O documento discute os tópicos de combustíveis, instalações e serviços industriais. Aborda recursos energéticos como carvão, petróleo e gás natural, além de energias alternativas. Detalha os processos de obtenção, propriedades, armazenamento e transporte de combustíveis sólidos como carvão e combustíveis líquidos derivados do petróleo.
1. 1Instalações e Serviços Industriais2006
Combustíveis
Notas das aulas da disciplina
de
INSTALAÇÕES E SERVIÇOS INDUSTRIAIS
2. 2Instalações e Serviços Industriais2006
Temas a discutir
• Recursos energéticos
• Tipos de combustíveis
• Transporte e armazenagem
3. 3Instalações e Serviços Industriais2006
Recursos energéticos
• A escassez dos chamados combustíveis
clássicos é cada vez mais frequente.
• A procura das energias alternativas é cada
vez maior, principalmente nas sociedades
industrializadas. No entanto não foram ainda
desenvolvidos métodos economicamente
viáveis para a produção destas energias,
capazes de superar o rendimento, a
simplicidade e a versatilidade da utilização
dos combustíveis clássicos.
4. 4Instalações e Serviços Industriais2006
Reservas energéticas mundiais
Fonte de energia Tipo Reservas
(x1021
J)
Química (Fossil) Carvão,
Petróleo e Gás
32
6
Fissão nuclear Uránio/ Tório 600
Fusão Deutério 1010
Outras fontes de energia
solar,
eólica,
hídrica, geotérmica,
resíduos industriais e urbanos.
5. 5Instalações e Serviços Industriais2006
Combustíveis clássicos
• A maior parte dos combustíveis são
fósseis.
ExEx:: carvão, petróleo e seus derivados e o gás
natural.
• Combustíveis não fósseis
ExEx:: madeira e seus derivados - carvão vegetal,
cascas, resíduos sólidos.
6. 6Instalações e Serviços Industriais2006
Característica térmica
dos combustíveis
• Composição química:
– CnHm - hidrocarbonetos
– CnHmNoOpSq - composição geral tipo
• Tipo de reacção química: reacção exotérmica
• Poder calorífico: calor libertado na combustão
completa por unidade de massa, volume ou
mole de combustível (normalmente kJ/kg, kJ/m3
ou kJ/mole)
– PCS = PCI + m(água)*λ
λ - calor latente de vaporização da água
7. 7Instalações e Serviços Industriais2006
Combustíveis sólidos
• Coque
• Carvão: antracite, hulha, lenhite,
betuminoso, sub-betuminoso, turfa
• Madeira: casca, serrim, serradura, estilha
(pinho, eucalipto, oliveira, etc.)
• Resíduos sólidos: casca de arroz, bagaço
de azeitona, bagaço de cana de açúcar, lixo
urbano, lixo hospitalar, pneus, restos de
materiais poliméricos.
8. 8Instalações e Serviços Industriais2006
Coque de petróleo
• Coque de petróleo
– Produto sólido, negro e brilhante, obtido por
craqueamento de resíduos pesados,
essencialmente constituído por carbono (90 a
95%)
– Combustível sólido muito poluente e com um
elevado potencial de perigosidade para a saúde
humana e para o ambiente, nomeadamente pela
sua composição em enxofre e metais pesados.
Queima sem deixar cinzas
– Usado na indústria metalurgia, cerâmica e mais
recentemente nas cimenteiras
9. 9Instalações e Serviços Industriais2006
Coque de petróleo e a poluição
• O aumento da utilização do coque petróleo decorre do
facto deste combustível ser mais barato do que outras
alternativas menos poluentes, nomeadamente o gás
natural, por, inexplicavelmente, não estar sujeito ao
Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP).
• Com o objectivo de corrigir as assimetrias criadas pela
preferência do coque de petróleo em algumas indústrias
portuguesas, os Ministérios da Economia e do Ambiente
publicaram a Portaria 1387/2003 de 22 de Dezembro,
tornando obrigatória a monitorização das emissões de
gases e o cumprimento da legislação em vigor nas
instalações que utilizem este combustível.
11. 11Instalações e Serviços Industriais2006
Imagens de combustíveis sólidos
Antracite
Preto com brilho metálico.
Duro, parte formando estiletes muito finos.
Estilha
Bagaço de azeitona
12. 12Instalações e Serviços Industriais2006
Preparação dos combustíveis sólidos
para queima
• Preparação:
– secagem,
– trituração,
– corte,
– separação granulometrica
15. 15Instalações e Serviços Industriais2006
Principais propriedades
características dos combustíveis
sólidos
• Densidade
• Teor de humidade
• Percentagem de C
• Percentagem de O2, H2, N2, S
• Percentagem de matérias voláteis e minerais
• Percentagem de cinzas e sua temperatura de fusão
• Granulometria
• Coesão
• Dureza/Resistência
• Dilatação por efeito de humidade
• Fusibilidade das cinzas
• Poder calorífico
16. 16Instalações e Serviços Industriais2006
Quando surge a utilização industrial
do carvão?
• O uso generalizado iniciou-se na
Europa no século XVI, se bem que
antes da era Cristã já os Chineses e os
Romanos o tivessem utilizado.
• Inglaterra: País da Europa que
começou a substituir a madeira pelo
carvão, na fabricação do ferro, papel
e na indústria têxtil (revolução
industrial).
17. 17Instalações e Serviços Industriais2006
Como resulta o carvão?
• Série de transformações sobre os restos vegetais
acumulados em fundos pantanosos, lagunas ou
deltas fluviais, e sua subsequente consolidação em
areias e rochas.
• Acção de bactérias anaeróbicas, que produzem a
decomposição dos hidratos de carbono e um
comcomitante enriquecimento progressivo em
carbono.
20. 20Instalações e Serviços Industriais2006
Armazenagem do carvão
Céu aberto
Áreas cobertas
Perigo de combustão espontânea
devido ao calor produzido por oxidação
atmosférica
– carvão recém extraído e
– montes de altura elevada
Pilha de 2,5 m, ventilação adequada,
cobertura e pulverização com água.
21. 21Instalações e Serviços Industriais2006
Transporte do carvão e de outros
combustíveis sólidos
• Do local de extracção até ao consumidor
– via marítima ou terrestre (férrea)
• Do local de armazenagem até à caldeira
– tela transportadora
– sem-fim
– cabazes em rotação vertical
– gravidade
– transporte pneumático
– manualmente
24. 24Instalações e Serviços Industriais2006
Combustíveis líquidos
• Derivados do petróleo
– gasolina
– gasóleo
– diesel-oil
– burner-oil
– thick-fuel-oil
– thin-fuel-oil
– coque
• Outros
– alcóol, azeite, solventes, licor negro, restos de
tintas e vernizes
25. 25Instalações e Serviços Industriais2006
Principais propriedades dos
combustíveis líquidos
• Viscosidade
• Percentagem de enxofre
• Temperatura de inflamação
• Limite de inflamabilidade
• Pressão de vapor
• Cor/cheiro
• Percentagem de água
• Percentagem de sedimentos
• Densidade
• Coeficiente de dilatação
• Poder calorífico
• Toxicidade
26. 26Instalações e Serviços Industriais2006
Quando surge a
utilização do petróleo ?
• 3 séculos a.c. já os SumSumééricosricos utilizavam o
asfalto proveniente do Vale de Eufrates para
embalsamar os mortos e calafetar os barcos e
ajudar a fixar as pedras dos templos. O
petróleo era também usado para tratar de
doenças de pele.
• As origens da indústria do petróleo situam-se
por volta do ano 18591859, quando o norte
americano DrakeDrake, realizou o 1º furo no subsolo
(21 m). Actualmente os furos chegam a
ultrapassar 5,5 km de profundidade.
27. 27Instalações e Serviços Industriais2006
Como resulta o petróleo ?
• Encontra-se nos meios de origem sedimentar,
formados no fundo de uma baía, um meio
marítimo, ou em lagoas profundas e num
ambiente químico redutor.
• As rochas devem ser suficientemente porosas,
para permitir que o petróleo se armazene e
permeáveis para permitir a sua circulação.
• A matéria orgânica deposita-se, e pouco a
pouco vai-se cobrindo de sedimentos. À medida
que a profundidade aumenta vai-se degradando
por efeito de bactérias, transformando-se em
hidrocarbonetos.
30. 30Instalações e Serviços Industriais2006
Esquema simplificado das várias
fases na destilação do petróleo e
produtos finais
GPL
Butano e Propano
Normal Super
Gasolinas Solventes
Petróleo
p/ motores
Carboreactores
(JP1/JP4)
Petróleos Gasóleos
Fuel oil Alfaltos
Óleos lubrificantes
Resí duo
Destilação do petróleo bruto
32. 32Instalações e Serviços Industriais2006
Unidades processuais do processo de
destilação
• Destilação Atmosférica
Nesta unidade realiza-se, por destilação, a separação primária de
matéria prima (petróleo bruto) em quatro grandes fracções,
designadas por:
– produto topo (leves)
• O produto de topo é depois redestilado, dando origem a
gases incondensáveis (fuel-gás), GPL e naftas leve e
pesada
– petróleo,
– gasóleo e
– resíduo atmosférico.
33. 33Instalações e Serviços Industriais2006
Adoçamento do Petróleo
•
O petróleo separado na destilação atmosférica
contém vários contaminantes, especialmente
sulfuretos orgânicos, designados tióis ou
mercaptanos, que corroem os metais e exalam um
odor desagradável.
• Por esta razão, o petróleo é sujeito a um tratamento
específico, no qual os sulfuretos são convertidos em
dissulfuretos não corrosivos e eventuais traços de
gás sulfídrico e ácidos carboxílicos são removidos.
• A maior parte do petróleo tratado é usado como
combustível para a aviação, sob a designação de jet-
fuel.
34. 34Instalações e Serviços Industriais2006
Dessulfuração de Gasolina Pesada
•
Remove por via catalítica em atmosfera de hidrogénio, os
compostos orgânicos de enxofre, oxigénio e azoto presentes na
gasolina pesada, os quais actuariam como veneno permanente
ou temporário do catalisador da Unidade de Reformação
Catalítica (Platforming) situada a jusante, na fileira de
tratamento.
• O produto gasoso da reacção, constituído por hidrogénio e
hidrocarbonetos muito leves gás sulfídrico (H2S) e amoníaco
(NH3), é submetido a um tratamento de purificação por aminas
(tratamento de gases);
• o gás sulfídrico separado é enviado para a unidade de
recuperação de enxofre e os hidrocarbonetos encaminhados
para a rede de fuel-gás.
35. 35Instalações e Serviços Industriais2006
Platformings semi-regenerativo e
de regeneração contínua (CCR)
• O propósito desta operação é converter os hidrocarbonetos
nafténicos e parafínicos em aromáticos (reformação catalítica),
libertando hidrogénio como sub-produto de reacção.
• A carga à unidade é constituída por nafta pesada dessulfurada;
o produto líquido obtido, designado "reformado", com elevado
teor em hidrocarbonetos aromáticos e um número de octano
muito alto, é usado como componente de gasolinas ou como
matéria prima para a Fábrica de Aromáticos.
• O hidrogénio produzido, depois de purificado (PSA), é usado
como co-reagente nos processos catalíticos hidrogenantes. Os
hidrocarbonetos leves produzidos na reacção são enviados
para a recuperação
36. 36Instalações e Serviços Industriais2006
Tratamento de GPL e de Gasolina Leve
•
Este processo de tratamento, designado Merox, tem como
objectivo remover os mercaptanos (tióis) presentes nas
correntes de GPL e nafta leve, através duma extracção com
uma solução aquosa de soda cáustica.
• Os mercaptitos de sódio formados são depois removidos da
solução de soda cáustica (regeneração da soda) por oxidação
com ar na presença dum catalisador, convertendo-se em
dissulfuretos orgânicos insolúveis na solução aquosa,
separando-se por decantação.
• Os G.P.L. tratados são enviados para a Unidade de
Recuperação de Gases. A gasolina leve tratada, segue para a
armazenagem.
37. 37Instalações e Serviços Industriais2006
Tratamento de Gases I e II e
Recuperação de Gases
•
O tratamento de gases realiza a extracção do gás sulfídrico
contido nas várias correntes gasosas destinadas a fuel-gás,
utilizando uma lavagem, em contra-corrente, com uma solução
aquosa de dietanolamina. A recuperação de gases,
compreende a separação dos gases incondensáveis contidos
nas correntes GPL (propano e butano) provenientes de
diferentes unidades. Os produtos resultantes destas operações
são: gás sulfídrico que é enviado à Unidade de Recuperação
de Enxofre, os incondensáveis de petróleo (fuel-gás) e os
G.P.L., que depois de sujeitos ao tratamento Merox, são
separados em Propano e Butano comerciais.
38. 38Instalações e Serviços Industriais2006
Dessulfuração de Gasóleo I e II
• Trata-se dum processo de hidrodessulfuração do
gasóleo (reacção catalítica, realizada a alta pressão
parcial de hidrogénio, na presença dum catalisador
apropriado) que reduz drasticamente o seu teor de
enxofre.
• Em consequência da severidade da operação,
formam-se alguns leves por craqueamento da carga,
que são separados por stripping do gasóleo tratado,
antes de este ser enviado para a armazenagem.
• pelos respectivos processos de purificação.
39. 39Instalações e Serviços Industriais2006
Produção de Enxofre
•
Converte o sulfureto de hidrogénio (H2S) contido na
corrente gasosa proveniente do Tratamento de
Gases, em enxofre elementar. Este processo,
designado “Claus”, compreende a queima de 1/3 da
corrente de H2S para formação de SO2 que,
reagindo com os 2/3 remanescentes, na presença
dum catalisador, produz enxofre elementar. É um
processo importante da fileira de tratamento na
medida em que recupera, como produto comercial,
todo o enxofre removido dos diferentes produtos
pelos respectivos processos de purificação.
40. 40Instalações e Serviços Industriais2006
Principais combustíveis líquidos
usados em caldeiras
Gasóleo Diesel Burner Thin Thick
Gasóleo 100 85 50 20 0
Thick 0 15 50 80 100
41. 41Instalações e Serviços Industriais2006
Armazenagem dos combustíveis
líquidos
• Depósitos verticais ou horizontais
– capacidade p/ 15 a 30 dias de consumo
– materiais de construção: aço, fibra de vidro
• Equipamento de apoio para combustíveis
pesados (i.e. elevada viscosidade)
– permutador de fundo (p/ limpeza)
– permutador de choque (p/ bombagem)
– resistências eléctricas
• Equipamento de controle de nível
43. 43Instalações e Serviços Industriais2006
UNIDADES PROCESSUAIS
• U0100 - Pré - Destilação
Esta unidade é, normalmente, alimentada com reformado (efluente da
reformação catalítica), produzido na Fábrica de Combustíveis. É constituída por
três colunas de destilação em série, que separam a alimentação nas seguintes
correntes processuais: fracção gasolina leve C5-; corte de C6/C7; corte de C8's
e um corte de aromáticos pesados C9+. A gasolina leve é devolvida à refinaria
como componente de gasolinas e de nafta química; os aromáticos pesados
são usados como matéria prima na Unidade Solventes (U0500), para a
produção de solventes industriais aromáticos (C9+ tipo I e II) e como
componente de gasolinas na refinaria.
• U0200 - Arosolvan
Esta unidade trata o corte C6/C7 proveniente da U0100. Os componentes
alifáticos são separados dos aromáticos por extracção líquido-líquido, usando
como solvente a N-metil-2-pirrolidona (NMP). O extracto, após recuperação do
solvente por destilação e lavagem com água, é submetido a uma destilação
para obtenção do benzeno e o tolueno de elevada pureza. A corrente de
refinado alifático, após lavagem com água, é usada na U0500 para produção
de solventes industriais alifáticos (hexano, heptano, solvente borracha, etc.)
ou devolvida à refinaria como componente de nafta química e gasolinas.
44. 44Instalações e Serviços Industriais2006
UNIDADES PROCESSUAIS
• U0300 - Parex
A U0300 destina-se a produzir para-xileno de elevada pureza, a partir
do corte C8 recebido da U-100, quase inteiramente constituído por p-
xileno e seus isómeros. O para-xileno é separado por um processo de
adsorção selectiva realizada em fase líquida; o adsorvente (peneiro
molecular) é um material zeolítico cuja natureza e tipo de
porosidade favorece a adsorção do p-xileno em detrimento dos
outros hidrocarbonetos presentes. A desadsorção do paraxileno, faz-
se usando a um desorvente específico, neste caso o para-
dietilbenzeno, do qual finalmente se separa por destilação.
• U0400 - Isomar
Esta unidade recebe a mistura pobre em para-xileno proveniente da
U0300. Esta corrente, essencialmente constituída pelos isómeros orto
e meta-xileno e por etilbenzeno, segue para um reactor onde, em
atmosfera hidrogenante e na presença de um catalisador especifico,
ocorre a isomerização dos C8's, restabelecendo o equilíbrio em
xilenos. De seguida, por destilação é retirado o orto-xileno como
produto final e a restante corrente de C8's (rica em paraxileno) retorna
à U0300.
45. 45Instalações e Serviços Industriais2006
UNIDADES PROCESSUAIS
• U0500 - Solventes
Funciona alternadamente, produzindo por destilação do
refinado da unidade Arosolvan (U-0200) solventes
alifáticos, designadamente hexano e heptano, ou solventes
aromáticos (C9+ tipo I e II) por destilação da corrente de
aromáticos pesados proveniente da U0100.
• GZ0600 - Produção de Azoto
A Fábrica de Aromáticos possui uma unidade de produção de
azoto. O azoto é obtido por destilação criogénica do
ar liquefeito. Como gás inerte, o azoto é utilizado na instalação
para inertização de equipamentos e circuitos por razões de
segurança e na cobertura de produtos armazenados para evitar
a sua oxidação.
49. 49Instalações e Serviços Industriais2006
Transporte de
combustíveis líquidos
• Da refinaria até ao consumidor
– via marítima ou terrestre (camiões cisternas)
• Do local de armazenagem até à caldeira
– gravidade
– bombagem: bomba de engrenagens
equipamento da linha:
filtro, permutador, resistências eléctricas,
válvula de comando modulado, by pass,
circuito de retorno
50. 50Instalações e Serviços Industriais2006
Combustíveis gasosos
• Derivados dos processos químicos
– gás de refinaria (H2S)
– gás de alto forno (da volatiliz. de comb. sólidos)
• Derivados do petróleo
– propano, propeno
– butano
• Gás natural
– metano, etano
51. 51Instalações e Serviços Industriais2006
Principais propriedades
dos combustíveis gasosos
• Densidade (d)
• Densidade em relação ao ar seco
• Temperatura de ebulição à pressão atmosférica
• Temperatura de inflamação no ar
• Limite de inflamabilidade
• Massa molecular
• Índice de Wobbe: Wo=Ho/(d)0,5
• Odor (artificial, para efeito de detecção)
• Poder calorífico (Ho)
52. 52Instalações e Serviços Industriais2006
Quando surgiu a
utilização do gás natural ?
• Iniciou-se no princípio do século XX nos EUA
• Relação percentual de consumo mundial em
1955: EUA
90
Europa
Oriental
5
Europa
Ocidental
1
Resto do
Mundo
4
• Nos anos 70 houve um impacto no consumo
de gás natural
• Entrada do gás natural em Portugal: 1997
54. 54Instalações e Serviços Industriais2006
Gás natural em Portugal
• O gás natural é totalmente importado
• Existem normas que regulamentam:
– importação, ordenamento, armazenamento,
transporte e distribuição (concessão de um
serviço público)
• Prevê-se que entre o ano 2000 e 2010 o gás
natural seja responsável por 8 a 10% do
consumo energético nacional.
• Prevê-se que a dependência em relação ao
petróleo diminua para cerca de 55 a 60 %.
55. 55Instalações e Serviços Industriais2006
Principais combustíveis gasosos
usados em caldeiras
• Gás natural (inst. de média e grande dimensão)
• Propano/butano (instalações pequena
dimensão)
• Biogás (ETAR´s)
• Gás de cidade (Lisboa)
59. 59Instalações e Serviços Industriais2006
Armazenagem dos combustíveis
gasosos
• Reservatórios sob pressão: gás no estado
líquido
• Reservatórios (normalmente subterrâneos) nos
pontos terminais das condutas ou próximo
dos consumidores: gás natural
• Espaços porosos ou com fendas: campos de
exploração de gás abandonados e minas de
hidrocarbonetos
• Cavernas artificiais
61. 61Instalações e Serviços Industriais2006
Transporte dos
combustíveis gasosos
• Do posto até ao consumidor
– via marítima ou terrestre (camiões cisternas), para
pequenas quantidades e locais em que não há rede
de distribuição
– pipelines, a uma pressão de 80 bar, podendo subir
até 180 bar, quando estes estão submersos
• Do ramal (válvula de seccionamento da
concessionária) até à caldeira: Existem 3 categorias
em função da pressão de serviço (>20 bar, entre 4 e 20
bar, e < 4 bar)
– tubagem, válvulas de seccionamento, unidades de
contagem e instrumentação de registo, uniões,
purgadores de ar
64. 64Instalações e Serviços Industriais2006
Limites de inflamabilidade
• Temperaturas baixas ⇒ baixas
taxas de reacção
• Existe uma gama restrita de
condições que dão origem a taxas
de reacção suficientemente
elevadas para permitir combustão
auto-sustentada.
• Limites de inflamabilidade –
corresponde às percentagens
volumétricas de combustível na
mistura gasosa entre as quais é
possível ter uma combustão auto-
sustentada.
65. 65Instalações e Serviços Industriais2006
Limites de inflamabilidade
de alguns combustíveis
Determinados à pressão atmosférica e temperatura ambiente num tubo
vertical de 50 mm de diâmetro co propagação de baixo para cima
Combustível LII (% Volumétrica) LSI (% Volumétrica)
Metano 5,3 15
Etano 3,0 12,5
Propano 2,2 9,5
Etileno 3,1 32
Propileno 2,4 10,3
Acetileno 2,5 80
Benzeno 1,4 7,1
Alcool metílico 7,3 36
Etanol 4,3 19
66. 66Instalações e Serviços Industriais2006
Limites de
inflamabilidade em Ar e O2
LII LII LSI LSI
Ar O2 Ar O2
CO 12 16 75 94
Amoníaco 15 15 28 79
Hidrogénio 4 4 74 94
Acetileno 2,5 2,5 80 93
Etileno 2,7 2,9 36 80
Metano 5 5 14 61
Propano 2,2 2,2 10 55
Etano 3 3 12,5 66
Butano 1,8 1,8 8,4 49
Hexano 1,2 1,2 7,5 52
67. 67Instalações e Serviços Industriais2006
Distribuição dos combustíveis no
sector cerâmico
Dados de 2004
Fonte: