SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  70
Télécharger pour lire hors ligne
1Instalações e Serviços Industriais2006
Combustíveis
Notas das aulas da disciplina
de
INSTALAÇÕES E SERVIÇOS INDUSTRIAIS
2Instalações e Serviços Industriais2006
Temas a discutir
• Recursos energéticos
• Tipos de combustíveis
• Transporte e armazenagem
3Instalações e Serviços Industriais2006
Recursos energéticos
• A escassez dos chamados combustíveis
clássicos é cada vez mais frequente.
• A procura das energias alternativas é cada
vez maior, principalmente nas sociedades
industrializadas. No entanto não foram ainda
desenvolvidos métodos economicamente
viáveis para a produção destas energias,
capazes de superar o rendimento, a
simplicidade e a versatilidade da utilização
dos combustíveis clássicos.
4Instalações e Serviços Industriais2006
Reservas energéticas mundiais
Fonte de energia Tipo Reservas
(x1021
J)
Química (Fossil) Carvão,
Petróleo e Gás
32
6
Fissão nuclear Uránio/ Tório 600
Fusão Deutério 1010
Outras fontes de energia
solar,
eólica,
hídrica, geotérmica,
resíduos industriais e urbanos.
5Instalações e Serviços Industriais2006
Combustíveis clássicos
• A maior parte dos combustíveis são
fósseis.
ExEx:: carvão, petróleo e seus derivados e o gás
natural.
• Combustíveis não fósseis
ExEx:: madeira e seus derivados - carvão vegetal,
cascas, resíduos sólidos.
6Instalações e Serviços Industriais2006
Característica térmica
dos combustíveis
• Composição química:
– CnHm - hidrocarbonetos
– CnHmNoOpSq - composição geral tipo
• Tipo de reacção química: reacção exotérmica
• Poder calorífico: calor libertado na combustão
completa por unidade de massa, volume ou
mole de combustível (normalmente kJ/kg, kJ/m3
ou kJ/mole)
– PCS = PCI + m(água)*λ
λ - calor latente de vaporização da água
7Instalações e Serviços Industriais2006
Combustíveis sólidos
• Coque
• Carvão: antracite, hulha, lenhite,
betuminoso, sub-betuminoso, turfa
• Madeira: casca, serrim, serradura, estilha
(pinho, eucalipto, oliveira, etc.)
• Resíduos sólidos: casca de arroz, bagaço
de azeitona, bagaço de cana de açúcar, lixo
urbano, lixo hospitalar, pneus, restos de
materiais poliméricos.
8Instalações e Serviços Industriais2006
Coque de petróleo
• Coque de petróleo
– Produto sólido, negro e brilhante, obtido por
craqueamento de resíduos pesados,
essencialmente constituído por carbono (90 a
95%)
– Combustível sólido muito poluente e com um
elevado potencial de perigosidade para a saúde
humana e para o ambiente, nomeadamente pela
sua composição em enxofre e metais pesados.
Queima sem deixar cinzas
– Usado na indústria metalurgia, cerâmica e mais
recentemente nas cimenteiras
9Instalações e Serviços Industriais2006
Coque de petróleo e a poluição
• O aumento da utilização do coque petróleo decorre do
facto deste combustível ser mais barato do que outras
alternativas menos poluentes, nomeadamente o gás
natural, por, inexplicavelmente, não estar sujeito ao
Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP).
• Com o objectivo de corrigir as assimetrias criadas pela
preferência do coque de petróleo em algumas indústrias
portuguesas, os Ministérios da Economia e do Ambiente
publicaram a Portaria 1387/2003 de 22 de Dezembro,
tornando obrigatória a monitorização das emissões de
gases e o cumprimento da legislação em vigor nas
instalações que utilizem este combustível.
10Instalações e Serviços Industriais2006
Processo de obtenção do coque
11Instalações e Serviços Industriais2006
Imagens de combustíveis sólidos
Antracite
Preto com brilho metálico.
Duro, parte formando estiletes muito finos.
Estilha
Bagaço de azeitona
12Instalações e Serviços Industriais2006
Preparação dos combustíveis sólidos
para queima
• Preparação:
– secagem,
– trituração,
– corte,
– separação granulometrica
13Instalações e Serviços Industriais2006
Secadores
14Instalações e Serviços Industriais2006
Trituradores
15Instalações e Serviços Industriais2006
Principais propriedades
características dos combustíveis
sólidos
• Densidade
• Teor de humidade
• Percentagem de C
• Percentagem de O2, H2, N2, S
• Percentagem de matérias voláteis e minerais
• Percentagem de cinzas e sua temperatura de fusão
• Granulometria
• Coesão
• Dureza/Resistência
• Dilatação por efeito de humidade
• Fusibilidade das cinzas
• Poder calorífico
16Instalações e Serviços Industriais2006
Quando surge a utilização industrial
do carvão?
• O uso generalizado iniciou-se na
Europa no século XVI, se bem que
antes da era Cristã já os Chineses e os
Romanos o tivessem utilizado.
• Inglaterra: País da Europa que
começou a substituir a madeira pelo
carvão, na fabricação do ferro, papel
e na indústria têxtil (revolução
industrial).
17Instalações e Serviços Industriais2006
Como resulta o carvão?
• Série de transformações sobre os restos vegetais
acumulados em fundos pantanosos, lagunas ou
deltas fluviais, e sua subsequente consolidação em
areias e rochas.
• Acção de bactérias anaeróbicas, que produzem a
decomposição dos hidratos de carbono e um
comcomitante enriquecimento progressivo em
carbono.
18Instalações e Serviços Industriais2006
Reservas e formação do carvão
19Instalações e Serviços Industriais2006
Classificação do carvão por grau de
incarbonização (%)
1. Antracite 92 - 95
2. Hulha 91 - 93
3. Betuminoso 80 - 91
4. Sub-betuminoso 75 - 80
5. Linhite 60 - 75
6. Turfa < 60
20Instalações e Serviços Industriais2006
Armazenagem do carvão
Céu aberto
Áreas cobertas
Perigo de combustão espontânea
devido ao calor produzido por oxidação
atmosférica
– carvão recém extraído e
– montes de altura elevada
Pilha de 2,5 m, ventilação adequada,
cobertura e pulverização com água.
21Instalações e Serviços Industriais2006
Transporte do carvão e de outros
combustíveis sólidos
• Do local de extracção até ao consumidor
– via marítima ou terrestre (férrea)
• Do local de armazenagem até à caldeira
– tela transportadora
– sem-fim
– cabazes em rotação vertical
– gravidade
– transporte pneumático
– manualmente
22Instalações e Serviços Industriais2006
Movimentação do carvão
23Instalações e Serviços Industriais2006
Dados sobre
Explosividade de poeiras
Material d50 [mm] Concentração
Explosiva
Mínima
[g/cm3]
Pmax
[bar]
(dP/dt)max V1/3
[bar m/s]
Alumínio 29 30 12,4 415
Carvão Bituminoso 24 60 9,2 129
Cortiça 7 - 10,3 202
Polimetilmetacrilato 21 30 9,4 269
Polipropileno 25 30 8,4 101
Policloreto de Vinil 107 200 7,6 46
Açúcar 30 200 8,5 138
Zinco 10 250 6,7 125
24Instalações e Serviços Industriais2006
Combustíveis líquidos
• Derivados do petróleo
– gasolina
– gasóleo
– diesel-oil
– burner-oil
– thick-fuel-oil
– thin-fuel-oil
– coque
• Outros
– alcóol, azeite, solventes, licor negro, restos de
tintas e vernizes
25Instalações e Serviços Industriais2006
Principais propriedades dos
combustíveis líquidos
• Viscosidade
• Percentagem de enxofre
• Temperatura de inflamação
• Limite de inflamabilidade
• Pressão de vapor
• Cor/cheiro
• Percentagem de água
• Percentagem de sedimentos
• Densidade
• Coeficiente de dilatação
• Poder calorífico
• Toxicidade
26Instalações e Serviços Industriais2006
Quando surge a
utilização do petróleo ?
• 3 séculos a.c. já os SumSumééricosricos utilizavam o
asfalto proveniente do Vale de Eufrates para
embalsamar os mortos e calafetar os barcos e
ajudar a fixar as pedras dos templos. O
petróleo era também usado para tratar de
doenças de pele.
• As origens da indústria do petróleo situam-se
por volta do ano 18591859, quando o norte
americano DrakeDrake, realizou o 1º furo no subsolo
(21 m). Actualmente os furos chegam a
ultrapassar 5,5 km de profundidade.
27Instalações e Serviços Industriais2006
Como resulta o petróleo ?
• Encontra-se nos meios de origem sedimentar,
formados no fundo de uma baía, um meio
marítimo, ou em lagoas profundas e num
ambiente químico redutor.
• As rochas devem ser suficientemente porosas,
para permitir que o petróleo se armazene e
permeáveis para permitir a sua circulação.
• A matéria orgânica deposita-se, e pouco a
pouco vai-se cobrindo de sedimentos. À medida
que a profundidade aumenta vai-se degradando
por efeito de bactérias, transformando-se em
hidrocarbonetos.
28Instalações e Serviços Industriais2006
Reservas de petróleo
29Instalações e Serviços Industriais2006
Evolução
recente do preço
do petróleo
30Instalações e Serviços Industriais2006
Esquema simplificado das várias
fases na destilação do petróleo e
produtos finais
GPL
Butano e Propano
Normal Super
Gasolinas Solventes
Petróleo
p/ motores
Carboreactores
(JP1/JP4)
Petróleos Gasóleos
Fuel oil Alfaltos
Óleos lubrificantes
Resí duo
Destilação do petróleo bruto
31Instalações e Serviços Industriais2006
Refinaria da GALP - Porto
32Instalações e Serviços Industriais2006
Unidades processuais do processo de
destilação
• Destilação Atmosférica
Nesta unidade realiza-se, por destilação, a separação primária de
matéria prima (petróleo bruto) em quatro grandes fracções,
designadas por:
– produto topo (leves)
• O produto de topo é depois redestilado, dando origem a
gases incondensáveis (fuel-gás), GPL e naftas leve e
pesada
– petróleo,
– gasóleo e
– resíduo atmosférico.
33Instalações e Serviços Industriais2006
Adoçamento do Petróleo
•
O petróleo separado na destilação atmosférica
contém vários contaminantes, especialmente
sulfuretos orgânicos, designados tióis ou
mercaptanos, que corroem os metais e exalam um
odor desagradável.
• Por esta razão, o petróleo é sujeito a um tratamento
específico, no qual os sulfuretos são convertidos em
dissulfuretos não corrosivos e eventuais traços de
gás sulfídrico e ácidos carboxílicos são removidos.
• A maior parte do petróleo tratado é usado como
combustível para a aviação, sob a designação de jet-
fuel.
34Instalações e Serviços Industriais2006
Dessulfuração de Gasolina Pesada
•
Remove por via catalítica em atmosfera de hidrogénio, os
compostos orgânicos de enxofre, oxigénio e azoto presentes na
gasolina pesada, os quais actuariam como veneno permanente
ou temporário do catalisador da Unidade de Reformação
Catalítica (Platforming) situada a jusante, na fileira de
tratamento.
• O produto gasoso da reacção, constituído por hidrogénio e
hidrocarbonetos muito leves gás sulfídrico (H2S) e amoníaco
(NH3), é submetido a um tratamento de purificação por aminas
(tratamento de gases);
• o gás sulfídrico separado é enviado para a unidade de
recuperação de enxofre e os hidrocarbonetos encaminhados
para a rede de fuel-gás.
35Instalações e Serviços Industriais2006
Platformings semi-regenerativo e
de regeneração contínua (CCR)
• O propósito desta operação é converter os hidrocarbonetos
nafténicos e parafínicos em aromáticos (reformação catalítica),
libertando hidrogénio como sub-produto de reacção.
• A carga à unidade é constituída por nafta pesada dessulfurada;
o produto líquido obtido, designado "reformado", com elevado
teor em hidrocarbonetos aromáticos e um número de octano
muito alto, é usado como componente de gasolinas ou como
matéria prima para a Fábrica de Aromáticos.
• O hidrogénio produzido, depois de purificado (PSA), é usado
como co-reagente nos processos catalíticos hidrogenantes. Os
hidrocarbonetos leves produzidos na reacção são enviados
para a recuperação
36Instalações e Serviços Industriais2006
Tratamento de GPL e de Gasolina Leve
•
Este processo de tratamento, designado Merox, tem como
objectivo remover os mercaptanos (tióis) presentes nas
correntes de GPL e nafta leve, através duma extracção com
uma solução aquosa de soda cáustica.
• Os mercaptitos de sódio formados são depois removidos da
solução de soda cáustica (regeneração da soda) por oxidação
com ar na presença dum catalisador, convertendo-se em
dissulfuretos orgânicos insolúveis na solução aquosa,
separando-se por decantação.
• Os G.P.L. tratados são enviados para a Unidade de
Recuperação de Gases. A gasolina leve tratada, segue para a
armazenagem.
37Instalações e Serviços Industriais2006
Tratamento de Gases I e II e
Recuperação de Gases
•
O tratamento de gases realiza a extracção do gás sulfídrico
contido nas várias correntes gasosas destinadas a fuel-gás,
utilizando uma lavagem, em contra-corrente, com uma solução
aquosa de dietanolamina. A recuperação de gases,
compreende a separação dos gases incondensáveis contidos
nas correntes GPL (propano e butano) provenientes de
diferentes unidades. Os produtos resultantes destas operações
são: gás sulfídrico que é enviado à Unidade de Recuperação
de Enxofre, os incondensáveis de petróleo (fuel-gás) e os
G.P.L., que depois de sujeitos ao tratamento Merox, são
separados em Propano e Butano comerciais.
38Instalações e Serviços Industriais2006
Dessulfuração de Gasóleo I e II
• Trata-se dum processo de hidrodessulfuração do
gasóleo (reacção catalítica, realizada a alta pressão
parcial de hidrogénio, na presença dum catalisador
apropriado) que reduz drasticamente o seu teor de
enxofre.
• Em consequência da severidade da operação,
formam-se alguns leves por craqueamento da carga,
que são separados por stripping do gasóleo tratado,
antes de este ser enviado para a armazenagem.
• pelos respectivos processos de purificação.
39Instalações e Serviços Industriais2006
Produção de Enxofre
•
Converte o sulfureto de hidrogénio (H2S) contido na
corrente gasosa proveniente do Tratamento de
Gases, em enxofre elementar. Este processo,
designado “Claus”, compreende a queima de 1/3 da
corrente de H2S para formação de SO2 que,
reagindo com os 2/3 remanescentes, na presença
dum catalisador, produz enxofre elementar. É um
processo importante da fileira de tratamento na
medida em que recupera, como produto comercial,
todo o enxofre removido dos diferentes produtos
pelos respectivos processos de purificação.
40Instalações e Serviços Industriais2006
Principais combustíveis líquidos
usados em caldeiras
Gasóleo Diesel Burner Thin Thick
Gasóleo 100 85 50 20 0
Thick 0 15 50 80 100
41Instalações e Serviços Industriais2006
Armazenagem dos combustíveis
líquidos
• Depósitos verticais ou horizontais
– capacidade p/ 15 a 30 dias de consumo
– materiais de construção: aço, fibra de vidro
• Equipamento de apoio para combustíveis
pesados (i.e. elevada viscosidade)
– permutador de fundo (p/ limpeza)
– permutador de choque (p/ bombagem)
– resistências eléctricas
• Equipamento de controle de nível
42Instalações e Serviços Industriais2006
43Instalações e Serviços Industriais2006
UNIDADES PROCESSUAIS
• U0100 - Pré - Destilação
Esta unidade é, normalmente, alimentada com reformado (efluente da
reformação catalítica), produzido na Fábrica de Combustíveis. É constituída por
três colunas de destilação em série, que separam a alimentação nas seguintes
correntes processuais: fracção gasolina leve C5-; corte de C6/C7; corte de C8's
e um corte de aromáticos pesados C9+. A gasolina leve é devolvida à refinaria
como componente de gasolinas e de nafta química; os aromáticos pesados
são usados como matéria prima na Unidade Solventes (U0500), para a
produção de solventes industriais aromáticos (C9+ tipo I e II) e como
componente de gasolinas na refinaria.
• U0200 - Arosolvan
Esta unidade trata o corte C6/C7 proveniente da U0100. Os componentes
alifáticos são separados dos aromáticos por extracção líquido-líquido, usando
como solvente a N-metil-2-pirrolidona (NMP). O extracto, após recuperação do
solvente por destilação e lavagem com água, é submetido a uma destilação
para obtenção do benzeno e o tolueno de elevada pureza. A corrente de
refinado alifático, após lavagem com água, é usada na U0500 para produção
de solventes industriais alifáticos (hexano, heptano, solvente borracha, etc.)
ou devolvida à refinaria como componente de nafta química e gasolinas.
44Instalações e Serviços Industriais2006
UNIDADES PROCESSUAIS
• U0300 - Parex
A U0300 destina-se a produzir para-xileno de elevada pureza, a partir
do corte C8 recebido da U-100, quase inteiramente constituído por p-
xileno e seus isómeros. O para-xileno é separado por um processo de
adsorção selectiva realizada em fase líquida; o adsorvente (peneiro
molecular) é um material zeolítico cuja natureza e tipo de
porosidade favorece a adsorção do p-xileno em detrimento dos
outros hidrocarbonetos presentes. A desadsorção do paraxileno, faz-
se usando a um desorvente específico, neste caso o para-
dietilbenzeno, do qual finalmente se separa por destilação.
• U0400 - Isomar
Esta unidade recebe a mistura pobre em para-xileno proveniente da
U0300. Esta corrente, essencialmente constituída pelos isómeros orto
e meta-xileno e por etilbenzeno, segue para um reactor onde, em
atmosfera hidrogenante e na presença de um catalisador especifico,
ocorre a isomerização dos C8's, restabelecendo o equilíbrio em
xilenos. De seguida, por destilação é retirado o orto-xileno como
produto final e a restante corrente de C8's (rica em paraxileno) retorna
à U0300.
45Instalações e Serviços Industriais2006
UNIDADES PROCESSUAIS
• U0500 - Solventes
Funciona alternadamente, produzindo por destilação do
refinado da unidade Arosolvan (U-0200) solventes
alifáticos, designadamente hexano e heptano, ou solventes
aromáticos (C9+ tipo I e II) por destilação da corrente de
aromáticos pesados proveniente da U0100.
• GZ0600 - Produção de Azoto
A Fábrica de Aromáticos possui uma unidade de produção de
azoto. O azoto é obtido por destilação criogénica do
ar liquefeito. Como gás inerte, o azoto é utilizado na instalação
para inertização de equipamentos e circuitos por razões de
segurança e na cobertura de produtos armazenados para evitar
a sua oxidação.
46Instalações e Serviços Industriais2006
Características dos principais
combustíveis líquidos
• Massa volúmica
• thick-fuel-oil = 940,5 - 0,7 T (kg/m3)
• thin-fuel-oil = 930,5 - 0,7 T (kg/m3)
• gasóleo = 850,5 - 0,7 T (kg/m3)
• PCI
• thick-fuel-oil = 40195 kJ/kg
• thin-fuel-oil = 41030 kJ/kg
• gasóleo = 42705 kg/kg
• Viscosidade cinemática
• thick-fuel-oil = 300 - 800 CSt
• thin-fuel-oil = 100 - 200 CSt
• gasóleo = 2,1 - 5,8 CSt
47Instalações e Serviços Industriais2006
Temperaturas mínimas
recomendadas para armazenagem e
transporte
da nafta
• Armazenagem
thick-fuel-oil = 40 oC
thin-fuel-oil =25 oC
• Saída do tanque para alimentação do
queimador
thick-fuel-oil = 50 oC
thin-fuel-oil =30 oC
48Instalações e Serviços Industriais2006
Reservatórios de combustível
49Instalações e Serviços Industriais2006
Transporte de
combustíveis líquidos
• Da refinaria até ao consumidor
– via marítima ou terrestre (camiões cisternas)
• Do local de armazenagem até à caldeira
– gravidade
– bombagem: bomba de engrenagens
equipamento da linha:
filtro, permutador, resistências eléctricas,
válvula de comando modulado, by pass,
circuito de retorno
50Instalações e Serviços Industriais2006
Combustíveis gasosos
• Derivados dos processos químicos
– gás de refinaria (H2S)
– gás de alto forno (da volatiliz. de comb. sólidos)
• Derivados do petróleo
– propano, propeno
– butano
• Gás natural
– metano, etano
51Instalações e Serviços Industriais2006
Principais propriedades
dos combustíveis gasosos
• Densidade (d)
• Densidade em relação ao ar seco
• Temperatura de ebulição à pressão atmosférica
• Temperatura de inflamação no ar
• Limite de inflamabilidade
• Massa molecular
• Índice de Wobbe: Wo=Ho/(d)0,5
• Odor (artificial, para efeito de detecção)
• Poder calorífico (Ho)
52Instalações e Serviços Industriais2006
Quando surgiu a
utilização do gás natural ?
• Iniciou-se no princípio do século XX nos EUA
• Relação percentual de consumo mundial em
1955: EUA
90
Europa
Oriental
5
Europa
Ocidental
1
Resto do
Mundo
4
• Nos anos 70 houve um impacto no consumo
de gás natural
• Entrada do gás natural em Portugal: 1997
53Instalações e Serviços Industriais2006
Reservas de GN no Mundo
54Instalações e Serviços Industriais2006
Gás natural em Portugal
• O gás natural é totalmente importado
• Existem normas que regulamentam:
– importação, ordenamento, armazenamento,
transporte e distribuição (concessão de um
serviço público)
• Prevê-se que entre o ano 2000 e 2010 o gás
natural seja responsável por 8 a 10% do
consumo energético nacional.
• Prevê-se que a dependência em relação ao
petróleo diminua para cerca de 55 a 60 %.
55Instalações e Serviços Industriais2006
Principais combustíveis gasosos
usados em caldeiras
• Gás natural (inst. de média e grande dimensão)
• Propano/butano (instalações pequena
dimensão)
• Biogás (ETAR´s)
• Gás de cidade (Lisboa)
56Instalações e Serviços Industriais2006
Rede nacional de GN
57Instalações e Serviços Industriais2006
Rede ibérica de GN
58Instalações e Serviços Industriais2006
Preço do Gás Doméstico
59Instalações e Serviços Industriais2006
Armazenagem dos combustíveis
gasosos
• Reservatórios sob pressão: gás no estado
líquido
• Reservatórios (normalmente subterrâneos) nos
pontos terminais das condutas ou próximo
dos consumidores: gás natural
• Espaços porosos ou com fendas: campos de
exploração de gás abandonados e minas de
hidrocarbonetos
• Cavernas artificiais
60Instalações e Serviços Industriais2006
Tanque de armazenagem
61Instalações e Serviços Industriais2006
Transporte dos
combustíveis gasosos
• Do posto até ao consumidor
– via marítima ou terrestre (camiões cisternas), para
pequenas quantidades e locais em que não há rede
de distribuição
– pipelines, a uma pressão de 80 bar, podendo subir
até 180 bar, quando estes estão submersos
• Do ramal (válvula de seccionamento da
concessionária) até à caldeira: Existem 3 categorias
em função da pressão de serviço (>20 bar, entre 4 e 20
bar, e < 4 bar)
– tubagem, válvulas de seccionamento, unidades de
contagem e instrumentação de registo, uniões,
purgadores de ar
62Instalações e Serviços Industriais2006
Rede de gás
63Instalações e Serviços Industriais2006
VF de diversos combustíveis
φ =0,8 φ =0,9 φ =1,0 φ =1,1 φ =1,2 VFmax φ p/ VFmax
Etano 36,0 40,6 44,5 47,3 47,3 47,6 1,14
Propano - 42,3 45,6 46,2 42,4 46,4 1,06
Metano 30,0 38,3 43,4 44,7 39,8 44,8 1,08
Isopentano 33,0 37,6 39,8 38,4 33,4 39,9 1,01
Acetileno 107 130 144 151 154 155 1,25
Etileno 50,0 60,0 68,0 73,0 72,0 73,5 1,13
Propileno - 48,4 51,2 49,9 46,4 51,2 1,00
64Instalações e Serviços Industriais2006
Limites de inflamabilidade
• Temperaturas baixas ⇒ baixas
taxas de reacção
• Existe uma gama restrita de
condições que dão origem a taxas
de reacção suficientemente
elevadas para permitir combustão
auto-sustentada.
• Limites de inflamabilidade –
corresponde às percentagens
volumétricas de combustível na
mistura gasosa entre as quais é
possível ter uma combustão auto-
sustentada.
65Instalações e Serviços Industriais2006
Limites de inflamabilidade
de alguns combustíveis
Determinados à pressão atmosférica e temperatura ambiente num tubo
vertical de 50 mm de diâmetro co propagação de baixo para cima
Combustível LII (% Volumétrica) LSI (% Volumétrica)
Metano 5,3 15
Etano 3,0 12,5
Propano 2,2 9,5
Etileno 3,1 32
Propileno 2,4 10,3
Acetileno 2,5 80
Benzeno 1,4 7,1
Alcool metílico 7,3 36
Etanol 4,3 19
66Instalações e Serviços Industriais2006
Limites de
inflamabilidade em Ar e O2
LII LII LSI LSI
Ar O2 Ar O2
CO 12 16 75 94
Amoníaco 15 15 28 79
Hidrogénio 4 4 74 94
Acetileno 2,5 2,5 80 93
Etileno 2,7 2,9 36 80
Metano 5 5 14 61
Propano 2,2 2,2 10 55
Etano 3 3 12,5 66
Butano 1,8 1,8 8,4 49
Hexano 1,2 1,2 7,5 52
67Instalações e Serviços Industriais2006
Distribuição dos combustíveis no
sector cerâmico
Dados de 2004
Fonte:
68Instalações e Serviços Industriais2006
Combustíveis no sector cerâmico
Dados 2004
69Instalações e Serviços Industriais2006
Tabela de factores de emissão
Combustível
Factor de emissão
(ton CO2/TJ)
Biomassa 0
Gás natural 56,1
Gás propano 63,0
Fuel 73,3
Coque de petróleo 100,8
70Instalações e Serviços Industriais2006
LINKS
• http://www.galpenergia.com/Galp+Ener
gia/Portugues/a+Galp+Energia/a+refina
cao/refinaria+porto/Ref_Porto_default.h
tm

Contenu connexe

Tendances (20)

Petroleo e Gasolina
Petroleo e GasolinaPetroleo e Gasolina
Petroleo e Gasolina
 
Gasolina - Química Orgânica
Gasolina - Química OrgânicaGasolina - Química Orgânica
Gasolina - Química Orgânica
 
Petróleo e seus derivados
Petróleo e seus derivadosPetróleo e seus derivados
Petróleo e seus derivados
 
Gasolina x Álcool
Gasolina x ÁlcoolGasolina x Álcool
Gasolina x Álcool
 
Aula 06 classificação do petroleo e introdução ao refino
Aula 06   classificação do petroleo e introdução ao refinoAula 06   classificação do petroleo e introdução ao refino
Aula 06 classificação do petroleo e introdução ao refino
 
O que é octanagem
O que é octanagemO que é octanagem
O que é octanagem
 
Combustiveis - Química
Combustiveis - QuímicaCombustiveis - Química
Combustiveis - Química
 
Petróleo
PetróleoPetróleo
Petróleo
 
adp_ap
adp_apadp_ap
adp_ap
 
Petróleo
PetróleoPetróleo
Petróleo
 
Petroleo1
Petroleo1Petroleo1
Petroleo1
 
Querosene e parafina
Querosene e parafinaQuerosene e parafina
Querosene e parafina
 
Processo de refinação do petróleo
Processo de refinação do petróleoProcesso de refinação do petróleo
Processo de refinação do petróleo
 
Gasolina
Gasolina Gasolina
Gasolina
 
Processo de Refinação e Derivados do Petróleo
Processo de Refinação e Derivados do PetróleoProcesso de Refinação e Derivados do Petróleo
Processo de Refinação e Derivados do Petróleo
 
Refino de Petróleo
Refino de PetróleoRefino de Petróleo
Refino de Petróleo
 
Aula petroleo-2010
Aula petroleo-2010Aula petroleo-2010
Aula petroleo-2010
 
Produção de energia a partir de resíduos sólidos
Produção de energia a partir de resíduos sólidos  Produção de energia a partir de resíduos sólidos
Produção de energia a partir de resíduos sólidos
 
Petróleo - Uso e Derivados
Petróleo - Uso e DerivadosPetróleo - Uso e Derivados
Petróleo - Uso e Derivados
 
Jornada de exatas 2013
Jornada de exatas 2013Jornada de exatas 2013
Jornada de exatas 2013
 

Similaire à A4 combustiveis isi

Similaire à A4 combustiveis isi (20)

Petróleo e gasolina
Petróleo e gasolinaPetróleo e gasolina
Petróleo e gasolina
 
Refinariaesquema
RefinariaesquemaRefinariaesquema
Refinariaesquema
 
Aula 1 combustíveis
Aula 1   combustíveisAula 1   combustíveis
Aula 1 combustíveis
 
1202991902 betuminosos
1202991902 betuminosos1202991902 betuminosos
1202991902 betuminosos
 
11 aula refino do petróleo
11  aula refino do petróleo11  aula refino do petróleo
11 aula refino do petróleo
 
Carvão mineral e vegetal
Carvão mineral e vegetalCarvão mineral e vegetal
Carvão mineral e vegetal
 
Carvão mineral
Carvão mineralCarvão mineral
Carvão mineral
 
Processos Químicos 1.docx
Processos Químicos 1.docxProcessos Químicos 1.docx
Processos Químicos 1.docx
 
Projeto Container de Carbonização Rima Industrial S/A
Projeto Container de Carbonização Rima Industrial S/AProjeto Container de Carbonização Rima Industrial S/A
Projeto Container de Carbonização Rima Industrial S/A
 
Pré projeto validado 21-09-03 (aline e beto)
Pré projeto validado 21-09-03 (aline e beto)Pré projeto validado 21-09-03 (aline e beto)
Pré projeto validado 21-09-03 (aline e beto)
 
A co incineração
A co incineraçãoA co incineração
A co incineração
 
Gas es instalacao-prediais
Gas es instalacao-prediaisGas es instalacao-prediais
Gas es instalacao-prediais
 
Gas es instalacao-prediais
Gas es instalacao-prediaisGas es instalacao-prediais
Gas es instalacao-prediais
 
A coincineracao
A coincineracao A coincineracao
A coincineracao
 
1695
16951695
1695
 
QUIMICA AMBIENTAL PARA PRE ENEM, PROBLEMAS AMBIENTAIS
QUIMICA AMBIENTAL PARA PRE ENEM, PROBLEMAS AMBIENTAISQUIMICA AMBIENTAL PARA PRE ENEM, PROBLEMAS AMBIENTAIS
QUIMICA AMBIENTAL PARA PRE ENEM, PROBLEMAS AMBIENTAIS
 
Aual tématica petróleo
Aual tématica petróleoAual tématica petróleo
Aual tématica petróleo
 
Economia do hidrogênio
Economia do hidrogênioEconomia do hidrogênio
Economia do hidrogênio
 
Economia do hidrogênio
Economia do hidrogênioEconomia do hidrogênio
Economia do hidrogênio
 
Rec atm(modulo vi)2005
Rec atm(modulo vi)2005Rec atm(modulo vi)2005
Rec atm(modulo vi)2005
 

A4 combustiveis isi

  • 1. 1Instalações e Serviços Industriais2006 Combustíveis Notas das aulas da disciplina de INSTALAÇÕES E SERVIÇOS INDUSTRIAIS
  • 2. 2Instalações e Serviços Industriais2006 Temas a discutir • Recursos energéticos • Tipos de combustíveis • Transporte e armazenagem
  • 3. 3Instalações e Serviços Industriais2006 Recursos energéticos • A escassez dos chamados combustíveis clássicos é cada vez mais frequente. • A procura das energias alternativas é cada vez maior, principalmente nas sociedades industrializadas. No entanto não foram ainda desenvolvidos métodos economicamente viáveis para a produção destas energias, capazes de superar o rendimento, a simplicidade e a versatilidade da utilização dos combustíveis clássicos.
  • 4. 4Instalações e Serviços Industriais2006 Reservas energéticas mundiais Fonte de energia Tipo Reservas (x1021 J) Química (Fossil) Carvão, Petróleo e Gás 32 6 Fissão nuclear Uránio/ Tório 600 Fusão Deutério 1010 Outras fontes de energia solar, eólica, hídrica, geotérmica, resíduos industriais e urbanos.
  • 5. 5Instalações e Serviços Industriais2006 Combustíveis clássicos • A maior parte dos combustíveis são fósseis. ExEx:: carvão, petróleo e seus derivados e o gás natural. • Combustíveis não fósseis ExEx:: madeira e seus derivados - carvão vegetal, cascas, resíduos sólidos.
  • 6. 6Instalações e Serviços Industriais2006 Característica térmica dos combustíveis • Composição química: – CnHm - hidrocarbonetos – CnHmNoOpSq - composição geral tipo • Tipo de reacção química: reacção exotérmica • Poder calorífico: calor libertado na combustão completa por unidade de massa, volume ou mole de combustível (normalmente kJ/kg, kJ/m3 ou kJ/mole) – PCS = PCI + m(água)*λ λ - calor latente de vaporização da água
  • 7. 7Instalações e Serviços Industriais2006 Combustíveis sólidos • Coque • Carvão: antracite, hulha, lenhite, betuminoso, sub-betuminoso, turfa • Madeira: casca, serrim, serradura, estilha (pinho, eucalipto, oliveira, etc.) • Resíduos sólidos: casca de arroz, bagaço de azeitona, bagaço de cana de açúcar, lixo urbano, lixo hospitalar, pneus, restos de materiais poliméricos.
  • 8. 8Instalações e Serviços Industriais2006 Coque de petróleo • Coque de petróleo – Produto sólido, negro e brilhante, obtido por craqueamento de resíduos pesados, essencialmente constituído por carbono (90 a 95%) – Combustível sólido muito poluente e com um elevado potencial de perigosidade para a saúde humana e para o ambiente, nomeadamente pela sua composição em enxofre e metais pesados. Queima sem deixar cinzas – Usado na indústria metalurgia, cerâmica e mais recentemente nas cimenteiras
  • 9. 9Instalações e Serviços Industriais2006 Coque de petróleo e a poluição • O aumento da utilização do coque petróleo decorre do facto deste combustível ser mais barato do que outras alternativas menos poluentes, nomeadamente o gás natural, por, inexplicavelmente, não estar sujeito ao Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP). • Com o objectivo de corrigir as assimetrias criadas pela preferência do coque de petróleo em algumas indústrias portuguesas, os Ministérios da Economia e do Ambiente publicaram a Portaria 1387/2003 de 22 de Dezembro, tornando obrigatória a monitorização das emissões de gases e o cumprimento da legislação em vigor nas instalações que utilizem este combustível.
  • 10. 10Instalações e Serviços Industriais2006 Processo de obtenção do coque
  • 11. 11Instalações e Serviços Industriais2006 Imagens de combustíveis sólidos Antracite Preto com brilho metálico. Duro, parte formando estiletes muito finos. Estilha Bagaço de azeitona
  • 12. 12Instalações e Serviços Industriais2006 Preparação dos combustíveis sólidos para queima • Preparação: – secagem, – trituração, – corte, – separação granulometrica
  • 13. 13Instalações e Serviços Industriais2006 Secadores
  • 14. 14Instalações e Serviços Industriais2006 Trituradores
  • 15. 15Instalações e Serviços Industriais2006 Principais propriedades características dos combustíveis sólidos • Densidade • Teor de humidade • Percentagem de C • Percentagem de O2, H2, N2, S • Percentagem de matérias voláteis e minerais • Percentagem de cinzas e sua temperatura de fusão • Granulometria • Coesão • Dureza/Resistência • Dilatação por efeito de humidade • Fusibilidade das cinzas • Poder calorífico
  • 16. 16Instalações e Serviços Industriais2006 Quando surge a utilização industrial do carvão? • O uso generalizado iniciou-se na Europa no século XVI, se bem que antes da era Cristã já os Chineses e os Romanos o tivessem utilizado. • Inglaterra: País da Europa que começou a substituir a madeira pelo carvão, na fabricação do ferro, papel e na indústria têxtil (revolução industrial).
  • 17. 17Instalações e Serviços Industriais2006 Como resulta o carvão? • Série de transformações sobre os restos vegetais acumulados em fundos pantanosos, lagunas ou deltas fluviais, e sua subsequente consolidação em areias e rochas. • Acção de bactérias anaeróbicas, que produzem a decomposição dos hidratos de carbono e um comcomitante enriquecimento progressivo em carbono.
  • 18. 18Instalações e Serviços Industriais2006 Reservas e formação do carvão
  • 19. 19Instalações e Serviços Industriais2006 Classificação do carvão por grau de incarbonização (%) 1. Antracite 92 - 95 2. Hulha 91 - 93 3. Betuminoso 80 - 91 4. Sub-betuminoso 75 - 80 5. Linhite 60 - 75 6. Turfa < 60
  • 20. 20Instalações e Serviços Industriais2006 Armazenagem do carvão Céu aberto Áreas cobertas Perigo de combustão espontânea devido ao calor produzido por oxidação atmosférica – carvão recém extraído e – montes de altura elevada Pilha de 2,5 m, ventilação adequada, cobertura e pulverização com água.
  • 21. 21Instalações e Serviços Industriais2006 Transporte do carvão e de outros combustíveis sólidos • Do local de extracção até ao consumidor – via marítima ou terrestre (férrea) • Do local de armazenagem até à caldeira – tela transportadora – sem-fim – cabazes em rotação vertical – gravidade – transporte pneumático – manualmente
  • 22. 22Instalações e Serviços Industriais2006 Movimentação do carvão
  • 23. 23Instalações e Serviços Industriais2006 Dados sobre Explosividade de poeiras Material d50 [mm] Concentração Explosiva Mínima [g/cm3] Pmax [bar] (dP/dt)max V1/3 [bar m/s] Alumínio 29 30 12,4 415 Carvão Bituminoso 24 60 9,2 129 Cortiça 7 - 10,3 202 Polimetilmetacrilato 21 30 9,4 269 Polipropileno 25 30 8,4 101 Policloreto de Vinil 107 200 7,6 46 Açúcar 30 200 8,5 138 Zinco 10 250 6,7 125
  • 24. 24Instalações e Serviços Industriais2006 Combustíveis líquidos • Derivados do petróleo – gasolina – gasóleo – diesel-oil – burner-oil – thick-fuel-oil – thin-fuel-oil – coque • Outros – alcóol, azeite, solventes, licor negro, restos de tintas e vernizes
  • 25. 25Instalações e Serviços Industriais2006 Principais propriedades dos combustíveis líquidos • Viscosidade • Percentagem de enxofre • Temperatura de inflamação • Limite de inflamabilidade • Pressão de vapor • Cor/cheiro • Percentagem de água • Percentagem de sedimentos • Densidade • Coeficiente de dilatação • Poder calorífico • Toxicidade
  • 26. 26Instalações e Serviços Industriais2006 Quando surge a utilização do petróleo ? • 3 séculos a.c. já os SumSumééricosricos utilizavam o asfalto proveniente do Vale de Eufrates para embalsamar os mortos e calafetar os barcos e ajudar a fixar as pedras dos templos. O petróleo era também usado para tratar de doenças de pele. • As origens da indústria do petróleo situam-se por volta do ano 18591859, quando o norte americano DrakeDrake, realizou o 1º furo no subsolo (21 m). Actualmente os furos chegam a ultrapassar 5,5 km de profundidade.
  • 27. 27Instalações e Serviços Industriais2006 Como resulta o petróleo ? • Encontra-se nos meios de origem sedimentar, formados no fundo de uma baía, um meio marítimo, ou em lagoas profundas e num ambiente químico redutor. • As rochas devem ser suficientemente porosas, para permitir que o petróleo se armazene e permeáveis para permitir a sua circulação. • A matéria orgânica deposita-se, e pouco a pouco vai-se cobrindo de sedimentos. À medida que a profundidade aumenta vai-se degradando por efeito de bactérias, transformando-se em hidrocarbonetos.
  • 28. 28Instalações e Serviços Industriais2006 Reservas de petróleo
  • 29. 29Instalações e Serviços Industriais2006 Evolução recente do preço do petróleo
  • 30. 30Instalações e Serviços Industriais2006 Esquema simplificado das várias fases na destilação do petróleo e produtos finais GPL Butano e Propano Normal Super Gasolinas Solventes Petróleo p/ motores Carboreactores (JP1/JP4) Petróleos Gasóleos Fuel oil Alfaltos Óleos lubrificantes Resí duo Destilação do petróleo bruto
  • 31. 31Instalações e Serviços Industriais2006 Refinaria da GALP - Porto
  • 32. 32Instalações e Serviços Industriais2006 Unidades processuais do processo de destilação • Destilação Atmosférica Nesta unidade realiza-se, por destilação, a separação primária de matéria prima (petróleo bruto) em quatro grandes fracções, designadas por: – produto topo (leves) • O produto de topo é depois redestilado, dando origem a gases incondensáveis (fuel-gás), GPL e naftas leve e pesada – petróleo, – gasóleo e – resíduo atmosférico.
  • 33. 33Instalações e Serviços Industriais2006 Adoçamento do Petróleo • O petróleo separado na destilação atmosférica contém vários contaminantes, especialmente sulfuretos orgânicos, designados tióis ou mercaptanos, que corroem os metais e exalam um odor desagradável. • Por esta razão, o petróleo é sujeito a um tratamento específico, no qual os sulfuretos são convertidos em dissulfuretos não corrosivos e eventuais traços de gás sulfídrico e ácidos carboxílicos são removidos. • A maior parte do petróleo tratado é usado como combustível para a aviação, sob a designação de jet- fuel.
  • 34. 34Instalações e Serviços Industriais2006 Dessulfuração de Gasolina Pesada • Remove por via catalítica em atmosfera de hidrogénio, os compostos orgânicos de enxofre, oxigénio e azoto presentes na gasolina pesada, os quais actuariam como veneno permanente ou temporário do catalisador da Unidade de Reformação Catalítica (Platforming) situada a jusante, na fileira de tratamento. • O produto gasoso da reacção, constituído por hidrogénio e hidrocarbonetos muito leves gás sulfídrico (H2S) e amoníaco (NH3), é submetido a um tratamento de purificação por aminas (tratamento de gases); • o gás sulfídrico separado é enviado para a unidade de recuperação de enxofre e os hidrocarbonetos encaminhados para a rede de fuel-gás.
  • 35. 35Instalações e Serviços Industriais2006 Platformings semi-regenerativo e de regeneração contínua (CCR) • O propósito desta operação é converter os hidrocarbonetos nafténicos e parafínicos em aromáticos (reformação catalítica), libertando hidrogénio como sub-produto de reacção. • A carga à unidade é constituída por nafta pesada dessulfurada; o produto líquido obtido, designado "reformado", com elevado teor em hidrocarbonetos aromáticos e um número de octano muito alto, é usado como componente de gasolinas ou como matéria prima para a Fábrica de Aromáticos. • O hidrogénio produzido, depois de purificado (PSA), é usado como co-reagente nos processos catalíticos hidrogenantes. Os hidrocarbonetos leves produzidos na reacção são enviados para a recuperação
  • 36. 36Instalações e Serviços Industriais2006 Tratamento de GPL e de Gasolina Leve • Este processo de tratamento, designado Merox, tem como objectivo remover os mercaptanos (tióis) presentes nas correntes de GPL e nafta leve, através duma extracção com uma solução aquosa de soda cáustica. • Os mercaptitos de sódio formados são depois removidos da solução de soda cáustica (regeneração da soda) por oxidação com ar na presença dum catalisador, convertendo-se em dissulfuretos orgânicos insolúveis na solução aquosa, separando-se por decantação. • Os G.P.L. tratados são enviados para a Unidade de Recuperação de Gases. A gasolina leve tratada, segue para a armazenagem.
  • 37. 37Instalações e Serviços Industriais2006 Tratamento de Gases I e II e Recuperação de Gases • O tratamento de gases realiza a extracção do gás sulfídrico contido nas várias correntes gasosas destinadas a fuel-gás, utilizando uma lavagem, em contra-corrente, com uma solução aquosa de dietanolamina. A recuperação de gases, compreende a separação dos gases incondensáveis contidos nas correntes GPL (propano e butano) provenientes de diferentes unidades. Os produtos resultantes destas operações são: gás sulfídrico que é enviado à Unidade de Recuperação de Enxofre, os incondensáveis de petróleo (fuel-gás) e os G.P.L., que depois de sujeitos ao tratamento Merox, são separados em Propano e Butano comerciais.
  • 38. 38Instalações e Serviços Industriais2006 Dessulfuração de Gasóleo I e II • Trata-se dum processo de hidrodessulfuração do gasóleo (reacção catalítica, realizada a alta pressão parcial de hidrogénio, na presença dum catalisador apropriado) que reduz drasticamente o seu teor de enxofre. • Em consequência da severidade da operação, formam-se alguns leves por craqueamento da carga, que são separados por stripping do gasóleo tratado, antes de este ser enviado para a armazenagem. • pelos respectivos processos de purificação.
  • 39. 39Instalações e Serviços Industriais2006 Produção de Enxofre • Converte o sulfureto de hidrogénio (H2S) contido na corrente gasosa proveniente do Tratamento de Gases, em enxofre elementar. Este processo, designado “Claus”, compreende a queima de 1/3 da corrente de H2S para formação de SO2 que, reagindo com os 2/3 remanescentes, na presença dum catalisador, produz enxofre elementar. É um processo importante da fileira de tratamento na medida em que recupera, como produto comercial, todo o enxofre removido dos diferentes produtos pelos respectivos processos de purificação.
  • 40. 40Instalações e Serviços Industriais2006 Principais combustíveis líquidos usados em caldeiras Gasóleo Diesel Burner Thin Thick Gasóleo 100 85 50 20 0 Thick 0 15 50 80 100
  • 41. 41Instalações e Serviços Industriais2006 Armazenagem dos combustíveis líquidos • Depósitos verticais ou horizontais – capacidade p/ 15 a 30 dias de consumo – materiais de construção: aço, fibra de vidro • Equipamento de apoio para combustíveis pesados (i.e. elevada viscosidade) – permutador de fundo (p/ limpeza) – permutador de choque (p/ bombagem) – resistências eléctricas • Equipamento de controle de nível
  • 42. 42Instalações e Serviços Industriais2006
  • 43. 43Instalações e Serviços Industriais2006 UNIDADES PROCESSUAIS • U0100 - Pré - Destilação Esta unidade é, normalmente, alimentada com reformado (efluente da reformação catalítica), produzido na Fábrica de Combustíveis. É constituída por três colunas de destilação em série, que separam a alimentação nas seguintes correntes processuais: fracção gasolina leve C5-; corte de C6/C7; corte de C8's e um corte de aromáticos pesados C9+. A gasolina leve é devolvida à refinaria como componente de gasolinas e de nafta química; os aromáticos pesados são usados como matéria prima na Unidade Solventes (U0500), para a produção de solventes industriais aromáticos (C9+ tipo I e II) e como componente de gasolinas na refinaria. • U0200 - Arosolvan Esta unidade trata o corte C6/C7 proveniente da U0100. Os componentes alifáticos são separados dos aromáticos por extracção líquido-líquido, usando como solvente a N-metil-2-pirrolidona (NMP). O extracto, após recuperação do solvente por destilação e lavagem com água, é submetido a uma destilação para obtenção do benzeno e o tolueno de elevada pureza. A corrente de refinado alifático, após lavagem com água, é usada na U0500 para produção de solventes industriais alifáticos (hexano, heptano, solvente borracha, etc.) ou devolvida à refinaria como componente de nafta química e gasolinas.
  • 44. 44Instalações e Serviços Industriais2006 UNIDADES PROCESSUAIS • U0300 - Parex A U0300 destina-se a produzir para-xileno de elevada pureza, a partir do corte C8 recebido da U-100, quase inteiramente constituído por p- xileno e seus isómeros. O para-xileno é separado por um processo de adsorção selectiva realizada em fase líquida; o adsorvente (peneiro molecular) é um material zeolítico cuja natureza e tipo de porosidade favorece a adsorção do p-xileno em detrimento dos outros hidrocarbonetos presentes. A desadsorção do paraxileno, faz- se usando a um desorvente específico, neste caso o para- dietilbenzeno, do qual finalmente se separa por destilação. • U0400 - Isomar Esta unidade recebe a mistura pobre em para-xileno proveniente da U0300. Esta corrente, essencialmente constituída pelos isómeros orto e meta-xileno e por etilbenzeno, segue para um reactor onde, em atmosfera hidrogenante e na presença de um catalisador especifico, ocorre a isomerização dos C8's, restabelecendo o equilíbrio em xilenos. De seguida, por destilação é retirado o orto-xileno como produto final e a restante corrente de C8's (rica em paraxileno) retorna à U0300.
  • 45. 45Instalações e Serviços Industriais2006 UNIDADES PROCESSUAIS • U0500 - Solventes Funciona alternadamente, produzindo por destilação do refinado da unidade Arosolvan (U-0200) solventes alifáticos, designadamente hexano e heptano, ou solventes aromáticos (C9+ tipo I e II) por destilação da corrente de aromáticos pesados proveniente da U0100. • GZ0600 - Produção de Azoto A Fábrica de Aromáticos possui uma unidade de produção de azoto. O azoto é obtido por destilação criogénica do ar liquefeito. Como gás inerte, o azoto é utilizado na instalação para inertização de equipamentos e circuitos por razões de segurança e na cobertura de produtos armazenados para evitar a sua oxidação.
  • 46. 46Instalações e Serviços Industriais2006 Características dos principais combustíveis líquidos • Massa volúmica • thick-fuel-oil = 940,5 - 0,7 T (kg/m3) • thin-fuel-oil = 930,5 - 0,7 T (kg/m3) • gasóleo = 850,5 - 0,7 T (kg/m3) • PCI • thick-fuel-oil = 40195 kJ/kg • thin-fuel-oil = 41030 kJ/kg • gasóleo = 42705 kg/kg • Viscosidade cinemática • thick-fuel-oil = 300 - 800 CSt • thin-fuel-oil = 100 - 200 CSt • gasóleo = 2,1 - 5,8 CSt
  • 47. 47Instalações e Serviços Industriais2006 Temperaturas mínimas recomendadas para armazenagem e transporte da nafta • Armazenagem thick-fuel-oil = 40 oC thin-fuel-oil =25 oC • Saída do tanque para alimentação do queimador thick-fuel-oil = 50 oC thin-fuel-oil =30 oC
  • 48. 48Instalações e Serviços Industriais2006 Reservatórios de combustível
  • 49. 49Instalações e Serviços Industriais2006 Transporte de combustíveis líquidos • Da refinaria até ao consumidor – via marítima ou terrestre (camiões cisternas) • Do local de armazenagem até à caldeira – gravidade – bombagem: bomba de engrenagens equipamento da linha: filtro, permutador, resistências eléctricas, válvula de comando modulado, by pass, circuito de retorno
  • 50. 50Instalações e Serviços Industriais2006 Combustíveis gasosos • Derivados dos processos químicos – gás de refinaria (H2S) – gás de alto forno (da volatiliz. de comb. sólidos) • Derivados do petróleo – propano, propeno – butano • Gás natural – metano, etano
  • 51. 51Instalações e Serviços Industriais2006 Principais propriedades dos combustíveis gasosos • Densidade (d) • Densidade em relação ao ar seco • Temperatura de ebulição à pressão atmosférica • Temperatura de inflamação no ar • Limite de inflamabilidade • Massa molecular • Índice de Wobbe: Wo=Ho/(d)0,5 • Odor (artificial, para efeito de detecção) • Poder calorífico (Ho)
  • 52. 52Instalações e Serviços Industriais2006 Quando surgiu a utilização do gás natural ? • Iniciou-se no princípio do século XX nos EUA • Relação percentual de consumo mundial em 1955: EUA 90 Europa Oriental 5 Europa Ocidental 1 Resto do Mundo 4 • Nos anos 70 houve um impacto no consumo de gás natural • Entrada do gás natural em Portugal: 1997
  • 53. 53Instalações e Serviços Industriais2006 Reservas de GN no Mundo
  • 54. 54Instalações e Serviços Industriais2006 Gás natural em Portugal • O gás natural é totalmente importado • Existem normas que regulamentam: – importação, ordenamento, armazenamento, transporte e distribuição (concessão de um serviço público) • Prevê-se que entre o ano 2000 e 2010 o gás natural seja responsável por 8 a 10% do consumo energético nacional. • Prevê-se que a dependência em relação ao petróleo diminua para cerca de 55 a 60 %.
  • 55. 55Instalações e Serviços Industriais2006 Principais combustíveis gasosos usados em caldeiras • Gás natural (inst. de média e grande dimensão) • Propano/butano (instalações pequena dimensão) • Biogás (ETAR´s) • Gás de cidade (Lisboa)
  • 56. 56Instalações e Serviços Industriais2006 Rede nacional de GN
  • 57. 57Instalações e Serviços Industriais2006 Rede ibérica de GN
  • 58. 58Instalações e Serviços Industriais2006 Preço do Gás Doméstico
  • 59. 59Instalações e Serviços Industriais2006 Armazenagem dos combustíveis gasosos • Reservatórios sob pressão: gás no estado líquido • Reservatórios (normalmente subterrâneos) nos pontos terminais das condutas ou próximo dos consumidores: gás natural • Espaços porosos ou com fendas: campos de exploração de gás abandonados e minas de hidrocarbonetos • Cavernas artificiais
  • 60. 60Instalações e Serviços Industriais2006 Tanque de armazenagem
  • 61. 61Instalações e Serviços Industriais2006 Transporte dos combustíveis gasosos • Do posto até ao consumidor – via marítima ou terrestre (camiões cisternas), para pequenas quantidades e locais em que não há rede de distribuição – pipelines, a uma pressão de 80 bar, podendo subir até 180 bar, quando estes estão submersos • Do ramal (válvula de seccionamento da concessionária) até à caldeira: Existem 3 categorias em função da pressão de serviço (>20 bar, entre 4 e 20 bar, e < 4 bar) – tubagem, válvulas de seccionamento, unidades de contagem e instrumentação de registo, uniões, purgadores de ar
  • 62. 62Instalações e Serviços Industriais2006 Rede de gás
  • 63. 63Instalações e Serviços Industriais2006 VF de diversos combustíveis φ =0,8 φ =0,9 φ =1,0 φ =1,1 φ =1,2 VFmax φ p/ VFmax Etano 36,0 40,6 44,5 47,3 47,3 47,6 1,14 Propano - 42,3 45,6 46,2 42,4 46,4 1,06 Metano 30,0 38,3 43,4 44,7 39,8 44,8 1,08 Isopentano 33,0 37,6 39,8 38,4 33,4 39,9 1,01 Acetileno 107 130 144 151 154 155 1,25 Etileno 50,0 60,0 68,0 73,0 72,0 73,5 1,13 Propileno - 48,4 51,2 49,9 46,4 51,2 1,00
  • 64. 64Instalações e Serviços Industriais2006 Limites de inflamabilidade • Temperaturas baixas ⇒ baixas taxas de reacção • Existe uma gama restrita de condições que dão origem a taxas de reacção suficientemente elevadas para permitir combustão auto-sustentada. • Limites de inflamabilidade – corresponde às percentagens volumétricas de combustível na mistura gasosa entre as quais é possível ter uma combustão auto- sustentada.
  • 65. 65Instalações e Serviços Industriais2006 Limites de inflamabilidade de alguns combustíveis Determinados à pressão atmosférica e temperatura ambiente num tubo vertical de 50 mm de diâmetro co propagação de baixo para cima Combustível LII (% Volumétrica) LSI (% Volumétrica) Metano 5,3 15 Etano 3,0 12,5 Propano 2,2 9,5 Etileno 3,1 32 Propileno 2,4 10,3 Acetileno 2,5 80 Benzeno 1,4 7,1 Alcool metílico 7,3 36 Etanol 4,3 19
  • 66. 66Instalações e Serviços Industriais2006 Limites de inflamabilidade em Ar e O2 LII LII LSI LSI Ar O2 Ar O2 CO 12 16 75 94 Amoníaco 15 15 28 79 Hidrogénio 4 4 74 94 Acetileno 2,5 2,5 80 93 Etileno 2,7 2,9 36 80 Metano 5 5 14 61 Propano 2,2 2,2 10 55 Etano 3 3 12,5 66 Butano 1,8 1,8 8,4 49 Hexano 1,2 1,2 7,5 52
  • 67. 67Instalações e Serviços Industriais2006 Distribuição dos combustíveis no sector cerâmico Dados de 2004 Fonte:
  • 68. 68Instalações e Serviços Industriais2006 Combustíveis no sector cerâmico Dados 2004
  • 69. 69Instalações e Serviços Industriais2006 Tabela de factores de emissão Combustível Factor de emissão (ton CO2/TJ) Biomassa 0 Gás natural 56,1 Gás propano 63,0 Fuel 73,3 Coque de petróleo 100,8
  • 70. 70Instalações e Serviços Industriais2006 LINKS • http://www.galpenergia.com/Galp+Ener gia/Portugues/a+Galp+Energia/a+refina cao/refinaria+porto/Ref_Porto_default.h tm