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LEONICE DA SILVA SANTOS
UNIVERSIDADE AUTÔNOMA DE ASSUNÇÃO-UAA.
Poríferos
Poríferos
Os poríferos, também conhecidos como espongiários ou
simplesmente esponjas, surgiram provavelmente há cerca de
1 bilhão de anos. Supõe-se que eles sejam originados de
seres unicelulares e heterótrofos que se agrupam em
colônias.
Mas você já pensou em tomar banho ensaboando-se
com o esqueleto de algum animal?
Antes da invenção das esponjas sintéticas, as esponjas
naturais eram muito usadas pelas pessoas para tomar
banho e na limpeza doméstica, para esfregar panelas e
copos, por exemplo. A esponja natural é o esqueleto macio
de certas espécies de animais do grupo dos poríferos; esses
esqueletos são feitos de um emaranhado de delicadas fibras
de uma proteína chamada espongina.
EXEMPLOS DE PORÍFEROS IMAGEM 01
IMAGEM 02
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Esses animais não possuem tecidos bem definidos e não
apresentam órgãos e nem sistemas. São exclusivamente
aquáticos, predominantemente marinhos, mas existem
algumas espécies que vivem em água doce.
...
Os poríferos vivem fixos a rochas ou a estruturas submersas,
como conchas, onde podem formar colônias de coloração
variadas. Podem ser encontrados desde as regiões mais rasas
das praias até profundidades de aproximadamente 6 mil metros.
Alimentam-se de restos orgânicos ou de microorganismos que
capturam filtrando a água que penetra em seu corpo, como
veremos adiante. Por sua vez, servem de alimento para algumas
espécies de animais, como certos moluscos, ouriços-do-mar,
estrelas-do-mar, peixes e tartarugas.
Organização do corpo dos poríferos:
O corpo de um porífero possui células que apresentam uma
certa divisão de trabalho. Algumas dessas células são
organizadas de tal maneira que formam pequenos orifícios,
denominados poros, em todo o corpo do animal. É por isso
que esses seres recebem o nome de poríferos (do latim
porus: 'poro'; ferre: 'portador').
...
Observe no esquema abaixo que a água penetra no corpo do
animal através dos vários poros existentes em seu corpo. Ela
alcança então uma cavidade central denominada átrio.
Observe também que a parede do corpo é revestida
externamente por células achatadas que formam a epiderme.
Já internamente, a parede do corpo é revestida por células
denominadas coanócitos.
IMAGEM 03
ORGANIZAÇÃO E FUNÇÃO DE CADA ESTRUTURA:
Cada coanócito possui um longo flagelo. O batimento dos
flagelos promove um contínuo fluxo de água do ambiente
para o átrio do animal. A essa água estão misturados restos
orgânicos e microorganismos, que são capturados e
digeridos pelos coanócitos. O material digerido é então
distribuído para as demais células do animal. Como a
digestão ocorre no interior de células, diz-se que os poríferos
apresentam digestão intracelular.
...
Os poríferos são animais filtradores, já que filtram a água
que penetra em seu corpo, retirando dela alimento e gás
oxigênio. Depois disso, a água com resíduos do metabolismo
desses animais é eliminada para o ambiente por meio de
uma abertura denominada ósculo.
...
O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de
substâncias. Entre elas destacam-se as espícolas de
calcário ou de sílica, com formas variadas, e uma rede de
proteína chamada espongina.
IMAGEM 04
...
Em certas esponjas, o esqueleto não possui espículas, mas
tem a rede de espongina bastante desenvolvida. As
esponjas desse tipo é que foram muito utilizadas no
passado para banho e limpeza doméstica.
IMAGEM 05
IMAGEM 06
...
Muitas espécies de poríferos, que ficam totalmente
expostos aos predadores, apresentam mecanismos de
defesa contra a predação excessiva. O principal mecanismo
é de natureza química, e ocorre deste modo: algumas
esponjas produzem uma substância tóxica e outras
produzem substâncias com atividade anti-microbiana.
...
No fundo do mar, corais, cnidários e poríferos entre outros
competem pelos espaços em substratos sólidos, como as rochas.
Além de atuar como defesa contra predadores e infecções
microbianas, essas substâncias tóxicas expelidas pelas esponjas,
são vantajosas na competição por espaço que os poríferos travam
com outros invertebrados, como os corais, e até mesmo com
outras esponjas. Isso permite a algumas esponjas cresçam
rapidamente.
...
Também são muito comuns relações de comensalismo. A
estrutura do corpo das esponjas e as suas defesas contra
predadores tornam esses animais excelentes refúgios para
invertebrados menores e até mesmo para alguns peixes.
Várias espécies dependem dessa proteção na sua fase
jovem, do contrário suas populações não ficariam estáveis.
...
Outras associações comuns são aquelas envolvendo
esponjas, bactérias e cianobactérias. Provavelmente, o
organismo das esponjas constitui um meio rico para o
crescimento das bactérias e, ao mesmo tempo, se beneficia
de um estoque de bactérias usadas na sua nutrição.
A reprodução dos poríferos:
A reprodução dos poríferos pode ser assexuada ou sexuada.
Assexuada - Ocorre, por exemplo, por brotamento. Neste
caso, formam-se brotos, que podem se separar do corpo do
animal e dar origem a novas esponjas. Observe o esquema
abaixo.
As esponjas apresentam ainda grande capacidade de
regeneração. Se uma esponja for partida em pedaços, cada
pedaço poderá dar origem a uma nova esponja.
...
Sexuada. Neste caso, quando os espermatozóides (gametas
masculinos) estão maduros, eles saem pelo ósculo, junto com
a corrente de água, e penetram em outra esponja, onde um
deles fecunda um óvulo (gameta feminino). Após a
fecundação, que é interna, forma-se uma célula ovo ou zigoto,
que se desenvolve e forma uma larva. A larva sai do corpo da
esponja, nada com a ajuda de cílios e se fixa, por exemplo,
numa rocha, onde se desenvolve até originar uma nova
esponja.
IMAGEM 07
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/porifero2.php

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Poríferoslides

  • 1. LEONICE DA SILVA SANTOS UNIVERSIDADE AUTÔNOMA DE ASSUNÇÃO-UAA. Poríferos
  • 2. Poríferos Os poríferos, também conhecidos como espongiários ou simplesmente esponjas, surgiram provavelmente há cerca de 1 bilhão de anos. Supõe-se que eles sejam originados de seres unicelulares e heterótrofos que se agrupam em colônias.
  • 3. Mas você já pensou em tomar banho ensaboando-se com o esqueleto de algum animal? Antes da invenção das esponjas sintéticas, as esponjas naturais eram muito usadas pelas pessoas para tomar banho e na limpeza doméstica, para esfregar panelas e copos, por exemplo. A esponja natural é o esqueleto macio de certas espécies de animais do grupo dos poríferos; esses esqueletos são feitos de um emaranhado de delicadas fibras de uma proteína chamada espongina.
  • 6. CARACTERÍSTICAS GERAIS: Esses animais não possuem tecidos bem definidos e não apresentam órgãos e nem sistemas. São exclusivamente aquáticos, predominantemente marinhos, mas existem algumas espécies que vivem em água doce.
  • 7. ... Os poríferos vivem fixos a rochas ou a estruturas submersas, como conchas, onde podem formar colônias de coloração variadas. Podem ser encontrados desde as regiões mais rasas das praias até profundidades de aproximadamente 6 mil metros. Alimentam-se de restos orgânicos ou de microorganismos que capturam filtrando a água que penetra em seu corpo, como veremos adiante. Por sua vez, servem de alimento para algumas espécies de animais, como certos moluscos, ouriços-do-mar, estrelas-do-mar, peixes e tartarugas.
  • 8. Organização do corpo dos poríferos: O corpo de um porífero possui células que apresentam uma certa divisão de trabalho. Algumas dessas células são organizadas de tal maneira que formam pequenos orifícios, denominados poros, em todo o corpo do animal. É por isso que esses seres recebem o nome de poríferos (do latim porus: 'poro'; ferre: 'portador').
  • 9. ... Observe no esquema abaixo que a água penetra no corpo do animal através dos vários poros existentes em seu corpo. Ela alcança então uma cavidade central denominada átrio. Observe também que a parede do corpo é revestida externamente por células achatadas que formam a epiderme. Já internamente, a parede do corpo é revestida por células denominadas coanócitos.
  • 11. ORGANIZAÇÃO E FUNÇÃO DE CADA ESTRUTURA: Cada coanócito possui um longo flagelo. O batimento dos flagelos promove um contínuo fluxo de água do ambiente para o átrio do animal. A essa água estão misturados restos orgânicos e microorganismos, que são capturados e digeridos pelos coanócitos. O material digerido é então distribuído para as demais células do animal. Como a digestão ocorre no interior de células, diz-se que os poríferos apresentam digestão intracelular.
  • 12. ... Os poríferos são animais filtradores, já que filtram a água que penetra em seu corpo, retirando dela alimento e gás oxigênio. Depois disso, a água com resíduos do metabolismo desses animais é eliminada para o ambiente por meio de uma abertura denominada ósculo.
  • 13. ... O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de substâncias. Entre elas destacam-se as espícolas de calcário ou de sílica, com formas variadas, e uma rede de proteína chamada espongina.
  • 15. ... Em certas esponjas, o esqueleto não possui espículas, mas tem a rede de espongina bastante desenvolvida. As esponjas desse tipo é que foram muito utilizadas no passado para banho e limpeza doméstica.
  • 18. ... Muitas espécies de poríferos, que ficam totalmente expostos aos predadores, apresentam mecanismos de defesa contra a predação excessiva. O principal mecanismo é de natureza química, e ocorre deste modo: algumas esponjas produzem uma substância tóxica e outras produzem substâncias com atividade anti-microbiana.
  • 19. ... No fundo do mar, corais, cnidários e poríferos entre outros competem pelos espaços em substratos sólidos, como as rochas. Além de atuar como defesa contra predadores e infecções microbianas, essas substâncias tóxicas expelidas pelas esponjas, são vantajosas na competição por espaço que os poríferos travam com outros invertebrados, como os corais, e até mesmo com outras esponjas. Isso permite a algumas esponjas cresçam rapidamente.
  • 20. ... Também são muito comuns relações de comensalismo. A estrutura do corpo das esponjas e as suas defesas contra predadores tornam esses animais excelentes refúgios para invertebrados menores e até mesmo para alguns peixes. Várias espécies dependem dessa proteção na sua fase jovem, do contrário suas populações não ficariam estáveis.
  • 21. ... Outras associações comuns são aquelas envolvendo esponjas, bactérias e cianobactérias. Provavelmente, o organismo das esponjas constitui um meio rico para o crescimento das bactérias e, ao mesmo tempo, se beneficia de um estoque de bactérias usadas na sua nutrição.
  • 22. A reprodução dos poríferos: A reprodução dos poríferos pode ser assexuada ou sexuada. Assexuada - Ocorre, por exemplo, por brotamento. Neste caso, formam-se brotos, que podem se separar do corpo do animal e dar origem a novas esponjas. Observe o esquema abaixo. As esponjas apresentam ainda grande capacidade de regeneração. Se uma esponja for partida em pedaços, cada pedaço poderá dar origem a uma nova esponja.
  • 23. ... Sexuada. Neste caso, quando os espermatozóides (gametas masculinos) estão maduros, eles saem pelo ósculo, junto com a corrente de água, e penetram em outra esponja, onde um deles fecunda um óvulo (gameta feminino). Após a fecundação, que é interna, forma-se uma célula ovo ou zigoto, que se desenvolve e forma uma larva. A larva sai do corpo da esponja, nada com a ajuda de cílios e se fixa, por exemplo, numa rocha, onde se desenvolve até originar uma nova esponja.