2. Desinências (“extremidade”)
JEAN
São elementos mórficos que se apõem ao radical para assinalar as flexões de
palavra (gênero, número, modo, tempo, pessoa). As desinências podem ser:
a) Nominal:
menin a s (em oposição a menin-o-)
desinência desinência nominal
nominal de de numero
gênero
b) verbal:
Cant á va mos
desinência desinência
modo-temporal número-pessoal
3. a) desinências nominais – casos
particulares
desinência nominal x vogal
temática
LEANDRO
Em palavras como mesa, cadeira, livro e caderno, as
vogais a e o que aparecem no final dos vocábulos não
são desinências, uma vez que não estabelecem oposição
de gênero (mesa, cadeira, livro e caderno não se opõem
a meso*, cadeiro*, livra* ou caderna*). Já em menino,
aluno, amada e gata, as vogais a e o, que aparecem no
final dos vocábulos, são desinências, já que
estabelecem a oposição masculino/feminino
(menino/menina; aluno/aluna; amada/amado;
gata/gato).
4. a) Outras formas de
estabelecimento de gênero nos
nomes (substantivos)
LÉO
Enquanto uma variedade de palavras na língua “conta” com as desinências
para estabelecer as oposições de gênero, outra variedade de palavras
“recorre” a outros processos de estabelecimento de gênero, tais como:
Os substantivos uniformes...
a) epicenos: a onça (macho/fêmea)
b) Comuns de dois gêneros: o/a colega; o/a chefe; o/a dentista
c) Sobrecomuns: a criança; o cônjuge; a criatura, (contexto, p. ex.: “o
homem é uma criatura inteligente”)
5. O gênero e novas formações nos
nomes
MIGUEL
O sufixo “ente” é acrescido a radical e forma o sentido de nome
(substantivo, adjetivo) agente ou paciente, laços consaguíneos:
presidente, atendente, parente, vidente, tenente, demente,
escrevente...
Essas palavras são definidas por gênero ao se colocar a sua frente um
artigo masculino ou feminino (o/a presidente; o/a parente; o/a
vidente), isto é, o estabelecimento de gênero é feito “fora” da estrutura
da palavra;
Contudo, existe a formação institucionalizada, quando há uma
necessidade cultural e criativa de mudar o sufixo. Essa formação está
ocorrendo com a palavra presidente, que agora designa o gênero
feminino agente como presidenta.
6. b) desinências verbais
NATHAN
Indicam, nos verbos, o tempo e o modo (desinências modo-temporais), a
pessoa e o número (desinências número-pessoais). Exemplos:
Flexões de modo e tempo:
Eu cantei (indicativo, passado perfeito)
Se eu cantasse (subjuntivo, passado imperfeito)
Cante você (imperativo, presente, positivo)
Flexões de número e pessoa:
Nós cantaremos (indicativo, 1º pessoa do plural, futuro do presente)
Se vós cantásseis (subjuntivo, 2º pessoa do plural, passado imperfeito)
7. b) desinências verbais
LEO
Ex.: cantar = futuro do presente do indicativo
verbo conjugado radical vt mt np
1º (eu) cantarei cant a i
2º (tu) cantarás cant a s
3º (ele/a) cantará cant a Ø
1º (nós) cantaremos cant a mos
2º (vós) cantareis cant a is
3º (eles/as) cantarão cant a o
s
p
8. Desinências nas formas verbais nominais
LEANDRO
Nas formas nominais dos verbos, as desinências vão diferenciá-los em:
a) Forma infinitiva: cant-a-r
desinência
de infinitivo
b) Forma no gerúndio: cant-a-ndo
desinência
de gerúndio
c) Forma no particípio: cant-ado
desinência
de particípio
9. Referências bibliográficas
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37
ed. rev., ampl. e atual. conforme o novo acordo
ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
TERRA, Ernani. Curso prático de gramática: Ensino médio.
São Paulo: Scipione, 2002.