O documento descreve o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), incluindo seus sintomas principais como obsessões, compulsões, ansiedade, medo, culpa e evitações. O TOC é classificado como um transtorno de ansiedade e caracteriza-se por pensamentos e comportamentos repetitivos destinados a reduzir a ansiedade, embora sem sucesso.
2. O TOC é um transtorno mental incluído
pela classificação da Associação
Psiquiátrica Americana entre os
chamados transtornos de ansiedade. Está
classificado ao lado das fobias (medo de
lugares fechados, elevadores, pequenos
animais como ratos ou insetos), da fobia
social (medo de expor-se em público ou
diante de outras pessoas), do transtorno
de pânico (ataques súbitos de ansiedade
e medo de frequentar os lugares onde
ocorreram os ataques), etc.
@luizhenpimentel
3. Os portadores do TOC
sofrem de muitos medos
(de contrair doenças, de
cometerem falhas, de
serem responsáveis por
acidentes). Em razão
desses medos, evitam
fazer coisas que de
acordo com o que
acreditam poderia
provocar tais desastres.
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4. Manifestações do TOC
Tipicamente se
caracteriza pela
presença de
obsessões e/ou
compulsões também
chamadas de rituais
compulsivos ou
simplesmente rituais.
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5. Costumam também estar presentes
manifestações emocionais como
medo, ansiedade, culpa, depressão,
comportamentos evitativos ou
evitações, (não tocar em trincos de
portas, não cumprimentar outras
pessoas, não usar banheiros públicos,
etc.) indecisão, lentidão motora e
pensamentos de conteúdo negativo
ou catastrófico, apreensão e
hipervigilância.
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6. Os obsessivos vivenciam
exageradamente quaisquer riscos, a
ansiedade seria mais intensa
quando predominasse essa
sensação exacerbada de
vulnerabilidade ao perigo, no
extremo oposto, estariam pacientes
com rituais de simetria, ordenação
ou lentidão, com predominância da
sensação de não finalização e
menos ansiedade.
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7. A dúvida patológica consiste na
incapacidade de se certificar, por exemplo,
de que a porta está trancada, o botijão
desligado, a louça bem lavada ou, mais
irracional e incompreensivelmente, de que
não engoliram cacos de vidro, não são
homossexuais, não traíram o cônjuge ou
mataram alguém sem perceber, vale
lembrar que o toc já foi conhecido como
“loucura da dúvida” (“folie de doute”).
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8. Na verdade,
em muitos
casos tal
separação é
difícil, com os
três aspectos
muito
interligados.
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9. Segundo Pitman, o problema central seria a
persistência de “sinais de erro”, que não
desapareceriam com o comportamento,
mantendo a sensação de dúvida e
incompletude. Enquanto o sinal perceptual
não coincidir com o referencial interno, as
compulsões se repetiriam para tentar reduzir
essa diferença (“mismatch”), mas em vão,
pois, o dano estaria no sistema comparador.
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10. A culpa é outro fenômeno importante e constante
nas descrições clínicas, considerada a base do
sofrimento desses pacientes. Para Lima, o peso
insuportável da culpa (sujeira moral) é essencial,
junto com a dúvida, as fobias e a sombra da
morte. Segundo descreve, haveria dois subgrupos
principais: pacientes mais voltados para um
passado de culpa, que temem principalmente a
responsabilidade, e outros mais preocupados com
o futuro ameaçador, predominando a sensação de
fragilidade (mais temores de contaminação e da
morte).
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12. Tallis enfatiza a fusão psicológica entre pensamento
e ação: como temem que pensar algo ruim resulte
na realização do pensamento, tendem a suprimir a
raiva ou sua expressão para evitar “fatalidades”.
Os limites entre mundo mental e real estariam de
certa forma comprometidos. Tal natureza bizarra do
pensamento obsessivo teria dado ao TOC sempre
um “status especial” entre os transtornos de
ansiedade.