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<narrativas
hipertextuais>
Leonardo Foletto
especialização em jornalismo digital
(PUCRS, 2017)
<sumário>
Narrar. Sentido. Verossimilhança. Empatia.
similaridade. emoções. formas de leitura.
transportar. paisagem informacional. cognição.
Imersão. Especificidades do meio.
Criatividade.
<Narrar?>
Narrar é uma experiência enraizada na existência
humana. É através de narrativas que damos
significados e sentidos a nossa vida.
Estamos sempre contando estórias sobre nós
mesmos, organizando eventos em ordem (ou não)
para contar aos outros.
<Narrativa verossímil>
1) Um final a explicar, um significado a alcançar
2) Seleção e exclusão de eventos para chegar ao
final; escolha
3) Dispor os eventos em uma sequência, linear
ou não
4) Personagens criam uma identidade, coerência
5) Demarcação do início e do fim
[MOTTA, Luis Gonzaga. Por que estudar narrativas?, 2012, p.26]
<Mas como?>
O que nos faz escolher qual narrativa/história
queremos acompanhar?
E no ambiente digital?
<EMPATIA1>
“Capacidade de mapear o terreno emocional e
mental de outras pessoas com base em suas
palavras e linguagem corporal”.
Narrativas criam empatia: quanto mais
informações nós compartilhamos, mais fácil
nós estabelecermos uma empatia com os outros.
fonte: http://www.cjr.org/analysis/journalism_and_the_power_of_emotions.php
<EMPATIA2>
No jornalismo não poderia ser diferente.
Humanizar o relato.
Será que a mudança da leitura pro impresso para o
digital tem afetado nossa habilidade de
empatia com os personagens que são tratados nas
reportagens jornalísticas?
<EMPATIA3>
Sim: a leitura em âmbito digital está mudando a
nossa capacidade de estabelecer empatia.
Por que? O TEMPO é fundamental para empatia. E
hoje dedicamos menos tempo a uma leitura mais
focada e densa que desenvolve a abstração, o
pensamento criativo - e a empatia.
<SIMILARIDADE>
Nós tendemos a preferir pessoas (e narrativas)
que são similares a nós porque as
“entendemos”, e nosso cérebro dá preferência
a estas informações.
Temos dificuldade de se pôr no lugar do outro.
Precisamos de ajuda. E o jornalismo sabe disso.
fonte: https://glo.bo/1RBvLsl
<COGNIÇÃO>
Leitura multiabas afeta a forma como lembramos de
algo de forma neural e comportamental.
A troca de abas e sites requer um “ajuste de
percepção” que exige mais da nossa cognição.
Quanto mais distração temos, menos lembramos
das coisas.
fonte: http://www.cjr.org/analysis/journalism_and_the_power_of_emotions.php
<Você lembra?>
Da última história, notícia, informação que
você leu/viu/ouviu antes de vir pra aula?
Ela foi lida numa revista, jornal, rede social,
sítio web, vista na TV, smartphone, tablet, no
computador, ouvida no rádio ?
<Efeito GOOGLE>
“Não preciso saber; basta buscar na internet”.
Saber como achar aquilo que você procura é mais
importante que saber “aquilo”?
“Terceirizar” a memória para nossos dispositivos
buscar/fazer/pensar enquanto nós fazemos outras
(quais?) coisas.
Somos todos cyborgs, metade
humano, metade máquina?
<Perguntas>
Será que as múltiplas telas estão nos
fazendo diminuir a capacidade de nos transportar
para dentro de outras histórias?
Estamos menos seletivos com nossa atenção,
entrando, mas não se fixando, em muito mais
histórias?
<Mudança de paisagem>
Leitura baseada no impresso: mapa impresso de
uma cidade interminável.
“Leitura” baseada na hipermídia: MAPA 3D.
Cima, baixo, direita, esquerda E para diversos
outros lados. Obstáculos (físicos!), mas “túneis”
(links) que funcionam como atalhos, motores de
busca que te “teletransportam” para quase
qualquer lugar
<Paisagens distintas>
Mais do que ver/ler/ouvir, experenciar
DRAMÁTICO x PÓS-DRAMÁTICO
Troca da percepção linear-sucessiva por uma
simultânea e multifocal: imagens em movimento
Sonetos de Shakespeare por Bob Wilson:
https://www.youtube.com/watch?v=ntDCz3MJ_g8
Pina Bausch:
https://www.youtube.com/watch?v=LwBekvDDtgg
<Mudança de paisagem>
Nessa paisagem informacional 3D - que incluem
ações de clicar/digitar/rolar o mouse, leitura
fragmentada, mundo mais vasto que o mundo
impresso, mais imagens circulando- como
construir narrativas jornalísticas?
TEMOS ALGUMAS PISTAS!
<1. IMERSÃO>
Qualquer narrativa, em qualquer meio, pode ser
experimentada como uma realidade virtual
porque nossos cérebros estão programados para
apagar o mundo à nossa volta.
A sensação de estarmos envolvidos por uma
realidade diferente que se apodera de nossa
atenção e de nossos sentidos.
[MURRAY, Janet. Hamlet no Holodeck.O futuro da narrativa no ciberespaço. São Paulo;
Itaú Cultural/Unesp, 2003]
<2. ESPECIFIDADES DO(S) MEIO(S)>
Fazer as coisas que o ambiente digital torna
possível
Mas quais são as características básicas
do mundo digital (computadores + internet)?
[MURRAY, Janet. Hamlet no Holodeck.O futuro da narrativa no ciberespaço. São Paulo;
Itaú Cultural/Unesp, 2003]
<ESPECIFIDADES DO(S) MEIO(S)>
Procedimentais: comportamentos gerados a
partir de regras (matemáticas).
Participativos: podemos induzir ações.
Espaciais: podemos nos mover no ambiente.
Enciclopédicos: memória infinita,
onisciência. Mas também distração!
<3. CRIATIVIDADE>
Um causo: o lead. pirâmide invertida: do mais
para o menos importante.
Origem: Guerra da Secessão (1862 a 1865), EUA.
“Reza a lenda” que a ideia foi de um telegrafista
durante essa guerra para fins de organização,
assim todos os repórteres conseguiam enviar a
essência de suas matérias sobre a guerra.
O que, quem, quando, onde, como e por que.
<CRIATIVIDADE no texto>
Novo Jornalismo (1960-): Introduz mudanças:
técnicas de literatura no jornalismo.
1)Construção cena a cena
Exemplo: “Enxadrista de Cristo”, Paula Sperb,
Revista Piauí: http://piaui.folha.uol.com.br/materia/enxadrista-de-cristo/
[WOLFE, Tom. Radical Chique e o novo jornalismo, 2005]
<CRIATIVIDADE no texto>
2) Diálogo. Envolve o leitor e estabelece de
forma rápida o personagem na nossa mente.
Exemplo: “A última foto”, Zero Hora:
http://www.clicrbs.com.br/sites/swf/zh_santamaria_1ano/aultimafoto.html
“Colinas como elefantes brancos”, Ernest
Hemmingway: http://bit.ly/2oKmSYE
<CRIATIVIDADE no texto>
3) Uso da primeira pessoa (e trocar
pontos de vista). Entrar na cabeça do
personagem.
Exemplo: “Ministério da Cultura”, Bruno Torturra,
Revista Trip: http://revistatrip.uol.com.br/trip/ministerio-da-cultura
Willian Faulkner, “Enquanto agonizo”, “O som e a
fúria”.
<CRIATIVIDADE no texto>
4) Status de vida. Descrição detalhada (e
criativa) dos objetos, ambientes. Considere
personagens não-humanos.
Exemplos:”Frank Sinatra has a cold”:
http://www.esquire.com/news-politics/a638/frank-sinatra-has-a-cold-gay-talese/,
http://bit.ly/2niFSxw
Vitor Ramil - “Pé de Espora”, Delibáb (2010)
https://www.youtube.com/watch?v=Cn4N_XRDJQY
https://www.cifraclub.com.br/vitor-ramil/1791112/letra/
<gracias!>
http://leofoletto.info
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http://baixacultura.org
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Narrativas Hipertextuais

  • 2. <sumário> Narrar. Sentido. Verossimilhança. Empatia. similaridade. emoções. formas de leitura. transportar. paisagem informacional. cognição. Imersão. Especificidades do meio. Criatividade.
  • 3. <Narrar?> Narrar é uma experiência enraizada na existência humana. É através de narrativas que damos significados e sentidos a nossa vida. Estamos sempre contando estórias sobre nós mesmos, organizando eventos em ordem (ou não) para contar aos outros.
  • 4. <Narrativa verossímil> 1) Um final a explicar, um significado a alcançar 2) Seleção e exclusão de eventos para chegar ao final; escolha 3) Dispor os eventos em uma sequência, linear ou não 4) Personagens criam uma identidade, coerência 5) Demarcação do início e do fim [MOTTA, Luis Gonzaga. Por que estudar narrativas?, 2012, p.26]
  • 5. <Mas como?> O que nos faz escolher qual narrativa/história queremos acompanhar? E no ambiente digital?
  • 6. <EMPATIA1> “Capacidade de mapear o terreno emocional e mental de outras pessoas com base em suas palavras e linguagem corporal”. Narrativas criam empatia: quanto mais informações nós compartilhamos, mais fácil nós estabelecermos uma empatia com os outros. fonte: http://www.cjr.org/analysis/journalism_and_the_power_of_emotions.php
  • 7. <EMPATIA2> No jornalismo não poderia ser diferente. Humanizar o relato. Será que a mudança da leitura pro impresso para o digital tem afetado nossa habilidade de empatia com os personagens que são tratados nas reportagens jornalísticas?
  • 8. <EMPATIA3> Sim: a leitura em âmbito digital está mudando a nossa capacidade de estabelecer empatia. Por que? O TEMPO é fundamental para empatia. E hoje dedicamos menos tempo a uma leitura mais focada e densa que desenvolve a abstração, o pensamento criativo - e a empatia.
  • 9. <SIMILARIDADE> Nós tendemos a preferir pessoas (e narrativas) que são similares a nós porque as “entendemos”, e nosso cérebro dá preferência a estas informações. Temos dificuldade de se pôr no lugar do outro. Precisamos de ajuda. E o jornalismo sabe disso.
  • 11. <COGNIÇÃO> Leitura multiabas afeta a forma como lembramos de algo de forma neural e comportamental. A troca de abas e sites requer um “ajuste de percepção” que exige mais da nossa cognição. Quanto mais distração temos, menos lembramos das coisas. fonte: http://www.cjr.org/analysis/journalism_and_the_power_of_emotions.php
  • 12. <Você lembra?> Da última história, notícia, informação que você leu/viu/ouviu antes de vir pra aula? Ela foi lida numa revista, jornal, rede social, sítio web, vista na TV, smartphone, tablet, no computador, ouvida no rádio ?
  • 13. <Efeito GOOGLE> “Não preciso saber; basta buscar na internet”. Saber como achar aquilo que você procura é mais importante que saber “aquilo”? “Terceirizar” a memória para nossos dispositivos buscar/fazer/pensar enquanto nós fazemos outras (quais?) coisas.
  • 14. Somos todos cyborgs, metade humano, metade máquina?
  • 15. <Perguntas> Será que as múltiplas telas estão nos fazendo diminuir a capacidade de nos transportar para dentro de outras histórias? Estamos menos seletivos com nossa atenção, entrando, mas não se fixando, em muito mais histórias?
  • 16. <Mudança de paisagem> Leitura baseada no impresso: mapa impresso de uma cidade interminável. “Leitura” baseada na hipermídia: MAPA 3D. Cima, baixo, direita, esquerda E para diversos outros lados. Obstáculos (físicos!), mas “túneis” (links) que funcionam como atalhos, motores de busca que te “teletransportam” para quase qualquer lugar
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  • 18. <Paisagens distintas> Mais do que ver/ler/ouvir, experenciar DRAMÁTICO x PÓS-DRAMÁTICO Troca da percepção linear-sucessiva por uma simultânea e multifocal: imagens em movimento Sonetos de Shakespeare por Bob Wilson: https://www.youtube.com/watch?v=ntDCz3MJ_g8 Pina Bausch: https://www.youtube.com/watch?v=LwBekvDDtgg
  • 19. <Mudança de paisagem> Nessa paisagem informacional 3D - que incluem ações de clicar/digitar/rolar o mouse, leitura fragmentada, mundo mais vasto que o mundo impresso, mais imagens circulando- como construir narrativas jornalísticas?
  • 21. <1. IMERSÃO> Qualquer narrativa, em qualquer meio, pode ser experimentada como uma realidade virtual porque nossos cérebros estão programados para apagar o mundo à nossa volta. A sensação de estarmos envolvidos por uma realidade diferente que se apodera de nossa atenção e de nossos sentidos. [MURRAY, Janet. Hamlet no Holodeck.O futuro da narrativa no ciberespaço. São Paulo; Itaú Cultural/Unesp, 2003]
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  • 23. <2. ESPECIFIDADES DO(S) MEIO(S)> Fazer as coisas que o ambiente digital torna possível Mas quais são as características básicas do mundo digital (computadores + internet)? [MURRAY, Janet. Hamlet no Holodeck.O futuro da narrativa no ciberespaço. São Paulo; Itaú Cultural/Unesp, 2003]
  • 24. <ESPECIFIDADES DO(S) MEIO(S)> Procedimentais: comportamentos gerados a partir de regras (matemáticas). Participativos: podemos induzir ações. Espaciais: podemos nos mover no ambiente. Enciclopédicos: memória infinita, onisciência. Mas também distração!
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  • 27. <3. CRIATIVIDADE> Um causo: o lead. pirâmide invertida: do mais para o menos importante. Origem: Guerra da Secessão (1862 a 1865), EUA. “Reza a lenda” que a ideia foi de um telegrafista durante essa guerra para fins de organização, assim todos os repórteres conseguiam enviar a essência de suas matérias sobre a guerra. O que, quem, quando, onde, como e por que.
  • 28. <CRIATIVIDADE no texto> Novo Jornalismo (1960-): Introduz mudanças: técnicas de literatura no jornalismo. 1)Construção cena a cena Exemplo: “Enxadrista de Cristo”, Paula Sperb, Revista Piauí: http://piaui.folha.uol.com.br/materia/enxadrista-de-cristo/ [WOLFE, Tom. Radical Chique e o novo jornalismo, 2005]
  • 29. <CRIATIVIDADE no texto> 2) Diálogo. Envolve o leitor e estabelece de forma rápida o personagem na nossa mente. Exemplo: “A última foto”, Zero Hora: http://www.clicrbs.com.br/sites/swf/zh_santamaria_1ano/aultimafoto.html “Colinas como elefantes brancos”, Ernest Hemmingway: http://bit.ly/2oKmSYE
  • 30. <CRIATIVIDADE no texto> 3) Uso da primeira pessoa (e trocar pontos de vista). Entrar na cabeça do personagem. Exemplo: “Ministério da Cultura”, Bruno Torturra, Revista Trip: http://revistatrip.uol.com.br/trip/ministerio-da-cultura Willian Faulkner, “Enquanto agonizo”, “O som e a fúria”.
  • 31. <CRIATIVIDADE no texto> 4) Status de vida. Descrição detalhada (e criativa) dos objetos, ambientes. Considere personagens não-humanos. Exemplos:”Frank Sinatra has a cold”: http://www.esquire.com/news-politics/a638/frank-sinatra-has-a-cold-gay-talese/, http://bit.ly/2niFSxw Vitor Ramil - “Pé de Espora”, Delibáb (2010) https://www.youtube.com/watch?v=Cn4N_XRDJQY https://www.cifraclub.com.br/vitor-ramil/1791112/letra/