culturas.
✦ Conteúdos do projeto
◗ Desenho de observação.
◗ Características das obras de Monet.
◗ Luz e cores.
✦ Trabalho interdisciplinar: Ciências
✦ Tema transversal: Meio Ambiente — A
natureza cíclica da Natureza.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA
✦ Sensibilizando os alunos
Essa atividade pode começar com um
passeio: você andará com os alunos pela es-
cola para uma observação ao ar livre. Peça a
eles que observem as coisas que estão sem-
pre se movimentando sem que nós note-
mos. Após um breve passeio, você pode sen-
tar com os alunos e sugerir que percebam:
◗ De olhos fechados: o vento; a tempera-
tura; os ruídos do ambiente.
◗ De olhos abertos: o movimento das nu-
vens e como elas alteram a incidência de luz
do local onde estamos; a posição do Sol (ele
fica sempre no mesmo lugar?). Como pode-
mos, em uma pintura, registrar todas essas
mudanças que nos rodeiam?
Mostre aos alunos as pinturas Montes de
feno — Fim do verão, tarde e Montes de
feno — Fim do dia, outono (página 28).
Converse com os alunos, levantando ques-
tões: como o pintor conseguiu registrar as
mudanças? Que mudanças ele registrou?
Peça que enumerem (verbalmente) as dife-
renças entre os dois quadros.
Explique aos alunos que Monet aceitou o
desafio de pintar a constante transformação
da natureza. Eles poderão ver as pinturas de
Monet no livro que será lido.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA
✦ Orientações para ler o livro em sala de
aula
Para a 1a
série leia o livro de Monet com
seus alunos. Para as demais séries você pode
propor que leiam o livro em duplas.
Quando terminarem a leitura, permita
que os alunos façam comentários sobre o li-
vro. Depois pergunte a eles:
◗ Monet preferia pintar fora de casa ou
dentro de seu ateliê? Explique-lhes as razões
que levavam Monet a fazer essa escolha e
fomente um debate.
◗ Retome as charges das páginas 13, 15,
27. Que dificuldades podemos encontrar ao
pintar ao ar livre? Como devemos nos orga-
nizar para esse trabalho?
◗ O que facilitou a pintura ao ar livre? (Co-
mente como deveria ser esse trabalho antes
da invenção dos tubos de tinta.)
◗ Quando olhamos as pinturas de Monet,
percebemos que ele estava lá para observar
o assunto pintado? Como?
◗ Como são as pinceladas de Monet?
✦Roteiro de apreciação da obra reproduzida
no livro: A ponte japonesa de pedestres (pá-
gina 29)
Os alunos podem ser levados a discutir,
apresentando questões como:
◗ O que vemos nessa pintura?
◗ Como são as plantas?
◗ Quais os tipos de plantas que vemos?
◗ Existem flores?
◗ Como a água foi pintada?
◗ Em que hora do dia esse quadro foi pin-
tado?
◗ Podemos ver muitos detalhes?
◗ Quantos tons de verdes Monet utilizou?
◗ Como é a direção da pincelada de Monet?
✦ Contextualização (veja quadro na página 7
deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
✦ Produção
Proponha aos alunos que, a partir da ob-
servação, desenhem e pintem várias vezes a
mesma cena da natureza:
◗ Plante feijões em um copo de vidro,
com algodão e água (Monet adorava plan-
tar e cuidou do seu próprio jardim durante
muito tempo).
◗ Se você tiver na escola um canteiro com
plantas, oriente os alunos para desenhá-lo
em diferentes dias, observando as mudanças
de cor e luz (cada aluno pode escolher uma
planta).
◗ Você pode pedir que desenhem o céu
em vários momentos do dia, se aparecerem
nuvens nesse dia.
✦ Avaliação
Para avaliar os trabalhos seria interes-
sante que professor e alunos pudessem
observar toda a série de trabalhos lado a
lado. Cada aluno poderia então organizar
o seu conjunto e depois tecer comentários
sobre ele.
O professor pode perguntar se ao fa-
zer esses desenhos/pinturas os alunos pas-
saram a observar algo que nunca tinham
notado antes. Quais as diferenças mais
evidentes entre o primeiro e o último tra-
balho feito?
4
5
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA TURMAS
A PARTIR DA 5a
SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
A LUZ E AS CORES NA PINTURA
✦ Objetivo
Perceber a incidência de luz na natureza
e utilizá-la em pinturas. Observar as pintu-
ras de Monet para compreender como ele
trabalhava com as cores e a luz.
✦ Conteúdos gerais (com referência nos
PCNs de Arte)
◗ Observação, análise, utilização dos ele-
mentos da linguagem visual e suas articula-
ções nas imagens produzidas.
◗ Identificação de múltiplos sentidos na
apreciação de imagens.
✦ Conteúdos do projeto
◗ O impressionismo.
◗ Cor, luz.
◗ Produção e leitura de pinturas.
✦ Trabalho interdisciplinar: História.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA
✦ Sensibilizando os alunos
Para essa atividade você precisará de
uma vela, um objeto de cor clara e um local
escuro.
◗ Leve os alunos ao lugar mais escuro da
escola, sente em roda com eles. Apague a
luz da sala e acenda a vela. Em seguida, per-
gunte a eles qual é a cor da pele deles, qual
o tom dela? No escuro provavelmente a pele
estará escura.
◗ Coloque a vela perto de um objeto
branco e pergunte aos alunos qual é a cor
dele. Com a incidência da luz amarela da
chama da vela, o objeto provavelmente não
estará mais branco.
◗ Se você tiver uma lanterna, use-a com um
papel celofane vermelho colado na frente e
projete a luz sobre um objeto também branco.
Ao terminar essa experiência, acenda a luz
da sala e pergunte aos alunos: Podemos afir-
mar que esse objeto é sempre da mesma cor,
é sempre branco, ou a sua cor não é sempre
a mesma? A cor dos objetos é uma realidade
imutável? Peça que os alunos pensem, ano-
tem e escrevam sobre a experiência feita.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA
✦ Orientações para ler o livro em sala de
aula
Apresente o livro de Monet e deixe que
os alunos o leiam, tentando relacioná-lo
com a experiência anterior.
Comente com os alunos algumas caracte-
rísticas do impressionismo que são eviden-
tes nas pinturas de Monet, como:
◗ A cor construída na própria tela.
◗ O uso de cores complementares.
◗ A influência da fotografia e da arte ja-
ponesa.
Após a leitura, divida os alunos em gru-
pos de três para realizarem um trabalho:
cada trio deverá observar como se deu a in-
cidência de luz nas obras Montes de feno —
Fim do verão, tarde e Montes de feno — Fim
do dia, outono (página 28).
Peça aos alunos que expliquem como
Monet conseguiu evidenciar essas diferen-
ças e se as cores utilizadas foram as mesmas
nas duas pinturas.
✦ Roteiro de apreciação da obra
reproduzida no livro: A ponte japonesa
de pedestres (página 29)
Promova um debate entre os alunos, pro-
pondo algumas questões:
◗ O que vemos nessa pintura?
◗ Como são as plantas?
◗ Quais os tipos de plantas que vemos?
◗ Existem flores?
◗ Como a água foi pintada?
◗ Podemos ver o céu?
◗ Quais as cores que foram utilizadas na
pintura da água?
◗ Em que hora do dia esse quadro foi pin-
tado? Justifique.
◗ Podemos sentir a umidade e a tempera-
tura, através dessa pintura?
◗ Podemos ver muitos detalhes?
◗ Qual você acha que é a cor da ponte?
◗ Quantas cores Monet utilizou para pin-
tar a ponte?
◗ Quantos tons de verde Monet utilizou?
◗ Como é a pincelada de Monet?
✦ Contextualização (veja quadro na página 7
deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
✦ Produção
A proposta a ser apresentada aos alunos
será de pintar um mesmo objeto ou local sob
diferentes aspectos de luminosidade. Os alu-
nos poderão continuar trabalhando na or-
ganização de trios.
Dessa maneira cada trio deverá escolher o
“assunto” que será pintado e se encarregar de
providenciar diferentes iluminações para ele.
Para que o professor possa acompanhar
a produção dos alunos, será mais interessan-
te que esses desenhos sejam feitos durante
as aulas.
✦ Avaliação
Durante o século XIX, se estabeleceram
mais solidamente os negociantes de arte, for-
tificaram-se as relações entre marchand e ar-
tistas.
Que tal estabelecer um jogo de leilão
“simbólico” das obras dos alunos? Essas
obras poderiam ser leiloadas para a própria
sala ou em uma reunião de pais. O paga-
mento pode ser em dinheiro confeccionado
pelos alunos.
Seria uma oportunidade de os alunos si-
mularem algumas regras do mercado de
arte. Antes dessa experiência, o professor
pode preparar os alunos, dizendo que en-
tre 1860 e 1870 Monet chegou a passar
fome tendo que recorrer a amigos na espe-
rança de ter uma assistência financeira
(Strickland, 1999: 102). Os alunos poderiam
perceber que o retorno financeiro, para o
trabalho do artista, nem sempre leva em
conta os esforços, a qualidade e as inova-
ções artísticas.
6
7
CONTEXTUALIZAÇÃO: MONET E O IMPRESSIONISMO
O grupo de pintores do impressio-
nismo, em 1862, era formado por
Renoir, Monet, Bazile e Sisley (Strickland,
1999: 99). Eles trocaram a pintura de
ateliê pela pintura ao ar livre. Ao pintar
ao ar livre adquiriram uma rapidez de
captação da luz que era expressa através
de suas ágeis pinceladas, mesmo quan-
do continuavam ou, eventualmente, pin-
tavam dentro do ateliê.
No cenário desse grupo de artistas, es-
tava uma Europa cheia de mudanças: o
início e a gradual popularização da foto-
grafia, o aumento das redes ferroviárias,
o surgimento das tintas em tubos, as te-
orias óticas que comprovavam que as co-
res não eram “realidades imutáveis”
(Denvir, 1976: 10).
Esse cenário, assim como nas pinturas
impressionistas, não poderia ser dis-
sociado de seus atores. A velocidade dos
trens alterou totalmente a percepção das
pessoas, que ao andar a 80 quilômetros
por hora viam as imagens reduzidas a bor-
rões. As tintas em tubos facilitavam o tra-
balho ao ar livre, as teorias óticas foram
praticamente ilustradas pelo trabalho de
Monet e Sisley. E, finalmente, a fotografia
proporcionava aos pintores a liberdade de
experimentar a própria linguagem e não
ter que fazer o serviço que a máquina fo-
tográfica já fazia com mais rapidez.
Monet e suas pinturas sobre o
mesmo tema
As pinturas que Monet fazia em sé-
rie refletiam muito o espírito de traba-
lho dos artistas impressionistas, que,
menos românticos que seus anteces-
sores, não precisavam aguardar um
momento de inspiração para começar
a pintar. Como afirma Denvir (1976: 25
e 26), “trabalhador firme e persisten-
te, independente da necessidade de
esperar inspiração, agonizando com
cada quadro que começasse, Monet
encontrou um meio para usar a
criatividade em série, a criação de con-
juntos de trabalhos cujos fundos têm o
mesmo motivo; e assim ele atinge uma
de suas originais contribuições à lin-
guagem da arte contemporânea. Inde-
pendente da técnica de uso do sistema,
que foi de grande valia aos pintores
posteriores, ele provou e ressaltou que
toda uma série de pinturas iguais, po-
rém verdadeiras, poderia ser feita com
o mesmo tema, cada uma variando de
acordo com a qualidade da luz e a hora
do dia. [...] Monet destruiu o limitado
arbitrário conceito de forma imutável,
o qual os pintores do século XX soube-
ram destruir, podendo criar novas es-
truturas visuais”.
PARA SABER MAIS
Marchand Nome dado ao negociante
de obras de arte, geralmente intermediador
entre artistas e consumidores.
Sisley (1839-1899) Artista impressionista
de ascendência inglesa. Dedicou-se exclusi-
vamente à pintura de paisagens. Foi amigo
de artistas impressionistas como Renoir,
Bazille e especialmente Monet, mas não
usufruiu do mesmo reconhecimento em
vida. Após a falência dos negócios da sua
família, ele passou por muitos momentos de
dificuldades financeiras.
Renoir (1841-1919) Pintor impressionista
francês que trabalhava com cores leves; pin-
tou muitos retratos do cotidiano, além de
cenas de família e de crianças.
ONDE ENCONTRAR, NO BRASIL, ALGUMAS
OBRAS ORIGINAIS DE CLAUDE MONET?
No Museu de Arte de São Paulo:
◗ A canoa sobre o Epte, 1885-87, óleo so-
bre tela, 133 X 145 cm.
BIBLIOGRAFIA
Monet e o impressionismo
DENVIR, B. O impressionismo. São Paulo:
Editorial Labor, 1976.
STRICKLAND, C. Arte comentada. São
Paulo: Ediouro, 1999.
WALTER, I. F. A. A pintura impressionista.
Lisboa: Taschen, 2000.
_________. Arte do século XX. Lisboa:
Taschen, 2000.
Arte-educação
ARGAN, G. C. Arte Moderna. São Paulo:
Companhia das Letras, 1998.
BARBOSA, A. M. Arte-educação: conflitos /
acertos. São Paulo: Ateliê Editorial, 1997.
._________. A imagem do ensino da arte:
anos oitenta e novos tempos. São Paulo / Porto
Alegre: Perspectiva / Fundação Iochpe, 1981.
_________. Arte-educação no Brasil: das
origens ao modernismo. São Paulo: Perspec-
tiva, 1997.
GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Pau-
lo: Edusp, 1992.
IAVELBERG, Rosa. Para gostar de apren-
der arte: sala de aula e formação de profes-
sores. Porto Alegre: Artmed, 2002.
JANSON, H. W. Iniciação à História da
Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MARTINS, M. C. et alii. Didática do ensino
da arte: a língua do mundo — Poetizar, fruir
e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
PARSONS, M. J. Compreender a arte. 1.
ed. Lisboa: Presença, 1992.
ROSSI, M. H. W. A compreensão das ima-
gens da arte. Arte & Educação em revista.
Porto Alegre: UFRGS / Iochpe. I: 27-35, out.
1995.
DICIONÁRIOS
DICIONÁRIO DA PINTURA MODERNA.
São Paulo: Hemus, 1981.
DICIONÁRIO OXFORD DE ARTE. São Pau-
lo: Martins Fontes, 1996.
MARCONDES, Luís Fernando (org.). Dici-
onário de termos artísticos. Rio de Janeiro:
Pinakotheke, 1988.
READ, Herbert (org.). Dicionário da arte
e dos artistas. Lisboa: Edições 70, 1989.
ENCICLOPÉDIA
ENCICLOPÉDIA DOS MUSEUS, Museu de
Arte de São Paulo, São Paulo: Melhoramen-
tos, 1978.

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A arte de Monet e a percepção das transformações da natureza

  • 1. De Mike Venezia (Formado em Belas-Artes pelo Instituto de Artes de Chicago, EUA. Desde 1978 escreve e ilustra livros sobre arte, música e história para crianças e jovens. CLAUDE MONET ARTES M E S T R E S D A S SUPLEMENTO DIDÁTICO Elaborado por Rosa Iavelberg — Pós-graduada em Arte-educação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou na elaboração dos PCNs de Arte e atualmente leciona no Depar- tamento de Metodologia de Ensino da Faculdade de Educação da USP. Luciana Arslan — Mestre em Artes Visuais, leciona no ensino fundamental e médio da Escola de Aplicação da USP e em cursos de capacitação de professores. Professor Neste suplemento você encontrará duas sugestões de projetos pedagógicos para desenvolver com alunos do ensino fundamental: a primeira é destinada a tur- mas de 1a a 4a série do ensino fundamental; a segunda, a turmas a partir da 5a série. Cada um desses projetos tem como base o conteúdo do livro estudado. Para apoiar o trabalho do professor são aprofundadas questões sobre o movimento a que pertence o artista, além da contextualização de uma de suas obras. Fica a critério do professor aproveitar as atividades para outros projetos, adap- tando-as ao perfil de sua turma. A Editora
  • 2. POR QUE TRABALHAR COM MONET? As transformações constantes do homem e da natureza são visíveis nas imagens ilus- tradas por Claude Monet. Monet percebeu que, ainda que olhasse centenas de vezes para uma construção, nun- ca veria a mesma luz. Observando a incidên- cia e a reflexão da luz e a conseqüente alte- ração das cores, esse artista pintava os mes- mos assuntos de múltiplas maneiras: a série da catedral de Rouen é um ótimo exemplo. O movimento impressionista recebeu esse nome em razão de um quadro de Monet: Impressão sol nascente. Estudar Monet e o impressionismo é o primeiro passo para en- tender a arte moderna. Com o advento da fotografia, abriu-se espaço para que a pin- tura tomasse novos e diferentes rumos, os artistas ficaram livres para criar e pesquisar modos até então inusitados na linguagem da pintura. Mas, apesar da rebuscada filosofia, da ci- ência das cores, as pinturas de Monet são populares e agradam muita gente. Seus tons pastéis, seu despojamento expresso em pinceladas ágeis, seus cortes e composi- ções são também atemporais. Poucos pin- tores conseguiram pintar a neblina, a tem- peratura, a névoa e a atmosfera tão bem quanto ele. Os olhos de Monet “tateavam” o invisível. A cada momento vemos em Monet um detalhe que anteriormente nos havia esca- pado. O estudo da obra de Monet possibili- ta ao professor desenvolver projetos que va- lorizem essa observação do passageiro e do efêmero. 2
  • 3. SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA TURMAS DE 1a A 4a SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL: PINTANDO A NATUREZA 3 ✦ Objetivo Compreender como a arte pode ajudar na percepção das constantes transforma- ções da natureza, observando as obras de Claude Monet e produzindo desenhos e pin- turas de observação. ✦ Conteúdos gerais (com referência nos PCNs de Arte) ◗ Identificação dos significados expressi- vos e comunicativos das formas visuais. ◗ Contato sensível, reconhecimento e aná- lise de formas visuais presentes na natureza e nas diversas culturas. ✦ Conteúdos do projeto ◗ Desenho de observação. ◗ Características das obras de Monet. ◗ Luz e cores. ✦ Trabalho interdisciplinar: Ciências ✦ Tema transversal: Meio Ambiente — A natureza cíclica da Natureza. ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA ✦ Sensibilizando os alunos Essa atividade pode começar com um passeio: você andará com os alunos pela es- cola para uma observação ao ar livre. Peça a eles que observem as coisas que estão sem- pre se movimentando sem que nós note- mos. Após um breve passeio, você pode sen- tar com os alunos e sugerir que percebam: ◗ De olhos fechados: o vento; a tempera- tura; os ruídos do ambiente. ◗ De olhos abertos: o movimento das nu- vens e como elas alteram a incidência de luz do local onde estamos; a posição do Sol (ele fica sempre no mesmo lugar?). Como pode- mos, em uma pintura, registrar todas essas mudanças que nos rodeiam? Mostre aos alunos as pinturas Montes de feno — Fim do verão, tarde e Montes de feno — Fim do dia, outono (página 28). Converse com os alunos, levantando ques- tões: como o pintor conseguiu registrar as mudanças? Que mudanças ele registrou? Peça que enumerem (verbalmente) as dife- renças entre os dois quadros. Explique aos alunos que Monet aceitou o desafio de pintar a constante transformação da natureza. Eles poderão ver as pinturas de Monet no livro que será lido. ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA ✦ Orientações para ler o livro em sala de aula Para a 1a série leia o livro de Monet com seus alunos. Para as demais séries você pode propor que leiam o livro em duplas. Quando terminarem a leitura, permita que os alunos façam comentários sobre o li- vro. Depois pergunte a eles: ◗ Monet preferia pintar fora de casa ou dentro de seu ateliê? Explique-lhes as razões que levavam Monet a fazer essa escolha e fomente um debate. ◗ Retome as charges das páginas 13, 15, 27. Que dificuldades podemos encontrar ao pintar ao ar livre? Como devemos nos orga- nizar para esse trabalho? ◗ O que facilitou a pintura ao ar livre? (Co- mente como deveria ser esse trabalho antes da invenção dos tubos de tinta.)
  • 4. ◗ Quando olhamos as pinturas de Monet, percebemos que ele estava lá para observar o assunto pintado? Como? ◗ Como são as pinceladas de Monet? ✦Roteiro de apreciação da obra reproduzida no livro: A ponte japonesa de pedestres (pá- gina 29) Os alunos podem ser levados a discutir, apresentando questões como: ◗ O que vemos nessa pintura? ◗ Como são as plantas? ◗ Quais os tipos de plantas que vemos? ◗ Existem flores? ◗ Como a água foi pintada? ◗ Em que hora do dia esse quadro foi pin- tado? ◗ Podemos ver muitos detalhes? ◗ Quantos tons de verdes Monet utilizou? ◗ Como é a direção da pincelada de Monet? ✦ Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento) ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA ✦ Produção Proponha aos alunos que, a partir da ob- servação, desenhem e pintem várias vezes a mesma cena da natureza: ◗ Plante feijões em um copo de vidro, com algodão e água (Monet adorava plan- tar e cuidou do seu próprio jardim durante muito tempo). ◗ Se você tiver na escola um canteiro com plantas, oriente os alunos para desenhá-lo em diferentes dias, observando as mudanças de cor e luz (cada aluno pode escolher uma planta). ◗ Você pode pedir que desenhem o céu em vários momentos do dia, se aparecerem nuvens nesse dia. ✦ Avaliação Para avaliar os trabalhos seria interes- sante que professor e alunos pudessem observar toda a série de trabalhos lado a lado. Cada aluno poderia então organizar o seu conjunto e depois tecer comentários sobre ele. O professor pode perguntar se ao fa- zer esses desenhos/pinturas os alunos pas- saram a observar algo que nunca tinham notado antes. Quais as diferenças mais evidentes entre o primeiro e o último tra- balho feito? 4
  • 5. 5 SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA TURMAS A PARTIR DA 5a SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL: A LUZ E AS CORES NA PINTURA ✦ Objetivo Perceber a incidência de luz na natureza e utilizá-la em pinturas. Observar as pintu- ras de Monet para compreender como ele trabalhava com as cores e a luz. ✦ Conteúdos gerais (com referência nos PCNs de Arte) ◗ Observação, análise, utilização dos ele- mentos da linguagem visual e suas articula- ções nas imagens produzidas. ◗ Identificação de múltiplos sentidos na apreciação de imagens. ✦ Conteúdos do projeto ◗ O impressionismo. ◗ Cor, luz. ◗ Produção e leitura de pinturas. ✦ Trabalho interdisciplinar: História. ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA ✦ Sensibilizando os alunos Para essa atividade você precisará de uma vela, um objeto de cor clara e um local escuro. ◗ Leve os alunos ao lugar mais escuro da escola, sente em roda com eles. Apague a luz da sala e acenda a vela. Em seguida, per- gunte a eles qual é a cor da pele deles, qual o tom dela? No escuro provavelmente a pele estará escura. ◗ Coloque a vela perto de um objeto branco e pergunte aos alunos qual é a cor dele. Com a incidência da luz amarela da chama da vela, o objeto provavelmente não estará mais branco. ◗ Se você tiver uma lanterna, use-a com um papel celofane vermelho colado na frente e projete a luz sobre um objeto também branco. Ao terminar essa experiência, acenda a luz da sala e pergunte aos alunos: Podemos afir- mar que esse objeto é sempre da mesma cor, é sempre branco, ou a sua cor não é sempre a mesma? A cor dos objetos é uma realidade imutável? Peça que os alunos pensem, ano- tem e escrevam sobre a experiência feita. ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA ✦ Orientações para ler o livro em sala de aula Apresente o livro de Monet e deixe que os alunos o leiam, tentando relacioná-lo com a experiência anterior. Comente com os alunos algumas caracte- rísticas do impressionismo que são eviden- tes nas pinturas de Monet, como: ◗ A cor construída na própria tela. ◗ O uso de cores complementares. ◗ A influência da fotografia e da arte ja- ponesa. Após a leitura, divida os alunos em gru- pos de três para realizarem um trabalho: cada trio deverá observar como se deu a in- cidência de luz nas obras Montes de feno — Fim do verão, tarde e Montes de feno — Fim do dia, outono (página 28). Peça aos alunos que expliquem como Monet conseguiu evidenciar essas diferen- ças e se as cores utilizadas foram as mesmas nas duas pinturas.
  • 6. ✦ Roteiro de apreciação da obra reproduzida no livro: A ponte japonesa de pedestres (página 29) Promova um debate entre os alunos, pro- pondo algumas questões: ◗ O que vemos nessa pintura? ◗ Como são as plantas? ◗ Quais os tipos de plantas que vemos? ◗ Existem flores? ◗ Como a água foi pintada? ◗ Podemos ver o céu? ◗ Quais as cores que foram utilizadas na pintura da água? ◗ Em que hora do dia esse quadro foi pin- tado? Justifique. ◗ Podemos sentir a umidade e a tempera- tura, através dessa pintura? ◗ Podemos ver muitos detalhes? ◗ Qual você acha que é a cor da ponte? ◗ Quantas cores Monet utilizou para pin- tar a ponte? ◗ Quantos tons de verde Monet utilizou? ◗ Como é a pincelada de Monet? ✦ Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento) ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA ✦ Produção A proposta a ser apresentada aos alunos será de pintar um mesmo objeto ou local sob diferentes aspectos de luminosidade. Os alu- nos poderão continuar trabalhando na or- ganização de trios. Dessa maneira cada trio deverá escolher o “assunto” que será pintado e se encarregar de providenciar diferentes iluminações para ele. Para que o professor possa acompanhar a produção dos alunos, será mais interessan- te que esses desenhos sejam feitos durante as aulas. ✦ Avaliação Durante o século XIX, se estabeleceram mais solidamente os negociantes de arte, for- tificaram-se as relações entre marchand e ar- tistas. Que tal estabelecer um jogo de leilão “simbólico” das obras dos alunos? Essas obras poderiam ser leiloadas para a própria sala ou em uma reunião de pais. O paga- mento pode ser em dinheiro confeccionado pelos alunos. Seria uma oportunidade de os alunos si- mularem algumas regras do mercado de arte. Antes dessa experiência, o professor pode preparar os alunos, dizendo que en- tre 1860 e 1870 Monet chegou a passar fome tendo que recorrer a amigos na espe- rança de ter uma assistência financeira (Strickland, 1999: 102). Os alunos poderiam perceber que o retorno financeiro, para o trabalho do artista, nem sempre leva em conta os esforços, a qualidade e as inova- ções artísticas. 6
  • 7. 7 CONTEXTUALIZAÇÃO: MONET E O IMPRESSIONISMO O grupo de pintores do impressio- nismo, em 1862, era formado por Renoir, Monet, Bazile e Sisley (Strickland, 1999: 99). Eles trocaram a pintura de ateliê pela pintura ao ar livre. Ao pintar ao ar livre adquiriram uma rapidez de captação da luz que era expressa através de suas ágeis pinceladas, mesmo quan- do continuavam ou, eventualmente, pin- tavam dentro do ateliê. No cenário desse grupo de artistas, es- tava uma Europa cheia de mudanças: o início e a gradual popularização da foto- grafia, o aumento das redes ferroviárias, o surgimento das tintas em tubos, as te- orias óticas que comprovavam que as co- res não eram “realidades imutáveis” (Denvir, 1976: 10). Esse cenário, assim como nas pinturas impressionistas, não poderia ser dis- sociado de seus atores. A velocidade dos trens alterou totalmente a percepção das pessoas, que ao andar a 80 quilômetros por hora viam as imagens reduzidas a bor- rões. As tintas em tubos facilitavam o tra- balho ao ar livre, as teorias óticas foram praticamente ilustradas pelo trabalho de Monet e Sisley. E, finalmente, a fotografia proporcionava aos pintores a liberdade de experimentar a própria linguagem e não ter que fazer o serviço que a máquina fo- tográfica já fazia com mais rapidez. Monet e suas pinturas sobre o mesmo tema As pinturas que Monet fazia em sé- rie refletiam muito o espírito de traba- lho dos artistas impressionistas, que, menos românticos que seus anteces- sores, não precisavam aguardar um momento de inspiração para começar a pintar. Como afirma Denvir (1976: 25 e 26), “trabalhador firme e persisten- te, independente da necessidade de esperar inspiração, agonizando com cada quadro que começasse, Monet encontrou um meio para usar a criatividade em série, a criação de con- juntos de trabalhos cujos fundos têm o mesmo motivo; e assim ele atinge uma de suas originais contribuições à lin- guagem da arte contemporânea. Inde- pendente da técnica de uso do sistema, que foi de grande valia aos pintores posteriores, ele provou e ressaltou que toda uma série de pinturas iguais, po- rém verdadeiras, poderia ser feita com o mesmo tema, cada uma variando de acordo com a qualidade da luz e a hora do dia. [...] Monet destruiu o limitado arbitrário conceito de forma imutável, o qual os pintores do século XX soube- ram destruir, podendo criar novas es- truturas visuais”.
  • 8. PARA SABER MAIS Marchand Nome dado ao negociante de obras de arte, geralmente intermediador entre artistas e consumidores. Sisley (1839-1899) Artista impressionista de ascendência inglesa. Dedicou-se exclusi- vamente à pintura de paisagens. Foi amigo de artistas impressionistas como Renoir, Bazille e especialmente Monet, mas não usufruiu do mesmo reconhecimento em vida. Após a falência dos negócios da sua família, ele passou por muitos momentos de dificuldades financeiras. Renoir (1841-1919) Pintor impressionista francês que trabalhava com cores leves; pin- tou muitos retratos do cotidiano, além de cenas de família e de crianças. ONDE ENCONTRAR, NO BRASIL, ALGUMAS OBRAS ORIGINAIS DE CLAUDE MONET? No Museu de Arte de São Paulo: ◗ A canoa sobre o Epte, 1885-87, óleo so- bre tela, 133 X 145 cm. BIBLIOGRAFIA Monet e o impressionismo DENVIR, B. O impressionismo. São Paulo: Editorial Labor, 1976. STRICKLAND, C. Arte comentada. São Paulo: Ediouro, 1999. WALTER, I. F. A. A pintura impressionista. Lisboa: Taschen, 2000. _________. Arte do século XX. Lisboa: Taschen, 2000. Arte-educação ARGAN, G. C. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. BARBOSA, A. M. Arte-educação: conflitos / acertos. São Paulo: Ateliê Editorial, 1997. ._________. A imagem do ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo / Porto Alegre: Perspectiva / Fundação Iochpe, 1981. _________. Arte-educação no Brasil: das origens ao modernismo. São Paulo: Perspec- tiva, 1997. GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Pau- lo: Edusp, 1992. IAVELBERG, Rosa. Para gostar de apren- der arte: sala de aula e formação de profes- sores. Porto Alegre: Artmed, 2002. JANSON, H. W. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996. MARTINS, M. C. et alii. Didática do ensino da arte: a língua do mundo — Poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998. PARSONS, M. J. Compreender a arte. 1. ed. Lisboa: Presença, 1992. ROSSI, M. H. W. A compreensão das ima- gens da arte. Arte & Educação em revista. Porto Alegre: UFRGS / Iochpe. I: 27-35, out. 1995. DICIONÁRIOS DICIONÁRIO DA PINTURA MODERNA. São Paulo: Hemus, 1981. DICIONÁRIO OXFORD DE ARTE. São Pau- lo: Martins Fontes, 1996. MARCONDES, Luís Fernando (org.). Dici- onário de termos artísticos. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1988. READ, Herbert (org.). Dicionário da arte e dos artistas. Lisboa: Edições 70, 1989. ENCICLOPÉDIA ENCICLOPÉDIA DOS MUSEUS, Museu de Arte de São Paulo, São Paulo: Melhoramen- tos, 1978.