O documento discute como as visões sobre a relação entre leitura e sucesso escolar estão mudando. Pesquisas mostram que cada vez mais alunos bem-sucedidos não gostam de ler e que ler não é mais visto como característica necessária para excelência acadêmica. A pressão para incentivar todos a ler deu frutos, mas também levou a uma banalização da leitura.
1. Amor pela leitura e o sucesso escolar.
Antes o sucesso dos alunos no âmbito de vista dos sociólogos era de que quem gostasse de ler seria
um bom leitor. O aluno era reconhecido a ter sucesso escolar. Na representação dos professores, dos
pais e dos próprios alunos, todos os bons alunos , eram, forçosamente, grandes leitores, e todos os
grandes leitores eram forçosamente, bons alunos.
De acordo com François de Singly últimas pesquisa mostram que esta estatística está ficando para
trás . Vejamos:
François de Singly aponta que cada vez mais adolescentes, principalmente meninas assíduas ao
processo escolar e frequentadoras de bibliotecas tem fracassado no seu processo acadêmico. Porque
sues boletins estavam com notas ruins e que ate mesmo não sabiam ler. Não é vergonha dizer que
não se gosta de ler, é vergonhoso saber que o leitor não lê porque é obrigatório é forçado.
Em outra pesquisa feita em 1992: Constatou-se que um aluno muito bom entre 4 que fizeram dizia-se
que não gostava de ler. Os professores nem acreditaram que isso poderia acontecer. Eles agora
sabiam que mesmo os alunos bons não tinham o interesse pela leitura. Um outo exemplo : Uma
pessoa dirigir muito bem sem gostar. Alunos muito bons muito bons não reconhecerem mais o amor
pela leitura como uma característica necessária da excelência escolar é um fato perturbador. Isto
significa que esta acontecendo uma banalização da leitura, que ler no caso não é mais importante. “ A
leitura não é mais atraente”.
É porque os professores, os mediadores institucionais e os pais fizeram tão fortemente pressão para
ajudar todo mundo a ler que essa política, apesar de severos fracassos, deu frutos: gostar de ler não é
mais considerado um privilégio. Pelo fato de ter entrado numa era de consumo de massa, a leitura
assim como a carteira de motorista.
Hoje em dia os alunos que terminam o ensino médio leem menos do que vinte anos atrás .
É por isso que podemos sustentar um discurso que no lugar de medir quanto de lê, em termos
estritamente quantitativos, se interessa pelo conteúdo das leituras. No lugar de perguntar se uma
criança lê muito ou pouco se perguntar quanto ela se lê.
2. Leituras Acompanhadas e Leituras
Obrigatórias
• A leitura só pode se aprender de forma útil bons livros, grandes textos, logo com livros difíceis, que não são facilitados, que
não são um encadeamento de frases frouxas, um pouco objeto de distração inútil, uma leitura insípida, sem vícios e
portanto, sem virtudes.
• A igreja ou escola laica. A escola propunha um inventário de textos muito mais abertos, ao mesmo tempo para as leituras
de lazer, aquelas que preenchiam as bibliotecas das escolas, e para as leituras obrigatórias, aquelas que constituíam os
programas escolares.
• O corpus literário laico inclui o século XVII cristão, com Bossuet, Pascal, mas também La Fontaine; ele oferece um leque
das luzes do século XVIII, com Voltaire, Diderot e Rousseau, ao mesmo tempo; ele aceitará o Romantismo e, pouco depois,
o Naturalismo, Vitor Hugo e Zola.
• Pela concepção laica da leitura, é preciso então conduzir as crianças em direção às grandes obras literárias, através de um
corpus que, se bem que inatacável do ponto de vista da língua e, evidentemente, da moral, é bem maior e eclético nos
seus modelos de referência e seus modelos de valores do que daquele que é proposto na igreja..
• Esse ponto permaneceu ancorado na memória dos professores e foi brandido como uma bandeira para dar uma idéia da
tolerância e da abertura de visão da escola laica, de tal maneira que se tornaram menos visíveis as posições que a escola
partilhava com a sua adversária.
• Para as duas escolas , entretanto era evidente que as leituras propostas pelas crianças deveriam ser leituras vigiadas pelos
professores, leituras moral e intelectualmente enquadradas.
• Em nenhuma das duas escolas, laica ou privada, não se podia deixar que as crianças lessem essas coisas abomináveis,
apavorantes, que eram as leituras comerciais, os impressos de pura diversão, os comics ilustrados, os livros baratos,
impressos em grande número, com suas ilustrações gritantes, que ofendiam tanto os bons costumes quanto a língua
francesa, a inteligência e a sensibilidade das crianças. “Belas Leituras”, “ Bons Livros”, “Grandes Autores”, esse era o
caminho proposto para as crianças.
• Por essa razão, a literatura infanto-juvenil que se pode propor como alternativa as revistas e aos “maus” jornais para as
crianças e que proliferam desde o início do século é uma questão ideológica muito forte.
•
•