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VERSÃO
INTERATIVA
LOGÍSTICA EM SAÚDE
Os benefícios de um setor bem
organizado
MEDICA 2013
Tecnologia e excelente
custo-benefício colocam
produtos brasileiros em
destaque no evento
A IMPORTÂNCIA DA AUTOESTIMA
NO ENFRENTAMENTO
DAS DOENÇAS
Caderno eHealth_Innovation
Como integrar Saúde e Educação para
o desenvolvimento do segmento
2. EngenhariaClínicanov-dez
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Equipamentos médicos
e os desafios de amanhã
Chegou o final do ano e já podemos fazer um balanço.
A profissão continua crescendo, tanto no Brasil quanto no exterior. As atuais
facilidades de comunicação, que logo nos põem em contato com outras
realidades e culturas, permitem perceber que, em se tratando de EC, o remédio
tem sido o mesmo em qualquer outra parte do mundo, ou seja, preparar cada
hospital dotando-o de maior capacidade para conviver com tecnologias cada
vez mais complexas. É a solução: o hospital tem que aprender a gerenciar os
recursos tecnológicos que incorpora e disponibiliza à população. É quase que
uma questão de sobrevivência.
Aqui no Brasil, nossa ABEClin fez 10 anos; os cursos de especialização em
EC já são em torno de 11; o de técnico em equipamentos biomédicos, cerca
de cinco, e o de tecnólogo em sistemas biomédicos também continua
crescendo e melhorando suas formas de levar mais valor ao mercado de
trabalho. Nossa associação continua divulgando e difundindo a profissão,
buscando agora, através de comissão especial no CONFEA, estudar o seu
reconhecimento formal.
Uma olhadela nos EUA nos permite exercitar um pouco uma visão de futuro.
Lá, a profissão só cresce e melhora sua contribuição em diversas áreas.
Uma leitura do recém-publicado relatório do ECRI sobre os Top 10 Health
Technology Hazards para o ano de 2014 mostra um pouco do que nosso futuro
parece ser. Gerenciar alarmes, infusão de drogas, redes de equipamentos
médicos, integridade de dados, riscos ocupacionais, radiações ionizantes,
reprocessamento, complicações em cirurgia robótica, etc. são pontos específicos
que o artigo nos propõe a pensar.
Neste sentido, é oportuno fazermos algumas reflexões sobre como melhorar
ainda mais a nossa contribuição e pensar um pouco sobre quais seriam os
nossos principais desafios de amanhã.
Como demonstrar nossos valores? Esta atividade é permanente, e se olharmos
com cuidado, quase sempre há oportunidades de fazermos isso, principalmente
quando alcançamos bons resultados. Apesar do nosso crescimento como
profissão, a imensa maioria ainda desconhece o que é Engenharia Clínica.
Onde devemos alocar nossas melhores habilidades? Uma forma de avaliarmos
esta questão é entendermos como as nossas capacidades essenciais vão ao
encontro da solução de um problema corretamente definido. Se nossos serviços
não ajudam o usuário, melhor abandoná-lo e inovar. Trazer aos hospitais
mais valor. Então que práticas devemos abandonar? Em dias atuais, a equipe
de enfermagem já não aguarda todo o processo de um conserto, desde a
identificação de um defeito até a aprovação de orçamentos e liberação para o
uso. Já no primeiro contato, nos pergunta se dada cirurgia será cancelada devido
à falta do recurso ou se o equipamento ficará pronto em tempo. Sim, o cliente
quer mais, mais comprometimento e profissionalismo nesta gestão de recursos.
A demanda mudou e nada diz que deixará de mudar.
Mas como fazer para reduzir os impactos sobre os serviços que oferecemos? De
fato, esperar a mudança e reagir a ela não parece uma solução ideal. Parece mais
produtivo organizar nossos serviços para liderarmos cada uma delas. Buscar
possibilidades de mudar tanto dentro como fora da nossa organização é um
caminho mais seguro. Nem sempre, a origem das grandes alterações ocorre
dentro de nossas organizações ou no setor produtivo onde atuamos. É muito
mais provável que venham de fora, como é o caso da aplicação do computador
na medicina. Tudo mudou desde então. Neste sentido, a convergência de
esforços entre EC e TI parece mesmo inevitável. Como você está preparando seu
serviço de EC para este futuro?
Como trabalhadores do conhecimento, devemos estar preparados para fazer a
nossa contribuição onde formos necessários, onde nossas capacidades essenciais
(aquelas que ninguém pode fazer
melhor que você) realmente sejam
agentes da inovação, que cria valor
e satisfação ao usuário. Lembre-se
que o cliente nada perde se deixamos
de oferecer a ele atividades que não
criam valor algum.
Sendo assim, segue um conjunto de
sugestões sobre como se preparar
para os desafios que as novas
tecnologias vão impor aos hospitais:
• Estude com mais cuidado os
contratos de serviços que sua
instituição mantém;
• Conheça mais detalhes sobre os
custos de reparos e formule uma
nova estratégia para reduzi-los;
• Procure conhecer novas tecnologias,
que podem servir como orientação
sobre onde investir;
• Desenvolva suas habilidades na
área de negócios;
• Entenda melhor as necessidades
dos profissionais da área da saúde;
• Torne mais fácil o trabalho dos
usuários;
• Melhore a segurança dos
equipamentos e planeje sua
substituição;
• Contribua com uma matéria para o
jornal do seu hospital;
• Invente o seu futuro e crie práticas
novas.
O conhecimento da sua equipe
(forças e fraquezas) e do
planejamento estratégico do hospital
é o ponto de partida para um
serviço de engenharia clínica mais
preparado.
Lúcio Flávio de Magalhães Brito
Engenheiro Clínico Certificado l Lb@engenhariaclinica.com
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