Analisar as dimensões organizacionais para definir o perfil da organização, incluindo estrutura, tarefas, pessoas, ambiente, tecnologia, missão e visão. As imagens organizacionais de Gareth Morgan fornecem uma metodologia para interpretar o perfil analisando aspectos diferenciais como cultura, processos e relações.
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
LATEC - UFF. MODELO DE GESTÃO
1.
2. Antes de entrarmos nos conceitos e
definições sobre modelos de gestão é
importante definir os conceitos fundamentais
inerentes: Modelo, gestão e organização
3. Modelo
Modelo tem sua origem no latim Modulus que significa
molde ou forma, seguindo o conceito de algo que deve ser
seguido.
Gestão
Lançar mão de todas as funções e conhecimentos
necessários para alcançar objetivos propostos de forma
eficiente e eficaz.
Dicionário Aurélio: Gestão é “o ato de gerir, administrar". Administrar,
definido como "governar; reger; ordenar os fatores de produção e controlar
sua eficiência e produtividade para obter-se determinados resultados".
4. 4
grego: “Organon” (instrumento, ferramenta)
1 “Grupo social orientado para a realização de objetivos que, de
forma geral, se traduzem no fornecimento de produtos e serviços
(Maximiano, 2009)
2 “Unidades sociais ou agrupamentos humanos, com o mesmo
objetivo de fornecer produtos ou serviços.” (Chiavenato, 2004)
5. Grupo social unido intencionalmente
pelo mesmo objetivo.
6. Modelo de Gestão é o gerir através de
um exemplo já existente realizando
apenas as modificações necessárias
para a necessidade de cada
organização.(FERREIRA, 2005)
modelo de gestão refere-se à forma como as empresas organizam suas
atividades (tarefas) e seus recursos (pessoas) com a aplicação de
procedimentos (tecnologia), normas e regras (estrutura). Desta forma, a
gestão da empresa reflete sua cultura organizacional (ambiente) , seus
valores, sua visão (objetivos) e missão (negócio).
8. É o modelo de gestão que define:
1. Como a organização se portará no mercado,
2. Como ela conduzirá seu trabalho,
3. Como alcançará seus objetivos,
4. Como produzira seus produtos
5. Como manter integrado todos os processos
6. Como agir em situações adversas.
7. Como ela se ORGANIZA!!
9.
10. Clássico (tarefas e Estrutura)
Ex: Empresas Familiares - “O que se faz?”
Comportamental (Pessoas e Relações)
Ex: Hospitais – “quem faz?”
Pragmático ou Neoclássico (Objetivos, eficiência e
eficácia)
Ex: Fábricas e Montadoras – “Como faz?”
Sistêmico (Ambiente e Relacionamento de processos)
Ex: Instituições de Ensino – “Por que se faz”
Contingencial (Variáveis e Flexibilidade)
Ex: Multinacionais – “Quando se faz”
11. As organizações existem há milhares de anos, mas apenas em 1903 foi registrado cientificamente o
primeiro modelo (Santos e França, 2007). Esse modelo é conhecido como administração clássica, e
tem seus fundamentos elaborados por Taylor e Ford. Nessa época a demanda por produtos era
maior do que a capacidade produtiva das organizações. As empresas estavam focadas em
conseguir produzir cada vez mais para atender às demandas por seus produtos. A relação empresa-
cliente era unilateral: o cliente apenas recebia os produtos ofertados, e não era ouvido pelas
organizações. Como a demanda era reprimida, sempre haveria quem quisesse os produtos, e os
desejos específicos de um cliente ou grupo de clientes era pouco importante. Um exemplo disso
era a fabricante de automóveis Ford, que produzia um único modelo de automóvel, também em
uma única cor.
O foco da organização era na melhoria da tarefa realizada, a fim de
conseguir aumentar sua produção e atender à demanda do mercado. Diante
disso, o modelo de gestão da Administração Científica, conhecido como Modelo Clássico, se
preocupava com a execução criteriosa da tarefa, com forte aderência a regras e
padrões. Como o trabalho era de natureza essencialmente operacional, o gestor se preocupava
em supervisionar os operários na execução da tarefa, que deveria ser realizada da forma
previamente estabelecida e com a melhor produtividade possível.
12. Ao se depararem com o paradoxo de produtividade, as organizações perceberam que a excelência
na normatização e na execução da tarefa eram importantes, mas que a satisfação do ser
humano era fator determinante para a manutenção dos níveis de produtividade. Para
resolver esse dilema, estudos comportamentais culminaram com o surgimento da escola das
relações humanas em 1920, que tinha foco na satisfação do funcionário. Cabe ressaltar que nessa
época as organizações ainda eram demandadas por mais produtos do que conseguiam entregar.
Embora pareça que o foco da organização tenha mudado para uma legítima preocupação com o ser
humano, a intenção continuava sendo em conseguir aumentar a produtividade para aumentar as
vendas.
As organizações passaram a investir em ações que promovessem o bem-estar do funcionário, que
deixou de ser classificado como um simples operário. Suas tarefas foram ampliadas para a execução
de processos mais amplos. Nesse momento da história dos modelos de gestão de pessoas surgem as
primeiras iniciativas e estudos sobre qualidade de vida no trabalho.
O foco da organização era no fornecimento de benefícios aos funcionários para que estes se
mantivessem motivados. Com o intuito de manter a concentração e o foco da pessoa na
produtividade requerida, foram desenvolvidas iniciativas para que o funcionário tivesse seus
problemas fora do trabalho resolvidos. O gestor de linha assume papel de promover o bem-estar do
funcionário, pregando o “vestir a camisa” da organização.
13. O Modelo Pragmático dá ênfase na prática da Administração, ou seja, na busca de resultados
concretos e palpáveis. Visa a ação administrativa e os aspectos instrumentais da administração.
Os postulados clássicos são reafirmados, contudo, são redimensionados e reestruturados
visando uma configuração mais ampla e flexível em conjunto com os princípios do modelo
comportamental (Estrutura X Motivação). Este modelo está centrado na preocupação em
estabelecer normas de comportamento administrativo. Retomam-se os princípios clássicos com
uma roupagem mais ou menos elásticos dos critérios visando buscar soluções administrativas
práticas.
A ênfase nos objetivos e nos resultados é outra característica dessa
abordagem e considera que é em função dos objetivos e resultados que a
organização deve ser dimensionada, estruturada e orientada. Objetivos
organizacionais e resultados pretendidos como meio de avaliar o desempenho das organizações.
O modelo Neoclássico absorveu conteúdo de quase todas as outras modelos, mas com ênfase
nas Teoria das Relações Humanas: os conceitos de motivação, organização informal, de
dinâmica de grupos de comunicações e de liderança.
14. Por volta de 1970 um novo conceito surge: o de que as organizações se comportam como sistemas.
Esse conceito, importado da biologia e relatado por Ludwing von Bertalanffy (Santos e França,
2007), apresenta um modelo no qual a organização é composta de diversos sub-sistemas que
interagem entre si, se influenciam e se potencializam. Além disso, essa organização
interage com o ambiente externo, influenciando e sofrendo sua influência.
Esse novo conceito revolucionou os modelos de organização, e todas as classificações a partir de
então passam a se basear nesse conceito.
Em função das pressões externas e da interação com o ambiente, desenvolve-se entre 1970 e 1990
a organização estratégica. Nos modelos anteriores, o foco de gestão se voltava principalmente
para aspectos internos, como a preocupação com tarefas, a satisfação dos funcionários, a melhoria
dos processos e da estrutura hierárquica. O cliente exercia pouca influência na confecção dos
produtos ofertados pelas empresas e, por conseguinte, no funcionamento da própria empresa. No
modelo sistêmico de gestão , que surge na década de 90 (Fischer, 2002), os
clientes passam a exercer um papel mais ativo em relação às organizações.
15. A globalização traz um novo patamar de concorrência no mercado. As organizações, que antes se
preocupavam apenas com os concorrentes locais, agora se preocupam com empresas virtuais, que
atingem seus mercados. Por outro lado, os próprios clientes, diante de tantas ofertas e de tamanha
concorrência, tornam-se mais exigentes e percebem o poder que têm de influenciar produtos e
serviços. Nesse cenário de alta pressão externa, surge um novo modelo de gestão de pessoas,
conhecido como modelo Contingencial ou competitivo (Fischer, 2002). Nesse modelo o foco
da organização é na sua capacidade de adaptação a esse ambiente de
constantes mudanças e demandas dos clientes.
As pessoas geridas por um modelo competitivo de gestão são acima de tudo conscientes da
responsabilidade pelo seu desenvolvimento pessoal. Esse modelo de gestão afasta o viés
paternalista das escolas humanistas e amplia a responsabilidade dos participantes das organizações
para além do cumprimento das metas estabelecidas no planejamento estratégico. Os
profissionais nesse modelo são levados a pensar na melhoria contínua de seus
processos de trabalho, na importância da inovação, na geração de capital intelectual
para a organização, nas parceiras estratégicas e na importância do processo de
aprendizagem e conhecimento para o sucesso organizacional.
16. Identificar a configuração da organização
Interpretar a missão e a visão da Organização
Analisar as dimensões organizacionais
Definir o perfil da organização
18. Relações hierárquicas
Cadeia de comando
Especialização do trabalho
Margem de controle
Centralização e descentralização
Departamentalização
Formalização do comportamento
ESTRUTURA
23. MISSÃO = NEGÓCIO =VALOR
“A razão de ser da empresa”
“O que ela faz para alcançar seus objetivos”
É A BASE QUE SUSTENTA AS ATIVIDADES
VISÃO = OBJETIVOS = EXPECTATIVAS
“Onde a empresa quer chegar”
“Quem ela quer ser”
É O FUTURO DA ORGANIZAÇÃO COM PRAZO/METAS
24. Técnica que objetiva identificar as
características institucionais,
administrativas, políticas e de procedimentos
que, consolidadas, permite que seja formulada
a definição sobre a organização.
Dentre diversos autores que melhor caracterizam um
perfil organizacional, Gareth Morgan é um dos
principais, ao estabelecer “Imagens Organizacionais”
25. É a utilização de metáforas para
propor uma metodologia de análise
do perfil da organização.
Ressaltando aspectos diferenciais e
gerando maior compreensão sobre
estilos, práticas, comportamentos e
inter-relações.
Gareth Morgan
Gareth Morgan define 8 imagens organizacionais que podem
definir o perfil de uma organização
26. busca pela precisão e
eficiência subvalorizou os
aspectos humanos da
organização, subestimando
a capacidade dos
trabalhadores de resolver
problemas complexos e
imprevisíveis, revelando
grande dificuldade para
adaptar-se à mudanças.
1) MÁQUINAS
27. uma entidade viva, em constante
mutação, interagindo com seu
ambiente na tentativa de satisfazer
suas necessidades e adaptar-se a
circunstâncias ambientais. Como
um organismo vivo, com elementos
diferenciados mas integrados, que
tendem a se auto-organizarem,
numa interação constante com o
ambiente, influenciando e sendo
influenciado por ele,
2) ORGANISMOS
28. vista como um sistema de
processamento de informações
capaz de aprender a aprender,
e através da aprendizagem, num processo
que estimule flexibilidade e criatividade. São
organizações com o foco no conhecimento e
na interpretação de informações. Pesquisas e
inovações são normalmente os instrumentos
e atividades fim.
3) CÉREBROS
29. As crenças, tradições e as ideias
que as organizações possuem de si
mesmas, bem como daquilo que
fazem com respeito a seu
ambiente, influenciam de forma
dominante a materialização de
seus objetivos. Os valores são
enraizados de tal forma que se
tornam parte de suas estratégias e
do comportamento de seus
membros.
4) CULTURAS
30. Nestas organizações a pressão por
resultados é fator dominante, trazendo
resultados rápidos, porém desgastando seu
capital intelectual. Esta metáfora combina a
ideia de que as organizações são fenômenos
psíquicos, no sentido de que são processos
conscientes e inconscientes que as
criam e as mantém como tais, com a noção
de que as essas podem tornar-se
confinadas ou prisioneiros de imagens,
ideias, pensamentos e ações que esses
processos podem gerar.
5) PRISÕES PSIQUICAS
31. baseada em interesses, muitas vezes
divergentes e desagregadores, em
que pessoas interdependentes com
interesses divergentes se unem com
o propósito de satisfazer as suas
necessidades básicas, desenvolver
uma carreira profissional ou de
perseguir metas fora de seus
trabalhos. Desenvolvem um poder
próprio. Utilizam-se da negociação e
da troca, buscando resultados
satisfatórios, mas nem sempre para
ambos os lados
6) SISTEMAS DE GOVERNO
32. Até as formas mais racionais e
democráticas de organização podem resultar
em modelos de dominação. O poder é base e
objetivo. muitas empresas, sob outros
aspectos excelentes, frequentemente
possuem registros bastante questionáveis no
que diz respeito ao impacto que causam no
ambiente e na força de trabalho. Embora
tem obtido uma condição desenvolvida e
admirável em termos de certos aspectos da
prática gerencial interna, existe sempre um
lado avesso desta excelência que quase
sempre é complemente ignorado.
7) INSTRUMENTO DE DOMINAÇÃO
33. 8) FLUXO DE TRANSFORMAÇÕES
Indivíduos e organização têm
possibilidade de escolher o tipo de
auto imagem que irá guiar suas
ações e delinear seu
futuro. Nesse sentido, deve-se
considerar que as organizações se
transformam em conjunto com
seu meio ambiente, levando a
compreender que o padrão de
organização que se vai revelando
com o passar do tempo é
evolutivo.
35. Baseando-se nas informações do perfil
organizacional do grupo, identificar e
explicar os 3 primeiros passos do modelo de
gestão:
1 – Dimensões
2 – Missão eVisão
3 – Perfil