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REALIZADORES


                               Governadora do Estado do Rio de Janeiro
                               Rosinha Garotinho


                               Secretário de Estado de Transportes
                               Augusto Ariston


                               Presidente da CENTRAL
                               Albuíno Azeredo




                               AGENTES


                               Banco Mundial




                               Logit Engenharia Consultiva Ltda




                               Oficina Engenheiros Consultores Associados Ltda




                               JGP Consultoria e Participações Ltda




                                                                         Abril/2005



Consórcio: Logit-Oficina-JGP
O Plano Diretor de Transporte Urbano da Região Metropolitana do Rio de Janeiro –
                                PDTU/RMRJ foi realizado pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria
                                Estadual dos Transportes – SECTRAN e coordenado pela Companhia Estadual de
                                Engenharia de Transportes e Logística – CENTRAL. Constitui-se em um importante
                                instrumento orientador das ações em transporte coletivo e individual que deverão ser
                                conduzidas pelo Governo do Estado e prefeituras municipais para atender às necessidades
                                atuais e futuras de mobilidade da população da RMRJ.
                                Este documento tem a finalidade de apresentar os resultados das atividades desenvolvidas
                                ao longo do processo de sua concepção.
                                Os itens apresentados contemplam, inicialmente, a análise do comportamento da demanda,
                                a caracterização da estrutura da prestação dos serviços de transportes e o prognóstico do
                                que deverá acontecer nos horizontes futuros, caso seja mantida a estrutura atual.

                                Do entendimento da situação atual e do prognóstico, partiu-se para a definição das
                                diretrizes de reorganização do sistema de transporte da RMRJ que orientaram a concepção
                                de um conjunto de alternativas que foram exaustivamente testadas, analisadas e avaliadas.
                                Finalmente, com base nos resultados obtidos, foi definido um programa de investimentos
                                para os horizontes de curto, médio e longo prazos.




APRESENTAÇÃO




 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
O Plano Diretor de Transporte Urbano da Região Metropolitana do Rio de Janeiro –
                                PDTU/RMRJ, formulado para esta segunda maior área metropolitana do país, composta
                                por 20 municípios com características distintas e peculiares é, por isso, um estudo
                                criterioso e detalhado e um instrumento que deve delinear um sistema de transporte
                                estruturado, justo, racional, integrado e eficaz, para a promoção de uma melhor qualidade
                                de vida para a população.
                                Teve seu início a partir de março de 2002, sendo executado pelo consórcio LOGIT-OFICINA-
                                JGP, com a participação de técnicos da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes
                                e Logística – CENTRAL e com colaboração da Secretaria Estadual de Transportes –
                                SECTRAN e outros órgãos municipais e estaduais.
                                      As necessidades da RMRJ
                                Concentrando mais de 70% da população de todo estado, a RMRJ apresenta uma estrutura
                                heterogênea de diferentes padrões urbanísticos e sociais, cuja expansão coincidiu com os
                                eixos naturais configurados pela topografia, que por sua vez definiram os principais
                                corredores de circulação.
                                A oferta de transporte é caracterizada pela existência de vários modos distintos, na maioria
                                das situações, em competição direta pela captação dos usuários, sem nenhum esquema de
                                priorização para os sistemas de transporte coletivo e com níveis de integração muito baixos.
                                Os sistemas regulamentados operam sem explorar as reais vocações de cada modal e,
                                ainda, enfrentam a concorrência dos sistemas alternativos. Um exemplo disso é o
                                transporte sobre trilhos cuja vocação natural é de ser um modal de alta capacidade e que
                                na RMRJ, apesar de contar com uma extensa rede de aproximadamente 255 km,
                                transporta apenas 7% das viagens motorizadas.
                                Apesar da existência de estudos, planos e projetos para os diversos setores que integram o
INTRODUÇÃO
                                sistema de transportes, a escassez de recursos aliada à falta de ações articuladas por parte
                                dos organismos encarregados de sua gestão e operação, conduziu a RMRJ a uma situação
                                de extrema ineficiência quanto ao desempenho dos transportes. Há a necessidade de se
                                buscar uma reorganização do sistema, notadamente com relação ao transporte coletivo,
                                tendo em vista a situação peculiar da região que apresenta uma repartição modal altamente
                                favorável a este modo. Conforme resultados da Pesquisa OD, são realizadas no total 19,9
                                milhões de viagens diárias, sendo 12,5 milhões motorizadas. Destas, a participação do
                                transporte coletivo é de 74% e o transporte particular de 26%. Cabe lembrar que na Região
                                Metropolitana de São Paulo, de acordo com as últimas pesquisas, estes percentuais
                                praticamente se equivalem.
                                Dentro deste quadro, como observado anteriormente, há uma clara distorção no
                                aproveitamento das tecnologias específicas para o transporte de massa, com o modal
                                rodoviário exercendo o papel de principal transportador em detrimento daqueles de maior
                                capacidade potencial.




 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
Esta situação é reflexo da falta de investimentos nos sistemas de alta capacidade,              pesquisas, com destaque para a realização de pesquisa de origem e destino, combinando
especialmente ao longo da primeira metade da década de 90, e na ausência de políticas           entrevistas domiciliares em 40.000 domicílios e pesquisas no sistema viário, tanto no
objetivando a racionalização e a complementaridade dos modos de transporte, além das            transporte público, como no privado e carga. A partir desta base de dados é que foi possível
descontinuidades e indefinições que os próprios modelos institucional, financeiro e             compreender a realidade dos deslocamentos da população e do desempenho da circulação
organizacional geraram.                                                                         urbana em sua forma atual através da infra-estrutura e modelo operacional oferecidos.
Retomar o enfoque da integração intermodal é uma preocupação dos últimos planos                 O passo seguinte de desenvolvimento foi a montagem de um modelo de transportes,
executados, embora não sejam palpáveis os resultados alcançados, principalmente por não         instrumento essencial para a representação da realidade atual e antevisão dos resultados
terem sido implantados em sua totalidade.                                                       futuros. Ele permitiu diagnosticar os problemas e gargalos atuais e simular diferentes
                                                                                                alternativas de soluções para os transportes da RMRJ.
Assim, tendo em vista que o atual sistema de transporte na RMRJ exige intervenções
significativas, foi diagnosticada pela Secretaria de Transportes do Estado do Rio de Janeiro,   Para tanto foi construída uma rede de simulação e modelos de previsão de demanda
a necessidade imprescindível da retomada do planejamento e da programação de                    altamente detalhados que permitiram análises com bastante acuidade das alternativas de
investimentos para o setor.                                                                     intervenção e operação testadas. Estas alternativas foram objeto também, de avaliações
                                                                                                ambientais e econômico-financeiras, que nortearam a definição do conjunto de soluções
      O que é este Plano
                                                                                                recomendado pelo Plano.
Este Plano é uma peça fundamental para se vencer os desafios dos transportes na RMRJ e
                                                                                                Assim, pode-se dizer, seguramente, que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro possui
propõe a estruturação efetiva de um novo sistema e atendimento aos objetivos gerais
                                                                                                hoje um instrumento bastante poderoso que permitirá implantar um processo contínuo de
estabelecidos que são:
                                                                                                planejamento.
      o diagnóstico da situação atual da demanda e oferta dos transportes da RMRJ;
                                                                                                Deve-se ressaltar que a consolidação deste Plano dar-se-á após um amplo processo de
      a formulação de alternativas que visem a racionalização do sistema de transporte da       discussão das propostas com a sociedade, de maneira a se tornar uma peça que reflita
      RMRJ, com especial ênfase à política de integração intermodal física e tarifária;         efetivamente os anseios da comunidade de transportes e, conseqüentemente, da população
      a formulação de uma política de investimentos em infra-estrutura viária e nos             da RMRJ.
      transportes coletivos;                                                                          Diretrizes do Plano
      o fornecimento de um instrumental que permita implementar um processo                     Foram estabelecidas as diretrizes que nortearam o desenvolvimento deste Plano para os
      permanente de planejamento.                                                               seguintes modelos presentes em um sistema de transporte urbano:
      Como foi realizado                                                                              Modelo Operacional: diretrizes voltadas à operação e gestão dos serviços de
O modelo adotado para organização dos trabalhos considerou três aspectos importantes:                 transporte público, refletindo o compromisso com a convivência harmônica e
atender aos objetivos gerais do Plano, conforme apresentado acima, detectar os anseios da             complementar dos diferentes modos e das sub-redes existentes;
comunidade de transportes e consolidar as políticas de transporte de cada administração e             Modelo de Infra-estrutura de Transporte: diretrizes voltadas à priorização e a
órgão envolvido no sistema da RMRJ.                                                                   viabilização da articulação entre os diversos sistemas de transporte coletivo;
Dentro dessa abordagem, o Plano Diretor de Transporte foi realizado seguindo um processo              Modelo Tecnológico: diretrizes focadas na implantação de um sistema integrado de
de trabalho onde interagem ações de natureza executiva e técnica, com as de caráter de                transportes;
participação dos diversos representantes da administração pública e da sociedade, no
                                                                                                      Modelo Tarifário: diretrizes para a viabilização de uma rede única de transporte
conhecimento das realidades, desejos e políticas de transporte e desenvolvimento urbano.
                                                                                                      coletivo integrada e tarifas justas;
Inicialmente foi realizado um amplo levantamento de dados e informações existentes nos
órgãos públicos quanto à infra-estrutura de transporte atual, bem como estudos já                     Modelo Institucional: diretrizes para a ordenação e participação dos diversos órgãos
elaborados para a RMRJ e específicos para os municípios que a compõem. Alguns destes                  envolvidos na operação do sistema de transporte;
trabalhos tiveram inclusive parte de seu conteúdo resgatado como apoio ao                             Modelo de Infra-estrutura Viária: diretrizes voltadas para a seleção de projetos
desenvolvimento do Plano.                                                                             visando atender as futuras demandas e o partilhamento entre os transportes
Além destas informações existentes, foi essencial a execução de um extenso programa de                individual e coletivo.



                                                                                                                                                                Consórcio: Logit-Oficina-JGP
As alternativas pensadas                                                                        Alternativa T5 e TR6: inclui o corredor de ônibus T5 e corredor troncal de ônibus TR6
Inicialmente, foram resgatados todos os projetos e estudos já elaborados e que de alguma              no lugar da Linha 6 do Metrô;
maneira foram objeto de discussão ao longo das últimas décadas. A partir deste inventário             Alternativa Investimento Mínimo: considera, em relação à situação atual, a
de intervenções e do prognóstico relativo aos cenários futuros de desenvolvimento da                  complementação da Linha 2 (trecho Estácio-Praça XV), a implantação da Linha 3 do
RMRJ, foram definidas as propostas de alternativas para o sistema de transporte urbano da             Metrô excetuando a travessia sob a Baía da Guanabara, a otimização do sistema
Região Metropolitana.                                                                                 ferroviário e um sistema de corredores de ônibus no lugar das Linhas 4, 5 e 6 do
Para tanto, foram necessárias análises de planos anteriores além de se buscar o                       Metrô. No sistema viário a principal intervenção se refere ao Anel Viário do município
conhecimento de especialistas que há longos anos atuam e acompanham a evolução dos                    do Rio de Janeiro;
transportes na região, sendo selecionadas as intervenções que de alguma forma têm                     Alternativa Investimento Mínimo – Transporte Coletivo: refere-se à alternativa
impactos na Região Metropolitana. A esta lista de proposições foram ainda acrescentadas               anterior sem os investimentos no sistema viário.
novas soluções previstas que envolvem, principalmente, o sistema de transporte por ônibus.
                                                                                                      A programa de investimentos
As alternativas foram formuladas levando-se em consideração as diretrizes do Plano, em
                                                                                                O programa de investimentos foi fruto de um longo processo de simulações, análises e
particular, os de rede única e de integração físico-tarifária, e a montagem de um conjunto
                                                                                                avaliação dos resultados das alternativas nos anos-horizonte do Plano de 2008 e 2013.
de projetos que se complementam, formando um sistema coerente de intervenções. Nesse
sentido, foram definidas sete alternativas que representam, basicamente, variações quanto       Assim os projetos foram classificados e priorizados de acordo com os prazos para a
ao porte de investimentos e ao teste de soluções conflitantes.                                  implantação em curto (2008), médio (2013) e longo prazo (além de 10 anos).

Todas as alternativas consideraram as redes ferroviárias e metroviárias como sistemas           O programa prevê, também, ações que são fundamentais na implantação do Plano
estruturantes, e as redes de ônibus, nos eixos onde existe um sistema estrutural, foram         contemplando aspectos institucionais, operacionais e tecnológicos assim como aquelas
concebidas como sistemas complementares, operando como tronco-alimentadoras. Para               direcionadas aos modos não-motorizados que não foram objeto deste estudo.
fins de avaliação, uma das alternativas reproduz a implantação de todas as proposições,
considerando as condições atuais de competição plena entre os modos, sem qualquer
política de integração.
Além disso, foi elaborada uma política tarifária baseada no conceito de distância de linhas e
integração entre modos de transporte buscando melhor equilíbrio e mais eqüidade, tanto do
ponto de vista dos usuários quanto dos operadores dos diversos sistemas de transporte.
As alternativas foram identificadas como:

      Alternativa Investimento Pleno: inclui uma rede básica de metrô com a implantação
      das seis linhas previstas e o projeto TransPAN (sistema sobre trilhos concebido para
      o atendimento aos Jogos Panamericanos e acesso aos aeroportos), a otimização do
      sistema ferroviário, um sistema tronco-alimentado de ônibus e nova política tarifária.
      Com relação aos investimentos viários são consideradas todas as intervenções de
      natureza metropolitana;

      Alternativa Sem Integração: refere-se à alternativa anterior, com a situação de
      competição entre os modos e política tarifária sem integração como ocorre
      atualmente.

      Alternativa Linha 6: refere-se ao de Investimento Pleno sem considerar o projeto
      TransPAN;

      Alternativa TransPAN: refere-se ao projeto TransPAN no lugar das Linhas 5 e 6 do
      Metrô;



   Consórcio: Logit-Oficina-JGP
A população da RMRJ, de acordo com o recenseamento do IBGE realizado no ano de 2000,
                                somava 10.894.756 habitantes, tendo sido estimado para o ano de 2003 uma população de
                                11,28 milhões de habitantes, distribuídos entre os 20 municípios que compõem a área
                                metropolitana.
                                A Tabela 1.1 contém a relação destes municípios e a Figura 1.1 apresenta a respectiva
                                abrangência da RMRJ.
                                Tabela 1.1 - Relação dos municípios da RMRJ
                                                                                           Municípios
                                1.   Belford Roxo            6.   Japeri                         11. Nilópolis                              16. Rio de Janeiro
                                2.   Duque de Caxias         7.   Magé                           12. Niterói                                17. São Gonçalo
                                3.   Guapimirim              8.   Mangaratiba                    13. Nova Iguaçu                            18. São João de Meriti
                                4.   Itaboraí                9.   Maricá                         14. Paracambi                              19. Seropédica
                                5.   Itaguaí                 10. Mesquita                        15. Queimados                              20. Tanguá




                                Figura 1.1 – Região Metropolitana do Rio de Janeiro



                                                                                                                                                               Guapimirim


                                                                  Paracambi                                                               Magé
                                                                                                               Duque de Caxias

                                                                                  Japeri     Nova Iguaçu


                                                                                                           Belford
                                                                                 Queimados                  Roxo                 Baía de Guanabara
                                                                                                                                                                            Itaboraí
                                                                    Seropédica                             S. João
                                                                                                Mesquita                                                                                        Tanguá
                                                                                                           de Meriti
                                                                                                  Nilópolis                                          São Gonçalo


1 DEMANDA                                              Itaguaí
                                                                                                                                                                                       Maricá
                                     Mangaratiba                                                                                                     Niterói
                                                                                                Rio de Janeiro




                                                                                                      OCEANO ATLÂNTICO




                                Somente o Município do Rio de Janeiro reúne 53,8% da população total da RMRJ. Se forem
                                somados os resultados referentes à Nova Iguaçu, São Gonçalo e Duque de Caxias, verifica-
                                se que apenas estes quatro municípios concentram cerca de 77,5% da população
                                metropolitana.



                                                                                                                                                                                                         1-1
 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
Os maiores incrementos populacionais observados a partir de 1996 cabem também a estes        Tabela 1.2 – Relação de macrozonas da RMRJ
municípios, apesar das maiores taxas de crescimento da população serem observadas nos        Macrozona   Nome                   Municípios
anéis mais periféricos como Maricá, Mangaratiba, Seropédica, Itaguaí, Tanguá e Japeri.           1       Centro                 Rio de Janeiro
Cabe destacar ainda que no Município do Rio de Janeiro o incremento populacional vem             2       Sul                    Rio de Janeiro
ocorrendo majoritariamente nos subúrbios e nas comunidades.                                      3       Praça Mauá – Caju      Rio de Janeiro
                                                                                                 4       Tijuca – Vila Izabel   Rio de Janeiro
Sob o aspecto econômico verifica-se que estes mesmos municípios que detêm maior
                                                                                                 5       Zona da Central        Rio de Janeiro
população, acrescidos de Niterói, São João de Meriti e Belford Roxo, são também aqueles de
                                                                                                 6       Jacarepaguá            Rio de Janeiro
maior expressão econômica dentro da RMRJ, revelado pelas maiores receitas, consumo de            7       Norte                  Rio de Janeiro
energia elétrica e de evolução das atividades em geral.                                          8       Barra – Recreio        Rio de Janeiro
                                                                                                 9       Oeste – Rio            Rio de Janeiro
Comparando-se estes dados de perfil demográfico e econômico da RMRJ com o uso e
                                                                                                 10      Niterói                Niterói
ocupação do solo metropolitano é possível concluir que a distribuição territorial da
                                                                                                 11      São Gonçalo            São Gonçalo
população e das atividades, tanto industrial quanto comercial e de prestação de serviços,
                                                                                                 12      Extremo – Leste        Itaboraí, Tanguá e Maricá
está fortemente concentrada nos municípios historicamente mais ricos e de maior atividade        13      Fundo – Baía           Magé e Guapimirim
econômica. Essa predominância está essencialmente associada ao desenvolvimento da                14      Duque de Caxias        Duque de Caxias
mancha urbana, estruturada sobre os eixos ferroviários da região, o principal indutor da         15      Baixada – Leste        S.J. de Meriti e Belford Roxo
ocupação da metrópole fluminense.                                                                16      Baixada – Oeste        Nova Iguaçu, Nilópolis, Mesquita, Japeri e Queimados
                                                                                                 17      Extremo – Oeste        Paracambi, Seropédica, Itaguaí e Mangaratiba
É fundamental ressaltar a grande importância destes municípios para a RMRJ, com ênfase
especial para o Rio de Janeiro, que apresenta mais da metade dos empregos da região,
sendo que 1/3 está na zona oeste e nas porções norte e oeste da mancha urbanizada.           Figura 1.2 – Macrozonas da RMRJ
Outros 10% estão nos municípios de Niterói e São Gonçalo, na porção leste da baía.

Estas características próprias da RMRJ fazem com que sejam efetuadas, por dia, cerca de
19,9 milhões de viagens compreendendo todos os modos de transporte. Considerando
apenas os modos motorizados são 12,5 milhões de viagens. Estes números foram extraídos
da Pesquisa Origem-Destino realizada em 2003 (ver Anexo).

A análise dos resultados da Pesquisas Origem-Destino retrata como são estes
deslocamentos da população, tendo em vista suas peculiaridades como a localização do
domicílio, classe social, faixa etária, gênero, forma de locomoção, motivos das viagens,
dentre outras informações.

Os dados obtidos nas pesquisas são um importante ferramental para o entendimento de
como a população na RMRJ se move, identificando e quantificando a demanda por
transporte em seus diferentes aspectos.

Para a identificação e análise da demanda atual por transporte na RMRJ foram definidas 17
macrozonas, sendo 9 no Município do Rio de Janeiro e 8 que representam os demais
municípios.

A Tabela 1.2 apresenta a correspondência desse zoneamento utilizado, enquanto as Figuras
1.2 e 1.3 mostram as macrozonas consideradas.




1-2
                                                                                                                                                                 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
Figura 1.3 – Macrozonas do Município do Rio de Janeiro                                        O sistema alternativo constituído pelas vans, reguladas ou não pelo poder público, foi
                                                                                              identificado através de pesquisas específicas, uma vez que os usuários fazem uso de forma
                                                                                              semelhante ao do sistema ônibus, em razão destes apresentarem, em geral, o mesmo
                                                                                              percurso e a mesma tarifa.

                                                                                              Como muitas das viagens são realizadas com mais de um modo, utiliza-se o conceito de
                                                                                              modo principal que expressa aquele em que o usuário consumiu maior tempo no percurso.

                                                                                              1.1.1 Uso geral dos modos
                                                                                              A distribuição das viagens da população na RMRJ, segundo o modo de transporte principal,
                                                                                              conforme apresentado na Tabela 1.1.1, mostra que os modos a pé e ônibus reúnem a maior
                                                                                              parcela das viagens, com quase 67% do total.

                                                                                              Considerando isoladamente, o deslocamento a pé representa 33,85% do total das viagens,
                                                                                              seguido do sistema de ônibus municipal, com 26,39%. Em terceiro lugar está o condutor de
                                                                                              auto com 10,58% das viagens.

                                                                                              Tabela 1.1.1 – Viagens realizadas por modo principal
                                                                                              Modo principal                   Viagens realizadas      (%)
                                                                                              A pé                                     6.740.688         33,85
                                                                                              Ônibus municipal                         5.254.848         26,39
                                                                                              Ônibus intermunicipal                    1.331.894           6,69
                                                                                              Transporte alternativo                   1.630.985           8,19
                                                                                              Condutor de auto                         2.106.591         10,58
                                                                                              Passageiro de auto                         863.043           4,33
                                                                                              Bicicleta / Ciclomotor                     645.510           3,24
Além do agrupamento das zonas internas foi definido um território denominado “Externo”        Metrô                                      355.404           1,78
                                                                                              Trem                                       303.578           1,52
para identificar todos os municípios fora da RMRJ. Este procedimento é necessário para        Transporte escolar                         190.262           0,96
representar a parcela de viagens em que uma das pernas (origem ou destino) se localiza        Táxi                                       139.109           0,70
fora da Região Metropolitana.                                                                 Motocicleta                                100.922           0,51
                                                                                              Transporte fretado                          92.150           0,46
                                                                                              Barco / Aerobarco / Catamarã                82.091           0,41
                                                                                              Ônibus executivo                            47.233           0,24
1.1 Divisão modal                                                                             Caminhão                                    29.448           0,15
                                                                                              Bonde                                         2.195          0,01
As viagens na RMRJ são realizadas através de formas e combinações diferenciadas em
                                                                                              Total                                   19.915.954        100,00
função dos modais de transporte existentes. As viagens são classificadas em motorizadas e
não motorizadas.

Considerando o modo motorizado, encontram-se em operação na atual rede, os sistemas           Através do Gráfico 1.1.1, que representa a participação de cada modo no total de viagens do
metroviário, ferroviário, hidroviário, por ônibus, bonde, transporte alternativo, automóvel   sistema de transporte na RMRJ, é possível visualizar esta distribuição desequilibrada entre
particular, táxis, motocicletas, transporte escolar, transporte fretado, caminhão e outras    as opções existentes.
opções não convencionais. No modo não motorizado são considerados os deslocamentos a
pé e por bicicleta.




                                                                                                                                                                                      1-3
   Consórcio: Logit-Oficina-JGP
Gráfico 1.1.1 – Participação dos modos de transporte no total de viagens
                                                                                                                         1.1.3 Divisão em transporte coletivo, individual e não motorizado
                                    Transporte fretado
          Transporte escolar
                                          0,5%             B arco /A ero barco /Catam                                    Outra forma de análise das viagens verificadas é através da classificação entre as
                                           Motocicleta               0,4%         Ônibus excutivo
                1,0%
                                                0,5%                                   0,2%                              motorizadas e não motorizadas. No caso da demanda por transporte motorizado se
                 Trem                               Táxi
                 1,5%                              0,7%
                                                                             Caminhão                                    enquadram as viagens pelo modo coletivo e pelo modo individual, que representam cerca de
                                                                               0,1%
                Metrô
                1,8%
                                                                                         Bonde
                                                                                         0,01%
                                                                                                                         63% do total.
           Bicicleta/Ciclomotor
                    3,2%                                                                                                 Com menor participação está o modo não motorizado, constituído pelas viagens a pé e por
           Passageiro de auto
                                                                                                     A pé
                                                                                                                         bicicleta, que somam 37% em relação ao total geral, conforme pode ser observado na Tabela
                 4,3%
                                                                                                    33,8%                1.1.3 apresentada na seqüência.
            Condutor de auto
                10,6%                                                                                                    No Gráfico 1.1.2 é possível visualizar esta diferença marcante na participação entre as
                                                                                                                         viagens motorizadas e não motorizadas na RMRJ.

                                                                                                                         Tabela 1.1.3 – Viagens segundo o modo motorizado e não motorizado
           Transporte alternativo
                   8,2%                                                                                                                                                            Viagens
                                                                                                                                       Modo de transporte                         realizadas    (%)
                                                                                                                                             Transporte coletivo                  9.290.642     46,6
                   Ônibus intermunicipal
                           6,7%                                                                                          Motorizado          Transporte individual                3.239.113     16,3
                                                                                                                                             A pé                                 6.740.688     33,8
                                                                      Ônibus municipal                                   Não motorizado      Bicicleta                             645.510       3,2
                                                                           26,4%
                                                                                                                         Total geral                                              19.915.954   100,0



1.1.2 Transbordos realizados                                                                                             Gráfico 1.1.2 – Viagens segundo modo motorizado e não motorizado
As viagens no meio urbano entre um local de origem e um destino nem sempre conseguem
ser realizadas com apenas um único deslocamento. Em grande parte das viagens efetuadas                                             não
                                                                                                                                motorizado
na RMRJ, os usuários têm necessidade de efetuar transbordos ao longo do percurso para
                                                                                                                                   37%
alcançar o destino pretendido. Isto pode ocorrer utilizando um mesmo modo de transporte
ou combinando dois ou mais. Uma viagem, portanto, pode ser uma soma de deslocamentos.

Quando se considera o total de viagens e todos os deslocamentos verificados, é possível                                                                              motorizado
identificar o coeficiente de transbordos realizados pela população em cada sistema de                                                                                   63%

transporte, conforme é apresentado na Tabela 1.1.2 a seguir.

Tabela 1.1.2 – Coeficiente de transbordo por sistema de transporte
                                                                               Sistema sobre trilhos e
           Item                               Sistema Ônibus                                                  Total
                                                                                      barcas                             Ao se analisar apenas o modo motorizado, conforme resultados apresentados na Tabela
Viagens                                            8.212.162                               741.074          8.958.800    1.1.4 e Gráfico 1.1.3, verifica-se que ocorre na Região Metropolitana uma ampla
Deslocamentos                                      9.738.579                               830.045          10.574.156
                                                                                                                         predominância na utilização do transporte coletivo, com cerca de 74% em relação ao total,
                                                                                                                         em comparação com o transporte individual que é de 26%.
Coeficiente de transbordo                              1,19                                  1,12              1,18
                                                                                                                         Estes números são significativos tendo em vista que em outras regiões metropolitanas do
                                                                                                                         país, o modo individual tem apresentado grande participação e, em muitos casos, como o
                                                                                                                         de São Paulo, vêm se igualando percentualmente ao modo coletivo.




1-4
                                                                                                                                                                                                   Consórcio: Logit-Oficina-JGP
Tabela 1.1.4 – Divisão modal das viagens motorizadas
                                                        Viagens               Gráfico 1.1.3 – Distribuição das viagens do modo motorizado
Modo de transporte                                                      %
                                                       realizadas
                        Condutor de auto                    2.106.591   64
                        Passageiro de auto                    863.043   26               Transporte
    Transporte                                                                            individual
                        Táxi                                  139.109    4
     individual                                                                              26%
                        Motocicleta                           100.922    3
                        Caminhão                               29.448    1
Total modo individual                                       3.239.113   100
                        Ônibus municipal                    5.302.081   57
                        Ônibus intermunicipal               1.331.894   14
                        Transporte alternativo              1.630.985   18
                        Metrô                                 355.404    4
Transporte coletivo     Trem                                  303.578    3                                             Transporte
                        Transporte escolar                    190.262    2                                              coletivo
                                                                                                                          74%
                        Transporte fretado                     92.150    1
                        Barco / Aerobarco / Catamarã           82.091    1
                        Bonde                                   2.195    0
Total modo coletivo                                         9.290.642   100
                                                                              1.2 Padrão das viagens
                                                                              Os deslocamentos na RMRJ distribuem-se de acordo com as características próprias de
                                                                              cada município e dos serviços de transporte disponibilizados à população.

                                                                              Uma primeira forma de análise é a visualização das trocas de viagens entre municípios,
                                                                              verificando como os deslocamentos se distribuem por sua origem, conforme apresentado na
                                                                              Tabela 1.2.1. Sob esse aspecto, pode-se observar que a maior parte das viagens origina-se
                                                                              no Município do Rio de Janeiro (58,8%), seguido dos municípios de São Gonçalo e Duque
                                                                              de Caxias (com participação bem inferior de 7,5% e 7,1% respectivamente).

                                                                              O município com menor quantidade de viagens é Mangaratiba (com somente 0,1%).

                                                                              Tabela 1.2.1 – Distribuição das viagens segundo o município de origem

                                                                                                            Viagens                                       Viagens
                                                                               Município de Origem                             Município de Origem
                                                                                                       Quantidade      %                             Quantidade      %
                                                                              Rio de Janeiro            11.719.525    58,8    Queimados                 161.369     0,8
                                                                              São Gonçalo                1.490.748     7,5    Mesquita                  155.167     0,8
                                                                              Duque de Caxias            1.423.764     7,1    Itaguaí                   129.687     0,7
                                                                              Nova Iguaçu                  996.444     5,0    Japeri                    117.905     0,6
                                                                              Niterói                      962.292     4,8    Seropédica                 98.468     0,5
                                                                              Belford Roxo                 703.122     3,5    Guapimirim                 78.235     0,4
                                                                              São João de Mereti           669.907     3,4    Paracambi                  58.510     0,3
                                                                              Magé                         404.064     2,0    Mangaratiba                43.443     0,2
                                                                              Itaboraí                     305.790     1,5    Tanguá                     32.287     0,2
                                                                              Nilópolis                    176.299     0,9    Externo                    18.027     0,1
                                                                              Maricá                       170.900     0,9    Total                  19.915.954     100



                                                                              Sob este mesmo aspecto, quando são analisadas as trocas de viagens entre macrozonas,
                                                                              verifica-se que há maior número de viagens com origem nas macrozonas correspondentes a


                                                                                                                                                                          1-5
   Consórcio: Logit-Oficina-JGP
algumas regiões do Município do Rio de Janeiro.
                                                                                     Considerando a distribuição das viagens analisada segundo o meio de transporte (coletivo,
Como pode ser observado na Tabela 1.2.2, a seguir, há um certo equilíbrio entre as   individual e a pé) para o município de origem, os valores são diferenciados, conforme
macrozonas denominadas Oeste-Rio (11,2%), Sul (9,7%), Norte (9,0%) e Baixada-Oeste   apresentado na Tabela 1.2.3.
(8,1%). A menor quantidade de viagens geradas na RMRJ é verificada na macrozona
                                                                                     É o caso, por exemplo, do Município do Rio de Janeiro cuja participação geral é de 58,8%,
Extremo-Oeste (apenas 1,7%).
                                                                                     mas quando analisado em separado, os modos de transporte coletivo e individual são
Tabela 1.2.2 – Distribuição das viagens segundo a macrozona de origem da viagem      proporcionalmente maiores, 61,3% e 67,6% respectivamente, e menor do não motorizado
                              Viagens                                                com 49,6%. A mesma situação ocorre em Niterói que apresenta uma participação geral da
Macrozona de Origem
                        Quantidade       %                                           ordem de 4,8%, sendo para o transporte coletivo 4,5%, o transporte individual 8,6% e não
Oeste-Rio                 2.233.450     11,2                                         motorizados 3,6%.
Sul                       1.925.127      9,7
Norte                     1.796.017      9,0                                         Já em São Gonçalo ocorre o inverso. A participação geral do município é de 7,5%, enquanto
Baixada-Oeste             1.607.084      8,1                                         que a parcela de viagens no transporte coletivo corresponde a 6,6%, o transporte individual
São Gonçalo               1.490.748      7,5                                         a 6,0% e não motorizado a 9,3%. Situação similar é observada praticamente na maioria dos
Duque de Caxias           1.423.589      7,1                                         demais municípios fluminenses.
Baixada-Leste             1.373.029      6,9
Pça. Mauá-Caju            1.196.516      6,0                                         Tabela 1.2.3 – Distribuição das viagens por modo de transporte segundo o
Centro                    1.157.542      5,8                                         município de origem
Zona da Central           1.140.872     5,7
Niterói                     962.394      4,8                                                                Não motorizado         Transporte Coletivo    Transporte Individual
                                                                                      Município de origem
Jacarepaguá                 911.166      4,6                                                                Viagens          %       Viagens        %        Viagens         %
Tijuca-Vila Izabel          729.126      3,7                                         Belford Roxo             358.299    4,9           304.221     3,3         40.602       1,2
Barra-Recreio               629.912      3,2
                                                                                     Duque de Caxias          633.202    8,6           621.472     6,7        169.090       5,1
Extremo-Leste               508.936      2,6
Fundo-Baia                  482.298      2,4                                         Guapimirim                60.768    0,8            14.338     0,2           3.128      0,1
Extremo-Oeste               330.108      1,7                                         Itaboraí                 158.699    2,1           116.965     1,3         30.126       0,9
Externa                      18.039      0,1                                         Itaguaí                   71.632        1,0        37.194     0,4         20.860       0,6
Total                    19.915.954     100
                                                                                     Japeri                    73.717    1,0            35.676     0,4           8.512      0,3
                                                                                     Magé                     283.942    3,8           103.080     1,1         17.042       0,5
                                                                                     Mangaratiba               28.176    0,4            11.718     0,1           3.549      0,1
                                                                                     Maricá                    71.141    1,0            75.500     0,8         24.259       0,7
                                                                                     Mesquita                  65.890        0,9        72.015     0,8         17.263       0,5
                                                                                     Nilópolis                 69.474    0,9            90.531     1,0         16.294       0,5
                                                                                     Niterói                  263.604    3,6           415.230     4,5        283.458       8,6
                                                                                     Nova Iguaçu              381.941    5,2           494.544     5,4        119.960       3,6
                                                                                     Paracambi                 37.221        0,5        15.747     0,2           5.542      0,2
                                                                                     Queimados                 90.090        1,2        60.282     0,7         10.998       0,3
                                                                                     Rio de Janeiro         3.662.748    49,6        5.831.329     63,1     2.225.447      67,6
                                                                                     São Gonçalo              684.110    9,3           608.552     6,6        198.086       6,0
                                                                                     São João de Meriti       309.341    4,2           285.012     3,1         75.555       2,3
                                                                                     Seropédica                61.143    0,8            25.852     0,3         11.473       0,3
                                                                                     Tanguá                    20.561    0,3             8.197     0,1           3.529      0,1
                                                                                     Externo                     498         0,0        10.388     0,1           7.140      0,2
                                                                                     Total geral            7.386.199    100         9.237.844     100      3.291.911       100




1-6
                                                                                                                                                           Consórcio: Logit-Oficina-JGP
Ainda na análise do padrão das viagens é possível obter informações da demanda pela
Com base nessa análise constata-se que os municípios economicamente menos
                                                                                                        distribuição entre os municípios considerando os locais de domicílio da população e não os
estruturados apresentam participação mais significativa de viagens não motorizadas do que
                                                                                                        locais de origem. Os resultados dessa distribuição são apresentados na Tabela 1.2.5, sendo
os municípios mais ricos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que ao contrário,
                                                                                                        muito próximos dos resultados mostrados na Tabela 1.2.3 já comentada anteriormente.
apresentam maior porcentual de viagens pelo transporte individual.
                                                                                                        Como diagnosticado, não há alteração significativa em termos de participação relativa dos
Considerando o mesmo tipo de análise para as macrozonas, conforme totais e porcentual
                                                                                                        municípios. O Rio de Janeiro, por exemplo, é responsável por 49,5% das viagens não
apresentado na Tabela 1.2.4, observa-se que algumas macrozonas contam com variações
                                                                                                        motorizadas, 57,1% das viagens por transporte coletivo e 66,4% das viagens de transporte
significativas nos modos não motorizado, no transporte coletivo e no transporte individual
                                                                                                        individual.
com relação ao verificado na avaliação geral.
                                                                                                        Tabela 1.2.5 – Distribuição das viagens por modo de transporte segundo o
A macrozona Sul, por exemplo, que tem como origem 9,7% do total de deslocamentos da
                                                                                                        domicílio de origem por município
RMRJ, quando analisado os modos em separado, constata-se que o transporte individual é
o mais expressivo, com participação de 15,9% e coletivo de 9,9%. Na macrozona Niterói                                               Não motorizado     Transporte coletivo    Transporte individual
                                                                                                            Município de origem
ocorre situação parecida com porcentuais menores.                                                                                  Viagens      %       Viagens         %      Viagens         %
                                                                                                        Belford Roxo                363.894     4,9      427.847      4,6        54.671       1,7
Já na Oeste-Rio é verificada uma participação geral de 11,2%, enquanto o modo não
                                                                                                        Duque de Caxias             638.681    8,6       693.742      7,5       164.228       5,0
motorizado é 14,2%, o transporte coletivo 9,8% e o transporte individual 8,5%. Grande
                                                                                                        Guapimirim                   61.678    0,8        14.507      0,2         3.585       0,1
parte das macrozonas mais periféricas apresenta distribuição parecida, como é o caso da                 Itaboraí                    155.379    2,1       129.628      1,4        33.052       1,0
Baixada-Leste, São Gonçalo, Duque de Caxias, dentre outras.                                             Itaguaí                      72.304     1,0       43.297       0,5       23.114        0,7
                                                                                                        Japeri                       75.305    1,0        53.103      0,6         9.102       0,3
Tabela 1.2.4 – Distribuição das viagens por modo de transporte segundo a
                                                                                                        Magé                        281.625    3,8       106.561      1,2        16.852       0,5
macrozona de origem
                                                                                                        Mangaratiba                  28.176    0,4        13.080       0,1        6.515       0,2
                                Não motorizado          Transporte Coletivo    Transporte Individual    Maricá                       70.295    1,0        77.673      0,8        21.624       0,7
  Macrozona de origem
                                 Viagens          %       Viagens         %       Viagens         %     Mesquita                     65.515     0,9      117.583       1,3       18.760       0,6
                                                                                                        Nilópolis                    67.646    0,9       113.043      1,2        21.792       0,7
Baixada-Leste                        667.639     9,0       589.233       6,4       116.157        3,5
                                                                                                        Niterói                     258.762    3,5       363.788      3,9       239.383       7,3
Baixada-Oeste                        681.112     9,2       752.947       8,2       173.026        5,3
                                                                                                        Nova Iguaçu                 379.372    5,1       547.296      5,9       126.547       3,8
Barra-Recreio                         89.844     1,2       329.195       3,6       210.873        6,4
                                                                                                        Paracambi                    37.098    0,5        14.071      0,2         5.627       0,2
Centro                               216.975     2,9       786.253       8,5       154.314        4,7   Queimados                    90.690    1,2        72.081       0,8       12.443        0,4
Duque de Caxias                      633.202     8,6       621.297       6,7       169.090        5,1   Rio de Janeiro            3.653.306    49,5    5.275.329      57,1    2.185.995       66,4
Extremo-Leste                        250.402     3,4       200.620       2,2        57.914        1,8   São Gonçalo                 694.309    9,4       742.022      8,0       255.868       7,8
Extremo-Oeste                        198.173     2,7        90.512       1,0        41.424        1,3   São João de Meriti          310.130    4,2       391.093      4,2        76.545       2,3
Fundo-Baia                           344.711     4,7       117.418       1,3        20.169        0,6   Seropédica                   61.037    0,8        30.331      0,3        11.832       0,4
Jacarepaguá                          264.458     3,6       455.668       4,9       191.039        5,8   Tanguá                       20.996    0,3        11.770       0,1        4.374        0,1
Niterói                              263.604     3,6       415.344       4,5       283.445        8,6   Total geral               7.386.199    100,0   9.237.844      100,0   3.291.911       100,0
Norte                                637.825     8,6       846.466       9,2       311.726        9,5
Oeste-Rio                       1.045.806        14,2      909.117       9,8       278.528        8,5
Pça. Mauá-Caju                       394.499     5,3       623.550       6,7       178.468        5,4   Utilizando o mesmo tipo de análise para a distribuição das viagens em função do modo de
São Gonçalo                          684.110     9,3       608.552       6,6       198.086        6,0   transporte segundo o domicílio de origem por macrozona, constata-se que algumas
Sul                                  489.362     6,6       911.298       9,9       524.467       15,9   macrozonas têm como característica serem mais atratoras do que geradoras de viagens, ou
Tijuca-Vila Izabel                   215.403     2,9       343.458       3,7       170.266        5,2   seja, contam com indústrias, serviços e comércio expressivo. Por exemplo, a macrozona
Zona da Central                      308.577     4,2       626.529       6,8       205.766        6,3   Centro que gera um total de 8,5 % de viagens por transporte coletivo e 4,7% por transporte
Externa                                 498      0,0        10.388       0,1          7.152       0,2   individual, conforme já apresentado na Tabela 1.2.4, os domicílios desta mesma macrozona
Total geral                     7.386.199        100     9.237.844       100     3.291.911       100    geram apenas 2,1% e 0,9% de viagens, respectivamente, por estes modos, como mostrado
                                                                                                        na Tabela 1.2.6 a seguir.




                                                                                                                                                                                                      1-7
      Consórcio: Logit-Oficina-JGP
Tabela 1.2.6 – Distribuição das viagens por modo de transporte segundo o                          Tabela 1.2.7 – Distribuição de viagens internas e externas por município
domicílio de origem por macrozona                                                                                                                 Viagens (%)
                                                                                                       Município           Motorizadas         Transporte coletivo   Transporte individual
                               Não motorizado     Transporte coletivo     Transporte individual
      Município de origem                                                                                              Externas    Internas   Externas    Internas   Externas Internas
                              Viagens       %       Viagens        %       Viagens          %     Belford Roxo            54          46         57          43         43          57
Baixada-Leste                674.023       9,1     818.939         8,9    131.216          4,0    Duque de Caxias         30          70         33          67         24          76
                                                                                                  Guapimirim              23          77         50          50          4          96
Baixada-Oeste                678.528       9,2     903.107         9,8    188.645          5,7
                                                                                                  Itaboraí                39          61         50          50         12          88
Barra-Recreio                 87.180       1,2     206.949        2,2     208.888          6,3    Itaguaí                 29          71         37          63         20          80
Centro                       183.554       2,5     196.338         2,1     30.704          0,9    Japeri                  49          51         68          32         13          87
Duque de Caxias              638.681       8,6     693.742        7,5     164.228          5,0    Magé                    25          75         39          61          9          91
Extremo-Leste                246.671       3,3     219.071        2,4      59.050          1,8    Mangaratiba             17          83         15          85         22          78
                                                                                                  Maricá                  24          76         26          74         20          80
Extremo-Oeste                198.615       2,7     100.779        1,1      47.087          1,4
                                                                                                  Mesquita                72          28         74          26         66          34
Fundo-Baia                   343.302       4,6     121.068        1,3      20.437          0,6    Nilópolis               54          46         54          46         50          50
Jacarepaguá                  270.494       3,7     542.290        5,9     225.352          6,8    Niterói                 36          64         37          63         34          66
Niterói                      258.762       3,5     363.788        3,9     239.383          7,3    Nova Iguaçu             29          71         30          70         27          73
Norte                        640.767       8,7    1.010.602       10,9    326.987          9,9    Paracambi               29          71         50          50         10          90
                                                                                                  Queimados               48          52         53          47         31          69
Oeste-Rio                   1.048.435      14,2   1.091.694       11,8    285.436          8,7
                                                                                                  Rio de Janeiro           8          92          8          92          6          94
Pça. Mauá-Caju               402.082       5,4     574.624        6,2     151.479          4,6    São Gonçalo             33          67         37          63         24          76
São Gonçalo                  694.309       9,4     742.022        8,0     255.868          7,8    São João de Meriti      51          49         51          49         50          50
Sul                          489.048       6,6     679.288         7,4    527.435         16,0    Seropédica              29          71         46          54         14          86
Tijuca-Vila Izabel           228.514       3,1     332.912        3,6     192.459          5,8    Tanguá                  41          59         69          31         18          82
Zona da Central              303.232       4,1     640.632        6,9     237.256          7,2    Total geral             19          81         20          80         15          85

Total geral                 7.386.199     100,0   9.237.844      100,0   3.291.911        100,0
                                                                                                  Na análise da distribuição das viagens externas observa-se que em alguns municípios é
                                                                                                  grande a dependência pelo sistema de transporte público metropolitano. É o caso, por
Outra forma de análise adotada é verificar a distribuição das viagens entre internas e
                                                                                                  exemplo, de Mesquita, Tanguá, Japeri, Belford Roxo, Nilópolis e Queimados que, se
externas a cada município, de acordo com resultados apresentados na Tabela 1.2.7. Esta
                                                                                                  considerados somente os deslocamentos por transporte coletivo, as viagens externas ao
análise permite avaliar o grau de independência de cada município obtido pela porcentagem
                                                                                                  município correspondem a mais de 50% do total realizado.
de viagens internas a ele.

Neste sentido, verifica-se que aqueles com mais viagens externas são os de Mesquita,
Belford Roxo, Nilópolis, São João de Meriti e Japeri, caracterizando-os como os que               1.3 Mobilidade
possuem maior dependência de outros municípios, destacando o fato de que todos estão
                                                                                                  Considerando os resultados da Pesquisa Origem-Destino e a população estimada para o
localizados ao longo de corredores ferroviários da RMRJ. O Município do Rio de Janeiro,
                                                                                                  ano 2003, verifica-se que as viagens diárias realizadas na Região Metropolitana
como era de se esperar, é o que possui maior porcentagem de viagens internas, portanto,
                                                                                                  representam uma mobilidade geral de 1,77 viagem/habitante/dia. Este índice é
aquele que tem maior independência em relação aos demais.
                                                                                                  diferenciado quando a análise compreende variáveis específicas como é o caso da
                                                                                                  mobilidade por município, gênero, idade, escolaridade e renda da população, conforme
                                                                                                  detalhado nos itens a seguir.




1-8
                                                                                                                                                                          Consórcio: Logit-Oficina-JGP
Tabela 1.3.2 – Índice de mobilidade por município da RMRJ (viagens motorizadas)
1.3.1 Mobilidade geral
Da análise realizada com base na distribuição das viagens e da população estimada para                Município     Viagens         %     Habitantes               %          Índice de mobilidade
cada um dos municípios que compõe a RMRJ, é possível verificar o índice de mobilidade
                                                                                              Belford Roxo             344.823 2,8             472.458         4,2                    0,73
geral por município, considerando todos os modos de transporte existentes. A Tabela 1.3.1
                                                                                              Duque de Caxias          790.562 6,3             814.954         7,2                    0,97
apresenta estes índices para os 20 municípios da RMRJ, onde pode ser observado que            Guapimirim                17.466 0,1              41.966         0,4                    0,42
alguns contam com mobilidade acima da média global e outros bem abaixo. Rio de Janeiro        Itaboraí                 147.091 1,2             197.816         1,8                    0,74
e Niterói, por exemplo, têm índice superior à média, de 1,86 e 1,84 respectivamente. No       Itaguaí                   58.054 0,5              90.641         0,8                    0,64
caso de Mesquita, ao contrário, o índice de mobilidade é de 1,25, similar a Nilópolis, Nova   Japeri                    44.188 0,4              90.128         0,8                    0,49
                                                                                              Magé                     120.121 1,0             218.888         1,9                    0,55
Iguaçu, Queimados e Paracambi municípios situados mais distante da cidade do Rio de
                                                                                              Mangaratiba               15.267 0,1              27.725         0,2                    0,55
Janeiro na Baixada Fluminense.                                                                Maricá                    99.759 0,8              87.166         0,8                    1,14
Tabela 1.3.1 – Índice de mobilidade por município da RMRJ (todos os modos em                  Mesquita                  89.278 0,7             161.927         1,4                    0,55
viagem/habitante/dia)                                                                         Nilópolis                106.825 0,9             158.744         1,4                    0,67
                                                                                              Niterói                  698.688 5,6             467.461         4,1                    1,49
                                                                   Índice de                  Nova Iguaçu              614.503 4,9             801.310         7,1                    0,77
     Município            Viagens      %      Habitantes    %
                                                                   mobilidade                 Paracambi                 21.289 0,2              41.766         0,4                    0,51
Belford Roxo                846.412    4,2       472.458    4,2      1,79                     Queimados                 71.280 0,6             130.872         1,2                    0,54
Duque de Caxias           1.496.651    7,5       814.954    7,2      1,84                     Rio de Janeiro         8.056.776 64,3          5.983.804         53,0                   1,35
Guapimirim                   79.769    0,4        41.966    0,4      1,90                     São Gonçalo              806.638 6,4             933.324         8,3                    0,86
Itaboraí                    318.059    1,6       197.816    1,8      1,61                     São João de Mereti       360.567 2,9             457.618         4,1                    0,79
Itaguaí                     138.715     0,7       90.641    0,8      1,53                     Seropédica                37.325 0,3              73.049         0,6                    0,51
Japeri                      137.510    0,7        90.128    0,8      1,53                     Tanguá                    11.726 0,1              28.173         0,2                    0,42
Magé                        405.038    2,0       218.888    1,9      1,85                     Total geral           12.529.755 100,0        11.279.789         100                    1,11
Mangaratiba                  47.771     0,2       27.725     0,2     1,72
Maricá                      169.592    0,9        87.166    0,8      1,95
Mesquita                    201.859    1,0       161.927    1,4      1,25                     Considerando a distribuição das viagens e da população por macrozona, conforme
Nilópolis                   202.481    1,0       158.744    1,4      1,28                     apresentado na Tabela 1.3.3, a análise mostra que a macrozona Barra-Recreio é a que
Niterói                     861.934    4,3       467.461    4,1      1,84
                                                                                              apresenta o maior índice de mobilidade com 2,91, seguida da macrozona Sul com 2,65. Na
Nova Iguaçu               1.053.215    5,3       801.310    7,1      1,31
Paracambi                    56.796    0,3        41.766    0,4      1,36                     verdade esta situação é decorrente do fato de que a população dessas áreas apresenta,
Queimados                   175.215    0,9       130.872    1,2      1,34                     relativamente, maior poder aquisitivo, possibilitando a realização de maior número de
Rio de Janeiro           11.114.630    55,8    5.983.804    53,0     1,86                     viagens, inclusive para o lazer.
São Gonçalo               1.692.199    3,9       933.324    8,3      1,81
São João de Mereti          777.767    0,5       457.618    4,1      1,70                     Tabela 1.3.3 – Índice de mobilidade por macrozona (todos os modos)
Seropédica                  103.200    8,5        73.049    0,6      1,41
Tanguá                       37.141     0,2       28.173    0,2      1,32                               Macrozona         Viagens          %      Habitantes            %      Índice de mobilidade
Total geral              19.915.954   100,0   11.279.789   100,0     1,77
                                                                                              Baixada-Leste                   1.624.179   8,2           930.076        8,3            1,75
                                                                                              Baixada-Oeste                   1.770.280   8,9          1.342.981       11,9           1,32
                                                                                              Barra-Recreio                    503.017    2,5           172.655        1,5            2,91
Considerando somente as viagens motorizadas, os índices de mobilidade são bem inferiores
                                                                                              Centro                           410.596    2,1           195.323        1,7            2,10
aos acima verificados, conforme apresentado na Tabela 1.3.2. Como pode ser observado, os
                                                                                              Duque de Caxias                 1.496.651   7,5           814.954        7,2            1,84
municípios economicamente mais desenvolvidos são os que apresentam maior índice de                                             524.791    2,6
                                                                                              Extremo-Leste                                             313.155        2,8            1,68
mobilidade, como é o caso, por exemplo, de Niterói e Rio de Janeiro com índices,              Extremo-Oeste                    346.482    1,7           233.180        2,1            1,49
respectivamente, de 1,49 e 1,35. Os municípios de Guapimirim e Tanguá, ao contrário, os       Fundo-Baia                       484.808    2,4           260.854        2,3            1,86
índices de mobilidade para as viagens motorizadas são os menores da RMRJ, sendo 0,42          Jacarepaguá                     1.038.136   5,2           524.560        4,7            1,98
para ambos.                                                                                   Niterói                          861.934    4,3           467.461        4,2            1,84
                                                                                              Norte                           1.978.355   9,9          1.202.392       10,7           1,65


                                                                                                                                                                                                      1-9
   Consórcio: Logit-Oficina-JGP
Outra forma de análise que reflete a mobilidade da população é aquela que distingue as
         Macrozona         Viagens             %          Habitantes           %   Índice de mobilidade
                                                                                                          viagens motorizadas e não motorizadas. Sob este aspecto, constata-se que o índice para as
Oeste-Rio                     2.425.565       12,2          1.588.607      14,1           1,53            viagens motorizadas é de 1,11 viagem/habitante/dia, sendo de 0,29 para o transporte
Pça. Mauá-Caju                1.128.185        5,7           597.163       5,3            1,89            individual e 0,82 para o modo coletivo. O índice de mobilidade das viagens não motorizadas
São Gonçalo                   1.692.199        8,5           933.324       8,3            1,81            é de 0,66, sendo 0,06 viagem/habitante/dia a participação do modo bicicleta nessa divisão.
Sul                           1.695.771        8,5           640.051       5,7            2,65            Estes índices são apresentados na Tabela 1.3.5 a seguir.
Tijuca-Vila Izabel                753.885      3,8           366.535       3,3            2,06
                              1.181.120        5,9                                                        Tabela 1.3.5 – Mobilidade das viagens da RMRJ motorizadas e não motorizadas
Zona da Central                                              696.517       6,2            1,70
Total geral                  19.915.954       100,0        11.279.789     100,3           1,77
                                                                                                                           Modo de Transporte                      Mobilidade

                                                                                                                                  Transporte individual               0,29
A análise dos índices de mobilidade, considerando apenas as viagens motorizadas, indica                   Motorizado              Transporte coletivo                 0,82
valores para as macrozonas da RMRJ, conforme mostra a Tabela 1.3.4 a seguir. Sob este                                             Total                               1,11
aspecto, destacam-se as macrozonas Barra-Recreio com índice de 2,33, seguido da Sul com                                           A pé                                0,60
1,88, indicando a maior mobilidade da população nessas áreas, tanto pela maior oferta de                  Não motorizado          Bicicleta                           0,06
                                                                                                                                  Total                               0,66
serviços de transporte, como pela maior taxa de motorização, conseqüência do maior poder
                                                                                                          Total geral                                                 1,77
aquisitivo das pessoas que se deslocam nessas macrozonas.

Tabela 1.3.4 – Índice de mobilidade por macrozona (viagens motorizadas)
      Macrozona        Viagens          %             Habitantes         %         Mobilidade             1.3.2 Mobilidade e gênero
Baixada-Leste           947.865        7,6              930.076         8,2          1,02                 O gênero interfere na mobilidade na medida em que a divisão de tarefas entre os sexos
Baixada-Oeste         1.088.865         8,7           1.342.981         11,9         0,81
                                                                                                          implica em padrões diferentes de deslocamento. Na maior parte das sociedades, inclusive a
Barra-Recreio           401.663        3,2              172.655         1,5          2,33
                                                                                                          brasileira, a mulher adulta casada tem tarefas mais domésticas, ao passo que o homem
Centro                  226.649         1,8             195.323          1,7         1,16
Duque de Caxias         854.188        6,8              814.954         7,2          1,05                 adulto casado tem maior número de tarefas fora de casa. Os dados da RMRJ confirmam um
Extremo-Leste           277.438        2,2              313.155         2,8          0,89                 comportamento típico das sociedades centradas no trabalho. Os resultados da análise
Extremo-Oeste           146.413         1,2             233.180          2,1         0,63                 indicam uma mobilidade geral dos homens da ordem de 1,94 viagem/habitante/dia, ao
Fundo-Baia              139.952        1,1              260.854         2,3          0,54                 passo que a mobilidade feminina é de 1,61. A mobilidade masculina é, portanto, 20% maior
Jacarepaguá             761.794        6,1              524.560         4,7          1,45                 que a feminina.
Niterói                 603.172        4,8              467.461         4,1          1,29
Norte                 1.332.077        10,7           1.202.392         10,7         1,11                 Quando esta diferença é analisada em função do modo motorizado ou não, as relações
Oeste-Rio             1.375.350        11,0           1.588.607         14,1         0,87                 mudam um pouco, conforme mostra a Tabela 1.3.6 e o Gráfico 1.3.1. Pode-se observar que
Pça. Mauá-Caju          721.864        5,8              597.163         5,3          1,21                 a mobilidade feminina é inferior para o uso do transporte motorizado 0,96 contra 1,28
São Gonçalo             994.358        8,0              933.324         8,3          1,07                 viagem/habitante/dia. Em relação ao transporte não motorizado as mobilidades são
Sul                   1.203.966         9,6             640.051          5,7         1,88
                                                                                                          próximas 0,66 contra 0,65 viagem/habitante/dia.
Tijuca-Vila Izabel      523.999         4,2             366.535         3,2          1,43
Zona da Central         877.346        7,0              696.517         6,2          1,26                 Tabela 1.3.6 – Mobilidade segundo o gênero e modo
Total geral          12.476.957        100           11.279.789         100          1,11
                                                                                                                                                   Mobilidade
                                                                                                                  Sexo
                                                                                                                                    Motorizado                  Não motorizado
                                                                                                          Masculino                    1,28                         0,66
                                                                                                          Feminino                     0,96                         0,65
                                                                                                          Total                        1,12                         0,66




1-10
                                                                                                                                                                                 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
Gráfico 1.3.1 – Mobilidade segundo o gênero e modo                                                   Gráfico 1.3.2 – Mobilidade segundo a faixa etária
                                                                                                                    2,5
               2,5

                                                                                                                     2

                2




                                                                                                       Mobilidade
                                                                                                                    1,5
 Mobilidade




               1,5
                                                                                                                     1


                1
                                                                                                                    0,5


               0,5
                                                                                                                     0
                                                                                                                          A té 9 ano s   De 10 a 19 ano s De 20 a 29 ano s De 30 a 39 ano s De 40 a 49 ano s De 50 a 59 ano s   60 ano s o u
                                                                                                                                                                                                                                   mais
                0                                                                                                                                                              Idade
                            M o to rizado              Não M o to rizado         To tal
                                                             Modo                                                           Mobilidade Motorizados                  Mobilidade Não Motorizados                     Mobilidade Total
                     Masculino              Feminino




                                                                                                     1.3.4 Mobilidade e escolaridade
1.3.3 Mobilidade e idade                                                                             O grau de escolaridade da população também interfere na mobilidade, na medida em que
A idade também tem grande relação com a mobilidade na medida em que interfere nas                    está relacionado com a renda.
atividades realizadas. Crianças muito pequenas não saem de casa com freqüência e quando              A Tabela 1.3.8 mostra estes dados para o caso da RMRJ. Pode-se verificar que a mobilidade
o fazem saem acompanhadas. Idosos podem ter baixa mobilidade, seja por dificuldades                  cresce com o aumento do grau de escolaridade. A amplitude varia de um mínimo de 0,82
                                                                                                     viagem/habitante/dia, para o caso de analfabetos, até 3,50 viagens/habitante/dia, para o
físicas, seja por estarem aposentados ou inativos.                                                   caso de estudantes de pós-graduação.
De acordo com dados mostrados na Tabela 1.3.7 e no Gráfico 1.3.2, onde está considerada              Tabela 1.3.8 – Mobilidade segundo a escolaridade
toda a RMRJ, observa-se que a taxa de mobilidade mais alta corresponde à faixa etária dos
                                                                                                     Grau de escolaridade                                                                                    Mobilidade
10 aos 19 anos. No entanto, considerando apenas o modo motorizado, a maior mobilidade
                                                                                                     Analfabeto                                                                                                   0,82
abrange duas faixas etárias próximas, dos 30 aos 39 anos e dos 40 aos 49 anos.
                                                                                                     Pré-escola                                                                                                   1,61
Tabela 1.3.7 – Mobilidade segundo a faixa etária                                                     Fundamental incompleto (1ª e 4ª série)                                                                       1,68
                                                                                                     Fundamental completo (1ª e 4ª série)                                                                         1,46
                                                                             Mobilidade
              Faixa Etária (em anos)                                                                 Fundamental incompleto (5ª e 8ª série)                                                                       1,89
                                                       Motorizados         Não Motorizados   Total   Fundamental completo (5ª e 8ª série)                                                                         1,69
Até 9 anos                                                  0,33                0,90         1,23    Médio incompleto                                                                                             2,16
De 10 a 19 anos                                             1,05                1,25         2,30    Médio completo                                                                                               1,86
De 20 a 29 anos                                             1,32                0,71         2,05    Superior incompleto                                                                                          2,79
De 30 a 39 anos                                             1,44                0,52         1,96    Superior completo                                                                                            2,60
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De 40 a 49 anos                                             1,44                0,40         1,84
                                                                                                     Menor de 7 anos não estudante                                                                                0,15
De 50 a 59 anos                                             1,22                0,43         1,55
                                                                                                     Geral                                                                                                        1,77
60 anos ou mais                                             0,88                0,28         1,16




                                                                                                                                                                                                                                               1-11
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O Plano Diretor de Transporte Urbano da RMRJ: uma solução integrada para a mobilidade

  • 1.
  • 2. REALIZADORES Governadora do Estado do Rio de Janeiro Rosinha Garotinho Secretário de Estado de Transportes Augusto Ariston Presidente da CENTRAL Albuíno Azeredo AGENTES Banco Mundial Logit Engenharia Consultiva Ltda Oficina Engenheiros Consultores Associados Ltda JGP Consultoria e Participações Ltda Abril/2005 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 3. O Plano Diretor de Transporte Urbano da Região Metropolitana do Rio de Janeiro – PDTU/RMRJ foi realizado pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria Estadual dos Transportes – SECTRAN e coordenado pela Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística – CENTRAL. Constitui-se em um importante instrumento orientador das ações em transporte coletivo e individual que deverão ser conduzidas pelo Governo do Estado e prefeituras municipais para atender às necessidades atuais e futuras de mobilidade da população da RMRJ. Este documento tem a finalidade de apresentar os resultados das atividades desenvolvidas ao longo do processo de sua concepção. Os itens apresentados contemplam, inicialmente, a análise do comportamento da demanda, a caracterização da estrutura da prestação dos serviços de transportes e o prognóstico do que deverá acontecer nos horizontes futuros, caso seja mantida a estrutura atual. Do entendimento da situação atual e do prognóstico, partiu-se para a definição das diretrizes de reorganização do sistema de transporte da RMRJ que orientaram a concepção de um conjunto de alternativas que foram exaustivamente testadas, analisadas e avaliadas. Finalmente, com base nos resultados obtidos, foi definido um programa de investimentos para os horizontes de curto, médio e longo prazos. APRESENTAÇÃO Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 4. O Plano Diretor de Transporte Urbano da Região Metropolitana do Rio de Janeiro – PDTU/RMRJ, formulado para esta segunda maior área metropolitana do país, composta por 20 municípios com características distintas e peculiares é, por isso, um estudo criterioso e detalhado e um instrumento que deve delinear um sistema de transporte estruturado, justo, racional, integrado e eficaz, para a promoção de uma melhor qualidade de vida para a população. Teve seu início a partir de março de 2002, sendo executado pelo consórcio LOGIT-OFICINA- JGP, com a participação de técnicos da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística – CENTRAL e com colaboração da Secretaria Estadual de Transportes – SECTRAN e outros órgãos municipais e estaduais. As necessidades da RMRJ Concentrando mais de 70% da população de todo estado, a RMRJ apresenta uma estrutura heterogênea de diferentes padrões urbanísticos e sociais, cuja expansão coincidiu com os eixos naturais configurados pela topografia, que por sua vez definiram os principais corredores de circulação. A oferta de transporte é caracterizada pela existência de vários modos distintos, na maioria das situações, em competição direta pela captação dos usuários, sem nenhum esquema de priorização para os sistemas de transporte coletivo e com níveis de integração muito baixos. Os sistemas regulamentados operam sem explorar as reais vocações de cada modal e, ainda, enfrentam a concorrência dos sistemas alternativos. Um exemplo disso é o transporte sobre trilhos cuja vocação natural é de ser um modal de alta capacidade e que na RMRJ, apesar de contar com uma extensa rede de aproximadamente 255 km, transporta apenas 7% das viagens motorizadas. Apesar da existência de estudos, planos e projetos para os diversos setores que integram o INTRODUÇÃO sistema de transportes, a escassez de recursos aliada à falta de ações articuladas por parte dos organismos encarregados de sua gestão e operação, conduziu a RMRJ a uma situação de extrema ineficiência quanto ao desempenho dos transportes. Há a necessidade de se buscar uma reorganização do sistema, notadamente com relação ao transporte coletivo, tendo em vista a situação peculiar da região que apresenta uma repartição modal altamente favorável a este modo. Conforme resultados da Pesquisa OD, são realizadas no total 19,9 milhões de viagens diárias, sendo 12,5 milhões motorizadas. Destas, a participação do transporte coletivo é de 74% e o transporte particular de 26%. Cabe lembrar que na Região Metropolitana de São Paulo, de acordo com as últimas pesquisas, estes percentuais praticamente se equivalem. Dentro deste quadro, como observado anteriormente, há uma clara distorção no aproveitamento das tecnologias específicas para o transporte de massa, com o modal rodoviário exercendo o papel de principal transportador em detrimento daqueles de maior capacidade potencial. Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 5. Esta situação é reflexo da falta de investimentos nos sistemas de alta capacidade, pesquisas, com destaque para a realização de pesquisa de origem e destino, combinando especialmente ao longo da primeira metade da década de 90, e na ausência de políticas entrevistas domiciliares em 40.000 domicílios e pesquisas no sistema viário, tanto no objetivando a racionalização e a complementaridade dos modos de transporte, além das transporte público, como no privado e carga. A partir desta base de dados é que foi possível descontinuidades e indefinições que os próprios modelos institucional, financeiro e compreender a realidade dos deslocamentos da população e do desempenho da circulação organizacional geraram. urbana em sua forma atual através da infra-estrutura e modelo operacional oferecidos. Retomar o enfoque da integração intermodal é uma preocupação dos últimos planos O passo seguinte de desenvolvimento foi a montagem de um modelo de transportes, executados, embora não sejam palpáveis os resultados alcançados, principalmente por não instrumento essencial para a representação da realidade atual e antevisão dos resultados terem sido implantados em sua totalidade. futuros. Ele permitiu diagnosticar os problemas e gargalos atuais e simular diferentes alternativas de soluções para os transportes da RMRJ. Assim, tendo em vista que o atual sistema de transporte na RMRJ exige intervenções significativas, foi diagnosticada pela Secretaria de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, Para tanto foi construída uma rede de simulação e modelos de previsão de demanda a necessidade imprescindível da retomada do planejamento e da programação de altamente detalhados que permitiram análises com bastante acuidade das alternativas de investimentos para o setor. intervenção e operação testadas. Estas alternativas foram objeto também, de avaliações ambientais e econômico-financeiras, que nortearam a definição do conjunto de soluções O que é este Plano recomendado pelo Plano. Este Plano é uma peça fundamental para se vencer os desafios dos transportes na RMRJ e Assim, pode-se dizer, seguramente, que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro possui propõe a estruturação efetiva de um novo sistema e atendimento aos objetivos gerais hoje um instrumento bastante poderoso que permitirá implantar um processo contínuo de estabelecidos que são: planejamento. o diagnóstico da situação atual da demanda e oferta dos transportes da RMRJ; Deve-se ressaltar que a consolidação deste Plano dar-se-á após um amplo processo de a formulação de alternativas que visem a racionalização do sistema de transporte da discussão das propostas com a sociedade, de maneira a se tornar uma peça que reflita RMRJ, com especial ênfase à política de integração intermodal física e tarifária; efetivamente os anseios da comunidade de transportes e, conseqüentemente, da população a formulação de uma política de investimentos em infra-estrutura viária e nos da RMRJ. transportes coletivos; Diretrizes do Plano o fornecimento de um instrumental que permita implementar um processo Foram estabelecidas as diretrizes que nortearam o desenvolvimento deste Plano para os permanente de planejamento. seguintes modelos presentes em um sistema de transporte urbano: Como foi realizado Modelo Operacional: diretrizes voltadas à operação e gestão dos serviços de O modelo adotado para organização dos trabalhos considerou três aspectos importantes: transporte público, refletindo o compromisso com a convivência harmônica e atender aos objetivos gerais do Plano, conforme apresentado acima, detectar os anseios da complementar dos diferentes modos e das sub-redes existentes; comunidade de transportes e consolidar as políticas de transporte de cada administração e Modelo de Infra-estrutura de Transporte: diretrizes voltadas à priorização e a órgão envolvido no sistema da RMRJ. viabilização da articulação entre os diversos sistemas de transporte coletivo; Dentro dessa abordagem, o Plano Diretor de Transporte foi realizado seguindo um processo Modelo Tecnológico: diretrizes focadas na implantação de um sistema integrado de de trabalho onde interagem ações de natureza executiva e técnica, com as de caráter de transportes; participação dos diversos representantes da administração pública e da sociedade, no Modelo Tarifário: diretrizes para a viabilização de uma rede única de transporte conhecimento das realidades, desejos e políticas de transporte e desenvolvimento urbano. coletivo integrada e tarifas justas; Inicialmente foi realizado um amplo levantamento de dados e informações existentes nos órgãos públicos quanto à infra-estrutura de transporte atual, bem como estudos já Modelo Institucional: diretrizes para a ordenação e participação dos diversos órgãos elaborados para a RMRJ e específicos para os municípios que a compõem. Alguns destes envolvidos na operação do sistema de transporte; trabalhos tiveram inclusive parte de seu conteúdo resgatado como apoio ao Modelo de Infra-estrutura Viária: diretrizes voltadas para a seleção de projetos desenvolvimento do Plano. visando atender as futuras demandas e o partilhamento entre os transportes Além destas informações existentes, foi essencial a execução de um extenso programa de individual e coletivo. Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 6. As alternativas pensadas Alternativa T5 e TR6: inclui o corredor de ônibus T5 e corredor troncal de ônibus TR6 Inicialmente, foram resgatados todos os projetos e estudos já elaborados e que de alguma no lugar da Linha 6 do Metrô; maneira foram objeto de discussão ao longo das últimas décadas. A partir deste inventário Alternativa Investimento Mínimo: considera, em relação à situação atual, a de intervenções e do prognóstico relativo aos cenários futuros de desenvolvimento da complementação da Linha 2 (trecho Estácio-Praça XV), a implantação da Linha 3 do RMRJ, foram definidas as propostas de alternativas para o sistema de transporte urbano da Metrô excetuando a travessia sob a Baía da Guanabara, a otimização do sistema Região Metropolitana. ferroviário e um sistema de corredores de ônibus no lugar das Linhas 4, 5 e 6 do Para tanto, foram necessárias análises de planos anteriores além de se buscar o Metrô. No sistema viário a principal intervenção se refere ao Anel Viário do município conhecimento de especialistas que há longos anos atuam e acompanham a evolução dos do Rio de Janeiro; transportes na região, sendo selecionadas as intervenções que de alguma forma têm Alternativa Investimento Mínimo – Transporte Coletivo: refere-se à alternativa impactos na Região Metropolitana. A esta lista de proposições foram ainda acrescentadas anterior sem os investimentos no sistema viário. novas soluções previstas que envolvem, principalmente, o sistema de transporte por ônibus. A programa de investimentos As alternativas foram formuladas levando-se em consideração as diretrizes do Plano, em O programa de investimentos foi fruto de um longo processo de simulações, análises e particular, os de rede única e de integração físico-tarifária, e a montagem de um conjunto avaliação dos resultados das alternativas nos anos-horizonte do Plano de 2008 e 2013. de projetos que se complementam, formando um sistema coerente de intervenções. Nesse sentido, foram definidas sete alternativas que representam, basicamente, variações quanto Assim os projetos foram classificados e priorizados de acordo com os prazos para a ao porte de investimentos e ao teste de soluções conflitantes. implantação em curto (2008), médio (2013) e longo prazo (além de 10 anos). Todas as alternativas consideraram as redes ferroviárias e metroviárias como sistemas O programa prevê, também, ações que são fundamentais na implantação do Plano estruturantes, e as redes de ônibus, nos eixos onde existe um sistema estrutural, foram contemplando aspectos institucionais, operacionais e tecnológicos assim como aquelas concebidas como sistemas complementares, operando como tronco-alimentadoras. Para direcionadas aos modos não-motorizados que não foram objeto deste estudo. fins de avaliação, uma das alternativas reproduz a implantação de todas as proposições, considerando as condições atuais de competição plena entre os modos, sem qualquer política de integração. Além disso, foi elaborada uma política tarifária baseada no conceito de distância de linhas e integração entre modos de transporte buscando melhor equilíbrio e mais eqüidade, tanto do ponto de vista dos usuários quanto dos operadores dos diversos sistemas de transporte. As alternativas foram identificadas como: Alternativa Investimento Pleno: inclui uma rede básica de metrô com a implantação das seis linhas previstas e o projeto TransPAN (sistema sobre trilhos concebido para o atendimento aos Jogos Panamericanos e acesso aos aeroportos), a otimização do sistema ferroviário, um sistema tronco-alimentado de ônibus e nova política tarifária. Com relação aos investimentos viários são consideradas todas as intervenções de natureza metropolitana; Alternativa Sem Integração: refere-se à alternativa anterior, com a situação de competição entre os modos e política tarifária sem integração como ocorre atualmente. Alternativa Linha 6: refere-se ao de Investimento Pleno sem considerar o projeto TransPAN; Alternativa TransPAN: refere-se ao projeto TransPAN no lugar das Linhas 5 e 6 do Metrô; Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 7. A população da RMRJ, de acordo com o recenseamento do IBGE realizado no ano de 2000, somava 10.894.756 habitantes, tendo sido estimado para o ano de 2003 uma população de 11,28 milhões de habitantes, distribuídos entre os 20 municípios que compõem a área metropolitana. A Tabela 1.1 contém a relação destes municípios e a Figura 1.1 apresenta a respectiva abrangência da RMRJ. Tabela 1.1 - Relação dos municípios da RMRJ Municípios 1. Belford Roxo 6. Japeri 11. Nilópolis 16. Rio de Janeiro 2. Duque de Caxias 7. Magé 12. Niterói 17. São Gonçalo 3. Guapimirim 8. Mangaratiba 13. Nova Iguaçu 18. São João de Meriti 4. Itaboraí 9. Maricá 14. Paracambi 19. Seropédica 5. Itaguaí 10. Mesquita 15. Queimados 20. Tanguá Figura 1.1 – Região Metropolitana do Rio de Janeiro Guapimirim Paracambi Magé Duque de Caxias Japeri Nova Iguaçu Belford Queimados Roxo Baía de Guanabara Itaboraí Seropédica S. João Mesquita Tanguá de Meriti Nilópolis São Gonçalo 1 DEMANDA Itaguaí Maricá Mangaratiba Niterói Rio de Janeiro OCEANO ATLÂNTICO Somente o Município do Rio de Janeiro reúne 53,8% da população total da RMRJ. Se forem somados os resultados referentes à Nova Iguaçu, São Gonçalo e Duque de Caxias, verifica- se que apenas estes quatro municípios concentram cerca de 77,5% da população metropolitana. 1-1 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 8. Os maiores incrementos populacionais observados a partir de 1996 cabem também a estes Tabela 1.2 – Relação de macrozonas da RMRJ municípios, apesar das maiores taxas de crescimento da população serem observadas nos Macrozona Nome Municípios anéis mais periféricos como Maricá, Mangaratiba, Seropédica, Itaguaí, Tanguá e Japeri. 1 Centro Rio de Janeiro Cabe destacar ainda que no Município do Rio de Janeiro o incremento populacional vem 2 Sul Rio de Janeiro ocorrendo majoritariamente nos subúrbios e nas comunidades. 3 Praça Mauá – Caju Rio de Janeiro 4 Tijuca – Vila Izabel Rio de Janeiro Sob o aspecto econômico verifica-se que estes mesmos municípios que detêm maior 5 Zona da Central Rio de Janeiro população, acrescidos de Niterói, São João de Meriti e Belford Roxo, são também aqueles de 6 Jacarepaguá Rio de Janeiro maior expressão econômica dentro da RMRJ, revelado pelas maiores receitas, consumo de 7 Norte Rio de Janeiro energia elétrica e de evolução das atividades em geral. 8 Barra – Recreio Rio de Janeiro 9 Oeste – Rio Rio de Janeiro Comparando-se estes dados de perfil demográfico e econômico da RMRJ com o uso e 10 Niterói Niterói ocupação do solo metropolitano é possível concluir que a distribuição territorial da 11 São Gonçalo São Gonçalo população e das atividades, tanto industrial quanto comercial e de prestação de serviços, 12 Extremo – Leste Itaboraí, Tanguá e Maricá está fortemente concentrada nos municípios historicamente mais ricos e de maior atividade 13 Fundo – Baía Magé e Guapimirim econômica. Essa predominância está essencialmente associada ao desenvolvimento da 14 Duque de Caxias Duque de Caxias mancha urbana, estruturada sobre os eixos ferroviários da região, o principal indutor da 15 Baixada – Leste S.J. de Meriti e Belford Roxo ocupação da metrópole fluminense. 16 Baixada – Oeste Nova Iguaçu, Nilópolis, Mesquita, Japeri e Queimados 17 Extremo – Oeste Paracambi, Seropédica, Itaguaí e Mangaratiba É fundamental ressaltar a grande importância destes municípios para a RMRJ, com ênfase especial para o Rio de Janeiro, que apresenta mais da metade dos empregos da região, sendo que 1/3 está na zona oeste e nas porções norte e oeste da mancha urbanizada. Figura 1.2 – Macrozonas da RMRJ Outros 10% estão nos municípios de Niterói e São Gonçalo, na porção leste da baía. Estas características próprias da RMRJ fazem com que sejam efetuadas, por dia, cerca de 19,9 milhões de viagens compreendendo todos os modos de transporte. Considerando apenas os modos motorizados são 12,5 milhões de viagens. Estes números foram extraídos da Pesquisa Origem-Destino realizada em 2003 (ver Anexo). A análise dos resultados da Pesquisas Origem-Destino retrata como são estes deslocamentos da população, tendo em vista suas peculiaridades como a localização do domicílio, classe social, faixa etária, gênero, forma de locomoção, motivos das viagens, dentre outras informações. Os dados obtidos nas pesquisas são um importante ferramental para o entendimento de como a população na RMRJ se move, identificando e quantificando a demanda por transporte em seus diferentes aspectos. Para a identificação e análise da demanda atual por transporte na RMRJ foram definidas 17 macrozonas, sendo 9 no Município do Rio de Janeiro e 8 que representam os demais municípios. A Tabela 1.2 apresenta a correspondência desse zoneamento utilizado, enquanto as Figuras 1.2 e 1.3 mostram as macrozonas consideradas. 1-2 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 9. Figura 1.3 – Macrozonas do Município do Rio de Janeiro O sistema alternativo constituído pelas vans, reguladas ou não pelo poder público, foi identificado através de pesquisas específicas, uma vez que os usuários fazem uso de forma semelhante ao do sistema ônibus, em razão destes apresentarem, em geral, o mesmo percurso e a mesma tarifa. Como muitas das viagens são realizadas com mais de um modo, utiliza-se o conceito de modo principal que expressa aquele em que o usuário consumiu maior tempo no percurso. 1.1.1 Uso geral dos modos A distribuição das viagens da população na RMRJ, segundo o modo de transporte principal, conforme apresentado na Tabela 1.1.1, mostra que os modos a pé e ônibus reúnem a maior parcela das viagens, com quase 67% do total. Considerando isoladamente, o deslocamento a pé representa 33,85% do total das viagens, seguido do sistema de ônibus municipal, com 26,39%. Em terceiro lugar está o condutor de auto com 10,58% das viagens. Tabela 1.1.1 – Viagens realizadas por modo principal Modo principal Viagens realizadas (%) A pé 6.740.688 33,85 Ônibus municipal 5.254.848 26,39 Ônibus intermunicipal 1.331.894 6,69 Transporte alternativo 1.630.985 8,19 Condutor de auto 2.106.591 10,58 Passageiro de auto 863.043 4,33 Bicicleta / Ciclomotor 645.510 3,24 Além do agrupamento das zonas internas foi definido um território denominado “Externo” Metrô 355.404 1,78 Trem 303.578 1,52 para identificar todos os municípios fora da RMRJ. Este procedimento é necessário para Transporte escolar 190.262 0,96 representar a parcela de viagens em que uma das pernas (origem ou destino) se localiza Táxi 139.109 0,70 fora da Região Metropolitana. Motocicleta 100.922 0,51 Transporte fretado 92.150 0,46 Barco / Aerobarco / Catamarã 82.091 0,41 Ônibus executivo 47.233 0,24 1.1 Divisão modal Caminhão 29.448 0,15 Bonde 2.195 0,01 As viagens na RMRJ são realizadas através de formas e combinações diferenciadas em Total 19.915.954 100,00 função dos modais de transporte existentes. As viagens são classificadas em motorizadas e não motorizadas. Considerando o modo motorizado, encontram-se em operação na atual rede, os sistemas Através do Gráfico 1.1.1, que representa a participação de cada modo no total de viagens do metroviário, ferroviário, hidroviário, por ônibus, bonde, transporte alternativo, automóvel sistema de transporte na RMRJ, é possível visualizar esta distribuição desequilibrada entre particular, táxis, motocicletas, transporte escolar, transporte fretado, caminhão e outras as opções existentes. opções não convencionais. No modo não motorizado são considerados os deslocamentos a pé e por bicicleta. 1-3 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 10. Gráfico 1.1.1 – Participação dos modos de transporte no total de viagens 1.1.3 Divisão em transporte coletivo, individual e não motorizado Transporte fretado Transporte escolar 0,5% B arco /A ero barco /Catam Outra forma de análise das viagens verificadas é através da classificação entre as Motocicleta 0,4% Ônibus excutivo 1,0% 0,5% 0,2% motorizadas e não motorizadas. No caso da demanda por transporte motorizado se Trem Táxi 1,5% 0,7% Caminhão enquadram as viagens pelo modo coletivo e pelo modo individual, que representam cerca de 0,1% Metrô 1,8% Bonde 0,01% 63% do total. Bicicleta/Ciclomotor 3,2% Com menor participação está o modo não motorizado, constituído pelas viagens a pé e por Passageiro de auto A pé bicicleta, que somam 37% em relação ao total geral, conforme pode ser observado na Tabela 4,3% 33,8% 1.1.3 apresentada na seqüência. Condutor de auto 10,6% No Gráfico 1.1.2 é possível visualizar esta diferença marcante na participação entre as viagens motorizadas e não motorizadas na RMRJ. Tabela 1.1.3 – Viagens segundo o modo motorizado e não motorizado Transporte alternativo 8,2% Viagens Modo de transporte realizadas (%) Transporte coletivo 9.290.642 46,6 Ônibus intermunicipal 6,7% Motorizado Transporte individual 3.239.113 16,3 A pé 6.740.688 33,8 Ônibus municipal Não motorizado Bicicleta 645.510 3,2 26,4% Total geral 19.915.954 100,0 1.1.2 Transbordos realizados Gráfico 1.1.2 – Viagens segundo modo motorizado e não motorizado As viagens no meio urbano entre um local de origem e um destino nem sempre conseguem ser realizadas com apenas um único deslocamento. Em grande parte das viagens efetuadas não motorizado na RMRJ, os usuários têm necessidade de efetuar transbordos ao longo do percurso para 37% alcançar o destino pretendido. Isto pode ocorrer utilizando um mesmo modo de transporte ou combinando dois ou mais. Uma viagem, portanto, pode ser uma soma de deslocamentos. Quando se considera o total de viagens e todos os deslocamentos verificados, é possível motorizado identificar o coeficiente de transbordos realizados pela população em cada sistema de 63% transporte, conforme é apresentado na Tabela 1.1.2 a seguir. Tabela 1.1.2 – Coeficiente de transbordo por sistema de transporte Sistema sobre trilhos e Item Sistema Ônibus Total barcas Ao se analisar apenas o modo motorizado, conforme resultados apresentados na Tabela Viagens 8.212.162 741.074 8.958.800 1.1.4 e Gráfico 1.1.3, verifica-se que ocorre na Região Metropolitana uma ampla Deslocamentos 9.738.579 830.045 10.574.156 predominância na utilização do transporte coletivo, com cerca de 74% em relação ao total, em comparação com o transporte individual que é de 26%. Coeficiente de transbordo 1,19 1,12 1,18 Estes números são significativos tendo em vista que em outras regiões metropolitanas do país, o modo individual tem apresentado grande participação e, em muitos casos, como o de São Paulo, vêm se igualando percentualmente ao modo coletivo. 1-4 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 11. Tabela 1.1.4 – Divisão modal das viagens motorizadas Viagens Gráfico 1.1.3 – Distribuição das viagens do modo motorizado Modo de transporte % realizadas Condutor de auto 2.106.591 64 Passageiro de auto 863.043 26 Transporte Transporte individual Táxi 139.109 4 individual 26% Motocicleta 100.922 3 Caminhão 29.448 1 Total modo individual 3.239.113 100 Ônibus municipal 5.302.081 57 Ônibus intermunicipal 1.331.894 14 Transporte alternativo 1.630.985 18 Metrô 355.404 4 Transporte coletivo Trem 303.578 3 Transporte Transporte escolar 190.262 2 coletivo 74% Transporte fretado 92.150 1 Barco / Aerobarco / Catamarã 82.091 1 Bonde 2.195 0 Total modo coletivo 9.290.642 100 1.2 Padrão das viagens Os deslocamentos na RMRJ distribuem-se de acordo com as características próprias de cada município e dos serviços de transporte disponibilizados à população. Uma primeira forma de análise é a visualização das trocas de viagens entre municípios, verificando como os deslocamentos se distribuem por sua origem, conforme apresentado na Tabela 1.2.1. Sob esse aspecto, pode-se observar que a maior parte das viagens origina-se no Município do Rio de Janeiro (58,8%), seguido dos municípios de São Gonçalo e Duque de Caxias (com participação bem inferior de 7,5% e 7,1% respectivamente). O município com menor quantidade de viagens é Mangaratiba (com somente 0,1%). Tabela 1.2.1 – Distribuição das viagens segundo o município de origem Viagens Viagens Município de Origem Município de Origem Quantidade % Quantidade % Rio de Janeiro 11.719.525 58,8 Queimados 161.369 0,8 São Gonçalo 1.490.748 7,5 Mesquita 155.167 0,8 Duque de Caxias 1.423.764 7,1 Itaguaí 129.687 0,7 Nova Iguaçu 996.444 5,0 Japeri 117.905 0,6 Niterói 962.292 4,8 Seropédica 98.468 0,5 Belford Roxo 703.122 3,5 Guapimirim 78.235 0,4 São João de Mereti 669.907 3,4 Paracambi 58.510 0,3 Magé 404.064 2,0 Mangaratiba 43.443 0,2 Itaboraí 305.790 1,5 Tanguá 32.287 0,2 Nilópolis 176.299 0,9 Externo 18.027 0,1 Maricá 170.900 0,9 Total 19.915.954 100 Sob este mesmo aspecto, quando são analisadas as trocas de viagens entre macrozonas, verifica-se que há maior número de viagens com origem nas macrozonas correspondentes a 1-5 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 12. algumas regiões do Município do Rio de Janeiro. Considerando a distribuição das viagens analisada segundo o meio de transporte (coletivo, Como pode ser observado na Tabela 1.2.2, a seguir, há um certo equilíbrio entre as individual e a pé) para o município de origem, os valores são diferenciados, conforme macrozonas denominadas Oeste-Rio (11,2%), Sul (9,7%), Norte (9,0%) e Baixada-Oeste apresentado na Tabela 1.2.3. (8,1%). A menor quantidade de viagens geradas na RMRJ é verificada na macrozona É o caso, por exemplo, do Município do Rio de Janeiro cuja participação geral é de 58,8%, Extremo-Oeste (apenas 1,7%). mas quando analisado em separado, os modos de transporte coletivo e individual são Tabela 1.2.2 – Distribuição das viagens segundo a macrozona de origem da viagem proporcionalmente maiores, 61,3% e 67,6% respectivamente, e menor do não motorizado Viagens com 49,6%. A mesma situação ocorre em Niterói que apresenta uma participação geral da Macrozona de Origem Quantidade % ordem de 4,8%, sendo para o transporte coletivo 4,5%, o transporte individual 8,6% e não Oeste-Rio 2.233.450 11,2 motorizados 3,6%. Sul 1.925.127 9,7 Norte 1.796.017 9,0 Já em São Gonçalo ocorre o inverso. A participação geral do município é de 7,5%, enquanto Baixada-Oeste 1.607.084 8,1 que a parcela de viagens no transporte coletivo corresponde a 6,6%, o transporte individual São Gonçalo 1.490.748 7,5 a 6,0% e não motorizado a 9,3%. Situação similar é observada praticamente na maioria dos Duque de Caxias 1.423.589 7,1 demais municípios fluminenses. Baixada-Leste 1.373.029 6,9 Pça. Mauá-Caju 1.196.516 6,0 Tabela 1.2.3 – Distribuição das viagens por modo de transporte segundo o Centro 1.157.542 5,8 município de origem Zona da Central 1.140.872 5,7 Niterói 962.394 4,8 Não motorizado Transporte Coletivo Transporte Individual Município de origem Jacarepaguá 911.166 4,6 Viagens % Viagens % Viagens % Tijuca-Vila Izabel 729.126 3,7 Belford Roxo 358.299 4,9 304.221 3,3 40.602 1,2 Barra-Recreio 629.912 3,2 Duque de Caxias 633.202 8,6 621.472 6,7 169.090 5,1 Extremo-Leste 508.936 2,6 Fundo-Baia 482.298 2,4 Guapimirim 60.768 0,8 14.338 0,2 3.128 0,1 Extremo-Oeste 330.108 1,7 Itaboraí 158.699 2,1 116.965 1,3 30.126 0,9 Externa 18.039 0,1 Itaguaí 71.632 1,0 37.194 0,4 20.860 0,6 Total 19.915.954 100 Japeri 73.717 1,0 35.676 0,4 8.512 0,3 Magé 283.942 3,8 103.080 1,1 17.042 0,5 Mangaratiba 28.176 0,4 11.718 0,1 3.549 0,1 Maricá 71.141 1,0 75.500 0,8 24.259 0,7 Mesquita 65.890 0,9 72.015 0,8 17.263 0,5 Nilópolis 69.474 0,9 90.531 1,0 16.294 0,5 Niterói 263.604 3,6 415.230 4,5 283.458 8,6 Nova Iguaçu 381.941 5,2 494.544 5,4 119.960 3,6 Paracambi 37.221 0,5 15.747 0,2 5.542 0,2 Queimados 90.090 1,2 60.282 0,7 10.998 0,3 Rio de Janeiro 3.662.748 49,6 5.831.329 63,1 2.225.447 67,6 São Gonçalo 684.110 9,3 608.552 6,6 198.086 6,0 São João de Meriti 309.341 4,2 285.012 3,1 75.555 2,3 Seropédica 61.143 0,8 25.852 0,3 11.473 0,3 Tanguá 20.561 0,3 8.197 0,1 3.529 0,1 Externo 498 0,0 10.388 0,1 7.140 0,2 Total geral 7.386.199 100 9.237.844 100 3.291.911 100 1-6 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 13. Ainda na análise do padrão das viagens é possível obter informações da demanda pela Com base nessa análise constata-se que os municípios economicamente menos distribuição entre os municípios considerando os locais de domicílio da população e não os estruturados apresentam participação mais significativa de viagens não motorizadas do que locais de origem. Os resultados dessa distribuição são apresentados na Tabela 1.2.5, sendo os municípios mais ricos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que ao contrário, muito próximos dos resultados mostrados na Tabela 1.2.3 já comentada anteriormente. apresentam maior porcentual de viagens pelo transporte individual. Como diagnosticado, não há alteração significativa em termos de participação relativa dos Considerando o mesmo tipo de análise para as macrozonas, conforme totais e porcentual municípios. O Rio de Janeiro, por exemplo, é responsável por 49,5% das viagens não apresentado na Tabela 1.2.4, observa-se que algumas macrozonas contam com variações motorizadas, 57,1% das viagens por transporte coletivo e 66,4% das viagens de transporte significativas nos modos não motorizado, no transporte coletivo e no transporte individual individual. com relação ao verificado na avaliação geral. Tabela 1.2.5 – Distribuição das viagens por modo de transporte segundo o A macrozona Sul, por exemplo, que tem como origem 9,7% do total de deslocamentos da domicílio de origem por município RMRJ, quando analisado os modos em separado, constata-se que o transporte individual é o mais expressivo, com participação de 15,9% e coletivo de 9,9%. Na macrozona Niterói Não motorizado Transporte coletivo Transporte individual Município de origem ocorre situação parecida com porcentuais menores. Viagens % Viagens % Viagens % Belford Roxo 363.894 4,9 427.847 4,6 54.671 1,7 Já na Oeste-Rio é verificada uma participação geral de 11,2%, enquanto o modo não Duque de Caxias 638.681 8,6 693.742 7,5 164.228 5,0 motorizado é 14,2%, o transporte coletivo 9,8% e o transporte individual 8,5%. Grande Guapimirim 61.678 0,8 14.507 0,2 3.585 0,1 parte das macrozonas mais periféricas apresenta distribuição parecida, como é o caso da Itaboraí 155.379 2,1 129.628 1,4 33.052 1,0 Baixada-Leste, São Gonçalo, Duque de Caxias, dentre outras. Itaguaí 72.304 1,0 43.297 0,5 23.114 0,7 Japeri 75.305 1,0 53.103 0,6 9.102 0,3 Tabela 1.2.4 – Distribuição das viagens por modo de transporte segundo a Magé 281.625 3,8 106.561 1,2 16.852 0,5 macrozona de origem Mangaratiba 28.176 0,4 13.080 0,1 6.515 0,2 Não motorizado Transporte Coletivo Transporte Individual Maricá 70.295 1,0 77.673 0,8 21.624 0,7 Macrozona de origem Viagens % Viagens % Viagens % Mesquita 65.515 0,9 117.583 1,3 18.760 0,6 Nilópolis 67.646 0,9 113.043 1,2 21.792 0,7 Baixada-Leste 667.639 9,0 589.233 6,4 116.157 3,5 Niterói 258.762 3,5 363.788 3,9 239.383 7,3 Baixada-Oeste 681.112 9,2 752.947 8,2 173.026 5,3 Nova Iguaçu 379.372 5,1 547.296 5,9 126.547 3,8 Barra-Recreio 89.844 1,2 329.195 3,6 210.873 6,4 Paracambi 37.098 0,5 14.071 0,2 5.627 0,2 Centro 216.975 2,9 786.253 8,5 154.314 4,7 Queimados 90.690 1,2 72.081 0,8 12.443 0,4 Duque de Caxias 633.202 8,6 621.297 6,7 169.090 5,1 Rio de Janeiro 3.653.306 49,5 5.275.329 57,1 2.185.995 66,4 Extremo-Leste 250.402 3,4 200.620 2,2 57.914 1,8 São Gonçalo 694.309 9,4 742.022 8,0 255.868 7,8 Extremo-Oeste 198.173 2,7 90.512 1,0 41.424 1,3 São João de Meriti 310.130 4,2 391.093 4,2 76.545 2,3 Fundo-Baia 344.711 4,7 117.418 1,3 20.169 0,6 Seropédica 61.037 0,8 30.331 0,3 11.832 0,4 Jacarepaguá 264.458 3,6 455.668 4,9 191.039 5,8 Tanguá 20.996 0,3 11.770 0,1 4.374 0,1 Niterói 263.604 3,6 415.344 4,5 283.445 8,6 Total geral 7.386.199 100,0 9.237.844 100,0 3.291.911 100,0 Norte 637.825 8,6 846.466 9,2 311.726 9,5 Oeste-Rio 1.045.806 14,2 909.117 9,8 278.528 8,5 Pça. Mauá-Caju 394.499 5,3 623.550 6,7 178.468 5,4 Utilizando o mesmo tipo de análise para a distribuição das viagens em função do modo de São Gonçalo 684.110 9,3 608.552 6,6 198.086 6,0 transporte segundo o domicílio de origem por macrozona, constata-se que algumas Sul 489.362 6,6 911.298 9,9 524.467 15,9 macrozonas têm como característica serem mais atratoras do que geradoras de viagens, ou Tijuca-Vila Izabel 215.403 2,9 343.458 3,7 170.266 5,2 seja, contam com indústrias, serviços e comércio expressivo. Por exemplo, a macrozona Zona da Central 308.577 4,2 626.529 6,8 205.766 6,3 Centro que gera um total de 8,5 % de viagens por transporte coletivo e 4,7% por transporte Externa 498 0,0 10.388 0,1 7.152 0,2 individual, conforme já apresentado na Tabela 1.2.4, os domicílios desta mesma macrozona Total geral 7.386.199 100 9.237.844 100 3.291.911 100 geram apenas 2,1% e 0,9% de viagens, respectivamente, por estes modos, como mostrado na Tabela 1.2.6 a seguir. 1-7 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 14. Tabela 1.2.6 – Distribuição das viagens por modo de transporte segundo o Tabela 1.2.7 – Distribuição de viagens internas e externas por município domicílio de origem por macrozona Viagens (%) Município Motorizadas Transporte coletivo Transporte individual Não motorizado Transporte coletivo Transporte individual Município de origem Externas Internas Externas Internas Externas Internas Viagens % Viagens % Viagens % Belford Roxo 54 46 57 43 43 57 Baixada-Leste 674.023 9,1 818.939 8,9 131.216 4,0 Duque de Caxias 30 70 33 67 24 76 Guapimirim 23 77 50 50 4 96 Baixada-Oeste 678.528 9,2 903.107 9,8 188.645 5,7 Itaboraí 39 61 50 50 12 88 Barra-Recreio 87.180 1,2 206.949 2,2 208.888 6,3 Itaguaí 29 71 37 63 20 80 Centro 183.554 2,5 196.338 2,1 30.704 0,9 Japeri 49 51 68 32 13 87 Duque de Caxias 638.681 8,6 693.742 7,5 164.228 5,0 Magé 25 75 39 61 9 91 Extremo-Leste 246.671 3,3 219.071 2,4 59.050 1,8 Mangaratiba 17 83 15 85 22 78 Maricá 24 76 26 74 20 80 Extremo-Oeste 198.615 2,7 100.779 1,1 47.087 1,4 Mesquita 72 28 74 26 66 34 Fundo-Baia 343.302 4,6 121.068 1,3 20.437 0,6 Nilópolis 54 46 54 46 50 50 Jacarepaguá 270.494 3,7 542.290 5,9 225.352 6,8 Niterói 36 64 37 63 34 66 Niterói 258.762 3,5 363.788 3,9 239.383 7,3 Nova Iguaçu 29 71 30 70 27 73 Norte 640.767 8,7 1.010.602 10,9 326.987 9,9 Paracambi 29 71 50 50 10 90 Queimados 48 52 53 47 31 69 Oeste-Rio 1.048.435 14,2 1.091.694 11,8 285.436 8,7 Rio de Janeiro 8 92 8 92 6 94 Pça. Mauá-Caju 402.082 5,4 574.624 6,2 151.479 4,6 São Gonçalo 33 67 37 63 24 76 São Gonçalo 694.309 9,4 742.022 8,0 255.868 7,8 São João de Meriti 51 49 51 49 50 50 Sul 489.048 6,6 679.288 7,4 527.435 16,0 Seropédica 29 71 46 54 14 86 Tijuca-Vila Izabel 228.514 3,1 332.912 3,6 192.459 5,8 Tanguá 41 59 69 31 18 82 Zona da Central 303.232 4,1 640.632 6,9 237.256 7,2 Total geral 19 81 20 80 15 85 Total geral 7.386.199 100,0 9.237.844 100,0 3.291.911 100,0 Na análise da distribuição das viagens externas observa-se que em alguns municípios é grande a dependência pelo sistema de transporte público metropolitano. É o caso, por Outra forma de análise adotada é verificar a distribuição das viagens entre internas e exemplo, de Mesquita, Tanguá, Japeri, Belford Roxo, Nilópolis e Queimados que, se externas a cada município, de acordo com resultados apresentados na Tabela 1.2.7. Esta considerados somente os deslocamentos por transporte coletivo, as viagens externas ao análise permite avaliar o grau de independência de cada município obtido pela porcentagem município correspondem a mais de 50% do total realizado. de viagens internas a ele. Neste sentido, verifica-se que aqueles com mais viagens externas são os de Mesquita, Belford Roxo, Nilópolis, São João de Meriti e Japeri, caracterizando-os como os que 1.3 Mobilidade possuem maior dependência de outros municípios, destacando o fato de que todos estão Considerando os resultados da Pesquisa Origem-Destino e a população estimada para o localizados ao longo de corredores ferroviários da RMRJ. O Município do Rio de Janeiro, ano 2003, verifica-se que as viagens diárias realizadas na Região Metropolitana como era de se esperar, é o que possui maior porcentagem de viagens internas, portanto, representam uma mobilidade geral de 1,77 viagem/habitante/dia. Este índice é aquele que tem maior independência em relação aos demais. diferenciado quando a análise compreende variáveis específicas como é o caso da mobilidade por município, gênero, idade, escolaridade e renda da população, conforme detalhado nos itens a seguir. 1-8 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 15. Tabela 1.3.2 – Índice de mobilidade por município da RMRJ (viagens motorizadas) 1.3.1 Mobilidade geral Da análise realizada com base na distribuição das viagens e da população estimada para Município Viagens % Habitantes % Índice de mobilidade cada um dos municípios que compõe a RMRJ, é possível verificar o índice de mobilidade Belford Roxo 344.823 2,8 472.458 4,2 0,73 geral por município, considerando todos os modos de transporte existentes. A Tabela 1.3.1 Duque de Caxias 790.562 6,3 814.954 7,2 0,97 apresenta estes índices para os 20 municípios da RMRJ, onde pode ser observado que Guapimirim 17.466 0,1 41.966 0,4 0,42 alguns contam com mobilidade acima da média global e outros bem abaixo. Rio de Janeiro Itaboraí 147.091 1,2 197.816 1,8 0,74 e Niterói, por exemplo, têm índice superior à média, de 1,86 e 1,84 respectivamente. No Itaguaí 58.054 0,5 90.641 0,8 0,64 caso de Mesquita, ao contrário, o índice de mobilidade é de 1,25, similar a Nilópolis, Nova Japeri 44.188 0,4 90.128 0,8 0,49 Magé 120.121 1,0 218.888 1,9 0,55 Iguaçu, Queimados e Paracambi municípios situados mais distante da cidade do Rio de Mangaratiba 15.267 0,1 27.725 0,2 0,55 Janeiro na Baixada Fluminense. Maricá 99.759 0,8 87.166 0,8 1,14 Tabela 1.3.1 – Índice de mobilidade por município da RMRJ (todos os modos em Mesquita 89.278 0,7 161.927 1,4 0,55 viagem/habitante/dia) Nilópolis 106.825 0,9 158.744 1,4 0,67 Niterói 698.688 5,6 467.461 4,1 1,49 Índice de Nova Iguaçu 614.503 4,9 801.310 7,1 0,77 Município Viagens % Habitantes % mobilidade Paracambi 21.289 0,2 41.766 0,4 0,51 Belford Roxo 846.412 4,2 472.458 4,2 1,79 Queimados 71.280 0,6 130.872 1,2 0,54 Duque de Caxias 1.496.651 7,5 814.954 7,2 1,84 Rio de Janeiro 8.056.776 64,3 5.983.804 53,0 1,35 Guapimirim 79.769 0,4 41.966 0,4 1,90 São Gonçalo 806.638 6,4 933.324 8,3 0,86 Itaboraí 318.059 1,6 197.816 1,8 1,61 São João de Mereti 360.567 2,9 457.618 4,1 0,79 Itaguaí 138.715 0,7 90.641 0,8 1,53 Seropédica 37.325 0,3 73.049 0,6 0,51 Japeri 137.510 0,7 90.128 0,8 1,53 Tanguá 11.726 0,1 28.173 0,2 0,42 Magé 405.038 2,0 218.888 1,9 1,85 Total geral 12.529.755 100,0 11.279.789 100 1,11 Mangaratiba 47.771 0,2 27.725 0,2 1,72 Maricá 169.592 0,9 87.166 0,8 1,95 Mesquita 201.859 1,0 161.927 1,4 1,25 Considerando a distribuição das viagens e da população por macrozona, conforme Nilópolis 202.481 1,0 158.744 1,4 1,28 apresentado na Tabela 1.3.3, a análise mostra que a macrozona Barra-Recreio é a que Niterói 861.934 4,3 467.461 4,1 1,84 apresenta o maior índice de mobilidade com 2,91, seguida da macrozona Sul com 2,65. Na Nova Iguaçu 1.053.215 5,3 801.310 7,1 1,31 Paracambi 56.796 0,3 41.766 0,4 1,36 verdade esta situação é decorrente do fato de que a população dessas áreas apresenta, Queimados 175.215 0,9 130.872 1,2 1,34 relativamente, maior poder aquisitivo, possibilitando a realização de maior número de Rio de Janeiro 11.114.630 55,8 5.983.804 53,0 1,86 viagens, inclusive para o lazer. São Gonçalo 1.692.199 3,9 933.324 8,3 1,81 São João de Mereti 777.767 0,5 457.618 4,1 1,70 Tabela 1.3.3 – Índice de mobilidade por macrozona (todos os modos) Seropédica 103.200 8,5 73.049 0,6 1,41 Tanguá 37.141 0,2 28.173 0,2 1,32 Macrozona Viagens % Habitantes % Índice de mobilidade Total geral 19.915.954 100,0 11.279.789 100,0 1,77 Baixada-Leste 1.624.179 8,2 930.076 8,3 1,75 Baixada-Oeste 1.770.280 8,9 1.342.981 11,9 1,32 Barra-Recreio 503.017 2,5 172.655 1,5 2,91 Considerando somente as viagens motorizadas, os índices de mobilidade são bem inferiores Centro 410.596 2,1 195.323 1,7 2,10 aos acima verificados, conforme apresentado na Tabela 1.3.2. Como pode ser observado, os Duque de Caxias 1.496.651 7,5 814.954 7,2 1,84 municípios economicamente mais desenvolvidos são os que apresentam maior índice de 524.791 2,6 Extremo-Leste 313.155 2,8 1,68 mobilidade, como é o caso, por exemplo, de Niterói e Rio de Janeiro com índices, Extremo-Oeste 346.482 1,7 233.180 2,1 1,49 respectivamente, de 1,49 e 1,35. Os municípios de Guapimirim e Tanguá, ao contrário, os Fundo-Baia 484.808 2,4 260.854 2,3 1,86 índices de mobilidade para as viagens motorizadas são os menores da RMRJ, sendo 0,42 Jacarepaguá 1.038.136 5,2 524.560 4,7 1,98 para ambos. Niterói 861.934 4,3 467.461 4,2 1,84 Norte 1.978.355 9,9 1.202.392 10,7 1,65 1-9 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 16. Outra forma de análise que reflete a mobilidade da população é aquela que distingue as Macrozona Viagens % Habitantes % Índice de mobilidade viagens motorizadas e não motorizadas. Sob este aspecto, constata-se que o índice para as Oeste-Rio 2.425.565 12,2 1.588.607 14,1 1,53 viagens motorizadas é de 1,11 viagem/habitante/dia, sendo de 0,29 para o transporte Pça. Mauá-Caju 1.128.185 5,7 597.163 5,3 1,89 individual e 0,82 para o modo coletivo. O índice de mobilidade das viagens não motorizadas São Gonçalo 1.692.199 8,5 933.324 8,3 1,81 é de 0,66, sendo 0,06 viagem/habitante/dia a participação do modo bicicleta nessa divisão. Sul 1.695.771 8,5 640.051 5,7 2,65 Estes índices são apresentados na Tabela 1.3.5 a seguir. Tijuca-Vila Izabel 753.885 3,8 366.535 3,3 2,06 1.181.120 5,9 Tabela 1.3.5 – Mobilidade das viagens da RMRJ motorizadas e não motorizadas Zona da Central 696.517 6,2 1,70 Total geral 19.915.954 100,0 11.279.789 100,3 1,77 Modo de Transporte Mobilidade Transporte individual 0,29 A análise dos índices de mobilidade, considerando apenas as viagens motorizadas, indica Motorizado Transporte coletivo 0,82 valores para as macrozonas da RMRJ, conforme mostra a Tabela 1.3.4 a seguir. Sob este Total 1,11 aspecto, destacam-se as macrozonas Barra-Recreio com índice de 2,33, seguido da Sul com A pé 0,60 1,88, indicando a maior mobilidade da população nessas áreas, tanto pela maior oferta de Não motorizado Bicicleta 0,06 Total 0,66 serviços de transporte, como pela maior taxa de motorização, conseqüência do maior poder Total geral 1,77 aquisitivo das pessoas que se deslocam nessas macrozonas. Tabela 1.3.4 – Índice de mobilidade por macrozona (viagens motorizadas) Macrozona Viagens % Habitantes % Mobilidade 1.3.2 Mobilidade e gênero Baixada-Leste 947.865 7,6 930.076 8,2 1,02 O gênero interfere na mobilidade na medida em que a divisão de tarefas entre os sexos Baixada-Oeste 1.088.865 8,7 1.342.981 11,9 0,81 implica em padrões diferentes de deslocamento. Na maior parte das sociedades, inclusive a Barra-Recreio 401.663 3,2 172.655 1,5 2,33 brasileira, a mulher adulta casada tem tarefas mais domésticas, ao passo que o homem Centro 226.649 1,8 195.323 1,7 1,16 Duque de Caxias 854.188 6,8 814.954 7,2 1,05 adulto casado tem maior número de tarefas fora de casa. Os dados da RMRJ confirmam um Extremo-Leste 277.438 2,2 313.155 2,8 0,89 comportamento típico das sociedades centradas no trabalho. Os resultados da análise Extremo-Oeste 146.413 1,2 233.180 2,1 0,63 indicam uma mobilidade geral dos homens da ordem de 1,94 viagem/habitante/dia, ao Fundo-Baia 139.952 1,1 260.854 2,3 0,54 passo que a mobilidade feminina é de 1,61. A mobilidade masculina é, portanto, 20% maior Jacarepaguá 761.794 6,1 524.560 4,7 1,45 que a feminina. Niterói 603.172 4,8 467.461 4,1 1,29 Norte 1.332.077 10,7 1.202.392 10,7 1,11 Quando esta diferença é analisada em função do modo motorizado ou não, as relações Oeste-Rio 1.375.350 11,0 1.588.607 14,1 0,87 mudam um pouco, conforme mostra a Tabela 1.3.6 e o Gráfico 1.3.1. Pode-se observar que Pça. Mauá-Caju 721.864 5,8 597.163 5,3 1,21 a mobilidade feminina é inferior para o uso do transporte motorizado 0,96 contra 1,28 São Gonçalo 994.358 8,0 933.324 8,3 1,07 viagem/habitante/dia. Em relação ao transporte não motorizado as mobilidades são Sul 1.203.966 9,6 640.051 5,7 1,88 próximas 0,66 contra 0,65 viagem/habitante/dia. Tijuca-Vila Izabel 523.999 4,2 366.535 3,2 1,43 Zona da Central 877.346 7,0 696.517 6,2 1,26 Tabela 1.3.6 – Mobilidade segundo o gênero e modo Total geral 12.476.957 100 11.279.789 100 1,11 Mobilidade Sexo Motorizado Não motorizado Masculino 1,28 0,66 Feminino 0,96 0,65 Total 1,12 0,66 1-10 Consórcio: Logit-Oficina-JGP
  • 17. Gráfico 1.3.1 – Mobilidade segundo o gênero e modo Gráfico 1.3.2 – Mobilidade segundo a faixa etária 2,5 2,5 2 2 Mobilidade 1,5 Mobilidade 1,5 1 1 0,5 0,5 0 A té 9 ano s De 10 a 19 ano s De 20 a 29 ano s De 30 a 39 ano s De 40 a 49 ano s De 50 a 59 ano s 60 ano s o u mais 0 Idade M o to rizado Não M o to rizado To tal Modo Mobilidade Motorizados Mobilidade Não Motorizados Mobilidade Total Masculino Feminino 1.3.4 Mobilidade e escolaridade 1.3.3 Mobilidade e idade O grau de escolaridade da população também interfere na mobilidade, na medida em que A idade também tem grande relação com a mobilidade na medida em que interfere nas está relacionado com a renda. atividades realizadas. Crianças muito pequenas não saem de casa com freqüência e quando A Tabela 1.3.8 mostra estes dados para o caso da RMRJ. Pode-se verificar que a mobilidade o fazem saem acompanhadas. Idosos podem ter baixa mobilidade, seja por dificuldades cresce com o aumento do grau de escolaridade. A amplitude varia de um mínimo de 0,82 viagem/habitante/dia, para o caso de analfabetos, até 3,50 viagens/habitante/dia, para o físicas, seja por estarem aposentados ou inativos. caso de estudantes de pós-graduação. De acordo com dados mostrados na Tabela 1.3.7 e no Gráfico 1.3.2, onde está considerada Tabela 1.3.8 – Mobilidade segundo a escolaridade toda a RMRJ, observa-se que a taxa de mobilidade mais alta corresponde à faixa etária dos Grau de escolaridade Mobilidade 10 aos 19 anos. No entanto, considerando apenas o modo motorizado, a maior mobilidade Analfabeto 0,82 abrange duas faixas etárias próximas, dos 30 aos 39 anos e dos 40 aos 49 anos. Pré-escola 1,61 Tabela 1.3.7 – Mobilidade segundo a faixa etária Fundamental incompleto (1ª e 4ª série) 1,68 Fundamental completo (1ª e 4ª série) 1,46 Mobilidade Faixa Etária (em anos) Fundamental incompleto (5ª e 8ª série) 1,89 Motorizados Não Motorizados Total Fundamental completo (5ª e 8ª série) 1,69 Até 9 anos 0,33 0,90 1,23 Médio incompleto 2,16 De 10 a 19 anos 1,05 1,25 2,30 Médio completo 1,86 De 20 a 29 anos 1,32 0,71 2,05 Superior incompleto 2,79 De 30 a 39 anos 1,44 0,52 1,96 Superior completo 2,60 Pós-graduação 3,50 De 40 a 49 anos 1,44 0,40 1,84 Menor de 7 anos não estudante 0,15 De 50 a 59 anos 1,22 0,43 1,55 Geral 1,77 60 anos ou mais 0,88 0,28 1,16 1-11 Consórcio: Logit-Oficina-JGP