SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  39
Introdução a Informação
       Geográfica
    (Geoinformação)

    Leonardo Brasil Felipe
Programa
• CONCEITOS BÁSICOS DA GEOINFORMAÇÃO

•SENSORIAMENTO REMOTO AMBIENTAL

• PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS

• CARTOGRAFIA DIGITAL

• MODELOS DIGITAIS DE TERRENO

• TOPOGRAFIA E INTRODUÇÃO AO GPS

• SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
Conceitos Básicos da Geoinformação
Ciência da Geoinformação (definições):

Estudo       das       diferentes       formas      de
aquisição,   processamento      e   representação   de
informações geográficas.


“Estudo e a implementação de diferentes formas de
representação computacional do espaço geográfico.”
(Câmara e Monteiro, 1999)
Aquisição de dados geográficos
A aquisição de dados geográficos consiste na amostragem
de um conjunto de propriedades do meio, que permitam a
identificação e caracterização do mesmo.

Podemos classificar a amostragem de dados geográficos
de diversas formas:

• Quanto a aquisição : local ou remota.
• Quanto a dimensão : espacial (1D, 2D, 3D) ou temporal.
• Quanto    aos    processos:      sondagens,    medições,
      testemunhos, etc...
Aquisição de dados geográficos
Qualquer estudo sobre o meio ambiente precisa ter seus
     objetivos muito bem definidos → Planejamento.


 Planejamento para aquisição de dados deve considerar a
influência a a variabilidade dos processos bio-físico-
químicos envolvidos.

 Definir variáveis de interesse e taxas de amostragem
espaço-temporais.

 Ex: Dinâmica de queimadas e ressurgências costeiras.
Geoprocessamento
Trata do processamento        e   representação    das
informações geográficas.

“Geoprocessamento é uma tecnologia interdisciplinar,
que permite a convergência de diferentes disciplinas
científicas para o estudo de fenômenos ambientais e
urbanos.” (Câmara e Monteiro, 1999)

Redução dos conceitos de cada disciplina a algoritmos e
estruturas de dados utilizados para armazenamento e
tratamento dos dados geográficos.
Geoprocessamento
O problema fundamental do Ciência da Geoinformação é
o entendimento das representações computacionais do
espaço.

 “Paradigma    dos    quatro   universos”:  arcabouço
conceitual para entender o processo traduzir o mundo
real para o ambiente computacional.
Os 4 universos
Mundo    Real:    encontram-se os fenômenos a serem
representados (tipos de solo, cadastro urbano e rural, dados
geofísicos e topográficos);


Universo Conceitual (matemático): distingue as grandes
classes formais de dados geográficos (contínuos e objetos
individualizáveis) e especializa estas classes nos tipos de
dados geográficos utilizados comumente (temáticos e
cadastrais, modelos numéricos de terreno, dados de
sensoriamento remoto);
Os 4 universos
Universo de Representação: as entidades definidas no
universo     conceitual   são    associadas    a   diferentes
representações geométricas, que podem variar conforme a
escala e a projeção cartográfica escolhida e a época de
aquisição do dado. Distinção entre as representações
matricial e vetorial;

Universo de Implementação: realização do modelo de
dados através de linguagens de programação. Neste universo,
escolhem-se as estruturas de dados para implementar as
geometrias do universo de representação.
Universo Real
No geoprocessamento utilizamos uma escala de
mensuração que permite associar grandezas numéricas
a cada objeto a ser representado

Conceito "representacionalista“ (Bertrand Russel): as
propriedades não são intrínsecas aos objetos, mas são
obtidas a partir de medidas.

A representação de um objeto geográfico dependerá da
escala que utilizarmos ( min., máx., incremento).
Universo Matemático
Escalas de mensuração (Stevens, 1959):

• Nominal: diferenciação entre os objetos segundo classes ou
temas distintos (ex: classes de solo, vegetação). A
classificação não obedece ordem, servindo apenas para
diferenciar as classes.

• Ordinal: atribui valores ou nomes para as amostras, mas gera
um conjunto ordenado de classes, baseado em critérios como
tamanho, altura ( 1 = baixo, 2 = médio, 3 = alto), etc...Ex: (dados
temáticos de classes de drenagem e de erosão)

Escalas de medidas temáticas → não determinam magnitude.
Universo Matemático
• Intervalo: ponto de referência zero é definido de forma
arbitrária, permitindo a atribuição de valores negativos e positivos
para as amostras [-∞,0,+∞]. valores medidos por intervalo não
podem ser usados para estimar proporções. (Ex: O equador e o
meridiano de Greenwich, usados com referência na determinação
de posições sobre a superfície da Terra)

• Razão: o ponto de referência zero é determinado por alguma
condição natural. Têm como referência um ponto de zero absoluto
e permitem estimar proporções, podendo ser usadas diretamente
em operações de multiplicação, divisão e subtração entre
amostras. (Ex: medidas de temperatura, área, distância).

Escalas de medidas numéricas → regras de atribuição de valores
baseiam-se em uma escala de números reais.
Tipos de Dados em Geoprocessamento
Temáticos:

Descrevem a distribuição espacial de uma grandeza
geográfica, expressa de forma qualitativa, como os mapas de
pedologia e a aptidão agrícola de uma região. Estes dados, obtidos
a partir de levantamento de campo, são inseridos no sistema por
digitalização ou, de forma mais automatizada, a partir de
classificação de imagens. (Ex: mapa de vegetação e mapa de
declividade)
Tipos de Dados em Geoprocessamento
Cadastrais:

Cada um de seus elementos é um objeto geográfico que possui
atributos e pode estar associado a várias representações gráficas.
Os atributos devem ser armazenados num sistema gerenciador de
banco de dados. Ex: lotes de uma cidade são elementos do
espaço geográfico que possuem atributos (dono, localização, valor
venal, IPTU) e que podem ter representações gráficas diferentes
em mapas de escalas distintas.
Tipos de Dados em Geoprocessamento
Redes:

Descrevem informações sobre recursos que fluem entre localidades
geográficas distintas. Denota informações associadas a:

• Serviços de utilidade pública, como água, luz e telefone;
• Redes de drenagem (bacias hidrográficas);
• Rodovias.
Cada objeto geográfico (ex: cabo telefônico, transformador de rede
elétrica, cano de água) possui uma localização geográfica exata e
está sempre associado a atributos descritivos presentes em um
banco de dados.
Tipos de Dados em Geoprocessamento
Redes:

As informações gráficas de redes são armazenadas em
coordenadas vetoriais com topologia arco-nó. A cada nó esta
associada uma lista de arcos com as respectivas impedâncias ou
custos de percorrimento.
Uma rede é um sistema de endereçamento 1-D embutido no espaço
2-D.
Tipos de Dados em Geoprocessamento
Modelo Numérico de Terreno (MNT):

Utilizado para representação quantitativa de uma grandeza que
varia continuamente no espaço. Comumente associados à
altimetria, também podem ser utilizados para modelar propriedades
do solo, subsolo, ou atmosfera.

Um MNT pode ser definido como um modelo matemático que
reproduz uma superfície a partir de algoritmos e de um conjunto de
pontos (x, y) em um referencial qualquer, com atributos z, que
descrevem a variação contínua da superfície.
Tipos de Dados em Geoprocessamento
Usos de Modelos Numéricos de Terreno

(a) Armazenamento de dados de altimetria para gerar mapas
      topográficos;
(b) Análises de corte-aterro para projeto de estradas e barragens;
(c) Cômputo de mapas de declividade e exposição para apoio a
      análises de geomorfologia e erodibilidade;
(d) Análise de variáveis geofísicas e geoquímicas;
(e) Apresentação tridimensional (combinação com outras variáveis).
Tipos de Dados em Geoprocessamento
Modelo Numérico de Terreno (MNT):
Tipos de Dados em Geoprocessamento
Imagens:

Obtidas por satélites, fotografias aéreas, terrestres ou "scanners“, as
imagens representam formas de captura indireta de informação
espacial.
Armazenadas como matrizes, cada elemento de imagem (pixel) tem
um valor proporcional à energia eletromagnética refletida ou emitida
pela área da superfície terrestre correspondente.
Pela natureza do processo de aquisição de imagens, os objetos
geográficos estão contidos na imagem, sendo necessário recorrer a
técnicas de fotointerpretação e de classificação para individualizá-
los.
Tipos de Dados em Geoprocessamento
Características das Imagens de satélite :

 O número e a largura de bandas do espectro eletromagnético
      imageadas (resolução espectral)

 A menor área da superfície terrestre observada instantaneamente
      por cada sensor (resolução espacial)

 O nível de quantização registrado pelo sistema sensor (resolução
       radiométrica)

 O intervalo entre duas passagens do satélite pelo mesmo ponto
       (resolução temporal).
Tipos de Dados em Geoprocessamento
Imagens de satélite:
Ex: composição colorida falsa cor de 3 bandas do satélite TM -
Landsat, para a região de Manaus (AM).


 R (Vermelha): Banda TM 5
 G (Verde): Banda TM 4
 B (Azul): Banda TM 3
Universo de Representação
Duas grandes classes de representações geométricas:

Vetorial → elemento ou objeto é representado o mais exatamente
possível. Qualquer entidade ou elemento gráfico de um mapa é
reduzido a três formas básicas: pontos, linhas, áreas ou polígonos.

Matricial → consiste no uso de uma malha quadriculada regular
sobre a qual se constrói, célula a célula, o elemento que está
sendo representado. A cada célula, atribui-se um código referente
ao atributo estudado para que o computador saiba a que elemento
ou objeto pertence determinada célula.
Universo de Representação
As representações geométricas estão associadas aos
tipos de dados usados em Geoprocessamento:

• Temáticos: admitem tanto representação matricial quanto vetorial;
• Cadastrais: parte gráfica é armazenada em forma vetorial e seus
atributos não gráficos são guardados em um banco de dados;
• Redes: parte gráfica é armazenada em forma vetorial, com
topologia arco-nó e seus atributos não gráficos são guardados em
um banco de dados;
• Imagens: armazenadas em representação matricial;
• MNT: podem ser armazenados em grades regulares
(matricial), grades triangulares (vetorial com topologia arco-nó) ou
isolinhas (vetorial sem topologia).
Universo de Representação
Representação Matricial

O espaço é representado como uma matriz P(m, n) composto de m
colunas e n linhas, onde cada célula possui um número de
linha, um número de coluna e um valor correspondente ao atributo
estudado e cada célula é individualmente acessada pelas suas
coordenadas.

A representação matricial supõe que o espaço pode ser tratado
como uma superfície plana, onde cada célula está associada a
uma porção do terreno. A resolução do sistema é dada pela
relação entre o tamanho da célula no mapa ou documento e a área
por ela coberta no terreno.
Universo de Representação
Representação Matricial

              Resolução x Armazenamento
Universo de Representação
Representação Matricial

Os dados são codificados, célula a célula, atribuindo a cada uma o
código correspondente à uma classe referente ao fenômeno
estudado ou um valor geofísico. Para fazer isto é necessário
estabelecer um critério a ser obedecido em toda a operação.

Ex1: atribuir a cada célula o código da classe sobre a qual estiver o
centro da quadrícula.

Ex2: adotar o critério da maior ocorrência. Neste caso, o código
corresponde ao da classe que ocupar a maior parte da célula.
Universo de Representação
Hierarquia das Representações Matriciais
Universo de Representação
Representações Matriciais

Grade Regular: uma grade regular é uma matriz de reais;
Imagem em Tons de Cinza: imagem representada através de
uma matriz onde os valores da matriz representam os valores de
cinza da imagem;
Imagem Temática: representação matricial de um geo-campo
temático. Ex: elemento da matriz de valor 2 associado ao tema
“Cerrado”;
Imagem sintética ou Codificada: representação de uma imagem
em cores, utilizada para mostrar imagens em composição colorida
falsa-cor.
Universo de Representação
Representação Vetorial

A localização e a aparência gráfica de cada objeto são
representadas por um ou mais pares de coordenadas. Este tipo de
representação é usado principalmente por sistemas CAD e SIG.

SIGs + complexos que os CADs: envolve volumes de dados bem
maiores, e conta com recursos para tratamento de
topologia, associação de atributos alfanuméricos e indexação
espacial, além de utilizar sistemas de coordenadas ajustados à
superfície da Terra para realizar seus projetos.
Universo de Representação
Elementos gráficos utilizados na representação vetorial

Ponto: é um par ordenado (x, y) de coordenadas espaciais
(cartesianas ou geográficas). Além das coordenadas, outros dados
não-espaciais (atributos) podem ser arquivados para indicar de que
tipo de ponto se está tratando.

Linha e arco: conjunto de pontos conectados. Além das
coordenadas dos pontos que compõem a linha, deve-se armazenar
informação que indique de que tipo de linha se está tratando
(atributos).

Polígono: região do plano limitada por uma ou mais linha
poligonais conectadas de tal forma que o último ponto de uma linha
seja idêntico ao primeiro da próxima. O polígono divide o plano em
duas regiões: o interior (inclui a fronteira) e o exterior.
Universo de Representação
Representação Vetorial e topologia

Os pontos, linhas e polígonos podem se combinar para produzir
representações da natureza (mundo real).

Objetos de área (poligonais) podem ter formas diferentes de
utilização: isolados, aninhados ou adjacentes.

Objetos de linha podem ter as seguintes formas de utilização:
isolados, em árvore e em rede.

Representações Topológicas: armazenam explicitamente as
relações de adjacência e intersecção entre as diferentes entidades
vetoriais.
Universo de Representação
Representações topológicas

Arco-nó: representação vetorial associada a um rede linear
conectada. Um nó pode ser definido como o ponto de intersecção
entre duas ou mais linhas, correspondente ao ponto inicial ou final
de cada linha. Nenhuma linha poderá estar desconectada das
demais para que a topologia da rede possa ficar totalmente
definida.

  Rede elétrica:
  • Postes
  • Linhas
  • Transformador
  • Sub-Estação
  • Consumidores
Universo de Representação
Representações topológicas

Arco-nó-polígono: utilizada para representar as relações entre
elementos vetoriais do tipo área. Seu objetivo é descrever as
propriedades topológicas de áreas de tal maneira que os atributos
não-espaciais associados aos elementos ou entidades poligonais
possam ser manipulados da mesma forma que os correspondentes
elementos em um mapa temático analógico.

É necessário armazenar informação referente aos elementos
vizinhos, da mesma forma que na estrutura de redes deviam ser
definidas as ligações entre as linhas.
Universo de Representação
Representação arco-nó-polígono
Universo de Representação
Hierarquia das representações Vetoriais
Universo de Representação
Comparação entre representações vetoriais e matriciais
Os dados temáticos admitem tanto a representação matricial
quanto a vetorial.
• Para a produção de cartas e em operações onde se requer maior
precisão, a representação vetorial é mais adequada.
• As operações de álgebra de mapas são mais facilmente
realizadas no formato matricial.
• Para um mesmo grau de precisão, o espaço de armazenamento
requerido por uma representação matricial é substancialmente
maior.
Universo de Representação
Comparação entre representações temáticas
Referências para Consulta
Câmara et al, 1999. Introdução ao Geoprocessamento. Livro digital.
Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/.

Moreira, M. A., 2003. Fundamentos do Sensoriamento Remoto e
Metodologias de Aplicação. 2.ed. – Viçosa: UFV, 307 p. ISBN 85-7269-
158-8

Ferreira et al, 2004. Aplicaçõea ambientais brasileiras dos satélites NOAA
e Tiros-N. São Paulo: Oficina de Textos , 271 p. ISBN 85-86238-35-X.

Contenu connexe

Tendances

A1 a geografia e o território atualizado-2016
A1   a geografia e o território atualizado-2016A1   a geografia e o território atualizado-2016
A1 a geografia e o território atualizado-2016Ilda Bicacro
 
Cartografia geral
Cartografia geralCartografia geral
Cartografia geralRomualdo SF
 
Geoprocessamento aula unip
Geoprocessamento aula unipGeoprocessamento aula unip
Geoprocessamento aula unipjfelipe17
 
Introdução ao SIG
Introdução ao SIGIntrodução ao SIG
Introdução ao SIGguest72086
 
Análise Espacial Baseada em Localização
Análise Espacial Baseada em LocalizaçãoAnálise Espacial Baseada em Localização
Análise Espacial Baseada em LocalizaçãoVitor Vieira Vasconcelos
 
Espaço agrário
Espaço agrárioEspaço agrário
Espaço agrárioAlmir
 
Noções básicas de Cartografia 1
Noções básicas de Cartografia 1Noções básicas de Cartografia 1
Noções básicas de Cartografia 1Osmar Ansbach
 
Aulas 1º Téc. Integrados - Cartografia e Escala
Aulas 1º Téc. Integrados - Cartografia e EscalaAulas 1º Téc. Integrados - Cartografia e Escala
Aulas 1º Téc. Integrados - Cartografia e EscalaEduardo Mendes
 
Impactos da agropecuária no ambiente
Impactos da agropecuária no ambienteImpactos da agropecuária no ambiente
Impactos da agropecuária no ambientejess rios
 
Representações do espaço Geográfico.
Representações do espaço Geográfico.Representações do espaço Geográfico.
Representações do espaço Geográfico.welisgarcia
 
1 lugar, território, espaço e paisagem
1 lugar, território, espaço e paisagem1 lugar, território, espaço e paisagem
1 lugar, território, espaço e paisagemFernanda Lopes
 
Climas do Brasil
Climas do BrasilClimas do Brasil
Climas do Brasilmoajr2
 

Tendances (20)

A1 a geografia e o território atualizado-2016
A1   a geografia e o território atualizado-2016A1   a geografia e o território atualizado-2016
A1 a geografia e o território atualizado-2016
 
Escalas: Conceitos e Aplicações
Escalas: Conceitos e AplicaçõesEscalas: Conceitos e Aplicações
Escalas: Conceitos e Aplicações
 
Cartografia geral
Cartografia geralCartografia geral
Cartografia geral
 
Geoprocessamento aula unip
Geoprocessamento aula unipGeoprocessamento aula unip
Geoprocessamento aula unip
 
Introdução ao SIG
Introdução ao SIGIntrodução ao SIG
Introdução ao SIG
 
Análise Espacial Baseada em Localização
Análise Espacial Baseada em LocalizaçãoAnálise Espacial Baseada em Localização
Análise Espacial Baseada em Localização
 
Espaço agrário
Espaço agrárioEspaço agrário
Espaço agrário
 
Escala cartografica
Escala cartograficaEscala cartografica
Escala cartografica
 
Paisagem cultural e paisagem natural
Paisagem cultural e paisagem naturalPaisagem cultural e paisagem natural
Paisagem cultural e paisagem natural
 
Noções básicas de Cartografia 1
Noções básicas de Cartografia 1Noções básicas de Cartografia 1
Noções básicas de Cartografia 1
 
Aulas 1º Téc. Integrados - Cartografia e Escala
Aulas 1º Téc. Integrados - Cartografia e EscalaAulas 1º Téc. Integrados - Cartografia e Escala
Aulas 1º Téc. Integrados - Cartografia e Escala
 
Sensoriamento Remoto em R
Sensoriamento  Remoto em RSensoriamento  Remoto em R
Sensoriamento Remoto em R
 
Análise Espacial Baseada em Distância
Análise Espacial Baseada em DistânciaAnálise Espacial Baseada em Distância
Análise Espacial Baseada em Distância
 
Impactos da agropecuária no ambiente
Impactos da agropecuária no ambienteImpactos da agropecuária no ambiente
Impactos da agropecuária no ambiente
 
Representações do espaço Geográfico.
Representações do espaço Geográfico.Representações do espaço Geográfico.
Representações do espaço Geográfico.
 
Projeçoes cartograficas
Projeçoes cartograficasProjeçoes cartograficas
Projeçoes cartograficas
 
CARTOGRAFIA BÁSICA 1
CARTOGRAFIA  BÁSICA 1CARTOGRAFIA  BÁSICA 1
CARTOGRAFIA BÁSICA 1
 
1 lugar, território, espaço e paisagem
1 lugar, território, espaço e paisagem1 lugar, território, espaço e paisagem
1 lugar, território, espaço e paisagem
 
Cerrado
CerradoCerrado
Cerrado
 
Climas do Brasil
Climas do BrasilClimas do Brasil
Climas do Brasil
 

En vedette

Aula02 geo pg
Aula02 geo pgAula02 geo pg
Aula02 geo pgrailano
 
Historial sobre a aplicação da detecçao remota em cabo verde
Historial sobre a aplicação da detecçao remota em cabo verdeHistorial sobre a aplicação da detecçao remota em cabo verde
Historial sobre a aplicação da detecçao remota em cabo verdeuccp
 
Geotecnologias - Soluções com Softwares Livres
Geotecnologias - Soluções com Softwares LivresGeotecnologias - Soluções com Softwares Livres
Geotecnologias - Soluções com Softwares LivresAnderson Medeiros
 
Informática Aplicada ao Planejamento Territorial - Apresentação
Informática Aplicada ao Planejamento Territorial - ApresentaçãoInformática Aplicada ao Planejamento Territorial - Apresentação
Informática Aplicada ao Planejamento Territorial - ApresentaçãoVitor Vieira Vasconcelos
 
Tecnologias modernas utilizadas pela cartografia
Tecnologias modernas utilizadas pela cartografiaTecnologias modernas utilizadas pela cartografia
Tecnologias modernas utilizadas pela cartografiaRenata Magalhães
 

En vedette (10)

Cartografia Digital
Cartografia DigitalCartografia Digital
Cartografia Digital
 
Cartografia Digital
Cartografia DigitalCartografia Digital
Cartografia Digital
 
Aula02 geo pg
Aula02 geo pgAula02 geo pg
Aula02 geo pg
 
Historial sobre a aplicação da detecçao remota em cabo verde
Historial sobre a aplicação da detecçao remota em cabo verdeHistorial sobre a aplicação da detecçao remota em cabo verde
Historial sobre a aplicação da detecçao remota em cabo verde
 
Geotecnologias - Soluções com Softwares Livres
Geotecnologias - Soluções com Softwares LivresGeotecnologias - Soluções com Softwares Livres
Geotecnologias - Soluções com Softwares Livres
 
Aulão - História
Aulão - HistóriaAulão - História
Aulão - História
 
Informática Aplicada ao Planejamento Territorial - Apresentação
Informática Aplicada ao Planejamento Territorial - ApresentaçãoInformática Aplicada ao Planejamento Territorial - Apresentação
Informática Aplicada ao Planejamento Territorial - Apresentação
 
Ordenamento Territorial
Ordenamento TerritorialOrdenamento Territorial
Ordenamento Territorial
 
Unidade 1. Slide 1- Primeiro Ano
Unidade 1. Slide 1- Primeiro AnoUnidade 1. Slide 1- Primeiro Ano
Unidade 1. Slide 1- Primeiro Ano
 
Tecnologias modernas utilizadas pela cartografia
Tecnologias modernas utilizadas pela cartografiaTecnologias modernas utilizadas pela cartografia
Tecnologias modernas utilizadas pela cartografia
 

Similaire à Geo-Informação

Geoprocessamento Parte1
Geoprocessamento Parte1Geoprocessamento Parte1
Geoprocessamento Parte1INPE
 
estrutura de dados.ppt
estrutura de dados.pptestrutura de dados.ppt
estrutura de dados.pptssuser2ddc69
 
Minicurso Banco de Dados Geográficos - MundoGEO Connect 2014
Minicurso Banco de Dados Geográficos - MundoGEO Connect 2014Minicurso Banco de Dados Geográficos - MundoGEO Connect 2014
Minicurso Banco de Dados Geográficos - MundoGEO Connect 2014Jose Augusto Sapienza Ramos
 
Aula 01 noções de cartografia e geoprocessamento
Aula 01   noções de cartografia e geoprocessamentoAula 01   noções de cartografia e geoprocessamento
Aula 01 noções de cartografia e geoprocessamento42549299272
 
Metodologia para aquisição de dados cartograficos
Metodologia para aquisição de dados cartograficosMetodologia para aquisição de dados cartograficos
Metodologia para aquisição de dados cartograficosAllanzito Pinheiro
 
Notas de Cartografia e Sistema de Informações Geográficas (SIG)
Notas de Cartografia e Sistema de Informações Geográficas (SIG)Notas de Cartografia e Sistema de Informações Geográficas (SIG)
Notas de Cartografia e Sistema de Informações Geográficas (SIG)Rodrigo Nunes
 
17 ª aula cartografia e informação geográfica
17 ª aula cartografia e informação geográfica17 ª aula cartografia e informação geográfica
17 ª aula cartografia e informação geográficaGilson Adao
 
Cartografia e suas representações cartográficas
Cartografia  e suas representações cartográficasCartografia  e suas representações cartográficas
Cartografia e suas representações cartográficaspolyanabritto35
 
Uso prático do gps
Uso prático do gpsUso prático do gps
Uso prático do gpsgsdimech
 
Análise Espacial baseada em Localização - Prática no QGis - 2024
Análise Espacial baseada em Localização - Prática no QGis - 2024Análise Espacial baseada em Localização - Prática no QGis - 2024
Análise Espacial baseada em Localização - Prática no QGis - 2024Vitor Vieira Vasconcelos
 
Geoprocessamento - Parte2
Geoprocessamento - Parte2Geoprocessamento - Parte2
Geoprocessamento - Parte2INPE
 
20150904 DW Debate: Uso do SIG como ferramenta de Suporte a Projectos da DW
20150904 DW Debate: Uso do SIG como ferramenta de Suporte a Projectos da DW20150904 DW Debate: Uso do SIG como ferramenta de Suporte a Projectos da DW
20150904 DW Debate: Uso do SIG como ferramenta de Suporte a Projectos da DWDevelopment Workshop Angola
 
Geoestatística e interpolação espacial francisco javier cervigon ruckauer
Geoestatística e interpolação espacial francisco javier cervigon ruckauerGeoestatística e interpolação espacial francisco javier cervigon ruckauer
Geoestatística e interpolação espacial francisco javier cervigon ruckauerFrancisco Javier Cervigon Ruckauer
 
QGIS - inicio (Sistemas de Informação Geográfica SIG)
QGIS - inicio (Sistemas de Informação Geográfica SIG)QGIS - inicio (Sistemas de Informação Geográfica SIG)
QGIS - inicio (Sistemas de Informação Geográfica SIG)EuricoPortugal
 

Similaire à Geo-Informação (20)

Geoprocessamento Parte1
Geoprocessamento Parte1Geoprocessamento Parte1
Geoprocessamento Parte1
 
Informações geográficas
Informações geográficasInformações geográficas
Informações geográficas
 
Cap7 mnt
Cap7 mntCap7 mnt
Cap7 mnt
 
estrutura de dados.ppt
estrutura de dados.pptestrutura de dados.ppt
estrutura de dados.ppt
 
Minicurso Banco de Dados Geográficos - MundoGEO Connect 2014
Minicurso Banco de Dados Geográficos - MundoGEO Connect 2014Minicurso Banco de Dados Geográficos - MundoGEO Connect 2014
Minicurso Banco de Dados Geográficos - MundoGEO Connect 2014
 
Aula 01 noções de cartografia e geoprocessamento
Aula 01   noções de cartografia e geoprocessamentoAula 01   noções de cartografia e geoprocessamento
Aula 01 noções de cartografia e geoprocessamento
 
Geotecnologias
GeotecnologiasGeotecnologias
Geotecnologias
 
aula-sig-1.ppt
aula-sig-1.pptaula-sig-1.ppt
aula-sig-1.ppt
 
Aula 3
Aula 3Aula 3
Aula 3
 
Monografia geoprocessamento
Monografia geoprocessamentoMonografia geoprocessamento
Monografia geoprocessamento
 
Metodologia para aquisição de dados cartograficos
Metodologia para aquisição de dados cartograficosMetodologia para aquisição de dados cartograficos
Metodologia para aquisição de dados cartograficos
 
Notas de Cartografia e Sistema de Informações Geográficas (SIG)
Notas de Cartografia e Sistema de Informações Geográficas (SIG)Notas de Cartografia e Sistema de Informações Geográficas (SIG)
Notas de Cartografia e Sistema de Informações Geográficas (SIG)
 
17 ª aula cartografia e informação geográfica
17 ª aula cartografia e informação geográfica17 ª aula cartografia e informação geográfica
17 ª aula cartografia e informação geográfica
 
Cartografia e suas representações cartográficas
Cartografia  e suas representações cartográficasCartografia  e suas representações cartográficas
Cartografia e suas representações cartográficas
 
Uso prático do gps
Uso prático do gpsUso prático do gps
Uso prático do gps
 
Análise Espacial baseada em Localização - Prática no QGis - 2024
Análise Espacial baseada em Localização - Prática no QGis - 2024Análise Espacial baseada em Localização - Prática no QGis - 2024
Análise Espacial baseada em Localização - Prática no QGis - 2024
 
Geoprocessamento - Parte2
Geoprocessamento - Parte2Geoprocessamento - Parte2
Geoprocessamento - Parte2
 
20150904 DW Debate: Uso do SIG como ferramenta de Suporte a Projectos da DW
20150904 DW Debate: Uso do SIG como ferramenta de Suporte a Projectos da DW20150904 DW Debate: Uso do SIG como ferramenta de Suporte a Projectos da DW
20150904 DW Debate: Uso do SIG como ferramenta de Suporte a Projectos da DW
 
Geoestatística e interpolação espacial francisco javier cervigon ruckauer
Geoestatística e interpolação espacial francisco javier cervigon ruckauerGeoestatística e interpolação espacial francisco javier cervigon ruckauer
Geoestatística e interpolação espacial francisco javier cervigon ruckauer
 
QGIS - inicio (Sistemas de Informação Geográfica SIG)
QGIS - inicio (Sistemas de Informação Geográfica SIG)QGIS - inicio (Sistemas de Informação Geográfica SIG)
QGIS - inicio (Sistemas de Informação Geográfica SIG)
 

Geo-Informação

  • 1. Introdução a Informação Geográfica (Geoinformação) Leonardo Brasil Felipe
  • 2. Programa • CONCEITOS BÁSICOS DA GEOINFORMAÇÃO •SENSORIAMENTO REMOTO AMBIENTAL • PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS • CARTOGRAFIA DIGITAL • MODELOS DIGITAIS DE TERRENO • TOPOGRAFIA E INTRODUÇÃO AO GPS • SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
  • 3. Conceitos Básicos da Geoinformação Ciência da Geoinformação (definições): Estudo das diferentes formas de aquisição, processamento e representação de informações geográficas. “Estudo e a implementação de diferentes formas de representação computacional do espaço geográfico.” (Câmara e Monteiro, 1999)
  • 4. Aquisição de dados geográficos A aquisição de dados geográficos consiste na amostragem de um conjunto de propriedades do meio, que permitam a identificação e caracterização do mesmo. Podemos classificar a amostragem de dados geográficos de diversas formas: • Quanto a aquisição : local ou remota. • Quanto a dimensão : espacial (1D, 2D, 3D) ou temporal. • Quanto aos processos: sondagens, medições, testemunhos, etc...
  • 5. Aquisição de dados geográficos Qualquer estudo sobre o meio ambiente precisa ter seus objetivos muito bem definidos → Planejamento.  Planejamento para aquisição de dados deve considerar a influência a a variabilidade dos processos bio-físico- químicos envolvidos.  Definir variáveis de interesse e taxas de amostragem espaço-temporais.  Ex: Dinâmica de queimadas e ressurgências costeiras.
  • 6. Geoprocessamento Trata do processamento e representação das informações geográficas. “Geoprocessamento é uma tecnologia interdisciplinar, que permite a convergência de diferentes disciplinas científicas para o estudo de fenômenos ambientais e urbanos.” (Câmara e Monteiro, 1999) Redução dos conceitos de cada disciplina a algoritmos e estruturas de dados utilizados para armazenamento e tratamento dos dados geográficos.
  • 7. Geoprocessamento O problema fundamental do Ciência da Geoinformação é o entendimento das representações computacionais do espaço. “Paradigma dos quatro universos”: arcabouço conceitual para entender o processo traduzir o mundo real para o ambiente computacional.
  • 8. Os 4 universos Mundo Real: encontram-se os fenômenos a serem representados (tipos de solo, cadastro urbano e rural, dados geofísicos e topográficos); Universo Conceitual (matemático): distingue as grandes classes formais de dados geográficos (contínuos e objetos individualizáveis) e especializa estas classes nos tipos de dados geográficos utilizados comumente (temáticos e cadastrais, modelos numéricos de terreno, dados de sensoriamento remoto);
  • 9. Os 4 universos Universo de Representação: as entidades definidas no universo conceitual são associadas a diferentes representações geométricas, que podem variar conforme a escala e a projeção cartográfica escolhida e a época de aquisição do dado. Distinção entre as representações matricial e vetorial; Universo de Implementação: realização do modelo de dados através de linguagens de programação. Neste universo, escolhem-se as estruturas de dados para implementar as geometrias do universo de representação.
  • 10. Universo Real No geoprocessamento utilizamos uma escala de mensuração que permite associar grandezas numéricas a cada objeto a ser representado Conceito "representacionalista“ (Bertrand Russel): as propriedades não são intrínsecas aos objetos, mas são obtidas a partir de medidas. A representação de um objeto geográfico dependerá da escala que utilizarmos ( min., máx., incremento).
  • 11. Universo Matemático Escalas de mensuração (Stevens, 1959): • Nominal: diferenciação entre os objetos segundo classes ou temas distintos (ex: classes de solo, vegetação). A classificação não obedece ordem, servindo apenas para diferenciar as classes. • Ordinal: atribui valores ou nomes para as amostras, mas gera um conjunto ordenado de classes, baseado em critérios como tamanho, altura ( 1 = baixo, 2 = médio, 3 = alto), etc...Ex: (dados temáticos de classes de drenagem e de erosão) Escalas de medidas temáticas → não determinam magnitude.
  • 12. Universo Matemático • Intervalo: ponto de referência zero é definido de forma arbitrária, permitindo a atribuição de valores negativos e positivos para as amostras [-∞,0,+∞]. valores medidos por intervalo não podem ser usados para estimar proporções. (Ex: O equador e o meridiano de Greenwich, usados com referência na determinação de posições sobre a superfície da Terra) • Razão: o ponto de referência zero é determinado por alguma condição natural. Têm como referência um ponto de zero absoluto e permitem estimar proporções, podendo ser usadas diretamente em operações de multiplicação, divisão e subtração entre amostras. (Ex: medidas de temperatura, área, distância). Escalas de medidas numéricas → regras de atribuição de valores baseiam-se em uma escala de números reais.
  • 13. Tipos de Dados em Geoprocessamento Temáticos: Descrevem a distribuição espacial de uma grandeza geográfica, expressa de forma qualitativa, como os mapas de pedologia e a aptidão agrícola de uma região. Estes dados, obtidos a partir de levantamento de campo, são inseridos no sistema por digitalização ou, de forma mais automatizada, a partir de classificação de imagens. (Ex: mapa de vegetação e mapa de declividade)
  • 14. Tipos de Dados em Geoprocessamento Cadastrais: Cada um de seus elementos é um objeto geográfico que possui atributos e pode estar associado a várias representações gráficas. Os atributos devem ser armazenados num sistema gerenciador de banco de dados. Ex: lotes de uma cidade são elementos do espaço geográfico que possuem atributos (dono, localização, valor venal, IPTU) e que podem ter representações gráficas diferentes em mapas de escalas distintas.
  • 15. Tipos de Dados em Geoprocessamento Redes: Descrevem informações sobre recursos que fluem entre localidades geográficas distintas. Denota informações associadas a: • Serviços de utilidade pública, como água, luz e telefone; • Redes de drenagem (bacias hidrográficas); • Rodovias. Cada objeto geográfico (ex: cabo telefônico, transformador de rede elétrica, cano de água) possui uma localização geográfica exata e está sempre associado a atributos descritivos presentes em um banco de dados.
  • 16. Tipos de Dados em Geoprocessamento Redes: As informações gráficas de redes são armazenadas em coordenadas vetoriais com topologia arco-nó. A cada nó esta associada uma lista de arcos com as respectivas impedâncias ou custos de percorrimento. Uma rede é um sistema de endereçamento 1-D embutido no espaço 2-D.
  • 17. Tipos de Dados em Geoprocessamento Modelo Numérico de Terreno (MNT): Utilizado para representação quantitativa de uma grandeza que varia continuamente no espaço. Comumente associados à altimetria, também podem ser utilizados para modelar propriedades do solo, subsolo, ou atmosfera. Um MNT pode ser definido como um modelo matemático que reproduz uma superfície a partir de algoritmos e de um conjunto de pontos (x, y) em um referencial qualquer, com atributos z, que descrevem a variação contínua da superfície.
  • 18. Tipos de Dados em Geoprocessamento Usos de Modelos Numéricos de Terreno (a) Armazenamento de dados de altimetria para gerar mapas topográficos; (b) Análises de corte-aterro para projeto de estradas e barragens; (c) Cômputo de mapas de declividade e exposição para apoio a análises de geomorfologia e erodibilidade; (d) Análise de variáveis geofísicas e geoquímicas; (e) Apresentação tridimensional (combinação com outras variáveis).
  • 19. Tipos de Dados em Geoprocessamento Modelo Numérico de Terreno (MNT):
  • 20. Tipos de Dados em Geoprocessamento Imagens: Obtidas por satélites, fotografias aéreas, terrestres ou "scanners“, as imagens representam formas de captura indireta de informação espacial. Armazenadas como matrizes, cada elemento de imagem (pixel) tem um valor proporcional à energia eletromagnética refletida ou emitida pela área da superfície terrestre correspondente. Pela natureza do processo de aquisição de imagens, os objetos geográficos estão contidos na imagem, sendo necessário recorrer a técnicas de fotointerpretação e de classificação para individualizá- los.
  • 21. Tipos de Dados em Geoprocessamento Características das Imagens de satélite :  O número e a largura de bandas do espectro eletromagnético imageadas (resolução espectral)  A menor área da superfície terrestre observada instantaneamente por cada sensor (resolução espacial)  O nível de quantização registrado pelo sistema sensor (resolução radiométrica)  O intervalo entre duas passagens do satélite pelo mesmo ponto (resolução temporal).
  • 22. Tipos de Dados em Geoprocessamento Imagens de satélite: Ex: composição colorida falsa cor de 3 bandas do satélite TM - Landsat, para a região de Manaus (AM). R (Vermelha): Banda TM 5 G (Verde): Banda TM 4 B (Azul): Banda TM 3
  • 23. Universo de Representação Duas grandes classes de representações geométricas: Vetorial → elemento ou objeto é representado o mais exatamente possível. Qualquer entidade ou elemento gráfico de um mapa é reduzido a três formas básicas: pontos, linhas, áreas ou polígonos. Matricial → consiste no uso de uma malha quadriculada regular sobre a qual se constrói, célula a célula, o elemento que está sendo representado. A cada célula, atribui-se um código referente ao atributo estudado para que o computador saiba a que elemento ou objeto pertence determinada célula.
  • 24. Universo de Representação As representações geométricas estão associadas aos tipos de dados usados em Geoprocessamento: • Temáticos: admitem tanto representação matricial quanto vetorial; • Cadastrais: parte gráfica é armazenada em forma vetorial e seus atributos não gráficos são guardados em um banco de dados; • Redes: parte gráfica é armazenada em forma vetorial, com topologia arco-nó e seus atributos não gráficos são guardados em um banco de dados; • Imagens: armazenadas em representação matricial; • MNT: podem ser armazenados em grades regulares (matricial), grades triangulares (vetorial com topologia arco-nó) ou isolinhas (vetorial sem topologia).
  • 25. Universo de Representação Representação Matricial O espaço é representado como uma matriz P(m, n) composto de m colunas e n linhas, onde cada célula possui um número de linha, um número de coluna e um valor correspondente ao atributo estudado e cada célula é individualmente acessada pelas suas coordenadas. A representação matricial supõe que o espaço pode ser tratado como uma superfície plana, onde cada célula está associada a uma porção do terreno. A resolução do sistema é dada pela relação entre o tamanho da célula no mapa ou documento e a área por ela coberta no terreno.
  • 26. Universo de Representação Representação Matricial Resolução x Armazenamento
  • 27. Universo de Representação Representação Matricial Os dados são codificados, célula a célula, atribuindo a cada uma o código correspondente à uma classe referente ao fenômeno estudado ou um valor geofísico. Para fazer isto é necessário estabelecer um critério a ser obedecido em toda a operação. Ex1: atribuir a cada célula o código da classe sobre a qual estiver o centro da quadrícula. Ex2: adotar o critério da maior ocorrência. Neste caso, o código corresponde ao da classe que ocupar a maior parte da célula.
  • 28. Universo de Representação Hierarquia das Representações Matriciais
  • 29. Universo de Representação Representações Matriciais Grade Regular: uma grade regular é uma matriz de reais; Imagem em Tons de Cinza: imagem representada através de uma matriz onde os valores da matriz representam os valores de cinza da imagem; Imagem Temática: representação matricial de um geo-campo temático. Ex: elemento da matriz de valor 2 associado ao tema “Cerrado”; Imagem sintética ou Codificada: representação de uma imagem em cores, utilizada para mostrar imagens em composição colorida falsa-cor.
  • 30. Universo de Representação Representação Vetorial A localização e a aparência gráfica de cada objeto são representadas por um ou mais pares de coordenadas. Este tipo de representação é usado principalmente por sistemas CAD e SIG. SIGs + complexos que os CADs: envolve volumes de dados bem maiores, e conta com recursos para tratamento de topologia, associação de atributos alfanuméricos e indexação espacial, além de utilizar sistemas de coordenadas ajustados à superfície da Terra para realizar seus projetos.
  • 31. Universo de Representação Elementos gráficos utilizados na representação vetorial Ponto: é um par ordenado (x, y) de coordenadas espaciais (cartesianas ou geográficas). Além das coordenadas, outros dados não-espaciais (atributos) podem ser arquivados para indicar de que tipo de ponto se está tratando. Linha e arco: conjunto de pontos conectados. Além das coordenadas dos pontos que compõem a linha, deve-se armazenar informação que indique de que tipo de linha se está tratando (atributos). Polígono: região do plano limitada por uma ou mais linha poligonais conectadas de tal forma que o último ponto de uma linha seja idêntico ao primeiro da próxima. O polígono divide o plano em duas regiões: o interior (inclui a fronteira) e o exterior.
  • 32. Universo de Representação Representação Vetorial e topologia Os pontos, linhas e polígonos podem se combinar para produzir representações da natureza (mundo real). Objetos de área (poligonais) podem ter formas diferentes de utilização: isolados, aninhados ou adjacentes. Objetos de linha podem ter as seguintes formas de utilização: isolados, em árvore e em rede. Representações Topológicas: armazenam explicitamente as relações de adjacência e intersecção entre as diferentes entidades vetoriais.
  • 33. Universo de Representação Representações topológicas Arco-nó: representação vetorial associada a um rede linear conectada. Um nó pode ser definido como o ponto de intersecção entre duas ou mais linhas, correspondente ao ponto inicial ou final de cada linha. Nenhuma linha poderá estar desconectada das demais para que a topologia da rede possa ficar totalmente definida. Rede elétrica: • Postes • Linhas • Transformador • Sub-Estação • Consumidores
  • 34. Universo de Representação Representações topológicas Arco-nó-polígono: utilizada para representar as relações entre elementos vetoriais do tipo área. Seu objetivo é descrever as propriedades topológicas de áreas de tal maneira que os atributos não-espaciais associados aos elementos ou entidades poligonais possam ser manipulados da mesma forma que os correspondentes elementos em um mapa temático analógico. É necessário armazenar informação referente aos elementos vizinhos, da mesma forma que na estrutura de redes deviam ser definidas as ligações entre as linhas.
  • 36. Universo de Representação Hierarquia das representações Vetoriais
  • 37. Universo de Representação Comparação entre representações vetoriais e matriciais Os dados temáticos admitem tanto a representação matricial quanto a vetorial. • Para a produção de cartas e em operações onde se requer maior precisão, a representação vetorial é mais adequada. • As operações de álgebra de mapas são mais facilmente realizadas no formato matricial. • Para um mesmo grau de precisão, o espaço de armazenamento requerido por uma representação matricial é substancialmente maior.
  • 38. Universo de Representação Comparação entre representações temáticas
  • 39. Referências para Consulta Câmara et al, 1999. Introdução ao Geoprocessamento. Livro digital. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/. Moreira, M. A., 2003. Fundamentos do Sensoriamento Remoto e Metodologias de Aplicação. 2.ed. – Viçosa: UFV, 307 p. ISBN 85-7269- 158-8 Ferreira et al, 2004. Aplicaçõea ambientais brasileiras dos satélites NOAA e Tiros-N. São Paulo: Oficina de Textos , 271 p. ISBN 85-86238-35-X.