2. A insegurança
provocada pelas Esses camponeses que
invasões dos pediam a proteção dos
séculos IX e X senhores de terra foram
levou os europeus submetidos à servidão.
ocidentais a
buscar proteção.
Pessoas com menos
recursos que não tinha
Migração das cidades para o com se proteger por si,
campo. Caracterizando um procuravam ajuda de
processo de ruralização. nobres e guerreiros;
Assim surgiu as relações
Em muitas regiões, sociais de produção baseadas
construíram-se vilas na servidão.
fortificadas e castelos
( O modo de produção feudal)
cercados por muralhas.
3. A sociedade feudal se divide
em três ordens principais:
Nobres: Ordem dos detentores de terra, que se
dedicavam basicamente às atividades militares.
Em tempos de paz, as atividades favoritas da
nobreza eram a caça e os torneios esportivos,
que serviam de treino para a guerra.
Clero: Ordem dos membros da Igreja católica,
destacando-se os dirigentes superiores, como
bispos, cardeais, e etc.
Servos: Compreendendo a maioria da população
camponesa, os servos realizavam os trabalhos
necessários à submissão da sociedade.
5. Sobre essa base econômica se
estabelecia uma série de relações
sociais marcadas pela ausência de
mobilidade social. Quer dizer os
diversos grupos sociais, aos quais
chamamos de estamentos, são
fixos, ou seja, um indivíduo
nascido em um determinado
estamento, não poderá mudar,
permanecerá nele e passará essa
condição em herança. A condição
social não depende da situação
econômica do indivíduo, trata-se
de uma condição jurídica, dada
pelo nascimento.
6. Economia e propriedade
O modo de produção feudal, próprio do
Ocidente europeu, tinha por base a economia
agrária, não-comercial, auto-suficiente, quase
totalmente monetária (ou seja, com uso
restrito de moeda). Parte do excedente de
produção era utilizado no comércio entre
feudos em trocas de produtos, entretanto o
excedente de produção normalmente não era
expressivo o suficiente para caracterizar uma
relação comercial estável ou uma possível
cultura de produção acima da de subsistência.
7. Tendo a terra como base de toda a sua
economia. A propriedade da terra era
unicamente reservada aos senhores
feudais, que por sua vez exerciam poder
total sobre suas propriedades: eles faziam as
leis, concediam privilégios, administravam a
justiça, declaravam guerra, assinavam a paz.
8. A extensão de terra pertencente ao senhor feudal
recebia o nome Feudo. No interior de um Feudo
coexistiam três formas de uso e posse da terra:
Os mansos senhoriais, terras exclusivas do senhor
feudal, e nela os servos trabalhavam alguns dias por
semana. Tudo o que nelas fosse produzido pertencia ao
Senhor.
Os mansos servis, terras utilizadas pelos servos, das
quais eles retiravam seu próprio sustento e os recursos
para cumprir as obrigações que deviam aos senhores.
Os mansos comunais, era a parte do feudo usada em
comum pelos servos e pelos senhores. Destinava-se a
pastagens do gado, a extração de madeira, a coleta de
frutos e a caça (direito exclusivo dos senhores).
9.
10. A relação servil
A relação servil impunha uma
série de obrigações do servo
para com o senhor feudal,
pagas em forma de trabalho
e de bens. Uma delas era a
corvéia, pela qual o servo,
embora livre tinha de
trabalhar alguns dias da
semana gratuitamente nas
reservas senhoriais.
Pagavam também a talha:
Ilustração que representa servos
onde eram obrigados a prestando corvéia sob a
fiscalização de
entregar parte da produção uma agente do senhor feudal.
agrícola ou pastoril ao senhor
feudal, entre outras.
11. Representação do modo de vida do Pintura medieval onde servos oferecem
homem feudal. peças de um animal ao senhor feudal.
Os servo trabalhando nas Servos trabalhando
terras e o castelo do senhor ao fundo. no feudo.
12. Devido ao caráter expropriador desse sistema,
caracterizado por obrigações (talha corvéia,
etc.), o servo não se sentia estimulado a
aumentar a produção com inovações
tecnológicas, pois isso significaria produzir
mais – porém não para si, mas para o senhor.
Por esse motivo, o desenvolvimento técnico do
período foi irrelevante, de certa maneira
limitando a produtividade.