O documento apresenta uma introdução sobre a história da contabilidade, desde as primeiras civilizações até os dias atuais, passando pelos períodos antigo, medieval e moderno. Aborda também conceitos básicos como pessoa física e jurídica, patrimônio, bens, direitos e obrigações.
2. INTRODUÇÃO
Breve Histórico:
A história da contabilidade é tão antiga quanto à
própria história da civilização. Está ligada às
primeiras manifestações humanas da necessidade
social de proteção à posse e de perpetuação e
interpretação dos fatos ocorridos com o objeto
material de que o homem sempre dispôs para
alcançar os fins propostos.
3. INTRODUÇÃO
Pesquisas arqueológicas descobriram em
esculturas, lápides e urnas funerárias: numeração e
contabilidade de bens patrimoniais, datados
aproximadamente 8.000 a.C, portanto é impossível
estabelecer uma data e local concreto do
surgimento da contabilidade. Portanto a
contabilidade como outras ciências, não houve um
inventor ou descobridor, sua origem foi através do
desenvolvimento das necessidades coletivas, onde
o homem primitivo teve que achar um meio para
registrar esses fatos para atender ao crescimento de
seus bens.
4. INTRODUÇÃO
Deixando a caça, o homem voltou-se à
organização da agricultura e do pastoreio. A
organização econômica acerca do direito do
uso do solo acarretou em separatividade,
rompendo a vida comunitária, surgindo
divisões e o senso de propriedade. Assim,
cada pessoa criava sua riqueza individual.
5. INTRODUÇÃO
Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa
não era dissolvido, mas passado como
herança aos filhos ou parentes. A herança
recebida dos pais (pater, patris),denominou-
se patrimônio. O termo passou a ser
utilizado para quaisquer valores, mesmo que
estes não tivessem sido herdados.
6. INTRODUÇÃO
A origem da Contabilidade está ligada a
necessidade de registros do comércio. Há
indícios de que as primeiras cidades
comerciais eram dos fenícios. A prática do
comércio não era exclusiva destes, sendo
exercida nas principais cidades da
Antiguidade.
7. INTRODUÇÃO
A atividade de troca e venda dos
comerciantes requeria o acompanhamento
das variações de seus bens quando cada
transação era efetuada. As trocas de bens e
serviços eram seguidas de simples registros
ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças
de impostos, na Babilônia já se faziam com
escritas, embora rudimentares.
8. INTRODUÇÃO
À medida que o homem começava a possuir maior
quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto
poderiam render e qual a forma mais simples de
aumentar as suas posses; tais informações não
eram de fácil memorização quando já em maior
volume, requerendo registros. Foi o pensamento do
"futuro" que levou o homem aos primeiros registros
a fim de que pudesse conhecer as suas reais
possibilidades de uso, de consumo, de produção
etc.
9. INTRODUÇÃO
É importante lembrarmos que naquele tempo não
havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e
trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-
se ramos de árvore assinalados como prova de
dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro
(papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito
antigo facilitou extraordinariamente o registro de
informações sobre negócios.
10. INTRODUÇÃO
No período medieval, diversas inovações na
contabilidade foram introduzidas por
governos locais e pela igreja. Mas é somente
na Itália que surge o termo Contabilitá.
11. INTRODUÇÃO
Podemos resumir a evolução da ciência
contábil da seguinte forma:
– Contabilidade do Mundo Antigo- período que se
inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202
da Era Cristã, quando apareceu o LiberAbaci , da
autoria de Leonardo Fibonaci.
12. INTRODUÇÃO
– Contabilidade do Mundo Medieval- período que
vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando
apareceu o Tratactus de Computiset Scripturis
(Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei
Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando
que à teoria contábil do débito e do crédito
corresponde à teoria dos números positivos e
negativos, obra que contribuiu para inserir a
contabilidade entre os ramos do conhecimento
humano.
13. INTRODUÇÃO
– Contabilidade do Mundo Moderno- período que
vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da
Obra "La Contabilità Applicatta alle
Amministrazioni Private e Pubbliche",da autoria
de Franscesco Villa, premiada pelo governo da
Áustria. Obra marcante na história da
Contabilidade.
– Contabilidade do Mundo Científico- período que
se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.
14. PESSOA FÍSICA E JURÍDICA
Pessoa Física (Natural) - é o ser humano
considerado singularmente como sujeito de
direitos o obrigações.
Nascimento:
de fato - através de parto.
legal - através do registro no cartório Civil de Pessoas
Físicas.
15. PESSOA FÍSICA E JURÍDICA
Pessoa Jurídica (Existência abstrata) - é a unidade
jurídica resultante de uma agrupamento humano
organizado, estável, objetivando fins de utilidade
pública ou privada, inteiramente distinta dos
indivíduos que a compõem, capaz de possuir e
exercitar direitos e contrair obrigações.
Nascimento:
– de fato - pelos atos praticados pelo comerciante de bens
e/ou serviços.
– legal - através do registro no órgão competente
16. CONCEITO E OBJETIVO DA
CONTABILIDADE
Contabilidade é um instrumento da função
administrativa que tem como finalidade:
controlar o patrimônio, apurar o resultado e
prestar informações aos seus usuários.
18. CONCEITO E OBJETIVO DA
CONTABILIDADE
É o estudo e o controle do patrimônio das
entidades (pessoa física e jurídica). Isso é
feito por meio dos registros dos fatos e das
respectivas demonstrações produzidas.
19. CONCEITO E OBJETIVO DA
CONTABILIDADE
O objetivo é sempre o patrimônio da
entidade, definido como um conjunto de
bens, direitos e obrigações, através de
registros, demonstrações, análises,
diagnósticos, pareceres, tabelas, planilhas e
outros meios, tomando sempre como base o
patrimônio.
20. CAMPO DE ATUAÇÃO DA
CONTABILIDADE
A contabilidade é responsável em captar, registrar,
acumular, resumir e interpretar os fenômenos que
afetam as situações patrimoniais. É aplicável a
pessoas físicas e jurídicas, com fins lucrativos ou
não e empresas de direito público,
independentemente da finalidade ou da atividade
destas, porém na prática sua aplicação é muito
voltada para empresas, por exigências da legislação
comercial e fiscal.
21. MERCADO DE TRABALHO DO
CONTABILISTA
O contabilista pode exercer as suas atividades na
condição de: profissional liberal ou autônomo, em
regime de CLT, servidor público, militar, sócio de
qualquer tipo de sociedade ou diretor, exercendo as
funções de: analista, assessor, assistente, auditor
interno ou externo, conselheiro, consultor, educador,
escritor, escriturador, fiscal de tributos, legislador,
organizador, perito, pesquisador, planejador,
professor ou conferencista e revisor. Essas funções
poderão ser exercidas em cargos como: chefe,
subchefe, diretor, responsável, encarregado,
supervisor, gerente ou subgerente.
22. ATRIBUIÇÃO PRIVATIVA DO
CONTABILISTA
Avaliação de acervos patrimoniais.
Apuração do valor patrimonial de participações,
quotas ou ações.
Apuração do resultado periódico de quaisquer
entidades, análise e levantamento de balanços.
Realização dos planos de determinação das taxas
de depreciação e exaustão dos bens materiais e dos
de amortização dos valores imateriais, inclusive de
valores diferidos e correções monetárias e
reavaliações.
23. ATRIBUIÇÃO PRIVATIVA DO
CONTABILISTA
Escrituração regular, oficial ou não, de todos os
fatos relativos aos patrimônios, por quaisquer
métodos.
Classificação dos fatos para registros contábeis, por
qualquer processo e respectiva validação dos
registros e demonstrações.
Abertura e encerramento de escritas contábeis.
Controle de formalização, guarda, manutenção ou
destruição de livros e outros meios de registro
contábil.
24. ATRIBUIÇÃO PRIVATIVA DO
CONTABILISTA
Tradução, em moeda nacional, das demonstrações
contábeis originalmente em moeda estrangeira.
Apuração, análise, cálculos e registro de custos em
qualquer sistema.
Estudo sobre a destinação do resultado e cálculos
do lucro.
Elaboração de orçamentos.
Conciliação de contas.
Organização dos processos de prestação de contas
das entidades e órgãos públicos.
25. ATRIBUIÇÃO PRIVATIVA DO
CONTABILISTA
Auditoria interna e externa.
Perícias contábeis.
Organização dos serviços contábeis quanto à
concepção, planejamento e estrutura material, bem
como o estabelecimento de fluxograma de
processamento, cronogramas, organogramas,
modelos e formulários.
Organização e operação dos sistemas de controle
patrimonial, inclusive quanto à existência e
localização física dos bens.
26. ATRIBUIÇÃO PRIVATIVA DO
CONTABILISTA
Magistério das disciplinas compreendidas na
contabilidade (conforme grau)
Elaboração de declaração de imposto de
renda pessoa jurídica.
Dentre outras.
27. FINALIDADE DA INFORMAÇÃO
CONTÁBIL
A informação contábil tem a finalidade de controle e
planejamento, como meio de: comunicação,
motivação e verificação. Deve propiciar informações
suficientes sobre a entidade, de modo a facilitar a
concretização dos propósitos, entre os quais são
indispensáveis a:
Confiabilidade;
Tempestividade;
Compreensibilidade;
Comparabilidade.
28. USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
(INTERNO E EXTERNO)
Acionistas, sócios ou proprietário.
Emprestadores de recursos (bancos).
Credores em geral (fornecedores).
Integrantes do mercado de capitais.
Administradores e diretores.
Funcionários (departamentos).
Fisco.
Outros
29. PATRIMÔNIO
Uma empresa para desenvolver suas
atividades, necessita de aplicações de
recursos próprios e de terceiros, que se
classificam em: Bens (Materiais e
Imateriais), Direitos e Obrigações (Próprios e
de Terceiros).
30. PATRIMÔNIO
O conjunto de bens e direitos denomina-se
de Ativo e a de obrigações de Passivo. Do
patrimônio deriva o patrimônio líquido que é
composto basicamente pelo capital da
empresa (Investimento), acrescido ou
diminuído dos lucros ou prejuízos.
31. BENS
Tudo o que pode ser avaliado
economicamente e que satisfaça
necessidades humanas. Podemos classificar
em:
Tangíveis, corpóreos, concretos ou materiais;
Intangíveis, incorpóreos, abstratos ou imateriais.
32. BENS TANGÍVEIS
Tem existência física, existem como "coisa"
ou objeto.
numéricos: dinheiro
de venda: mercadoria em estoque
fixos ou imobilizados: representam os bens
duráveis, com vida útil superior a 12 meses -
Imóveis, veículos, máquinas, instalações,
equipamentos, móveis e utensílios, etc.
33. BENS TANGÍVEIS
de renda: não destinados aos objetivos da
empresa - Imóveis destinados à renda ou
aluguel.
de consumo: não duráveis ou que são
gastos ou consumido no processo. Depois
de consumidos, representam despesas -
combustíveis e lubrificantes, material de
escritório, material de limpeza, etc.
34. BENS TANGÍVEIS
Nota:
Para classificar corretamente um bem,
devemos conhecer:
1. a atividade da pessoa jurídica (comercial,
industrial ou prestadora de serviços);
2. a especificação técnica do bem;
3. a utilidade dada ao bem (para venda, consumo
ou uso); caso seja para uso, verificar se
representa bem durável ou não.
35. BENS INTANGÍVEIS
Não possuem existência física, porém "representam
uma aplicação de capital indispensável aos objetivos
da empresa, e cujo valor reside em direitos de
propriedade que são legalmente conferidos aos seus
possuidores, como os direitos sobre marcas e
patentes, direitos autorais, ponto comercial, fundo
de comércio, ações ou quotas do capital de outras
empresas, etc.
36. DIREITOS
Valores a serem recebidos de terceiros, por
vendas a prazo ou valores de nossa
propriedade que se encontram em posse de
terceiros. (duplicatas a receber, clientes,
contas a receber, títulos a receber, notas
promissórias a receber, dinheiro depositado
no Banco, aplicações financeiras, etc.
37. DIREITOS
Vendas a prazo: representam os direitos
(valores a receber) decorrente da venda de
mercadorias, produtos ou serviços, conforme
a atividade da pessoa jurídica;
Propriedade: direito de usar, gozar e dispor
livremente de bens (legítimo dono);
38. DIREITOS
Posse: detenção de alguma coisa, com o fim de tirar
dela alguma utilidade ou proveito;
Direito: ter a propriedade (ser o legítimo dono) e não
ter a posse (não estar usando) - imóveis alugados,
dinheiro depositado no banco, etc.
Obrigação: ter a posse (uso) e não ter a propriedade
(ser o legítimo dono) - inquilino que mora em imóvel
alugado, a instituição bancária que está de osso de
bens numerários que pertencem a seus clientes.
39. OBRIGAÇÕES
São dívidas ou compromissos de qualquer
espécie ou natureza assumidos perante
terceiros, ou bens de terceiros que se
encontram em nossa posse (uso) -
duplicadas a pagar, notas promissórias a
pagar, fornecedores, impostos a recolher,
contas a pagar, títulos a pagar, contribuições
a recolher, etc.
40. DIVISÃO DO PATRIMÔNIO
O patrimônio é dividido em 3 partes:
Ativo (A): consistem nos bens, os direitos e
as demais aplicações de recursos
controlados pela empresa. Também
constituem os ativos os investimentos
financeiros ou de qualquer espécie que a
empresa fez e títulos públicos ou privados
que a empresa tem por receber.
41. DIVISÃO DO PATRIMÔNIO
Passivos (P): Passivos compreendem as
obrigações financeiras da empresa com o
Estado, seus funcionários e com outras
empresas.
42. DIVISÃO DO PATRIMÔNIO
Patrimônio Líquido (PL) - Passivo não
exigível (diferença entre ativo e passivo
exigível). Representa as obrigações da
entidade para com os sócios ou acionistas
(proprietários). Mede ou avalia a situação ou
condição da entidade (positiva, negativa ou
nula).
45. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
DO PATRIMÔNIO
A representação quantitativa de uma entidade é
conhecida pela expressão Balanço Patrimonial, que é
uma das mais importantes demonstrações contábeis,
através da qual podemos apurar a situação patrimonial
de uma entidade em determinado momento. Possui este
nome pois a parte positiva (Ativo) tem que ser igual a
parte negativa (Passivo), formando uma espécie de
Balança de peso igual, sabendo que o Patrimônio é o
conjunto de bens, direitos e obrigações, temos a seguinte
representação gráfica do Balanço Patrimonial:
47. SITUAÇÕES PATRIMONIAIS
Através da equação podemos verificar três
tipos de situação líquida:
• Situação Líquida Positiva
• Situação Líquida Negativa
• Situação Nula
48. SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA
SITUAÇÃO FAVORÁVEL Ativo > Passivo = Situação
ativa ou superavitária, quando os bens e direitos
excedem o valor das obrigações exigíveis.
49. SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA
SITUAÇÃO DESFAVORÁVEL: Ativo < Passivo = Situação
deficitária, passiva ou Passivo a descoberto, quando a os
bens e direitos forem menores que as obrigações exigíveis
51. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
A observância destes princípios é obrigatória
no exercício da profissão e constitui
condição de legitimidade das Normas
Brasileiras de Contabilidade.
52. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Prudência: Não permite que a contabilidade
indique a existência de lucros estimados que
não venha a corresponder à realidade. Na
avaliação dos bens, direitos e obrigações,
deve de forma conservadora, em caso de
dúvida entre dois valores, escolher para
adotar, no ativo o menor valor e no passivo o
maior valor.
53. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Entidade: O patrimônio da empresa não se
confunde com aqueles dos seus sócios ou
proprietários.
Denominador Comum Monetário: A
contabilidade somente registrará eventos
avaliáveis em moeda corrente do país.
54. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Continuidade: Pressupõe que a empresa
não será extinta, ou seja, continuará em
operação no futuro, por tempo
indeterminado, deve ser avaliada e
escriturada conforme a mensuração e a
apresentação dos componentes do
patrimônio.
55. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Registro pelo Valor Original: Os
componentes do patrimônio devem ser
registrados pelos valores originais das
transações, em tempo real e mediante
documentação fiscal.
56. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Oportunidade: Deve-se haver objetividade, e
integridade, nos registros contábeis dos
componentes patrimoniais. Independente das
causas os registros devem ser feitos em
tempo real e de forma clara, com a certeza da
ocorrência do fato, apresentando sempre seus
aspectos físicos e monetários, para que não
ocorra a perda da sua relevância e a falta de
confiabilidade na informação.
57. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Competência: Consiste no fato em que as
receitas e despesas devem ser incluídas na
apuração do resultado do período em que
ocorrerem independente de recebimento ou
pagamento.
58. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
A contabilidade, para registrar suas operações,
adota o Método das partidas Dobradas.
A essência deste método, universalmente
aceito, é que o registro de qualquer operação
implica que um débito em uma ou mais contas
deve corresponder um crédito equivalente, em
uma ou mais contas, de forma que a soma dos
valores debitados seja sempre igual à soma dos
valores creditados.
59. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
Em meados do século XV, em San Sepolcro, uma pequena
cidade da toscana meridional, nasceu Luca dal Bolgo,
professor de matemática. conhecido em sua época por Luca
Paciolo, foi o primeiro tratadista de contabilidade por ser frade
da ordem dos mínomos de São Francisco, pois com o poder
temporal da igreja na idade média, fez com que possuísse
vasto patrimônio, necessitando portanto de uma ordenada
administração. Em 1494 foi publicado em Veneza sua obra a
"Summa de Aritimética, Geometria, Proportioniet
Proportienalista", na segunda parte do livro, explica as normas
que seguia na prática para a realização da escrituração e não
explica o princípio das partidas dobradas, mas como utilizar
estas partidas, onde:
61. DÉBITO E CRÉDITO
Na contabilidade o termo débito e crédito
tem somente uma serventia o de
aumentar o saldo de uma conta ou de
diminuir o saldo de uma conta
62. RAZONETE
É a uma representação gráfica em T que
auxilia a contabilidade na contabilização
dos fatos e atos administrativos e
contábeis.
64. CONTAS
O patrimônio das empresas está em
constante movimento em função dos
acontecimentos que ocorrem diariamente.
Podemos dividir estes acontecimentos
em dois grupos:
65. ATOS ADMINISTRATIVOS:
São acontecimentos que ocorrem e que
não provocam alterações no Patrimônio
ou do Resultado. Exemplo: Assinaturas
de contratos, seguros, admissão de
funcionários, atendimento cliente ou
telefonema, digitação de cartas e ofícios,
etc.
67. FATOS ADMINISTRATIVOS
OU CONTÁBEIS:
Todo fato contábil provoca uma alteração
no Balanço da empresa, como
característica própria do sistema
patrimonial, este varia, ou melhor,
dizendo, apresenta mutações
patrimoniais, de acordo com a grandeza e
complexidade de suas atividades.
68. FATOS ADMINISTRATIVOS
OU CONTÁBEIS:
Exemplos:
a) Fatos Permutativos: Não alteram o total do
Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Ex.
Suponha que ela adquira um veículo por R$
17.000,00, pagando à vista.
b) b) Fatos Compensativos: Alteram o Ativo e
o Passivo, mas não alteram o Patrimônio
Líquido. Ex. Suponha que compre Móveis a
prazo por R$ 4.000,00.
69. FATOS ADMINISTRATIVOS
OU CONTÁBEIS:
c) Fatos Modificativas Diminutivos: Diminuem
o Patrimônio Líquido. Ex. Suponha que a
empresa tenha uma despesa no valor de R$
500,00 pago à vista.
d) Fatos Modificativos Aumentativos:
Aumentam o Patrimônio Líquido. Ex.
Suponha que a empresa tenha recebido R$
10.000,00 em dinheiro, em razão de
prestação de serviços.
71. FATOS ADMINISTRATIVOS
OU CONTÁBEIS:
Os fatos contábeis deverão ser registrados
separadamente, de acordo com a natureza dos
mesmos. Pensemos em nosso guarda roupa,
quando vamos guardar nossas roupas,
separamos por tipo de peça: meias, calças,
camisas, camisetas, bermudas, etc, da mesma
forma a contabilidade, onde cada tipo de peça
será registrado separadamente, conforme sua
natureza. Esse tipo de peça é chamado de Conta,
que será registrado toda a movimentação
ocorrida referente a estes fatos.
73. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis são
relatórios extraídos da contabilidade após
o registro de todos os documentos que
fizeram parte do sistema contábil de
qualquer entidade (empresa) em um
determinado período.
74. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Essas demonstrações servirão para expressar a
situação patrimonial da empresa, auxiliando assim
os diversos usuários no processo de tomada de
decisão. As demonstrações contábeis deverão
obedecer aos critérios e formas expostos na Lei
6.404/76, posteriormente alteradas pelas Lei
11.638/07 e Lei 11.941/09, onde estão
estabelecidas quais as demonstrações que
deverão ser elaboradas pelas empresas, sejam de
capital aberto ou não.
75. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As informações sobre a posição financeira
da empresa podem ser obtidas
basicamente através da análise do Balanço
Patrimonial. Que é uma demonstração
contábil que tem por objetivo mostrar a
situação financeira e patrimonial de uma
entidade numa determinada data,
representando, portanto, uma posição
estática da mesma.
76. BALANÇO PATRIMONIAL
O balanço patrimonial é uma
demonstração contábil estática,
pois, evidencia a situação
patrimonial da empresa na data de
sua elaboração, do balanço
patrimonial extrai-se as informações
sobre a situação financeira da
empresa.
77. BALANÇO PATRIMONIAL
No balanço patrimonial, as contas são
classificadas segundo o grau de liquidez,
isto é, equacidade de solvência ou
capacidade para pagamento de dívidas e
obrigações, necessitando de bens
numerários para fazer frente a esses
compromissos. Assim um bem ou direito,
quanto mais próximo estiver de se
transformar em dinheiro, maior liquidez
possuirá.
78. BALANÇO PATRIMONIAL
Esta demonstração que tem por objetivo
expressar os elementos financeiros e
patrimoniais de uma entidade, através da
apresentação ordenada de suas
aplicações de recursos e das origens
desses recursos.
79. BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial é constituído pelo:
Ativo compreende os bens, os direitos e
as demais aplicações de recursos
controlados pela entidade, capazes de
gerar benefícios econômicos futuros,
originados de eventos ocorridos.
80. BALANÇO PATRIMONIAL
Passivo compreende as origens de
recursos representados pelas obrigações
para com terceiros, resultantes de
eventos ocorridos que exigirão ativos
para a sua liquidação.
Patrimônio Líquido compreende os
recursos próprios da Entidade, e seu
valor é a diferença positiva entre o valor
do Ativo e o valor do Passivo.
81. ATIVO
O ativo é composto pelos grupos do:
Ativo Circulante; e
Ativo não Circulante
82. ATIVO CIRCULANTE
Os Ativos Circulantes são as aplicações
de curto prazo (Valores e Direitos),
Considera-se de curto prazo aqueles
direitos vencíveis no prazo de ano,
contado a partir da data do levantamento
dos Balancetes mensais e dos Balanços
Patrimoniais.
83. ATIVO CIRCULANTE
Na empresa cujo ciclo operacional tiver
duração maior que o exercício social, a
classificação no circulante ou longo
prazo terá por base o prazo deste ciclo.
Raramente, porém, é usado esta
classificação mais extensa, de forma que,
como padrão, pode-se adotar a
classificação das contas como circulante
se forem realizáveis ou exigíveis no prazo
de 1 (um) ano.
84. ATIVO CIRCULANTE
É Composto de:
Caixa e Equivalentes de Caixa são as Disponibilidades e
as Aplicações em Títulos e Valores Mobiliários livremente
negociados no mercado de capitais por intermédio de
instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, Isto é, são os recursos
financeiros que se encontram à disposição imediata da
Entidade, compreendendo os meios de pagamento em
moeda e em outras espécies, os depósitos bancários à
vista e os títulos escriturais com liquidez imediata, Títulos
Escriturais são aqueles registrados (custodiados na forma
eletrônica) em Sistemas de Registro e Liquidação
Financeira de Títulos e Valores Mobiliários,
85. ATIVO CIRCULANTE
Direitos, Créditos ou Clientes são títulos
de crédito (duplicatas, notas
promissórias), quaisquer valores
mobiliários e os outros direitos contra
Clientes, Os Direitos ou Créditos estão
subdivididos em Clientes - Créditos a
Receber, Créditos Vencidos a Liquidar e
Outros Créditos,
86. ATIVO CIRCULANTE
Estoques e Créditos Tributários - Estoques
são os valores referentes às exigências de
produtos acabados, produtos em
elaboração, matérias-primas, mercadorias,
materiais de consumo, serviços em
andamento e outros valores relacionados às
atividades objeto da Entidade, Entre os
Créditos Tributários estão os tributos a
compensar, incidentes sobre os estoques de
produtos ou mercadorias para revenda, entre
outros,
87. ATIVO CIRCULANTE
Outros Valores e Bens são os valores não
relacionados à atividade fim da entidade,
ou seja, são os valores que não se
relacionam diretamente ao objeto social
da entidade,
88. ATIVO CIRCULANTE
Despesas Antecipadas ou Despesas de
Exercícios Seguintes são as aplicações
em gastos que tenham realização no
curso do período subsequente à data do
balancete mensal e do balanço
patrimonial,
89. ATIVO NÃO CIRCULANTE
São incluídos neste grupo todos os bens
de permanência duradoura, destinados ao
funcionamento normal da sociedade e do
seu empreendimento, assim como os
direitos exercidos com essa finalidade.
90. ATIVO NÃO CIRCULANTE
O Ativo Não Circulante será composto
dos seguintes subgrupos:
Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
91. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
De uma forma geral, são classificáveis no
Realizável a Longo Prazo contas da
mesma natureza das do Ativo Circulante,
que, todavia, tenham sua realização certa
ou provável após o término do exercício
seguinte, o que, normalmente, significa
realização num prazo superior a um ano a
partir do próprio balanço.
92. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Os direitos não derivados de vendas, e
adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas,
diretores, acionistas ou participantes no
lucro da empresa, que não constituírem
negócios usuais na exploração do objeto
da empresa, serão classificados no
Realizável a Longo Prazo.
93. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Empresas Coligadas: Consideram-se
coligadas, nos termos da Lei, as
sociedades quando uma participa com
10% ou mais do capital da outra, sem
controlá-la.
94. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Empresas Controladas: Consideram-se controladas,
nos termos da Lei, as sociedades nas quais a
controladora, diretamente ou através de controladas:
a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem,
de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais, e
b) tenha poder de eleger a maioria dos
administradores.
95. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Exemplos de contas:
Títulos a Receber
Depósitos Judiciais
Adiantamentos a Sócios
Adiantamentos a Acionistas
Empréstimos a Coligadas
Empréstimos a Controladas
96. INVESTIMENTOS
No subgrupo Investimentos do Ativo Não
Circulante devem ser classificadas as
participações societárias permanentes, assim
entendidas as importâncias aplicadas na
aquisição de ações e outros títulos de
participação societária, com a intenção de
mantê-las em caráter permanente, seja para se
obter o controle societário, seja por interesses
econômicos, entre eles, como fonte
permanente de renda.
97. INVESTIMENTOS
Exemplos:
Ações de Controladas
Ações de Coligadas
Ações de Outras Empresas
Obras de Arte
Terrenos e Imóveis para utilização futura
Imóveis destinados à Renda
98. IMOBILIZADO
O Imobilizado é formado pelo conjunto de
bens e direitos necessários à manutenção
das atividades da empresa,
caracterizados por apresentar-se na
forma tangível (edifícios, máquinas, etc.).
O imobilizado abrange, também, os
custos das benfeitorias realizadas em
bens locados ou arrendados.
99. IMOBILIZADO
O ativo imobilizado é um agrupamento de
ativos de natureza e uso semelhantes nas
operações da entidade. São exemplos de
classes individuais:
100. IMOBILIZADO
terrenos;
terrenos e edifícios;
máquinas;
navios;
aviões;
veículos a motor;
móveis e utensílios; e
equipamentos de escritório.
101. INTANGÍVEL
Os ativos intangíveis compreendem o leque de
bens incorpóreos destinados à manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade,
inclusive o fundo de comércio adquirido.
Trata-se de um desmembramento do ativo
imobilizado, que, a partir da vigência da Lei
11.638/2007, ou seja, a partir de 01.01.2008,
passa a contar apenas com bens corpóreos de
uso permanente.
102. INTANGÍVEL
Como exemplos temos:
os direitos de exploração de serviços
públicos mediante concessão ou
permissão do Poder Público,
marcas e patentes,
softwares e
fundo de comércio adquirido.
103. PASSIVO
O passivo é composto pelos grupos do:
Passivo Circulante;
Passivo Não Circulante
Patrimônio Líquido
Capital de
Terceiros
Capital Próprio
104. PASSIVO CIRCULANTE
Neste grupo são escrituradas as
obrigações da entidade, inclusive
financiamentos para aquisição de direitos
do ativo não-circulante, quando se
vencerem no exercício seguinte. No caso
de o ciclo operacional da empresa ter
duração maior que a do exercício social, a
concepção terá por base o prazo desse
ciclo.
105. PASSIVO CIRCULANTE
Exemplos:
Salários a Pagar
Fornecedores
Encargos Sociais a Pagar
Empréstimos a Pagar
Impostos e Taxas a Recolher
Adiantamentos Recebidos
Participações e Gratificações a Pagar
106. PASSIVO NÃO CIRCULANTE
No passivo não circulante são
classificadas os compromissos
assumidos pela empresa, que terão
vencimentos após o término do exercício
social seguinte ao da apuração em
questão.
107. PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Devido a esse critério de maturidade,
essas obrigações são denominadas de
“passivos de longo prazo”.
108. PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Neste grupo são escrituradas as
obrigações da entidade, inclusive
financiamentos para aquisição de direitos
do ativo não-circulante, quando se
vencerem após o exercício seguinte. No
caso de o ciclo operacional da empresa
ter duração maior que a do exercício
social, a concepção terá por base o prazo
desse ciclo.
109. PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Exemplos de contas:
Empréstimo e Financiamentos de longo
prazo;
Contas a pagar a fornecedores de longo
prazo;
Contingências trabalhistas de longo
prazo;
Obrigações tributárias diferidas;
110. PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Provisões de longo prazo;
Outras dívidas de longo prazo;
Receitas diferidas de longo prazo
111. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O Patrimônio Líquido incorpora todos os
recursos próprios da empresa,
pertencentes a seus proprietários (sócios
ou acionistas).
Representa a identidade contábil, medida
pela diferença entre o total do ativo
menos os grupos do passivo (passivo
circulante e passivo não circulante).
112. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Exemplos de contas:
Capital Social;
Reservas de Capital;
Ajustes de Avaliação Patrimonial;
Reservas de Lucros;
Ações em Tesouraria;
Prejuízos Acumulados.
113. DRE – DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADO DE EXERCÍCIOS
A DRE é uma demonstração contábil dinâmica pois
acumula valores de todo período, é composto por
contas de caráter transitório, ou seja, contas de
receitas e despesas. Essa demonstração consiste num
confronto entre receitas e despesas, se as receitas
foram maiores, o resultado será lucro, ao passo que se
as despesas foram maiores o resultado será o
prejuízo. Tanto o lucro como os prejuízos serão
incorporados no balanço Patrimonial no grupo do
Patrimônio Líquido através da conta de lucros
acumulados ou prejuízos acumulados.
114. DRE – DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADO DE EXERCÍCIOS
Por tanto, a DRE mostra a situação econômica
da empresa, ou seja capacidade de gerar
lucros, enquanto o Balanço Patrimonial
demonstra a situação financeira da empresa,
ou seja, capacidade de pagamento. O balanço
patrimonial deve ser apresentado juntamente
com a DRE pois os dois se complementam,
pois o balanço demonstra a situação financeira
e a DRE a situação econômica da empresa.
115. RECEITAS
Entende-se por receita a entrada de
elementos para o ativo, sob a forma de
dinheiro ou direitos a receber,
correspondentes, normalmente, à venda de
mercadorias, produtos ou à prestação de
serviços. Uma receita também pode derivar de
juros sobre depósitos ou títulos ou de outros
ganhos eventuais.
116. DESPESAS
Entende-se por despesas, o consumo de bens
ou serviços, que, direta ou indiretamente, ajuda
a produzir uma receita. Diminuindo o Ativo ou
aumentando o Passivo, uma despesas é
realizada com a finalidade de se obter uma
receita cujo o valor se espera seja superior à
diminuição que provoca no Patrimônio Líquido.
118. TRATAMENTO CONTÁBIL DAS
CONTAS DE RESULTADO
CMV = Custo de Mercadoria Vendida
CMV = Ei + C - Ef
Onde
Ei = Estoque Inicial
C = Compras
Ef = Estoque Final
119.
120. Exemplo: Monte a DRE a partir das contas
abaixo relacionadas:
Despesas de aluguel 2.000
Despesas com encargos sociais 3.500
Despesas com ICMS 9.600
Vendas 80.000
Despesas Com IRPJ 3.600
CMV 24.000
Despesas com Salários 5.000
Receitas Eventuais 2.000
Despesas com Cofins 2.400
Despesas com CSSL 2.100
• Despesas com PIS 520
• Despesas com Energia 1.500
• Despesas com Juros 2.600
• Despesas com Impostos e
Taxas 1.900
• Despesas com Água 400
• Despesas com Telefone 800